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Werner Wiese
INTRODUÇÃO
A discussão ocorre, sim, porém cle forma limitada e principalmente nas notas
bibliográficas'. Além disso, buscamos sempre de novo o diálogo com Horsley
- Hanson, também de forma crítica.
3 Em parte, os conditos violentos entre palestinos e judeus que assistimos quase que semanal-
mente se deve a razões semelhantes.
• "Realidade social" hoje é um universo cada vez mais complexo c complicado. Basta letn-
brar como a sociedade e cada indivíduo que a compõe se organiza ou tem de organizar por
causa das "exigências sociais" ou ',imposições" que podem levar o ser hUllla110 enquanto
pessoa à beira da crise ou mesmo perda da identidade própria. CI. Gottfried BRAKEN1E1 ER.
O ,S'er Humano Em 1.3u,sra Ideniidaile. Comrilmições para uma inaropologia mológica.
p. 9ss: Oswald BAYER. Viver Pela Pá. Ju.slificação e .S'amilicação, p. 9ss, especialmente p.
1 1-14.
' Isso é apenas um recurso didático para fins de clareza e inteligibilidade do assunto, pois na
verdade as duas partes estão inseparavelmente ligadas.
' Ao nos referirmos a eles, ao longo do trabalho, usamos as expressões os (monis, nossos
autores, florsh* - Hanson, llor.slev ou llorsley. Bandidos ....
Por exemplo, na' sua obra monumental, John Dominic Crossan. O Jesus Hi.sitórnio. À Vida
de UM Camponês Judeu do Mediterrâneo, se apropria de elementos fundamentais do ideário
deste livro, Crossan se reporta especialmente a Florsley.
28 VOX SCRIPTURAE
neo, p. 45S. Aliás, Horsley-llanson não mencionam a revolta,iliddiCa ffira da Palestina. Para
nós. no entanto, essa revolta Ibra da Palestina é uma indicação da consciência própria do
povo judeu enquanto povo ou grupo étnico-religioso, independente se seu paradeiro tbsse
na Palestina ou fora dela - na diaspora.
'Detalhes a esse respeito cf. em HORSLEY. Bandidos__ nas páginas que descrevem esses
MOvimentos.
'"Al iis, não só o estado deplorável da Palestina tem uma longa história, mas também a resis-
tência popular contra esta real idaelê tem uma longa história; para isso, no entanto. cf. mais
adiante o //em
HORSLEY. Bandidos,„., p. 25-20. Nestas páginas os autores chamam a atenção ,á resis-
tência dos camponeses "iá nova forma monárquica'', aos protestos dos prol'etas contra a
monarquia, às revoltas contra Davi e ã posterior divisão do reino. embora a "dinastia davídica-
sobrevivesse por mais de 400 anos. Cl. também O. BRAKEMEI ER. Reino de Deus e r.Spe-
17111(Y1 Apocalíptico. p. 24-29., especialmente interessante é a abordagem de Brakeineier
sobre as diversas "concepções teocraticas- em Israel.
HORSLEY. op. Cit., p. 24: cf. também p. 21-23.
'Basta lembrar os cativeiros assírio e babilónico.
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..." 29
"Cf. VIORSLE.Y, op. cit., p. 27. O templo se torna "banco de depósitos e centro cie culto".
2
Aqui convém lembrar as palavras de Jesus proferidas contra o templo ou contra a estrutura
templária rigidamente institucionalizada e controlada (cf. Mi 21.12-13: Mc 11.15-18; Ec
19.45-48 e Outros textos mais). Além disto, o que também chama a atenção é a reação da
liderança religiosa: por um lado ela trama tirar :i vida de Jesus e o registro do medo que ela
tinha do povo (cf. Mc 11.27-33; 20.1ss). Disso deduzimos que o ministério de Jesus teve
repercussão "sócio-política" não diretamente contra o império romano. inas contra unia
estrutura de poder exploratório legitimado ou no mínimo aturado pelos romanos: a aristo-
cracia sacerdotal, detentora do poder político, econômico e religioso da Jucléia como comu-
nidade do templo. Indiretamente isso também deve ter atingido Roma. sob cujo "controle
político externo" esta comunidade eslava. Até que ponto isso mexeu com a Gal i Dia campo-
nesa?
