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21. O filósofo escocês David Hume (1711-1776) era um mais complexas é um fator considerado nas
empirista convicto, considerado um dos grandes pen- ideias cartesianas.
sadores modernos, Hume acreditava que todo o con- (E) O processo de conhecimento acontece, quando
hecimento provinha da experiência, não podendo ser resolvemos as dificuldades em parcelas, investi-
atribuído nenhuma afirmação a priori. Considerando o gando cada parte de forma analítica e precisa.
pensamento de Hume assinale a opção correta.
23. O Iluminismo foi uma corrente filosófica que no
(A) Hume defendia a necessidade de conhecermos século XVIII defendeu a necessidade humana do es-
os fatos, os dados e os elementos que estão além clarecimento. Na tentativa de romper com o pensa-
de nosso entendimento. mento anterior da Idade Medieval, entendia ser pos-
(B) Os conhecimentos científicos provêm de dados sível desvelar a verdade que fora escondida anterior-
encontrados nos nossos hábitos, não sendo pos- mente. Dentro desse período surge Voltaire (1694-1778),
sível uma determinação racional anterior a eles. liberal humanista, que foi um crítico da intolerância re-
(C) Por meio da racionalidade inata somos capazes ligiosa e do pensamento dogmático.
de criarmos juízos causais, em que há uma deter- Considerando o Século das Luzes e o pensamento de
minação causal dos acontecimentos. Voltaire assinale (V) verdadeiro e (F) para falso.
(D) O entendimento humano não tem limites, nos-
sas capacidades cognitivas são infinitas dentro ( ) O Iluminismo foi uma corrente de pensamento que
das nossas condições históricas. criticava as monarquias absolutistas, defendendo a de-
(E) As ideias são as percepções originárias que mocratização das ideias e da política.
se apresentam a consciência dos sujeitos ( ) Voltaire sempre esteve vinculado ao pensamento
cognoscentes, enquanto as impressões são religioso, sendo contra a ideia de um Estado laico.
cópias pálidas.
( ) Voltaire defendeu que o homem deveria agir
22. René Descartes (1596-1650) é considerado o “pai da seguindo as determinações de sua própria natureza,
filosofia moderna” tendo elegido a consciência como não sendo seu pensamento dominado por afirmações
o elemento necessário para entendermos todo o pro- religiosas.
cesso de conhecimento, já que os dados experimentais ( ) O pensador iluminista Voltaire esteve vinculado à
não são verdadeiros. No campo da teoria do conheci- igreja católica, sendo que nos episódios de disputas
mento, Descartes buscou determinar um método que entre a igreja católica e protestante, colocou-se ao lado
pudesse estabelecer a verdade imutável. Observando do pensamento católico.
o pensamento do filósofo francês assinale a alternativa
INCORRETA. Assinale a alternativa correta.
(A) V, V, V, F.
(A) O método cartesiano tinha na evidência a
(B) F, V, F, F.
primeira forma de provar como se estabelece o
(C) V, F, F, F.
conhecimento.
(D) V, F, V, F.
(B) Enumeração é o processo em que não se omite
(E) F, V, F, V.
nada daquilo que se está analisando, sempre são
feitas revisões gerais. 24. “A razão humana, num determinado domínio dos
(C) No pensamento cartesiano, a afirmação de um seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver
“ser pensamento” deriva de um conhecimento atormentada por questões, que não pode evitar, pois
dedutivo. lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais tam-
(D) O passo de ordenar os pensamentos sempre bém não pode dar resposta, por ultrapassarem comple-
partindo do mais fácil para as determinações tamente suas possibilidades” (KANT, Immanuel. Crítica
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da razão pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Engels (1820-1895) formulou o materialismo histórico,
2010. p. 3). que buscava entender como era concebido o real. Con-
siderando as ideias do materialismo histórico e o tre-
Kant entendia ser necessário colocarmos a razão em
cho citado anteriormente, assinale a alternativa INCOR-
um tribunal onde se determinaria as possibilidades
RETA.
do conhecimento. Tendo no horizonte o pensamento
kantiano, assinale a alternativa correta. (A) O motor da história é a ação individual dos su-
jeitos, pois sem os grandes feitos de alguns não
(A) O filósofo alemão pensava ser possível conhecer-
teríamos as transformações sociais.
mos e provarmos a existência de Deus por meio
(B) O materialismo defendido por Marx e Engels
da razão.
apresentava-se como a antítese do idealismo
(B) Para Kant, a metafísica continuava sendo a
alemão.
filosofia primeira, e como tal deveria ser consid-
(C) A práxis humana é concebida pelas relações de
erada em todo processo de análise da realidade.
produção e reprodução da vida social, sendo es-
(C) Kant concordava com os empiristas quando estes
tas influenciadas.
afirmavam que a forma do conhecimento vinha
(D) As ações humanas devem ser entendidas como
de fora, sendo a razão uma folha em branco.
o propulsor das ideias, não o contrário.
