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Universidade de Brasília

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade


Departamento de Administração Tribunal de Contas do Distrito Federal

WAGNER DE OLIVEIRA RABELO

SECRETARIA DE ENGENHARIA E SERVIÇOS DE APOIO:


UMA APLICAÇÃO DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
GLOBAL

Brasília – DF
2017
WAGNER DE OLIVEIRA RABELO

SECRETARIA DE ENGENHARIA E SERVIÇOS DE APOIO:


UMA APLICAÇÃO DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
GLOBAL

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Departamento de Administração


como requisito parcial à obtenção do título de especialista em Gestão Pública.

Professor Orientador: Título, nome completo

Brasília – DF
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................11

1.1 Contextualização do Assunto...........................................................................12

1.2 Formulação do problema.................................................................................12

1.3 Objetivo Geral...................................................................................................13

1.4 Objetivos Específicos.......................................................................................13

1.5 Justificativa.......................................................................................................13

2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................15

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA...........................................................17

3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa..................................................................17

3.2 Caracterização da organização, setor ou área................................................18

3.3 População e amostra.......................................................................................18

3.4 Caracterização dos instrumentos de pesquisa................................................18

3.5 Procedimentos de coleta e de análise de dados.............................................19

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................20

5 CONCLUSÕES E RECOMEDAÇÕES................................................................22

REFERÊNCIAS...........................................................................................................23

APÊNDICES................................................................................................................24

Apêndice A – Organograma da Empresa X................................................................24

Apêndice B – Fluxograma do Processo Y..................................................................24

ANEXOS......................................................................................................................25

Anexo A – Estatuto da Empresa Z..............................................................................25

Anexo B – Regimento Interno da Empresa Z.............................................................25


3

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho analisa o posicionamento estratégico global (PEG) da Secretaria de


Engenharia e Serviços de Apoio (SESAP), considerando forças e fraquezas de seu
ambiente interno em relação às oportunidades e ameaças do ambiente externo.
Nesta introdução serão apresentados: o contexto geral da pesquisa; o problema
investigado; os objetivos gerais e específicos; e as justificativas do trabalho.

É um texto descritivo-narrativo do trabalho versando sobre o que, porque, para que e


como a pesquisa foi desenvolvida. Na introdução o tema deve ser apresentado e
esclarecido.

O aluno deve, antes de tudo, ocupar-se com o que vai ou quer dizer (os objetivos do
texto), a maneira como desenvolveu e realizou esses objetivos e não com a
“impressão” no leitor que o texto poderá causar. Além disso, deve ocupar-se não
com a “beleza”, mas com a clareza e precisão da linguagem, que possibilite um
desenvolvimento seguro dos temas e uma expressão do seu conhecimento que
possa ser compreendida pelo leitor.

É preciso observar que a introdução não é parágrafo ou parágrafos em que o aluno,


com uma linguagem “mais bela”, inicia a abordagem de um assunto ou tema. Ela é,
ao contrário, a exposição de objetivos ou temas que serão abordados e
desenvolvidos após a introdução. Além disso, ela possui funções bastante
específicas, a saber:

a) orientar o aluno, favorecendo um maior controle, domínio, segurança e


ordenação na elaboração do texto. Na introdução, o aluno fixa para si mesmo,
antes de tudo, o que irá abordar e como fará isso. Por isso, na situação em
que o aluno tiver liberdade para escolher o que irá abordar no texto, ele deve
colocar na introdução apenas os objetivos que poderão ser efetivamente
realizados;

b) introduzir o leitor ao texto, isto é, apresentar-lhe o que será abordado, orientar


sua leitura e permitir que, ao final, possa avaliar se os objetivos foram
realizados.
4

Identifique a área temática, o objeto principal da Pesquisa. Inicie colocando alguns


antecedentes do assunto/tema. Caracterize, delimite, recorte o objeto de sua futura
pesquisa.

A introdução deve ter entre quatro e seis páginas, com o seguinte conteúdo,
dividida ou não em tópicos:

1.1 Contextualização

Num curto espaço de tempo (a contar de 2004), em termos de administração


pública, foram reformadas três edificações do Tribunal, edifícios sede, anexo
(também ampliado) e garagem; bem como construído um edifício inteiro, a
biblioteca.
Nesse contexto, além da ampliação de espaços físicos, em conjunto com a
respectiva modernização, restou evidente a iniciativa de adequar a estrutura física
às necessidades dos servidores da Casa.
Em termos gerais, houve uma modernização tecnológica concomitante, inclusive
com a implantação do processo eletrônico, num esforço conjunto entre a SESAP e a
hoje chamada Divisão de Tecnologia de Informação (DTI).
O Tribunal também optou pela terceirização de serviços. Ou seja, houve a
substituição de mão-de-obra de servidores públicos por empregados (terceirizados).
Sob estes três pilares, ampliação/modernização do espaço físico, modernização
tecnológica e terceirização de serviços, pressupõe-se uma evolução administrativa
da SESAP.
Não obstante haver a sensação de que a SESAP tem acompanhado essa
evolução, diante dos esforços envidados e dos vultosos gastos envolvidos, faz-se
necessário aplicar instrumentos sistemáticos de aferição, não apenas para mensurar
sua maturidade organizacional, como também para que se identifiquem os aspectos
para os quais canalizar os esforços de aperfeiçoamento.

Nesta parte, deve ser feita a descrição contexto, bem como a exposição de como o
assunto pode ser visto e localizado a partir de um panorama geral da realidade
fática. Deixe claro para o leitor o meio nos quais o tema encontra diálogo.
5

1.2 Formulação do problema

Como se encontra a Secretaria de Engenharia e Serviços de Apoio - SESAP


estrategicamente, considerando seus ambientes internos (forças e debilidades) e
externos (oportunidades e ameaças).

A formulação do objeto da pesquisa é o momento mais importante da definição.


Trata-se da natureza do problema que serviu de base para a pesquisa. Em relação
ao tópico, os autores fazem a seguinte menção. Toda pesquisa, análise ou estudo,
tem como ponto de partida uma situação percebida como problemática, ou seja, que
causa desconforto e que, em conseqüência, exige uma explicação. Esta situação
problemática surge quando há defasagem entre a concepção ou explicação de um
fenômeno e a observação ou percepção da realidade. É desta defasagem que se
origina o objeto da pesquisa.

A pesquisa tentará resolver a discordância entre um modelo, uma teoria ou uma


explicação da realidade percebida. Um objeto de pesquisa é assim “uma
interrogação explícita em relação a um problema a ser examinado e analisado com o
fim de obter novas informações” (CONTANDRIOPOULOS et al., 1999, p. 19).

