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CARDÁPIO DOS DOSHAS

PITTA

Deve enfatizar a rotina em relação ao horário do almoço. Pitta tende a sentir fome por
volta do meio dia, e negligenciar essa necessidade pode desequilibrá-lo. São favoráveis
os sabores doce, amargo e adstringente. Também uma dieta que seja fria (refrescante),
levemente seca e um pouco pesada. Os alimentos devem ser frescos, crus ou semi-crus,
podendo diminuir os estimulantes. Deve beber batante líquido, sucos verdes ou de uva,
maçã etc.

VATA

Precisa estabelecer em sua vida uma rotina diária, que acalme e que seja regular. Isso
implica em hábitos como levantar no mesmo horário, dormir cedo, não fazer exercícios
extenuantes. Comer em horários regulares, de preferência de 3 em 3 horas, sem exgerar
nas quantidades para evitar os problemas de má digestão. Na dieta, deve priorizar os
sabores doce, ácido e salgado, o picante pode ser usado em pequena quantidade. Dar
preferência por alimentos quentes, pesados, umedecidos e nutritivos.

KAPHA

Tende a um metabolismo mais lento, de modo que ele deve aquecer e estimular o
sistema digestivo. Deve aumentar a quantidade de alimentos mais quentes, mais leves e
menos oleosos e reduzir os alimentos mais frios e pesados. São favoráveis os sabores
picantes, amargos e adstringentes. A pessoa do tipo kapha não deve comer demais, além
disso deve ingerir ervas e especiarias que ajudem na digestão, na eliminação de muco e
toxinas, e que sejam diuréticas, como a cavalinha, erva-doce, gengibre, hortelã e canela.

ANTÍDOTOS ALIMENTARES

Na Culinária Ayurveda utilizamos as especiarias para combater os possíveis efeitos


negativos que certos alimentos nos causam. Dependendo do nosso dosha original, ou
mesmo dos desequilíbrios que estamos atravessando, nosso organismo reage de formas
distintas à determinados alimentos.

As especiarias além de ajudarem na formação de enzimas digestivas, ou seja, facilitando


a passagem do alimento pelo trato intestinal, também trabalham positivamente na
prevenção de doenças, por terem propriedades antioxidantes.

Alimentos Efeitos Negativos Antídotos


Queijo Aumenta o muco e causa Pimenta do reino e
congestão, agrava Pitta e malagueta
Kapha
Ovo Aumenta Pitta Salsa, açafrão
Sorvete Aumenta o muco e causa Cravo e cardamomo
congestão
Coalhada Aumenta o muco e causa Coentro e cardamomo
congestão
Iogurte Aumenta o muco e causa Cominho, gengibre e
congestão cardamomo
Peixe Aumenta Pitta Coco, limão, lima e açafrão
Carne Vermelha Pesada p/ digestão Malagueta, chilli e cravo
Aveia Aumenta Kapha Açafrão, mostarda e
cominho
Arroz Aumenta Kapha e gordura Cravo, pimenta em grão
Trigo Aumenta Kapha e gordura Gengibre
Legumes Provocam gases e distensão Alho, pimenta do reino,
malagueta, gengibre, sal
Batata Produz gases Ghee com pimenta em grão
Tomate Aumenta Kapha Lima e cominho
Abacate Aumenta Kapha Açafrão, limão, alho,
pimenta do reino
Banana Aumenta Pitta e Kapha Cardamomo
Frutas Secas Agravam Vata Embeber em água
Nozes Produzem gases e Embebidas de véspera e
aumentam Pitta cozidas em óleo de gergelim
Álcool estimulante e depressivo Mastigar 1l4 colher chá
sementes de cominho ou 1-2
sementes de cardamomo
Chá preto Estimulante e depressivo Gengibre
Cafeína Estimulante e depressivo Noz Moscada em pó com
cardamomo
Repolho Produz gases Preparo com óleo de
girassol e açafrão
Alho Aumenta Pitta Coco grelhado e limão
Alface Produz gases Óleo de oliva com limão
Chocolate Estimulante Cardamomo, cominho
Doces Aumenta muco e causa Gengibre em pó
congestão
Tabaco Estimulante e aumenta Pitta Gotu Kola, cálamo

RECEITAS AYURVÉDICAS

Para garantir um bom funcionamento intestinal e liberação de toxinas: é indicado


tomar um copo d’água morna com gotas de limão todas as amnhãs em jejum. Para o
dosha Kapha acresectar um pouco de mel, para Pitta um pouco de sal, e no caso da
dúvida de qual o dosha pertencente, considerar apenas a gáua e o limão.

