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Acadêmica
apresentado ao leitor o manuseio de instrumentos de medidas elétricas, o procedimento
Daniel Lucas Zago Caetano
de montagem e a análise de circuitos elétricos (RC, RL e RLC), entre outros temas. Con-
Guilherme Volpe Bossa
Cultura
comitantemente à descrição de cada experimento, há uma exposição da teoria envolvida
e uma breve discussão, em termos dos tópicos relacionados, dos resultados obtidos ex-
perimentalmente.
Antonio Bento de Oliveira Junior possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto
de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho. Por dois anos, atuou como monitor do laboratório de Física do Centro Inte-
grado de Ciência e Cultura (CICC). Tem experiência na área de Biofísica Molecular Computa-
cional, com ênfase no estudo do processo de enovelamento de proteínas.
Daniel Lucas Zago Caetano possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto de Bio-
ciências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-
quita Filho. Atua na área de Biofísica Molecular Computacional, com ênfase no estudo da
interação entre polianfóteros fracos e macroíons cilíndricos opostamente carregados.
Guilherme Volpe Bossa possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto de Biociên-
cias, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho. Atua na área de Biofísica Molecular Teórica, desenvolvendo modelos aplicados à ca-
racterização de propriedades físico-químicas e dielétricas de aminoácidos e oligopeptídeos.
ISBN 978-85-7983-248-2
9 788579 832482
PRÁTICAS DE ELETROMAGNETISMO:
Coleta e Análise de Dados Experimentais
São Paulo
2012
P912
Práticas de eletromagnetismo : coleta e análise de dados experimentais / José
Ramon Beltran Abrego ... [et al.]. – São Paulo : Cultura Acadêmica : Universidade
Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2012.
139 p.
Programa de apoio à produção de material didático da Pró-Reitoria de
Graduação da UNESP.
ISBN 978-85-7983-248-2
CDD 537
equipe
Prefácio 9
8 balança de ampère 95
Bibliografia 139
1.1. OBJETIVO
1.2. INTRODUÇÃO
[( AB) 10 C D]
R (1.1)
Algarismos
Signifivativos
Tolerância
Multiplicador
Marrom 1 1 102 1%
Vermelho 2 2 102 2%
Laranja 3 3 103
Amarelo 4 4 104
Verde 5 5 105
Azul 6 6 106
Violeta 7 7 107
Cinza 8 8 108 Ouro: 5%
Branco 9 9 109
Prata: 10%
1.4.1. Experimento I
continuação
1.4.2. Experimento II
1.4.4. Experimento IV
Figura 1.3 Gráfico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
V
R R B R (4626 4) (1.2)
I
Figura 1.4 Gráfico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
os valores nominais com os valores indicados pelo instrumento. Com base nis-
so, é possível afirmar que todos os valores medidos pelo ohmímetro estão den-
tro do intervalo de confiabilidade fornecido pelo fabricante das resistências.
No experimento II, verificou-se se a tensão de cinco pilhas distintas corres-
pondia ao valor nominal indicado pelo fabricante. Após medir cada pilha, uti-
lizando-se, para tal tarefa, um voltímetro, verificou-se que os valores indicados
pelo aparelho não coincidiram com o valor nominal fornecido por nenhuma
delas (1,5 V ou 9 V). Esse fato pode ser explicado pela utilização de pilhas quí-
micas, ou seja, pilhas em que a tensão produzida é decorrente de uma reação
química chamada reação de óxido-redução. No caso das pilhas, essa reação é
irreversível, acarretando, assim, o aumento da “resistência interna”, diminuin-
do, conseqüentemente, a tensão. Outro fator que explica essa diferença de valo-
res é o fato de que as pilhas deveriam ser medidas em um circuito fechado, com
uma corrente elétrica passando por elas.
Já no terceiro experimento, comparou-se a tensão fornecida por uma fonte
de tensão contínua de 30 V, com o valor indicado por um voltímetro ligado a
essa mesma fonte. Como resultado, notou-se que o valor apresentado pelo vol-
tímetro foi sempre maior que o valor informado pela fonte (cerca de 0,74%
maior). Baseando-se nos dados obtidos, é possível afirmar que o voltímetro é
mais confiável que a fonte, pois apresenta uma maior precisão de medida, de-
vido à sua chave seletora, que pode variar desde a casa do mV (milivolt) até a
casa do kV (quilovolt).
No quarto experimento, calcularam-se o valor de duas resistências desco-
nhecidas, R e R1, utilizando-se, para isso, dois métodos. O primeiro deles con-
sistiu em estabelecer dois gráficos tensão (V) versus corrente elétrica (A) e, por
meio da inclinação das retas geradas, determinou-se o valor das resistências. Os
valores obtidos para as resistências R e R1 foram, respectivamente, (4626±4) Ω
e (8265±9) Ω. O segundo método consistiu em medir as resistências direta-
mente, utilizando-se, para tal tarefa, um ohmímetro. Por esse método, o valor
determinado para R foi de (4698±7) Ω, e para R1 foi de (8294±12) Ω. Dentre
os dois métodos utilizados, é possível afirmar que o primeiro é o mais confiá-
vel, pois existe, para as duas resistências, uma proporcionalidade direta da ten-
são com a corrente elétrica. Isso possibilita atestar que as duas resistências obe-
decem à lei de Ohm, ou seja, elas não dependem nem da tensão nem da
corrente elétrica.
Como fica evidente pela leitura deste capítulo, faz-se importante não só
conhecer o manuseio dos instrumentos de medida, mas também as proprieda-
des dos componentes e circuitos elétricos. Tal postura permite evitar leituras
incorretas dos valores medidos e, conseqüentemente, uma interpretação errô-
nea dos experimentos.
