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APOLOGÉTICA I

(RITO E UNÇÃO)

A Influência neopentecostal na igreja em nossos dias é preponderante e


dentro disso os cultos na igreja atual tem se modificado e assim passado por
um processo de mudança na forma de se cultuar, no jeito de se cultuar, na
estrutura do culto em si e nas novas doutrinas que estabelecem o padrão de
culto moderno. Dentro dessa onda enfatizam-se sinais e prodígios, os dons
carismáticos (algo herdado do pentecostalismo), a prosperidade, muitas
campanhas e correntes, além da utilização da mídia para divulgação dos seus
cultos. O culto é voltado para benção, ou seja, o receber de Deus, ao invés do
prestar ou dar algo a Deus no caso oferecer o culto a Deus. Objetos e
barganhas fazem parte do pacote pentecostal, além de um forte apelo para o
crente ser um supercrente livre de doenças e problemas, ou seja, coisas
naturais do dia a dia do ser humano nesta terra. Dentro disso devemos
ressaltar duas palavras que representam as práticas dos cultos
neopentecostais que são o rito e a unção. Rito na realidade é segundo o
dicionário Aurélio um conjunto de regras e cerimônias próprias da prática de
uma religião e ainda é definido como uma sucessão de palavras, gestos e atos
que repetidamente compõe uma cerimônia (religiosa na maioria das vezes) e
ainda é um conjunto de atividades organizadas, no qual as pessoas se
expressam por meios de gestos, símbolos e comportamento, transmitindo um
sentido coerente ao ritual.
Já unção é o ato ou efeito de ungir segundo o dicionário Aurélio, e segundo a
Teologia Pentecostal unção é o próprio Espírito Santo que habita no
regenerado, sendo considerado assim todo cristão nascido de novo como
ungido por Cristo; analisando no grego vem do substantivo “chrisma”, de onde
vem o verbo “chrio” (ungir) e o adjetivo “christós” que significa “ungido”. No
hebraico o termo ungido é Messias, aplicado a Cristo. Na bíblia pode ser
entendido de modo espiritual e literal, com a aplicação do azeite ou óleo
sobre alguém ou sobre algum objeto. Porém dentro disso é feito uma mistura
que confunde ritual e unção ocasionando um caos teológico nas igrejas
modernas (principalmente pentecostais e neopentecostais). Com isso
destacamos algumas novidades que tem adentrado a igreja, nessa forma
neopentecostal de cultuar e que tem influenciado uma nova geração de
crentes desprovidos de um entendimento e um alimento sólido e sadio
baseado na correta interpretação da palavra de Deus e consecutivamente tem
influenciado o culto de muitas igrejas sérias e sensatas.

1 – Unção do Riso
Atualmente a igreja está sendo tomada por uma série de chamados
avivamentos, alguns oriundos de cultos orientais (principalmente o
hinduísmo), herança esta de gurus, lamas tibetanos, yoga e cursos para se
alcançar elevados graus de consciência. Com isso há uma ala do movimento
carismático (neo-pentecostal) que assimilou coisas desses ritos para
conquistar as massas. Um fenômeno religioso que se chama “O Avivamento do
Riso”, “Unção do Riso”, particularmente a “Benção de Toronto”. Durante essa
experiência pessoas sofrem uma onda de manifestações físicas, com
estremeções, gemidos, prostrações e claro muito riso e contorções. Tudo isso
começou em Toronto, na Igreja Vineyard do Aeroporto de Toronto e se
estendeu aos Estados Unidos (Oral Roberts, Kenneth Coppeland e etc),
Inglaterra e Brasil onde aviões são fretados para tal igreja em Toronto. Eles se
baseiam em vários textos bíblicos, um deles, o principal (Gn 18:12) em que
Sara riu. Só que essa passagem nada tem a ver ou se direciona a gargalhada
santa, pois ela riu de incredulidade, uma atitude totalmente contrária e
condenável para um cristão.

