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Efeitos orgânicos e morais da prática do Seiðr e do Galdr

Por Grimmwotan

15 de Fevereiro de 2016 da era vulgar


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Índice

Capa..........................................................................................página 01

Introdução.................................................................................página 03

As divisões da Alma e os pontos de contato com o Corpo..........página 04

Estudando os efeitos do Galdr e do Seiðr...................................página 08

Conclusão..................................................................................página 19

Bibliografia................................................................................página 20
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Introdução
Em meio ao Caminho do Norte, é muito comum encontrar termos e citações que dão clara
margem para o entendimento que os ancestrais de todos que estão ligados à tradição
germânica e nórdica, tinham pleno conhecimento do que se denomina de divisões da alma, e
uma completa forma de expressão sobre a mesma, muito disso sob forma de tradição oral, e
uma grande parte disto que se perdeu, tanto e principalmente pela cristianização dos povos
escandinavos e germânicos, a força e com destruição de locais de culto, morte de pessoas que
resistiram à aculturação e diversas formas ofensivas de estímulo à perda das raízes ancestrais.
No entanto, mesmo tendo estas nomenclaturas, ainda sim faz-se necessário que uma forma de
denominação específica, que leve em consideração conselhos e orientações formais, morais e
éticos, os quais se fundam com as derivações do örlog ou com o que advém do örlog, e que
possam aludir ao que se passa no corpo e na alma, ou do corpo para a alma e vice-versa, de tal
forma que uma estratificação tanto filosófica quanto metafísica possa expressar em termos
práticos, lógicos e palpáveis os vínculos simbólicos, e inclusive somáticos, dos atos humanos
como forma geradora de efeitos nas divisões da alma, e das divisões da alma sobre o corpo
humano e sobre os atos humanos, passando por pontos de contato entre um e outro, e
delimitando uma linguagem clara e precisa, que tanja de si o universalismo ou o sincretismo,
mas que atraia para si a clareza e a possibilidade de pensar, refletir, confrontar e desenvolver
mais métodos e aplicações, dentro do caminho do norte.
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As divisões da Alma e os pontos de contato com o Corpo


Em trabalho anterior, onde foi abordada uma forma útil de estimular a vitalidade no
organismo humano, levando em consideração uma linguagem puramente voltada para as
tradições germânicas e nórdicas, abordando a origem do ser humano nos três presentes dos
três Aesires primordiais Ve/Lodur, Vili/Hoenir e Odin/Wotan, o “...örindi...” (respiração) foi
apresentado levando em consideração alguns vetores diretos e úteis, os quais são:

 Vínculos diretos de Ask e Embla, os primeiros humanos que nasceram de duas árvores,
com o conceito direto do vínculo ancestral das árvores com a humanidade vinculada
aos Aesires;
 O entendimento de que estes vínculos diretos ressoam até o presente momento, pois
é passível de ser visto os sistemas linfático e sanguíneo, como expressão direta dos
canais por onde a seiva flui nas árvores, estando as folhas para os pulmões e os pontos
de formação das flores e dos frutos, claramente, para os órgãos sexuais humanos;
 A percepção direta de pontos do corpo humano que, claramente estão ligados senão
aos “...Três Presentes...”, de forma direta, a pelo menos dois deles fica evidente que
estão. Estes pontos no corpo humano são:
a) O Sistema Cardiopulmonar para o “...Önd...”;
b) A Cabeça para “...Ödr...”;
c) O Plexo Solar e a Medula Óssea para o “...Lá...”;

As características acima referidas, não tendo sido extraídas a esmo, foram fruto de observação
direta da Edda e da Völuspa, onde é citado o nascimento da humanidade, assim como na
descrição do Ragnarök, assim como no Fjölsvinnsmál, acerca do bosque de Hoddmímis, o qual
fica no meio exato do Universo, onde está a Mimameid e a Mimisbrunnr, e onde Lif e
Lifthauser, os humanos que sobreviverão ao Ragnarök se abrigarão, pois nem fogo, nem gelo e
nem ferro podem destruir o que ali está, e os frutos e a seiva de Mimameid sustentarão a
ambos, e a água da fonte de Mimir, da qual Odin bebeu para obter conhecimento, é o sustento
da referida Árvore de Mimir, Mimameid.

Levando-se em consideração os detalhes acima mencionados, chega-se a conclusão que a


alusão vinculante dos “...Três Presentes...”, da simbologia da árvore e do örlog vinculante dos
corpos sutis, ou seja, da divisão da alma, vinculados a pontos de contato com o corpo físico,
podem ser deduzidos de forma a respeitar estritamente o caminho nórdico, dando vazão a
possibilidade de reflexão sobre os efeitos dos abusos ou do uso harmonioso, de tal forma que
se possa vislumbrar bastante da ação do örlog a isto ligado, ou que se possa prever qual o
örlog que pode advir em futuro próximo ou não, de atos que interajam com os pontos de
intersecção que se pleiteia estudar ou apresentar.

Assim sendo, vejamos então minimamente qual a estrutura de apresentação dos pontos de
contato primário dos “...Três Presentes...” com o corpo e com as divisões da alma.

Önd é chamado de respiração ou vida, e lida com o termo hénsus, o qual se aparenta
diretamente com o termo Aesir ou Ansjus, pois a origem destes está no Proto Indo Europeu
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hénsus, o qual significa "...força vital...", e o mais interessante é que por ser "...breath..." e
"...life force...", ele vem com o ar "...VEðR...", o qual é similar em tudo ao termo "...VETR...",
que significa "...INVERNO...", e ambos se relacionam com o termo "...VAETR...", o qual sifnifica
"...NADA...", justamente o "...NADA..."/"...vaetr..." é exatamente o que existe dentro de
Gnnugagap "...Abismo Poderoso...".

Önd reflete o que o Vaetr é, Lá que é uma força de embate da vida e mostra a beleza e boa
aparência "...litu goða...", assim como sangue e calor, e Ödr é inspiração e criatividade,sem
mencionar o veículo de fúria e do Bersekergangr.

O önd, que forma a Hame, se acumula na altura do coração logo em frente ao pulmão, e
fortalece ou cria a alma em si mesma, fluindo em seus vínculos pelos enraizamentos, por todo
o corpo formando um entroncado processo análogo ao de "...Lá...", em cada ponto por onde
passa. Esses enraizamentos são subentendidos justamente dos canais de fluxo da seiva pelo
corpo das árvores, assim como pela rede de raízes que se espalham para colher os nutrientes
da terra, e são entendidos como formas idênticas de reflexo nas divisões da alma, como
formas de conexão entre os três presentes entre si, e entre os órgãos que recebem os
produtos finais dos mesmos, assim como nos pontos de contato ou intersecção do corpo com
as divisões da alma, e bem como dos pontos onde ocorre tanto o acúmulo para entrada nas
divisões da alma, corpo, rede de enraizamentos e bem como sobreposição dos presentes entre
si, passando por redes que estão no mesmo lugar, mas que atuam de forma diferente, por
conta da natureza tão diversa de cada um destes presentes.

