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O desenvolvimento do eu observador
O eu observador
Distorções da auto-observação
A auto-aceitação radical
Há vinte anos, testemunhei um exemplo dramático da postura da auto-
observação benévola. Eu havia ingressado recentemente na comunidade do
Pathwork e assistia as palestras do Guia dadas por Eva Pierrakos em Nova York,
que também eram freqüentadas por uma mulher que chamarei Penny, cuja perna
fora amputada por causa de um câncer. Alguns meses depois, quando co câncer
entrou em estágio terminal, Eva perguntou a Penny o que ela sentia em relação à
morte iminente. “É bom ou não morrer, Penny?” Penny respondeu simplesmente:
“Nem bom nem ruim, Eva, apenas é”. Este “apenas é” da morte tem sido meu
modelo de auto-aceitação radical de tudo o que é observado dentro do eu em
qualquer momento.
Eu acho que os ensinamentos do Pathwork podem exercer o mesmo papel
em relação à nossa compreensão do negativo e do mal que outros ensinamentos
espirituais recentemente popularizados exerceram em relação à nossa aceitação
da morte. O mal, como a morte, apenas é. No plano dualista em que vivemos a
maior parte do tempo, existem em nós energias benignas e maléficas. Mas nós
negamos a nossa negatividade ainda mais enfaticamente do que negamos a
morte. No fim das contas, não podemos acreditar que não iremos morrer. Não
podemos perpetuar a ilusão de que não cometemos nenhum mal. No entanto,
viver nessa ilusão é tão prejudicial para a nossa saúde espiritual quanto negar a
nossa mortalidade. Podemos aprender com segurança, dar ensejo à percepção
dos aspectos negativos e maus de nós mesmos com nobre auto-aceitação.
Nada do que existe dentro de nós é absolutamente inaceitável. Apenas é,
seja lá o que for. O trabalho pessoal mais importante que efetuamos é alinhar
nossa atitude com a auto-aceitação honesta e compassiva.
Como será diferente a atitude para consigo mesmo quando você perceber que
cabe às entidades humanas apresentar aspectos negativos com a finalidade de
integrá-los e sintetizá-los! Isso permite veracidade sem desesperança. Que
dignidade você adquire quando considera que assume uma importante tarefa em
prol da evolução. Quando você vem para esta vida, traz consigo aspectos
negativos específicos com o objetivo de transformá-los. ... Todo ser humano
executa uma tarefa enorme dentro da escala universal de evolução. (palestra 189)