2 ' HORSLEY. Raio/ p. 28.
22 Foi via a aristocracia sacerdotal judaica que o "imperialismo cultural" do helenismo se
instalou na Palestina judaica; cf. HORSLEY, op. cit., p. 28-30; cf, nestas páginas também os
textos mencionados de 1 e 2Mc. Cf. ainda André PAUL. O Judaísmo Vadio. 11 islória
Política, especialmente onde, o autor trata do período helenístico.
HORSLEY. p. 31; cf. também o texto de 2M c 4.11 indicado por I lorsley. A
população foi atingida existencialmente. Em meio 3 pealo dos direitos acima mencionados.
surgiu o aumento (los mihmos por causa da compra do sumo sacerdócio por parte de Menelau
e por causa dos atos ligados a esta conspiração.
30 VOX SCRIPTURAE
com as medidas adotadas por Antioco Epflanes contra o templo. Nesse con-
texto constata-se novamente uma forte resistência popular porém Antfoco a
reprimiu com um decreto contra os "costumes .judaicos e da observância da
Lei", sob pena de morte para quem se opusesse ao rei ou seu decreto'''.
Esse decreto fez com que surgisse um momento ou etementmr/igio,s'o
novo entre o povo. Horsley - Hanson o chamam de "ressurgimento do
apocalipticismo"." De fato, o povo estava diante de duas alternativas: resistir
ou ceder? Cada uma das alternativas representava uma negação ou o "fim da
fé judaica", num caso por adesiio e negação e no outro caso pela n/o/te decor-
rente da resistência. Nesta situação peculiar e limítrofe, o apocalipticismo
surgiu como resposta à crise. Isso não deve ser interpretado como resignação
e fuga da realidade, mas como uma nova interpretação na busca de (produção
de) sentido para essa realidade. No horizonte teológico avista-se com mais
nitidez a espera/iça pela ressurreição." Aqui ja encontramos elementos que
também nutrem a teologia cristã até hoje. Posteriormente a ressurreição de
Jesus Cristo tornou-se o sinal proléptico que nutre a esperança cristã.
Uma revolta popular e a ascensão da dinastia asmoneia pôs fim ao
programa de helenização". Os macabetts figuravam como os líderes mais
conhecidos desta revolta, mas eles não foram os únicos. Conforme nossos
autores, os camponeses novamente tiveram um papel fundamental na revolu-
ção ou guerra, no entanto, sem usufruir o resultado dela, pois o que se implan-
tou, finalmente, foi uma "nova dinastia de sumos sacerdotes" em vez do espe-
rado reino de Deus. Em outros termos, o que se instalou foi um poder sagra-
21d„ p. 35-38. Parece não haver poder que nao corrompe ou que nao porta o geme da
corrupção em seu próprio bojo. Certamente à vista desta realidade, palavras de .1 'sus como
as que encontramos em MJ 20.25-28, par.; Mt 26.50-53: .lo 18.36-37 adquirem novo brilho.
Cl'. também Geri-lar(' LOHEINK. Como Jesus Queria as Comunidades. 1 dimonsiio social
da,k p. 74ss; 160ss; 169ss; e o.
'HORSLEY. Bandidos p. 43; cf. também p. 44-45. John D. CROSSAN. O Jesus
p. 458, menciona mciv iryolías contra Roma; a se,:mmla ocorreu "no Egito e regiões
adjacentes. em 113- I IS E.C....
l'HORSLEY, Op. cit., p. 44. 1-lerodes não aturava qualquer tipo de rebelião ou protestos. No
entender de nossos autores. Isso também explica porque "pouco se sabia de rebeliões ou
mesmo de <inquieta0(» em tal <estado policial> rigidamente controlado'', p. 46.
