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Resumo
Introdução: A palavra método, do latim methodus e do grego methodos designa caminho, meio ou
modo. Nesse sentido é diferente de metodologia, do latim meta (atrás ou depois), hodos (caminho,
meio ou modo) logos (estudo), ou seja, do estudo do caminho para atingir um determinado fim. Essa
diferenciação é relevante para desvelar uma confusão frequente no uso dos termos métodos ativos e
metodologias ativas. Métodos ativos são os caminhos, as maneiras através das quais ensinamos.
Metodologias são os estudos dos diversos métodos. Portanto não podemos usar metodologias ativas,
mas métodos ativos. As metodologias ativas são os estudos, sob diversas perspectivas, feitos acerca
dos métodos ativos. Tema: Este trabalho se insere na temática das metodologias ativas, na medida
em que tem como objeto os atuais desafios na implementação de métodos ativos de ensino.
Problema: Quais são os desafios inerentes aos métodos ativos? Hipótese: Os desafios imediatos,
embora não excluam desafios mediatos, secundários, dizem respeito a dois sujeitos centrais no
processo de ensino-aprendizagem, o estudante e o professor. Em relação ao professor, supomos que
os desafios são as condições de trabalho e a falta de conhecimentos acerca dos métodos ativos. Quanto
aos estudantes, as principais dificuldades parecem ser vinculadas à compreensão e à disponibilidade
para os estudos prévios. Objetivos: Explicitar os desafios atuais para implementar métodos ativos de
ensino. Nesse sentido os objetivos específicos são explicitar os métodos ativos e os respectivos
desafios para o professor e para o estudante. Referencial teórico: O processo de comunicação
inerente ao processo de ensino-aprendizagem, mas não a todas as formas aprendizagem, pode ser
desenvolvido para atender as aptidões de indivíduos cujas aptidões podem ser divididas em três
grupos: visuais, auditivas e/ou sinestésicas. Os métodos de ensino, enquanto meios adequados a
realizar objetivos (LIBÂNEO, 2006, p. 150), sobretudo o objetivo de que os estudantes aprendam,
precisam envolver ações que potencializem essas aptidões. Há vários métodos de ensino. Os mais
comuns são as aulas expositivas, as discussões e as simulações (GIL, 2009, p. 68-104). A principal
diferença entre os métodos tradicionais, principalmente a aula expositiva, e os métodos ativos é a
ressignificação do papel do estudante. Tradicionalmente os estudantes eram receptores no processo
de ensino-aprendizagem, destinatários passivos da exposição. O papel principal nos métodos ativos
é transferido do professor para os estudantes (DIESEL; BALDEZ; MARTINS, 2017, p. 273). Os
principais métodos ativos são a aprendizagem baseada em problemas (problem based learning), a
aprendizagem baseada em projetos (projects based learning), discussão em grupo ou instrução por
colegas (peer instruction), ensino sob medida (just-in-time teaching), aprendizagem baseada em
times (teams based learning), estudo de caso (case study), simulações e seminários (ROCHA;
LEMOS, 2014, p. 3-7; KIELT, 2017, p. 21-34; PLEBANI; DOMINGUES, 2009, p. 57-59). A
aprendizagem baseada em problemas é desenvolvida a partir da formulação de um problema pelo
professor, divisão dos estudantes em equipes que estudarão os problemas, formularão hipóteses,
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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.
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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.
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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.
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Anais eletrônicos do III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
Criciúma, 2018, ISSN - 2446-547X
Universidade do Extremo Sul Catarinense
III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e
Educação
Produção e democratização do conhecimento na Ibero-América
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Anais eletrônicos do III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
Criciúma, 2018, ISSN - 2446-547X
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Produção e democratização do conhecimento na Ibero-América
que haja comprometimento com os estudos. Considerações finais: O uso de métodos ativos no
processo de comunicação inerente ao processo de ensino-aprendizagem potencializa o atendimento
às aptidões de estudantes auditivos, visuais e sinestésicos, na medida em que possibilita que vejam,
ouçam e façam atividades, complementando esse ciclo. A implementação desses métodos produz
mais do que uma inversão de posições entre professor e estudante, na medida em que exige mais
esforço do estudante para que produza melhores resultados. Tão importante quanto o esforço dos
estudantes nos estudos é o empenho do professor na formulação de bons questionamentos, os quais
são ponto de partida, explícito ou implícito, de todos os métodos elencados. A hipótese formulada se
confirma, na medida em que os desafios enfrentados pelo professor e pelos estudantes se apresentam
também como desafios para o uso de métodos ativos. Bibliografia: DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda
Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma
abordagem teórica. Revista Thema, Lajeado, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. GIL, Antonio Carlos.
Metodologia do ensino superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. KIELT, Everton Donizetti.
Utilização integrada do just-in-time teaching e peer instruction como ferramentas de ensino de
mecânica no ensino médio mediadas por app. 2017. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de
Ciência e Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2017.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2006. PLENABI, Solange; DOMINGUES,
Maria José Carvalho de Souza. A utilização dos métodos de ensino: uma análise em um curso de
administração. Revista ANGRAD, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 53-72, 2009. ROCHA, Henrique
Martins; LEMOS, Washington de Macedo. Metodologias Ativas: do que estamos falando? Base
conceitual e relato de pesquisa em andamento. In: Anais do IX Simpósio Pedagógico e Pesquisas
em Educação: Transculturalidade e transdisciplinaridade: diálogos e desafios, Resende, 2014. v. 1.
p. 1-12.
Palavras-chave: Métodos de ensino. Obstáculos. Dificuldades.
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Anais eletrônicos do III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
Criciúma, 2018, ISSN - 2446-547X