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Conheça os padrões mínimos de

qualidade dos cursos EAD


Saiba quais os requisitos e veja se sua instituição se enquadra neles
Publicado em 06/05/2010 - 12:30

Por Larissa Leiros Baroni

Após a expansão da educação a distância no


Ensino Superior brasileiro, a qualidade do Fique por dentro do que
sistema começa a ganhar notoriedade entre
órgãos reguladores e avaliadores e instituições diz a lei
de ensino. De um lado o setor mostra potencial
animador, em cinco anos cresceu - Decreto Nº. 5.622 - regualmenta o
aproximadamente 285% - passou de 300 mil artigo 80 da Lei de Diretrizes e Base
alunos, em 2004, para 856 mil, em 2009. Do (9.394, de 20 de dezembro de 1996).
outro, a modalidade atravessa uma fase de - Decreto N.º 5.773 - prevê o
consolidação e aperfeiçoamento. Provas disso exercício das funções de regulação,
são as ações do governo, que criou novas supervisão e avaliação de instituições
normas de regulação e intensificou suas ações de Ensino Superior.
de supervisão, com o acompanhamento de 38 - Decreto N.º 6.303 - altera
universidades engajadas no sistema - dispositivos dos decretos 5.622 e
responsável por 81% do corpo discente -, a 5.773.
assinatura de 12 termos de saneamento e o
descredenciamento de três instituições de ensino.

Segundo Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de ensino a distância do MEC


(Ministério da Educação), o ritmo de expansão da EAD no Brasil exigiu mudanças na
regulação do sistema. Isso porque, embora as ofertas das g raduações a distância no País
seguiam os mesmos padrões das presenciais, até 2007, não havia critérios de qualidade
próprios pré-definidos para nortear a atuação das instituições de Ensino Superior. O
MEC, no entanto, lançou em dezembro de 2007 a portaria nº40, que estabelece regras
tanto para novas instituições quanto para aquelas já existentes.

Na opinião do secretário, o Brasil ainda aprende a fazer educação a distância. "Enquanto


as instituições se desenvolvem para a oferta de cursos a distância, o governo aperfeiçoa
seus processos de regulamentação, supervisão e avaliação", diz ele, que relaciona a
evolução das metodologias ao tempo da modalid ade no Ensino Superior brasileiro.
Bielschowsky, no entanto, acredita que os avanços quantitativos e qualitativos têm sido
equiparados. "Há três anos, a Secretaria de Educação a Distância tem se dedicado
especialmente aos padrões de qualidade do sistema, c om a criação de processos de
credenciamento, regulação e avaliação específicos e com parâmetros bem mais finos",
afirma ele.

Atualmente, segundo dados da SEED (Secretaria de Educação a Distância), há 163


universidades credenciadas para a oferta de cursos de graduação a distância. Para
integrar esse índice, as instituições privadas e públicas interessadas devem solicitar o
credenciamento exclusivamente por meio do sistema e-MEC. Não basta, porém, fazer o
pedido. Para receber o aval do MEC, será necessário provar algumas competências
consideradas essências para atuar na modalidade a distância.

Padrões indispensáveis de qualidade

Ainda que não exista um modelo único de educação à distância e os programas po ssam
apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos
educacionais e tecnológicos, a legislação brasileira descreve referenciais de qualidade
obrigatórios em qualquer projeto. Aspectos que, de acordo com Luciano Gamez,
membro da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância) e coordenador de
qualidade do organismo, incluem a organização didático -pedagógica, corpo docente e
de tutores e as instalações físicas das universidades e de seus pólos de apoio presencial.

Bielschowsky informa que os projetos pedagógicos devem apresentar claramente sua


opção de educação, currículo, ensino e aprendizagem, bem como o perfil do estudante
que deseja formar. É preciso ainda, segundo o secretário, que o documento apresente os
processos de produção do material didático, de tutoria, de comunicação e de avaliação,
com a descrição das diretrizes do processo de ensino e aprendizagem. "Nessa etapa da
avaliação, são valorizados os princípios da interdisciplinaridade e contextualização",
destaca ele.

