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Universidade do Extremo Sul Catarinense

III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e


Educação
Produção e democratização do conhecimento na Ibero-América

DESAFIOS ATUAIS NOS MÉTODOS ATIVOS DE ENSINO

Camila Leonardo Nandi de Albuquerque1


Luiz Eduardo Cani2
Sandro Luiz Bazzanella3

Resumo
Introdução: A palavra método, do latim methodus e do grego methodos designa caminho, meio ou
modo. Nesse sentido é diferente de metodologia, do latim meta (atrás ou depois), hodos (caminho,
meio ou modo) logos (estudo), ou seja, do estudo do caminho para atingir um determinado fim. Essa
diferenciação é relevante para desvelar uma confusão frequente no uso dos termos métodos ativos e
metodologias ativas. Métodos ativos são os caminhos, as maneiras através das quais ensinamos.
Metodologias são os estudos dos diversos métodos. Portanto não podemos usar metodologias ativas,
mas métodos ativos. As metodologias ativas são os estudos, sob diversas perspectivas, feitos acerca
dos métodos ativos. Tema: Este trabalho se insere na temática das metodologias ativas, na medida
em que tem como objeto os atuais desafios na implementação de métodos ativos de ensino.
Problema: Quais são os desafios inerentes aos métodos ativos? Hipótese: Os desafios imediatos,
embora não excluam desafios mediatos, secundários, dizem respeito a dois sujeitos centrais no
processo de ensino-aprendizagem, o estudante e o professor. Em relação ao professor, supomos que
os desafios são as condições de trabalho e a falta de conhecimentos acerca dos métodos ativos. Quanto
aos estudantes, as principais dificuldades parecem ser vinculadas à compreensão e à disponibilidade
para os estudos prévios. Objetivos: Explicitar os desafios atuais para implementar métodos ativos de
ensino. Nesse sentido os objetivos específicos são explicitar os métodos ativos e os respectivos
desafios para o professor e para o estudante. Referencial teórico: O processo de comunicação
inerente ao processo de ensino-aprendizagem, mas não a todas as formas aprendizagem, pode ser
desenvolvido para atender as aptidões de indivíduos cujas aptidões podem ser divididas em três
grupos: visuais, auditivas e/ou sinestésicas. Os métodos de ensino, enquanto meios adequados a
realizar objetivos (LIBÂNEO, 2006, p. 150), sobretudo o objetivo de que os estudantes aprendam,
precisam envolver ações que potencializem essas aptidões. Há vários métodos de ensino. Os mais
comuns são as aulas expositivas, as discussões e as simulações (GIL, 2009, p. 68-104). A principal
diferença entre os métodos tradicionais, principalmente a aula expositiva, e os métodos ativos é a
ressignificação do papel do estudante. Tradicionalmente os estudantes eram receptores no processo
de ensino-aprendizagem, destinatários passivos da exposição. O papel principal nos métodos ativos
é transferido do professor para os estudantes (DIESEL; BALDEZ; MARTINS, 2017, p. 273). Os
principais métodos ativos são a aprendizagem baseada em problemas (problem based learning), a
aprendizagem baseada em projetos (projects based learning), discussão em grupo ou instrução por
colegas (peer instruction), ensino sob medida (just-in-time teaching), aprendizagem baseada em
times (teams based learning), estudo de caso (case study), simulações e seminários (ROCHA;
LEMOS, 2014, p. 3-7; KIELT, 2017, p. 21-34; PLEBANI; DOMINGUES, 2009, p. 57-59). A
aprendizagem baseada em problemas é desenvolvida a partir da formulação de um problema pelo
professor, divisão dos estudantes em equipes que estudarão os problemas, formularão hipóteses,

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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.
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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.
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Universidade do Contestado, Canoinhas, Brasil.

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Anais eletrônicos do III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
Criciúma, 2018, ISSN - 2446-547X
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realizarão estudos acerca da temática e discutirão os resultados encontrados. Semelhante à


