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DESIGNAÇÃO
Domínio ou UFCD
Unidade:
LÍNGUA PORTUGUESA – TÉCNICAS DE ESCRITA
Módulo:
(50 HORAS)
1
Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Objetivo do Documento:
2
Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
ÍNDICE
Índice…………………………………………………………………………………………………………………………p.3
Objetivos……………………………………………………………………………………………………….………….p.4
Benefícios e condições de utilização…………………………………………………………………………p.4
Manual:
I – Pontuação………………………………………………………………………………………………………….…p.5
II- Ortografia………………………………………………………………………………………………………….…p.5
III – Tipos e formas de frase………………………………………………………………………..………..p.6
IV – O que é a comunicação?.......................................................................p.7
IV- Comunicação ao nível da empresa………………………………………………………….…………p.9
V- Comunicações externas…………………………………………………………………………………….p.12
VI – Tipos de carta………………………………………………………………………………………….…….p.15
VII – Comunicações internas………………………………………………………………………………..p.15
VIII – Textos funcionais………………………………………………………………………………….…….p.18
IX – Acordo Ortográfico………………………………………………………………………………….…….p.22
X – Bibliografia…………………………………………………………………………………………………….…p.26
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
OBJETIVOS
A Língua Portuguesa, devido às suas especificidades, normalmente, apresenta
dificuldades quer para estrangeiros quer para falantes nativos. É principalmente na
escrita que se encontram as maiores dificuldades.
Se por um lado encontramos dúvidas de cariz estrutural, isto é, a pontuação,
a ortografia, a articulação das ideias. Por outro lado, defrontamo-nos com a
especificidade do vocabulário e do estilo da linguagem da administração que nem
sempre contribuem para uma compreensão inequívoca dos textos que se produzem.
Esta ação de formação tem como objetivo sensibilizar os formandos para esta
temática, bem como orientá-los para a importância da escrita na comunicação.
O manual deve ser utilizado em todas as sessões de formação, uma vez que
contém suporte teórico e exercícios para consolidação de conhecimentos.
Por outro lado, servirá para consulta futura e esclarecimento de eventuais
dúvidas.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
I Pontuação
O Ponto Final Marca uma pausa prolongada, termina uma frase, delimita uma
ideia.
A Vírgula Equivale a uma pequena pausa, separa elementos de uma enumeração
ou substitui um verbo omitido.
O Ponto e Vírgula Marca uma pausa mais prolongada do que a vírgula, mas não
equivale ao fim da frase. Separa as partes que se ligam ou opõem num mesmo
período.
Os Dois Pontos Marcam uma pausa prolongada e usam-se, normalmente, antes
da enumeração de várias coisas ligadas entre si ou, então, para introduzir a fala de
uma personagem no discurso direto.
As Reticências Equivalem a uma pausa grande que corta a frase, deixando-a em
suspenso. Indicam uma ideia que fica inacabada. Sugerem sentimentos que cabe ao
leitor adivinhar.
As Aspas Empregam-se para indicar o início e o fim de citações textuais, para
salientar uma palavra ou expressão na frase ou, ainda, para referir o título de um
jornal, de uma revista, de um livro…
O Travessão Serve para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos ou,
então, para isolar uma palavra ou expressão no texto.
Os Parênteses Marcam uma pequena observação intercalada numa ideia geral.
O Ponto de Interrogação Exprime uma interrogação, isto é, indica que há uma
pergunta direta.
O Ponto de Exclamação Emprega-se para exprimir admiração, espanto, alegria,
dor. Usa-se ainda para indicar uma ordem ou um desejo forte (frases de tipo
imperativo).
II Ortografia
REGRAS DE ORTOGRAFIA
Regra Exemplo
1. Só entre vogais se escreve -rr- e -ss-. Massa, terra, carro…
2. Antes de -p e -b e no fim da palavra escreve-se m. Campo, também, lombo,
tempo…
3. As palavras terminadas em -ação escrevem-se com ç. Negação, admiração, variação…
4. As palavras terminadas em -oção escrevem-se com ç. Comoção, noção, loção…
5. As palavras terminadas em -eição escrevem-se com ç. Afeição, refeição, eleição…
6. As terminações -aço e -aça escrevem-se com ç. Palhaço, cabaça, bagaço…
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
7. As terminações -oço escrevem-se com ç. Exceção: fosso, colosso… Caroço, tremoço, pescoço…
8. As palavras terminadas em -unção escrevem-se com ç. Junção, função, presunção…
9. As palavras terminadas em -iça e -iço escrevem-se com ç, desde que
antes do ç não haja m. Preguiça, nabiça, maciço…
10. As palavras terminadas em -issa e -isso escrevem-se com ss, desde Missa, compromisso, omisso…
que antes do i haja sempre m, excepto sumiço.