2 – Cair no Poder ou no Espírito


O pai da criança é Benny Hinn e essa prática normalmente acontece mediante
sopro, o jogar do paletó, o profetizar, o falar ao ouvido e etc, sendo o
indivíduo a partir daí influenciado, começando a cair. Hoje há seminários para
incentivar pessoas a caírem no poder e há grupos se especializando na prática
de levar pessoas a caírem no poder, tendo pessoas que se arrogam
capacitadas por Deus para jogar pessoas no chão ao invés de ajudá-las a se
erguer e pessoas que acreditam que tal ato é um dom de Deus e o fenômeno
se tornou termômetro para medir espiritualidade. Nos cultos realizados por
Benny Hinn isso é muito comum, sem contar que algumas igrejas neo-
pentecostais brasileiras propagam e tem como centro de seus cultos essa
prática. Algumas argumentações bíblicas para defender o “cair no espírito”
são Gn 2:21 onde Deus fez Adão dormir, assim como Abraão ouviu Deus falar
quando estava em profundo sono (Gn 15:12) e finalmente Daniel, Saulo e João
caíram pelo poder do Senhor (Dn 10:8-9, At 9:4-8, Ap 1:17). No primeiro
exemplo, Deus fez Adão dormir para formar a mulher (Gn 2.22). No caso de
Abraão, o sono não foi proveniente de Deus. Ele estava cansado, depois de
ficar em pé aguardando uma resposta do Senhor, que aconteceu por meio de
uma tocha de fogo (Gn 15.13-21). Nenhum dos episódios, pois, fornece base
para o “cair no Espírito”.
As quedas de Daniel, Saulo e João também não proporcionam bons
argumentos aos defensores da “nova unção”. Daniel contemplou uma grande
visão, depois de jejuar durante três semanas (Dn 10.1-3). Paulo viu uma forte
luz, que cegou os seus olhos (At 9.8,9). E João viu Jesus em sua glória (Ap
1.10-18). Nessas circunstâncias, seria impossível permanecer de pé. Na
verdade os santos homens da bíblia, ao contrário dos que caem no “poder” na
atualidade, caíram realmente em razão da presença do poder de Deus,
embora a postura de cair não tenha sido algo realizado por Deus, ou seja, não
caíram procurando poder, mas porque estavam debaixo do poder. Temos
prostração como reverência, adoração (Gn 17:3, Lc 17:16, 2Sm 1:2 e etc) e
caindo por conta própria (Ez 1:28, 2:1).

3 – Confissão Positiva
A expressão confissão positiva pode ser interpretada de várias maneiras. O
mais significativo de tudo é que a expressão se refere literalmente a “trazer a
existência o que declaramos com nossa boca”, uma vez que a fé é uma
confissão. Os defensores dessa nova ideia transvestem a fé com os
ingredientes da psicologia do bem viver e da auto-ajuda. A confissão positiva
conceitua erradamente a fé, que deve ser entendida como um estado da
personalidade humana que consiste em firme assentimento que uma pessoa
faz à realidade de Deus, de sua Palavra como revelação e às suas promessas
contidas nessa revelação. A confissão positiva privilegia a fé “para ter” em
detrimento da “fé para viver”, a confissão positiva coloca a emoção como
fonte da fé, idolatra a fé por gerar ansiedade pelo ter, um exemplo disso é
que a ansiedade causada por não se ter é uma forma de idolatrar a fé; isso
porque interpretam o êxito como graça, e a sua falta como condenação. Aqui
o mais torturante não é o fato de não se ter fé, mas sim o de não ter a fé que
consegue as coisas, a confissão positiva coloca todo o peso da realização nas
palavras pronunciadas e na atitude mental rigorosamente mantida, em vez de
apoiar-se no fato que a fé que temos vem de Deus e ainda obriga Deus a fazer
nossa vontade através da fé que segundo seus adeptos pode influenciá-lo.
Com isso temos em voga nas nossas igrejas a superstição, que é a confiança
em objetos e em coisas ineficazes, com isso temos o sabonete ungido, o sal
grosso, óleo ungido, rosa e etc (no Brasil muito utilizados pela IURD), além
disso temos a temeridade que é o querer realizar coisas descabidas como
ganhar um alto salário sem ter uma formação adequada ou o declarar a posse
sobre o carro de alguém e ainda temos o fanatismo que gera um estado de fé
que faz com que a pessoa deposite sua confiança em que receberá aquilo que
Deus nunca prometeu. Mas uma vez Benny Hinn ensina em um de seus livros
sobre a confissão positiva que não podemos pedir para que seja feita a
vontade de Deus (RR Soares no Brasil), porém quando olhamos para bíblia
vemos Jesus nos ensinando o contrário na oração modelo (Mt 6:10) no
momento de dor (Lc 22:42) e outros exemplos de submissão a vontade do
Senhor (At 18:21, 21:14, Rm 1:10).