2.1. OBJETIVO
2.2. INTRODUÇÃO
V I R (2.1)
R e R1 R 2 R 3 (2.2)
1 1 1 1
(2.3)
R e R1 R 2 R 3
R1 R2 R3
Resistência (Ω)
4699±7 551,4±0,8 375,8±0,6
Esses três resistores (R1, R2 e R3) foram utilizados nos três experimentos
que serão descritos a seguir.
2.4.1. Experimento I
A partir dos valores contidos na Tabela 2.2, foi possível construir o gráfico
da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), como se pode observar.
Figura 2.5 Gráfico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
2.4.2. Experimento II
continuação
Figura 2.7 Gráfico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
1 1 1 1 1 1 1
R e R1 R 2 R 3 (4699 7) (551, 4 0,8) (375,8 0,6)
(213,3 0,3) (2.7)
A partir dos valores contidos na tabela acima, foi possível produzir o grá-
fico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), como se pode verificar na Fi-
gura 2.9 a seguir.
Figura 2.9 Gráfico da Tensão (V) versus Corrente Elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
1 1 1 1
R e parcial (223,5 0,3) (2.9)
R 2 R 3 (551, 4 0,8) (375,8 0,6)
R e parcial R
R e total 1 (223,5 0,3) (4699
7) (4922 7) (2.10)
3.1. OBJETIVO
3.2. INTRODUÇÃO
• Diodo Zener;
• Editor gráfico Origin;
• Fonte de tensão contínua;
• Lâmpada;
• Multímetros;
• Placa para montagem de circuitos;
• Resistor.
3.4.1. Experimento I
continuação
A partir dos valores contidos na 3.1, foi possível construir um gráfico tensão
(V) versus corrente elétrica (A), como se pode observar na Figura 3.4 abaixo.
Figura 3.4 Gráfico da Tensão versus Corrente Elétrica do circuito montado no expe-
rimento I.
V cIn (3.1)
log c n log I
log V (3.2)
Cálculo de n:
O valor de n é o mesmo do coeficiente angular (B) da reta do gráfico. Des-
se modo, o valor gerado pelo editor gráfico Origin foi:
n B 1,66 (3.3)
Cálculo de c:
O valor do logaritmo de c é igual ao coeficiente linear (A) da reta do gráfi-
co gerado pelo editor gráfico Origin. Para se obter o valor de c, aplica-se a
função inversa da função logarítmica, ou seja, a função exponencial, nos dois
membros da equação. Matematicamente, tem-se:
V 263 I 1,66 (3.5)
Como o circuito utilizado apresenta uma relação não linear entre a tensão
e a corrente elétrica, não se pode determinar uma resistência geral para ele.
Neste caso, deve-se determinar uma resistência local R, que é dada pela incli-
nação da curva V x I (Figura 3.4), no ponto em que se quer calcular. Em ter-
mos matemáticos, aplica-se a derivada (dV/dI) na Equação 3.5 sobre o ponto
considerado, ou seja
dV d
R (263 I 1,66 ) 437 I 0,66 (3.6)
dI dI
Figura 3.6 Derivada dV/dI (Resistência) versus Corrente elétrica, gerado pelo editor
gráfico Origin, para o circuito utilizado no experimento I.
Tabela 3.2 Valores da tensão (V), da corrente elétrica (A) e da resistência instantânea
(Ω) medidos no circuito.
V I R V I R
1,045±0,001 0,036±0,001 48,7±0,9 13,041±0,007 0,163±0,003 132±2
2,063±0,001 0,053±0,001 62,9±0,8 14,046±0,007 0,171±0,003 136±2
3,013±0,002 0,067±0,001 73,4±0,7 15,060±0,008 0,178±0,004 140±2
4,032±0,002 0,080±0,002 83±1 16,023±0,008 0,185±0,004 143±2
5,051±0,003 0,092±0,002 90±1 17,001±0,009 0,191±0,004 147±2
6,023±0,003 0,102±0,002 97±1 18,063±0,009 0,198±0,004 150±2
7,023±0,004 0,112±0,002 103±1 19,04±0,01 0,206±0,004 154±2
8,012±0,004 0,122±0,002 109±1 20,06±0,01 0,211±0,004 157±2
9,042±0,005 0,131±0,003 114±2 21,00±0,01 0,217±0,004 159±2
10,032±0,005 0,139±0,003 118±2 22,04±0,01 0,223±0,004 162±2
11,052±0,006 0,148±0,003 124±2 23,05±0,01 0,229±0,005 165±2
12,030±0,006 0,156±0,003 128±2 24,03±0,01 0,234±0,005 168±2
3.4.2. Experimento II
Tabela 3.4 Valores da tensão e da corrente elétrica do diodo Zener utilizado no ex-
perimento II.
Figura 3.8 Desenho esquemático do circuito montado no experimento II, com a pola-
ridade do diodo invertida.
Tabela 3.5 Valores da tensão e da corrente elétrica do diodo Zener, com polaridade
invertida.
5 10 –3
6,24
10 10 –3 6,28
15 10 –3 6,31
20 10 –3
6,34
25 10 –3 6,37
30 10 –3 6,39
35 10 –3 6,44
40 10 –3 6,47
Como fica evidente pela leitura deste texto, todos os experimentos trata-
ram de elementos não lineares ou não ôhmicos. Para tal tarefa, utilizou-se uma
lâmpada, que possui uma resistência que varia com o aumento da temperatu-
ra, e um diodo Zener, que possui uma zona de trabalho específica, na qual sua
tensão de saída varia muito pouco, funcionando como uma espécie de chave
seletora.
4.1. OBJETIVO
4.2. INTRODUÇÃO
A força que uma carga elétrica exerce sobre outra é um exemplo de força
de ação à distância, semelhante à força gravitacional de uma massa sobre ou-
tra. Uma carga elétrica provoca um campo elétrico E em todo o espaço, e é este
campo que atua sobre outra partícula a certa distância. A força exercida sobre
a partícula distante é devida ao campo elétrico produzido pela primeira carga
e não diretamente por ela.
