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Princípios do Capacity Design em pontes

Análise de custos numa obra

João Pedro Fernandes Garcia

Dissertação para a obtenção do Grau Mestre em

Engenharia Civil

Júri
Presidente: Prof. José Manuel Matos Noronha da Câmara

Orientador: Prof. Mário Manuel Paisana dos Santos Lopes

Vogal: Prof. Carlos Alberto Ferreira de Sousa Oliveira

Novembro 2012
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Agradecimentos

O meu sincero agradecimento ao Professor Mário Lopes, orientador desta dissertação, pelo
apoio disponibilizado e também pelo seu valioso conhecimento e conselhos transmitidos ao
longo da realização deste trabalho.

O meu agradecimento aos meus pais, pelo apoio, força e paciência que demonstraram
apesar dos momentos difíceis pelos quais passamos.

O meu agradecimento ao meu irmão Tiago pelo apoio, quase que paternal, demonstrado.

O meu agradecimento ao meu irmão Daniel, por me ter ajudado e apoiado em diversas
situações.

E por fim, o meu agradecimento aos meus bons amigos: Xico, João, Cristóvão, Diana e
Tiago pela colaboração, companhia e apoio durante a realização deste trabalho.

i
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Resumo

Com a entrada em vigor da nova regulamentação europeia, o dimensionamento de


estruturas sofrerá uma alteração regulamentar no dimensionamento dúctil de estruturas, que
traz também uma mudança de filosofia ao nível de dimensionamento. Tal deve-se ao facto de o
novo regulamento europeu para zonas sísmicas, o Eurocódigo 8, se basear no conceito de
Capacity Design para o dimensionamento dúctil de estruturas, e recomendar este tipo
dimensiomento para zonas sísmicas, como é caso de Portugal, preterindo assim o
dimensionamento não dúctil de estruturas. Na actual regulamentação portuguesa, os conceitos
de dimensionamento por capacity design não são explícitos, embora estejam no
dimensionamento com ductilidade melhorada, bastando para tal cumprir alguns requisitos.
Como a maioria dos projectos em Portugal era dimensionado com ductilidade normal
(nomeadamente as estruturas de edifícios), nem sequer estes requisitos foram aplicados pela
maioria dos projectistas. No entanto, com a entrada da nova regulamentação europeia, que
recomenda e valoriza que se opte pelo dimensionamento dúctil de estruturas em zonas
sísmicas, os pressupostos do capacity design ganham relevo na prática do dimensionamento
de estruturas em Portugal.

Este trabalho incidirá sobre os custos desta nova alteração regulamentar, comparando as
alternativas de projecto possíveis com a introdução da nova regulamentação, que se reflectem
sobretudo nos pilares e fundações, pois são estes elementos estruturais de uma ponte que por
norma resistem às acções horizontais. Também será feita uma análise comparativa com a
situação regulamentar anterior, para avaliar se a alteração regulamentar trouxe mudanças de
custos significativas. Tudo isto será feito com casos de estudos baseados em projectos reais.

Palavras-chave:

Ponte; Capacity Design; Estrutura; Regulamentação; Eurocódigo 8; Custos

iii
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Abstract

Following the new European Regulations and the new earthquake safety philosophy,
structural design will undergo regulatory changes in ductility criterions. This is due mostly to the
concept of Capacity Design and its mandatory application for medium or high seismic zones,
like Portugal.

This work will focus on the costs of this new rules change, comparing possible alternatives to
the project with the introduction of new regulations, which mainly reflect the columns and
foundations, as these are structural elements of a bridge that normally resist horizontal actions.
Also there will be a comparative analysis with previous regulation, to evaluate whether this rules
change brought significant cost changes. This will be done with case studies based on a real
project.

Keywords:

Bridge, Capacity Design; Structure; regulations; Eurocode 8; Costs

v
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Lista de Acrónimos

 EN 1990 – Eurocódigo 0: Bases para o projecto de estruturas;


 EN 1991-1.4 – Eurocódigo 1: Acções em estruturas – Acções do vento;
 EN 1991-1.5 – Eurocódigo 1: Acções em estruturas – Acções térmicas;
 EN 1991-2 – Eurocódigo 1: Acções em estruturas – Parte 2: Cargas de tráfego em
pontes;
 EN 1992-1.1 – Eurocódigo 2: Projecto de estruturas de betão – Parte 1.1: Regras
gerais e regras para edifícios;
 EN 1997-1 – Eurocódigo 7: Projecto geotécnico – Parte 1: Regras gerais;
 EN 1998-1 – Eurocódigo 8: Dimensionamento de estruturas resistentes a sismos –
Parte 1: Regras gerais, acções sísmicas e regras para edifícios;
 EN 1998-2 – Eurocódigo 8: Dimensionamento de estruturas resistentes a sismos –
Parte 2: Pontes;
 U.D.L. – Uniformly distributed loads (Cargas Uniformemente Distribuídas);
 C.Q.C. – Complete Quadratic Combination (Combinação Quadrática
Completa);
 S.R.S.S. – Square Root of the Sum of the Squares (Raíz Quadrada da Soma
dos Quadrados);
 R.S.A. – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e
Pontes (Decreto-Lei nº 235/83 de 31 de Maio);
 – Capacity Design;
 – Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado
(Decreto-Lei nº 349-C/83 de 29 de Setembro de 1984);

vii
Simbologia

Capítulo 2 : Análise sísmica de pontes e o dimensionamento por


“Capacity Design”

 – Força máxima e deslocamento máximo no oscilador linear;


 – Força e deslocamento máximo no oscilador não linear;
 – Força e deslocamento de cedência no oscilador não linear;
 – Coeficiente de Comportamento;

Capítulo 3 : Apresentação do caso de estudo

 – Altura da estaca;
 – Módulo de deformabilidade do solo;
 – Momento de Inércia em torno do eixo u (os eixos x e y);
 – Resistência de ponta;
 – Resistência lateral;
 – Área da secção transversal do elemento estrutural;
 – Ângulo de atrito interno.

Capítulo 4 : Determinação dos esforços de dimensionamento

 – Significa “combinado com”;


 – Factor de ductilidade para os deslocamentos;
 – Valor da acção sísmica de dimensionamento;
 – Área da secção transversal dos pilares;
 – Área de referência do tabuleiro;
 – Área de referência dos pilares;
 – Força do vento;
 – Esforço resultante de uma das acções permanentes tomada com o
seu valor característico;
 – Acções permanentes com o seu valor característico;
 – Distância da rótula plástica à zona de momentos nulos;
 – Momento actuante na base do pilar resultante da acção da
temperatura no tabuleiro da ponte;
 – Esforços de primeira ordem já considerando o efeito das imperfeições
geométricas na base dos pilares;
 – Esforços de primeira ordem sem consideração do efeito das
imperfeições geométricas na base dos pilares;
 – Esforço normal de dimensionamento do pilar;
 – Esforço normal do pilar resultante da sobrecarga rodoviária (parcela
de cargas pontuais);
 – Esforço normal do pilar resultante da sobrecarga rodoviária (parcela
uniformemente distribuída);
 – Esforço normal do pilar resultante do peso próprio da estrutura;

viii
____________________________________________________________________________

 – Esforço normal do pilar resultante da restante carga permanente


actuante no tabuleiro da ponte;
 – Valor característico do pré-esforço depois das perdas;
 – Valor característico do carregamento devido ao tráfego;
 – Valor quase-permanente das acções de longa duração;
 – Esforço resultante da acção variável base tomada com o seu valor
característico;
 – Esforço resultante de uma das acções variáveis, distintas da
acção base, tomada com o valor característico;
 – Espectro de resposta de dimensionamento;
 – Temperatura inicial, ou temperatura de um elemento estrutural no
momento da introdução do constrangimento (conclusão);
 – Limite inferior do ramo espectral de acelaração constante;
 – Limite superior do ramo espectral de acelaração constante;
 – Valor que define o início do ramo de deslocamento constante;
 – Componente mínima das variações de temperatura;
 – Acelaração de projecto em rocha;
 – Valores da aceleração máxima de referência em rocha;
 – Coeficiente de força nos pilares;
 – Coeficiente estrutural;
 – Deslocamento transverso relativo entre as extremidades do
elemento dúctil determinados na situação de dimensionamento sísmico;
 – Deslocamento total sob os efeitos do espectro de resposta de
dimensionamento;
 – Excentricidade da imperfeição geométrica de um pilar;
 – Valor característico da resistência à compressão do betão;
 – Esforço axial normalizado dos elemntos estruturais para a
combinação sísmica;
 ( ) – Pressão dinâmica de pico;
 – Valor de referência da velocidade do vento;
 – Coeficiente de redução relativo ao comprimento ou altura do valor
básico da imperfeição de um pilar;
 – Relação entre a distância da rótula plástica à zona de momentos
nulos ( ) e a espessura da secção na direcção da flexão da rótula plástica ( );
 – Classe de Importância da Ponte;
 – Extensão de retracção autogénea;
 – Extensão de retracção por secagem;
 – Extensão total de retracção;
 – Valor básico da imperfeição de um pilar;
 – Inclinação da imperfeição de um pilar;
 – Factor de combinação para o carregamento devido ao tráfego;
 – Espessura da secção na direcção da flexão da rótula plástica;
 – Valor característico de contracção máxima da componente da
variação uniforme de tabuleiro;
 – Coeficiente de força do vento. ;
 – Momento actuante na base do pilar;
 – Esforço resultante do pré-esforço;
 – Factor do terreno;
 – Período de vibração de um sistema de um grau de liberdade;

ix
 – Factor de comportamento;
 – Incremento de momentos de segunda ordem nas rótulas plásticas;
 – Constante definida no Anexo Nacional;
 – Coeficientes parciais de segurança;
 – Factor de correcção do amortecimento;
 – Massa volúmica do ar;
 – Coeficientes de redução;