4 – Teologia da Prosperidade
Enfatiza o ser, sobretudo o próspero materialmente, o que implica não ser,
mas ter. A título de se conseguir prosperidade algumas igrejas ditas
evangélicas criam campanhas absurdas de semanas, de mergulhos, de objetos
ou coisas concernentes a Israel, citam passagens bíblicas distorcendo-as para
promoverem fogueiras santas, águas do rio Jordão, terra de algum lugar de
Israel. Promovem objetos a quase cristos para serem o ponto de contato entre
o indivíduo e o desejo de alcançar a prosperidade e lançam mão de
testemunhos extraordinários para confirmar que depois que fulano foi para tal
igreja e participou de tal campanha conseguiu a mansão que desejava, os três
carros na garagem, dinheiro, dinheiro e dinheiro. Isso significa que Deus
honrou essa pessoa aprovando-a dando-lhe bênçãos pelo seu sacrifício,
resumindo esses supercrentes são prósperos porque são espirituais e quem não
tem prosperidade e sucesso não é espiritual, ou pelo menos não é abençoado
por Deus. Eles dizem que Deus não diz não as orações esquecendo-se de Paulo
que três vezes pediu ao Senhor para que fosse retirado dele o espinho na
carne (2CO 12:7-9), dizem que oração repetida significa falta de fé, ora Jesus
orou três vezes pelo mesmo assunto no Getsêmane (Mt 26:44), Paulo idem, e
os Salmos de Davi cheios de súplicas repetidas e as parábolas do juiz iníquo e
do amigo inoportuno.

5 – Maldição Hereditária
Segundo os que crêem na transmissão da maldição hereditária, mesmo os
crentes em Jesus, nascidos de novo, estão sujeitos a sofrer as terríveis
consequências dos pecados e das maldades praticadas pelos ancestrais, tais
como doenças, insucessos na vida financeira, no trabalho, pecados sexuais,
vícios, etc. Baseiam-se em Ex 20:5, Dt 28:15. Um dos livros mais conhecidos
sobre o assunto tem por título "QUEBRE A CADEIA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA",
escrito por Marilyn Hickey, editado, no Brasil, pela Associação de Homens de
Negócio do Evangelho Pleno - ADHONEP. No livro, vemos, de início, a história
de uma família, que herdou uma fazenda, nos Estados Unidos e que se viu em
grandes dificuldades: nada dava certo; pragas na plantação; dívidas; doenças
afetavam a família; lendo a Bíblia, concluíram que estavam debaixo de uma
maldição hereditária. Segundo o livro, a família orou a Deus, e quebrou a
maldição daquela terra, e ela produziu como nunca houvera acontecido. O
que realmente acontece com esse assunto é que se está confundindo juízo
(maldição) de Deus, que já foi cancelado pela morte expiatória de Jesus no
Calvário com superstições humanas. À luz da bíblia a melhor definição para
“maldição” é uma sentença que vem da quebra da lei moral de Deus. Em
Êxodo 20:5-6 o que está escrito é o juízo previsto na lei para os
desobedientes, enquanto permanecerem na desobediência, porém em Jesus
essa maldição foi cancelada de uma vez por todas que se fez maldição em
nosso lugar (Rm 8:1, Gl 3:13-14).

6 – A Unção com Óleo


A unção com óleo tem sido vista como um ato de poder não da oração, mas do
óleo chamado de ungido ou consagrado que desencadeia um poder curador
sobre a pessoa ungida. A unção com óleo era uma prática costumeira em
Israel, (Is 1:6; Lc 10:34). A unção praticada era de duas naturezas: 1) Unção
para fins culturais; 2) Unção para fins sacramentais. Em todo o Novo
Testamento não existe sequer uma referência ao “óleo ungido”. Essa
linguagem é totalmente estranha ao Novo Testamento. Essa linguagem
começou a surgir com a entrada do paganismo na igreja, a partir do quarto
século, sem deixar de mencionar que durante os primeiros séculos da igreja
sempre houve casos de superstições com o uso do óleo. Em nenhum lugar no
Novo Testamento é dada ao óleo uma natureza de eficácia espiritual. O óleo
sempre foi tratado como um símbolo, sem nenhuma eficácia espiritual, pois o
poder da cura estava na oração, e não no óleo. Em Tiago o essencial é a
oração e não o óleo, é a oração em nome daquele que cura (Jesus), haja vista
que a unção foi ordenada para representar a eficácia da oração e do nome de
Jesus.

