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Cuidado de Si

Luís Fernando Pinheiro Ferreira Filho


Pe. Marcio Bogaz Trevizan
Resumo: O presente artigo tem como objetivo estudar o conceito de Cuidado de
Sí como Exercício Espiritual e sua relação com Pierre Hadot e Michel de
Foucault. Como referencial teórico adotamos as contribuições de HADOT (1998;
2006; 2009), FOUCAULT (1984; 1984). A metodologia adotada foi a pesquisa
Bibliográfica. Nossas investigações dão conta que o conceito de Cuidado de Sí
de Michel de Foucault evoca o artigo Exercícios Espirituais de Pierre Hadot,
ambos tratam da filosofia como modo de vida, o primeiro dá a forma de arte da
existência ou técnicas de sí e o outro define filosofia como arte de viver. Pierre
Hadot assume que não conhecia muito bem o trabalho de Foucault mas assim
que pesquisou ficou com certas duvidas e críticas capazes de alimentar um belo
debate que infelizmente não foi possível pela morte de Foucault, mas faz suas
pontuações no capítulo Reflexões sobre a Noção de Cultura de Sí. O Cuidado
de Si ou Técnicas de Si é um conjunto de práticas de vida como exercícios de
abstinência, exame de consciência, filtragem das representações e por fim
conversação direta a si com a finalidade de se autoconhecer, ter se em suas
mãos, seguindo um processo de introspecção, esse conceito resgatado por
Michel, segundo Hadot refere-se à filosofia antiga como estoicismo e filosofia
socrática e está excessiva e problematicamente voltada para certa concepção
de “si” centrado sobre o “eu”. O processo das técnicas de si requer uma ética,
Foucault traz a ética estoicista e a relaciona como um prazer que se pode obter
em sí mesmo capaz de trazer felicidade e qualifica esse tipo de prazer interior
como superior aos prazeres violentos. Pierre Hadot afirma segundo Sêneca
(carta XXIII) não ser coerente falar de uma alegria como uma forma de prazer –
como faz Foucault- pois o próprio Sêneca opõe voluptas e gaudium (prazer e
alegria). Para os estoicos a felicidade se dava pela transcendência do eu
encontrando a virtude na melhor parte de si, tal consciência cósmica não
assegurava a ideia de prazer mas agia em razão de uma Natureza Universal a
qual o homem poderia ter acesso com os exercícios espirituais, segundo o
estoicismo esse seria o verdadeiro bem no homem. Hadot observa que diferente
dele, Foucault certamente suprimiu tais informações pois sua intenção talvez não
fosse fazer uma análise história mas sim apresentar um estilo de vida espiritual
estético adequado para a sociedade moderna que já não se atentava mais com
a questão de uma Razão Perfeita Universal. Pierre cita brevemente como
exemplo a ética epicurista como possivelmente um arranjo mais harmonioso
devido ser uma filosofia que não se funda em alguma Razão universal mas ainda
assim não pode ser considerada uma filosofia que apenas no encontro consigo
há a possibilidade de ser feliz pois o epicurista assume que necessita de outras
coisas além de sí para sua felicidade. Em seguida Pierre H. aponta a prática da
hypomnèmata escrita do já dito que seria a consciência que a razão tem no
presente sobre aquilo que já foi dito no passado, essa consciência da razão seria
medida pelos valores das escolas epicuristas. A escrita serve para reafirmar os
valores que estão na razão e torna-los vivos. Hadot diz ser errôneo Foucault
fazer a associação de que os estoicos e os epicuristas usavam essa prática para
mera construção do eu, muito menos a tendência de conceder um valor positivo
ao passado, ainda que os epicuristas viam um certo prazer em alguns casos,
mas a atenção do hypomnèmata, segundo o monge Antônio, é para com o
presente. No entanto Pierre estabelece um ponto de relação entre os estoicos e
os epicuristas não em função da meditação do já tido mas que ambos concordam
em se libertar do passado focando sua plena atenção no presente seja para
contemplação ou nele agir, sendo assim ambos valorizavam o presente ao invés
do passado ou futuro. Por fim podemos dizer que Pierre Hadot coloca em dúvida
a interpretação e argumentação do Conceito de Cuidado de Sí de Michel de
Foucault com base em seu artigo Exercícios Espirituais.

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