32 1d., p. 45.
'Às vezes inquietações e rebeliões nada diferente são do que a expirssão de uma comunica-
ção balTada - de uma comunicação social não permitida.
32 VOX SCRIPTURAE
p. 60-62. Nisto os fariseus eram exemplares (Lc 11.42: Mt 23.23). Uma agravante deve
ser lembrada aqui. Nossos autores dizem que "sob o império persa e o helenismo, toda
sociedade teve de pagar um certo Valor de tributo ít administração imperial" (cf. p. 63). No
período selêucida o tributo sobre os cei-eais chegava it um leiva, sobre o vinho e o tile() it
metade da produção total. Sob os nativos asmoneus essa situação mudou para melhor. Tanto
maior foi. então, o impacto negativo sob os romanos, quando a Palestina judaica foi subme-
tida ao tributo. "sobreposto aos dízimos e outros impostos tio templo e ao sacerdócio". p. 63.
A situação era tal que "os produtos agrícolas judeus estavam agora sujeitos a dupla tributa-
ção. provavelmente bem acima de 4114, da sua produção" (cf. p. 63). Evidentemente, o
tributo era uma extorsão. Para os romanos, no entanto, o desc./Hum-inicia() dcrer tributa-
rio era sinal de rebelião, que normalmente Ibi enfrentada com "força punitiva" (cf. p. 64).
Além desta "dupla tributação" dos produtos do campo. havia outras "pressões sobre a eco-
nomia agrícola", como impostos especiais advindos das despesas da guerra civil romana: a
devastação das aldeias e suas populações causadas pelo exército romano; etc. (et'. p. 64). As
conseqüências para a maioria da população foram uma escravidão econômica e condições
desumanas para viver, decorrentes desta escravidão (cf. p. 651.
45 Cf. HORSLEY. Banditismo p. 70. 74-75, 78-70.
p. 76.
CS., no entanto. Mc 15.27.
11ORSLEY. Banditi.smo p. 72-73.
1
p. 70.
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..." 35
"td.. p. 81-82, 85. Cf. nestas páginas também os nomes de alguns lideres envolvidos na
5
revolta e suas ligações com o banditismo social e as razões que Joselb alega como causas da
revolta: cf. nomes como Eletizar, filho de Ananias, Situou bar Giora. João de Giscalti (con-
corrente de Josefo na liderança de toda a Galiléia); cl também p. 86. Ademais. relereme aos
movimentos proféticos, cf. p.125SS: referente ti ()Horto /1los0/1(1, aos sicários e aos
cf. p. 166ss.
'' Em torno dos zelotas, especialmente no que diz respeito sua origem. não há unanimidade
na pesquisa mais recente, mas essa questão não pode ser discutida aqui.
'HORSLEY. Haudidos p. ,166ss..
p. 125ss.
p. 89-124. São essas páginas que vão nos ocupar de agora em diante, e cm diálogo cooi
elas incluiremos outros autores, aqui e acolá, onde for útil para a compreensão da temática
36 VOX SCRIPTURA
mais importante cio que isto seria sua função libertadora e restauradora da
"sorte de Israel", a exemplo de Davi"). Portanto, não se deve confundir entre
realeza popular e ideologia oficial da realeca.' Nossa atenção está voltada
para a realeza popular como expressão de c,speranci messiânica. E ela vai
afunilar com algumas considerações sobre Jesus como "messias" na época
em que ele viveu.
'Id. ibid.
p. 95. Porém as forças das armas não eram o suficiente para alguém se tornar rei MI
ITICSSI'dS;isso ocorria "por eleição popular -, quer pelo povo todo ou não. Davi chegou ã
realeza em etapas. Aliás, o processo inverso também podia ocorrer, h é. o povo "podia
retirar o seu reconhecimento da realeza e eleger outro-. IZoboão e Jeroboão são exemplos
disto. O que está entre parêntese é nosso.