11. As palavras terminadas em -ice escrevem-se com c, sendo nomes Burrice, pelintrice, Eunice…
próprios e palavras derivadas, exceto Clarisse.
12. Os verbos terminados em -ecer e palavras da mesma família Conhecer, esquecer, arrefecer…
escrevem-se com c.
13. As terminações -ância, -ência escrevem-se com c, mas a palavra ânsia Distância, ciência, inteligência…
(desejo forte) leva s.
14. Nas palavras em que o som s (forte) se repete, escreve-se primeiro c Processo, necessário,
e depois ss. sucessivo…
15. As palavras começadas pelo som diss- escrevem-se com ss, exceto Dissílabo, dissolver, dissipar…
dicionário, dicéfalo e seus derivados.
16. As terminações ícia e ício escrevem-se com c. Malícia, polícia, sacrifício…
17. O grupo pens escreve-se sempre com s. Pensamento, compensa,
pensar…
18. As palavras começadas por des- escrevem-se com s, exceto dezembro Desastre, desordem, deserto…
e dez.
19. As terminações oso e osa escrevem-se com s, exceto gozo e goza. Formosa, manhoso, receosa…
20. As palavras começadas pres+vogal escrevem-se com s, exceto prezar Presença, presépio, presente…
e seus derivados.
21. As palavras terminadas em -eza escrevem-se com z sendo nomes Beleza, nobreza, riqueza…
derivados de adjetivos.
22. Os verbos pôr e querer não têm z. Pus, puseste, pôs, quis,
quiseste…
23. As terminações -uzir escrevem-se com z. Conduzir, produzir, reduzir…
24. O som u tónico escreve-se sempre u. Escudo, brancura, formosura…
25. Nos verbos poder, pôr e noutros da mesma família, escrevem-se com Pudesse, puser, puder…
u as formas verbais em que o E é aberto.
Tipos de Frase:
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Formas de Frase
Afirmativa/Negativa:
IV – O que é a comunicação?
REFERENTE
CANAL
CÓDIGO
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
1.3 Eficácia na comunicação: para que a comunicação seja perfeita, torna-se
necessário afastar todos os obstáculos ou ruídos.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
3-Língua é um conjunto de elementos convencionais (signos) articulados que
permitem a faculdade da linguagem.
.Vocabulário
Frases simples e curtas
Palavras com significado preciso e não palavras ambíguas.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Informações
Exposições (oralmente)
1.2. Comunicação horizontal intra-empresa
Informação que circula entre pessoas com o mesmo nível hierárquico.
Ex. entre 2 secretários, entre 2 directores.
Faz-se através de: Reuniões
Exposições
Memorandos
Oralmente
E ainda:...
Comunicação oblíqua
Comunicação emitida de um chefe de um departamento para os subordinados de
outro departamento. Em termos de organograma a comunicação circula
obliquamente.
Comunicações informais São conversas espontâneas, comunicações orais,
surgem da necessidade de satisfação de algumas informações.
1.3. Comunicação horizontal empresa-exterior
também chamadas de comunicações externas.
Uma outra classificação mais simples é feita distinguindo comunicações internas de
comunicações externas.
1.4. Internas
Servem para transmitir diretrizes, ordens, solicitar serviços, fornecer e veicular
informações, requisitar material.
Memorandos
Convocatórias
Atas
Relatórios ....
Circulares: São consideradas internas e externas. Informam sobre: Início de
atividade Fim ou suspensão de atividade
Modificação ou alteração
Iniciativas ocasionais
1.5. Externas
Cartas/ Ofícios
Circulares
Faxes
2 - NOÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA
Conjunto de documentos internos e externos emitidos e recebidos por uma
empresa nas relações com os seus públicos. As comunicações da empresa são
importantes pelo facto de:
No interior operacionalizam seus serviços;
No exterior projetam uma imagem.
