Sei sulla pagina 1di 12

A CARREIRA NUMA

PERSPECTIVA DE
AUTOGESTÃO
“O Amor, o Trabalho
e o Conhecimento são
fontes da vida e deveriam
também governa-la.”
Wilhelm Reich
INTRODUÇÃO
Pessoas que integram amor, trabalho e conhecimento são
mais felizes em suas escolhas profissionais gozando de uma
vida mais plena e mais produtiva?
O amor, ao qual se refere Reich trata da humanidade de
cada um de nós, nossas necessidades de relacionamentos,
afetividades, família, vinculações e outros aspectos tão
impactantes em nosso modo de ser e viver que influencia
diretamente nossas soft skills. O trabalho, faz referência à
nossa capacidade produtiva, nossa potência realizadora,
nossa ação em busca de conquistas. Já o conhecimento,
envolve o saber, as informações, a bagagem cognitiva e
intelectual que nos faz mamíferos bibedes.
Neste e-book trataremos do tema carreira e como
desenvolvê-la na perspectiva de autogerenciamento a partir
de duas destas pernas: o trabalho (e seu emprego) e o
conhecimento. Sobre o amor, relacionamentos, valores
pessoais, qualidade de vida, ficará para um próximo ebook,
não por não ser fundamental mas por que requer uma
abordagem integrativa, pressupondo um apanhado de conceitos
da psicologia e da neuropsicologia. Talvez não seja possível mais
que a referência sobre a importância do autoconhecimento e do
reconhecimento de seus valores já que este é fator primordial na
construção de uma vida mais plena.
Trabalho com desenvolvimento profissional, com foco em
carreira há 20 anos. Nestes 20 anos pude perceber as mudanças
nos modelos de relações profissionais e principalmente nos
conceitos que influenciam as escolhas da carreira.
Atendi profissionais divididos entre o prazer do final de
semana e as ansiedades de uma segunda-feira, sujeitos ao
desperdício de energia, perda de foco e não raras vezes
apresentando quadros de estresse, ansiedade, depressão além
de doenças somáticas que afetam as várias dimensões da vida.
Inicialmente as pessoas escolhiam suas carreiras pela linha de
sucessão familiar ou conforme o que criam ser a melhor chance
de emprego e subsistência.
Os filhos de famílias abastadas optavam pelas profissões
glamourosas e técnicas como medicina, direito, veterinária e
agronomia por exemplo (penso que isto tem fundamentação em
um pais de incentivo a formação mais técnico profissional e
menos questionadora). O fato é que a escolha era realizada em
função dos valores dos pais numa abordagem mais conservadora
e muitas vezes baseada na orientação paterna. Já aos filhos de
famílias modestas eram destinadas as profissões técnicas de
execução, com pouco ou nenhum acesso ao ensino superior.
Eram guiados pela grande oportunidade de se ter um emprego.
Até a década de 80 os ensinos médios eram profissionalizantes
com um conceito de formar mão de obra para um país que
entrava numa era mais moderna, porém com muitos resquícios de
uma educação militar, bancária, de pouco incentivo a crítica.
A partir dos anos 80 e pelos idos dos anos 90, quando
iniciamos uma abertura maior de mercado e de consumo, a
globalização e o avanço da tecnologia abrem a necessidade de
uma profissionalização mais ampla em conceitos, criatividade e
desenvolvimento no Brasil. Desde então as mudanças têm sido
rápidas em todos os níveis de formação, chegando a atualidade
com um sem números de oportunidades de formação, um
incentivo desmedido à criatividade, uma competição acirrada
entre escolas e instituições, uma ferrenha comercialização da
educação que nem sempre abre portas ou garantem qualidade.
Neste contexto a escolha da carreira tem sido um desafio
cada vez mais complexo, diante de tanta opção, urgência e
competição. Cada vez mais os jovens entram mais cedo no curso
superior e debandam posteriormente atrás de especializações e
formações complementares que lhe possibilitem alinhar
expectativas pessoais, profissão e satisfação.
Enquanto isto nos ambientes de trabalho, encontramos cada
vez mais profissionais adultos, na faixa de seus 35-40 anos,
insatisfeitos, sofrendo de ansiedade e estresse em busca de
autoconhecimento, felicidade e qualidade de vida. Eles lidam com
as metas, métricas, desempenho, pressões e outras perturbações
modernas como conflitos de gerações, diversidade, assédios,
modelos importados de gestão e liderança, competitividade,
corrida por lucros e inúmeras exigências sociais além das
responsabilidades familiares.
Ou seja, se até ontem o lema era produzir, hoje vivemos o
desejo de que é preciso também ser feliz, ter uma vida plena, ter
um trabalho com significado e sentido. Esta demanda provoca
uma chuva de literatura de auto ajuda assim como famosas
técnicas e metodologias popularizadas, disponíveis aos mais
incautos, oferecendo mudança de vida em três tempos,
passagem em cima de brasas para desafiar o medo e obter
sucesso, participação de workshops emocionais para se
conhecer melhor, submeter-se a técnicas de hipnose e/ou coisas
parecidas para se livrar de dificuldades e ganhar competências
novas. É válido. Tudo pode ser válido, mas talvez seja bem mais
simples do que isto. Talvez seja mais fácil compreender a carreira
como uma jornada que congrega as forças da vida de forma
sinérgica e harmoniosa, acolhendo e respeitando limites próprios
e navegando nas próprias motivações. Sobretudo, estando
presente no leme deste barco.