Para renovação da flora intestinal, e apaziguador de pitta em excesso (queimação):


manipular uma parte de iogurte natural com duas partes de água, então misturando
dentro de um pano como um escorredor, deixa escorrer a água até que o iogurte se
seque e se tranforme em uma ricota. A parte líquida se chama buttermilk e pode ser
usada como bebida acrescida de mel ou como tempero para saladas acrescida de
coentro.

As Especiarias e suas propriedades terapêuticas


Os temperos e especiarias tem importância fundamental na Culinária Indiana e na
Ayurveda. Além dos seus vários sabores e aromas, as especiarias possuem
características terapêuticas, elas ajudam na digestão, a regular e estimular o apetite.
Funcionam como antídoto dos alimentos pois podem neutralizar as propriedades
pesadas, dissipar os gases e facilitar a digestão.

As especiarias têm muitas propriedades medicinais e são úteis na maioria das doenças
de pulmões, cabeça ou aparelho gastrointestinal.

Em geral, as especiarias diminuem Kapha e Vata, e aumentam Pitta. Elas são picantes,
quentes, têm um efeito pós-digestivo picante e propriedades leves, secas, quentes,
aromáticas, sutis e límpidas. Elas são estimulantes, carminativas, antiespasmódicas,
diaforéticas e expectorantes, assim ajudam a limpar os canais, queimam Ama (toxinas) e
promovendo a atividade mental.

Na Índia, para alguém ser considerado bom cozinheiro, é


necessário que seja, antes de tudo, um malsachi, um misturador de especiarias, o que
é compreensível numa terra em que até um simples chá é arte de sutilezas: seu massala
chai, por exemplo, é mistura delicada de ervas e especiarias. Nenhum outro povo do
planeta soube, como este, misturar cheiros e sabores da natureza com tanta
exuberância, harmonia e conhecimento.

Principais especiarias e suas propriedades:

- Anis ou Erva doce(Sounf): semente de cor verde clara e com aroma doce, estimula a
digestão, e usada como refrescante após as refeições. Regula a mestruação e alivia dores
abdominais.

- Assa-fétida (Hing): é uma combinação de várias resinas obtidas de certas plantas


persa. De cor amarela-marrom, tem um aroma muito forte, seu nome origina-se do persa
aza–resina , e do latim fetida-mau cheiro. É um poderoso agente digestivo e também
indicado para o tratamento de problemas respiratório. Indipensável na culinária indiana,
deve ser usado em pequenas quantidades, quando frito em óleo fervente adquiri um
sabor refinado lembrando as trufas.

- Canela (Dalchini): originária do Sri Lanka, esta árvore de folhas brilhante e flores
branca e amarela é cultivada também na Índia, Brasil, Indonésia e Antilhas. São
retiradas as mais belas partes da casca de seu tronco e enrroladas a mão, formando
canudos até tornarem secos e lisos originando a famosa especiaria usada na culinaria.
Usado como estimulante das funções digestivas é usado também no tratamento de
sinusite, gripe e dores de garganta. É um bom analgésico, desintoxicante e expectorante.
- Cardamomo (Ilaichi): muito estimado por sua capacidade digestiva, regula a
quantidade de ácido no estomago e ajuda a parar vômito e tosse. Ajuda a regular o
metabolismo do açucar e previne a formação de muco, antídoto de lactícinios como o
leite e iogurte.