Empresa Exterior:
Chefias Autarquias
Níveis Médios Segurança Social
Subordinados Clientes
Fornecedores
Bancos Seguros
Sindicatos
3 - FUNCÕES DA CORRESPONDÊNCIA
3.1.Internamente
Transmitir instruções
Solicitar serviços
Fornecer os transmitir informações
Convocar reuniões
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Veicular documentação
Requisitar material
3.2. Externamente
Pedir / Enviar informações, documentos;
Solicitar descontos, pagamentos, reformas;
Propor fornecimentos, produtos;
Responder a pedidos, propostas;
Apresentar orçamentos; propostas;
Resolver reclamações...
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
VI - COMUNICAÇÕES EXTERNAS
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Como traduzir os pensamentos por palavras?
Incapacidade de se restringir ao assunto
Frases descontroladas
4 - AS PERGUNTAS BÁSICAS
Porquê? | Quem? | Quando? | Onde? | O quê?
4.1. Porquê
É o objetivo da carta:
Concretizar algo; Confirmar acordos, compromissos, contratos;
Prestar informações;
Justificar uma atitude;
Pedir desculpas...
4.4. Onde?
O destino da carta: endereço exato; para o estrangeiro, método de despacho.
Onde escrever: Local calmo, sem interrupções.
5 - ESTRUTURA DA CARTA
Há vários tipos de disposição, vários estilos. A empresa opta por um estilo próprio e
deverá seguir sempre o mesmo estilo.
5.1.Cabeçalho ou timbre
É centrado ou à esquerda
Deverá conter: nome da empresa, nº de contribuinte, nº de registo, capital
social, endereço, apartado postal, nº telefone. Fax, e-mail, URL...
5.3. Referências
Indicação impressa que permitirá identificar e localizar as cartas mais rapidamente.
É o espaço onde vão ser indicadas:
as iniciais do remetente, o nº da comunicação (N/ Refª)
os mesmos elementos referentes a uma comunicação anterior do n/
destinatário (V/ Refª:)
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
5.4. Data
Todas as cartas devem ser datadas.
Pode colocar-se do lado direito, por baixo do destinatário;
À esquerda a seguir ao cabeçalho e alinhado com o destinatário;
Não se usam abreviaturas ou formas numéricas: deve ser, por ex: 5 de Agosto
de 2000.
Deve também colocar-se o local antes da data: Lisboa, 5 de Agosto de 2000
5.5. Assunto
Trata-se de resumir o conteúdo da carta no menor nº de palavras, não deixando
contudo, escapar todos os fatores relevantes para a posterior identificação da carta.
5.6. Vocativo
É a forma de cortesia com a qual se inicia a carta.
Ex.mos Senhores; V. Exª; Ex.ª; Senhor; Caro ...
5.7. Introdução
O primeiro parágrafo da carta deve identificar claramente:
A receção de qualquer comunicação anterior (com referência à data);
Quem é o remetente;
A razão porque escreve a carta.
5.8. Corpo da carta
Constituído por factos, explicações, opiniões que desenvolvem o assunto ordenados
de forma lógica.
5.9. Parágrafo de encerramento
É o modo de terminar a carta (fórmulas finais),
5.10. Assinatura
Por cima do nome e cargo escritos por extenso.
5.11. P.S.
Anotação na margem que podem dizer respeito a qualquer pormenor que, por
lapso, não foi incluído no corpo.
5.12. Anexos
Espaço reservado para referir os documentos que acompanham a carta.
5.13. Iniciais identificativas
De quem redige e de quem datilografou.
6 - REGRAS QUANTO À REDAÇÃO DE UM CARTA
6.1. Escreve-se com maiúsculas
Abreviaturas de tratamento: Dr. Drª, Sr.;
Nomes coletivos referentes a instituições: Igreja, Senado, Parlamento;
Nomes de firmas à exceção dos artigos e preposições;
Nomes das avenidas, ruas, praças, alamedas (quando o nome - por ex. avenida
- não faz parte de um endereço não é com maiúscula);
Nomes dos países, cidades (quando começam por artigos começa o nome é
com maiúscula);
A 1ª palavra depois do vocativo;
A 1ª letra de cada linha de uma morada;
Nomes de departamentos, setores e cargos da empresa;
Nomes dos meses;
Títulos dos livros.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
A seguir ao vocativo: dois pontos, vírgula ou nada;
MEMORANDO
Documento interno escrito de uma forma informal. Frequente nas grandes e médias
empresas e serve para dar corpo a uma ordem, instrução ou informação que deve
circular entre os vários departamentos. A mensagem deve ser sempre curta e
objectiva. Obedece a uma numeração.