Capítulo 5 : Dimensionamento dúctil de armaduras

 – Valor da acção sísmica de dimensionamento;


 – Armadura de suspenção;
 – Área da secção do pilar;
 – Área carregada (que corresponde à área da secção transversal de
um aparelho de apoio);
 – Maior área de distribuição de cálculo homotética de (que
corresponde à área da secção transversal de um pilar);
 – Armadura na base da secção;
 – Área de armadura longitudinal na secção;
 – Área de armadura longitudinal na secção;
 – Área de armadura total na secção;
 – Área total de armadura longitudinal na secção;
 – Armadura na face superior da secção;
 – Área da secção transversal das armaduras de esforço transverso;
 – Valor de cálculo da carga axial de compressão numa estaca;
 – Valor limite da força concentrada actuante no topo do pilar;
 – Força de tracção nas armaduras do coroamento do pilar;
 – Valor de cálculo da carga axial de tracção numa estaca à tracção;
 – Factor que depende dos valores e da sapata (ver Anexo 6 );
 – Momentos em relação ao centro de rotação do maciço de
encabeçamento
 – Momento de sobre-resistência na base do pilar;
 – Momento flector de dimensionamento na base do pilar;
 – Momento flector equivalente na sapata rígida;
 – Momento resistente na secção;
 – Momento máximo;
 – Esforço normal de dimensionamento na base do pilar;
 – Esforço normal equivalente na sapata rígida;
 – Esforço normal do pilar resultante da sobrecarga rodoviária (parcela
de cargas pontuais);
 – Esforço normal do pilar resultante da sobrecarga rodoviária (parcela
uniformemente distribuída);
 – Esforço axial na estacas;
 – Esforço normal do pilar resultante do peso próprio da estrutura;
 ; ; ; – Coeficientes adimensionais para a determinação da capacidade
resistnete da fundação;
 – Esforço normal do pilar resultante da restante carga permanente
actuante no tabuleiro da ponte;

x
____________________________________________________________________________

 – Esforço normal resultante da acção do peso próprio da sapata;


 – Valor de cálculo da capacidade resistente do terreno no contacto com
uma estaca à compressão.
 – Valor de cálculo da resistência numa sapata;
 – Valor de cálculo da capacidade resistente à tracção de uma estaca;
 – Valor de cálculo do esforço transverso equilibrado pela armadura de
esforço transverso na tensão de cedência;
 – Esforço transverso resistente;
 – Valor de cálculo da componente vertical da acção numa sapata;
 – Esforço de corte no topo da estaca;
 – Espessura da secção recangular equivalente;
 – Largura média da zona traccionada;
 – Largura da alma de vigas;
 – Largura da secção rectangular equivalente;
 – Valor de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão;
 – Valor característico da tensão de rotura do betão à compressão aos
28 dias de idade;
 – Valor médio da tensão de rotura do betão à tracção simples;
 – Valor de cálculo da tensão de cedência à tracção do aço das
armaduras para betão armado;
 – Valor característico da tensão de cedência à tracção do aço das
armaduras para betão armado;
 – Valor de cálculo da tensão de cedência das armaduras de esforço
transverso;
 – Capacidade resistente da fundação;
 – Factor de sobre-resistência;
 – Coeficiente parcial de segurança para a capacidade resistente ao
deslizamento;
 – Coeficiente parcial de segurança para a capacidade resistente do
terreno ao carregamento;
 – Coeficiente parcial para a capacidade resistente na ponta de uma
estaca;
 – Coeficiente parcial para a coesão em tensões efectivas;
 – Coeficiente parcial para uma acção permanente;
 – Coeficiente parcial para uma acção variável;
 – Coeficiente parcial para a capacidade resistente lateral de uma
estaca;
 – Coeficiente parcial para a capacidade resistente à tracção de uma
estaca;
 – Coeficiente parcial para a capacidade resistente total de uma estaca;
 – Coeficiente parcial para o ângulo de atrito interno;
 – Momento flector reduzido actuante;
 – Momento flector reduzido resistente;
 – Taxa de armadura mínima resistente ao esforço transversod e uma
viga;
 – Tensão actuante nas bielas comprimidas;
 – Esforço normal reduzido actuante;
 – Percentagem mecânica da armadura total na secção;
 – Espessura da secção;

xi
 – Assentamento da sapata;
 – Menor dimensão efectiva da sapata em planta;
 – Módulo de elasticidade;
 – Acção permanente actuante;
 – Momento actuante na base do pilar;
 – Acção variável actuante;
 – Altura útil de uma secção transversal; diâmetro; profundidade;
 – Tensão na base da sapata;
 – Espaçamento dos estribos;
 – Comprimento elástico das estacas (consola equivalente);
 – Coeficente de Poisson do material;
 – Percentagem mecânica de armadura na secção;
 – Altura do pilar;

Capítulo 6 : Dimensionamento com ductilidade limitada ( , )

Ver a lista referente ao Capítulo 5 :.

Capítulo 7 : Determinação das armaduras segundo a anterior


regulamentação (REBAP e RSA)

Ver a lista referente ao Capítulo 5 :.

xii
____________________________________________________________________________

Índice
Agradecimentos ............................................................................................ i
Resumo ........................................................................................................ iii
Abstract ........................................................................................................ v
Lista de Acrónimos .................................................................................... vii
Simbologia ................................................................................................. viii
Índice de Tabelas ..................................................................................... xvii
Índice de Figuras....................................................................................... xxi
Capítulo 1 : Introdução ................................................................................ 1
Capítulo 2 : Análise sísmica de pontes e o dimensionamento por
“Capacity Design” ............................................................................................ 3
2.1 Contexto regulamentar .............................................................................................. 3
2.2 Roturas frágeis em pontes ........................................................................................ 4
2.3 Princípios do Capacity Design .................................................................................. 7
2.4 Verificação de segurança de uma ponte à acção sísmica ........................................ 7
2.5 Ductilidade no betão armado .................................................................................... 8
2.6 Análise prévia às implicações económicas expectáveis do dimensionamento por
capacity design ........................................................................................................................ 11

Capítulo 3 : Apresentação do caso de estudo......................................... 13


3.1 Tabuleiro .................................................................................................................. 13
3.2 Pilares ...................................................................................................................... 14
3.3 Ligação pilar-tabuleiro ............................................................................................. 15
3.4 Restante carga permanente no tabuleiro ................................................................ 15
3.5 Fundações ............................................................................................................... 16
3.6 Modelação ............................................................................................................... 18

Capítulo 4 : Determinação dos esforços de dimensionamento ............. 21


4.1 Combinação da acção sísmica com outras acções ................................................ 21
4.2 Definição da acção sísmica ..................................................................................... 21
4.2.1 Espectros de resposta ..................................................................................... 21
4.2.2 Combinações modais e direccionais ............................................................... 22
4.2.3 Coeficiente de comportamento (q) .................................................................. 22
4.2.4 Parâmetros dos Espectros de Resposta ......................................................... 23
4.2.5 Espectros de Resposta de Dimensionamento ................................................ 24
4.3 Vento e sobrecarga rodoviária regulamentar (acções variáveis consideradas) ..... 25
4.4 Modelo tridimensional utilizado ............................................................................... 25
4.5 Retracção ................................................................................................................ 30

xiii
4.6 Temperatura ............................................................................................................ 31
4.7 Vento ....................................................................................................................... 32
4.7.1 Acção no tabuleiro ........................................................................................... 32
4.7.2 Acção nos pilares ............................................................................................ 32
4.7.3 Cargas actuantes ............................................................................................ 33
4.8 Sobrecarga rodoviária ............................................................................................. 34
4.9 Determinação dos esforços de dimensionamento .................................................. 35
4.9.1 Imperfeições geométricas ............................................................................... 37
4.9.2 Efeitos de 2ª ordem ......................................................................................... 39

