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Caso preparado por Joseph Lampel, da McGill University como base para discussão em classe,
1985.(In: QUINN, J.B.; MINTZBERG, H.; JAMES, R. The strategy process – concepts, contexts
and cases. Englewood Cliffs, N.J., 1988).
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À medida que o grupo crescia, a receita declinava. Os viajantes, especialmente os
mais ricos, passavam a fazer um longo desvio para evitar a floresta. Era um trajeto
mais caro e muito inconveniente, mas preferível a ter todos os seus bens
confiscados pelo pessoal de Robin Hood. Nessa contingência, Robin Hood
começava a considerar a idéia de substituir a política de assaltos por uma nova
política, definida como um pedágio, uma taxa fixa.
A idéia dessa nova política não era, no entanto, bem-vista pelos seus tenentes,
orgulhosos que eram do famoso dito atribuído aos homens de Robin Hood: “Roubar
dos ricos para dar aos pobres”. Os pobres, argüiam, eram sua fonte principal de
apoio e informação. Se fossem antagonizados através da introdução de uma nova
medida – a do pedágio de trânsito –, eles provavelmente desertariam das hostes de
Robin para ficar à mercê do Xerife.
Robin, assim, perguntava-se até quando poderia manter sua tradicional forma de
agir, seus métodos adotados desde os primeiros dias do movimento. O Xerife estava
ficando mais forte. Ele tinha dinheiro, homens, instalações. A longo prazo, poderia
destruir Robin e seus homens. Mais cedo ou mais tarde, descobriria as fraquezas do
grupo de Robin e passaria a atacá-las metodicamente. Robin, assim, entendia que
precisava chegar a pôr um fim em seu movimento. A pergunta, no entanto,
continuava sendo: Como fazê-lo?
Robin sabia que as chances de matar ou capturar o Xerife eram remotas. Além
disso, matar o Xerife viria a satisfazer sua sede pessoal de vingança, mas não
mudaria o problema básico. Era também improvável que o Xerife fosse substituído
ou deposto. Ele tinha amigos poderosos na Corte. Por outro lado – e Robin
continuava avançar e divagar –, se o distrito estivesse num estado permanente de
intranqüilidade e os impostos não pudessem ser coletados, o Xerife perderia apoio
junto à Corte. Pensando melhor, raciocinava Robin, o Xerife também podia usar
habilmente o estado de intranqüilidade para conseguir mais reforços. O resultado
final dependia muito do humor do regente, príncipe João. O príncipe regente era
conhecido como um homem cheio de vícios, instável e impredizível. Sua obsessão
era vencer a impopularidade entre aqueles que queriam a volta do rei Ricardo. João
vivia também numa situação de medo constante entre os barões feudais que se
tornavam, a cada dia, mais hostis ao seu poder. Diversos desses barões lançavam-
se à tarefa de coleta do resgate para obter a soltura do rei Ricardo Coração de Leão,
aprisionado na Áustria. Contatos haviam sido feitos com Robin para unir-se ao
movimento, compensando-o com uma futura anistia. Era uma proposição perigosa.
O banditismo na província era uma coisa, a intriga palaciana outra muito diferente. O
príncipe João era conhecido por sua capacidade de vingança. Se tal movimento pró-
Ricardo falhasse, e assim João permanecesse no poder, sem dúvida que haveria de
voltar todas as suas energias para o esmagamento de todos aqueles envolvidos no
movimento pró-Ricardo.
Foi nesse momento de reflexão que soou o clarim, despertando Robin de seus
pensamentos. Havia também o cheiro de um carneiro assado. Nada tinha sido
resolvido. Robin encaminhou-se para o acampamento, prometendo a si mesmo que
todos os problemas com que andara se detendo teriam prioridade “um” após a
operação de guerra que estava marcada para o dia seguinte.
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Responda as questões abaixo:
4. Desenvolva uma estratégia para ajudar Robin Hood, de maneira que ele
possa resolver os problemas que você identificou no texto. Procure dar
atenção tanto à formulação quanto à implementação dela.