A força é uma grandeza vetorial, de modo que o campo elétrico também o
é. Desse modo, define-se o campo vetorial E em um ponto como a força elé-
trica Fe que atua sobre uma carga q0 nesse ponto, dividido pela carga q0. Ou
seja, o campo elétrico em um dado ponto é igual à força elétrica por unidade de
carga que atua sobre uma carga situada nesse ponto:
Fe
E (4.1)
q0
elétrico, ao contrário, convergem para qualquer ponto ocupado por uma carga
negativa. É importante salientar que duas linhas do campo nunca têm um pon-
to de cruzamento, o que indicaria duas direções do campo E num mesmo
ponto do campo.
Denomina-se potencial elétrico a energia potencial por unidade de carga.
Define-se o potencial elétrico V, em qualquer ponto de um campo elétrico,
como a energia potencial U por unidade de carga associada com uma carga de
teste q0 nesse ponto:
U b
V Vb V a
q0
a
E d (4.2)
Q A
C 0 (4.3)
Vab d
4.4.1. Experimento I
Figura 4.3 Fotografia das superfícies equipotenciais e das linhas de força referentes ao
experimento I.
Superfície equipotenciais e
Linhas de força referente
ao experimento I
4.4.2. Experimento II
Figura 4.4 Fotografia das superfícies equipotenciais e das linhas de força referentes ao
experimento II.
Superfície equipotenciais e
Linhas de força referente
ao experimento II
Figura 4.5 Fotografia das superfícies equipotenciais e das linhas de força referentes ao
experimento III.
Superfície equipotenciais e
Linhas de força referente
ao experimento III
4.4.4. Experimento IV
Figura 4.6 Fotografia das superfícies equipotenciais e das linhas de força referentes ao
experimento IV.
Superfície equipotenciais e
Linhas de força referente
ao experimento IV
Questões
1. Explique o significado dos termos: Linhas de força, Campo elétrico e Superfície equi-
potencial.
3. Calcule o campo entre duas placas planas paralelas, cujas ddp é 10V e a distância
entre elas é de 5 cm (despreze efeitos de borda). Se a área das placas for de 50 cm2,
qual será a capacitância deste sistema?
Para se calcular o campo elétrico entre duas placas planas paralelas, deve-se
utilizar a Equação 4.2, considerando-se o campo elétrico constante:
b 0
Vb V a
E d 10
a
Ed 0,05 E
10
0,05
10
E E 200 V m 200 N C (4.4)
0,05
A 0,005
C 0 C 8,85 10 12
d 0,05
5.1. OBJETIVO
5.2. INTRODUÇÃO
Figura 5.1 Exemplo de circuito que não pode ser reduzido a combinações simples de
resistores em série ou em paralelo.
Observando a Figura 5.1, nota-se que o circuito é composto por três ma-
lhas: ABEF, BCDE e ABCDEF. Os pontos B e E formam dois nós, em que se
interligam geradores e resistores, constituindo três ramos distintos: o ramo à
esquerda, composto por V6, R1, V1 e V2; o ramo central, composto por V3 e R2;
e o ramo da direita, formado por R5, V5, R4, V4 e R3.
Após essas considerações, podem-se enunciar as leis de Kirchhoff:
I 0 i 1 i 2 i 3 ... i n 0 (5.1)
V 0 V 1 V R 1 ... Vn V R n 0 (5.2)
onde Vn é a tensão fornecida pela fonte ou gerador, e VRn é dada pela lei de
Ohm.
• Amperímetro;
• Fonte de 3V;
• Fonte de 5V;
• Fonte de tensão contínua regulável;
• Ohmímetro;
• Resistores diversos;
• Voltímetro.
5.4.1. Experimento I
Tabela 5.3 Valores da corrente elétrica em cada ramo do circuito utilizado no expe-
rimento I.
Outro método para se determinar o valor das correntes elétricas nos ramos
A e C, é utilizar a 2ª Lei de Kirchhoff (Equação 5.2). Assim, considerou-se o
sentido horário para as correntes nas duas malhas. Em termos matemáticos,
tem-se:
Malha A:
V1 R1 I 1 R 2 I 1 R 2 I 2 V2
0
(6,093 0,003) (2177 3) I 1 (996 1) I 1
(996 1) I 2 (5,061 0,003)
0
(3173 4) I 1 (996 1) I 2 (1,032 0,006) (5.3)
Malha C:
V2 R 2 I 2 R 2 I 1 R 3 I 2 V3
(5,061 0,003) (996 1) I 2 (996 1) I 1
(810 1) I 2 (3,075 0,002)
0
(996 1) I 1 (1806 2) I 2 (1,986 0,005) (5.4)
I1 I 3 I 2 I 3 I 2 I1
I 3 (1,55 10 3 0,01 10 3 ) (0,811 10 3 0,007 10 3 )
(0,74 10 3 0,02 10 3 )A (5.8)
Calculados os valores das correntes dos três ramos pelas Leis de Kirchhoff,
foi possível não só compará-los com os valores medidos pelo amperímetro,
mas também calcular a diferença percentual entre eles.
Tabela 5.4 Comparação entre os valores da corrente elétrica medidos pelo amperíme-
tro e os valores calculados pelas Leis de Kirchhoff no experimento I.
Diferença
Valor medido pelo Valor calculado pelas
Ramo percentual
amperímetro (A) Leis de Kirchhoff (A)
(%)
Tabela 5.5 Comparação entre os valores da tensão medidos pelo voltímetro e os valo-
res calculados pelas Leis de Kirchhoff para cada componente do circuito
utilizado no experimento I.