Elementos
Referências;
De e para;
Assunto;
Data;
Assinatura.
Usa-se quando:
Se quer levar a muitas pessoas a mesma mensagem: informação, mudanças,
promoções, regalias, reuniões;
acompanhar relatórios;
estimular o pensamento ou acções dos indivíduos.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
ORDEM DE SERVIÇO
Tem uma redacção mais formal e implica uma responsabilização do receptor. Parte
de um superior hierárquico para os subordinados. Muitas vezes é emitida em
duplicado, devolve-se o duplicado assinado pelo receptor com a indicação da hora e
dia em que foi recebida. Obedece a uma numeração
Elementos
nº;
assunto;
de e para;
data;
assinaturas.
Ordem de Serviço nº n / ca / 96
Assunto:
De:
Para: O Conselho de Administração deliberou...
Lisboa, 2 de Fevereiro de 1999
O conselho de administração
Vogal Presidente
RELATÓRIOS
Comunicação organizada, fundamentada e comentada, sobre um facto ou conjunto
de factos ocorridos ou ainda a decorrer. Funciona como elemento de informação,
consulta ou prova e tem grande valor na análise e solução de problemas concretos,
na transmissão e apresentação de resultados de acções de pesquisa, de inspecção
e gestão, bem como no apuramento de responsabilidades.
1.TIPOS DE RELATORIO
Formal / Informal
Interno / Externo
De rotina / acontecimento específico
3.FASES DE UM RELATÓRIO
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
1º - Planear ou seja combinar organizadamente o trabalho e o tempo. Um relatório
pressupõe duas fases: a preparação e a redacção.
3.1. Preparação
Na preparação prévia devem ser considerados o redactor, o leitor e a matéria.
3.1.1.Redator
Se é a pessoa mais indicada para escrever o relatório e porquê. O redactor deve
definir o tema e qual a finalidade do relatório.
3.1.2.Leitor
Cabe ao redactor identificar os leitores e deverá considerá-lo em todas as fases do
relatório.
3.1.3.Matéria
O redator enfrenta uma série de questões: Qual o material que dispõe;
Onde o encontra? Do que precisa? Como vai dispor saber onde procurar
a informação, seleccionar o que for necessário, saber como dispor a
informação
O redator deve recolher tudo o que disser respeito ao assunto: contactos, visitas
aos locais, consulta de documentos, reuniões, entrevistas, questionários, consulta
de relatórios anteriores. Posteriormente há que seleccionar a informação conforme
os objetivos do relatório. Finalmente deve estruturar as ideias e fazer um esquema.
3.2. A redação
Para a redacção do relatório há ater em atenção três aspetos:
Estrutura
Linguagem
Apresentação
3.2.1. Estrutura
Nos relatórios mais simples introdução, desenvolvimento do tema e conclusão.
Nos relatórios mais complexos:
1. Capa ou página de título- título do relatório, nome do autor, nome dos
destinatários, data e referência (nalguns casos);
2. Índice - Deve conter todas as secções do relatório com referência às páginas,
incluindo capítulos e subcapítulos;
3. Resumo - síntese geral para que o leitor tenha uma ideia geral do que trata o
relatório;
4. Introdução - Introduzir o leitor para dentro do relatório. Define-se o objectivo
do relatório (para que vai servir, o que deu origem). Explica-se a forma como vai
ser desenvolvido e explica-se a o ordenamento dos temas, a metodologia;
5. Corpo de desenvolvimento - Narração dos factos, apresentação de toda a
fundamentação para as conclusões e recomendações; o que se viu, o que se soube,
o que se fez, o que se encontrou, o que se concluiu.
6. Conclusão - Resumo de todas as ideias apresentadas. Não podem aparecer
dados novos. Num relatório muito longo, no fim de cada capítulo deve-se
apresentar uma breve conclusão;
7. Recomendações - Sugerir alternativas à matéria tratada. As recomendações
devem estar devidamente argumentadas e fundamentadas.
8. Anexos / Apêndice - documentos que podem vir a completar a informação do
relatório. Os apêndices funcionam como dados suplementares (essenciais para
completar os factos narrados) e como forma de actualizar o relatório. Glossário -
Pode ser de termos técnicos, uma listagem de abreviaturas.