Capítulo 5 : Dimensionamento dúctil de armaduras ( ) ............... 41


5.1 Secção rectangular equivalente .............................................................................. 41
5.2 Dimensionamento dos pilares sem Capacity Design .............................................. 42
5.2.1 Dimensionamento das armaduras de flexão dos pilares ................................ 42
5.2.2 Dispensa das armaduras longitudinais dos pilares sem CD ........................... 43
5.2.3 Dimensionamento das armaduras resistentes a esforços transversos nos
pilares sem CD .................................................................................................................... 44
5.2.4 Dimensionamento do coroamento dos pilares ................................................ 46
5.3 Dimensionamento das fundações superficiais sem CD .......................................... 48
5.3.1 Carregamento vertical ..................................................................................... 48
5.3.2 Deslizamento ................................................................................................... 51
5.3.3 Assentamentos excessivos ............................................................................. 52
5.3.4 Determinação da solução de armaduras da fundação ................................... 53
5.4 Dimensionamento das fundações profundas sem Capacity Design ....................... 56
5.4.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas submetidas a
esforço axial ........................................................................................................................ 56
5.4.2 Determinação da solução de armaduras da fundação ................................... 59
5.5 Dimensionamento das armaduras transversais dos pilares seguindo os princípios
do Capacity Design ................................................................................................................. 65
5.5.1 Armadura de confinamento dos pilares ........................................................... 66
5.5.2 Dispensa das armaduras longitudinais dos pilares tendo em consideração os
princípios do Capacity Design ............................................................................................. 67
5.6 Dimensionamento das fundações superficiais por Capacity Design ...................... 68
5.6.1 Carregamento vertical ..................................................................................... 68
5.6.2 Deslizamento ................................................................................................... 69
5.6.3 Assentamentos excessivos ............................................................................. 69
5.6.4 Determinação da solução de armaduras ........................................................ 70
5.7 Dimensionamento das fundações profundas por Capacity Design ........................ 72
5.7.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas submetidas a
esforço axial ........................................................................................................................ 72
5.7.2 Determinação da solução de armaduras da fundação ................................... 73

xiv
____________________________________________________________________________

5.8 Análise dos resultados obtidos ................................................................................ 76

Capítulo 6 : Dimensionamento com ductilidade limitada ( ) ....... 83


6.1 Dimensionamento de armaduras com ductilidade limitada ( ) .................... 83
6.1.1 Determinação da acção sísmica ..................................................................... 83
6.1.2 Determinação dos esforços de dimensionamento .......................................... 84
6.1.3 Determinação das armaduras nos pilares....................................................... 84
6.1.4 Verificação de segurança geotécnica das fundações superficiais de
ductilidade limitada .............................................................................................................. 85
6.1.5 Determinação das armaduras nas fundações superficiais ............................. 87
6.1.6 Verificação de segurança geotécnica das fundações profundas de ductilidade
limitada 87
6.1.7 Determinação das armaduras nas fundações profundas ............................... 89
6.2 Dimensionamento de armaduras em regime elástico ( ) ............................. 91
6.2.1 Determinação da acção sísmica ..................................................................... 91
6.2.2 Determinação dos esforços de dimensionamento .......................................... 92
6.2.3 Determinação das armaduras nos pilares....................................................... 92
6.2.4 Verificação de segurança geotécnica nas sapatas superficiais ...................... 93
6.2.5 Determinação das armaduras nas fundações superficiais ............................. 94
6.2.6 Verificação de segurança geotécnica das fundações profundas .................... 95
6.2.7 Determinação das armaduras nas fundações profundas ............................... 96
6.3 Análise dos resultados obtidos ................................................................................ 98

Capítulo 7 : Determinação das armaduras segundo a anterior


regulamentação (REBAP e RSA) ................................................................ 107
7.1 Determinação dos esforços de dimensionamento dos pilares mais fundação ..... 108
7.2 Determinação das armaduras nos pilares............................................................. 109
7.3 Ductilidade melhorada dos pilares (§144 do REBAP) .......................................... 110
7.4 Determinação das armaduras nas fundações superficiais ................................... 111
7.5 Determinação das armaduras nas fundações profundas ..................................... 112
7.6 Análise dos resultados obtidos .............................................................................. 114

Capítulo 8 : Desenvolvimentos futuros .................................................. 121


Referências Bibliográficas ...................................................................... 123
Anexos ...................................................................................................... 125
Anexo 1 Espectros de resposta de dimensionamento......................... 127
Anexo 2 Cálculo auxiliar para determinar o valor da extensão de
retracção do tabuleiro, ..................................................................... 131
Anexo 3 Determinação da acção do vento ............................................ 133
Anexo 4 Combinação direccional dos esforços e deslocamentos ..... 141
Anexo 5 Tabelas auxiliares para determinação de armaduras ............ 144

xv
Anexo 6 Tabelas auxiliares para verificações geotécnicas (Formulário
de Análise de Estruturas Geotécnicas (v3.1), 2007) .................................. 146
Anexo 7 Peças desenhadas.................................................................... 147
a Fundações superficiais sem Capacity Design ...................................................... 147
b Fundações superficiais com Capacity Design ...................................................... 151
c Fundações profundas sem Capacity Design ........................................................ 155
d Fundações profundas com Capacity Design ........................................................ 159
e Fundações superficiais não dúcteis ( ) ...................................................... 163
f Fundações profundas não dúcteis ( ) ........................................................ 167
g Fundações superficiais não dúcteis ( ) ...................................................... 171
h Fundações profundas não dúcteis ( ) ........................................................ 175
i Fundações superficiais com ductilidade melhorada (RSA)................................... 179
j Fundações profundas com ductilidade melhorada (RSA)..................................... 183

Anexo 8 Mapa de quantidade de armaduras ......................................... 186


a Fundações superficiais sem Capacity Design ...................................................... 186
b Fundações superficiais com Capacity Design ...................................................... 190
c Fundações profundas sem Capacity Design ........................................................ 195
d Fundações profundas com Capacity Design ........................................................ 200
e Fundações superficiais não dúcteis ( ) ...................................................... 206
f Fundações profundas não dúcteis ( ) ........................................................ 211
g Fundações superficiais não dúcteis ( ) ...................................................... 217
h Fundações profundas não dúcteis ( ) ........................................................ 222
i Fundações superficiais com ductilidade melhorada (RSA)................................... 228
j Fundações profundas com ductilidade melhorada (RSA)..................................... 232
Anexo 9 Mapa de Medições ........................................................................................ 237

xvi
____________________________________________________________________________

Índice de Tabelas

Tabela 3.1 - Características geométricas do tabuleiro da ponte ........................................... 13


Tabela 3.2 - Comprimento dos tramos................................................................................... 14
Tabela 3.3 - Características geométricas dos pilares da ponte ............................................. 14
Tabela 3.4 - Altura dos pilares da ponte ................................................................................ 14
Tabela 3.5 - Parâmetros geotécnicos do solo ....................................................................... 16
Tabela 3.6 - Altura das estacas dos pilares (caso de fundações profundas) ........................ 17
Tabela 3.7 - Características dos materiais dos elementos estruturais em betão armado ..... 19
Tabela 3.8 - Características materiais dos aparelhos de apoio em neoprene cintado (Reis,
2006) ........................................................................................................................................... 20

Tabela 4.1 - Determinação do esforço normal reduzido dos pilares ..................................... 23


Tabela 4.2 - Parâmetros para a definição da acção sísmica do tipo 1 – sismo 1.3 em terreno
do tipo B ...................................................................................................................................... 24
Tabela 4.3 - Parâmetros para a definição da acção sísmica do tipo 2 – sismo 2.3 em terreno
do tipo B ...................................................................................................................................... 24
Tabela 4.4 - Valores considerados de acelerações de projecto em rocha, ..................... 24
Tabela 4.5 - Coeficientes de majoração e de redução de cargas para a combinação com a
acção rodoviária como acção variável base ............................................................................... 25
Tabela 4.6 - Características dos dez primeiros modos de vibração ...................................... 26
Tabela 4.7 - Determinação da parcela U.D.L. System da sobrecarga rodoviária (SC;UL) ... 34
Tabela 4.8 - Determinação da parcela Tandem System da sobrecarga rodoviária .............. 34
Tabela 4.9 - Esforços normais na base dos pilares ( ,
sendo ) ...................................................................................................................... 35
Tabela 4.10 - Momentos flectores na base dos pilares (Sismo 1 condicionante) ................. 35
Tabela 4.11 - Esforços normais na base dos pilares para a combinação com a sobrecarga
rodoviária como acção variável base .......................................................................................... 36
Tabela 4.12 - Momentos flectores na base dos pilares para a combinação com a sobrecarga
rodoviária como acção variável base .......................................................................................... 36
Tabela 4.13 - Determinação dos momentos de 1ª ordem nos pilares para a combinação com
a sobrecarga rodoviária como acção variável base .................................................................... 38
Tabela 4.14 - Determinação dos momentos de 2ª ordem dos pilares, , e dos respectivos
momentos finais de dimensionamento, .............................................................................. 40
Tabela 4.15 - Determinação do esforço transverso de dimensionamento dos pilares, . 40

Tabela 5.1 – Características do método da secção rectangular equivalente ........................ 42


