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UNIVASF
Colegiado de Engenharia Elétrica
CENEL
Juazeiro - BA – 2014
Considerações Iniciais
c) Dimensionamento de disjuntores.
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Considerações Iniciais
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Considerações Iniciais
Não se pode, a priori, estabelecer qual dos diversos tipos de curtos-circuitos mostrados
acima é o mais severo. De um modo geral, os curtos-circuitos trifásicos apresentam
maiores níveis de corrente, mas há situações em que estes níveis são superados por
aquelas dos curtos-circuitos monofásicos.
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Considerações Iniciais
A figura abaixo mostra curtos-circuitos envolvendo água e solo.
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Considerações Iniciais
A próxima figura mostra um curto-circuito envolvendo uma
superfície de concreto:
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Considerações Iniciais
Nesta parte da terceira unidade será mostrada a forma de cálculo para o curto-circuito
trifásico simétrico, o qual, por ocorrer igualmente nas três fases, mantém o circuito
balanceado, mesmo durante esta falta.
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Cálculo da Falta Trifásica
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Cálculo da Falta Trifásica
A partir da impedância e da tensão de Thevenin (obtidos nos itens “a” e “b”), a corrente
de curto será calculada por:
(1)
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Cálculo da Falta Trifásica
O processo descrito pode ser um pouco trabalhoso. No entanto, para estudos de curtos,
as seguintes simplificações podem ser feitas, sem grandes prejuízos à qualidade dos
resultados:
1) Todos os geradores geram a mesma f.e.m., tanto em magnitude como em fase. Isso
fará com que, em todas as barras, a tensão seja sempre a mesma.
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Cálculo da Falta Trifásica
O valor da corrente total de curto (Ifalta = ICC), em uma barra, usualmente é denominado
de nível de curto, ou nível de defeito daquela barra. Muitos profissionais da área
preferem mencionar, além da corrente de curto, a potência associada a essa corrente.
Para tal, basta usar a seguinte equação:
(2)
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Cálculo da Falta Trifásica
Para valores em pu, se a tensão base for a tensão nominal do sistema, a equação (2)
torna-se:
(3)
(4)
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Cálculo da Falta Trifásica
Sequência de cálculo para o cálculo da corrente de curto
Diante do que já foi mostrado até aqui, para se obter a corrente de curto de um sistema,
pode ser adotada a seguinte sequência de cálculos:
b) Reduzir toda a rede à uma impedância simples, entre o ponto de falta e o neutro do
sistema.
(5)
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Cálculo da Falta Trifásica
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Cálculo da Falta Trifásica
Por outro lado, no cálculo da corrente que passa pela câmara de extinção do disjuntor,
durante a abertura do mesmo, a qual é denominada de corrente nominal de interrupção,
os fatores de multiplicação sugeridos para que a componente contínua seja
considerada, dependerão da velocidade do disjuntor. Em geral, adotam-se os
seguintes valores:
• Disjuntor cujo tempo de abertura é 8 ciclos (ou mais lentos): multiplicar a corrente
simétrica, por 1,0;
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Cálculo da Falta Trifásica
Notas Importantes:
Por outro lado, para o cálculo da corrente nominal de interrupção, as reatâncias das
máquinas deverão ser aquelas compatíveis com o tempo de abertura do disjuntor.
Assim, para um disjuntor cujo tempo de abertura é de 8 ciclos, as reatâncias das
máquinas poderá ser a do tipo permanente.
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Exemplos [Falta trifásica]
Exemplo 1:
Considere o sistema apresentado na figura abaixo, onde todos os dados já se
encontram em pu nas bases de 13,8 kV (gerador e linhas) e 230 kV (alta tensão
do transformador) e 100 MVA. Admita a chave S aberta e calcule o curto-circuito
trifásico na barra F.
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Exemplo 1 [Falta trifásica] (cont.)
Esquema trifilar
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Exemplo 2 [Falta trifásica]
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
a) Nível de Curto-Circuito:
Potência de Curto-Circuito:
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
c) Para determinar a contribuição de cada um dos geradores, para o curto no ponto “F”
após colocação do reator, o circuito deverá ser reconstruído a partir da reatância
final:
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
Reaplicando a mesma equação (VNA = 1 - Z.ICC), agora para os ramos dos geradores:
Obs.: i1 + i2 + i3 = -j 25 pu
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Exemplo 2 [Falta trifásica] (cont.)