Toda pesquisa científica começa pela formulação de um problema e tem por objetivo
buscar a solução do mesmo. Assim, é apropriado enunciar o projeto de investigação
na forma de uma pergunta de partida, através da qual o investigador tenta exprimir o
mais exatamente possível o que procura saber, elucidar, compreender melhor.

Existe um meio muito simples de se assegurar de que uma pergunta é bastante


precisa: consiste em formulá-la diante de um grupo de pessoas, evitando comentá-la
ou expor o seu sentido. Cada pessoa do grupo é depois convidada a explicar como
compreendeu a pergunta. A pergunta é precisa se as interpretações convergirem e
corresponderem à intenção do seu autor.
6

1.3 Objetivo Geral

Avaliar o posicionamento estratégico global da Secretaria de Engenharia e


Serviços de Apoio - SESAP.

A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a


realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

O Objetivo Geral define o propósito da pesquisa ou seja, o foco de desenvolvimento


do trabalho: para que fazer a pesquisa? Ao mesmo tempo, o objetivo geral
“responde” a pergunta de pesquisa.

Recomenda-se que a descrição dos objetivos (geral e específicos) se inicie com


verbos que transmitam uma idéia de ação clara, por exemplo: identificar, descrever,
avaliar, diagnosticar etc. Devem ser evitados verbos que representem a idéia de
processo, como acompanhar, estudar, promover etc.

1.4 Objetivos Específicos

Avaliar a capacidade de a Secretaria de Engenharia e Serviços de Apoio –


SESAP aproveitar oportunidades e mitigar ameaças.
Identificar, de acordo com a relevância, oportunidades, ameaças, pontos fortes
e pontos fracos.

Neste item abordam-se as etapas e os focos de desenvolvimento parcial do


trabalho, definidos com o intuito de alcançar o objetivo geral (1 verbo para cada
objetivo). Os Objetivos Específicos operacionalizam o objetivo geral.

Os objetivos específicos operacionalizam o objetivo geral. Inicie a redação dos


objetivos colocando o verbo no infinitivo, por exemplo: caracterizar, buscar, aplicar,
avaliar, determinar, enumerar, explicar etc.
7

1.5 Justificativa

Por si só, qualquer iniciativa que pretenda avaliar e, se for o caso, corrigir
rumos na Administração é louvável. Em tempos de crise, e sob a ameaça de
iniciativas de corte de gastos, há que se ater a fazer o máximo com o mínimo.

Especificamente sob o que pretende o texto da Proposta de Emenda à


Constituição 254/2016, que visa criar mecanismos de controle de gastos sob o
critério parcimonioso da reposição inflacionária, comparando-se os gastos ano a
ano, sob a base do ano anterior, há que se dar diagnósticos e respostas rápidas.

Ou seja, em contraposição a um recente passado, agora há que lidar com um


longo período de limitação de gastos. Ainda mais que as despesas serão tratadas
como um todo, ou seja, despesas de pessoal rivalizando com despesas de serviços
e investimento.

Se antes sempre se tentou cortar eventuais excessos, agora é provável que


se tenha que cortar o essencial e, subsequentemente, avaliar e racionalizar todo o
investimento feito.

Assim, tornam-se inexoráveis iniciativas de avaliar objetivamente uma


organização, a fim de que se possa induzi-la a uma administração mais racional,
eficiente e efetiva.

É o que se pretende.

Neste tópico, o aluno deve procurar responder o porquê da pesquisa e para quem os
seus resultados serão úteis. Deve descrever as razões teóricas e práticas que
justificam a pesquisa, suas contribuições e potencial de influência na área de
conhecimento onde a mesma se insere. Trata-se do convencimento de que o
trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. Deve-se tomar o cuidado, na
elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja,
tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A
justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade
imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
8

Em suma, a justificativa é onde se enfatiza a importância do tema no contexto do


desenvolvimento do trabalho. É na qual se justifica os porquês da escolha do tema e
sua relevância. Diz respeito às contribuições para com a teoria e a prática.
9

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Planejamento estratégico, análise de ambientes, análise SWOT, método PEG


e extensão do método PEG.

2.1 Planejamento Estratégico

2.2 Análise de Ambientes

2.3 Análise SWOT

Embora não haja registros precisos, o desenvolvimento desse tipo de análise


deve-se a dois professores da Harvard Business School, Kenneth Andrews e Roland
Christensen (PÚBLIO, 2008).

Não se pode, contudo, deixar de mencionar as raízes militares de tal


ferramenta, ao se observar que a ideia da análise SWOT já era utilizada há mais de
três mil anos, tendo em conta um dos dizeres do estrategista militar chinês Sun Tzu
(SUN TZU, 2006): “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça suas fraquezas,
agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”. (Grifei).
10

Preliminarmente, convém ressaltar que, mesmo consideradas eventuais


limitações da análise SWOT, essa é considerada uma ferramenta de sucesso que
tem sido vastamente utilizada, sobretudo devido à sua simplicidade (SERRA,
TORRES, TORRES, 2009).

Segundo Tarapanoff (2001):

A análise levada a efeito pela técnica SWOT pode ser considerada um


componente-chave para o sucesso de uma organização. A associação entre
vantagens competitivas e pontos fortes (strengths), entre restrições e pontos
fracos (weakness) – no ambiente interno – e entre as condições favoráveis
no ambiente e oportunidades (opportunities) e entre as barreiras no
ambiente de ameaças (threats) permite à organização avaliar seu
posicionamento estratégico e fornece formação vital para o processo de
planejamento estratégico.

Convém tomar os fatores “pontos fortes”, “pontos fracos”, “oportunidades” e


“ameaças” e conceituá-los. A tabela a seguir segue propõe uma conceituação
genérica, mas que pode ser perfeitamente utilizada para o que se pretende aqui.

Fatores para análise Conceito


Pontos fortes fatos, recursos, reputação ou outros
fatores, identificados com o ambiente
interno, que podem significar uma
vantagem da organização em relação
aos concorrentes e/ou um diferencial no
cumprimento de sua missão; recursos ou
capacidades que a organização pode
usar efetivamente para alcançar seus
objetivos; competências distintivas.
Pontos Fracos são deficiências ou limitações que
podem restringir o desemprenho da
organização, identificados com o
ambiente interno.
Oportunidades são fatos ou situações do ambiente
11

externo que a organização pode vir a


explorar com sucesso.
Ameaças antíteses das oportunidades são
situações do ambiente externo com
potencial de impedir o sucesso da
organização.
Tabela. Conceitos dos fatores de uma análise SWOT
Fonte: adaptado de TARAPANOFF, 2001.

