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Essa é a pergunta quem vem assombrando famílias inteiras, e está entre os principais
tópicos nos grupos de redes sociais relacionados à inclusão. Desde o período das eleições já era
fácil perceber o viés totalmente antagônico entra as duas perspectivas acerca do modelo ideal
de educação, partindo desde os princípios ideológicos mais básicos. Todos sabíamos que o
resultado nas urnas, levaria claramente a caminhos extremamente distintos para a educação, e
é claro afetaria diretamente os processos estruturais que sustentam a inclusão de pessoas com
deficiência na escola regular.
Polêmicas políticas à parte, a decisão foi tomada, e temos agora em mães a Nova Política
de Educação Especial, anteriormente chamada de Política de Educação Inclusiva, e ao redor
dela uma série de novos questionamentos se levanta, assim como tem assustados muitos
familiares de pessoas com deficiência e principalmente de pessoas com transtorno do espectro
autista. Uma delas é a ideia da extinção da inclusão, e de um retrocesso nesse sentido. Curiosa
que sou não poderia deixar de ler o documento na íntegra, antes de manifestar opiniões ou
reproduzir afirmativas de terceiros em redes sociais. Então vamos lá.... Uma das principais
preocupações que temos visto entre pais, professores e militantes da inclusão é a ideia de que
com o novo governo e nova política nacional de educação especial pessoas com transtorno do
espectro autista perderiam direitos fundamentais, como por exemplo o de estar na escola
regular. Será que é isso mesmo? Vamos ver alguns pontos importantes a respeito;
Me entristece ver como o conceito de inclusão ainda é tão prematuro nas escolas, a
ponto de o professor ter dúvidas a este respeito... Se o aluno não tem condições d permanecer
no espaço, e se os estímulos ali lhe causam sofrimento, como permanecer ali poderia ser
considerado incluir?? No entanto, o conceito de que incluir é permanecer junto é fruto da ideia
da inclusão radical, que acaba por ser um tipo velado de capacitismo.
Uma falta que muitas vezes é jogada nos professores, já que são os profissionais que estão
na ponta da lança e expostos a esta taxa, mas também são profissionais que não podem agir
sozinhos, que dependem de um sistema que os ofereça suporte ao trabalho pedagógico.
Destaco o trecho: “No entanto, mesmo com uma perspectiva conceitual que aponte para
a organização de sistemas educacionais inclusivos, que garanta o acesso de todos os estudantes
e os apoios necessários para sua participação e aprendizagem, as políticas implementadas pelos
sistemas de ensino não alcançaram esse objetivo.”
Profissionais que perpassam diversas instituições, tem contemplado na maioria dos casos
essas fragilidades do sistema dito inclusivo, por tanto creio que a palavra chave deste
documento é “prioritariamente” ou seja a rede regular permanece sendo o espaço prioritário
para a escolarização destes indivíduos que não existem na escola apenas para socializar, mas
também para aprender, se desenvolver e ampliar potencialidades enquanto seres que não serão
eternamente crianças, mas precisam ao máximo possível, dentro de suas especificidades
desenvolver sua cidadania.