Diferença
Valor medido pelo Valor calculado pelas
Componente percentual
voltímetro (V) Leis de Kirchhoff (V)
(%)
5.4.1. Experimento II
Malha α:
Malha β:
I I I I I I
I (3,39 10 2 0,02 10 2 ) (8,88 10 3 0,06 10 3 )
(2,50 10 2 0,03 10 2 )A (5.14)
Tabela 5.8 Comparação entre o valor da tensão medido pelo voltímetro e o valor cal-
culado pelas Leis de Kirchhoff para o resistor R5 utilizado no experimento II.
Tabela 5.9 Comparação entre o valor da corrente elétrica medida pelo amperímetro e
o valor calculado pelas Leis de Kirchhoff para o ramo γ do circuito utilizado
no experimento II.
valores obtidos estão transcritos na Tabela 5.7. Em seguida, esses mesmos va-
lores foram calculados, utilizando-se, então, as Leis de Kirchhoff e de Ohm
(Equações 5.1 e 5.2). Feito isso, foi possível comparar os valores medidos expe-
rimentalmente com os valores calculados teoricamente. Observando-se a Ta-
bela 5.8, verifica-se que a diferença percentual entre o valor da tensão medido
experimentalmente e o valor calculado teoricamente é de apenas 0,51%. Exa-
minando a Tabela 5.9, constata-se que a diferença percentual entre o valor
medido experimentalmente e o valor calculado pelas Leis de Kirchhoff, para a
corrente no ramo γ, é de 0,81%.
Como se pode observar pela leitura deste capítulo, todos os experimentos
têm como base as Leis de Kirchhoff. Nos dois experimentos realizados, verifi-
cou-se uma pequena diferença entre os valores medidos e os valores calculados
pelas Leis de Kirchhoff (valores teóricos). Essa diferença pode ser atribuída não
só à dissipação da corrente elétrica em forma de calor, mas também a possíveis
erros experimentais, como a medida incorreta de uma grandeza ou a falta de
precisão do instrumento utilizado. De qualquer forma, como as diferenças fo-
ram muito pequenas, é possível afirmar que a Lei de Kirchhoff é válida.
6.1. OBJETIVO
6.1. INTRODUÇÃO
Q A
C 0 (5.9)
V d
1 1 1 1
(6.2)
C eq C1 C 2 C 3
C eq C1 C 2 C 3 (6.3)
• Capacitores;
• Cronômetro;
• Editor gráfico Origin;
• Fonte de tensão contínua regulável;
• Ohmímetro;
• Resistor;
• Voltímetro.
6.4.1. Experimento I
A partir dos valores contidos na Tabela 6.1, foi possível construir um gráfico
da tensão em função do tempo, como se pode observar na Figura 6.4 a seguir.
Figura 6.4 Gráfico da Tensão (V) versus Tempo (s) referente à descarga do capacitor
utilizado no experimento I.
De acordo com a Figura 6.4, pode-se afirmar que o valor da tensão (V)
tende à zero, exponencialmente. Calculando-se o logaritmo natural da tensão,
obtém-se um novo gráfico, agora linearizado. Veja-se, abaixo, o novo gráfico.
131,9 0,3
RC C
R 268,3 10 3 0, 4 10 3
4,92 10 4 0,02 10 4 (492 2)μF (6.9)
Valor Diferença
Grandeza Valor teórico
experimental percentual (%)
Constante de tempo
126±7 131,9±0,3 4,40
capacitiva (s)
Capacitância (μF) 470±24 492±2 4,47
6.4.2. Experimento II
Tabela 6.3 Valores da tensão e do tempo, referentes à descarga dos capacitores as-
sociados em paralelo utilizados no experimento II.
A partir dos valores contidos na Tabela 6.3, foi possível construir um grá-
fico da tensão em função do tempo, como se pode observar na Figura 6.7.
Figura 6.7 Gráfico da Tensão (V) versus Tempo (s) referente à descarga dos capacito-
res, associados em paralelo, utilizados no experimento II.
De acordo com a figura acima, pode-se afirmar que o valor da tensão (V)
do circuito RC tende à zero, exponencialmente. Desse modo, calculando-se o
logaritmo natural da tensão, obtém-se um novo gráfico, agora linearizado.
Veja-se, na Figura 6.8, o novo gráfico obtido após a linearização do anterior.
Figura 6.8 Gráfico do ln(Tensão) versus Tempo referente à associação em paralelo dos
capacitores utilizados no experimento II. A e B representam o coeficiente
linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
1 1
B (267, 4 0,7)s (6.11)
3,74 10 1 10 5
3
267, 4 0,7
R C eq C eq
R 268,3 10 3 0, 4 10 3
Valor Diferença
Grandeza Valor teórico
experimental percentual (%)
Constante de tempo
252±13 267,4±0,7 5,76
capacitiva (s)
Capacitância
940±48 997±4 5,72
equivalente (μF)
Tabela 6.5 Valores da tensão e do tempo, referentes à descarga dos capacitores asso-
ciados em série utilizados no experimento III.
A partir dos valores contidos na Tabela 6.5, foi possível construir um gráfico
da tensão em função do tempo, como se pode observar na Figura 6.10 a seguir.
Figura 6.10 Gráfico da Tensão (V) versus Tempo (s) referente à descarga dos capaci-
tores, associados em série, utilizados no experimento III.
