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A REPRESENTATIVIDADE DA SEGUNDA GRANDE GUERRA NO

JORNAL CARIOCA A NOITE NO EPÍLOGO DE 1944

PETROLINA-PE
NOVEMBRO/2018
A REPRESENTATIVIDADE DA SEGUNDA GRANDE GUERRA NO
JORNAL CARIOCA A NOITE AO EPÍLOGO DE 1944

ISRAEL LIMA VIEIRA

EDIANNE DOS SANTOS NOBRE

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito parcial de avaliação da disciplina
de metodologia cientifica II, no 5° período
do Curso de Licenciatura Plena em
História da Universidade de Pernambuco,
Campus Petrolina, sob orientação da
Prof.ªDr. ª Edianne dos Santos Nobre.

PETROLINA-PE
NOVEMBRO/2018
SUMÁRIO

1. Introdução e Justificativa ..............................................................................................2

2. Revisão Historiográfica ................................................................................................5

3. Objetivos .......................................................................................................................8

3.1 Geral ...........................................................................................................................8

3.2 Específicos ................................................................................................................. 8

4. Metodologia e Fontes ...................................................................................................8

5. Referências....................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Partindo do pressuposto que as ciências humanas, estudam o modo com qual a


humanidade se desenvolveu em diferentes perspectivas no decurso do tempo-espaço. Em
uma análise mais especifica; o estudo científico voltado para o campo da História, busca-se
estudar as ações humanas que se perpetuaram no espaço temporal1, sendo essas para além
dos sujeitos que as praticaram. Dando a entender que a História presente se direciona para
um olhar antropológico e cultural, sendo que o último aspecto pode ser definido na visão de
Silva² (2006, p.85) como “tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto
ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideias”.
A grosso, dentro do campo da História; pode-se mencionar que historiador é o
profissional habilitado a reconstituir os fatos passados; o mais verossimilhante possível, ao
estabelecer métodos científicos, respeitando a pluralidade com qual pode-se trabalhar a
partir de diferentes fontes. Sem dúvidas, a citada atividade exige um cerne reflexivo acerca
de compreender uma realidade para construir, enquanto descrição o mais fiel aos fatos e
ideias que permearam o imaginário individual/coletivo de uma sociedade ao longo de
determinado contexto.
Como o almejo desse trabalho não é discutir questões relacionadas aos conceitos
historiográficos e suas implicações de natureza teorética, mas utilizá-las, como legitimação
de uma escrita presente, no tocante, de uma situação social das primeiras décadas do século
XX. Esse tempo, na visão de alguns especialistas; inaugura o preâmbulo de uma nova idade
histórica, o qual ainda não se tem um consenso acadêmico para definir as implicações do
termo “pós- contemporâneo”. De qualquer maneira, é notório o quanto século XX, sob a
perspectiva humana se mostra revolucionário e assustador nos processos locais, que ganham
proporções globais em curto período.
Baseando-se na prerrogativa do historiador é ser sujeito que faz suas observações de
modo não imparcial, o que muito embora contradiz os princípios basilares da ciência o qual
o cientista não intervém parcialmente no resultado das experiencias, sendo que as correntes
relativistas irão buscar desvincular a ciência histórica da “conservadora” para justificar suas
posições teóricas metodológicas da não-neutralidade. Fora desta polêmica, a pauta principal