- Coentro (Dhaniya): As sementes na forma integral ou em pó talves sejam a


especiaria mais utilizada em toda Índia. São bons para as constipações, gripes e
condições de sangue tóxico. Também limpam e descongestionam o fígado e são bons
para a digestão nervosa e hiperacidez. Essencial no preparo de masalas.

- Cominho(Jira): bom para o tratamento da diarréia, disenteria e cólicas. Quando


tostado ou frito, solta mais aroma e se torna mais facíl de moer. É um dos principais
ingredientes da garam massala.

- Cravo-da-índia(Loung): produto da flor do cravoário, moderadamente afrodisíaco,


estimula as atividades do estômago, promove a digestão, rejuvenecedor e purifica o
sangue. O óleo de cravo é usado como poderoso analgésico e alivia a dor de dente.

- Curcuma ou açafrão da terra (Haldi): membro da família do gengibre, é uma raíz


de cor amarelada. Pode ser usado na forma natural, mas é geralmente usado em pó para
refogados e pratos de legumes. Antibiótico natural. Melhora a digestão e desenvolve a
flora intestinal. Purifica o sangue e estimula a formação de novas células. Deve ser
usado em alimentos com muita proteína.

- Gengibre (Adrak): é um bom expectorante, analgésico e estimulante. Usado no


tratamento de gripe, indigestão, vômito, dores abdominais, hemorróidas, dor de cabeça.
É fartamente usado como tempero

- Gergelim (Til):bom para rejuvenecer, fortalece as articulações e é usado para


solidificar as fezes nos casos de diarréia. As sementes preta são boas para os dentes e
ossos porque contém maior quantidade de energia solar .É usado normalmente em doces
e para polvilhar pães.

- Mostarda (Rai e Sarsõ): negra, branca e castanha. Muito usada para temperar os
refogados e nos picles. Tem propriedades analgésicas, alivia a congestão e neutraliza as
toxinas. Serve como antídoto para constipações e comidas pesadas, como o queijo.

- Noz-moscada (Jaifal): sedativo eficaz para dores abdominais, dismenorréia e insônia.


É um ótimo calmante, alivia a contração muscular. Tem um sabor aromático e
açucarado
QUINTA-FEIRA, 22 DE ABRIL DE 2010

Alimentação Ayurvédica

Outono, a estação Vata

Observar as mudanças na natureza e suas influencias no metabolismo do corpo


e na qualidade da mente são essenciais para a Ayurveda. Cada estação do ano
trás consigo características únicas que causam mudanças diretas não apenas no
clima e nas plantas mas também no corpo humano.

Assim como acontece no reino vegetal, o outono tende a secar e esfriar o corpo,
tornando o metabolismo mais lento e diminuindo o fogo digestivo. Por esta
razão, a Ayurveda recomenda um dinacharya de aquecimento e nutrição
direcionada para evitar o agravamento da energia Vata no corpo.

No pensamento ayurvédico, oposto cura oposto e semelhante agrava ou


aumenta semelhante e, apartir deste princípio é que se escolhe o que se deve
colocar no prato. Observe as características do outono, estação essencialmente
Vata: os elementos em abundância neste período são o éter e o ar que trazem
consigo os atributos seco, fresco, sutil, áspero e móvel. Assim, todos os
alimentos com estas características devem ser reduzidos. O outono inspira o
consumo de raízes - que em geral são doces , como a beterraba, o nabo, a
cenoura, a batata salsa, a mandioca ou aipim, o inhame e o cará, assim como
todas as frutas da época que, preferencialmente devem ser ingeridas cozidas,
principalmente a banana.
Busque trazer a suavidade dos cereais bem cozidos
para o seu prato. O arroz branco, a aveia, o trigo, a quinoa e o amaranto. Se você
for do biótipo kapha, prefira os integrais e traga um pouco do picante das
pimentas quando ingerir cereais. No outono, os biotipos Vata e Pitta devem
evitar os picantes intensos presentes nas pimentas frescas, este sabor tende a
ressecar o pulmão podendo desencadear tosse seca. Prefira especiarias
digestivas mornas como o cominho, o coentro, o cardamomo e pequenas
quantidades de pimenta do reino e gengibre. Todos os doshas devem diminuir
as saladas cruas, cereais secos e crus, vegetais adstringentes e diuréticos. Os
feijões devem ser moderadamente reduzidos. Em geral, os alimentos amargos
possuem estas características, desta lista constam a berinjela, a abobrinha e o
chuchu. As sopas e caldos como o missô são perfeitos para a estação. Prefira
queijos brancos e consuma acompanhado de um chá ou prato quente, da mesma
forma o leite. Cuide para não abusar dos laticínios pois o outono é fase de kapha
acumular no organismo, causando lá no inverno problemas como excesso de
muco nos pulmões, tristeza e letargia. Consuma mais castanhas, nozes e
gergelim e mel. O mel é especial para as estações frias, protege o pulmão e