” Se seu sonho for maior que ti, alonga


tuas asas, esgarça teu medos, amplia
teu mundo, dimensiona o infinito e
parte em busca da estrela… Voa alto.
Voa longe. Voa Livre!”

Ivan Lins
O CONCEITO DE CARREIRA

Quando falamos de carreira em geral, os primeiros


pensamentos giram em torno de trabalho, emprego, sucesso,
subir na vida, galgar posição de alto executivo de multinacional e
por aí vai. De fato a confusão entre os conceitos de trabalho,
emprego e carreira não são dilemas de hoje. Estão presentes em
nossa cultura, porém hoje podemos compreender melhor o
sentido e significado da carreira sob a luz da autonomia e auto
responsabilidade.
Carreira não mais é do que uma jornada. Um caminhar no
exercício do trabalho, perene, que gera resultados no mínimo
para subsistência, mas que sobretudo, faz sentido do ponto de
vista psicológico, alinhando valores pessoais, possibilidades e
viabilidades. Sim, é importante combinar o que é necessário com
o que é possível e é possível fazer isto a partir de uma postura
ativa nesta navegação.
QUAL O SIGNIFICADO
E O SENTIDO DO
TRABALHO?

No ensaio de Engels, A Transformação


do Macaco em Homem Através do
Trabalho, o macaco desceu da árvore em
busca de alimentos que estavam escassos
lá em cima. Ele precisou caçar para garantir
o alimento.
Apesar de ainda ser hoje símbolo de
subsistência, o trabalho é de fato uma tarefa,
independente de objetivos, metas e/ou prazos. O
significado do trabalho refere-se ao contexto objetivo
que se relaciona aos aspectos práticos, como no caso de
nosso macaco. Leva em consideração o contexto histórico,
social e cultural. Em tempos de hoje temos a demanda de
trabalhos complexos, oriundo de necessidades mais complexas
do que encontrar alimentos. Queremos iphones, viagens,
experiências. Assim este conceito tem se alterado
vertiginosamente o que exige cada vez mais investimento em
aprendizado, conhecimento, informações e tendências.
Por outro lado um novo elemento está cada vez mais presente
neste exercício que é o sentido do trabalho. O sentido do
trabalho está assentado sobre as motivações psicológicas de
prazer e realização pessoal que considera fatores subjetivos,
relacionais, agregando valor à entrega que se propõe o trabalho.
Neste aspecto o profissional deseja mais que gerar resultados,
ele deseja sentir-se importante, com propósitos nobres que lhe
possibilitem satisfação psicológica. Especialmente as novas
gerações têm visão de mundo mais ampla, de sustentabilidade e
evolução o que gera curiosidade e investimento em
autoconhecimento e crescimento pessoal.
COMO APLICAR O SENTIDO E O
SIGNIFICADO DO TRABALHO
NA CARREIRA?

A resposta é: através do emprego. O emprego hoje tem


configurações variadas como emprego temporário, parcial,
prestação de serviço e outras negociações entre alguém que
oferece uma tarefa a outro alguém em troca de uma recompensa.
Ao empregar o trabalho o sujeito está empregando um talento,
uma tarefa motivada por metas ou objetivos maiores. Se
emprega este trabalho de forma a obter satisfação psicológica e
realização pessoal, pronto, tem uma carreira. Portanto, investir na
competência de execução do próprio trabalho e gerenciar
pessoalmente estas ações é aumentar o capital de
empregabilidade e consequentemente a possibilidade de uma
carreira satisfatória. É a partir de então que o sujeito desenvolve
suas competências, únicas que terá seu valor conforme suas
estratégias de desenvolvimento intelectual, cultural e social.
CAPITAL DE EMPREGABILIDADE