1
Conceito de Marc Bloch contido no livro Apologia da História ou Oficio do historiador.
² SILVA, K. V. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p.85.
do projeto busca despertar noções históricas referentes ao século passado (XX), em especial
a como um fenômeno ocorrido entre as décadas de 30 a 40 (em que ponto central foi
representado pela Europa) foi representado em alguns momentos pelos impressos do Jornal
brasileiro carioca A noite.
Se tratando a gênese desse programa, essa surgiu no translado para a faculdade, o
qual a escultura de nome “Monumento dos Pracinhas” localizado no centro de Petrolina-
Pernambuco. Vale ressaltar, que por incrível que pareça, esse acontecimento foi o marco
para descobertas e curiosidades relacionadas ao assunto, de tal modo que houveram
dificuldades, além da falta de amadurecimentos de ideias.
Gradualmente as temáticas foram deslocadas de um eixo bibliográfico (o qual devido
à escassez de fontes não foi possível a continuidade do trabalho em compreender um pouco
da História dos pracinhas que viveram na região do vale do São Francisco no período do
pós-Segunda Guerra Mundial), passando para propostas em compreender a representação
dos jornais locais durante o conflito, não logrado êxito, se ampliou a escala para nível
estadual, outra vez, devido à difícil quantidade e acesso as fontes, se optou em trabalhar o
Jornal carioca A noite numa delimitação espaço temporal definida.
De qualquer maneira, o trabalho foi desenvolvido com inspiração em uma cultura
patrimonial, em como ela foi responsável por desencadear questionamentos, sendo que a
mais almejada decorria do fato de homenagear as personalidades daquelas bravíssimas
pessoas que lutaram na guerra pela liberdade, contra a opressão e autoritarismo.
Como consta na obra Era dos Extremos, a tendência “natural” da civilização humana
ao fim do século XX, consiste em sua grande maioria ter perdido ou desvalorizado a cultura
material histórica, ou seja, vivem numa espécie de futuro contínuo, os quais não possuem
vínculo com nenhum período anterior a 30 anos, e os que falam sobre determinada época se
baseiam em generalizações de uma História total dos fatos ou noções do senso comum. Em
suma, as pessoas passam diariamente pelo monumento e ignoram, como se aquilo não
representasse nada.
Ao se tratar da História da Segunda Grande Guerra, deve ser estabelecer uma
delimitação do objeto, já que tratar dos diversos aspectos epistemológicos (contexto
histórico, político, cultura, geográfico e social), de um dos eventos mais notáveis do século
XX; é provável, que seria impossível ou um trabalho de uma vida (até que as informações
fosse analisadas, processadas e criticadas) e ainda sim, não seria suficiente para esgotar as
diversas pautas estabelecidas.
Do ponto de vista historiográfico, os historiadores que lidam com a História do
tempo presente, possuem uma atividade um tanto que relativa no tratamento das suas fontes,
pois essas podem apresentar um conteúdo mais extenso por vezes e outras nem tanto. Em
termos comparativos, os profissionais que trabalham com antiguidade ou medievo, já
conhecem os trabalhos fundamentais dos seus respectivos objetos e afins a serem lançadas
em campo, mas o que dizer sobre o tempo contemporâneo recente (século XX e XXI), sobre
os quais as fontes basilares ainda estão sendo produzidas, além de existir uma riqueza
imensurável de informações em diferentes lugares e contextos a serem assimiladas.
É evidente, o quão trabalhar com a História presente é uma grande aventura, assim
comum um dia os gregos e romanos (nomes como; Heródoto, Tucídides e Cícero) foram
pioneiros ao estabelecerem as primeiras noções pragmáticas do que seria a “História” no
conceito mais científico do termo, entretanto, é preciso dissociar cada acontecimento (com
sua natureza única) para que não cometermos o pior pecado do historiador que é o
anacronismo.