Figura 6.11 Gráfico do ln(Tensão) versus Tempo referente à associação em série dos
capacitores utilizados no experimento III. A e B representam o coeficiente
linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
1 1
B (129,0 0,2)s (6.15)
7,75 10 1 10 5
3
129,0 0,2
R C eq C eq
R 268,3 10 3 0, 4 10 3
1 1 1 1 1 2
(500 25)μF (6.17)
C eq C1 C 2 1000 50 1000 50 1000 50
Valor Diferença
Grandeza Valor teórico
experimental percentual (%)
Constante de tempo
134±7 129,0±0,2 3,88
capacitiva (s)
Capacitância
500±25 481±1 3,80
equivalente (μF)
Questões
A C d 500 10 6 10 3
C 0 A 5,65 10 4 m 2 (6.20)
d 0 8,85 10 12
Período de carga:
q dq q
iR 0 R 0
C dt C
dq q 1
(q C ) (6.20)
dt R R C R C
dq dt
(6.21)
q C R C
Q dq t dt Q C t
0 q C
0 RC
ln
C
RC
(6.22)
Período de descarga:
q dq q dq q
iR 0 R 0 R (6.24)
C dt C dt C
dq dt
(6.25)
q RC
dq
Q t dt Q t
Q0 q
0 R C ln
Q0
R C
(6.26)
7.1. OBJETIVO
7.2. INTRODUÇÃO
Para produzir esse campo magnético externo, pode-se utilizar uma bobina
circular, plana, contendo N espiras com correntes fluindo no mesmo sentido.
0 N i R2
B( x ) 3
(7.1)
2 (R 2 x 2 ) 2
8 0 N i
B( x ) (7.2)
5 5R
I
T 2 (7.4)
K m B
1 m B
(7.5)
T 2
4 2 I
1 m Bt 8 0 N mi
(7.6)
T 2
4 I 4 2 I 5 5 R
2
R 2 L2
IM (7.7)
4 12
• Amperímetro;
• Balança semi-analítica;
• Bobina de Helmholtz;
• Bússola;
• Cronômetro;
• Editor gráfico Origin;
• Fonte de tensão contínua regulável;
• Imã;
• Papel milimetrado;
• Paquímetro;
• Régua.
7.4.1. EXPERIMENTO I
A partir dos valores contidos na Tabela 7.1, foi possível estimar o valor
médio para o campo magnético terrestre, ou seja:
10 6
B t médio (17, 4 0,5) (17,6 0,5) (17,5 0,5)
5
(17, 4 0,5) (17,5 0,5) (17,5 0,5) μT (7.8)
A partir dos valores contidos na Tabela 7.2, estimou-se o valor médio para
o campo magnético terrestre, como se pode observar abaixo.
10 6
B t médio (17,7 0,5) (17,6 0,5) (17,7 0,5)
5
(17, 4 0,5) (17,5 0,5) (17,6 0,5) μT (7.9)
Tabela 7.3 Comparação entre os valores médios obtidos para o campo magnético
terrestre, utilizando-se uma única bobina ou uma bobina de Helmholtz,
como fontes de campo magnético.
7.4.2. Experimento II
Tabela 7.5 Valores da distância entre o eixo da bússola e o eixo do imã, com os res-
pectivos momentos magnéticos.
A partir dos valores contidos na Tabela 7.5, estimou-se o valor médio para
o momento magnético do imã, como se pode observar a seguir.
1
mmédio (0,218 0,009) (0,223 0,009) (0,233 0,009)
5
(0,223 0,009) (0,228 0,009) (0,225 0,009)A m 2 (7.10)
Corrente
Tempo (s) T (s) T2 (s2) 1 / T2 (s-2)
elétrica (A)
A partir dos dados contidos na Tabela 7.6, foi possível construir um gráfi-
co de 1/T2 (s-2) em função da corrente elétrica (A), como se pode observar na
Figura 7.4.
Figura 7.4 Gráfico de 1/T2 (s-2) versus Corrente elétrica (A), onde A e B representam
o coeficiente linear e o coeficiente angular, respectivamente, do gráfico.
m Bt (17,6 10 6 0,5 10 6 ) m
A
0,32
4 2 I 4 2 (3,11 10 7 0,08 10 7 )
nético terrestre estão transcritos na Tabela 7.2. Uma vez determinado o valor
do campo magnético por dois métodos distintos, foi possível compará-los,
como se pode observar na Tabela 7.3. Considerando-se as informações conti-
das nessa mesma tabela, verifica-se que a diferença percentual entre os dois
valores foi de apenas 0,57%.
No experimento II, determinou-se o valor do momento magnético (m) de
um imã cilíndrico também por dois métodos diferentes. O primeiro deles pro-
punha colocar uma bússola sobre uma folha de papel milimetrado e medir,
com uma régua, a distância entre o eixo da bússola e o eixo do imã, quando a
agulha da bússola se deslocasse 45º em relação a sua posição original. Esse
procedimento foi repetido 5 vezes, calculando-se, para cada distância, o valor
do momento magnético do imã (Tabela 7.5).
Em contraposição ao método anterior, este segundo método baseava-se em
medir o período de oscilação do imã, suspenso por um fio no centro de uma
bobina de Helmholtz. Os valores da corrente elétrica e dos períodos estão trans-
critos na Tabela 7.6. A partir dos valores contidos nessa tabela, construiu-se um
gráfico 1/T2 (s2) versus Corrente elétrica (A). Utilizando-se a Equação 7.6, o
coeficiente linear (A) do gráfico da Figura 7.4 e o valor determinado no expe-
rimento I para o campo magnético produzido por uma bobina de Helmholtz,
foi possível calcular o momento magnético do imã, determinando, por dois
métodos diferentes, os seus valores. Foi possível, então, compará-los, como se
pode observar na Tabela 7.7. Considerando-se as informações contidas nessa
tabela, verifica-se que a diferença percentual entre os dois valores obtidos foi
de, aproximadamente, 2,27%.
Tratou-se neste capítulo, como foi exposto já no início deste texto, da deter-
minação, não só do campo magnético terrestre (Bt) no local em que se realizou
a experiência, mas também do momento magnético de um imã (m). A realiza-
ção destas práticas distintas só faz que jogar luz e evidenciar a teoria que subjaz
essas práticas.