7 – Cura Interior
O fenômeno conhecido como cura interior tem dois objetivos. O seu objetivo
primário e espiritual é estender o senhorio e poder de cura de Cristo ao nosso
passado, afetando mesmo a nossa experiência antes da conversão. O objetivo
secundário e psicológico é, portanto nos libertar de qualquer cativeiro
emocional e psicológico que a nossa experiência passada possa ter produzido.
Os teóricos da cura interior defendem que os bloqueios emocionais e os
padrões habituais de comportamento (com os seus frutos negativos de
frustração, derrota e fraca auto-imagem) nos impedem de atingir a vida
abundante que Jesus prometeu. Portanto, eles concluem que, um esforço
especial deve ser feito para curar estas feridas interiores, de forma que
possamos ser libertos das diversas coisas que podem constringir e empobrecer
as nossas vidas. Em resumo, o objetivo geral da cura interior pode ser descrito
como uma espécie de “santificação retroativa”. Essa idéia tão em voga em
alguns meios evangélicos brasileiros confunde herança familiar com espíritos
familiares, ou seja, o que uma pessoa é tem muito a ver com o patrimônio
psicológico do meio social em que vive. Eles confundem cura interior com
novo nascimento que é o recebimento de uma nova natureza, se cura interior
é o novo nascimento sendo obra do homem, a bíblia afirma que é obra de
Deus somente (Jo 3:6), eles confundem perdão com regressão, contingências
humanas com maldições hereditárias, relaxamento muscular (cair no poder)
com bem estar espiritual e hipnose com ação do Espírito Santo, porém
segundo a bíblia a salvação em Cristo cura o homem de todos os problemas
psicossomáticos, traumas psicológicos, nos garante o cancelamento de toda
culpa (Rm 8:1), nos cura da auto-imagem negativa (Ef 2:11-22).

8 – Queimar Pecados no papel


Esse foi um rito que veio com o movimento chamado G12 adotado por várias
igrejas no Brasil. Na verdade já se fazia isso em algumas igrejas, mas tornou-
se popular com esse movimento. O ritual consiste em o indivíduo escrever
todos os seus pecados em papel e depositar em um recipiente onde tem
outros papéis de outros indivíduos, logo em seguida o líder acende um fogo no
recipiente onde todos os pecados no papel são queimados e posteriormente
perdoados. Uma tremenda enganação, porque segundo a bíblia os nossos
pecados são apagados mediante arrependimento (At 3:19)e perdoados
mediante confissão (1Jo 1:9).

O neopentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo que congrega


denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas
cristãs tradicionais. Surgiram sessenta anos após o movimento pentecostal do
início do século XX, ambos nos Estados Unidos da América.
Em alguns lugares são chamados de carismáticos, tendo como exceção o
Brasil, onde essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um
movimento dentro da Igreja Católica chamado Renovação Carismática
Católica.
O Movimento Carismático ou Neopentecostal principiou-se nas denominações
históricas (Batista, Presbiteriana, etc). Assim surgem: As Igrejas Pentecostais
Sinais e Prodígios, fundada em 1970; a Igreja Presbiteriana Renovada, em
1975. Surgem também as denominações novas, não oriundas de igrejas
históricas, mas de líderes hábeis e influentes. Tal é o caso da Igreja Universal
do Reino de Deus (IURD), fundada por Edir Macedo em 1977 no Brasil; Igreja
da Graça, fundada por R.R. Soares.
O sucesso do movimento teria seu fundamento na pulverização teológica
promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o
gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal.
Todas estas doutrinas: Batalha Espiritual, Confissão positiva, Maldições
hereditárias, Possessão de crentes, teriam origem no ensino teológico dos
movimentos de fé norte-americano.
No Brasil algumas igrejas que representam os neopentecostais são: a Igreja
Universal do Reino de Deus, Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Igreja
Internacional da Graça de Deus, Igreja Apostólica Fonte de Vida,
Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Ministério Apascentar, Igreja
Mundial do Poder de Deus, igreja Bola de Neve, Ministério Tempo do
Avivamento e etc.

BIBLIOGRAFIA

HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. Trad. João Marques Bentes. 4 edição. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006. 494.
LIMA, Paulo César. O Que Está Por Trás do G12. 4 edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
143p.
ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise – Decadência doutrinária na igreja brasileira. 4
edição. São Paulo: Mundo Cristão, 1999. 209p.
http//www.wikipedia.org.neopentecostal.html

SOLA FIDE
SOLA GRATIA
SOLA SCRIPTURA
SOLI DEO GLORIA

APOLOGÉTICA II
(MALDIÇÃO HEREDITÁRIA???)
"Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito." (Rm 8:1)

A palavra condenação no grego é “Katakrima” e implica em punição, juízo,


maldição, ou seja, não há mais maldição porque como diz o V2 deste capítulo 8
de Romanos “A lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou
(eleutheroo no grego - isentou, livrou, liberou, libertou) da lei do pecado e da
morte”.