Por meio da plotagem cruzada de elementos do ambiente externo


(oportunidades e ameaças) com aqueles do ambiente interno (pontos fortes e
fracos), formam-se os quatro quadrantes da matriz SWOT, que pode ser assim
traduzidos:

Quadrante I: pontos fortes x oportunidades (pontos fortes servem para


aproveitar oportunidades, dentro de uma estratégia ofensiva);

Quadrante II: pontos fortes x ameaças (pontos fortes servem para


neutralizar/minimizar ameaças, dentro de uma estratégia defensiva);

Quadrante III: pontos fracos x oportunidades (pontos fracos


impedem/dificultam o aproveitamento de oportunidades, dentro de uma estratégia de
crescimento);

Quadrante IV: pontos fracos x ameaças (pontos fracos facilitam a ocorrência


de ameaças, dentro de uma estratégia de sobrevivência).

A figura a seguir tem a pretensão de sintetizar alguns aspectos relativos ao


modelo conceitual da matriz SWOT, sobremaneira características e estratégias:

Ambiente externo
Oportunidades Ameaças
Pontos Q. I Q. II
Fortes Estratégia Ofensiva Estratégia defensiva
12

Q. III Q. IV
Ambiente Pontos Estratégia de crescimento Estratégia de sobrevivência
Interno Fracos
Figura: modelo conceitual da matriz SWOT – características e estratégias.
Fonte: adaptado de TOSTES.

Em suma, restam pendentes as seguintes perguntas: como posso manter


meus pontos fortes?; como posso melhorar meus pontos fracos?; como posso evitar
ou me proteger das ameaças?; como posso aproveitar as oportunidades?

2.4 Método PEG

Conforme Tostes (2010), temos que:

O método [...] foi elaborado em 1990/1991 pelo consultor Claudio Porto,


sócio-diretor e fundador da Macroplan – Prospectiva, Estratégia & gestão
(www.macroplan.com.br), com sede na cidade do Rio de Janeiro [...]. à
época de sua criação, Porto deu ao método o nome de Matriz de Avaliação
Estratégica.

Segundo Tostes, Claudio Porto justifica sua criação assim:

Penso que é uma forma prática e simples de operacionalizar a avaliação


de um grupo (intersubjetiva) a respeito das interações entre as
características dos ambientes interno (forças, fraquezas) e externo
(oportunidades, ameaças) da organização ou empresa.

Todos os trabalhos que conhecia até então a respeito da Matriz Swot


apenas possibilitavam ou estimulavam insights para a análise ou formulação
de estratégias, mas não exploravam ou mapeavam as interações entre
forças, fraquezas com oportunidade, ameaças. Ou seja, só se pensava no
conjunto sem considerar interações ou avaliações específicas como, por
exemplo: (1) qual a força mais atuante ou com maior capacidade de
capturar oportunidades ou defender ameaças? (2) qual a fraqueza mais
13

prejudicial ou aquela que dificulta mais a captura de oportunidades ou


acentua mais a organização às ameaças? (3) qual a oportunidade mais
acessível? 94) qual a ameaças em relação à qual a organização está mais
exposta ou tem menor proteção?

Preliminarmente, a fim de analisar o método PEG, é importante trazer a


“questão problema”, a “hipótese”, o “objetivo geral” e os “objetivos específicos” do
trabalho de conclusão de curso supracitado:

1.3 Questão Problema


O método do PEG é valido, consistente, eficiente eficaz e efetivo como
instrumento de análise de ambientes em processos de planejamento
estratégico?

1.4 Hipótese
O método PEG é válido e consistente conceitualmente; tem potencial
analítico relevante, porque oferece aos participantes do planejamento
estratégico suporte significativo para a tomada de decisões estratégicas; é
eficiente, porque é de aplicação simples e produz informação imediata com
relativamente pouco esforço dos participantes; é eficaz, porque gera
resultado significativo; e é efetivo, porque, quando usado ao longo do
tempo, em revisões periódicas ou eventuais do plano estratégico, apoia
análises históricas, projetivas e prospectivas.

1.5 Objetivo geral


Avaliar validade, consistência, eficiência, eficácia e efetividade do
método PEG como instrumento de análise de ambientes em processos de
planejamento estratégico e gestão estratégica.

1.6 Objetivos específicos


1) Avaliar validade e consistência do método do PEG para objetivas
percepções subjetivas do grupo de participantes do planejamento
estratégico sobre a interação de forças dos ambientes externo e interno da
organização.
2) Avaliar eficiência e eficácia do método do PEG como instrumento de
análise qualitativa de forças ambientais externas (oportunidade e ameaças)
e internas (pontos fortes e pontos fracos) a partir de cálculo matemático
objetivo do PEG.
14

3) Avaliar efetividade do método PEG para acompanhar, por meio de


revisões sucessivas e periódicas da análise de ambientes, a evolução da
organização em função da estratégia adotada e das mudanças ambientais.

(...)

6.1 Resultados

Os principais resultados obtidos são: (a) formalização do método PEG e


sua extensão; (b) aprofundamento da análise SWOT; (c) confirmação da
hipótese de pesquisa; e (d) aprofundamento do conhecimento do autor.

Além do aludido TCC, também foi citado o método PEG na tese de doutorado
defendida na PUC-RJ (2011), intitulada A Contribuição da Análise Prospectiva para
a Formulação de Estratégias Múltiplas, por Andrea Belfort de Andrade Santos.

Ainda segundo TOSTES:

Na experiência empírica do autor do presente trabalho, o algoritmo


desenvolvido por Claudio Porto, aqui chamado de método PEG, objetiva a
percepção subjetiva das forças relevantes dos ambientes interno e externo
da organização e da possível interação entre elas. Ao mesmo tempo, os
resultados numéricos obtidos pela quantificação (objetivação) da correlação
entre as forças internas e externas permite análise quantitativa
(subjetivação), instrumentalizando de forma consistente e fundamenta a
tomada de decisões estratégicas.

(...)

O método PEG tem por finalidade encontrar o posicionamento


estratégico da organização a partir de análise quantitativa ponderada dos
Pontos Fortes e Pontos Fracos da organização em oposição às
Oportunidades e Ameaças do ambiente externo. O posicionamento
estratégico é evidenciado por meio de coeficiente numérico percentual,
conforme descrito a seguir.

(...)
15

Baseado na análise SWOT, o método PEG se indicia com a identificação


das forças internas (pontos fortes e pontos fracos) e externas
(oportunidades e ameaças), que são dispostas, respectivamente, nas linhas
e colunas da matriz. Para cada quadrante, há uma pergunta-chave a
respeito da relação cruzada entre as forças internas e externas, uma a uma.
A resposta se traduz numericamente, de acordo com escala de pontuação
definida. Preenchidas todas as células da matriz, calcula-se o somatório e a
densidade de cada quadrante (pontuação obtida pela pontuação máxima
possível). Encontradas as densidades dos quadrantes, calculam-se os
coeficientes ofensivo* e defensivo** da organização, que, somados,
resultam em seu posicionamento estratégico global (PEG).
(*) Coeficiente ofensivo (CO): capacidade da organização de aproveitar
oportunidades.
(**) Coeficiente defensivo (CD): capacidade da organização de
neutralizar ameaças.
Cada célula da matriz (figura 4) é preenchida com a pontuação que
melhor representa a correlação entre as respectivas forças, de acordo com
as perguntas-chave (Quadro 13) e a escala de pontuação (Quadro 14).