(D) A matéria do conhecimento está dentro de nós,
(E) Segundo o materialismo histórico existe uma re-
nesse sentido, concordando, assim, com os
lação recíproca entre todos os fenômenos da na-
racionalistas.
tureza e todas as idealizações do pensamento.
(E) O conhecimento, segundo Kant, vem de algo que
recebemos de fora (a posteriori) e de algo que já 26. O filósofo austríaco, Ludwig Wittgenstein (1889-
existe em nós (a priori). 1951), no decorrer de sua obra investigou a relação entre
pensamento e linguagem, sobre a teoria de Wittgen-
25. “Os homens fazem a sua própria história; contudo,
stein e a filosofia analítica considere as opções abaixo.
não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não
são eles que escolhem as circunstâncias sob as quais I - A filosofia analítica buscou criticar a visão metafísica
ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim da modernidade, que acreditava ser possível conhecer
como se encontram. A tradição de todas as gerações a verdade por meio da racionalidade do sujeito.
passadas é como um pesadelo que comprime o cérebro II - A virada linguística foi a tentativa dos modernos
dos vivos. E justamente quando parecem estar empen- de frear o novo paradigma epistemológico da filosofia
hados em transformar a si mesmos e as coisas, em criar analítica.
algo nunca antes visto, exatamente nessas épocas de
crise revolucionária, eles conjuram temerosamente a III - Wittgenstein entendia ser necessário estudarmos
ajuda dos espíritos do passado, tomam emprestados os a filosofia dentro da lógica de nossa linguagem e con-
seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu figurino, siderando os limites dela.
a fim de representar, com essa venerável roupagem IV - Para o filósofo austríaco, o “giro linguístico” seria
tradicional e essa linguagem tomada de empréstimo, uma contradição se usado na análise do pensamento
as novas cenas da história mundial” (MARX, Karl. O 18 e da linguagem.
de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo,
V - A Segunda fase de Wittgenstein foi marcada pela
2011. p. 25-26).
tentativa de entender o significado das expressões lin-
Karl Marx (1818-1883) é um dos mais importantes pen- guísticas.
sadores da filosofia, seja por possuir até os dias at-
Estão corretas:
uais adeptos de sua teoria, ou por sofrer críticas fer-
renhas sobre as suas afirmações. Junto com Friedrich (A) I, II e V, apenas.
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FILOSOFIA - Instituto Federal do Mato Grosso (2018)
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texto, dentro desse espaço, será um modo diferente, imento racional que caracteriza a filosofia. Essa pas-
será um modo filosófico”. (ASPIS, Renata Pereira Lima. sagem do mito à razão significa precisamente que já
O professor de Filosofia: O Ensino de Filosofia no En- havia, de um lado, uma lógica do mito e que, de outro
sino Médio como experiência filosófica. Disponível lado, na realidade filosófica ainda está incluído o poder
em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 02 de do lendário.” (Gilberto Cotrim)
setembro de 2018. Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64,
Sobre o surgimento da Filosofia e a passagem da expli-
p. 305-320, set/dez. 2004, p. 310).
cação mítica da realidade para uma explicação filosó-
Partindo do entendimento do texto, citado anterior- fica, pode-se afirmar que:
mente, e do papel da Filosofia no Ensino Médio, con-
(A) Conforme o texto acima, na passagem da expli-
sidere as afirmações abaixo.
cação mítica para a explicação filosófica percebe-
I - A experiência filosófica é o momento no qual os se que a filosofia trata as questões com mais gen-
alunos não somente conhecem a história da filosofia, eralidade e abrangência.
mas colocam em dúvida seus pensamentos e ações. (B) As explicações mitológicas e filosóficas são lógi-
cas e racionais, só se diferem quanto ao assunto.
II - O Ensino de Filosofia que contribuí para a autono-
(C) Podemos afirmar que a antropologia foi a
mia dos sujeitos é aquele em que o professor ensina o
primeira corrente de pensamento, surgida na
aluno a memorizar as frases filosóficas.
Grécia Antiga por volta do século VI a.C.
III - O professor que busca a emancipação de seus (D) Os filósofos que viveram depois de Sócrates se
alunos sempre apresenta a verdade de forma pro- preocupavam muito com o Universo e com os
visória, enquanto uma construção histórica. fenômenos da natureza.
IV - O espaço singular, que se refere Aspis, é aquele onde (E) O fragmento “Pois pensar e ser é o mesmo” de
o aluno se apresenta como o sujeito que não tem con- Parmênides, reflete o que o autor diz acima sobre
hecimento para contribuir no processo de construção a coexistência do mítico no filosófico.
do saber. 32. A filosofia grega tipifica a racionalidade humana e o
V - A relação que se constrói no espaço da sala de aula é conhecimento a partir de elementos naturais que rep-
mediada por uma verticalidade em que os alunos estão resentam a luz; conhecer envolve um discernimento
apenas para aprender. relacionado à visão e nitidez, como podemos perceber
nas citações abaixo, exceto:
Estão corretas:
(A) “Pois os olhos são testemunhas mais exatas que
(A) I e V, apenas.
os ouvidos” Fr. 101; Heráclito (540-470 a.C.)