1.1 A ALEMANHA A GÊNESE DO CONFLITO

Se tratando de termos cronológicos, a Segunda Guerra inicia quando o ditador de


origem austro-húngara Adolf Hitler e seu exército civil-militar (Alemão) invadem o
território da Polônia em 1939, sendo que de imediato a França e a Inglaterra declaram guerra.
Tal acontecimento, é o estopim que desencadeou o maior conflito bélico no decurso da
humanidade, e suas consequências geopolíticas, sociais, econômicas refletiram no mundo e
no imaginário das pessoas até hoje, pelo menos para aquelas que não perderam a sua
referência histórica em situar-se no tempo e no espaço. Compreender os fenômenos desse
período é fundamental para traçar o fio da meada de algumas pautas da sociedade presente:

A Segunda Guerra Mundial começa, oficialmente, com a invasão ao país


polonês e as subsequentes declarações de guerra dos aliados (Inglaterra e
França, no início) que lutavam para conter o avanço germânico. Ao longo
do conflito, o Japão e os Estados Unidos também se somaram numa
disputa que ficou marcada pelo lançamento da primeira bomba nuclear,
nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Além disso, a União soviética viu
seu pacto de não agressão quebrado com a Alemanha, tornando-se uma
força essencial para os aliados na derrota das forças do eixo (Itália,
Alemanha e Japão), em 1945 (Forner; Silva apud Kershaw, 2017, p.3).

Como a proposta do projeto, não é somente se prender aos fatos em suas diversas
vertentes, mas conhecer um pouco de como esses, foram retratados pela mídia carioca
brasileira a partir da máxima participação brasileira.
A temática do trabalho decorre em analisar a fonte impressa (jornal A noite em duas
diversas edições), sobre as quais a sociedade carioca do ano de 1944; se informou das
diversas notícias referentes a Segunda Guerra Mundial. Sendo, plausível e justificável;
remontar os eventos a partir de sua representatividade pela intelectualidade, presente na
referida mídia. Trata-se de um tema inédito, do qual a relevância estar em estudar o
processamento das informações na atmosfera calorosa dos acontecimentos, se perfazendo
também, como; uma homenagem aos bravíssimos soldados aliados, especialmente da Força
Expedicionária Brasileira (FEB), além dos civis que dedicaram e ariscaram suas vidas
socorrendo e narrando a mais sangrentas batalhas já feitas pela humanidade. Que as ações
humanas ecoem no tempo e sejam eternizadas.
É provável, inferir conjecturas do quanto a linguagem jornalística dos fatos apresenta
um caráter mais neutro em dados momentos, o que sem dúvida decorre da influência política
do Estado Novo, em especial a atuação do Departamento de Impressa e Propaganda (DIP).
O presente governo somente se posicionou contrário ao bloco do Eixo (Alemanha, Itália,
Japão) após vários ataques alemães à frota brasileira de navios e ao oferecimento de acordos
bilatérias com os Estados Unidos.
Segundo os autores Forner e Silva, a neutralidade, isenção, objetividade é algo
retratado na impressa desse período;

No entanto, em momentos de cobertura de conflitos armados, há uma


suspensão dessa suposta neutralidade, convertendo assim a imprensa em
uma arma de guerra. Isso ocorre porque a diversidade de opiniões fica
significativamente reduzida quando o país está envolvido em um
confronto bélico, momento em que a imprensa em geral adere ao
sentimento nacional, em que muitas vezes são os correspondentes de
guerra de países estrangeiros, cujos interesses não estão diretamente
influenciados pelos governos locais, os que relatam os conflitos de forma
mais isenta (2017, p.2).