8.1. OBJETIVO
8.2. INTRODUÇÃO
A força magnética que uma carga móvel ou uma corrente elétrica exerce
sobre outra corrente ou carga é um exemplo de força de ação à distância, seme-
lhante às forças gravitacionais e elétricas. Uma corrente elétrica provoca um
campo magnético B em suas vizinhanças, e é este campo que atua sobre outra
corrente a certa distância.
A força é uma grandeza vetorial, e o campo também o é. Desse modo,
quando um fio condutor está percorrido por uma corrente elétrica e num cam-
po magnético, há uma força sobre o fio que é a soma vetorial das forças mag-
néticas sobre as partículas carregadas, cujo movimento responde pela corren-
te. Assim, a força magnética Fm sobre o fio condutor é dada pela equação:
Fm I B I Bsen (8.1)
onde I é a corrente que percorre o fio; é o vetor cujo módulo é o comprimen-
to do fio; B é o campo magnético; e θ é o ângulo formado entre o fio e o campo
magnético.
O campo magnético B pode ser determinado por meio da lei de Ampère,
que é o equivalente da lei de Gauss para o magnetismo. A lei de Ampère rela-
ciona o campo magnético ao longo de uma curva fechada com o fluxo de cor-
rente englobado pela curva, ou seja:
B d
C
I 0 c (8.2)
0 I 2
Fm (8.4)
2 r
0 I n I
B 2 n1 0 1 (8.5)
2 r r
Fm n 2 I 1 B (8.6)
2
Tmag 2 F n2 I 1 B 2
2
0 1 2 n1 n 2 I 2
(8.7)
r
Tmec m g d (8.8)
1 2 n1 n 2 I 2
m g d 0
r
0 1 2 n1 n 2 2
d I (8.9)
m g r
• Amperímetro;
• Balança de Ampère;
• Balança semi-analítica;
• Bússola;
• Editor gráfico Origin;
• Fonte de tensão contínua regulável;
• Peso;
• Resistor.
Figura 8.2 Desenho esquemático de uma balança de Ampère (acima) e uma fotografia
do equipamento utilizado neste experimento (abaixo).
Tabela 8.1 Valores da massa e das características da balança de Ampère utilizada neste
experimento.
Grandeza Valor
A partir dos dados contidos na Tabela 8.2, foi possível construir um gráfi-
co da distância d (m) em função do quadrado da corrente elétrica (A2), como
se pode observar abaixo.
(0,133 0,003)
0 (15,10 10 2 0,05 10 2 ) (17,60 10 2 0,05 10 2 ) 20 50
(4,53 10 4 0,01 10 4 ) 9,81 (1,70 10 2 0,05 10 2 )
0 (1,20 10 6 0,08 10 6 )T m A (8.10)
A partir dos dados contidos na Tabela 8.3, foi possível construir o gráfico
da Distância d (m) versus o quadrado da corrente elétrica (A2), como se pode
observar a seguir.
(0,138 0,003)
0 (15,10 10 2 0,05 10 2 ) (17,60 10 2 0,05 10 2 ) 20 50
(4,53 10 4 0,01 10 4 ) 9,81 (1,70 10 2 0,05 10 2 )
0 (1,24 10 6 0,08 10 6 )T m A (8.11)
1ª Medição (μT m/A) 2ª Medição (μT m/A) Valor médio (μT m/A)
9.1. OBJETIVO
9.2. INTRODUÇÃO
Área
V DC (9.2)
T
Além do valor de pico (Vp), têm-se o valor pico a pico (Vpp), corresponden-
te à variação máxima entre o ciclo positivo e o ciclo negativo, e o valor eficaz
(Vef), equivalente a uma tensão contínua que aplicada a um elemento resistivo
dissipa a mesma potência que a tensão alternada em questão. As equações para
Vpp e Vef estão transcritas abaixo.
V pp 2 V p (9.4)
Vp V pp
Vef ou Vef (9.5)
2 2 2
V
V DC p V
pp (Volts div ) n.ºde.divisões(div ) (9.6)
9.4.1. EXPERIMENTO I
Após medir os valores de tensão pelo osciloscópio, foi possível não só com-
pará-los com os valores indicados pela fonte, mas também calcular a diferença
percentual entre eles. A Tabela 9.2 apresenta um resumo dessas informações.
Tabela 9.2 Comparação entre os valores de tensão indicados pela fonte e medidos
pelo osciloscópio.
9.4.2. Experimento II
Tabela 9.3 Valores da freqüência (Hz) produzida pelo gerador de sinais e dos períodos (s)
e das freqüências (Hz) medidas pelo osciloscópio para onda senoidal.
Tabela 9.4 Valores da freqüência (Hz) produzida pelo gerador de sinais e dos períodos (s)
e das freqüências (Hz) medidas pelo osciloscópio para onda quadrada.
Tabela 9.5 Valores da freqüência (Hz) produzida pelo gerador de sinais e dos períodos (s)
e das freqüências (Hz) medidas pelo osciloscópio para onda triangular.
Tabela 9.6 Valores da tensão (V) medidos pelo voltímetro e valores de pico, Vp, (V),
valores pico a pico, Vpp, (V) e valores efetivos, Vef, (V), medidos pelo osci-
loscópio no experimento III.
Tabela 9.7 Comparação entre os valores efetivos (V) medidos pelo voltímetro e pelo
osciloscópio.