Ödr se acumula claramente na cabeça, uma vez que aquele que dá o presente dos sentidos e
do pensar para a humanidade é Hoenir, chamado também de Vili (Vontade), e isso claramente
pode ser explicado pelo fato de no cérebro existirem as amígdalas cerebrais, que controlam os
impulsos de medo, raiva, sexualidade e o ponto onde não há o choque dos hemisférios
cerebrais, direito/emocional e esquerdo/lógico, havendo aí a geração dos picos de genialidade
em determinados momentos. Sem mencionar as glândulas hipófise, que controla o corpo todo,
e a pineal, que entre outras coisas controla e estabiliza o sono, no organismo.

"...Lá..." parece se acumular no plexo solar, uma vez que ali é possível que o sangue que é
produzido na medula óssea, receba dos órgãos que ai estão, as substâncias necessárias para
que o corpo aja e reaja, de forma direta, e bem como a nutrição que provém da região dos
intestinos, indiretamente.

Agora analisemos como se processaria a ação de um destes presentes, em alguém que sofre
de neurastenia de qualquer espécie, e onde o esgotamento mental gera efeitos extremamente
desagradáveis no organismo físico.

Um neurastênico sofre de um esgotamento violento do sistema nervoso, em nível tão elevado


que após os muito conhecidos processos agressivos de irromper da raiva e do azedume,
advém a fadiga e a inação prenhe de astenia física e mental.

A luz do conhecimento presente na tradição nórdica, logo de início, podemos observar um


elevado abuso, desgaste e consequente ausência de ödr, seguido de önd, assim como da
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compensação através dos excessos de uso dos efeitos de ödr, para tentar solver um problema
gerado pela gradual extinção do próprio ödr, ou seja as explosões nervosas dos neurastênicos,
e o esgotamento mental pela patologia da obsessão de qualquer espécie, erradica
paulatinamente a presença de ödr na mente do doente, gerando toda sorte de örlog nefasto
que advém da ausência deste presente no organismo, sem mencionar o mau örlog que advém
no trabalho, na escola ou em outras áreas da vida pessoal, biológica e social, do irromper
desequilibrado de ödr, ou de sua inexistência, que é acompanhada pelo paulatino abatimento
e falta de önd, em pessoas que vão se tornando mais e mais apáticas, sendo que por fim o
próprio sangue, e sua contraparte sutil, o “...lá...”, passa a ficar mais e mais fraco, e a porta
então se abre para doenças de outros tipos, aumentando o mau örlog que a própria pessoa
trouxe para si.

Por outro lado, por exemplo, um desequilíbrio de “...Lá...”, pode ser observado em pessoas
que começam a apresentar anemias consecutivas e que são diagnosticadas como
extremamente difíceis, ou em raros casos impossíveis, como é o caso da anemia “ferropriva”
que causa igualmente fadiga extrema, fraqueza, falta de ar, batimento cardíaco acelerado,
entre outros, e que pode se originar não apenas de hemorragias, podendo contudo ter origem
em parasitas ou serem geradas por “esteatorreia”, que é simplesmente a incapacidade de
absorver nutrientes no intestino, que como acima foi citado, tem vínculos com “...lá...” .
Quando este presente não está devidamente atuante em alguém, abrem-se portas para os
problema acima relatados, para outros que atuam contra os enraizamentos que diretamente
recebem “...lá...”, e bem como para a piora direta do organismo que com isto lida.

Os problemas ligados com a ossatura se vinculam diretamente com o “...lá...”, e é bem


conhecido que muitos destes problemas são hereditários, algo que é herdado com o sangue,
como é o caso da artrite reumatoide, onde as defesas do corpo passam a atacar o corpo sem
discernir entre as doenças e o próprio corpo, a fibromialgia, que afeta músculos tendões e
ligamentos, e causa dores fortes em diversas regiões do corpo, ou a osteoporose, em que a
massa dos ossos vai diminuindo paulatinamente e os ossos ficam frágeis. Nestes casos, o örlog
gerado pela família se manifestou diretamente no “...lá...” e nos vetores mais próximos do
“...lá...”, e uma correção intensa das atitudes da pessoa, totalmente voltada a uma vida de
prevenção, deve ser tomada, em resposta ao que já está em ação contra os vetores pessoais
do “...lá...”.

Problemas venéreos claramente estão associados com “...lá...”, mas seus prolongamentos vem
a afetar as mais diversas áreas tanto do corpo, quanto das divisões da alma, como é o
conhecido caso dos efeitos da sífilis, que ao se manifestar na primeira vez, afeta sobretudo a
pele com pústulas, e outros efeitos extremamente desagradáveis, e que se não for combatida
com maciça quantidade de antibióticos, na segunda vez, em seu retorno após incubar, afeta de
forma devastadora todo o organismo e principalmente o esqueleto, deformando-o, e na
terceira vez, após novo período de incubação, ataca ao cérebro, levando a loucura após causar
mutação na conformação do mesmo. Isso mostra entre outras coisas que lidam com a falta de
higiene e do amor próprio, o enraizamento da doença em todo o corpo, e a adulteração que a
mesma causa, de fora para dentro, chegando a devastar a rede de raízes de “...ödr...”, que
regem a mente.
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Problemas respiratórios claramente lidam com “...önd...”, no entanto não apenas estes, pois
os problemas cardíacos estão na alçada deste presente também, muito embora o sangue em si
seja “...lá...”, o órgão que se vincula com a tarefa árdua de o espalha no organismo é regido
por “...önd...”, e na verdade as duas redes de enraizamentos se sobrepõe aqui, como em
outros locais do organismo, atuando em conjunto, para que haja equilíbrio e saúde no mesmo.
Um doença terrível como a tuberculose, por exemplo, mostra raízes/tubérculos da doença
impedindo o pulmão de respirar, e causando dores violentas quando o pulmão tenta puxar o
ar ou exalar o mesmo, havendo um fortíssimo sangramento em razão disto, mostrando que a
doença comprometeu tanto “...lá...” quando “...önd...”, no organismo de alguém.
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Estudando os efeitos do Galdr e do Seiðr

Por outro lado, também há uma faceta muito importante que deve ser vista como objeto sério
de atenção, em nosso esforço por apreender a natureza dos “...três presentes...” no
organismo, e a ação do örlog em relação aos mesmos e a cada um de nós e de nossos corpos.

Trata-se dos efeitos desencadeados diretamente por uso daquilo que se convencionou chamar
de galdr, spae e de seiðr, ou pelo uso destes por outros termos e sem nenhum escrúpulo
quanto a si mesmo, ou quanto aos outros, que tem sido tão comum em meio às pessoas que
fazem questão de dizer que são “xamãs urbanos”, praticantes de magia sexual ou praticantes
de magia de sigilos.