9. Agradecimentos - No fim. Podem também vir no início a seguir ao índice.
10. Referências - Lista de material não publicado aos quais fomos recolher
informação.
11. Bibliografia - Livros ou outras fontes de pesquisa. Apelido, nome do autor,
nome do livro, nº de edição; local, editora, ano.
12. Glossário - Quando se trata de um relatório muito técnico deverá conter um
glossário de termos.
3.2.2. Linguagem
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
A linguagem do relatório depende dos objectivos e do destinatário.
Deve ser precisa, exacta - verificar se está a usar a palavra certa no trabalho
certo;
Breve e concisa. Evitar construções complexas. Quanto mais simples, mais eficaz
è a comunicação e maior é o seu alcance;
Clareza - não deve deixar lugar a ambiguidades e ideias erradas;
Evitar palavras compridas;
Usar a voz ativa, deve dar-se a informação pela positiva porque agarra mais a
atenção do leitor;
Deve ser feito na 1ª pessoa do singular. Quando realizado por várias pessoas na
1ª pessoa do plural;
Ser concreto - usar termos práticos, evitar termos indefinidos (um certo,
alguns...)
Evitar a gíria;
Frases curtas. Parágrafos curtos e frequentes. Cada nova ideia um novo
parágrafo;
O relatório deve ser completo e não deixar espaço a dúvidas;
Deve-se ter em conta a pontuação, bem como a ortografia;
Quando é criado por um grupo restrito, utilizando palavras muito técnicas, no fim
do relatório deve-se criar um glossário.
3.2.3.Apresentação
A apresentação fica mais ou menos ao critério da pessoa. Se tiver de obedecer aos
critérios da empresa, no caso de existirem normas, o relatório é mais ou menos
pessoal, o que pode diversificar-se é o tipo de letra ou o aspecto.
Deve dar-se atenção às margens, não inferiores a 2,5 cm (espaço suficiente para
a encardenação);
Destacar cabeçalhos, títulos e subtítulos que devem manter sempre o mesmo
formato;
As entre linhas devem ser de 1,5 cm ou duplas;
Páginas numeradas.
Numeração com clareza, lógica e coerência.
IX - Textos funcionais
I REQUERIMENTO
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
até _____________________. (Assunto/ motivo do pedido) Vem requerer a V.ª
Ex.ª que se digne a permitir-lhe ….___________________
O Requerente
____________________
(Assinatura)
II A CARTA
* pessoal
Características:
correção gramatical, delicadeza, ordem e boa apresentação, manuscritas
(preferencialmente), frases e linguagem simples.
Características:
Clareza: frases curtas, vocabulário cuidado, evitar expressões gastas e repetições;
Concisão: evitar expressões inúteis e pormenores sem interesse, ir diretamente ao
assunto;
Precisão: uso do termo próprio e apropriado, apresentar as explicações necessárias;
Tom: deve ser pessoal, cortês, ponderado, positivo;
Atenção à ortografia, à sintaxe, à semântica, à pontuação, à acentuação, à
translineação, à margem de parágrafos…
III Convocatória
b) Quem é convocado
c) Para quê
d) Hora/dia/mês e ano
e) Local da reunião
f) Ordem de trabalhos
g) Data da convocação
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
IV A ata
Como se faz?
Notas:
Numa ata, todos os números devem ser escritos por extenso.
Os espaços em brancos devem ser trancados.
Não deve haver rasuras, nem siglas ou abreviaturas.
Em caso de omissão, no final, antes das assinaturas, devem escrever-se as
palavras “Em tempo” e, de seguida, a parte omissa.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Introdução
Acta número ______
Aos _______ dias do mês de __________ de
_______(ano) reuniram ______________(local)
___________(quem)______________(presiden
te), com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto
único:_____________________________
ou
Ponto um:
______________________________
Desenvolvimento
Ponto dois:
_____________________________
…
A reunião abriu
Encerramento
____________________________
____________________________________
____________________________________
________
V Ofício
e) ASSUNTO
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
h) Assinatura do responsável pela empresa/entidade/autarquia/associação
VI Curriculum vitae
Este documento resume essencialmente a vida profissional de uma pessoa e serve
para concorrer a qualquer emprego, curso, cargo.