fluidifica o muco.
Bons alimentos do outono: todas a frutas ácidas, quiabo, carambola, bergamota,
caquí, maça, cevada, broto de bambu, raiz de lótus, cogumelos, damasco,
abacaxi, milho, cebola bem cozida, painço, bardana, ghee e óleos vegetais
prensados a frio acrescidos aos alimentos após o cozimento.

Sabores do Outono: ácido, doce, salgado


Sabores que devem ser evitados: amargo e adstringente
Sabor que deve ser reduzido: Picante
Outra dica muito importante para o outono é comer em menor quantidade e
mais vezes durante o dia, sempre buscando um prato que contenha mais
alimentos cozidos do que crus, a Ayurveda diz que quanto mais o sol está
afastado da terra, mais devemos cozinhar os alimentos.

Durante o outono, inclua na sua rotina diária: massagem e auto-massagem,chás


de frutas, ervas e especiarias de qualidade doce e levemente picante, banhos
quentes de imersão, sauna úmida e meditação.

O outono é a estação do ano em que a energia vital passa a se movimentar com


mais intensidade para dentro e para baixo. É época de colher e armazenar para
o inverno, tranqüilizar a mente e buscar nutrir a paz interna, o outono, mais do
que outra estação facilita a introspecção e a meditação na perda das folhas e no
potencial renovador dos frutos. Desta maneira, evite o álcool, é excessivamente
estimulante e perturba o movimento introspectivo do outono, podendo
desencadear pensamentos obscuros. O outono, assim como a primevera, e uma
das estações que a ayurveda recomenda as rotinas de desintoxicação leves e
profundas (panchakarma), sendo um periodo muito auspicioso para iniciar um
tratamento ayurvédico
Sisira e Hemanta Ritucharya

Rotina e alimentação ayurvédica durante o inverno

Observar as mudanças na natureza e suas influencias no metabolismo do corpo e na qualidade


da mente são essenciais para a Ayurveda. Cada estação do ano trás consigo características
únicas que causam mudanças diretas não apenas no clima do planeta, mas também no corpo
humano. Percebendo a profunda influência do clima em nosso organismo o ayurveda propões
mudanças em nossa rotina e alimentação. Ritucharya é o nome dado pela Ayurveda aos
cuidados e mudanças em nossa alimentação e rotina observando a influência das estações do
ano: Ritu significa estação e charya movimento. Na visão védica, o inverno é dividido em duas
partes - hemanta ou início do inverno e sisira referente ao final do inverno. Cada metade
também possui suas recomendações específicas para cada indíviduo e de acordo com seu dosha
predominante.