Para abordar estes efeitos, faremos uma análise minuciosa, da forma como se dá o transe
Seiðr, o efeito do Galdr e do spae, e a decorrência dos mesmos, usando das citações que estão
presentes na tradição nórdica, como um exemplo disto.

Peguemos inicialmente um uso considerado útil e positivo do seiðr, ou seja, a Hrólfs saga Kraka
e o evento em que a vǫlva Heiðr se usa do seiðr para encontrar dois rapazes, Helgi e Hroarr,
em que Saxo Gramatico, apesar de sua tendência a deformar certas passagens do texto de
forma a hostilizar tanto os deuses quanto quaisquer coisas que não deem provas de que de
alguma forma se opõe aos mesmos, cita que a “...völva...”, em transe tocava algo a distância
que estava visível somente à ela, e este transe foi induzido pelo processo de uma alteração da
respiração na qual ela respirava cada vez mais profundamente e em ritmo diferenciado, o que
denota desde já uma absorção, mesmo que inconsciente, de “...önd...” em largas doses, que
insufla a “...Hame..” e leva a pessoa a estar mais vinculada aos sentidos da alma do que aos do
corpo, e dá condições de se orientar, por esta superalimentação, em direção a um motivo
fortemente estabelecido.

Este ato por si só, quando realmente realizado, demanda um estresse imenso aos nervos de
alguém, e pode vir a exaurir uma pessoa rapidamente, caso o tempo pelo qual venha a ser
usado seja prolongado. Isso nos leva a situação clara de consumação do “...ödr...” e do
exaustão da própria “...Hame...”, da própria alma, que é feita de “...önd...”, como foi acima
citada, para desencadear uma força que atraia ou rastreie alguém, e quanto maior for o
intento maior será o desgaste, o qual quando extenuante gerará seus efeitos sinistros no
organismo físico, chegando a afetar por fim o próprio “...lá...”, com o extravasamento de
sangue das veias, capilares e artérias, como é o caso de um derrame cerebral, uma doença que
por si só envolve “...lá...” e “...ödr...”, ao mesmo tempo.

As citações da tradição nórdica nos trazem referências ao conceito de “...mattr...” e de


“...meginn...”, como cita Kevedulf Gundarsson em seu “...Our Troth...”, ambos indicando força,
porém um deles é a força do corpo físico, e o outro a força da “...Hame...”, e cuja mistura pode
ocorrer, de tal forma que a força física de alguém pode ser ampliada. Para os antepassados de
todos os legítimos praticantes de Asatru, como cita Gundarsson, dificilmente a força da alma e
do corpo, era vista como estando separada, podendo uma incidir ou refletir na outra, havendo
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o império do “...ör-log...” sobre como tudo isso se dá em relação a cada um, por influência de
seus atos, dos atos de seus ancestrais e das decisões dos Gudin e das Nornes.

Na saga de Egil Skallagrimmsson, seu pai Skallagrimm em dado momento quando Egil e seu
irmão eram novos, estava treinando com os dois, os quais já em tenra idade estavam muito
fortes e o venceram, e neste momento Skallagrimm perdeu o controle de sua fylgja, e entrou
em “...Bersekergar...”, arremessou a Egil e matou seu irmão, sendo duramente repreendido
por causa disso, posteriormente.

O processo de aumento da força pessoal lida diretamente com a ampliação dos três presentes
em cada pessoa, passando pela fusão da “...fylgja...” com a “...Hame...”, o mais próximo
possível dos níveis do corpo físico, sendo que de acordo com a natureza das habilidades
pessoais de cada pessoa, de sua natureza e habilidades mentais, emocionais, físicas e
espirituais, do que ela recebeu do “...ör-log...” familiar, de seu “...ör-log...” pessoal, igualmente
será diferente a forma como suas aptidões, ao expressar sua força pessoal, virão a tona, e
inclusive de todas estas coisas derivam os vínculos de cada pessoa com seu deus ou deusa
pessoal, tudo isso claramente mantendo estreitas ligações com o “...innergard...”, e com a
busca pelo estado de “...frithr...”, o qual é a mais almejada coisa dentro do Asatru ou do
Odinismo, o estado de paz onde cada coisa está exatamente em seu devido lugar de direito, e
tudo está em harmonia plena.

Quando alguém se usa de esforços físicos, ou de sua força pessoal para desencadear a
manipulação mental, os feitiços em si, a alteração natural do “...ör-log...” de algo, ou de
alguém, que deveria ocorrer de uma determinada forma, mas que foi alterado pela vontade e
intensão de terceiros, ela incita um processo de queima de energia, que pode ser obsessivo,
até atingir a meta almejada. Ao se mexer com o “...ör-log...”, deve-se entender que seus atos
no final produzirão “...örlog...” bom ou mal para si mesmo, e que isto também se traduz nos
efeitos nefastos do desgaste da consumação de “...önd...”, “...lá...” ou ...ödr...”, em larga
escala, de seu próprio ser, para atingir este objetivo, e portanto no estado de saúde ou
debilidade, que pode advir disto.

Um ato que move grandes quantidades de pessoas, que almeja apenas um objetivo torpe, é
um ato que gerará “...ör-log...” igualmente torpe para a pessoa que assim atua, e um ato que
desgasta além do limite alguém, por mais que seja por um bom motivo, desencadeará
igualmente “...ör-log...” nefasto sobre este pessoa.

Bem entendido os claros limites de cada pessoa, e descontando-se a habilidade e resistência


naturais, que são a medida da diferença de tempo, em geral, até que algo ocorra como
resposta direta às atitudes de alguém, observemos abusando de análise e de lógica, o uso do
Seiðr, do Spae e do Galdr, e de suas variantes mais recentes, as quais paridas sem saber de
seus pais e sem dar o merecido reconhecimento aos mesmos, e antes ainda do que isso, sem
serem dignas dos mesmos.

Se analisarmos pelos vínculos simbólicos, como acima foi definido, entre Ask, Embla e
Mimameid e a humanidade, nós poderemos perceber que a um posicionamento até mesmo
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sobreposto das diversas partes das Árvores e de seu simbolismo, com o organismo humano, e
isso é muito interessante.

Pegando por exemplo os vínculos dos enraizamentos, combinados com os “...três


presentes...”, podemos supor uma situação onde é possível citar aos três presentes como,
simplesmente, nossos sentidos, nosso sangue e herança e nossa mente, o que já é suficiente
para definir regras morais, higiênicas e disciplinares rígidas para instigar o crescimento e o
desenvolvimento humanos em direção a um conceito superior. Porém, também é possível
entender a estes “...três presentes...” como ondas de modificação, por assim dizer, que ou
realmente reformularam Ask e Embla para gerar a humanidade, ou que pegaram uma
humanidade que em verdade “...vegetava em vida...”, sendo originalmente torpe, tola e sem
noção de si mesma, e que foi moldada para ser similar de diversas formas aos Godin
primordiais, recebendo essa força dos mesmos, até o presente momento.