Entre as particularidades dos cursos a distância estão os materiais didáticos. É o que diz
Gamez, que aponta a exigência de produções específicas para a modalidade. Adaptações
de materiais produzidos para programas presenciais, de acordo com ele, não garantem a
qualidade do processo de ensino-aprendizado. O membro da ABED ressalta o grande
peso desse quesito nas avaliações. "A análise inclui desde as ilustrações até a linguagem
usada, as interações tecnológicas e as teorias de aprendizagem", explica G amez.

A educação a distância deve ainda estar ancorada ao uso da tecnologia. O documento de


referências de qualidade para Educação Superior a Distânci a, produzido pela SEED,
orienta que a metodologia esteja apoiada em uma filosofia de aprendizagem e
proporcione interação no processo de ensino -aprendizagem e comunicação no sistema
com garantia de oportunidades para o desenvolvimento de projetos comparti lhados. "O
princípio da interação e da interatividade é fundamental para o processo de
comunicação e deve ser garantido a partir do uso de qualquer meio tecnológico",
declara Bielschowsky.

A capacitação do corpo docente também integra o credenciamento das instituições


interessadas em atuar na modalidade a distância. Além dos professores - capazes de
estabelecer os fundamentos teóricos do projeto, elaborar o material didático e realizar a
gestão acadêmica do processo de ensino -aprendizagem -, as instituições devem contar
com a figura dos tutores presenciais e a distância - mediadores do processo pedagógico.
"Quanto maior o número de doutores e mestres no quadro de docentes, maior a nota da
instituição nesse quesito, que também valoriza a experiência dos prof essores na
modalidade", diz o secretário. Para ele, o principal erro das instituições é terceirizar a
supervisão da maioria das ofertas. "Isso é inaceitável, além de ilegal", destaca
Bielschowsky.

Um curso a distância exige ainda infraestrutura proporcion al ao número de estudantes,


aos recursos tecnológicos envolvidos e à extensão de território a ser alcançada. É o que
garante Masako Oya Masuda, presidente da Cederj (Fundação Centro de Ciências e
Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro). Segundo ela, a base - tanto
nas sedes das instituições como nos pólos de apoio presencial - deve ser composta por
biblioteca, laboratório de informática com acesso a Internet de banda larga, sala para
secretaria, laboratórios de ensino (quando aplicado), s alas para tutorias e salas para
exames presenciais. "Condições mínimas para a garantia da realização das atividades
presenciais obrigatórias", relata ela.

Além disso, as instituições devem obrigatoriamente atender a todos os requisitos legais


estabelecidos na LDB (Lei de Diretrizes de Bases). É obrigatória a coerência dos
conteúdos curriculares com as Diretrizes Curriculares Nacionais, com respeito à carga
horária mínima e ao tempo mínimo de integração, bem como as condições de acesso
para portadores de necessidades especiais.

ÍTENS AVALIADOS PARA AUTORIZAÇÃO DE


CURSO DE EAD
Organização Didático-Pedagógica
Projeto do curso: aspectos gerais
Projeto do curso: formação
Materiais Educacionais
Interação em Educação a Distância
Avaliação em Educação a Distância, Avaliação do Corpo
Docente/Tutoria e Avaliação dos Materiais Educacionais
Corpo Docente e Corpo de Tutores
Administração Acadêmica
Perfil dos docentes
Corpo de Tutores
Condições de trabalho
Instalações Físicas
Instalações gerais
Biblioteca
Requisitos Legais
Coerência dos conteúdos curriculares com as Diretrizes
Curriculares Nacionais
Estágio supervisionado
Trabalho de Curso
Carga horária mínima e tempo mínimo de integralização
Disciplina optativa de Libras
Condições de acesso para portadores de necessidades
especiais
Condições que garantam a realização de atividades
presenciais obrigatórias nos pólos de apoio presencial para os
primeiros 50% do tempo de duração do curso

O pedido de credenciamento da instituição n o ensino a distância deve vir acompanhado


do pedido de autorização de pelo menos um curso na modalidade. Segundo a legislação
brasileira, o aval para a oferta de cursos de pós -graduação lato sensu se limitada a esse
nível. "Mas com o credenciamento para a abertura de vagas de graduação a distância é
possível oferecer especializações na modalidade", garante Maria Beatriz Ribeira de
Oliveira Gonçalves, diretora da PUC -Minas Virtual - programa de educação a distância
da PUC-Minas (Pontifícia Universidade Catól ica de Minas Gerais).