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Cálculo da Falta Trifásica
Cálculos sistemáticos de curto circuito
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
Como já mencionado anteriormente, para cálculos de curtos, as capacitâncias das
linhas podem ser desprezadas. Tem-se assim um diagrama de reatâncias mais
simplificado, como a seguir ilustrado através da figura abaixo.
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
A corrente de curto total será:
O cálculo da contribuição dos dois geradores poderá ser feito através dos circuitos da
figura abaixo apresentada na sequência, conforme ilustrado:
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
Com o auxílio das correntes de curto nos geradores e da etapa (b) da figura, os
afundamentos de tensão causados nas 3 barras, devido a este curto, poderão
também ser obtidos:
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
Com auxílio da figura abaixo as correntes em cada linha podem, agora, também ser
determinadas:
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
Antes da falta, as tensões entre as barras e a referência “N” são tomadas como sendo
de valores iguais a 1,0 pu. Com o surgimento da falta no barramento “3, as enormes
correntes provocarão grandes quedas de tensão. Isso faz com que as tensões não mais
tenham os valores de 1,0 pu. As novas tensões, nos 3 barramentos, serão as seguintes:
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
b) Correntes:
Será assumido que, antes da falta, as correntes são desprezíveis. Logo, os valores
finais serão:
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Cálculos sistemáticos de curto circuito (cont.)
Na prática é muito provável que se desejasse estudar os curtos circuitos também nas
barras 1 e 2. Assim, toda a rotina anterior deveria ser repetida, tanto para a barra 1
como para a barra 2. Este fato, combinado com a impossibilidade de se usar,
manualmente, os métodos de redução de circuitos em grandes sistemas (com muitas
linhas, transformadores, barras, etc.) conduziu ao uso do computador digital.
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Cálculo da Falta Trifásica
Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador
Para utilizar o computador nos cálculos de curto-circuito é necessário desenvolver
procedimentos sistemáticos. A técnica de “redução de circuitos”, usada até aqui só
pode ser usada em sistemas pequenos. A seguir será apresentada uma técnica de
maior generalidade, isto é, aplicável a um sistema de “n” barras.
As tensões pós-falta serão dadas por:
Sendo:
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
Obtenção de VT:
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
Sendo ifinal a corrente total na barra “q” para um curto na barra “q”.
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
Assim, “iF” está determinada pois “vqinicial” é conhecido (≅ 1,0 pu). Os valores de “zF” e
“zqq” (impedância de Thevenin, a ser retirada da matriz de “zbus”) também são
conhecidos. Finalmente, levando a equação (∆∆∆) em (∆) obtém-se as seguintes
equações finais para as tensões pós-falta nas barras:
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
Notas Importantes:
1. As tensões pré-faltas, viinicial e vqinicial podem ser obtidas pelo programa do fluxo de
carga ou, como anteriormente, podem ser tomadas como iguais a 1,0 pu;
2. As impedâncias “ziq” e “zqq” são retiradas da matriz zbus, a qual, por sua vez, é obtida
pela inversão da matriz de admitância de barra ybus;
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
No entanto, para o estudo ficar completo, ainda é preciso conhecer os valores das
correntes pós-falta em todos os ramos da rede:
No sistema ora estudado, a corrente pós falta é ivu F e pode ser dada pela equação
abaixo.
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
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Cálculos de Curtos Trifásicos através de Computador (cont.)
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Exemplo 3 [falta trifásica] (cont.)
Solução:
Formação da matriz de admitâncias:
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Exemplo 3 [falta trifásica] (cont.)
Invertendo-se ybus (inverter esta matriz é a maior dificuldade deste cálculo), obtém-se a
matriz zbus. Se o sistema possuir muitas barras, Isso requer muito tempo e muita
memória do computador.
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Exemplo 3 [falta trifásica] (cont.)
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Exemplo 3 [falta trifásica] (cont.)
Uma vez montada a matriz , pode-se obter os valores das correntes de curto e
das tensões nas barras para as hipóteses de curtos em qualquer barra.
Por exemplo:
Barra 1 em curto:
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