aprendizagem baseada em problemas, mas mais complexa, a aprendizagem baseada em projetos é
iniciada com um problema mal-estruturado em torno do qual os estudantes formularão as intenções
acerca do projeto, planejarão, executarão e julgarão o trabalho visando criar algo novo ou
compreender algo acerca do funcionamento do projeto. A instrução por colegas é iniciada com uma
exposição acerca do tema pelo professor que, em seguida, formula questionamentos acerca dos quais
os estudantes debaterão, uma reprodução parcial da maiêutica socrática. No ensino sob medida o
professor passa um tema a ser estudado em casa e um questionário acerca da temática que deve ser
resolvido e enviado de volta ao professor para que esse prepare as aulas e alguns exercícios acerca da
temática. Na aprendizagem baseada em times os estudantes são divididos em times permanentes aos
quais são atribuídos conteúdos da ementa da disciplina que devem ser estudados previamente para,
posteriormente, responder testes sobre as ideias chave dos materiais, primeiro individualmente,
depois em conjunto com o time. Nos estudos de caso o professor apresenta um caso, divide os
estudantes em grupos e esses discutem com o grupo e depois com toda a turma acerca do caso. As
simulações começam com uma exposição acerca do tema, a divisão dos estudantes em grupos e a
encenação de um caso hipotético em que são aplicáveis as lições expostas. Os seminários se iniciam
com a divisão da turma em grupos e com a distribuição de textos para que os membros dos respectivos
grupos sintetizem as ideias centrais, geralmente sucedido por um debate e/ou uma exposição acerca
da temática. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica, com consulta a fontes secundárias,
utilizando-se o método dedutivo para verificar, no decorrer da pesquisa, a hipótese formulada.
Resultados e discussão: Os métodos ativos de ensino são utilizados com cada vez mais recorrência.
Várias instituições de ensino estimulam que todos os professores passem a empregar métodos ativos.
Para isso, promovem diversas atividades, dentre as quais cursos de formação e seminários, visando à
capacitação dos professores para potencializar o aprendizado dos estudantes. Muitas das melhores
universidades mundiais trabalham com métodos ativos de ensino. Mas é importante ter em mente que
esses métodos não implicam somente numa inversão de papeis entre professor e estudante, mas na
necessidade de que esses, os estudantes, como sujeitos centrais de um complexo processo, assumam
essa condição e executem as ações necessárias, mormente, os estudos complementares às atividades
desenvolvidas em sala. Tampouco retiram a importância do professor, que continua responsável pela
formulação de bons questionamentos, os quais são ponto de partida, explícito ou implícito, de todos
os métodos elencados. Podem existir tantos métodos ativos quanto for possível imaginar caminhos
para viabilizar o aprendizado dos estudantes, mas, indiferente do método escolhido, os estudantes
precisam assumir a tarefa de estudar. Na hipótese anunciamos desafios do professor, dentre os quais
estão as condições de trabalho com jornadas excessivas, pouco tempo livre para planejamento e
estudo, não raro com jornadas partilhadas entre instituições distintas em razão da dificuldade para
conseguir dedicação exclusiva numa única instituição de ensino, insegurança sobretudo dos
professores substitutos, precarização dos salários e muitas vezes um processo de formação
prejudicado pela necessidade de trabalhar durante a graduação para pagar o curso, pelo cansaço daí
derivado, bem como da má qualidade de alguns cursos de graduação. Dentre os desafios do estudante
estão a necessidade para trabalhar e auxiliar no sustento da família ou para custear os estudos que
reduz o tempo disponível para os estudos, sobretudo no ensino superior, dificuldades causadas por
problemas no processo de formação em todas as etapas que pode se agravar, a menos que os
estudantes se esforcem em sentido contrário, e falta de interesse. Algumas possibilidades para que os
professores possam reduzir esses desafios são a realização das leituras preferencialmente em sala, a
disponibilidade para esclarecer dúvidas acerca das leituras e a avaliação criteriosa dos estudantes para

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Anais eletrônicos do III Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
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que haja comprometimento com os estudos. Considerações finais: O uso de métodos ativos no
processo de comunicação inerente ao processo de ensino-aprendizagem potencializa o atendimento
às aptidões de estudantes auditivos, visuais e sinestésicos, na medida em que possibilita que vejam,
ouçam e façam atividades, complementando esse ciclo. A implementação desses métodos produz
mais do que uma inversão de posições entre professor e estudante, na medida em que exige mais
esforço do estudante para que produza melhores resultados. Tão importante quanto o esforço dos
estudantes nos estudos é o empenho do professor na formulação de bons questionamentos, os quais
são ponto de partida, explícito ou implícito, de todos os métodos elencados. A hipótese formulada se
confirma, na medida em que os desafios enfrentados pelo professor e pelos estudantes se apresentam
também como desafios para o uso de métodos ativos. Bibliografia: DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda
Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma
abordagem teórica. Revista Thema, Lajeado, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. GIL, Antonio Carlos.
Metodologia do ensino superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. KIELT, Everton Donizetti.
Utilização integrada do just-in-time teaching e peer instruction como ferramentas de ensino de
mecânica no ensino médio mediadas por app. 2017. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de
Ciência e Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2017.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2006. PLENABI, Solange; DOMINGUES,
Maria José Carvalho de Souza. A utilização dos métodos de ensino: uma análise em um curso de
administração. Revista ANGRAD, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 53-72, 2009. ROCHA, Henrique
Martins; LEMOS, Washington de Macedo. Metodologias Ativas: do que estamos falando? Base
conceitual e relato de pesquisa em andamento. In: Anais do IX Simpósio Pedagógico e Pesquisas
em Educação: Transculturalidade e transdisciplinaridade: diálogos e desafios, Resende, 2014. v. 1.
p. 1-12.
Palavras-chave: Métodos de ensino. Obstáculos. Dificuldades.

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