Quanto a relevância de se estudar a representação da Segunda Grande Guerra no


Brasil, em especial, como jornais da época retratavam o conflito; os meios operantes nas
transmissões de informações das batalhas e sua difusão na sociedade carioca dos 40. Outro
fato, condiz em despertar a percepção de nacionalidade (o nacionalismo brasileiro é
geográfico, se orgulha de feitos não construídos em comum com o povo, não bastando isso,
a maioria dos brasileiros é pessimista quanto aos rumos da nação). Na sociedade
contemporânea, como um país considerado “terceiro mundo” foi capaz de participar de um
dos eventos mais importantes do século XX, em especial como o os soldados marcam o
desenrolar da História do Brasil.
Ao tratar o quanto a Segunda Grande Guerra invadiu o cotidiano das pessoas no
Brasil, em especial compreender o quanto o Jornal A Noite foi um dos fios condutores das
notícias sobre a guerra ao final do ano de 1944.
O eixo temático envolvendo Segunda Guerra Mundial e Brasil, é utilizado em
diferentes nuances de muitos trabalhos científicos reflexivos, num nível que engloba não
somente historiadores, mas comunicadores sociais, sociólogos, antropólogos, filósofos e
cientistas políticos que estudam sobre o referido assunto numa produção paulatinamente
alta.
O escrito histórico desse trabalho é um tributo que faço aos valentes brasileiros que
perderam suas vidas ou aqueles que voltaram como heróis do conflito, ofereço aos demais
bravos soldados dos outros exércitos que lutaram pelo Bloco dos Aliados, em especial ao
combatente e historiador Marc Bloch (referência como profissional). Em termos científicos,
legitimo a atuação desses atores sociais para que não sejam esquecidos e desvalorizados.

2.REVISÃO HISTORIOGRÁFICA

A obra norteadora para se estudar uma História dos conflitos mundiais e


acontecimentos do tempo presente, intitula-se A era dos extremos do historiador britânico
marxista Eric Hobsbawm. O autor elucida as seguintes questões; o que ocasionou? O que
foi? O que representou? Quais os impactos da Segunda Grande Guerra. Tal qual o objetivo
do trabalho não é revisar ou se aprofundar na natureza dessas questões, mas utilizá-las em
contraponto ao que foi reproduzido numa mídia carioca.
Hobsbawm aponta que agente histórico responsável pelo conflito (o que canalizou a
opinião pública alemã aos empreendimentos do terceiro Reich) foi o genocida austríaco
Adolf Hitler:

As origens da Segunda Guerra Mundial produziram uma literatura


histórica incomparavelmente menor sobre suas causas do que as da
Primeira Guerra, e por um motivo obvio. Com mais raras exceções,
nenhum historiador sério jamais duvidou de que Alemanha, Japão e (mais
hesitante) a Itália foram os agressores. Os Estados arrastados á guerra
contra os três, capitalistas ou socialistas, não queriam o conflito, e a
maioria fez o que pôde para evitá-lo. Em termos mais simples, a pergunta
sobre quem ou o que causou a Segunda Guerra Mundial pode ser
respondida em duas palavras: Adolf Hitler ( HOBSBAWM, 1994, p.34).

As motivações sobre o conflito se dão em consequência ao revanchismo alemão


principalmente, o quanto o Adolf Hitler inflamou a massa ariana em querer dominar o
restante da Europa, juntamente com seus aliados de bloco Itália e Japão. Passo a passo a
guerra foi ganhando consequências globais, o qual Hobsbawm cita inclusive que regimes
como o Apartheid (1957) e o governo de Rashid Ali no Iraque (foi rapidamente sufocado) o
qual tiveram influência de similaridades em construir modus operandi semelhante ao regime
de Hitler.
O que resulta do conflito armado e violento é estimado é um saldo castratróficos:
A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) é conhecida como o confronto
bélico mais devastador da história. O número de mortes ultrapassou os 50
milhões, se tornando o mais letal da história da humanidade. Dentre tantas
fatalidades, tivemos o maior massacre já realizado contra uma população.
Os judeus, vítimas de uma propaganda enganosa e cruel, impulsionada
pelos meios de comunicação, estiveram perto da extinção devido à
perseguição nazista sob o governo do ditador Adolf Hitler (...) com a
implantação do III Reich, a Alemanha ignorou o Tratado de Versalhes e
reorganizou suas forças armadas. Rapidamente, uma nova Alemanha,
liderada pelo ditador Adolf Hitler começou a expandir seus territórios
sobre o pretexto de estar conquistando o que antes lhe pertencia (FORNE;
SILVA apud KERSHAM, 2017, p.3).