Tabela 5.2 - Coeficientes parciais para as acções ( ) ou para os efeitos das acções ( )
[Quadro A.3 do EN 1997-1] ......................................................................................................... 49
Tabela 5.3 - Coeficientes parciais para os parâmetros do solo ( ) [Quadro A.4 do EN
1997-1] ........................................................................................................................................ 49
Tabela 5.4 - Coeficientes parciais para as capacidades resistentes ( ) para fundações
superficiais [Quadro A.5 do EN 1997-1] ...................................................................................... 49
Tabela 5.5 - Coeficientes parciais para a resistência das estacas moldadas ( ) [Quadro
A.7 do EN 1997-1] ....................................................................................................................... 56
Tabela 5.7 – Parcela de quantidade de armadura de Capacity Design, [kg] ................ 76

xvii
Tabela 5.8 – Análise da parcela de quantidade de armadura, , por dimensionamento por
Capacity Design numa fundação superficial [kg] ........................................................................ 76
Tabela 5.9 - Análise da parcela de quantidade de armadura, , por dimensionamento por
Capacity Design numa fundação profunda [kg] .......................................................................... 76
Tabela 5.10 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por
Capacity Design por pilar [kg] ..................................................................................................... 77
Tabela 5.11 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por
Capacity Design por sapata [kg] ................................................................................................. 78
Tabela 5.12 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por
Capacity Design da fundação profunda pelo respectivo alinhamento de pilar [kg] .................... 79
Tabela 5.13 - Relação da quantidade de armadura CD [%] nas fundações profundas com a
altura das estacas [m] ................................................................................................................. 79
Tabela 5.14 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por
Capacity Design nas estacas das fundações profundas pelo respectivo alinhamento de pilar
[kg] ............................................................................................................................................... 80
Tabela 5.15 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por
Capacity Design num maciço de estacas das fundações profundas [kg] ................................... 80
Tabela 5.16- Relação da quantidade de armadura CD [%] das estacas com a sua altura [m]
..................................................................................................................................................... 81
Tabela 5.17 - Análise de custos no dimensionamento por Capacity Design [€] ................... 81

Tabela 6.1 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e de


ductilidade limitada [kg] ............................................................................................................... 98
Tabela 6.2 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre os dois tipos de
dimensionamento do EN 1998-2 na estrutura com fundação superficial [kg] ............................ 98
Tabela 6.3 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre os dois tipos de
dimensionamento do EN 1998-2 na estrutura com fundação profunda [kg] .............................. 99
Tabela 6.4 - Análise da diferença de quantidade de armadura por pilar num elemento dúctil
e de ductilidade limitada [kg] ....................................................................................................... 99
Tabela 6.5 - Análise à quantidade de armadura nas sapatas num elemento dúctil e de
ductilidade limitada [kg] ............................................................................................................. 100
Tabela 6.6 - Análise à quantidade de armadura por alinhamento de pilares nas fundações
profundas num elemento dúctil e de ductilidade limitada [kg] .................................................. 101
Tabela 6.7 - Análise à quantidade de armadura no maciço de encabeçamento de estacas
num elemento dúctil e de ductilidade limitada [kg].................................................................... 101
Tabela 6.8 - Análise à quantidade de armadura por alinhamento nas estacas das fundações
[kg] ............................................................................................................................................. 102
Tabela 6.9 - Análise de custos dos dois tipos de dimensionamento preconizados no EN
1998-2 [€] .................................................................................................................................. 103
Tabela 6.10 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e elástico
[kg] ............................................................................................................................................. 103
Tabela 6.11 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre o
dimensionamento dúctil do EN 1998-2 e o dimensionamento elástico na estrutura com
fundação superficial [kg] ............................................................................................................ 104
Tabela 6.12 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre o
dimensionamento dúctil do 1998-2 e o dimensionamento elástico na estrutura com fundação
profunda [kg].............................................................................................................................. 104
Tabela 6.13 - Análise de custos entre dimensionamento elástico e dúctil (EN 1998-2) [€] 104

Tabela 7.1 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e de


ductilidade limitada [kg] ............................................................................................................. 114

xviii
____________________________________________________________________________

Tabela 7.2 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, Δ, entre os


dimensionamentos dúcteis definidos nos dois regulamentos para estrutura com fundação
superficial [kg]............................................................................................................................ 114
Tabela 7.3 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, Δ, entre os
dimensionamentos dúcteis definidos nos dois regulamentos para estrutura com fundação
profunda [kg].............................................................................................................................. 115
Tabela 7.4 - Análise da diferença de quantidade de armadura por pilar num elemento de
ductilidade limitada [kg] ............................................................................................................. 116
Tabela 7.5 - Análise à quantidade de armadura nas sapatas [kg] ...................................... 116
Tabela 7.6 - Análise à quantidade de armadura nas fundações profundas [kg] ................. 117
Tabela 7.7 - Análise da quantidade de armadura nas maciço de encabeçamento entre os
dimensionamentos dúcteis dos dois regulamentos [kg] ........................................................... 117
Tabela 7.8 - Análise da quantidade de armadura nas estacas entre os dimensionamentos
dúcteis dos dois regulamentos [kg] ........................................................................................... 118
Tabela 7.9 - Análise de custos do dimensionamento dúctil preconizado pela antiga
regulamentação e a actual [€] ................................................................................................... 118
Tabela 7.10 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento de ductilidade
limitada (EN 1998-2) e ductilidade melhorada (RSA) [kg] ........................................................ 119
Tabela 7.11 - Análise de custos entre dimensionamento de ductilidade melhorada (RSA) e
ductilidade limitada (EN 1998-2) [€] .......................................................................................... 120

Tabela A.1 - Parâmetros dos Espectros de Resposta de Dimensionamento (EN 1998) .... 127
Tabela A.2 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; ) .................. 127
Tabela A.3 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; q=1,5) ..................... 128
Tabela A.4 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; ) .................. 129
Tabela A.5 - Espectros de Resposta utilizados no dimensionamento por RSA (zona A,
Terreno Tipo II) .......................................................................................................................... 130
Tabela A.6 - Definição dos valores dos coeficientes para a determinação de ............. 131
Tabela A.7 - Combinação dos momentos flectores para a acção do Sismo de Tipo 1 na base
dos pilares ................................................................................................................................. 141
Tabela A.8 - Combinação dos momentos flectores para a acção do Sismo de Tipo 2 na base
dos pilares ................................................................................................................................. 141
Tabela A.9 - Combinação dos momentos flectores provocados pela acção do vento na base
dos pilares ................................................................................................................................. 142
Tabela A.10 - Combinação dos momentos flectores provocados pela retracção e
temperatura na base dos pilares ............................................................................................... 142
Tabela A.11 - Determinação dos deslocamentos totais dos pilares sob a acção sísmica .. 143
Tabela A.12 - Determinação dos deslocamentos totais dos pilares sob a combinação
sísmica ...................................................................................................................................... 143
Tabela A.13 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais sem Capacity Design ............................................................................................. 186
Tabela A.14 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais com Capacity Design ............................................................................................. 190
Tabela A.15 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
profundas sem Capacity Design ............................................................................................... 195
Tabela A.16 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
profundas com Capacity Design ............................................................................................... 200
Tabela A.17 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais não dúcteis ( ) .............................................................................................. 206
Tabela A.18 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
profundas não dúcteis ( ) ................................................................................................ 211

xix
Tabela A.19 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais não dúcteis ( ) .............................................................................................. 217
Tabela A20 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais não dúcteis ( ) .............................................................................................. 222
Tabela A.21 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
superficiais com ductilidade melhorada (RSA) ......................................................................... 228
Tabela A.22 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações
profundas com ductilidade melhorada (RSA) ........................................................................... 232
Tabela A.23 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais sem Capacity Design
................................................................................................................................................... 237
Tabela A.24 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas sem Capacity Design
................................................................................................................................................... 237
Tabela A. 25 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com Capacity Design
................................................................................................................................................... 238
Tabela A. 26 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com Capacity Design
................................................................................................................................................... 238
Tabela A.27 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com ductilidade
limitada ...................................................................................................................................... 239
Tabela A.28 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com ductilidade
limitada ...................................................................................................................................... 239
Tabela A.29 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com
dimensionamento elástico ......................................................................................................... 240
Tabela A.30 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com dimensionamento
elástico ...................................................................................................................................... 240
Tabela A.31 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com ductilidade
melhorada (RSA) ....................................................................................................................... 241
Tabela A.32 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com ductilidade
melhorada (RSA) ....................................................................................................................... 241

xx
Índice de Figuras

Figura 2.1 - Colapso por efeito do esforço transverso nos pilares, Bull Creek Canyon
(Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995) ............................................................................... 5
Figura 2.2 - Rotura do pilar de um viaduto por combinação de esforços de flexão e cortes
associados a esforços axiais elevados (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995) ................. 5
Figura 2.3 - Danos graves no viaduto da Estrada 3 da Auto-Estrada de Hanshin, Kobe ....... 6
Figura 2.4 - Comportamento não linear de um oscilador com um grau de liberdade ............. 9
Figura 2.5 - Comportamento Sísmico (Retirado do EN 1998-2) ............................................ 10
Figura 2.6 - Variação qualitativa dos custos de reparação (Lopes, 2009) ............................ 11

