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FRANCINALDA FERREIRA DE ANDRADE LIMA

ADVOGADA

EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE SÃO JOSÉ DE
PIRANHAS, PB.

PROCESSO: 0800273-41.2018.8.15.0221

Isani Ferreira Bento, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por sua
advogada e procuradora legalmente já constituída, vem respeitosamente à presença de Vossa
em atendimento ao despacho de Num. 18812796, para alegar e ao final requerer o seguinte:

Data vênia, com todo o respeito que mereçe o Douto Magistrado que por aqui
exerceu sua função não acatou o pedido do requerente quanto aos benefícios da Justiça
Gratuita, inclusive requereu diligencia, conforme consta nos autos; pois, bem , no sentido
com fundamento no Art. 5° , inciso LXXIV, da Constituição da República e Art. 4° , inciso II,
alínea "e", da Constituição do Estado de Santa Catarina, especialmente com base na Lei
Nacional n° 1.060/50, alterada pela Lei Nacional n° 7.510/86, bem como, no Art. 7° e demais
disposições da Lei Complementar Estadual n° 155/97, vem mui respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, dizer que o valor referente ao pagamento de custa é de um valor muito alto,
no momento não dispondo do referido valor para cumprir com o determinado, e, sendo como
o fundamento legal acima mencionado, o requerente vem implorar ao Douto Magistrado que
não lhe seja negado o direito de receber da Justiça os meios legais ou benefícios para lhe
cobrar o que lhe é devido, requer a revogação do despacho, para lhe deferir os beneficio da
Justiça gratuita ;

Inclusive já é entendimento dos nossos Tribunais;

A Jurisprudência.

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO


III – AGRAVO 82754 2001.02.01.030933-0

RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL ANDRE KOZLOWSKI

AGRAVANTE : PAULO CESAR DIAS COELHO E CONJUGE

ADVOGADO : ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES DE ABREU E OUTRO

AGRAVADO : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF

ADVOGADO : ARCINÉLIO DE AZEVEDO CALDAS E OUTROS

ORIGEM : DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (9800018980)

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE


CUSTAS – AFIRMAÇÃO DE CARÊNCIA ECONÔMICA – DIREITO DE PLENO ACESSO À JUSTIÇA –
ART. 5º, XXXIV, a, ART. 5º, XXXV, E ART. 5º LIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1 O art. 5º, XXXIV, a, da Constituição Federal pátria determina que é assegurado a todos,
independentemente do pagamento de taxas, entre outros direitos, o direito de petição aos
poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

2 O art. 5º, XXXV da Constituição Federal garante a apreciação pelo Poder Judiciário de toda
lesão ou ameaça a direito.

3 - O art. 5º, LIV da Constituição Federal assegura a utilização do devido processo legal sempre
que alguém seja privado de sua liberdade ou de seus bens.

4 Recurso provido.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. Decide a Sexta Turma do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso,
nos termos do voto do relator constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do
presente julgado.

Rio de Janeiro, 20 de março de 2002.

ANDRE JOSÉ KOZLOWSKI

Relator

VOTO

Como visto no relatório, trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão


interlocutória que indeferiu o requerimento dos autores de isenção do pagamento das custas
judiciais.
Sustentam os agravantes que seu pedido de gratuidade de justiça encontra-se albergado na
primeira parte do art. 4°, II da Lei n° 9.289 de 4 de julho de 1996 c/c art. 5°, XXXIV "a" e XXXV
da Constituição Federal.

Impende asseverar que o chamado procedural due process of law, que deve ser entendido
como o direito de pleno acesso à justiça, encontra-se consagrado no art. 5°, LIV, da
Constituição Federal, e consiste eminentemente em uma garantia de acesso à ordem jurídica
justa, garantia substancial e não meramente formal, assim devendo ser entendida como a
certeza de que todos os titulares de posições jurídicas de vantagem, possam ver prestada a
tutela jurisdicional, de modo a proteger, efetivamente, as posições de vantagem mencionadas.
Surge assim, a necessidade de se permitir que todos - tenham ou não condições econômicas -
possam demandar perante os órgãos jurisdicionais.

Assim, diante das informações prestadas através do Ofício n° 106/2001-12ª V.F.-Gab , oriundas
do Exmo. Sr. Juiz da 12ª Vara Federal, d. prolator da decisão agravada, que não contradizem a
afirmação de carência econômica feita pelos autores, entendo que deva ser reformada a
decisão agravada em epígrafe.

Por esses motivos, dou provimento ao recurso.

É como voto.

Rio de Janeiro, 20 de março de 2002.

ANDRE JOSÉ KOZLOWSKI

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - POSSIBILIDADE DE SER PLEITEADA EM QUALQUER FASE DO


PROCESSO - Justiça gratuita - Benefícios - Concessão. É facultado à parte, a qualquer tempo e
grau de jurisdição, requerer os benefícios da gratuidade judicial, a partir da simples afirmação
de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado,
sem prejuízo próprio e de sua família."(2.ª TACIVIL - AI 540.863 - 11.A Câm., Rel.Juiz Artur
Marques - j. 31.08.1998; Bol.AASP 2108/6).

Diante das declarações supra expostas, requer a Vossa Excelência, a concessão dos
benefícios da assistência judiciária gratuita, para o exercício de parte de seus direitos e
garantias fundamentais constitucionalmente assegurados.

Nestes termos,

Pede deferimento.

São José de Piranhas, 18/08/2011.

Francinalda Ferreira de Andrade Lima

OAB/PB nº 4952

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