A primeira e a segunda opção, também levam em consideração a posterior exaltação da obra


original dos “...Aesires Primordiais...”, que foi aprimorada por “...Rigr...”, que melhorou a
humanidade conforme as aptidões pessoas de cada um – mais uma vez – levando a geração
das três castas, como está estipulado no “...Rigsthulla...”. Poderíamos dizer que
“...Rigr/Heimdall”..., veio para dar o direcionamento e a melhoria, e como afirma a
“...Norroena Society”..., para dar inclusive os códigos da civilização para a humanidade.

Assim, retornando ao foco principal deste tema, se nós posicionarmos o ser humano e o
compararmos com Ask, Embla e mesmo com Mimameid, veremos que os canais da seiva, as
raízes e o sistema sanguíneo e linfático, são similares em diversos sentidos, da mesma forma
que podemos considerar os órgãos reprodutivos de uma árvore, como a Mimameid, que é
similar a árvore do Maple, mas que ainda sim possuí frutos, os quais são representados pela
runa “...Peorð...”, lembrando sempre das virtudes desencadeadas no organismo, pela
consumação do fruto dourado da dourada árvore de Mimir, e que sua seiva sustentará e dará
vida a Lif e Lifthauser, no Ragnarök, e assim posicionarmos simbólica e analiticamente estes
órgãos reprodutivos com os órgãos reprodutivos humanos, poderemos tecer perspectivas
interessantes, em diversos sentidos.

Agora, peguemos a situação do estresse gerado pela prática contínua do “...Seiðr...”, com fins
puramente destrutivos, por vingança, egoísmo, ou quaisquer um dos nove vícios que foram
atribuídos pela Norroena Society a Gullveig, no decorrer do tempo a mente, o corpo e as
divisões da alma de qualquer pessoa, homem ou mulher, que se use disto nestas condições,
entrará primeiro em processo obsessivo, e em seguida em decadência mental, emocional e
física, produzindo no final apenas um arremedo de ser humano.

Um exemplo disto, está nos modernos praticantes de magia de sigilos ou de magia sexual, eles
não veem que os sigilos que fizeram estão boiando em suas mentes, em suas emoções, em
suas psiques vivendo das emoções que foram usadas para gera-los, dos pensamentos que
foram gerados para criar o chamado sigilo, e são literalmente obsediados pelas sombras
psicológicas disto, que vão pouco a pouco influenciando todos os seus atos com a finalidade de
leva-los a se tornarem joguetes e marionetes dos sigilos criados.
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O caso dos que praticam magia sexual é um tantinho pior, na medida em que eles
originalmente dizem estar fazendo rituais de magia no intuito de trazer deuses ou seres, o
mais comum nos dias atuais é a invocação de poderes do Chaos, de diversos panteões,
inclusive misturando estes panteões, para adentrar nas trevas e submergir o mundo no Chaos,
pois acusam a ordem de tirania. Um caso clássico disto pertence aos praticantes de magia
thelemica vinculada ao estilo de Kenneth Grant, com toques de uso do Necronomicon, onde o
nome dos deuses que se opõe aos antigos foi substituído pelos nomes dos Aesires e onde Odin
é chamado de “...O Demiurgo...”, que recebeu modernamente o nome de “...Thursatru...”.

A questão a se abordar aqui, simplesmente lida com os fatores sabedoria e ciência, pois se ao
menos tiverem tido o cuidado de estudar aquilo que estão se propondo a fazer, poderíamos
dizer que pelo menos não são tolos inconsequentes, são apenas extremistas que declararam
guerra contra os Aesires e contra o Asatru, e nisso está incluso o Odinismo, o qual é a fonte
original da única coisa pura que vem a se usar para confrontar justamente aquilo que tanto
odeiam, e que embora digam que não querem erradicar cada coisa e ser existente a sua volta,
seus filhos inclusos nisso, é exatamente o que estão tentando fazer.

Estes grupos, e há outra vertente chamada de Rokkör, que supostamente apenas adora aos
Jotun e Thursar, não necessariamente visando à destruição completa de tudo e de todos, mas
que seguindo o mesmo exemplo do Thursatru, funde o taro a cada um dos Thursar e Jotnar
abordados, claramente sendo universalista, o que já descaracteriza o esforço em prol do
caminho nórdico.

Apenas a título de conhecimento, será que por acaso qualquer um desses casos se esqueceu
do aviso que está presente nos poemas rúnicos em nórdico antigo, anglo-saxão, islandês
antigo, sobre a runa “...Thurs...”:

Þurs vældr kvinna kvillu; Þurs er kvenna kvöl ok kletta búi ok varðrúnar verr. Saturnus þengill.
Ðorn byþ ðearle scearp; ðegna gehwylcum anfeng ys yfyl, ungemetum reþe manna
gehwelcum, ðe him mid resteð.

Þurs (Gigante) provoca angústia nas mulheres, o infortúnio faz poucos homens se alegrarem.
Þurs (Gigante) é o torturador de mulheres o morador do penhasco o marido de uma giganta
E o þengill (servo) de Saturno. O espinho é extremamente afiado, uma coisa má para qualquer
cavaleiro tocar, particularmente, severo com todos os que se sentam entre eles.

E há outros que não praticam em nome, e sob suposta autoridade germânica ou nórdica, mas
que em verdade, se usam de práticas que são claramente vinculadas ao “...seiðr...”, e ao qual
sequer foi dado crédito, pela total perda das raízes europeias, dos que assim procederam,
como foi o caso clássico de Aleister Crowley, que além de usar do transe sexual para seus fins
ritualísticos, abusando da vida das mulheres que eram suas parceiras em rituais sexuais,
levando muitas delas a loucura, como foi o caso de Rose Kelli que ditou o Liber Legis para
Crowley, com exceção realmente de Leila Wadell, que jamais se curvou a ele, e por isto não
decaiu completamente, ou de outra forma e com menos ênfase destrutiva para as mulheres
que participaram, do que a sociedade Vrill chegou a fazer.
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Aqui poderíamos abrir aspas, por assim dizer, para a pergunta que não quer calar, ou seja:
“Qual o motivo de se citar pessoas, e estilos de religião ou de magia, que não estão,
aparentemente, ligadas ao Asatru ou ao Odinismo, se o propósito deste estudo é uma
apresentação puramente ligada a tradição nórdica e germânica?”

A resposta para isso está no mais simples e elementar dos fatores, e que já foi suavemente
citado acima, e este fator é o do ato paulatino, e as vezes aberrante, de surrupiar e usar estilos
e formas de ser que tem origem na tradição nórdica e germânica, afirmando que as fontes em
nada tem em comum com as mesmas, ou afirmando que estas fontes são de origem
germânica, mas adulterando dados sobre a mesma, ou ainda afirmando que a tradição
germânica tem origem em hoarx, em geral, que apontam diretamente, indiretamente,
suavemente ou de forma gritante para o monoteísmo.