As instituições credenciadas para a oferta da graduação a distância deverão iniciar o


curso autorizado no prazo de até doze meses. A validade do pedido, de acordo com
Maria Beatriz, se estende a todos os programas de graduação, excet o os cursos de
Medicina, Odontologia, Psicologia e Direito, que exigem credenciamento próprio para a
abertura de turmas. Caso o aval seja negado, a universidade só poderá submeter novo
pedido após um ano da rejeição. "Antes disso não será possível que a in stituição tome
todas as medidas necessárias para se adequar às exigências do processo", pondera o
Bielschowsky.

Qualidade além do credenciamento

O cuidado com a qualidade não se restringe, portanto, ao processo de credenciamento.


A própria legislação brasileira prevê o recredenciamento depois de cinco anos do
primeiro aval e a avaliação anual do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira), que, segundo o secretário, estabelecem princípios de
qualidades semelhantes. Além d isso, Bielschowsky acrescenta o trabalho de supervisão
contínuo organizado pela SEED. "A princípio priorizamos o monitoramento daquelas
instituições que tinham denúncias registradas. Em seguida, partimos para as
universidades com maior representatividade n o setor", relata ele, que afirma ter sido
iniciado a expansão do trabalho de supervisão para todas as instituições.

A supervisão, bem como a avaliação podem levar ao descredenciamento das


instituições. Como foi o caso da Universidade Castelo Branco, da Un itins (Universidade
Estadual do Tocantins) e da Fapi (Faculdade de Pinhais). O secretário explica que o
processo se supervisão é composto por 400 colaboradores especializados, que avaliam
detalhadamente todas as etapas do programa de ensino -aprendizagem a partir de visitas
in loco. Caso sejam identificadas irregularidades, a SEED e as instituições assinam
termo de saneamento. "Se dentro do prazo estabelecido, as devidas correções não forem
realizadas, a IES poderá ser descredenciada", alerta Bielschowsky.

Gamez demonstra ser favorável aos procedimentos adotados pela Secretaria de


Educação Superior do MEC. Na opinião dele, as avaliações obrigam as IES a oferecer
cursos e materiais de qualidade, além de repensar os processos e praticar melhorias
contínuas em direção à qualidade. Para evitar o descredenciamento, o representante da
SEED recomenda a implantação de setores de qualidade. "Maneira de garantir que os
processos sejam realizados com base em indicadores de qualidade e evitem assim
problemas maiores com o recredenciamento e até mesmo com o reconhecimento",
sugere ele.

Os avanços dos processos reguladores e avaliadores também são reconhecidos por


Maria Beatriz. Para ela, o Ministério da Educação já errou muito, mas teria se
aperfeiçoado a cada ano. "As avaliações, antigamente, eram feitas por profissionais sem
experiência em EAD, alguns deles até eram contra a modalidade. Os quesitos em
julgamento eram os mesmo dos presenciais", relembra a diretora da PUC -Minas Virtual.
Atualmente, segundo ela, as comissõe s são formadas por especialistas e os processos
foram desenvolvidos exclusivamente para a educação a distância.
Ainda sim, Maria Beatriz aponta a necessidade de melhorias, principalmente no que diz
respeito ao tempo de espera para a liberação dos pedidos de credenciamento,
recredenciamento e reconhecimento. "Tenho um pedido de autorização que está em
andamento há quase um ano", denuncia ela, que relaciona a demora dos processos a
prejuízos econômicos. "Isso porque a cada mês que se passa maior o risco de o projeto
acadêmico se tornar obsoleto", afirma.

Apesar de admitir a demora dos processos, Bielschowsky garante que a utilização do e -


MEC reduzirá os tempos de espera. "A meta é chegar a um tempo de espera de seis a
oito meses. Ao considerar a complexidade da avaliação, pensar em menos tempo do que
é impossível", diz o secretário.

Referência
http://www.universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=19475

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