Figura 3.1 - Perfil transversal do tabuleiro (laje nervurada) ................................................... 13


Figura 3.2 - Perfil transversal do tabuleiro na secção aligeirada ........................................... 13
Figura 3.3 - Ligação pilar-tabuleiro adoptada. Fotografia do projecto em estudo. ................ 15
Figura 3.4 - Fundações superficiais dos pilares .................................................................... 16
Figura 3.5 - Fundações profundas dos pilares ...................................................................... 17
Figura 3.6 - Secção transversal do tabuleiro no SAP2000 (secção cheia) ........................... 18
Figura 3.7 - Secção transversal do tabuleiro no SAP2000 (secção vazada) ........................ 18
Figura 3.8 - Pormenor das barras rígidas na ligação tabuleiro - pilares ................................ 18
Figura 3.9 - Efeito conferido pelas lâminas de aço nos aparelhos de neoprene cintado (Reis,
2006) ........................................................................................................................................... 19

Figura 4.1 - Espectros de resposta de dimensionamento ..................................................... 24


Figura 4.2 - Representação tridimensional do modelo sísmico ............................................. 25
Figura 4.3 - Representação tridimensional do modelo sísmico (ângulo oposto) ................... 26
Figura 4.4 - Deformada do 1º modo de vibração da estrutura (plano xz) .............................. 27
Figura 4.5 - Deformada do 1º modo de vibração de um grupo de pilares (plano yz, x=84,4
metros) ........................................................................................................................................ 27
Figura 4.6 - Perspectiva tridimensional da deformada do primeiro modo de vibração da
estrutura (versão não extrudida) ................................................................................................. 27
Figura 4.7 - Deformada do 2º modo de vibração da estrutura (plano xy) .............................. 28
Figura 4.8 - Perspectiva 3D do 2º modo de vibração da estrutura ........................................ 28
Figura 4.9 - Deformada do 3º modo de vibração da estrutura (plano xy) .............................. 29
Figura 4.10 - Perspectiva 3D do 3º modo de vibração da estrutura ...................................... 29
Figura 4.11 - Esquema da actuação das acções do vento do pilar mais alto do 1º caso de
estudo .......................................................................................................................................... 33
Figura 4.12 - Cargas do vento actuantes no modelo efectuado no SAP2000....................... 33
Figura 4.13 - Modos de encurvadura e respectivos comprimentos efectivos para elementos
isolado. Extraído da Figura 5.7 do EN 1992-1.1. ........................................................................ 37
Figura 4.14 - Deformações dos pilares sob acções horizontais longitudinais ....................... 38

Figura 5.1 – Método da secção rectangular equivalente (Marchão & Appleton, Folhas de
apoio às aulas de estruturas de betão armado e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da
segurança aos estados limites últimos de elementos com esforço axial desprezável, 2007) .... 41
Figura 5.2 - Dispensa de armaduras longitudinais nos pilares .............................................. 44
Figura 5.3 - Representação de um modelo simples das tensões no topo do pilar para
determinação da força máxima nas armaduras .......................................................................... 47

xxi
Figura 5.4 – Determinação das cargas equivalente no solo para a sapata dimensionada por
“Capacity Design" ........................................................................................................................ 53
Figura 5.5 - Diagrama de esforços transversos numa sapata após dimensionamento de
pilares sem C.D. [kN] .................................................................................................................. 54
Figura 5.6 - Diagrama de momentos flectores numa sapata após dimensionamento de
pilares por C.D. [kN.m] ................................................................................................................ 54
Figura 5.7 - Modelo de escoras e tirantes utilizado no maciço de encabeçamento de estacas
(Montoya, Meseguer, & Cabé, 2000) .......................................................................................... 59
Figura 5.8 - Parâmetros do modelo de escoras e tirantes necessários à determinação da
armadura (Marchão, Appleton, & Câmara, Folhas de apoio às aulas de betão armado e pré-
esforçado II. Módulo 3: Fundações de edifícios, 2008) .............................................................. 59
Figura 5.9 - Modelo de cálculo usado para a determinação dos esforços axiais nas estacas
..................................................................................................................................................... 63
Figura 5.10 - Momentos por capacidade resistente nos pilares, (Inspirado na Fig. 5.1 do
EN1998 - 2) ................................................................................................................................. 65
Figura 5.11 – Determinação das cargas equivalente no solo para a sapata dimensionada por
“Capacity Design" ........................................................................................................................ 70
Figura 5.12 - Relação da quantidade de armadura CD [%] com a altura dos pilares [m] .... 78

Figura 6.1 - Espectros de resposta de dimensionamento de ductilidade limitada ( ) 84


Figura 6.2 - Espectros de resposta de dimensionamento de ductilidade limitada ( ) 91
Figura 6.3 - Relação da diferença da quantidade de armadura nos pilares verificada entre o
dimensionamento de ductilidade limitada e o dúctil [%] e a respectiva altura dos pilares [m] . 100
Figura 6.4 - Relação da diferença da quantidade de armadura nas estacas verificada entre o
dimensionamento de ductilidade limitada e o dúctil [%] e a respectiva altura das estacas[m] 102

Figura 7.1 - Espectro de resposta de dimensionamento (RSA, terreno tipo II, zona A) ...... 108

Figura A.1 - Direcções das acções do vento em tabuleiros de pontes (EN 1991–1.4) ....... 134
Figura A.2 - Gráfico do factor de exposição do vento, ce(z)................................................ 135
Figura A.3 - Coeficiente de força de cilindros sem uma extremidade livre ao fluxo de vento
................................................................................................................................................... 138
Figura A.4 – Modelo do pilar. Extraído da Tabela 7.16 do EN 1991-1.4 ............................. 138
Figura A.5 - Valores indicativos do factor de extremidade como função do racio de
solidez e da esbelteza ........................................................................................................ 139
Figura A.6 - Esquema da actuação das acções do vento do pilar mais alto do 1º caso de
estudo ........................................................................................................................................ 140
Figura A.7 - Cargas do vento actuantes no modelo efectuado no SAP2000 ...................... 140
Figura A.8 - Estado limite último à flexão composta numa secção circular (Gomes & Vinagre,
1997) ......................................................................................................................................... 144
Figura A.9 - Estado limite último à flexão simples de uma secção rectangular (Gomes &
Vinagre, 1997) ........................................................................................................................... 145

xxii
Capítulo 1 : Introdução

Com a entrada em vigor da nova regulamentação europeia, o dimensionamento de


estruturas sofrerá uma alteração regulamentar no dimensionamento dúctil de estruturas, que
traz também uma mudança de filosofia ao nível de dimensionamento. Tal deve-se ao facto de o
novo regulamento europeu para zonas sísmicas, o Eurocódigo 8, se basear no conceito de
Capacity Design para o dimensionamento dúctil de estruturas, e recomendar este tipo
dimensiomento para zonas sísmicas, como é caso de Portugal, preterindo assim o
dimensionamento não dúctil de estruturas. Na actual regulamentação portuguesa, os conceitos
de dimensionamento por capacity design não são explícitos, embora estejam no
dimensionamento com ductilidade melhorada, bastando para tal cumprir alguns requisitos.
Como a maioria dos projectos em Portugal era dimensionado com ductilidade normal
(nomeadamente as estruturas de edifícios), nem sequer estes requisitos foram aplicados pela
maioria dos projectistas. No entanto, com a entrada da nova regulamentação europeia, que
recomenda e valoriza que se opte pelo dimensionamento dúctil de estruturas em zonas
sísmicas, os pressupostos do capacity design ganham relevo na prática do dimensionamento
de estruturas em Portugal.

Este trabalho incidirá sobre os custos desta nova alteração regulamentar, comparando as
alternativas de projecto possíveis com a introdução da nova regulamentação, que se reflectem
sobretudo nos pilares e fundações, pois são estes elementos estruturais de uma ponte que por
norma resistem às acções horizontais. Também será feita uma análise comparativa com a
situação regulamentar anterior, para avaliar se a alteração regulamentar trouxe mudanças de
custos significativas. Tudo isto será feito com casos de estudos baseados em projectos reais.

No capítulo 2 é feita uma apresentação do Capacity Design, falando do porquê da sua


valorização na regulamentação europeia a implementar em Portugal, e cuja importância no
dimensionamento de estruturas resistentes à acção sísmica foi crescendo nas últimas décadas
após análises à posteriori dos danos estruturais resultantes da ação sísmica. Para tal são
descritos algumas tipologias de danos estruturais resultantes dos sismos de Northridge ou o de
Kobe.

É descrito em maior detalhe o que é o Capacity Design e fez-se uma análise breve e sucinta
à forma como é efectuada uma verificação de segurança de uma ponte à acção sísmica, e
como se insere o Capacity Design neste procedimento.