As estações do ano exercem grande poder sobre os humores do corpo: assim como tudo no
universo, nosso corpo é permeado pelos cinco elementos fundamentais que coordenam as
funções do organismo e, da mesma maneira que os alimentos influenciam a harmonia destes
elementos através da energia dos seis sabores, os atributos que recebemos nas variações
sazonais podem nos beneficiar doando atributos que nos são necessários ou mesmo nos
desequilibrar, agravando qualidades que já estão em excesso. No pensamento ayurvédico,
oposto cura oposto e semelhante agrava ou aumenta semelhante e, a partir deste princípio é que
se escolhe o que se deve colocar no prato.
O inverno é a estação marcada pela máxima distância do sol
em relação a terra, que passa a receber intensa influência lunar nesta faze. Já escrevi sobre esta
relação em outro post, mas volto a citar para melhor compreensão desta inteligência proposto
pelo ayurveda: Para compreendermos um pouco de como funciona a alimentação ayurvédica de
acordo com as estações do ano, devemos primeiro voltar nosso olhar para fora do nosso planeta
e perceber sua relação com o sol. O sol é como o agni (o fogo digestivo) da terra e é ele que tem o
poder de aquecer e secar o planeta. Quem estuda Ayurveda, sabe da grande importância de
termos sempre um agni forte e pronto para promover transformação não apenas dos alimentos
mas também de todas as impressões captadas pelos cinco sentidos – pois também é funçã do
agni. Quando este fogo orgânico está deficiente o corpo esfria, e ama(toxinas) pode ganhar
terreno para começar a ser espalhar, principalmente se a dieta não está adequada. Da mesma
forma acontece na relação do sol com a terra: no inverno a terra se afasta do sol e tende a ficar
mais úmida e fria - características do dosha kapha e também de ama. Esta mesma influência
pode ser observada no corpo humano: na estação kapha o metabolismo fica mais lento, o corpo
esfria com rapidez provocando o aumento de características e desequilíbrios de natureza kapha
no organismo. Naturalmente buscamos no inverno alimentos mais quentes a reduzimos a
ingestão de saladas cruas para contrabalancear as qualidades do clima.

Inverno: estação vata-kapha

Hemanta: a metade vata


Como dito anteriormente, o inverno é dividido pela ayurveda em dois periodos, o primeiro logo
após o outono é chamado de hemanta. Neste período o dosha vata ainda é predominante e tende
a intensificar estas características pela redução acentuada da temperatura. Em hemanta é
recomendado uma dieta que não agrave vata mas que também prepare o corpo para a chegada
dos atributos kapha. Então neste ponto estamos vindo do outono cujo período recomenda-se o
aumento dos sabores doce e ácido. Quando o frio começa a intensificar, reduz-se um pouco do
sabor doce e acrescentamos um pouco dos sabores amargo e picante. Se o inicio do inverno for
marcado por chuvas, deve-se aumentar também o sabor adstringente.
(acima, tabela referente a primeira metade do inverno: hemanta)

Sisira: a metade kapha


Neste período as características lunares se acentuam e as características do inverno acentuam. A
estação agora é essencialmente Kapha: os elementos em abundância neste período são a água e
a terra que trazem consigo os atributos frio, pesado, lento, pegajoso e escuro. Assim o olhar
sobre estas características devem ser levados aos alimentos e rotina, afim de ser evitados. De
uma maneira geral a ayurveda recomenda uma dieta de inverno anti-kapha: quente e com
quantidade não excessiva. Deve-se aumentar a ingestão dos sabores picante, amargo e
adstringente, moderar o sabor ácido e evitar/reduzir os sabores, doce e salgado. Alimentos frios,
pesados e de característica pegajosa (como queijos) também devem ser evitados.

(acima, tabela referente a segunda metade do inverno: sisira)


Ajuste sua dieta no inverno: dieta quente, leve, nutritiva mas pouco oleosa ...
Mas a indicação da quantidade de cada sabor varia para início e final do inverno. Esta é a
estação onde o dosha kapha se acumula, o dosha pitta alivia e o dosha vata agrava. Pessoas de
natureza kapha devem ter cuidado redobrado nesta estação para não acumular mais o dosha,
afim de que não tenham problemas no inicio da primavera, estação onde kapha extravasa na
forma de alergias, renites e sinusites.

**Para compreender melhor as relações entre os elementos, alimentos e doshas, recomento a


leitura do post Vasanta Ritucharya (ritucharya de primavera), onde você encontra quadros
explicativos que relacionam os sabores aos doshas e aos alimentos, e das tabelas de
alimentação especifica para cada dosha disponíveis na sessão "alimentação ayurvédica" deste
blog. Boa leitura!