Questões
a) T e f
T 6,5 10 3 0,5 10 3 6,0 10 3 s (9.8)
1 1
f 166,7Hz (9.9)
T 6,0 10 3
V p 10V (9.10)
V pp 2 V p 2 10 20V (9.11)
V p 10
V
ef 7,1V (9.12)
2 2
c) A equação v(t)
5 10 sen(333, 4 0 )
1
sen 30º rad (9.14)
2 6
A equação v(t) é:
v(t ) 10 sen 333, 4 t (9.15)
6
d) v(t) para t = 15 ms e t = 22 ms
Para t = 15 ms:
v(15 10 3 ) 10 sen 333, 4 15 10 3 5V (9.16)
6
Para t = 22 ms:
v(22 10 3 ) 10 sen 333, 4 22 10 3 10V (9.17)
6
e) VDC
V p 10
V
DC V
ef 7,1V (9.18)
2 2
1 1
f 333,3Hz (9.20)
T 3,0 10 3
Área 9 2,0 10 3
V DC 6V (9.21)
T 3,0 10 3
dos obtidos estão contidos na Tabela 9.7, na qual se verifica uma diferença
percentual média de, aproximadamente, 2,52%.
Tratou-se neste capítulo, como foi exposto já no início deste texto, da ope-
ração e correto manuseio de um osciloscópio. Em todos os experimentos reali-
zados, utilizou-se esse aparelho para realizar diversas funções, como, por exem-
plo, a medição de tensões contínua e alternada, e a determinação do período e
da freqüência de uma tensão periódica. Desse modo, fica evidente a importân-
cia do correto manuseio desse instrumento para possibilitar a obtenção de re-
sultados satisfatórios.
10.1. OBJETIVO
10.2. INTRODUÇÃO
Além do valor de pico (Vp), têm-se o valor pico a pico (Vpp), corresponden-
te à variação máxima entre o ciclo positivo e o ciclo negativo, e o valor eficaz
(Vef), equivalente a uma tensão contínua que aplicada a um elemento resistivo
dissipa a mesma potência que a tensão alternada em questão. As equações para
Vpp e Vef estão transcritas a seguir.
V pp 2 V p (10.2)
Vp V pp
Vef ou Vef (10.3)
2 2 2
Todo circuito alimentado por uma fonte de tensão alternada (em regime
AC) oferece uma oposição à passagem de corrente elétrica denominada impe-
dância (Z), cuja unidade é o ohm (Ω). Quando no circuito houver elementos
reativos, a corrente estará defasada em relação à tensão, sendo necessária, para
estes casos, a construção de um diagrama vetorial ou fasorial das grandezas do
circuito, para sua completa análise.
Considerando-se um circuito composto por um capacitor associado em
série a um resistor, denominado circuito RC-Série, a corrente elétrica é a mes-
ma em todos os componentes, sendo que, no resistor, a corrente e a tensão
estão em fase, e, no capacitor, a corrente está adiantada em 2 radianos. O
diagrama vetorial referente a este circuito pode ser visto na Figura 10.1.
VCef
Vef
V 2 2
V Ref VCef
2
(10.4)
ef
Z 2 R 2 X C2 Z R 2 X C2 (10.5)
1 1
XC (10.6)
C 2 f C
XC X
sen arcsen C (10.7)
Z Z
R R
cos arccos (10.8)
Z Z
XC X
tg arctg C (10.9)
R R
2a 2a
sen arcsen (10.10)
2b 2b
) I máx sen( t )
I (t (10.12)
(t ) V R máx sen( t )
V R (10.13)
(t ) VC máx sen t
VC (10.14)
2
• Capacitor;
• Gerador de sinais;
• Ohmímetro;
• Osciloscópio;
• Resistor;
• Voltímetro.
Tabela 10.1 Valores da tensão pico a pico (Vpp) e da tensão eficaz (Vef) do resistor e do
capacitor em diferentes freqüências.
Resistor Capacitor
Freqüência (Hz)
VRpp (V) VRef (V) VCpp (V) VCef (V)
100 2,15 0,78 10,50 3,71
1 1
XC
2 f C 2 400 (10 10 9 1 10 9 )
(40 10 3 4 10 3 ) (10.15)
Cálculo da impedância:
(52 10 3 3 10 3 ) (10.16)
Vef 4
I ef (77 10 6 4 10 6 )A (10.17)
Z (52 10 3 10 3 )
3
VC ef X C I ef (40 10 3 4 10 3 ) (77 10 6 4 10 6 )
(3,1 0,5)V (10.19)
A partir dos valores contidos na Tabela 10.3, foi possível construir um grá-
fico da defasagem (Δθ) em função da freqüência, como se pode observar na
Figura 10.5 a seguir.
Figura 10.5 Gráfico da Defasagem (º) em função da freqüência (Hz) do circuito RC-
-Série utilizado.
X (40 10 3 4 10 3 )
arcsen C
arcsen (50 7)º (10.20)
Z (52 10 3 3 10 3 )
θ=(50±7)º
11.1. OBJETIVO
11.2. INTRODUÇÃO
Além do valor de pico (Vp), têm-se o valor pico a pico (Vpp), corresponden-
te à variação máxima entre o semiciclo positivo e o semiciclo negativo, e o
valor eficaz (Vef), equivalente a uma tensão contínua que aplicada a um ele-
mento resistivo dissipa a mesma potência que a tensão alternada em questão.
As equações para Vpp e Vef estão transcritas abaixo.
V pp 2 V p (11.2)
Vp V pp
Vef ou Vef (11.3)
2 2 2
Todo circuito alimentado por uma fonte de tensão alternada (em regime
AC) oferece uma oposição à passagem de corrente elétrica denominada impe-
dância (Z), cuja unidade é o ohm (Ω). Considerando-se um circuito formado
por um capacitor, um indutor e um resistor, ligados em série, denominado
circuito RLC-Série, a impedância total do circuito é dada pela seguinte equação
matemática:
Z R 2 (X L X C )2 (11.4)
X L L 2 f L (11.5)
1 1
XC (11.6)
C 2 f C
1 1
L 2 f
L
C 2 f C
1
f0
2 L C (11.7)
Vr = RI
Vmáx
V máx
2
F
F1 F2
x( f 1 )
x( f 2 )
x1 x 2 f1 , f 2
R (11.8)
V V V I ress
I (11.9)
Z R2 R2 2 R2 2
Quanto mais estreita a largura da banda, diz-se que o circuito é mais sele-
tivo. Isso significa que o circuito é capaz de distinguir com pequeno intervalo
de variação uma freqüência determinada.