Sem sombras de dúvidas, a Alemanha de Hitler foi a gênese do conflito, local em


que há um dos fatos mais lamentáveis da História do século XX.

2.2 OS IMPACTOS E REPRESENTAÇÕES DO CONFLITO NO BRASIL

Historicamente, a Segunda Guerra só trouxe impactos e representações marcantes


no Brasil na terceira parte, em que é caracterizada pela entrada no país no conflito. Mas
como seria a representação dessa fase na mídia brasileira. O artigo acadêmico Os
correspondentes da Guerra e a cobertura da Segunda Guerra Mundial do Leonardo Guedes
Henn, o qual aponta-se; a guerra serviu como instrumento propagandístico de alguns
governos, sendo que a maior parte das matérias apresentavam algum vínculo com o conflito,
o que é evidente; pois o contexto contempla o imaginário das pessoas desde a esquina aos
mais sofisticados lugares.
O autor Henn aponta que o contexto da Segunda Grande Guerra, marca o período da
consolidação do Rádio, inclusive no caso brasileiro; o governo de Vargas foi o elemento
alavancador dessa cultura:

No que tange à cobertura jornalística, a Segunda Guerra caracterizou se


por marcar a consolidação do rádio como principal meio de
comunicação popular mundial. Com exceção de esporádicos filmes
com caráter documentário exibidos nos cinemas, as pessoas não tinham
acesso a imagens reais dos combates. A televisão só iria se difundir
após o término da guerra. Sendo assim, somente o rádio poderia
transmitir ao vivo das zonas de combate. Era a partir da narração do
locutor que o público ouvinte construía a sua imagem das batalhas, o
que fez com que o rádio cumprisse um papel fundamental no sistema
de propaganda elaborado pelos aliados. Os locutores estavam cientes
do papel que lhes cabia: incrementar o interesse da população pela
guerra, levando a que a torcida pela vitória dos seus compatriotas
contagiasse o maior número de pessoas. Por isso, procuravam fazer as
transmissões de forma dinâmica e emotiva. Os correspondentes da
BBC, por exemplo, relatavam os bombardeios sobre a Grã-Bretanha de
modo similar a como eram narrados os eventos esportivos. A BBC era
a maior emissora radiofônica do mundo. Como o rádio era, na época, o
mais importante meio de comunicação de massas, pode-se dizer que
essa estação de rádio foi a principal formadora da opinião pública
mundial. Com efeito, até mesmo no Brasil, o seu sinal era captado, seja
por ondas curtas, ou, o mais comum, por retransmissões que várias
emissoras locais faziam de seus programas (HENN, 2013, p.5-6).

Reitera-se que o papel de veículo midiático do Rádio era sumariamente superior ao


alcance dos jornais, porém eram nesses que os imaginários das pessoas se formavam, pois
se atentavam mais pela questão do apego visuais das imagens, mesmo aqueles que não eram
alfabetizados.
3.OBJETIVOS

3.1 Geral:

- Compreender a representação da Segunda Guerra Mundial no jornal carioca A noite no


segundo semestre 1944.

3.2 Específicos
- Conhecer o desfecho da Segunda Guerra Mundial a partir das narrativas dos aliados e
jornalistas, discorridas no jornal A Noite em duas diversas edições no ano de 1944.
- Entender
- Compreender o jornal como discurso ainda atrelado a narrativa positivista, com ênfase
aos aspectos da História Política tradicional.