Nos últimos anos, as igrejas brasileiras foram invadidas por uma literatura
repleta de senões teológicos, porém muito convincente e posteriormente
adentrou os templos doutrinas vãs e distorcidas biblicamente suplantando o
obscurantismo evangélico sendo assim, aceitas em nosso meio. Umas delas é
a chamada maldição hereditária que ocasionou em outra, a “quebra de
maldição”. Porém o maior problema não foi a doutrina em si, mas a total falta
de conhecimento bíblico de grande parte do povo evangélico, caindo assim no
que profetizou o profeta Oséias. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou
conhecimento”.
A máxima é a seguinte, a massificação da idéia de que qualquer fracasso ou
insucesso na vida resulta de uma provável transferência congênita. Isso vem
fazendo muita gente acreditar que a bíblia apóia o ensino acerca da maldição
hereditária, ou seja, que o pecado de uma pessoa vai se transferindo para
outra em família, numa linha interminável. Com isso alguns grupos
neopentecostais estão apregoando que até mesmo um cristão (entenda-se
aquele/a nascido/a de novo) precisa da “oração de desligamento” para poder
se livrar dos espíritos familiares que lhe prendem. Quatro textos cooperam para
a (teologia?) da maldição hereditária:
1- O primeiro encontra-se em Levítico 19:31;20:6 (só que na versão King
James ou do Rei Tiago). Obs: uma versão equivocada que diz assim:
"Não vos voltareis para os que têm espíritos familiares, para não serdes
contaminados por eles. Eu sou o Senhor." Lv 19:31
"E a alma que se voltar para os espíritos familiares, eu me voltarei contra ela, e
a eliminarei do meio do meu povo." Lv 20:6
Na realidade no original se fala dos que consultam os mortos (necromantes,
advinhadores na versão revista e corrigida da SBB) e não espíritos familiares
que dá imaginação aos intérpretes da maldição hereditária para fazerem assim.
No entanto Levítico não fala de espíritos familiares que passam de pai para
filho, de avô para neto e sucessivamente, mas da advinhação, da consulta aos
mortos e da feitiçaria que são práticas abomináveis a Deus e que era tão
comum nas nações ao redor de Israel naquela época e ainda salienta as
diversas penas (20:6) que Deus instituiu para punir ao que, porventura
desobedecesse aos seus mandamentos.
2- O segundo encontra-se em Êxodo 20:5-6
“Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos
pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em
milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos”.
Este texto serve de refutação à teoria da maldição hereditária, pois até a
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem não
se refere a netos, trinetos e etc, mas é continuidade da ira, da sua durabilidade
e não extensão biológica. Do mesmo modo milhares não é uma figura
matemática, mas a extensão ilimitada do amor de Deus. O texto assevera que
o agente punidor da transgressão da lei é o próprio Deus, que julga aqueles
que praticam atos abomináveis, e não algo que passa de geração a geração. O
texto deixa bem claro e muito claro que o juízo de Deus só cai sobre os
transgressores da lei, mas enquanto eles forem trangressores, pois ao
deixarem de sê-lo (o que só é possível através da expiação do sangue de
Jesus) deixam de estar sob a punição de Deus.

O que se confunde realmente é o juízo (maldição) de Deus, que já foi


cancelado pela morte expiatória de Jesus Cristo no calvário, com crendices
humanas resultantes de superstição. À luz da bíblia a palavra “maldição”
define-se por uma sentença que vem da quebra da lei moral de Deus. O que
está previsto em Êxodo 20:5-6 é o juízo previsto na lei para os obedientes,
enquanto permanecerem na desobediência. Assim quando Deus pronuncia
uma maldição é:
1- Uma denúncia contra o pecado.
2- Julgamento contra o pecado.
3- A pessoa que sofre as conseqüências do pecado pelo julgamento de Deus, é
chamada de maldição (no caso, maldita).

Porém se a pessoa for recebida por Jesus numa entrega absolutamente


consciente de vida, o juízo (maldição), previsto pela lei sobre todos os
transgressores, não mais atingirá. Toda maldição prevista na lei de Moisés foi
cancelada de uma vez por todas por Jesus Cristo, que se fez maldição em
nosso lugar.

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro; para que a benção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo”... Gl 3:13-14

Portanto em Jesus toda maldição é quebrada, já não somos amaldiçoados


(pela lei), como está escrito em Romanos 8:1: “Portanto, agora,
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
Ora para finalizar o profeta Ezequiel passa de vez um cheque neste assunto,
derrubando qualquer dúvida:
“Mas dizeis: Porque não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus
estatutos e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar essa morrerá; o filho não levará a maldade do
pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele”.
(Ez 18:19-20)

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