INSERIR AQUI A FIGURA 4 (ADAPTADA) DA PÁGINA 48 (TOSTES)


16

Quadrante
Q.1 Quanto o Ponto Forte favorece o aproveitamento da
Oportunidade?
Q.2 Quanto o Ponto Forte contribui para neutralizar a Ameaça?
Q.3 Quanto o Ponto Fraco prejudica o aproveitamento da
Oportunidade?
Q.4 Quanto o Ponto Fraco contribui para potencializar a Ameaça?
Quadro 13: Perguntas-chave para cada quadrante da matriz SWOT
Fonte: o autor

Resposta: intensidade da correlação Pontuação


Muita ou alta 2
Média 1
Pouca ou nenhuma 0
Quadro 14: Escala de pontuação para respostas ás perguntas-chave
Fonte: o autor.

Os coeficientes CO, CD e PEG são expressões percentuais que


permitem à organização avaliar seu posicionamento estratégico no
momento corrente, assim como seu desenvolvimento estratégico ao longo
do tempo. Quaisquer que sejam quantidade, qualidade e intensidade de
Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças considerados
17

relevantes no momento da análise, os coeficientes calculados expressarão


conteúdo válido e significativo. A comparação sucessiva dos coeficientes –
por exemplo, nas revisões de estratégia - é interessante instrumento de
avaliação estratégica.

Conforme tostes, “Indagado sobre o uso da escala de pontuação 0, 1 e 2


(para, respectivamente, pouca ou nenhuma interação; interação de média
intensidade; e alta interação entre as forças) e o uso de escalas ampliadas, Claudio
Porto respondeu”:

Experimentamos escalas mais ampliadas (0, 1, 2 e 3) ou (1, 2, 3 e 4) e


os resultados obtidos sempre foram muito semelhantes. Após várias
aplicações e experimentos com grupos diversos, percebi que a escala 0, 1 e
2 era a de melhor aplicação (menos imprecisões e dúvidas no julgamento
das pessoas).

Quanto à aplicação do método, temos que, após definidos os stakeholders -


representantes pessoais da unidade -, conforme item xxxx, esses serão indagados
sobre quais seriam os itens “pontos fortes”, “pontos fracos”, “oportunidades” e
“ameaças” relacionados ao órgão sob avaliação.
Cada participante é solicitado a indicar um número entre 9 e 12 itens
consolidados. Ao fim, elabora-se uma matriz SWOT com no mínimo 6 itens entre
aqueles mais votados, conforme item XXX.
Elaborada essa matriz consolidada, ela é encaminhada a cada
representante pessoal da unidade stakeholder, a fim de que sejam preenchidos cada
quadrante tendo em contas as perguntas-chave, conforme item xxx, tendo em conta
a escala de pontuação definida no item xxx.

Preenchida individualmente essa matriz consolidada, será produzida uma


única matriz totalizadora (utilizada a resposta de maior ocorrência em determinado
intervalo de dados) em ordem decrescente, pelos totais de linha e coluna. Assim
ficam evidenciados os itens mais expressivos de cada quadrante, da seguinte forma:
18

Quadrante I: pontos fortes x oportunidades (pontos fortes que mais


contribuem para o aproveitamento das oportunidades e oportunidades mais
aproveitáveis pelos pontos fortes);

Quadrante II: pontos fortes x ameaças (pontos fortes que mais contribuem
para a neutralização de ameaças e ameaças mais neutralizáveis pelos pontos
fortes);

Quadrante III: pontos fracos x oportunidades (pontos fracos que mais


contribuem para prejudicar o aproveitamento das oportunidades e oportunidades
mais prejudicadas pelos pontos fracos);

Quadrante IV: pontos fracos x ameaças (pontos fracos que mais contribuem
para potencializar as ameaças e ameaças mais potencializadas pelos pontos
fracos).

De posse da matriz totalizadora, serão calculados os coeficientes ofensivo


(CO), defensivo (CO) e o posicionamento estratégico global (PEG) da organização,
considerado os quatro quadrantes (Q.1, Q.2, Q.3 e Q.4) da matriz e as densidades
(D), da seguinte forma:

a) CO = D(Q.1) – D(Q.2);

b) CD = D(Q.3) – D(Q.4);

c) PEG = CO + CD;

Onde:

Coeficiente ofensivo (CO) é a capacidade de a empresa aproveitar as


oportunidades que o ambiente oferece.

Coeficiente defensivo (CD) é a capacidade de a empresa se defender das


ameaças que o ambiente impõe.
19

Densidade (D) é o somatório obtido no quadrante dividido pelo total máximo


possível no quadrante.

Posicionamento estratégico global (PEG) é o posicionamento frente ao


ambiente, traduzindo-se pela capacidade de aproveitar oportunidades e, ao mesmo
tempo, de se defender de ameaças, fazendo valer seus pontos fortes e superando
seus pontos fracos.

A interpretação do método PEG é traduzida na tabela abaixo:

PEG Resultado
PEG > 100% Muito favorável
100% > PEG > 20% Favor
20% > PEG > -20% Neutro *
-20% > PEG > -100% Desfavorável
-100% Muito desfavorável

(*) O autor do método, consultor Claudio Porto, designa essa faixa como
“equilíbrio”, enquanto que Tostes a denomina “neutro”, para que fosse evitada a
assunção de argumentos de suficiência e manutenção do status quo.

Conforme Tostes, em reposta à pergunta sobre como houve o


desenvolvimento dessa escala, Claudio Porto respondeu:

Esta escala surgiu de um método ‘indutivo’. Após observar os resultados


de cerca de quinze aplicações do algoritmo, percebi certa regularidade nas
distribuições estatísticas. Estabeleci a “zona neutra” (entre -20% e mais
20%) após observar pontuações das avaliações de diversas organizações
ou empresas que estavam em posição desafiante e de certo modo
equilibrada em relação ao seu ambiente externo na vida real (o cenário de
um ‘clássico de futebol’ entre duas equipes que se equivalem tecnicamente
para usar uma metáfora futebolística) concentrava-se nesta faixa.
Fenômeno idêntico para as diversas organizações que na vida real estavam
numa posição muito favorável em seu ambiente externo (geralmente
pontuações superiores a +100%) ou muito desfavorável (geralmente
20

pontuações superiores a -100%). A escala, a meu ver, tem uma precisão


equivalente à da convergência de vários julgamentos subjetivos. Ou seja, no
máximo é uma Proxy.