Recomendações gerais:
- No inverno os dias são mais curtos e as noites mais longas, prefira sempre dormir quando o sol
já se recolheu e evite dormir durante o dia ou em demasia;
- Pratique atividades físicas para aquecer o corpo e não se exponha ao frio sem proteção.
- Banhos de sol diários por 30 minutos fazem parte de uma rotina para aumentar a vitalidade e
o poder digestivo na estação fria.
-Aqueça seus alimentos com o calor das especiarias: mostarda, gengibre, pimentas, cominho,
cravo, cardamomo e canela
- Especiarias adstringentes e amargas ajudam a equlibrar pratos mais pesados (cremosos)
típicos do inverno: feno-greco, cúrcuma..
- Tome mais chás digestivos e sopas.
- Adicione mel na sua dieta, ajuda a diregir kapha (leia mais sobre o mel e ayurveda aqui)

Além da mudança de rotina alimentar, durante o inverno a ayurveda ensina que é um período
muito propício para as terapias de shamana ou pacificação. Outras terapias ayurvédicas
estimulantes e que removem o excesso do dosha kapha como o udwartna – massagem
abhyanga com pó de ervas e o garchana – massagem com sal, cânfora e luva de seda. Terapias
que promovam suor e calor como o swedana e o pinda sweda são recomendados na estação.
Ritucharya

Alimentação Ayurvédica na Primavera

Ritucharya é o nome dado pela Ayurveda aos cuidados e mudanças em nossa


alimentação e rotina observando as mudanças das estações do ano: Ritu
significa estação e charya movimento.
Para a ayurveda a saúde é alcançada quando nossos doshas estão próximos a
nossa constituição original, entretanto nossa natureza é facilmente influenciada
por inúmeros fatores – mente, alimentos, clima, relações, e a alimentação
consciente é sem dúvida a principal ferramenta para promover esta
aproximação. Durante a mudança das estações, a Ayurveda nos ensina a mudar
nossos hábitos de maneira a impedir ou amenizar os efeitos negativos que os
atributos presentes no clima possam trazer a nossa homeostase.

A primavera é a estação do ano marcada pela aproximação da terra em direção o


sol. Para compreendermos um pouco de como funciona a alimentação
ayurvédica de acordo com as estações do ano, devemos primeiro voltar nosso
olhar para fora do nosso planeta e perceber sua relação com o sol.
O sol é como o agni (fogo digestivo) da terra e é ele que tem o poder de aquecer
e secar o planeta. Quem estuda Ayurveda, sabe da grande importância de
termos sempre um agni forte e pronto para promover transformação não apenas
dos alimentos mas também de todas as impressões captadas pelos sentidos.
Quando o agni está deficiente o corpo esfria, e ama (toxinas) pode ganhar
terreno para começar a ser espalhar, principalmente se a dieta não está
adequada. Da mesma forma acontece na relação do sol com a terra: no inverno a
terra se afasta do sol e tende a ficar mais úmida e fria - características de ama.
Com a terra se movimento em direção ao sol, ela passa a receber a influencia
dos atributos do astro rei com maior intensidade: o calor penetra, aquece e
começa a fluidificar o kapha acumulado durante o inverno – isso acontece no
inicio da primavera, por isso que esta é a estação marcada não apenas pelo
desabrochar das flores, mas também pelo desabrochar das alergias. Nesta época
muitas pessoas passam a apresentar coriza e as renites alérgicas são muito
freqüentes. É a inteligência do organismo removendo o kapha que está
sobrando.