Como exemplo para o que foi citado acima, deixo ao leitor as seguintes questões:

a) Por que, no tarochini, que em se tratando de uma invenção italiana deriva em muito dos
boêmios, foi usado o termo “...As...”, para expressar as raízes dos assim chamados poderes do
ar, do fogo, da água e da terra, ao invés do número 1 para cada naipe?
b) Porque Crowley, em seu trabalho de enochiano “...A visão e a voz...”, não usa o termo
“...Ortz Chaim...”, e sim “...Yggdrasil...”?
c) Por que se afirma como sendo de origem hindu, mais precisamente “...kaula marg...” e
“...dakishina marg...”, a forma de “...magia sexual...” usada por Paschal Beverly Randolph,
Kenneth Grant, Aleister Crowley, Austin Osman Spare, Pete Carroll e muitos outros, se o estilo
desencadeado por esta forma de magia, seus efeitos nefastos ou positivos, já era de
conhecimento e uso, e foi retratado por Saxo Gramatico, Snorri Sturlusson, e muitos outros,
que vieram a registrar os efeitos e um pouco da forma do transe “...Seiðr...”, inclusive que
muito do que se usa nesta modalidade de magia, tem características sexuais passivas, e que os
homens que o praticam são “...erg...”, vestindo-se inclusive como mulheres?
d) Por que, se as Sagas e a Edda estão disponível já há muitas décadas em inglês, alemão, nas
línguas escandinavas e até mesmo em francês, optou-se por fazer alusões a tudo, menos a
tradição de origem sanguínea de quase todos os ocultistas europeus, como é o berrante caso
da citação “...que Isa esteja com Asar...”, ou, “...pois quem não compreende estas runas
cometerá um grande erro...”, presentes no próprio Liber Legis que Rose Kelly ditou, palavra
por palavra, para Aleister Crowley?
d) Por que, se o Galdrabok veio a público há poucas décadas, provando que a origem da forma
do que é chamado de “...magia de sigilos...”, muito usada pelos assim chamados
“...chaoístas...”, “...thelemitas...”, magos sexuais e outros que se denominam de “...xamãs
urbanos...”, ainda há o ato tanto tolo quanto fútil de inventar outras fontes, ou de tentar
minimizar a total dependência destes que se usam do que está no Galdrabok, para não
alegarem publicamente que as fontes do que fazem são inevitavelmente de origem nórdica ou
germânica?

Assim as questões acima, que poderiam ser em número muito maior, respondem por si
mesmas os motivos de se fazer citação a pessoas que lidam com outras formas de simbolismo
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ou de práticas em geral, para fazer alusão direta aos efeitos do Seiðr e do Galdr, quer sejam
nefastos e quer sejam benéficos, até certo ponto. Este ponto em questão, trata diretamente
com as atitudes pessoais que estão ligadas a geração de bom “...ör-log...” ou de mau “...ör-
log...”, ou da luta pessoal para modificar um “...ör-log...” que venha com a pessoa.

Tudo o que foi acima descrito, serve unicamente como uma introdução para apresentar os
efeitos das práticas do Seiðr e do Galdr, e os riscos potenciais nas mesmas!

Vejamos um fato muito simples, ou seja, a acusação de Loki, no Lokasenna, contra Odin
afirmando que ele era “...erg...”, ou seja, depravado ou homossexual – este termo pode ser
usado para delimitar a perversidade, a depravação ou a homossexualidade, que em si abarca a
ambos os termos anteriores – um insulto que não é pequeno, se levarmos em consideração
que a Runestone de Saleby contém os termos “...argri konu...”, em meio a maldição que lá está
gravada, que significa “...mulher perversa...”, ou seja um termo para “...seidkhona...”, e que é
em termos práticos e clássicos a forma mais desprezível pela qual um mestre de runas
chamaria alguém, levando-se em conta que no próprio “...nidsthang...” ali usado, a pessoa que
quebrar a runestone será transformada em uma rata, ou em um infeliz, ou em um pária ou em
uma “...argri konu...”.

De fato, se alguém fosse chamado de “...erg...”, sendo que esta acusação específica é chamada
de “...niþ...”, aliás de onde se origina também o termo “...niþsþang...”, diga-se de passagem,
ela deveria clamar pelo “...holmgang...”, o qual é um combate, e se ela não o fizesse ou se
perdesse, ela seria expulsa como um covarde afeminado. Se a pessoa que acusou perdesse o
“...homlgang...”, então haveria compensação pela ofensa, e esta pessoa seria ofendida além do
que teria que pagar em termos materiais.

Snorri deixou uma citação na Ynglinga Saga, sobre a prática do “...Seiðr...”, que até o presente
momento, combinada com o que foi extraído das fontes que sobreviveram, dá uma boa
referência do que esta modalidade de magia envolve:

"Mas o uso dessa magia é acompanhado por um tão grande grau de afeminação (ergi), que os
homens eram da opinião de que não poderiam se entregar a ele, sem se envergonharem, da
forma como as seidhkhonas o ensinavam. "

Nos tempos modernos, podemos ver muito destas fórmulas de magia sexual, presentes nos
“...Trabalhos de Paris...” e no Liber C vel Aleph vel Azoth, ambos de Aleister Crowley, aliás o
último sendo chamado de “...Santuário da Gnose...”, e para que alguém que queira entender
até onde isto se estende, quebrando os códigos anagramáticos que serão vistos ali, é só
substituir “...luz...” por “...sêmen...”, e a coisa ficará ainda mais clara, em meio a esta forma de
magia “...erg...”, claramente herdada ou desencadeada pelo “...ör-log...” que acompanha ao
“...Seiðr...”, e ao solo onde o mesmo pode vir a florescer.

Haverá perguntas a partir deste ponto, que defenderão pontos de vista afirmando que a
posição dos praticantes de “...Seiðr...”, ao menos por esta linha abordada até o presente
momento, foi atacada por uma sociedade tachada de castradora e repressora, e que a
liberdade – tão clamada pelos thelemitas, e tão incompreendida pela maioria deles – de ato e
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culto deve ser respeitada de forma absoluta. Contudo, para estes e estas que esta linha de
conduta vierem a defender, deixaremos, simplesmente, como resposta uma pergunta direta:

“...São as senhoras e senhores, conhecedores dos efeitos colaterais, dos vícios ou da


morfologia, que é citada pelas tradições dos que dizem seguir caminhos ancestrais?...”

Seguramente alguém que não conhece as advertências, e não só as presentes em meio as


Sagas e a Edda, pois há claramente citações em meio ao Vedanta e outros textos antigos,
quanto ao que pode advir do uso das práticas sexuais, tanto em meio a forma de abordagem
original de cada povo e tradição, quanto em meio a salada agridoce e tóxica que mistura
tradições e conceitos, para favorecer esta ou aquela posição política, religiosa ou pessoal,
mesmo que este ato seja desprovido de cuidado, amor próprio ou inteligência.