2.5 Extensão do método PEG

Segundo Tostes:

O método PEG recebeu extensão desenvolvida pelo autor do presente


trabalho – com contribuições de colegas -, no Senado Federal, onde foi
aplicada com sucesso por quatro vezes, em três diferentes unidades da
instituição. (Numa delas, foi aplicado duas vezes; a segunda vez, na revisão
do plano estratégico.)

A extensão do método se presta ao aprofundamento da análise SWOT,


uma vez que permite, por meio da associação de quadrantes, quantificar a
interação de cada força interna (Ponto Forte Ou Ponto Fraco) com todas as
forças externas (Oportunidades e Ameaças) ao mesmo tempo.
Inversamente, também possibilita quantificar a interação de cada força
externa (Oportunidade ou Ameaça) com todas as forças internas (Pontos
Fortes e Pontos Fracos ao mesmo tempo). Essa análise não é possível pelo
método PEG original, que usa os quadrantes singulares da matriz SWOT.

Para tal, a extensão do método aplica o princípio do método PEG original,


de cálculo de cálculo de densidade, em cada uma das forças, em
quadrantes associados dois a dois:

Pontos fortes e Pontos Fracos (associados) versus Oportunidades:

 Mede quanto os Pontos Fortes superam (ou não) os Pontos Fracos para
o aproveitamento das Oportunidades;
 Exibe quais Oportunidades são mais (e menos) aproveitáveis pela
organização, considerados simultaneamente seus Pontos Fortes e Pontos
Fracos.

Pontos fortes e Pontos Fracos (associados) versus Ameaças:


21

 Mede quanto os Pontos Fortes superam (ou não) os Pontos Fracos para
neutralização de Ameaças:
 Exibe quais Ameaças são mais (e menos) prejudiciais para a
organização, considerados simultaneamente seus Pontos Fortes e Pontos
Fracos.

Oportunidades e Ameaças (associadas) versus Pontos Fortes:

 Exibe quais os Pontos Fortes mais (e menos) atuantes, considerados


simultaneamente Oportunidades e Ameaças; ou seja, Pontos Fortes que
contribuem, ao mesmo tempo, para aproveitamento de Oportunidades e
neutralização de Ameaças.

Oportunidades e Ameaças (associadas) versus Pontos Fracos:

 Exibe quais os Pontos Fracos mais (e menos) prejudiciais, consideradas


simultaneamente Oportunidade e Ameaças; ou seja, Pontos Fracos que, ao
mesmo tempo, prejudicam o aproveitamento de Oportunidades e
potencializam Ameaças.

Para análise das densidades dos quadrantes e dos coeficientes CO, CD e


PEG, o método desenvolvido por Claudio Porto é eficiente e eficaz.
Entretanto, a análise relativa a e singular das forças e seus impactos
cruzados é mais rica e aprofundada pela extensão do método, com seus
quadrantes associados.
22

INSERIR AQUI QUADRO 25 DEVIDAMENTE AJUSTADO


(PÁGINA 67)

(...)
23

A rotina para cálculo do Índice de aproveitamento de Oportunidade (IAprOp)


(...) é a seguinte: para cada Oportunidade, em cada um dos quadrantes,
calcula-se o Somatório máximo (possível) (∑máx), multiplicando-se,
respectivamente, o número de Pontos fortes (ou Pontos Fracos) pela
Pontuação máxima (possível), “2” (...). Em seguida, para cada
Oportunidade, calcula-se o Somatório obtido (∑obt), simplesmente,
somando-se, na coluna respectiva, as pontuações relativas a cada Ponto
Forte (ou Ponto Fraco). Calcula-se a densidade de cada Oportunidade em
cada um dos quadrantes associados [Dop(PFo) e Dop(PFR)] dividindo-se,
respectivamente, o ∑obt pelo ∑máx. Finalmente, calcula-se o índice de
aproveitamento de cada Oportunidade dividindo-se Dop(PFo) por Dop(PFr).
Portanto: IApr = Dop(PFo / Dop(PRr).

Considerando que o Índice de aproveitamento de Oportunidade é resultante


de uma fração, seu valor por ser maior que 1, igual a 1, ou menor que 1:

 No primeiro caso, Dop(PFo) > Dop(PFr), logo IAprOp > 1: Pontos Fortes
superam os Pontos Fracos para aproveitamento das Oportunidades. É uma
situação favorável e desejável;

 No primeiro caso, Dop(PFo) = Dop(PFr), logo IAprOp = 1: Pontos Fortes


e Pontos Fracos se equivalem. É uma situação de neutralidade ou “empate”
entre forças e fraquezas para o aproveitamento da Oportunidade; e

 No terceiro e último caso, Dop(PFo) < Dop(PFr), logo IAprOp < 1:


Pontos Fortes “perdem” para os Pontos Fracos. Situação desfavorável para
o aproveitamento da oportunidade.

Sintetizando:
IApr = Dop(PFo / Dop(PRr)
IAprOp > 1: Situação favorável para o aproveitamento da
oportunidade → os Pontos Fortes superam os Pontos Fracos.
IAprOp = 1 Situação neutra para o aproveitamento da oportunidade
→ os Pontos Fortes se equilibram com os Pontos Fracos.
IAprOp < 1 Situação desfavorável para o aproveitamento da
oportunidade → os Pontos Fortes são superados pelos Pontos Fracos.
Quadro 26: Exemplo de aplicação Tabela de interpretação do potencial
de aproveitamento das Oportunidade.
Fonte: o autor.
24

(...)

Observação importante: cabe reafirmar ressalva já feita de que os


resultados matemáticos são indicativos, parâmetros orientadores da análise
e do processo decisório. Não devem ser tomados como absolutos e
decisivos (...). Portanto, se a organização considerar que Oportunidade é
estrategicamente interessante para a organização, ela deverá mobilizar
energia extra (reforçando Pontos Fortes, superando Pontos Fracos) a fim de
reverter a situação desfavorável.

INSERIR AQUI QUADRO 27 ADAPTADO (PÁGINA 70)


25

(...)

O cálculo do Índice de neutralização de Ameaça (INeuAm)


segue a mesma rotina descrita na primeira associação de quadrantes para o
cálculo do Índice de aproveitamento de Oportunidade (IAprOp) (...).

