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PETROLINA-PE
NOVEMBRO/2018
A REPRESENTATIVIDADE DA SEGUNDA GRANDE GUERRA NO
JORNAL CARIOCA A NOITE AO EPÍLOGO DE 1944
PETROLINA-PE
NOVEMBRO/2018
SUMÁRIO
3. Objetivos .......................................................................................................................8
5. Referências....................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
1
Conceito de Marc Bloch contido no livro Apologia da História ou Oficio do historiador.
² SILVA, K. V. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p.85.
do projeto busca despertar noções históricas referentes ao século passado (XX), em especial
a como um fenômeno ocorrido entre as décadas de 30 a 40 (em que ponto central foi
representado pela Europa) foi representado em alguns momentos pelos impressos do Jornal
brasileiro carioca A noite.
Se tratando a gênese desse programa, essa surgiu no translado para a faculdade, o
qual a escultura de nome “Monumento dos Pracinhas” localizado no centro de Petrolina-
Pernambuco. Vale ressaltar, que por incrível que pareça, esse acontecimento foi o marco
para descobertas e curiosidades relacionadas ao assunto, de tal modo que houveram
dificuldades, além da falta de amadurecimentos de ideias.
Gradualmente as temáticas foram deslocadas de um eixo bibliográfico (o qual devido
à escassez de fontes não foi possível a continuidade do trabalho em compreender um pouco
da História dos pracinhas que viveram na região do vale do São Francisco no período do
pós-Segunda Guerra Mundial), passando para propostas em compreender a representação
dos jornais locais durante o conflito, não logrado êxito, se ampliou a escala para nível
estadual, outra vez, devido à difícil quantidade e acesso as fontes, se optou em trabalhar o
Jornal carioca A noite numa delimitação espaço temporal definida.
De qualquer maneira, o trabalho foi desenvolvido com inspiração em uma cultura
patrimonial, em como ela foi responsável por desencadear questionamentos, sendo que a
mais almejada decorria do fato de homenagear as personalidades daquelas bravíssimas
pessoas que lutaram na guerra pela liberdade, contra a opressão e autoritarismo.
Como consta na obra Era dos Extremos, a tendência “natural” da civilização humana
ao fim do século XX, consiste em sua grande maioria ter perdido ou desvalorizado a cultura
material histórica, ou seja, vivem numa espécie de futuro contínuo, os quais não possuem
vínculo com nenhum período anterior a 30 anos, e os que falam sobre determinada época se
baseiam em generalizações de uma História total dos fatos ou noções do senso comum. Em
suma, as pessoas passam diariamente pelo monumento e ignoram, como se aquilo não
representasse nada.
Ao se tratar da História da Segunda Grande Guerra, deve ser estabelecer uma
delimitação do objeto, já que tratar dos diversos aspectos epistemológicos (contexto
histórico, político, cultura, geográfico e social), de um dos eventos mais notáveis do século
XX; é provável, que seria impossível ou um trabalho de uma vida (até que as informações
fosse analisadas, processadas e criticadas) e ainda sim, não seria suficiente para esgotar as
diversas pautas estabelecidas.
Do ponto de vista historiográfico, os historiadores que lidam com a História do
tempo presente, possuem uma atividade um tanto que relativa no tratamento das suas fontes,
pois essas podem apresentar um conteúdo mais extenso por vezes e outras nem tanto. Em
termos comparativos, os profissionais que trabalham com antiguidade ou medievo, já
conhecem os trabalhos fundamentais dos seus respectivos objetos e afins a serem lançadas
em campo, mas o que dizer sobre o tempo contemporâneo recente (século XX e XXI), sobre
os quais as fontes basilares ainda estão sendo produzidas, além de existir uma riqueza
imensurável de informações em diferentes lugares e contextos a serem assimiladas.
É evidente, o quão trabalhar com a História presente é uma grande aventura, assim
comum um dia os gregos e romanos (nomes como; Heródoto, Tucídides e Cícero) foram
pioneiros ao estabelecerem as primeiras noções pragmáticas do que seria a “História” no
conceito mais científico do termo, entretanto, é preciso dissociar cada acontecimento (com
sua natureza única) para que não cometermos o pior pecado do historiador que é o
anacronismo.
Como a proposta do projeto, não é somente se prender aos fatos em suas diversas
vertentes, mas conhecer um pouco de como esses, foram retratados pela mídia carioca
brasileira a partir da máxima participação brasileira.
A temática do trabalho decorre em analisar a fonte impressa (jornal A noite em duas
diversas edições), sobre as quais a sociedade carioca do ano de 1944; se informou das
diversas notícias referentes a Segunda Guerra Mundial. Sendo, plausível e justificável;
remontar os eventos a partir de sua representatividade pela intelectualidade, presente na
referida mídia. Trata-se de um tema inédito, do qual a relevância estar em estudar o
processamento das informações na atmosfera calorosa dos acontecimentos, se perfazendo
também, como; uma homenagem aos bravíssimos soldados aliados, especialmente da Força
Expedicionária Brasileira (FEB), além dos civis que dedicaram e ariscaram suas vidas
socorrendo e narrando a mais sangrentas batalhas já feitas pela humanidade. Que as ações
humanas ecoem no tempo e sejam eternizadas.