Em meio a tradição que tanto os “...thelemitas...”, “...chaoístas...” e demais praticantes de


magia sexual, incluindo aqui os auto declarados praticantes de anarco-asatru, os praticantes
de Thursatru, os Rökatru, e outros do mesmo calibre universalista, gostam tanto de fazer uso,
ou seja o “...Tantrismo...”, há claras referências as “...Mahavidhyas...”, as quais são Deusas que
regem os chamados “...Chacras...”, sendo os mesmos pontos onde se acumula a energia vital,
“...kundalini...”, e que ao despertar cada um desses “...chacras...”, ocorre o despertar de uma
característica e de uma virtude, havendo sempre o aviso quanto ao perigo da energia vital não
seguir seu rumo até o final, e se acumular em qualquer um dos “...chacras...”, abaixo do sexto,
como sendo passível de desencadear problemas, ou na menor das hipóteses, incompletude
pessoal.

No destes pontos vitais, cujas “...raízes...” se fixam na coluna até o quinto deles, de baixo para
cima o primeiro deles é o que rege os órgãos sexuais, tendo como sua “...Mahavidhya...”
justamente a Deusa da Morte Kaly, que dá como prêmio a quem despertar kundalini
justamente a perda do medo de morrer.

Neste ponto, importante para entender o contexto completo, notemos que quando essa
energia vital desperta, ela que é a própria energia sexual, jamais cessa sua atividade,
simplesmente se acumulando mais e mais, para que possa se erguer pela coluna, e chegar até
o alto da cabeça, se isso não ocorre, e se a energia ficar presa no que é chamado de
“...Muladhara Chacra...”, ou seja o “...chacra...” dos órgãos sexuais, os chamados
“...parachacras...”, em número de sete que ficam em torno deste ponto vital, segundo o
conhecimento “...tântrico...” e “...védico...”, o acúmulo dessa energia combinada com a perda
do medo da morte, levam a pessoa a passar por um furor sexual que vai crescendo de forma
incontrolável, e que passa a dominar cada ponto da vida daquela pessoa, se tornando o centro
da vida dela. Para piorar este quadro, segundo o “...Ayurveda...”, a raiz do “...Muladhara
Chacra...”, vai até o cóccix passando em seus enraizamentos e em seu caminho, pela estrutura
nervosa dos órgãos sexuais e da região do anus, espalhando-se ali e se conectando com os sete
“...parachacras...”, de tal forma que qualquer estímulo sexual que ocorra diretamente na raiz
do “...muladhara chacra...”, e inclusive nos “...parachacras...”, desencadeia o fluxo da
vitalidade, ou seja, da “...kundalini...”, para aquele ponto específico, e amplia a sensibilidade e
a sexualidade gerada naquele local de forma geométrica, sendo que se isso ocorre
demasiadamente, durante largo espaço de tempo, os “...parachacras...” passam a ficar
excessivamente estimulados, continuamente, e se viciam na ampliação disto. As advertências
em prol de uma vida controlada em relação aos vícios e a sexualidade, sobretudo sobre a
sexualidade, advém justamente do risco da escravização perante o sexo, e o desenvolvimento
de uma sexualidade bizarra, que pode advir da acumulação de energia sexual no citado ponto
vital sexual, segundo o “...tantrismo...” e o “...vedanta...”.
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Vale lembrar, em relação a isso, o comentário de Crowley sobre o próprio Liber Legis, que
recebeu ditado por Rose Kelly, no Cairo em 1904:
“...Experimentação em nossas Abadias de Thélema e nos Colégios do Espírito Santo da O.T.O.
demonstra que remoção completa – da forma mais radical – de todas a restrições usuais à
conduta sexual...Ele não deve se envergonhar ou se amedrontar de ser homossexual,
bissexual, trissexual, ou o que quer que seja, se o é intimamente e sua própria natureza;
também não deve tentar violar sua própria verdadeira natureza por causa da “opinião
pública”, ou da moralidade medieval, ou porque o preconceito “religioso” de outros desejaria
forçá-lo a ser de outra forma...”

Isso somado a loucura da “...Teoria Qeer...”, aplicada por exemplo na Suécia na “...Escola
Eagalia...”, por parte de sua diretora Lotta Rajalin, que erradicou naquela escola do ensino das
crianças a partir de 06 anos de idade, os ternos “...hon...”, ela, e “...han...”, ele, substituindo a
ambos pelo termo “...hen...”, criado pelos homossexuais, nos deve fazer supor as risadas de
triunfo de Crowley, regadas ao som do estupro de mulheres suecas e da humilhação de
homens suecos, enquanto “...Mohamed cegado pelas asas de Ra-hoor-khuit...” desfila em
triunfo, em meio as ruas daqueles que cometeram o erro de ouvir os disparates “...erg...”, que
Crowley tanto defendeu.

E por ser a vida homossexual tão desregrada, os mesmos acabam sendo enquadrados no
chamado grupo de risco, e assim, sobretudo os bancos de sangue brasileiros, não tem suas
doações de sangue aceitas.

Após esta imensa volta por assuntos que não parecem condizer com a tradição nórdica,
embora condigam uma vez que o uso na maioria das vezes indevido, e, além disso, o uso do
que se aconselha a não fazer dentro dos avisos da Edda e das Sagas, que culmina em exemplos
clássicos e bem definidos, sobretudo dos riscos de determinados hábitos e usos, é tão inegável
quanto desejável, em nível de exemplo, e ainda por causa disso, dentro do que se
convencionou chamar de Chaos Magick, dentro do site de Phil Hine, Ed Richardson retrata
alguns dados sobre o Seiðr, exatamente no mesmo sentido que se pode esperar de algo ligado
ao Caos, e, portanto oposto ao “...Ritta...”, a Ordem, e cita aos Bersekers como se os mesmos
fossem habituados a consumir o cogumelo agárico, cogumelo psilocibina, e supondo que o
transe Berseker, com os efeitos devastadores do aumento da força pessoal de alguém, o
“...megin...”, só poderiam ser explicados pela ingestão de substâncias alucinógenas, e isso
claramente só pode advir de alguém que é acostumado a consumi-las em rituais diversos,
como é o caso do texto “A Psicologia do Hashish”, obra de Aleister Crowley – mais uma vez –
assim como o texto “Cocaína”, também de Crowley, onde ele reconhece o horror do vício e a
desgraça para corpo, mas que também tece neste texto apologias aos efeitos, e afirma ainda
que “cada homem tem o direito de destruir a própria vida, como lhe aprouver” (Aleister
Crowley, “Cocaína”). Vale ressaltar que, em meio a uma batalha, estar drogado simplesmente
o faz ser errático e incapaz de discernir entre aliados e inimigos.