A primavera é chamada pela ayurveda de vasanta e, das seis estações do ano (#)
, é o período em que o dosha kapha se agrava ou extravasa devido ao acúmulo
do inverno. Por isso recomenda-se que no início da primavera uma alimentação
observando a pacificação deste dosha seja seguida, mesmo não sendo este o seu
prakritti (constituição original).
As estações do ano podem ser vistas como os doshas do planeta terra. Assim
como nossos humores mudam durante o dia em nosso organismo, o dosha da
primavera muda com o passar do tempo: é Kapha no início e vai ficando Pitta
quando vem se aproximando o verão. O sabor predominante da estação é o
adstringente, que aumenta de acordo com a aproximação da terra em direção ao
sol.
As estações do ano exercem grande poder sobre os doshas do corpo porque
assim como tudo no universo, são permeadas pelos cinco elementos
fundamentais que constituem o nosso organismo e, da mesma maneira que os
alimentos influenciam a harmonia dos humores biológicos através da energia
dos seis sabores, os atributos que recebemos nas variações sazonais podem nos
beneficiar doando atributos que nos são necessários ou nos desequilibrar,
agravando qualidades que já estão em excesso.

(#) Para a ayurveda, os ciclos sazonais são seis e não quatro como no ocidente:
final do inverno (sisira), primavera (vasanta), verão (grisma), estação das
chuvas (varsa), outono (sarada) e inicio do inverno (hemanta). As estações por
sua vez podem ser divididas em dois períodos anuais chamados de Kaala
determinados pela posição solar: uttaraayana, quando o sol está ao norte e
dakshinaayana quando está posisionado ao sul.
Receita cósmica: sabores e elementos

Na tabela acima, temos os sabores que geralmente são indicados como a base da
alimentação de um determinado biotipo, mas mesmo se estes sabores forem
consumidos em excesso durante uma estação com os mesmos atributos,
também podem vir a se tornar fator de desequilíbrio. Por exemplo o sabor
picante, é um sabor indicado para pessoas de biotipo kapha durante todas as
estações, mas ainda sim deve ser reduzido por este dosha durante o verão.
Devemos sempre buscar alimentos com qualidades opostas as que a natureza
está oferecendo, evitando assim o acúmulo excessivo de algum elemento.

De uma maneira geral a ayurveda indica uma dieta de primavera morna e com
quantidade não excessiva, deve-se aumentar a ingestão dos sabores picante e
adstringente, moderar o sabor doce e salgado e evitar os sabores amargo, ácido
e excessivamente doce. Alimentos muito frios também devem ser evitados.
Quando o calor for intensificando, e kapha secando – faltando um mês para o
inicio do verão, deve-se acrescentar na dieta os sabores indicados para Pitta e
reduzir o picante.

Na primavera ajuste sua dieta: um pouquinho mais de picante e


adstringente...
Quem é quem...

Além da mudança de rotina alimentar, durante a primavera a ayurveda ensina


que é um período muito propício para as terapias de desintoxicação, sendo o
Vamana – terapia de emesis para remover o excesso do dosha kapha do corpo,
e o Nasya – terapia de purificação da mucosa nasal, as mais indicadas. Outras
terapias ayurvédicas que removem o excesso do dosha kapha como o udwrtna
– massagem abhyanga com pó de ervas e o garchana – massagem com sal,
cânfora e luva de seda são recomendados.
Shamana

Caminhando para o centro,


Reencontrando sua natureza...

Purificar o corpo é essencial para gozar de uma saúde plena e prevenir futuros
desequilíbrios. Para a ayurveda a doença acontece quando nos distanciamos demais de
nossa constituição original. No desequilíbrio, a doença começa a manifestar seus
sintomas e neste momento é essencial levarmos nossa atenção para a nossa rotina
diária, mudando hábitos para que a doença (dosha desequilibrado) não transborde de
seu local de origem e se espalhe pelo resto do corpo, causando desordens mais graves e
generalizadas.

Esta mudança de hábitos, ainda que por um curto período de tempo, tem a função de
aliviar e reduzir sintomas e movimentar os doshas para promover a homeostase. O
shamana é um procedimento de purva karma, isto é, redução do dosha para que
posteriormente os procedimentos de desintoxicação mais profundos
(shodana/panchakarmas) possam ser realizados, mas esta prática não precisa ser
realizada necessariamente apenas com este objetivo. Incluir o shamana em nosso
dinacharya (rotina diária) em períodos mensais ou semestrais é de extrema
importância para a prevenção e promoção da saúde. Afinal, quanto mais distantes nos
encontramos do nosso eixo, mais difícil será o retorno.