(B) II, III e IV, apenas.
(B) " ... quando apressavam a enviar-me as filhas
(C) I, III e IV, apenas.
do Sol, deixando as moradas da Noite, para a luz,
(D) I e III, apenas.
... Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é;
(E) I, apenas.
pois é ser e nada não é;" Fr 1; Fr 6; Parmênides
31. “Na história do pensamento ocidental, a filosofia (530-460 a.C.)
nasce na Grécia por volta do século VI (ou VII) a.C. Por (C) “... que no mundo visível, foi ela que criou a luz,
meio de longo processo histórico, surge promovendo da qual é senhora; e que, no mundo inteligível,
a passagem do saber mítico ao pensamento racional, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e
sem, entretanto, romper bruscamente com todos os que é preciso vê-la para se ser sensato na vida
conhecimentos do passado. Durante muito tempo, os particular e pública.” República, 517 a-d; Platão
primeiros filósofos gregos compartilharam de diver- (427-347 a.C.)
sas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhec- (D) “Todos os homens desejam por natureza o saber.
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Sinal disto é o apreço pelas sensações ... mais caracterizou-se por uma preocupação com questões
do que as outras, a que se dá através dos olhos; morais e subjetivas, tendo como um dos temas a felici-
... A causa disto é que dentre as sensações é esta dade. Sobre este período é correto afirmar, EXCETO:
a que mais nos faz conhecer e nos mostra muitas
(A) Para os estóicos, todas as pessoas fazem parte
diferenças.” Metafísica; L I. 980a; Aristóteles (384-
de uma mesma razão universal e todos proces-
322 a.C.)
sos naturais são regidos pelas constantes leis da
(E) “A justiça em sentido restrito é igual ao correto e
natureza.
equitativo”, Livro 1, Ética a Nicômaco; Aristóteles
(B) Tanto os epicuristas como os estóicos propun-
(384-322 a.C.)
ham que a felicidade está na harmonia com a
33. Para Platão, a ideia de Bem torna-se o escopo do natureza, embora com concepções de natureza
que seja verdadeiro e belo, podemos afirmar sobre o diferentes entre estas correntes filosóficas, que
pensamento do filósofo, EXCETO: postulam comportamentos diferentes.
(A) A ideia de Bem origina todas as outras ideias no (C) Epicuro acreditava que a felicidade está no
mundo das ideias. prazer, que precisa ser buscado de forma racional
(B) O mundo das ideias determina o mundo real, e reflexiva, ao ponto de desfrutar de um prazer
sendo o primeiro cópia do segundo. duradouro; ou seja, um prazer real e verdadeiro,
(C) A alma humana é constituída de três partes, não apenas aparente, pois o prazer aparente leva
sendo elas representadas por um cocheiro e dois a dor num segundo momento.
cavalos, na obra Fedro de Platão, a justiça seria (D) A filosofia cristã é considerada a principal cor-
cada uma cumprir a sua parte. rente deste período, analisada pelos histori-
(D) Platão retoma e aprofunda os ideais gregos de adores da filosofia como a principal fonte de in-
Beleza, Bondade e Verdade, preconizados har- fluência da época.
monicamente segundo Sócrates. (E) Os céticos, tal como os estóicos e epicuristas,
(E) O filósofo deveria estudar matemática para preocupavam-se com a busca da felicidade; e
chegar ao nível de abstração necessário ao en- para os céticos isso implica na eliminação de
tendimento do mundo das ideias. tudo o que produz inquietação e que leva a im-
perturbalidade. Estes filósofos afirmam não ser
34. Por que, segundo Aristóteles, devemos afirmar que
possível o conhecimento referir-se às coisas em
o homem é um animal político?
si.
(A) Porque a política não faz parte da vida humana.
(B) Para o filósofo Aristóteles, o homo sapiens é 36. Sobre a filosofia medieval, é correto afirmar que:
a seus olhos um homo-politicus, visto que a
(A) Santo Agostinho escreve a partir de uma epis-
racionalidade humana é política, filha da cidade.
temologia idealista; discute as questões do ser,
(C) Este questionamento não se relaciona a Aristóte-
mas não aprofunda as questões axiológicas.
les.
(B) Tomás de Aquino não se preocupa com as causas
(D) Filosofia política é o estudo sobre a natureza
da existência de Deus, pois para ele, em con-
do poder e da autoridade; idéia de direito, lei,
cordância com Aristóteles, Deus é o primeiro mo-
justiça, dominação, violência. Não define o ser
tor imóvel.
humano.
(C) A partir do pensamento de Tomás de Aquino
(E) Nenhuma das afirmações está correta.
pode-se concluir que nenhuma verdade de fé
35. A filosofia helenística foi marcada por várias poderia afirmar uma verdade da razão; mas
escolas, que no período pós-socrático, do final do quando a segunda parece contradizer a primeira;
período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, percebe-se um erro, visto que a razão humana é
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GABARITO: 21B 22C 23D 24E 25A 26B 27E 28C 29D 30D 31A
32E 33B 34B 35D 36C 37B 38E 39A 40E