Como o Capacity Design está dependente da ductilidade dos elementos verticais resistentes
de uma estrutura, será também abordado o conceito de ductilidade do betão armado, e quais
as suas implicações para uma boa aplicação do Capacity Design numa estrutura resistente a
sismos.

Por fim, são descritos as implicações de custos, tanto iniciais como a longo prazo, que as
opções do projectista acarretam, nomeadamente o comportamento pretendido da estrutura sob
a acção sísmica.

Para comparar as diferenças de custo de aplicação do Capacity Design no


dimensionamento de estruturas analisaram-se dois casos de estudo inspirados num projecto
real constituído por pilares de pequena estatura, sendo que um dos casos de estudo é
constituído por fundações superficiais, e outro por fundações profundas. No capítulo 3 é feita a
apresentação destes dois casos de estudo, sendo descrito os seus diversos parâmetros
(geométricos, o tipo de ligação pilar-tabuleiro, fundação, etc…), assim como a respectiva
modelação considerada para a determinação dos diversos esforços actuantes e respectivas
simplificações adoptadas.
__________________________________________________________________________
1
Capítulo 1

A determinação dos esforços da estrutura segundo a nova regulamentação europeia será


depois descrita no capítulo 4, nomeadamente, os esforços que determinarão a escolha de
armaduras dos pilares e respectivas fundações (os elementos estruturais que resistirão às
acções sísmicas).

No capítulo 5 são determinadas as armaduras dos elementos verticais resistentes para os


vários casos em análise (fundação superficial sem Capacity Design, fundação superficial com
Capacity Design, fundação profunda sem Capacity Design e fundação profunda com Capacity
Design), a partir dos quais são definidas as respectivas peças desenhadas e mapas de
quantidades.

Com os mapas de quantidades efectuados, determinaram-se os custos totais de cada caso


em análise, e a partir da comparação entre estes valores determinou-se a parcela da
quantidade de armadura correspondente aos princípios do CD, que permitiu analisar quais são
os seus custos associados, e de que forma eles se distribuem nos elementos estruturais
resistentes.

No capítulo 6 efectuou-se o dimensionamento da estrutura com o outro comportamento


permitido pelo eurocódigo, o dimensionamento não dúctil da estrutura, e comparou-se com o
dimensionamento dúctil com Capacity Design determinado anteriormente no capítulo 5.

No capítulo 7 foi efectuada uma análise de custos na prespectiva do projectista que agora
se vê confrontado com a mudança regulamentar. Para tal, foi feito o dimensionamento dos
casos de estudo com os anteriores regulamentos em vigor (RSA e REBAP), e analisados as
implicações de custos com a introdução da nova regulamentação, nomeadamente,
comparando com os casos de dimensionamento dúctil e não dúctil determinados nos capítulos
anteriores.

2
Capítulo 2 : Análise sísmica de pontes e o dimensionamento
por “Capacity Design”

2.1 Contexto regulamentar


A acção de um sismo pode provocar danos graves numa ponte, inclusive o seu colapso. A
sua ruína pode colocar em risco a vida de pessoas que se encontram sob ou sobre ela, e ter-
se-á provavelmente que proceder à sua substituição, o que acarreta custos elevados. Mesmo
que os danos sofridos não provoquem o seu colapso, a sua reparação poderá implicar o seu
encerramento, mesmo que temporário, o que poderá eventualmente provocar grandes
transtornos caso ela constituía uma ligação vital no sistema de transportes, afectando possíveis
serviços de emergência em auxílio às vítimas do sismo e provocando impactos económicos a
longo prazo, para além dos seus custos de reparação.

Dada a imprevisibilidade da acção sísmica e consequente dificuldade para a sua


caracterização tornam-se bastante valiosos os conhecimentos fornecidos através dos sismos
anteriormente ocorridos possibilitando a sua prevenção, pois existem alguns tipos de danos
que são recorrentes. Ao identificar-se as vulnerabilidades típicas consegue definir-se com um
menor grau de incerteza o comportamento da estrutura permitindo identificar potenciais
fraquezas. Destacam-se pela sua documentação os sismos que ocorreram em locais com
grande densidade de construção como o de Kobe (Japão) em 1995 ou o de Northridge (E.U.A.)
em 1994.

Priestley identificou três deficiências básicas de concepção no dimensionamento sísmico de


pontes, sobretudo durante o período anterior aos anos 70 do século XX (Standards Association
of New Zealand, 1976):

1 Os deslocamentos resultantes da acção sísmica eram bastante subestimados. Isto


acontecia porque também era considerado um sistema de forças laterais sísmicas
com valores mais baixos do que os reais e também ao facto de não se considerar a
fendilhação resultante nas secções dos elementos resistentes;
2 Assim, a relação entre forças sísmicas e forças gravíticas era baixa, provocando um
dimensionamento incorrecto dos elementos estruturais: isto levava a que os
diagramas de momentos devidos à combinação das acções gravíticas com a acção
sísmica fossem desadequados - alguns valores eram mais baixos do que o real. Isto
poderia assim provocar a dispensa prematura de armaduras. A localização e o valor
dos momentos nas secções críticas também poderiam estar errados;
3 Acções estruturais inelásticas e conceitos associados de ductilidade e Capacity
Design, que são cruciais para uma boa resposta dos sistemas inelásticos sob a
acção de um sismo forte e que não eram considerados no processo de
dimensionamento elástico. Além disso, o local das potenciais rótulas plásticas não
era pormenorizado para aguentar grandes deformações inelásticas sem perda de
resistência, e a resistência ao corte desses elementos não era aumentada em
relação à resistência à flexão, aumentando a possibilidade de uma rotura frágil por
corte.

__________________________________________________________________________
3
Capítulo 2

A evolução do conhecimento permitiu a introdução do conceito de "benchmarking" no


dimensionamento de pontes, ao verificar-se que a um incremento de resistência das estruturas
não se obteria necessariamente um aumento do seu desempenho aos sismos (Standards
Association of New Zealand, 1976):

Sobre a consideração do comportamento não linear de uma estrutura, ela pode ser
efectuada através de vários procedimentos. O regulamento que se encontra em vigor em
Portugal (R.S.A.) preconizava um método simples para a consideração desses efeitos que
consiste na afectação dos esforços resultantes de uma análise elástica linear através do
quociente com um coeficiente de comportamento adequado para se proceder à verificação de
segurança da estrutura.

No entanto, este procedimento tem como resultado que a cedência ou rotura pode ocorrer
em qualquer secção de qualquer elemento da estrutura e em qualquer modo, não se
controlando o modo de rotura da estrutura, e consequentemente o seu comportamento não
linear, pois este depende do tipo de esforço interno que lhe dá origem (Coord. Mário Lopes,
2009). A nova regulamentação europeia de acções sísmica, o Eurocódigo 8 (EN 1998) também
preconiza um método semelhante ao do R.S.A., afectando o espectro de resposta elástico da
estrutura por um coeficiente de comportamento . Mas para assegurar um bom comportamento
não linear da estrutura, o EC8 introduz o conceito de "Capacity Design" para o
dimensionamento sísmico de estruturas.

2.2 Roturas frágeis em pontes


Apesar de os efeitos resultantes da acção sísmica (perdas materiais ou humanas) serem
sempre lamentáveis, eles acabam por fornecer uma fonte riquíssima de conhecimento sobre
qual é a verdadeira resposta das estruturas a estas solicitações, permitindo adoptar tipologias
de prevenção ou actuação para evitar, ou pelo menos diminuir, perdas em futuros sismos.

A esse respeito, pode-se falar sobre o sismo de Northridge (E.U.A.) em 1994, e o livro “O
Sismo de Northridge, Los Angeles, 17 de Janeiro de 1994: Ensinamentos para Portugal”
(Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995), no qual é feita uma detalhada e exaustiva
descrição sobre o comportamento de estruturas, assim como um apreciável levantamento de
danos. Fez-se uma transposição de alguns desses relatos de colapsos das estruturas das
pontes para este documento, cujo dimensionamento por Capacity Design não foi
provavelmente tido em conta, resultando em roturas frágeis dos elementos resistentes.

No sismo de Northridge (E.U.A.) de 1994 quantificaram-se 7 obras de arte que sofreram


colapsos ou danos irreparáveis e 170 sofreram danos mais ligeiros como fissuração de
elementos estruturais ou o assentamento nos encontros (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa,
1995). A região da Califórnia já tinha sido assolada anteriormente por sismos fortes como o de
1989 (Loma Prieta) ou o sismo de São Fernando em 1971, tendo-se posteriormente procedido
a um esforço para avaliar e reforçar as estruturas das auto-estradas existentes, que permitiu
obter um bom desempenho geral das estruturas no sismo de Northridge.