Cartas de Apresentação
XI – O Acordo Ortográfico
Alfabeto
Base I
• O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram introduzidas as letras k, w, y
•ABCDEFGHIJKLMOPQRSTUVWXYZ
• Usos:
• siglas e símbolos de unidades de medida: W W W (world Wide Web),km, kg, K
(potássio)
• palavras estrangeiras e seus derivados: antropónimos (nomes de pessoas e seus
derivados) Kafka, kafkiano; topónimos (nomes de lugares e seus derivados)
Kosovo, kosovar; e outras palavras (léxico comum): show; playboy.
Letra H
Sequência de consoantes
Base II
• O h inicial: emprega-se quando tem valor etimológico: (haver, homem, humor…);
suprime-se quando a sua supressão está consagrada pelo uso (erva, ervanário – a
par da forma de erudita herbanário)
• O h medial não se usa: (reabilitar, coerdeiro); também não se usa em casos
quando
a base se aglutina ao prefixo (lobisomem…).
Base III
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
• Suprimem-se as consoantes que não se pronunciam: estupefação, ação, ata,
ator, atual, adjetivo, arquiteto, batizado, coleção, correto, didática, efetuar,
espetáculo, injeção, ótimo, redação, subjetivo, subtração, trajeto…coletânea,
conceção, exceto, infeção, ótico, receção, retângulo, sintático, vetor, deítico,
datilografia, Egito.
• Mantêm-se as consoantes que se pronunciam: Estupefacto, adepto, apto,
compacto, convicção, corrupto, dicção, ficção, eucalipto, erupção, inepto, pacto,
rapto, egípcio.
Vogal tónica u
• É eliminado o acento na vogal tónica u nas terminações verbais gue(s) e gui(s):
averiguar_ eu averigue, tu averigues, eles averiguem (pres. do conj.); arguir_ tu
arguis, ele argui (pres. do ind.), argui tu (imperativo);
• É eliminado o acento na vogal tónica u nas terminações verbais que(s) e qui(s):
obliquar_ eu oblique, tu obliques, ele oblique, eles obliquem (pres. do conj.);
delinquir_ tu delinquis, ele delinqui (pres. do indic.), delinqui tu (imperativo).
• No pretérito perfeito, cuja vogal tónica é i, mantém-se o acento gráfico:
arguir_eu arguí.
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
não ligadas por preposição, ou outros elementos de ligação.
• Obs: não se usa o hífen quando estas palavras são empregadas fora do seu
sentido original: bico-depapagaio (espécie de planta); bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
Emprega-se o hífen nos topónimos compostos, iniciados pelo adjetivo grã ou grão
(Grã-Bretanha, Grão-Pará), por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados
por artigo (Entre-os-Rios; Trás-os-Montes).
• Os outros topónimos compostos escrevem-se separadamente, sem hífen.
Exceção: Guiné-Bissau.
• Obs: Não se usa hífen nas locuções substantivas (cão de guarda, pé de vento, dia
a dia, fim de semana), adjetivas (cor de vinho, cara de pau, cor de café com leite),
adverbiais (à vontade, depois de amanhã ), verbais (leva e traz, diz que diz, sobe
que sobe), prepositivas (abaixo de, quanto a), conjuncionais (logo que, por
conseguinte).
• Obs: Exceções consagradas pelo uso: mais-que-perfeito, ao deusdará,
à queima-roupa…
Emprega-se o hífen nos compostos com o advérbio bem e mal quando o elemento
seguinte começa por vogal ou h (bem-estar, mal-humorado).
• Obs: O advérbio bem (ao contrário de mal) pode não se aglutinar com palavras
começadas por consoante (bem-falante/malfalante, bemsoante/malsoante).
• Obs: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o
segundo elemento (benfazejo, benfeitor).
• Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além (além-mar,
além-fronteiras), aquém (aquém-fiar, aquém-Pirinéus), recém (recémnascido,
recém-chegado), sem (sem-número, sem-vergonha).
• Emprega-se o hífen para ligar encadeamentos vocabulares como uma
divisa (Liberdade-Igualdade-Fraternidade), um percurso (Porto-Viana-
Caminha), relações (Portugal-Angola), um voo (Lisboa-Porto).