As técnicas do shamana variam de acordo com o dosha (constituição) da pessoa, mas


basicamente, o paciente deve se submeter em um período de 4 a 10 dias (dependendo
da gravidade do caso, até alguns meses) a uma dieta consciente, com ingestão de ervas
próprias para o desequilíbrio ou mesmo genéricas ao dosha, massagens nutritivas,
secativas, resfriantes ou aquecedoras, prática de ásanas (posturas do Yoga) ou
exercícios físicos e meditação. Além de buscar transformar alguns hábitos como por
exemplo comer em pé ou em frente a televisão.

Shamana para kapha


Secar, diregir e movimentar

Terapias: udwartna, garshana e abhyanga com óleo de linhaça e óleos essências


quentes como canela, gengibre e cálamo; swedana com óleo de eucalipto.

Alimentação: leve, seca, quente e bem temperada com especiarias picantes como a
semente de mostarda, todas as pimentas e gengibre. Evitar leite e queijos. Monodieta
e/ou jejum.
Ver tabela de alimentos para kapha.

Chás e ervas: diuréticos (cabelo de milho, cavalinha e a carqueja), estimulantes (ginko


biloba, gengibre, canela, chá verde, chá preto, centella, fucus, orégano..) e depurativos
(sálvia, alcachofra, dente de leão..)
Banho de sol: pelo menos 1 hora por dia.

Shamana para Pitta


Depurar, esfriar e relaxar

Terapias: abhyanga com óleo de abacate, côco ou leite de côco; shirodhara com
butermilk; patra potali anti-inflamatório; óleos essenciais de lavanda, hortelã pimenta,
olíbano, vetiver, gerânio, palma-rosa e sândalo; lepa de iogurte.

Alimentação: seca, fria e sem excessos. Preferir alimentos frescos, saladas e sucos.
Evitar alimentos fritos e gordurosos.
Ver tabela de alimentos para Pitta.

Chás e ervas: depurativos – dente de leão, boldo, cardo mariano, zimbro, losna, picão
preto, alcachofra; doces e adstringentes- hibisco, rosas, jasmim, erva-doce, camomila,
hortelã, menta, mil folhas, lípia, calêndula, alecrim, etc..

Shamana para Vata


Nutrir, aquecer e sedar
Terapias: abhyanga com óleo de gergelim, buriti ou ghee; pizzichili, pinda sweda; todas
as modalidades de basti (externo e interno); swedana leve com óleos equilibrantes e
calmantes; shirodhara; óleos essências de cravo, capim limão, pachouli, arnica, jasmim,
ylang-ylang, néroli e piprioca.

Alimentação: nutritiva e com especiarias que estimulem a digestão.


Ver tabela de alimentos para Vata.

Chás e ervas: relaxantes, diaforéticos e aquecedores – jasmim, erva doce, funcho,


hortelã, gengibre, cidreira, capim limão, lípia, melissa, tansagem, limão, canela, cravo,
ginseng, brahmi, fáfia, maracujá..

Vata - Refere-se a um dos três doshas. Isto é feito de ar e éter. Esta unidade funcional é
caracterizado pelo movimento, leveza frieza e secura no organismo. Quando desequilibrada
que produz dor em várias partes do corpo.

Pitta - Refere-se a um dos três doshas. Isto é feito de fogo e água. Esta unidade funcional é
caracterizada pela temperatura, calor e digestão no organismo. Quando desequilibrada que
produz sensação de calor e ardor no corpo.

Kapha - Refere-se a um dos três doshas. Isto é feito de terra e água em nosso corpo.
Caracteriza-se pela força, fluidez e nutrição. Quando desequilibrada que produz peso e catarro
no corpo.

Doshas - Literalmente o que pode sair do equilíbrio. Humor corporal

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