Além disso, o citado Ed Richardson, Chaoista, afirma também em seu texto que os resíduos
sexuais são usados nas práticas do Seiðr, e chega a sugerir que Odin teria inventado o Seiðr,
segundo fontes que jamais fornece, ao passo em que Ian Reid afirma que “Odin é o Mago do
Caos que ousa qualquer coisa”, sendo este Ian Reid um musico e ocultista alemão, vinculado a
prática do Chaos Magick. Quanto à teoria de Ian Reid, podemos descartá-la logo de início, pois
a mesma nem merece comentários, já sobre a citação de Ed Richardson, já não há o que se
dizer, é imputado ao menos o uso da Hyoscyamus Níger, pois segundo Harrison & Svensson
(2007:79), em Fyrkat, na Dinamarca, foi encontrada a sepultura de uma Völva, e ao analisar o
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que a mesma continha em si, foi revelada a presença de beladona, que pode ser usada tanto
como afrodisíaca quanto como alucinógena, embora tenha uma alta toxidade.

E as pessoas, embora até mesmo tenham testemunhado os efeitos finais destas práticas
viciosas, da forma como são feitas, persistem em continuar a usá-las, e mesmo extrapolar o
que já foi usado e feito em meio a elas, mesmo que seja claro o mau “...ör-log...” que é
desencadeado por elas, ou o mau “...ör-log...” que elas naturalmente desencadeiam. Elas
simplesmente desconsideram.

Se analisarmos de forma simbólica, como acima foi feito, o organismo humano em


comparação as Árvores Ask e Embla, e pensarmos no fruto, enquanto vinculado aos órgãos
sexuais, e o fluxo de energia de “...lá...”, “...önd...” e “...ödr...”, que são necessários para gerar
algo como um sigilo mágico, ou um rito de ordem sexual, que recebe a vida e o sangue dos que
estão presentes, ou daquele que estiver presente, e refletirmos que esta força gerada se
alimentará, como foi acima determinado por análise, do subconsciente de alguém que por
ventura veio a gerá-la, notaremos então que o “...ör-log...” gerado por este ato estará na
mesma medida de benéfico ou maléfico, tanto para aquele que sofrer os efeitos finais do
feitiço, quanto para aquele que veio a praticar isto. E indo além, quando no uso de “...magia
sexual...”, que estará especificamente ligada ao “...Seiðr...” na tradição nórdica, a possibilidade
de se expor ao mau “...ör-log...”, advindo do que a pessoa que estiver como parceira, pode vir
a acarretar, através de doenças sexuais, por exemplo, é imensa, o mesmo se dando quanto a
contaminar alguém com alguma dessa doenças que são características de “...lá...”, isso sem
mencionar a possibilidade da pessoa sucumbir a obsessão gerada pelos feitiços, ou pelo
acúmulo dos mesmos, no decorrer do tempo, que acarretará a queda em estado miserável de
ser e comportamento, e por fim, que no estado final em que os praticantes de “...Magia
Sexual...”, praticantes de magia em geral que usam-se de drogas, praticantes de quaisquer
forma de magia, onde o comércio de efeitos mágicos ou poções é praticado, vem a se
encontrar.

Isso não significa que a “...feitiçaria...”, em tanto quanto “...Seiðr...”, é especificamente má,
embora pode vir a desencadear fortemente isso, e fomentar um péssimo “...ör-log...”, haja
vista os avisos presentes nas Sagas e na Edda, como é o caso explícito tanto do estupro que
Odin praticou contra Rind, para gerar o deus Vali, e que lhe custou a expulsão de Aesgard, e
perda de contato com todos os seus conhecidos, em um período em que foi banido, e que Ullr
assumiu o trono da Terra dos Aesires, conforme inclusive é citado por Saxo Gramatico na
Gesta Danorum, assim como no verso terceiro da Sigurðardrápa. Notemos todos que a
Norroena Society cita Freyja como “...aquela trouxe a cura...”, e Freyja é citada como tendo
vínculos diretos com o Seiðr, tendo ensinado o mesmo para os Aesir, inclusive para Odin. Isso
por si só denota uma diversificação, uma diferença, uma distinção.

Desta forma, fica bem claro que a cura, o ato de modificar uma situação maléfica em boa, algo
que também pode ser citado como sendo da alçada do “...Seiðr...”, é justificado quando não é
“...erg...”, inclusive a nível de correção, quando um ato de injustiça deve ser vingado, quando
uma doença deve ser tangida, quando um feitiço deve ser quebrado, quando algo ruim deve
ser banido. E isso porque a ética e a moral presentes nestes atos, a força moral presente nos
mesmos leva alguém, mesmo que usando de meios perigosos a evitar decair, para não
participar da reação doentia que está tentando combater.

O “...Spae...”, o trabalho da “...Völva...”, a cura propriamente dita, a visão que pode alertar
sobre o perigo ou encontrar alguém ou alguma coisa, a força que vinga de forma justa, a força
que age para curar, a força que atua em nome de um povo para trazer bonança, as artes da
cura, as artes que trazem a vida, ou seja, as artes que abrem as portas para a vida em Midgard,
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as artes que levam a proteção da família e do Clã ou Kindred, as artes que encaminham o povo
e que o corrigem, os runebinds com estes intuito, as artes que controlam os elementos
induzindo em direção ao bom “...ör-log...”, cujo produto final está alinhado com a correta e
disciplinada conduta. O uso do transe “...Seiðr...”, que venha a envolver a alteração da
respiração, o canto e todas as suas artes, com o intuito de desencadear o insuflar de “...lá...”,
“...önd...” e “...ödr...”, para corrigir uma forma de desequilíbrio que esteja causando uma
doença específica, ou que tente suavizar danos gerados por motivos diversos, podendo ou não
vir a potencializar o processo pelo entoar do canto “...Galdr...”, devidamente executado.
Estes são os trabalhos de cura de Freyja.

O poder pelo poder, o desejo sem propósito, a vantagem indevida, a depravação, a ganância, a
devassidão, o apreço sem sentido pelo sofrimento de outros, a falta de amor, o desprezo pela
vida, o desprezo pela retidão, o desprezo pela família, o desprezo pelo Kindred ou pelo Clã, os
atos de ódio, os atos levados por futilidade, a perda da inocência, a sexualização infantil, os
feitiços feitos pelo simples fato de poder fazê-los, o apreço pelo poder, o vício, a vicissitude, a
trama, a decadência moral, a decadência ética, a prostituição, a perda de autorrespeito. Estes
são os atos abomináveis que, certo ou errado, são atribuídos pela Norroena Society a Gullveig,
por tudo que veio a ser desencadeado por esta, conforme é retratado na Edda.

Após analisarmos, mesmo que de forma tão exterior os dados sobre o Seiðr, cabe agora
observarmos o Galdr, e o uso do mesmo.