'7 1-1ORSLEY. Bandidos p. 97..
"Id. ibid.
"Id ibid.
p. 98: cf. ir 23.5-6: Is 11.2-9.; Mq 5.2. Por causa c.la raridade do uso do termo ungido, os
autores dizem não ser "apropriado falar de uma esperança ,judaica de <o Messias>-; cf. para
Ou l também o início do cap. 3 do livro em questão. Ademais, ilorsley - I lanson lembram que
muitas profecias cio relação a "um futuro rei- terem suas raízes no "Israel tribal- ou nas
"tradições populares daquele período-: cf. p. 9S-99.
p. 99-100.
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..." 39
'Id., p. 100.
71c1.. p. 100-103.
a esses detalhes. Basta mencionar dois momentos cruciais em que eles surgi-
ram. Um foi por ocasião da morte de Herodes - o Grande. No primeiro mo-
mento, houve "insurreições messiânicas populares" organizadas, que reivin-
dicavam redução dos tributos, libertação de presos políticos e punição do
"brutal assassino de Judas, Manas e seus seguidores". Por ocasião da Cesta de
.Páscoa esses pedidos ganharam o reforço das multidões que visitavam a Judéia,
especialmente Jerusalém. Mas os pedidos não foram atendidos. Ao contrário,
eles foram reprimidos fria e violentamente. E por ocasião dalésia de Pente-
costes, as multidões, vindas de várias partes do país a Jerusalém, "cercaram
as tropas romanas que ocupavam a cidade"; além disto houve o levante de
camponeses em forma de "movimentos messiânicos" em várias regiões do
reino de He.rodes79.
Os movimentos messiânicos populares se caracterizavam pela figura
do rei carismático que os reunia ou em torno do qual eles se reuniam e este rei
ou /Mel; era de ar/gemi! .simples, o objetivo era "derrubar a dominaçao
herochana e romana e restaurar os ideais tradicionais de uma sociedade
e igualitária", dizem florsley - Hanson"
Num segundo momento, eles surgiram durante a revolta judaica. Por-
tanto, em torno de 60-70 anos depois dos movimentos messiânicos populaws
acima mencionados. O período entre estes dois momentos (Tarjais é marcado
pelo silêncio em relação a esses grupos". No contexto da grande revolta,
711 1d., p. 107, O ano destas festas não é mencionado. Cl. também os textos de Joselb. citados
pelos autores nas p. 107-109. Aliás, is grandes Cestas judaicas parecem ter sido sempre um
11ator de enorme preocupação para is autoridades judaicas. devido à grande afluência de
pessoas a Jerusalém nestes dias. Convém lembrar a preocupação e o cuidado das ititorida-
des,judaicas em relação à prisão e ao itilgainento de Jesus de Nataré. ocorrido no contexto
da Páscoa. Detalhes a respeito da presença das multidões elo Jerusalém por ocasião das
grandes festas, especialmente a Páscoa. cf. Joaquim JEREMIAS. .lenrs.ofi'm no Tempo de
Jesus., p. 111-121.
1-1ORSLEY. llandido.s p. 109. Os nomes dos pretendentes reais mencionados nas p. 1 07-
108 eram todos de origem simples; cf. detalhes em Donfiele SCARDELAI.
illes.slânicos no Tempo de levo v, p. 1 25s, especialmente p. 129ss.
1-10ISLEY, op. cit., p. 110. Quanto à dimensão desses movimentos. nossos ititores reme-
tem ao "tamanho da força militar- usada para vencê-los: "Além das legiões já presentes na
Judéia.lVaro1. convocou as duas restantes legiões da província (cerca de (i.000 cada moa) e
quatro regimentos de cavalaria (500 cada um), bem como as tropas auxiliares fornecidas
pelas cidades estados e pelos reis subordinados da região". p. O que está entre colche-
tes é nosso.