Obedecendo à mesma lógica da primeira associação


de quadrantes, Índice de neutralização de Ameaça por ser maior que 1,
igual a 1, ou menor que 1:

 No primeiro caso, DAm(PFo) > DAm(PFr), logo INeuAm > 1: os


Pontos Fortes superam os Pontos Fracos para neutralização de ameças. É
uma situação favorável e desejável;

 No primeiro caso, DAm(PFo) = DAm(PFr), logo INeuAm = 1:


Pontos Fortes e Pontos Fracos se equivalem. É uma situação de
neutralidade ou “empate” entre forças e fraquezas para neutralização das
ameaças; e

 Na terceira e última possibilidade, DAm(PFo) < DAm(PFr),


logo INeuAm < 1: Pontos Fortes “perdem” para os Pontos Fracos. Situação
desfavorável para a neutralidade das ameaças.

Sintetizando:
IApr = Dop(PFo / Dop(PRr)
INeuAm > 1: Situação favorável para a neutralização da ameaça →
os Pontos Fortes superam os Pontos Fracos.
INeuAm = 1 Situação neutra para neutralização da ameaça → os
Pontos Fortes se equilibram com os Pontos Fracos.
INeuAm < 1 Situação desfavorável para a neutralização da ameaça
→ os Pontos Fortes são superados pelos Pontos Fracos.
Quadro 28: Exemplo de aplicação Tabela de interpretação da
neutralização de ameças.
Fonte: o autor.

INSERIR QUADRO 29 ADAPTADO (PÁGINA 72)

(...)
26
27

A lógica para o cálculo da Densidade resultante de cada Ponto Forte difere


da lógica empregada nas duas associações anteriores (...), para cálculo dos
respectivos Índice de aproveitamento de oportunidade e Índice de
neutralização de ameaças. Aqui, quer-se quantificar quanto cada Ponto
Forte é capaz de simultaneamente, aproveitar Oportunidades e neutralizar
Ameaças. Para tanto, basta que se divida o Somatório obtido (∑obt) pelo
Somatório máximo (possível) (∑máx) de cada Ponto Forte e encontrar-se-á
sua Densidade resultante.

INSERIR QUADRO 30 ADAPTADO (PÁGINA 74)


28

(...)

A lógica para o cálculo da Densidade resultante de cada Ponto Fraco é a


mesma usada na terceira associação (...). Agora, quer-se quantificar quanto
Cada Ponto Fraco é capaz de, simultaneamente, prejudicar o
aproveitamento das Oportunidades e neutralização das Ameaças.

É a revisão da literatura relacionada, a fundamentação teórica, os elementos de


contextualização e consistência à investigação da situação problemática, a revisão
de trabalhos ou aplicações semelhantes em outros contextos, a comparação crítica
da literatura sobre o tema.

Inicie fazendo uma pequena introdução dizendo sobre o que é abordado nesta parte
do trabalho.

A seqüência ou ordem de abordagem, ao longo do texto não pode ser casual ou


aleatória. O aluno deve desenvolver o texto numa ordem em que cada assunto,
tema ou etapa abordados sejam condições e fundamentos para a abordagem do
objetivo.

O aluno deve procurar estabelecer relações (de causa e conseqüência, de premissa


e conclusão, por exemplo) entre os parágrafos e partes do texto. Isso assegura a
29

continuidade e sistematicidade, impedindo que o texto seja apenas um conjunto ou


amontoado de parágrafos, um após o outro, sem ligações e relações claras entre
eles.

Temas e assuntos diferentes devem ser abordados em parágrafos, subtítulos ou


títulos diferentes. Isso contribui, ao menos na fase inicial do exercício de elaboração
de textos pelo aluno, para maior segurança no desenvolvimento dos temas e
favorece, sobretudo, a compreensão e avaliação crítica do leitor.

A linguagem confusa, complicada, obscura e que abusa de termos incomuns não


implica necessariamente (ainda que no Brasil, infelizmente, muitos discordem disso)
em um texto inteligente, rico em idéias e teoricamente denso. O texto pode e deve
ter uma linguagem clara e compreensível e ser, ao mesmo tempo, rico do ponto de
vista teórico e intelectual.

Para isso, o aluno pode supor, ao elaborar o texto, que está escrevendo para um
leitor ignorante, isto é, que desconhece os textos e assuntos abordados. Essa
suposição favorece a elaboração de um texto inteligível, didático e claro, capaz de
ser compreendido e avaliado. Dessa forma, esteja atento para o seguinte: os textos
elaborados apressadamente e apenas por obrigação, nos quais o aluno não se
apaixona pelo que se escreve nem se deixa seduzir pelo tema que aborda, são
freqüentemente ruins.

Espera-se que, ao fazer a revisão da literatura, o aluno:

a) localize, anote e utilize uma boa amostragem de trabalhos que tenham sido
elaborados e publicados na área da problemática colocada;

b) somente inclua estudos que possam ser direta e claramente relacionados com a
problemática que está sendo examinada;

c) incorpore as informações numa forma organizada e numa narrativa coerente e


significativa;

d) levante conceitos teóricos, métodos e instrumentos de análise;

e) descreva, compare, critique a literatura sobre o tema;

f) busque subsídios para melhor compreensão e interpretação dos resultados.


30

Divide-se em seções e subseções que variam em função da abordagem do tema e


do método, conforme abaixo.

2.1 Exemplo de subtítulo de segundo nível

(.....................................................................................................................................)

2.1.1 Exemplo de subtítulo de terceiro nível

(.....................................................................................................................................)

2.2 Exemplo de subtítulo de segundo nível

(.....................................................................................................................................)
31

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Neste capítulo é requisitado que o aluno descreva como a pesquisa em si foi


operacionalizada. Em um processo de formação de jovens pesquisadores e
profissionais, como também no caso do desenvolvimento de atividades por parte de
investigadores profissionais, trata-se da parte mais importante do exercício científico.
É a partir do método que pesquisadores de diversas linhas e áreas do conhecimento
podem vir a conhecer o trabalho de pares e colegas. Caso informações faltem nessa
seção, ou sejam desenvolvidas superficialmente, não haverá garantia alguma de
que o trabalho elaborado é confiável.

Revisores de periódicos científicos, quando julgam artigos submetidos para


publicação, procuram, em grande parte das vezes, entender como o método
construído contribuiu para o tratamento da problemática idealizada pelo pesquisador.
Caso essa relação tenha sido mal trabalhada, por faltarem informações sobre o
método de pesquisa ou por este não possuir relação coerente com o problema
projetado, é provável que o artigo seja rejeitado para publicação.

Algumas seções precisam ser desenvolvidas neste capítulo: tipo e descrição geral
da pesquisa; caracterização da organização, setor ou área; caracterização da
população e amostra; caracterização dos instrumentos de pesquisa; e descrição dos
procedimentos de coleta e de análise de dados empregados.