Empregabilidade em si é um termo que indica a capacidade do


sujeito em se manter empregável. Até bem pouco tempo as
empresas eram as responsáveis pela carreira do indivíduo,
propondo planos e políticas. Um jovem entrava em uma função de
assistente e seguiria conforme as oportunidades de ascensão
vertical para níveis gerenciais ou para funções de especialista,
muitas vezes combinadas com tempo de casa. Com as mudanças
nas relações de trabalho e flexibilização das formas de contrato, o
profissional passa a ter maior responsabilidade conforme suas
ações de investimento para manter-se empregado. O nome para
este tipo de carreira é carreira proteana, onde o indivíduo assume
a direção que deseja ir conforme seus objetivos e estratégias
para alcancá-los.
O investimento consciente no capital de empregabilidade é
responsabilidade do próprio profissional e deve ser gerenciado de
forma inteligente e pro-ativa considerando três elementos distintos,
porém sinérgicos: capital humano, capital cultural e capital social.
Capital humano - refere-se a formação acadêmica, aplicação
destes conhecimentos, experiência e migração (vivências em
diferentes posições);
Capital cultural - Tem relação direta com o tipo de cultura o
indivíduo consome, leitura, viagens, artes, conhecimentos gerais.
Impacta ainda neste elemento o background familiar, que em
classes sociais mais modestas chega a dificultar o acesso ao
mercado, o que requer esforço extra para minimizar deficiências;
Capital social - Refere-se à network. Estar atento a
comunidades, grupos relacionados ao seu trabalho. Possuir boas
referências profissionais é fator fundamental para garantir como é
lembrado em seu meio.
Portanto, é no gerenciamento destes três elementos que
reside a estratégia de auto-gestão para aplicação da carreira.

ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAR


A CARREIRA

Cabe ao profissional identificar primeiramente suas próprias


inclinações, características pessoais, pontos fortes, talentos
(trabalho que faz melhor), o que lhe motiva, o que lhe gera
satisfação psicológica, onde, como está e como quer estar. Parta
sempre de você.
Pensem em quais as posições de acesso para chegar onde
deseja estar no próximo passo?Quais as ações e medidas precisa
tomar? O que deve estudar? Como poderá aplicar? Que nível de
cultura será necessário? Quais os contatos precisa fazer?
Identifique o que há de demanda no mercado onde pretende
ofertar seu talento (trabalho); a quem ele pode beneficiar? De que
forma ele pode transformar uma situação? Quem pode ser seu
parceiro ou apoiá-lo?
Pense nestas ações como uma estratégia contínua e dinâmica
que pode ser alterada também de acordo com oportunidade desde
AUTORA
GLAUCIA RIBEIRO
MBA em Gestão pela FGV, Psicóloga pela PUC, Formação em
Psicoterapia Corporal e Assessment e Coordenação de Grupos.
Especialista em Carreira Assistida e em Desenvolvimento Pessoal
Psicóloga, psicoterapeuta em abordagem integrativa, carreira
assistida, psicoterapia corporal e gestão de estresse.

20 anos de experiência em desenvolvimento humano,


trabalhando com competências interpessoais, relação
homem/trabalho, condução e desenvolvimento de grupos e
indivíduos. Professora Executiva FGV nas disciplinas de
Liderança e Competências Interpessoais na FGV Conveniada
Goiás – Educon, Psicoterapeuta na Clinica Eqpsi.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

● REICH, Wilhelm. Escuta, Zé Ninguém. São Paulo: Martins fontes, (1946)1982.


● Sentido do Trabalho. In: XXVIII EnANPAD, 2004. Curitiba.
● OLEDO, D. A. C.; GUERRA, A. C. Um estudo sobre o prazer no trabalho: pensando
dimensões de análise. In: Encontro da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração, v. 33, 2009, São Paulo. Anais..., São Paulo: ANPAD, 2009. Disponível
em: < http://www.anpad.org.br/admin/pdf/GPR581.pdf>
● VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. Reich: da vegetoterapia à descoberta
da energia orgone. Curitiba: Centro Reichiano, 2003.
● Apostila Competências Interpessoais - PÓS Graduação em Administração de
Empresas FGV /2018.
GOIÂNIA e ANÁPOLIS: (62) 3931-4444
RIO VERDE: (64) 3613-6314
CUIABÁ, SINOP E RONDONÓPOLIS: (65) 3623-4519
fgv.educon.net.br
www.esup.edu.br

Potrebbero piacerti anche