"1 IORSLEY. op. cit., p. 1121 Obviamente surgem perguntas em torno da ratão deste silêncio.
Por que esse período todo, com eXCC(.[:10 InIVC/, de Jesus de NaLaré e SellS seguidores. nao
fornece fontes ou intbrmações sobre esses inovi mentos? Isso se deve iii controle rigoroso
da época, a exemplo do período de Herodes? Esse controle foi tão rigoroso (Inc de fato
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..."
conseguiu abafar os movimentos messiânicos'? Mais do que em qualquer outro lugar, aqui
deve-se pergun6ir: O que isso signi ficou para o movi alento de Jesus e como este deve ser
interpretado a partir destas constatações? Os seguidores de Jesus eram o único movimento
messiânico neste período'? Ou ainda: se houve outros, porque nada se sabe deles'? Outras
perguntas mais subjazem a estas.
"HORSLEY. Bandidos p. 112: cf. também BRAKEMEIER. Reino dc Deus e Esperan-
ça Apocah»lica, p. 115-116, que menciona os sicários ao lado dos zelotas, porém os distin-
gue destes, situa os sicários na Gal i leia e os zelotas em Jerusalém. CI. ainda 1-10ERSLEY. p.
166ss, principalmente p. 173ss referenie aos sicários e p. 186ss referente aos zelotas.
"HORSLEY, op. cit.. p. 113: cf: mais detalhes em D. SCARDELAI.
Messiânicos..., p. 157-162.
"D. SCARDELA I, op. eit,. p. 145-156: HORSLEY. op. cit., p. 113.
"HORSLEY, op. cit., p. 113. Impressionantes são os detalhes de Horsley - Hanson nas p.
114-115.
p. 116. Simão era um líder temido. porém "os sumos sacerdotes e o <corpo dos cida-
dãos>" o aceitaram em Jerusalém ',para ajudar a derrubar o domínio de João de Ciscai a e
dos zelotas-, p. 116. Esse lato evidencia que os diversos 11101'illICIIIOS 1101,111(11e.S.
não lutavam (apenas) em umaTrente única, ou melhor, contra uma frente única, mas comba-
tiam-se mutuamente, no iníniirio em dadas circunstâncias. Isso são indícios claros de que
não se pode idealizar esses movimentos.
"HOERSLEY. limon4idos, p. 117-119.
42 VOX SCRIPTURAE
"No que diz respeito à heiemgencidade do grupo aos dim'ipulos (10 Jesus, o que desperta o
interesse dos exegetas e lhes causa alguma dor ele cabeça é a menção de EipxouTe tax44(1,01 ,
C4-12441-4, (Lc 6.15); cf. At 1.13 (=E4,ffi)iw é (,4940-unç): Mc 3.18 (=2.:Mcova TÀ.E , KR] TXPR-1,01'
que deve ser idêntico ao de 1,c 6.15 e At 1.13, pois seria a transcrição aramaico para/de
("itmá:l-K) Ia Albrecht STUMPFF. Zip;o;:e termos cognatos. In: Theologisches Worterbuch
zum Neuen Testament, vol. 2, p. 879ss. I, e cio Mi 10.3-4 a menção de Mu,Oeuioc o -,:(..Àcávn;-,
e Eigcoi, é Kuziwixdoç entre os doze (onze) apóstolos. Obviamente aqui as diferenças entre
os exegetas e intérpretes também se tornam nítidas. llorsley - Hanson làzem questão em
dizer e procuram mostrar que os ;violas só surgiram no "inverno de 67-78 d.C.- (cf.
LIORSLEY. Bandidos., p. 9 e I 86ss). Semelhante compreensão Pablo RICO ARO.