3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa

Descreva, nesta seção, o tipo de pesquisa, sua abordagem fundamental e a


natureza dos dados. Os tipos mais comuns de pesquisa são: exploratória, descritiva
e explicativa. A abordagem pode ser qualitativa, quantitativa e mista. Os dados
podem ser primários ou secundários e originar-se de documentos, de processos de
observação de realidades ou de coletas estruturadas. O autor da monografia deve
consultar livros especializados em métodos e técnicas de pesquisa para aprofundar-
se nesses conceitos.
32

3.2 Caracterização da organização, setor ou área

A Secretaria de Engenharia e Serviços de Apoio - SESAP, que será o foco da


avaliação desse trabalho, insere-se na estrutura dos Serviços Auxiliares do Tribunal
de Contas do Distrito Federal, regulamentada pela Resolução 276, de 3 de julho de
2014 (1) – dispõe sobre o regulamento dos serviços auxiliares do TCDF.
Essa se encontra no polo administrativo do Tribunal, dentro da estrutura da
Secretaria Geral de Administração - SEGEDAM, em contraposição ao polo de
controle externo, representado pela Secretaria Geral de Controle Externo –
SEGECEX, conforme organograma.

Dentro da citada estrutura administrativa do TCDF, conforme artigo 69 da citada


Resolução 276/2014:

Art. 69. À Secretaria de Engenharia e Serviços de Apoio


compete:

I – planejar, organizar, dirigir, controlar, supervisionar e,


quando for o caso, realizar atividades relativas a obras,
projetos de engenharia, protocolo e arquivo, manutenção
predial e reparos, telecomunicações, áudio e vídeo,
segurança, transportes, conservação e limpeza predial,
produção gráfica, copa, jardinagem, lavanderia e
dedetização, bem como outros serviços de engenharia,
de arquitetura e de apoio executados no âmbito do
Tribunal;

II – propor a formulação de estratégias, normas e


procedimentos de segurança física e patrimonial em
alinhamento às diretrizes institucionais do Tribunal;

III – promover, acompanhar, orientar, apoiar e, quando for


o caso, executar ações corporativas que visem a
aprimorar a segurança física e patrimonial no Tribunal;

IV – zelar pela conservação e manutenção geral dos


imóveis sob a responsabilidade do Tribunal, bem como de
suas instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas, dos
dispositivos de proteção contra descargas atmosféricas,
contra incêndio, de infraestrutura de rede de comunicação
de dados e voz, de sistemas de som, de elevadores, de
climatização, de telefonia e da programação visual;
33

V – prestar, por meio de unidades subordinadas, serviços


de áudio e vídeo, incluindo captação, edição e
transmissão através da intranet;

VI – acompanhar e atualizar os atos normativos


referentes às áreas de engenharia, manutenção,
segurança, protocolo e serviços de apoio, bem como
informar e orientar suas subunidades quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas;

VII – executar, por meio de unidades subordinadas, o


recebimento, classificação, conversão para o meio
eletrônico e cadastramento dos documentos e processos
relativos a expedientes e a malotes protocolizados no
Tribunal;

VIII – executar, por meio de unidades subordinadas, as


atividades de reprodução gráfica do Tribunal;

IX – realizar a distribuição diária de jornais, revistas


diversas e de outros periódicos impressos ou digitais, e
promover o controle de exemplares entregues nas
residências de autoridades e dirigentes, para efeito de
atestação das respectivas faturas;

X – remeter relatórios detalhados de ligações telefônicas


aos usuários, com vistas à identificação e ressarcimento
daquelas realizadas em caráter particular;

XI – requerer e acompanhar a aplicação de suprimento de


fundos de material e serviço;

XII – desenvolver outras atividades inerentes à sua


finalidade.

A SESAP é composta por um gabinete, cujas unidades subordinadas


são subdivididas em Serviços, a saber: a) Serviço de Manutenção (Seman); b)
Serviço de Obras e Projetos (Seproj); c) Serviço de Segurança e Suporte
Operacional (Sesop); d) Serviço de Transporte (Setra); Serviço de Protocolo e
Preservação Documental (Seprod); e e) Serviço de Expedição de Mandados

(Semand), conforme organograma (APÊNDICE?).

O gabinete da SESAP é assim composto:

Cargo Quantidade
34

Secretário Geral de Engenharia e Serviços de Apoio 01

Assessor 03

Técnico de Administração Pública 01

Auxiliar de Administração Pública 01

Estagiário 01

Total 07

Esse Gabinete é responsável, lato sensu, pela coordenação de todas as


atividades a cargo de toda a estrutura administrativa, fazendo a ponte entre as
suas áreas subordinadas e as demais áreas do Tribunal.

Descreva as principais características da organização em que os dados foram


coletados. Às vezes, estas informações encontram-se disponíveis na Internet ou na
intranet da empresa, ao passo que em outras, em documentos impressos. Antes de
redigir este tópico, obtenha uma autorização da empresa ou responsável para
veiculação do nome da instituição em seu trabalho. Caso esta autorização não seja
35

conseguida, ou não desenvolva o tópico em questão, ou use um nome fictício. A


idéia é apresentar informações que permitam ao leitor conhecer um pouco da
empresa onde a pesquisa fora realizada, tais como histórico, plano estratégico, área
de atuação, número de funcionários, estrutura organizacional, etc.

3.3 População e amostra

Descreva o processo para definição da amostra, informações sobre o seu tamanho e


representatividade, bem como a forma utilizada para determiná-la. Deve ser descrita
de forma mais detalhada possível, incluindo-se as características que interessam ao
estudo e os critérios para inclusão/exclusão.

Em estudos qualitativos não se utiliza os termos “população e amostra”, mas


também se devem justificar os motivos pelos quais aqueles indivíduos foram
selecionados. Devem ser descritas as características/perfil dos participantes. Neste
caso, use como título: “Participantes do estudo”.

3.4 Caracterização dos instrumentos de pesquisa

PROVAVELMENTE AQUI ENTRA O CONTEÚDO DO ITEM


5.4 (PÁGINA 82)

Descreva na íntegra o instrumento de pesquisa utilizado, apresentando-o em anexo


à monografia. Dois passos aqui são fundamentais:

a) apresentar todo o instrumento de pesquisa, na ordem em que as informações


são disponibilizadas para o respondente e;

b) descrever o processo de construção e validação (semântica, teórica ou


estatística) do instrumento.
36

3.5 Procedimentos de coleta e de análise de dados

Nesta etapa, descreva os procedimentos desenvolvidos por você para coletar as


informações necessárias. Descreva quando a coleta aconteceu, quem foi o
responsável por tal etapa e quais as estratégias e meios escolhidos para tanto
(Internet, e-mail, aplicação presencial, etc.). Em seguida, descreva o processo de
migração dos dados do questionário para os arquivos eletrônicos, bem como as
principais análises realizadas.
37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Faça aqui uma pequena introdução ao leitor, explicando como serão apresentados e
discutidos os achados da pesquisa. A presença de argumentações e mediações é
uma das características essenciais de um texto filosófico ou científico e uma das
condições essenciais para que um texto seja considerado como tal. Não possui valor
para a matemática e a física, por exemplo, a solução, mesmo correta, de um
problema se ela não for justificada e se o caminho ou mediações percorridos para
chegar a essa solução não forem mostradas. Na filosofia e nas ciências, mais
importantes que a solução e conclusão corretas, o que é levado em conta são as
justificativas de uma conclusão e os caminhos percorridos para chegar a uma
solução..