Constatou-se a seguinte tipologia nos principais danos ocorridos (Oliveira, Azevedo,


Delgado, & Costa, 1995):

 Deslocamento excessivo dos tabuleiros face à exiguidade das dimensões dos


apoios;
 Colapso dos pilares principalmente por rotura por flexão-corte;
 Punçoamento induzido por súbita perda de apoio de um tramo de tabuleiro.

4
A passagem da estrada I-5 sobre o Bull Creek Canyon tinha um tabuleiro em viés que era
apoiado no encontro e em alinhamento de colunas, e onde se verificaram na zona
imediatamente abaixo de onde a armadura transversal era reforçada, a ocorrência de rótulas
plásticas com ruptura da armadura transversal, esmagamento do betão e instabilização
das armaduras longitudinais. Noutras colunas fenómeno idêntico ocorreu na sua base, numa
zona de ligação das colunas a um muro de suporte, como se pode constatar na Figura 2.1
(Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995).

Figura 2.1 - Colapso por efeito do esforço transverso nos pilares, Bull Creek Canyon (Oliveira,
Azevedo, Delgado, & Costa, 1995)

Na passagem superior SR-118 sobre os Boulevards Mission e Gothic era constituída por
dois tabuleiros independentes, tendo um deles colapsado e o outro sofreu deslocamentos
significativos que induziram danos irreparáveis de alguns pilares imediatamente abaixo de uma
zona de secção alargada, verificando-se a ocorrência de roturas por corte e flexão como se
apresenta na Figura 2.2. As cintas helicoidais desprenderam-se deixando de confinar o
interior resistente (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995).

Figura 2.2 - Rotura do pilar de um viaduto por combinação de esforços de flexão e cortes
associados a esforços axiais elevados (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995)

As rótulas plásticas nestes pilares ocorreram imediatamente abaixo da zona de


secção alargada do topo, onde a sua capacidade resistente é maior. Também na Auto-
estrada I-10 resultaram danos nos pilares como roturas por corte por espaçamento
excessivo das armaduras transversais (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995).

5
Capítulo 2

Outro sismo que se pode considerar relevante para o estudo da resposta das estruturas a
sismos é o que ocorreu em Kobe (Japão) em 1995, que ficou marcado por imagens como a da
Figura 2.3, onde é visível o viaduto da Estrada 3 da Auto-estrada de Hanshin com vários vãos
tombados. Neste viaduto quantificou-se 673 pilares com danos moderados a fortes, danos em
mais de 1300 vãos e cerca de 50 vãos necessitavam de ser substituídos (Chen & D., 2003).

Figura 2.3 - Danos graves no viaduto da Estrada 3 da Auto -Estrada de Hanshin, Kobe

Como nota de curiosidade em relação a este viaduto é de referir que em paralelo a eles se
encontra a ponte da Estrada Nº5 situada no litoral da cidade, que ao contrário do primeiro
exemplo, se encontra fundada em aterro. Apesar das piores condições de fundação, o
desempenho sísmico desta ponte acabou por ser melhor, visto que colapsou “apenas” um vão.
Esta grande diferença de desempenho é justificada pelo facto de o viaduto da Estrada 3 ter
sido construído no período de 1965 a 1970 e a ponte da Estrada 5 no início dos anos 90 (Chen
& D., 2003), evidenciado assim os melhoramentos ao nível de dimensionamento e construção
de estruturas.

Retomando novamente o sismo de Northridge, refira-se que todas as estruturas de betão


armado colapsadas haviam sido projectadas nos anos 60 e 70, ainda com uma anterior
legislação (Oliveira, Azevedo, Delgado, & Costa, 1995), evidenciando assim os benefícios dos
melhoramentos nos regulamentos de dimensionamento de estruturas em zonas sísmicas.

6
2.3 Princípios do Capacity Design
Sendo a acção sísmica bastante imprevisível e difícil de caracterizar torna-se também difícil
prever o comportamento da estrutura face a essa mesma acção. No entanto, é possível
contornar este problema impondo na estrutura o comportamento mais adequado, definindo à
priori as zonas onde se deverão formar as rótulas plásticas, assim como a sua sequência de
formação.

O Capacity Design é uma filosofia para o dimensionamento de estruturas dúcteis sujeitas a


sismos fortes, proveniente da Nova Zelândia, que sugere que alguns elementos resistentes às
forças laterais sejam escolhidos e pormenorizado para dissiparem energia através de grandes
deformações impostas. Pretende-se com isto promover a formação de rótulas plásticas nas
zonas críticas desses elementos e evitar os modos de rotura frágil como por exemplo as
roturas causadas pelo esforço transverso (Paulay & Priestley, 1992).

Segundo Paulay e Priestley (Paulay & Priestley, 1992), o procedimento Capacity Design
pode ser caracterizado, sintetizadamente, da seguinte forma:

1 As potenciais regiões de rótulas plásticas na estrutura são claramente definidas;


2 Modos de deformação inelástica indesejáveis, tais como os originados em
roturas por corte ou amarração deficiente e instabilidade, nos elementos com
rótulas plásticas, são inibidos assegurando que as resistências destes modos
excedem a capacidade das rótulas plásticas com sobre-resistência;
3 As regiões potencialmente frágeis, ou os elementos não adequados para uma
dissipação de energia estável, são protegidos assegurando que a sua resistência
excede as exigências originadas pela sobre-resistência das rótulas plásticas.

Já o Eurocódigo 8 diz resumidamente o mesmo: o dimensionamento de pontes através do


Capacity Design deve ser efectuado assegurando uma hierarquia apropriada de resistência dos
vários elementos estruturais, com o objectivo de se obter uma configuração pretendida de
rótulas plásticas evitando os modos de rotura frágil.

2.4 Verificação de segurança de uma ponte à acção sísmica


A acção dos sismos resulta de um conjunto de vibrações do solo que são transmitidas às
estruturas durante a ocorrência de um sismo. Este efeito impõe um conjunto de movimentos
rápidos horizontais na base da estrutura.

Em regiões com risco sísmico elevado, como é o caso de uma parte significativa do território
português, não é viável nem desejável por razões económicas e práticas, dimensionar a
generalidade das estruturas para acções sísmicas fortes em regime linear, sendo então
recomendado pelo novo regulamento europeu (EN 1998), um dimensionamento que tenha
como fim que a estrutura apresente um comportamento dúctil. Assim, esta tem capacidade
para dissipação da energia transmitida pelo sismo, aproveitando a ductilidade disponível dos
seus elementos estruturais. As estruturas são assim dimensionadas para esforços bastante
inferiores aos obtidos através de uma análise elástica.

7
Capítulo 2

É preciso ter presente que sismos de grande intensidade provocam fundamentalmente


quatro tipos de danos (Reis, 2006):

 Cedência das fundações devidas a fenómenos de liquefacção;


 Danos em encontros;
 Queda de elementos do tabuleiro;
 Danos em pilares ou com menor frequência no tabuleiro.

A generalidade das pontes é constituída por uma superstrutura (a parte que vence o vão e
que inclui o tabuleiro) e pela infra-estrutura (o conjunto de pilares, encontros, apoios e
fundações). De uma forma geral, pode-se desprezar a acção sísmica para o dimensionamento
da superstrutura. O mesmo já não acontece para a infra-estrutura, onde as acções horizontais,
nomeadamente a acção sísmica, são preponderantes para o dimensionamento desses
elementos estruturais.

Assim, numa ponte, o Capacity Design será um princípio relevante para o dimensionamento
da sua infra-estrutura. Para tal será também necessário ter presente o conceito de ductilidade
dos elementos verticais resistentes, nomeadamente, e para o presente caso de estudo, os
elementos de betão armado.

2.5 Ductilidade no betão armado


A ductilidade de uma estrutura, ou de um seu elemento resistente corresponde à sua
capacidade de sofrer grandes deformações para além do regime elástico sem uma perda
significativa da sua resistência (ver Figura 2.4).

O grau de exploração da ductilidade está directamente relacionado com os danos da


estrutura pelo que se deve ter em consideração a importância da mesma, nomeadamente pela
possível impossibilidade de utilização dessa mesma estrutura durante o tempo de reparação
após a ocorrência dum sismo. Daí decorre que estruturas de importância crucial, tais como
hospitais ou pontes de grande vão que asseguram ligações importantes, devem ser
dimensionadas com um coeficiente de comportamento mais reduzido que estruturas com
menor importância, no sentido de garantir que sofram menores danos durante a ocorrência de
um sismo intenso.

O coeficiente de comportamento, , pode ser explicado por um exemplo académico comum:


o oscilador com um grau de liberdade, que se encontra representado na Figura 2.4 da página
seguinte.

Como a acção sísmica corresponde a uma imposição de deslocamentos nas estruturas


resistentes, caso o oscilador admita um comportamento não linear, o facto de o deslocamento
imposto ser superior ao deslocamento de cedência ( ) não significa necessariamente
que a estrutura colapse.

8
Legenda:
– Força máxima e deslocamento
máximo no oscilador linear;
– Força e deslocamento de
cedência no oscilador não linear;
– Força e deslocamento
máximo no oscilador não linear.