Galdr se trata de uma forma de magia, que constrói frases de poder e rimas, ou que se usa da
fonética ligada a uma runa específica, podendo ou não ser construída de maneira a formar um
“...Runebind...”, uma configuração geométrica montada a partir das runas que compõe o
intento que se quer desencadear, ou um símbolo muito antigo já usado com uma finalidade
específica, que igualmente é ativado pelo canto adequado, que tem como objetivo
simplesmente gerar cura ou destruição, pelo uso das runas e da imposição de vontade de
alguém, através de fonética, a qual desejavelmente deve gerar um canto forte e adequado.
Visto por esta óptica, o “...Galdr...” pode ser usado de forma perniciosa no mesmo sentido que
o “...Seiðr...”, porém o “...Galdr...” trabalha diretamente com as runas, o que difere do
“...Seiðr...”, que não necessariamente precisa das mesma para ser ativado, e por trabalhar
diretamente com as runas fica limitado a certo fator atrelado a cada uma dessas runas, por
exemplo, se vai atacar algo ou alguém, e vai usar a runa de Tyr, por conta da possibilidade de
vitória na batalha, deve se acautelar por ter razão em meio a batalha em si, pois o efeito pode
ser contrário em todos os sentidos, se o inimigo a ser combatido tiver razão e a pessoa que o
está atacando não, pois Tyr é o senhor da Guerra, mas principalmente é o “...senhor dos
juramentos...”.

Assim sendo, o Galdrabok, que é um grimmorium medieval datado de 1.500 da era vulgar, cuja
finalidade é expurgar demônios, uma vez que o grimmorium em si é cristão, e entre os nomes
de Belzebu, Baal e Lúcifer, que ali são retratados, também são encontrados como nomes de
demônios a serem expulsos, os nomes de Odin e Freyja. Isso já depõe até certo ponto contra o
uso do mesmo, porém, a metodologia presente neste grimmorium islandês, de efetuar a
escrita de uma frase, e de modificar as runas de tal forma que apareçam com uma
configuração diferente, e a construção dos “...runebinds...”, nos leva a percepção de uma
estrutura bem específica, presente na região da Islândia, que sobreviveu ao período medieval,
e que mostra uma forma característica de uso do “...Galdr...”, que é apesar de ser usada contra
a tradição nórdica, ainda sim é uma forma sobrevivente da mesma.
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Galdr por sua característica atrelada as runas, tem alguns elementos a mais que teoricamente
ligam quem efetua esta prática com a vontade das “...Nornes...”, dos “...Aesir...” e dos
“...Vanir...”, carregando desta forma uma carga de validação no mínimo temática em si, sendo
que uma vez que vem a ser impropriamente usado como base para ritos diversos e de
características repreensíveis, atrela desde já um “...ör-log...” nefasto a quem vem a atuar desta
forma, o que acaba sendo algo automático para os que vieram a se apropriar da forma de
realização do “...Galdr...”, abertamente usando runas ou apenas usando a estrutura em si
presente no “...Galdrabok...”, como veio a ocorrer na forma de apresentação da “...magia de
sigilos...”, usada pela “...Tanateros...”, pelos “...Caoistas...” em geral, pelos thelemitas que
fazem uso disto, pelos universalistas pseudo nórdicos, e pelos demais ramos da prática de
magia sexual, que invariavelmente apelam para o jargão “...Nada é verdadeiro, tudo é
permitido...”, da “...Magia do Caos...”.
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Conclusão

Por tudo que foi acima analisado e demonstrado, fica bem claro que a prática do
conhecimento nórdico deve, obrigatoriamente passar por um ato de autoconhecimento, o
qual vise o entendimento dos limites pessoais, da apreensão legítima de sabedoria, e do
vincular dos objetivos pessoais a normas severas e condutas irrepreensíveis, uma vez que a
potencial geração de mau “...ör-log...” está sempre presente, e ao contrário da suposição
karmica de possibilidade apenas futura de prestação de contas, os efeitos benéficos ou
maléficos do uso do “...seiðr...”, do “...galdr...” e do uso do seu conhecimento em maior ou
menor quantidade, é imediata.

Cabe, portanto a cada pessoa que está se usando deste conhecimento tomar a atitude de
abdicar de seu uso, para poder salvaguardar seu comportamento pessoal, ou melhorar seu
comportamento pessoal para salvaguardar a si próprio, de tal forma que não cabe a
universalistas, e outros do mesmo calibre, decidir que podem ou não fazer uso destas formas
de conhecimento, ou quais partes delas pode ser usada a bel prazer e conforme as políticas
pessoais, ou perversidades as quais quem quer que o seja se sujeite, ou queira sujeitar.
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Bibliografia

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http://www.philhine.org.uk/writings/ess_seidr.html

Dick Harrison and Kristina Svensson, Vikingaliv (A Vida dos Vikings)

Galdrabok – PDF
http://vk.com/doc13375874_132626714?hash=e98e75f1359334eb50&dl=3f12b737e20e9fe7bd

Hrolfs saga kraka


https://www.asnc.cam.ac.uk/spokenword/on_hrolfs.php?d=tt

Sigurðardrápa
https://www.abdn.ac.uk/skaldic/m.php?p=teachversetrans&i=2143

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Lokasenna
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http://nibelungsalliance.blogspot.com.br/2011/04/voluspa.html

Svipdagsmál

https://notendur.hi.is//~eybjorn/ugm/svipdag2.html

Proto Indo Europeu

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Our Troth

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Rigsthula

http://www.4shared.com/office/i5j75iP1/O_Rgsula.html
21

The Ásatrú Edda: Sacred Lore of the North – Os Nove Vícios de Gullveig
https://books.google.com.br/books?id=kyxpnhjzUI8C&pg=PA50&lpg=PA50&dq=nine+vices+of
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Gullveigarbok
http://pt.scribd.com/doc/146792210/Vexior-Gullveigarbok-Gullveigarbok#scribd

Rokkatru
https://americanasatruassociation.wordpress.com/tag/rokkatru/

Cocaína – Aleister Crowley


http://docslide.com.br/documents/cocaina-aleister-crowley.html

Psicologia do Hashish – Aleister Crowley


http://www.luminist.org/archives/psychology_of_hashish.htm

Ynglinga Saga
http://www.sacred-texts.com/neu/heim/02ynglga.htm

Liber C vel Agape vel Azoth


http://www.cursosdemagia.com.br/liberc.pdf

Liber Legis – Comentado por Crowley


http://www.cursosdemagia.com.br/liberalcoment.pdf

AS Dez Mahavhideas
http://www.sanatansociety.org/hindu_gods_and_goddesses/mahavidya_ten_mahavidyas.htm
#.VsE2tqKGEa8

Loucura da Ideologia de Gênero


http://ipco.org.br/ipco/noticias/loucura-da-ideologia-de-genero-escola-maternal-na-suecia-
proibe-que-criancas-sejam-tratadas-como-meninos-e-meninas

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