O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e a corrente do circuito, e pode ser
determinado utilizando-se a seguinte relação trigonométrica:
X L XC X XC
tan
arctan L (11.10)
R R
2a 2a
sen arcsen (11.11)
2b 2b
• Amperímetro;
• Capacitor;
• Gerador de sinais;
• Indutor;
• Ohmímetro;
• Osciloscópio;
• Resistor;
• Voltímetro.
Tabela 11.1 Valores da tensão pico a pico (VRpp) e da tensão eficaz (VRef) no resistor,
da corrente eficaz (Ief) do circuito e da impedância total (Z), em diferentes
freqüências.
Freqüência
VRpp (V) VRef (V) Ief (mA) Z (Ω)
(kHz)
2 1,40±0,01 0,494±0,005 0,350±0,003 7900±800
4 2,86±0,03 1,01±0,01 0,670±0,005 3900±400
6 2,94±0,03 1,04±0,01 0,690±0,006 2500±300
continuação
Freqüência
VRpp (V) VRef (V) Ief (mA) Z (Ω)
(kHz)
8 6,11±0,06 2,16±0,02 1,40±0,01 1800±200
10 7,74±0,08 2,74±0,03 1,75±0,01 1400±200
12 8,94±0,08 3,16±0,03 2,01±0,02 1100±100
14 9,36±0,08 3,31±0,03 2,09±0,02 1030±50
16 10,2±0,1 3,62±0,04 2,15±0,02 993±3
18 10,7±0,1 3,77±0,04 2,00±0,02 1020±50
20 10,5±0,1 3,71±0,04 1,62±0,01 1090±80
22 9,9±0,1 3,51±0,04 1,07±0,01 1200±100
24 9,19±0,08 3,25±0,03 0,540±0,004 1300±100
26 8,43±0,08 2,98±0,03 0,130±0,001 1400±200
28 7,67±0,08 2,71±0,03 0,060±0,001 1600±200
30 7,01±0,06 2,48±0,02 0,040±0,001 1800±200
40 6,39±0,06 2,26±0,02 0,020±0,001 2300±300
Freqüência Diferença
2a 2b Δθ Método 1 (º) Δθ Método 2 (º)
(kHz) Percentual (%)
2 5,3 5,4 82,77 78,96 4,83
4 5,2 5,4 75,08 74,36 0,97
6 5,0 5,4 66,42 67,81 2,05
8 4,5 5,4 56,26 56,44 0,32
10 3,8 5,4 44,13 44,72 1,32
12 2,7 5,4 29,96 30,00 0,13
14 1,5 5,4 14,52 16,13 9,98
16 0,1 5,4 0,61 1,06 42,45
18 1,2 5,4 13,96 12,84 8,72
20 2,1 5,4 24,89 22,89 8,74
22 2,8 5,4 33,56 31,23 7,46
24 3,3 5,4 40,39 37,67 7,22
26 3,7 5,4 45,81 43,25 5,92
28 4,1 5,4 50,18 49,40 1,58
30 4,4 5,4 53,75 54,57 1,50
40 5,0 5,5 64,85 65,38 0,82
Método 1 Método 2
Diferença percentual (%)
(2a = 0) (Hz) (Equação 11.7) (Hz)
16.350 15.915 2,73
A partir dos valores contidos nas Tabelas 11.1 e 11.2, foi possível construir
os gráficos da corrente elétrica efetiva (Ief) em função da freqüência, da defasa-
gem (Δθ) versus a freqüência e da impedância (Z) também em função da fre-
qüência. Os referidos gráficos são apresentados a seguir.
Figura 11.4 Gráfico da Corrente elétrica (A) em função da Freqüência (Hz) referente
ao circuito RLC-Série.
I máx 0,00215
I 0,0015A (11.12)
2 2
f 0 16000Hz (11.13)
f 1 9000Hz (11.14)
f 2 20500Hz (11.15)
Acadêmica
apresentado ao leitor o manuseio de instrumentos de medidas elétricas, o procedimento
Daniel Lucas Zago Caetano
de montagem e a análise de circuitos elétricos (RC, RL e RLC), entre outros temas. Con-
Guilherme Volpe Bossa
Cultura
comitantemente à descrição de cada experimento, há uma exposição da teoria envolvida
e uma breve discussão, em termos dos tópicos relacionados, dos resultados obtidos ex-
perimentalmente.
Antonio Bento de Oliveira Junior possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto
de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho. Por dois anos, atuou como monitor do laboratório de Física do Centro Inte-
grado de Ciência e Cultura (CICC). Tem experiência na área de Biofísica Molecular Computa-
cional, com ênfase no estudo do processo de enovelamento de proteínas.
Daniel Lucas Zago Caetano possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto de Bio-
ciências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-
quita Filho. Atua na área de Biofísica Molecular Computacional, com ênfase no estudo da
interação entre polianfóteros fracos e macroíons cilíndricos opostamente carregados.
Guilherme Volpe Bossa possui Bacharelado em Física Biológica pelo Instituto de Biociên-
cias, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho. Atua na área de Biofísica Molecular Teórica, desenvolvendo modelos aplicados à ca-
racterização de propriedades físico-químicas e dielétricas de aminoácidos e oligopeptídeos.
ISBN 978-85-7983-248-2
9 788579 832482