4. METODOLOGIA E FONTE

O método disposto consiste em fazer leitura dos catálogos referentes ao jornal carioca A
Noite, sendo que as edições trabalhadas 1944, uma sexta-feira em que é estampada na sua
capa; o feito dos aviadores brasileiros ao bombardear a Alemanha.
A midiatização da Segunda Grande Guerra é feita através do jornal e do rádio, ambas eram
difundias através do trabalho dos correspondentes, o quais o texto Henn exemplifica vários
casos, de jornalistas a serviços dos jornais seus países aliados em luta contra os países do
Eixo Berlim-Roma-Tóquio.
Se tratando da História do Jornal A noite, o qual segundo o Diário do Rio; as foi fundado
por Irineu Marinho no ano de 1911, sendo que ênfase consistia em ser um jornal que
enfatizava notícias do período vespertino/noturno. O estabelecimento funcionava num
prédio em frente a baía de Guanabara, o qual o prédio passou a ser chamado A noite
(anteriormente edifício Joseph Gire (o arquiteto que o projetou). O local havia sido sede do
liceu literário português e que era um dos pontos mais altos da cidade carioca. Por também
estar próximo ao porto as notícias circulavam naquele entreposto de mercadorias, pessoas e
informações.
Quanto a fonte analisada, observou-se a predominância de iconografias/ imagens ilustrando
os acontecimentos da Guerra, sendo o destaque da edição decorre de feito dos

8
aviadores brasileiros em bombardear a Alemanha de Hitler, trazendo inclusive o depoimento
do Sr. Noel Charles combatente da Força Expedicionária Brasileira ( FEB) o qual afirma ter
participado com as forças aliadas a um bombardeio a Munique e a Salzburg. Outro relevante
fato nessa edição; diz respeito a como o brasileiros estavam esperançosos, haja visto que o
jornal anunciava a derrota eminente de Hitler ( isso no ano de 1944), trazendo no num boxe;
uma matéria afirmando; “A Alemanha está derrotada para sempre”; “Entre as lagrimas,
Rudolf externou sua opinião no dia da invasão da Europa- Afirma que Himmler atraiçoou
Hitler- Solicitou permissão para voltar á Alemanha, com propostas de paz- Mergulhado
numa desesperada melancolia”. Pode-se entender que a guerra estava se encaminhando para
seu desfecho, principalmente após junho do vigente ano, o qual ocorre o dia D ou
desembarque das tropas na costa da Normandia (França).
A edição trabalhou com as questões voltadas para âmbito político em sua grande maioria, o
que é notório, pois a política é a pedra angular da sociedade contemporânea, sendo que
trabalhar com História política exige reflexões, ao demostrar os agentes históricos
menosprezados pela ação dos grandes personagens. Pode-se mencionar inclusive; uma
maior influência norte-americana/ britânica nas transmissões de noticiais sejam através do
rádio ou jornais.
Diante do exposto, conclui-se que a Segunda Grande Guerra foi retratada na edição do
epílogo de 1944 do jornal A noite, sendo importante veículo de comunicação (junto com o
rádio) ao elucidarem causas e consequências do maior conflito do século XX. Vale ressaltar
que o recorte espacial é delineado por um acontecimento de relevância atuação das forças
brasileiras, valendo salientar que existem narrativas anteriores e posteriores na referida
fonte.

5. BIBLIOGRAFIA

HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX:1914-1991. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.13-49.

FORNER, Oscar Milton Cowley; SILVA, Maria Aparecida Ramos da. A mídia como arma
de guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Temática; NAMID/UFPB, ano XXIII, n°
7, p.1-14, jun./2017.
HENN, Leonardo Guedes. Os correspondentes de guerra e a cobertura jornalística
da Segunda Guerra Mundial. Sociais e Humanas; Santa Maria, v.26, n° 3, p.670-
686, set/dez.2013.

A Noite (RJ) - 1940 a 1949. Biblioteca Nacional. Disponível em: <


http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=348970_04>. Acesso em:
25/09/2018.

A noite (rio de janeiro ,1911). Biblioteca Nacional. Disponível em: <https://bndigi


tal.bn.gov.br/artigos/a-noite/>. Acesso em: 26/09/2018.

Diário do rio de Janeiro. O dia a dia carioca. Disponível em: < https://diariodorio.com
/histria-do-edifcio-a-noite/>. Acesso em: 27/09/2018.

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