É provável, inferir conjecturas do quanto a linguagem jornalística dos fatos apresenta
um caráter mais neutro em dados momentos, o que sem dúvida decorre da influência política
do Estado Novo, em especial a atuação do Departamento de Impressa e Propaganda (DIP).
O presente governo somente se posicionou contrário ao bloco do Eixo (Alemanha, Itália,
Japão) após vários ataques alemães à frota brasileira de navios e ao oferecimento de acordos
bilatérias com os Estados Unidos.
Segundo os autores Forner e Silva, a neutralidade, isenção, objetividade é algo
retratado na impressa desse período;
2.REVISÃO HISTORIOGRÁFICA
3.1 Geral:
3.2 Específicos
- Conhecer o desfecho da Segunda Guerra Mundial a partir das narrativas dos aliados e
jornalistas, discorridas no jornal A Noite em duas diversas edições no ano de 1944.
- Entender
- Compreender o jornal como discurso ainda atrelado a narrativa positivista, com ênfase
aos aspectos da História Política tradicional.
4. METODOLOGIA E FONTE
O método disposto consiste em fazer leitura dos catálogos referentes ao jornal carioca A
Noite, sendo que as edições trabalhadas 1944, uma sexta-feira em que é estampada na sua
capa; o feito dos aviadores brasileiros ao bombardear a Alemanha.
A midiatização da Segunda Grande Guerra é feita através do jornal e do rádio, ambas eram
difundias através do trabalho dos correspondentes, o quais o texto Henn exemplifica vários
casos, de jornalistas a serviços dos jornais seus países aliados em luta contra os países do
Eixo Berlim-Roma-Tóquio.
Se tratando da História do Jornal A noite, o qual segundo o Diário do Rio; as foi fundado
por Irineu Marinho no ano de 1911, sendo que ênfase consistia em ser um jornal que
enfatizava notícias do período vespertino/noturno. O estabelecimento funcionava num
prédio em frente a baía de Guanabara, o qual o prédio passou a ser chamado A noite
(anteriormente edifício Joseph Gire (o arquiteto que o projetou). O local havia sido sede do
liceu literário português e que era um dos pontos mais altos da cidade carioca. Por também
estar próximo ao porto as notícias circulavam naquele entreposto de mercadorias, pessoas e
informações.
Quanto a fonte analisada, observou-se a predominância de iconografias/ imagens ilustrando
os acontecimentos da Guerra, sendo o destaque da edição decorre de feito dos
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aviadores brasileiros em bombardear a Alemanha de Hitler, trazendo inclusive o depoimento
do Sr. Noel Charles combatente da Força Expedicionária Brasileira ( FEB) o qual afirma ter
participado com as forças aliadas a um bombardeio a Munique e a Salzburg. Outro relevante
fato nessa edição; diz respeito a como o brasileiros estavam esperançosos, haja visto que o
jornal anunciava a derrota eminente de Hitler ( isso no ano de 1944), trazendo no num boxe;
uma matéria afirmando; “A Alemanha está derrotada para sempre”; “Entre as lagrimas,
Rudolf externou sua opinião no dia da invasão da Europa- Afirma que Himmler atraiçoou
Hitler- Solicitou permissão para voltar á Alemanha, com propostas de paz- Mergulhado
numa desesperada melancolia”. Pode-se entender que a guerra estava se encaminhando para
seu desfecho, principalmente após junho do vigente ano, o qual ocorre o dia D ou
desembarque das tropas na costa da Normandia (França).
A edição trabalhou com as questões voltadas para âmbito político em sua grande maioria, o
que é notório, pois a política é a pedra angular da sociedade contemporânea, sendo que
trabalhar com História política exige reflexões, ao demostrar os agentes históricos
menosprezados pela ação dos grandes personagens. Pode-se mencionar inclusive; uma
maior influência norte-americana/ britânica nas transmissões de noticiais sejam através do
rádio ou jornais.
Diante do exposto, conclui-se que a Segunda Grande Guerra foi retratada na edição do
epílogo de 1944 do jornal A noite, sendo importante veículo de comunicação (junto com o
rádio) ao elucidarem causas e consequências do maior conflito do século XX. Vale ressaltar
que o recorte espacial é delineado por um acontecimento de relevância atuação das forças
brasileiras, valendo salientar que existem narrativas anteriores e posteriores na referida
fonte.
5. BIBLIOGRAFIA
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX:1914-1991. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.13-49.
FORNER, Oscar Milton Cowley; SILVA, Maria Aparecida Ramos da. A mídia como arma
de guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Temática; NAMID/UFPB, ano XXIII, n°
7, p.1-14, jun./2017.
HENN, Leonardo Guedes. Os correspondentes de guerra e a cobertura jornalística
da Segunda Guerra Mundial. Sociais e Humanas; Santa Maria, v.26, n° 3, p.670-
686, set/dez.2013.
Diário do rio de Janeiro. O dia a dia carioca. Disponível em: < https://diariodorio.com
/histria-do-edifcio-a-noite/>. Acesso em: 27/09/2018.