APOCALIPSE. Reconstrução da Espornça, p. 28, tem de zelotas. Antes ''só ha fanáticos
ou zelosos da lei, porém trata-se de uma atitude mais religiosa que política-. Já A. ST1 I NI PH'',
na p. 887 do artigo mencionado; diz -zwischen dem Zelotismus und der Geschichte der
pakistinischen Christenheit bestehen enge Beziehungen-; contudo ele não explicita o que
quer di ser com Geschichte (ler pa (aviltam:hen Christenheit. Adolf SCHLATTER. /)er
Evangelist p. 326-327, no mínimo compreende é 1:(24:lln-j,; e é Iicówi Tdoç (=o
.7.:11X(ATijc,.) como representantes de dois grupos antagônicos quedividiain o cinillo da comu-
nidade; a ambos Jesus abre 'o espaço nafundução opostolado e desta !Arma ele abriga os
contrastes. Pensamos que estas observações todas nos deveriam levar a uma reflexão pro-
funda e ponderada no trato dos contrastes dos diversos grupos sociais na Palestina judaica
do séc. 1 d.C.
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..." 43
"Cf. expressões pirdicahius. a respeito de Jesus e auto mrdicatiras' que criavam et- perimi-
vos no contexto da nossa análise, como, por exemplo, profcta: Mc 6.15-16; 8.27-30: Mt
21.11, 46; 16.14: Lc 7.16, 39: 24.19: Jo 7.40, 52:3 f-_)xé)ft.cpoç: Mt 11.3-6 par.: o Cri.sto, o
Filho de Deus., o Filho do homem: Mt 16.16; 26.63-64; Mc 14.62: Lc 22.67-70. Haveria
ainda muitas outras expressões que poderíamos relacionar juntamente com estas. Em rela-
ção ao mistério /messiânico cf. Mc 1.25.34: 3.12: 8.27-30 e par.: 9.9-10.
"'Cf. também Dou zele SCARDELAI. 114ovimenio.v p. 214-224.
"'Referente 3 discussão emergente dos assuntos contidos nas duas notas ameriore.s', cf . Custa!'
DALMAN. Worm levo, p. 237ss: 248ss; Leonard GOITTELT Theologie de.s' 'When
Te.slamems', p. 206ss: Joachim JEREMIAS. Neture.slamendicheTheologie I, p. 239ss; Rainer
RIESNER. Jesus alsLehrei; p. 298ss; E STUHLIMACHER, Bibli.srhe Theologie des New')
"1».ymmena, vol. I, p. 1(17-124.
44 VOX SCRIPTURAE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
nais, porque se trata defina/ de tuna abordagem e não em termos de avaliação última.
"'Além da literatura já mencionada ao longo desta abordagem, cf., por exemplo. Gerei
THE1SSEN. Sociologia do illogittomío de Jesus; Id. .S'ociologia da Cristandade Primitivo.
"'Jesus históricãquer enfatizar a relevância da mensagem de Jesus de Nazaré para o contexto
concreto da sua época C. por conseguinte, para a teologia bíblica em nosso contexto.
%Hans-Joachim ECKSTEIN. Jesus Chrism.s - Gen wird Mensch. Konsequenz:en ,Iiir unser
Menschenbild.Wuppertal:Btx)ekhaus.2(X)3/5, p. 270-278; Manin HENGEL fie vier Evangclien
und das eine Emngelium ‘,on Jesus Cluistus. Wuppertal: Brockhaus, 2003/1, p. 18-33.
"7CT. nossas observações ja feitas na introdução a este trabalho.
"Pode-se remeter, aqui, também a CROSSAN e a SCA RDELAI.
W. Wiese, "Conflitos sociais e esperança ..." 45
BIBLIOGRAFIA
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Christus. In: Theologische Beitrãge. Klaus Haacker et al. (eds.).
Wuppertal: Brockhaus. 2003/1, p. 18-33.
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1978. 610 p.
STUHLMACHER, Peter: Biblische Dieologie des Neuen Testraments.
Grundlegung 1,011 Jesus zu Pau-/os, v. 1. Gottingen: Vandenhoeck 8
Ruprecht, I 992. 419 p.
50 VOX SCR11TURAE