Base XVI
• Nas formações com prefixos (ou falsos prefixos) de origem grega e latina,
emprega-se o hífen nos seguintes casos: nas formações em que o segundo
elemento começa por h (anti-higiénico, contra-habitual, extra-humano, préhistória,
sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico, neo-helénico, semihistórico).
Obs: Não se emprega o hífen nas formações que contêm os prefixos dese
in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano,
inábil).
• Emprega-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se
inicia a palavra: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica,
micro-ondas.
• Não se emprega o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela
com que se inicia a palavra: autoavaliação, autoestrada, antiaéreo,
autorretrato, semicírculo, superinteressante, aeroespacial, plurianual…
• Se o prefixo terminar por vogal e a palavra começar por r ou s, dobram-se essas
consoantes: antirracista, biorritmo, contrarregra, minissaia,
ultrassom, suprassumo.
• Emprega-se o hífen com os prefixos sub- e sob- antes de palavra iniciada
por r: sub-região, sub-reitor, sub-regional.
• Emprega-se o hífen com os prefixos circum- e pan- antes de palavra
iniciada por m, n ou vogal: circum-navegação, pan-americano, pannegritude.
• Emprega-se o hífen com os prefixos ex-, pós-, pré-, pró-, sota- vice- antes
de palavra iniciada por vogal ou consoante: ex-aluno, ex-diretor, exhospedeira,
pós-graduação, pré-história, pró-europeu, sota-mestre, vice-rei.
• Emprega-se o hífen quando o prefixo termina em r e a palavra começa com
a mesma letra: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
• Emprega-se o hífen com os prefixos ab-, ob- ad- diante de palavra
começada por b, d, r: ab-rogar, ob-rogar, ad-digital (por exemplo, em
*abrogar – perder-se-ia o valor da base).
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Com o prefixo co- sucedem os seguintes casos:
Se a palavra começa por vogal o , o prefixo junta-se à palavra: coobrigação,
coorientação, coocorrência;
Se a palavra começa por h, desaparece esta consoante: coabitação, coerdeiro;
Se a palavra começa pelas consoantes r ou s dobram-se essas consoantes:
corresponsável.
• Não se emprega o hífen com os prefixos pre- e re- mesmo diante de palavra
começada pela vogal e: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
• Emprega-se o hífen na formação de palavras com os advérbios não e quase: Não-
agressão, quase-delito, quase-nada…
• Emprega-se o hífen quando a palavra é um estrangeirismo (antiapartheid), um
nome próprio (anti-Europa), ou uma sigla (mini- GPS).
Base XVII
• Não se usa o hífen nas formas verbais hei de, hás de, há de, hão de. (formas
monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver).
• “de” funciona como mero elemento de ligação ao infinitivo com que se forma a
perífrase verbal (hei de ler).
Base XIX
• Escreve-se com minúscula: os dias da semana (segunda-feira) os meses do ano
(janeiro), as estações do ano (primavera), os pontos cardeais (norte) - mas não as
suas abreviaturas (N), axiónimos (senhor Carneiro, cardeal Sousa, doutor Sá).
Opcionalmente (Senhor, Cardeal, Doutor).
• Escreve-se com maiúscula ou minúscula: títulos de obras (A Máquina de Fazer
Espanhóis / A máquina de fazer espanhóis), hagiónimos (santa Teresa / Santa
Teresa), nomes de domínios de saberes (Matemática / matemática; Literaturas
Modernas / literaturas modernas), indicações de espaços (Rua de santa Catarina /
rua de santa Catarina; igreja do Carmo / Igreja do Carmo).
• Com maiúsculas, as siglas (NATO) e as abreviaturas (Sr., V.Ex.ª).
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Língua Portuguesa – Técnicas de Escrita
Bibliografia
AZEREDO, M. Olga, PINTO, M. Isabel Freitas M., LOPES, M. Carmo Azeredo, 1996.
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BORREGANA, António Afonso, 1996. Gramática Universal da Língua Portuguesa,
Lisboa, Texto Editora
CUNHA, Celso, CINTRA, Luís Lindley. 2000. Nova Gramática do Português
Contemporâneo, 15ª Edição, Lisboa, Edições Sá da Costa
REI, J. Esteves. 1995. Curso de Redacção II – O Texto, Porto, Porto Editora.
TEIXEIRA, Maria Ascensão, BETTENCOURT, Maria Assunção-Língua Portuguesa 8,
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ano, visitado em 15/09/2011
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