Lembre-se de observar um padrão para a inserção de figuras, quadros e tabelas,


conforme o modelo a seguir:

a) Ilustrações incluem: gráficos, diagramas, mapas e figuras em geral; são


numeradas com algarismos arábicos de forma seqüencial como um todo (Figura
1, Figura 2, Gráfico 1, Gráfico 2) ou de acordo com a seção onde se encontra a
ilustração (Figura 2.1, Figura 2.2, Figura 3.1). Evite utilizar as expressões abaixo
ou acima. As figuras retiradas de outros trabalhos devem mencionar a fonte de
onde foram extraídas. O título das ilustrações deve constar em sua parte inferior
bem como a fonte. O título e a fonte de origem da figura devem estar em fonte
menor que o texto e espaço simples.

o quadros apresentam apenas palavras; o objetivo é facilitar a comunicação


de informações não-numéricas, relacionadas a, pelo menos, duas
variáveis; O nome do quadro deve constar abaixo dessa ilustração bem
como a fonte de onde as informações foram extraídas. O nome e a fonte
do quadro devem estar em fonte menor e espaço simples.

a) Tabelas possuem os números como informação principal; possuem título, são


numeradas consecutivamente ao longo do trabalho, com algarismos arábicos
e não são fechadas lateralmente; as tabelas baseadas ou transcritas de
outros trabalhos devem mencionar a fonte de onde foram extraídas. O título
38

das tabelas deve constar em sua parte superior e, quando necessária a


inclusão da fonte, esta deve figurar abaixo da tabela. Assim como no caso
das ilustrações, o título e a fonte devem ser escritos com fonte menor e
espaçamento simples. A normatização das tabelas deve seguir a norma do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de apresentar os resultados, deve-se confrontá-los com a literatura revisada,


isto é, discuti-los à luz da literatura. Tomando por base o problema de pesquisa,
deve-se analisar os resultados e interpretá-los com base na literatura. Alguns
autores preferem separar dois capítulos: um para os Resultados e outro para a
Discussão. No caso da monografia do Departamento de Administração a opção
adotada será a de um capítulo único.
39

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Nesta seção o aluno encerra o seu texto, mas nem por isso, ao elaborá-la, o seu
esforço e o seu trabalho estão encerrados. Nela, o aluno não deve simplesmente
repetir o que foi dito anteriormente, mas sim acrescentar conhecimentos e
informações novas sobre o que escreveu ao longo do texto. Tão importante quanto a
introdução e o “corpo”, a conclusão (considerações finais) possui funções
específicas:

a) avaliar criticamente o texto elaborado, isto é, refletir sobre seus limites, a


realização ou não dos objetivos, a importância dos assuntos abordados etc.;

b) extrair conseqüências e implicações do texto, mostrar sua relação com outras


investigações e sua importância e utilidade para outras abordagens.

A conclusão (considerações finais), portanto, é essencial à reflexão, à retomada e à


avaliação do que foi escrito ou dito, onde o aluno ressalta, para o leitor, novos
significados, compreensões e implicações da sua obra.

A conclusão (considerações finais) deve ter de três a seis páginas envolvendo


algumas considerações específicas sobre:

a) apresentar de maneira sucinta a idéia central já exposta;

b) resgatar as conclusões parciais (resumo e conclusões da pesquisa);

c) desenvolver afirmações conclusivas do desenvolvimento do trabalho


(reafirmar hipóteses);

d) relacionar o objetivo proposto e a conclusão alcançada;

e) manifestar ponto de vista sobre os resultados.

f) apresentar visão de futuro – reflexão sobre o significado e a importância do


estudo realizado, bem como agenda de pesquisa;

g) Apresentar as limitações e contribuições do estudo;

h) Concluir de forma breve, clara, taxativa, utilizando expressões como:


concluindo, conclui-se que, finalmente, em suma, em síntese, em resumo etc.
40

REFERÊNCIAS

CONTANDRIOPOULOS, A.-P.; CHAMPAGNE, F.; POTVIN, L.; DENIS, J.-L. BOYLE,


P. Saber preparar uma pesquisa. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 1994.

As referências bibliográficas são imprescindíveis em trabalhos técnico-científicos.


Porém, devem constar das referências bibliográficas exclusivamente as obras e
documentos efetivamente citados no Trabalho.

É um elemento obrigatório que consiste em um conjunto padronizado de elementos


descritivos retirados de um documento, que permite sua identificação individual,
conforme a NBR 6023 (ago 2002).

Exemplo:

PÚBLIO, Marcelo A. Como Planejar e Executar uma CAMPANHA DE


PROPAGANDA. São Paulo: Atlas, 2008.

TARAPANOFF, kira. Inteligência Organizacional e competitiva. Brasília: UnB, 2001.

TOSTES, Luiz. O Posicionamento Estratégico Global Aplicado A Unidades do


Senado Federal. Trabalho de conclusão de curso de Administração apresentado ao
Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), novembro/2010.

SERRA, F., TORRES, M., TORRES, A. Administração estratégica: Conceitos, roteiro


prático e estudos de caso. Florianópolis: Insular, 2009.

SUN TZU. A Arte da Guerra. São Paulo: Conrad, 2006.


41

APÊNDICES

(OPCIONAL)

Esta é a parte do trabalho utilizada para fazer digressões metodológicas, além das
que já foram feitas no seu desenvolvimento e para apresentar o material que foi
elaborado pelo autor da monografia para fundamentar, comprovar e ilustrar a
pesquisa. Fazem parte do apêndice: tabelas, questionários, fluxogramas,
cronogramas, gráficos, cópias de projetos, quadros e outras ilustrações.

Normalmente a indicação é feita com letras maiúsculas. Ex. Anexo A - Questionário,


Anexo B – Organograma etc;

Apêndice A – Organograma da Empresa X

Apêndice B – Fluxograma do Processo Y


42

ANEXOS

(OPCIONAL)

São os documentos complementares que não foram elaborados pelo autor da


monografia, mas que podem servir de apoio na comprovação da pesquisa ou que
ilustra o trabalho.

Geralmente são cópias xerográficas, croquis, desenhos, gráficos, fluxogramas,


organogramas, tabelas, fotos etc.

A indicação é feita com letras maiúsculas.

Anexo A – Estatuto da Empresa Z

Anexo B – Regimento Interno da Empresa Z

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