Figura 2.4 - Comportamento não linear de um oscilador com um grau de liberdade

O que acontece é que para o mesmo valor de deslocamento imposto (em que
), as forças que se desenvolvem na estrutura são inferiores às que se desenvolvem
num regime linear. No entanto, se ao invés de deslocamentos impostos, fossem forças
aplicadas a estrutura colapsaria para a situação de .

Em projecto, estas características do comportamento não linear permitiram a simplificação


do cálculo dos esforços não lineares de estruturas devidos às acções sísmicas. Para tal, é
possível efectuar uma análise elástica da estrutura, afectando depois os resultados obtidos
através de um coeficiente de comportamento, .

O coeficiente de comportamento de uma estrutura depende assim de factores como a


ductilidade e a capacidade de dissipação de energia (através de ciclos histeréticos) dos seus
elementos constituintes.

Pode ser definido vários graus de dimensionamento à acção sísmica. Ao escolher-se um


coeficiente de comportamento mais baixo, obter-se-á um dimensionamento com maior
resistência, mas com um menor grau de ductilidade necessário. No entanto, ao usar-se em
projecto um coeficiente de comportamento maior, menor será a resistência dos elementos
dimensionados, mas maior será o nível de exploração da sua ductilidade.

9
Capítulo 2

No novo regulamento europeu (EN 1998), o valor dos coeficientes de comportamento, q,


estão relacionados com a classe de ductilidade adoptada, podendo-se escolher entre
dimensionamento de baixa ductilidade (D.C.L.), média ductilidade (D.C.M.) e alta ductilidade
(D.C.H.).

Legenda:
 Coeficiente de Comportamento;
 Comportamento Elástico Linear;
 Essencialmente Elástico;
 Dúctil Limitado;
 Dúctil.

Figura 2.5 - Comportamento Sísmico


(Retirado do EN 1998-2)

Para assegurar o comportamento dúctil dos elementos verticais, o EN 1998-2 recomenda


que em regiões de sismicidade média a alta é geralmente preferível, tanto por razões
económicas como por razões de segurança, dimensionar uma ponte para um comportamento
dúctil, ou seja, deve-se tentar assegurar que ela consegue dissipar uma parte significativa da
energia absorvida de sismos fortes (através de rótulas plásticas ou aparelhos de apoio
isolantes). Para estas pontes é necessário garantir que as zonas de rótulas plásticas tenham
uma resistência à flexão adequadas para resistirem aos efeitos das acções sísmicas. Tanto
quanto for razoável fazê-lo, as rótulas plásticas devem-se localizar em locais acessíveis para
inspecção e reparação e o tabuleiro deve-se manter no mínimo elástico. As rótulas plásticas
não se devem formar nas secções dos pilares de betão armado onde a força axial reduzida
exceda 0,6. As rótulas plásticas de flexão não têm necessariamente de se formam em todos os
pilares (EN 1998-2).

No entanto, é possível optimizar o comportamento sísmico pós-elástico de uma ponte se as


rótulas plásticas se desenvolverem aproximadamente no maior número de pilares em
simultâneo possível. A relação força-deslocamento deve ter um grande patamar de cedência
(ver Figura 2.5) e deve garantir a dissipação de energia histerética em pelo menos cinco ciclos
de deformação inelástica (EN 1998-2).

10
2.6 Análise prévia às implicações económicas expectáveis do
dimensionamento por capacity design

Durante a fase de projecto, é difícil saber com rigor quais os custos resultantes da
substituição/reparação dessa mesma estrutura decorrentes da ocorrência de um sismo forte
devido às imprevisibilidades inerentes da acção sísmica.

No entanto é possível estimar com um bom grau de fiabilidade os custos iniciais de uma
obra, em que partes desses valores estão directamente dependentes do tipo de
comportamento à acção sísmica que se pretenda que a estrutura tenha, e é definido ao nível
de projecto.

A implementação de resistência sísmica numa estrutura implica também um aumento nas


dimensões dos elementos resistentes, e na quantidade de armadura de aço e eventualmente
também nos custos de mão-de-obra decorrentes da execução de alguns pormenores
complexos nas armaduras dos elementos resistentes. Por exemplo, em projecto de edifícios, o
acréscimo global do custo inicial de uma construção devido à resistência sísmica poderá andar
pelos 2 ou 3% do custo da construção, sendo raras as situações em que ultrapassa os 5%,
podendo por isso considerar-se que no caso de edifícios, a segurança à acção sísmica é
barata. (Coord. Mário Lopes, 2009)

O novo regulamento europeu das acções sísmica em pontes (EN 1998-2) define no seu
artigo §4.1.6, nomeadamente na sua Tabela 4.1, vários limites máximos para o coeficiente de
comportamento a escolher na fase de projecto, que dependem do tipo de estrutura resistente
considerada (metálica ou de betão armado, resistência efectuada pelos pilares / encontros /
arcos, pilares inclinados ou verticais, e se é pretendido que a estrutura tenha comportamento
dúctil ou de ductilidade limitada), e cuja escolha terá implicações ao nível dos custos iniciais do
projecto.

No que diz respeito à previsão de custos dos danos, é preciso ter em consideração que
quanto mais dúctil for a estrutura considerada, menores serão os custos de reparação para
acções sísmicas superiores à acção sísmica de projecto. No entanto, caso ocorra um sismo
igual ou inferior à acção sísmica de projecto, os custos de reparação serão inferiores (Coord.
Mário Lopes, 2009). Isto pode ser esquematizado pela seguinte figura, onde o eixo vertical
representa os custos de reparação e o eixo horizontal representa a intensidade do sismo,
dependente de um valor escalar ( ) que se multiplica com o sismo de projecto do EC8.

Figura 2.6 - Variação qualitativa dos custos de


reparação (Coord. Mário Lopes, 2009)

11
Capítulo 2

Esta diferença de custos é explicável pelo facto de que quanto maior for a ductilidade
adoptada, mais cedo ocorrem as deformações inelásticas (ver Figura 2.4). Por isso, para
valores iguais ou inferiores ao da acção sísmica de projecto a opção de projecto por ductilidade
implica, em princípio, um maior custo previsível de custo de reparações a longo prazo, pois as
estruturas não ducteis apresentarão menores deformações inelásticas para a mesma acção,
necessitando por isso de menos reparações. Como estas deformações inelásticas ocorrem em
princípio por formação de rótulas plásticas na base dos pilares da estrutura, elas são no
entanto fáceis e baratas de reparar, sem perca considerável de capacidade de resistência
vertical de carga. No entanto, para acções sísmicas superiores à acção de projecto do
regulamento há a inversão dos papéis: a estrutura dúctil continua a efectuar deformações
inelásticas, isto é, rótulas plásticas na base dos pilares, e a estrutura não dúctil apresenta, ao
qual é associado a rotura do pilar ou da fundação e respectiva capacidade de carga vertical e
respectivo colapso da estrutura, acarretando por isso muitos mais custos que a situação dúctil.
Além disso, quanto maior o período de tempo de encerramento da estrutura, maior serão os
custos indirectos, sejam eles perdas económicas que advêm do encerramento da ligação que a
ponte assegura, quer pelos seus impactos sociais, além do facto do colapso da ponte poder ser
um entrave a uma maior prontidão de socorro. São custos indirectos difíceis de quantificar, mas
que tornam no entanto o dimensionamento dúctil de pontes mais recomendável.

Este trabalho centrar-se-á essencialmente nos custos iniciais da construção de pontes, sem
no entanto descurar análises breves e sucintas as implicações de custos que as opções de
projecto poderão ter no futuro.

12
Capítulo 3 : Apresentação do caso de estudo

Para analisar os custos da aplicação do princípio do Capacity Design no dimensionamento


de estruturas analisou-se dois casos de estudo inspirados num projecto real constituído por
pilares de pequena estatura, sendo que um dos casos de estudo tem fundações superficiais e
o outro tem fundações profundas.

3.1 Tabuleiro
Para esta análise considerou-se o seguinte perfil de tabuleiro:

Figura 3.1 - Perfil transversal do tabuleiro (laje nervurada)

Trata-se de uma solução com tabuleiro em laje nervurada de betão armado pré-esforçado já
que por força das suas características, como por exemplo a sua elevada esbelteza, é
frequentemente escolhida em zonas urbanas, onde o número potencial de vítimas de um sismo
é elevado. Nas zonas urbanas é primordial assegurar-se a operacionalidade das vias de
comunicação existentes que permitem eventuais acções de socorro rápidas necessárias,
devido ao seu imenso tráfego, e à enorme quantidade de pessoas passíveis de sofrerem com
as consequências inerentes às acções sísmicas.

Considerou-se três vazamentos por nervura a 1/5 de vão, permitindo assim diminuir o peso
próprio da estrutura. Os vazamentos considerados têm 0,8 metros de diâmetro. A configuração
geométrica dos vazamentos no tabuleiro é a seguinte:
z

y
Figura 3.2 - Perfil transversal do tabuleiro na secção aligeirada

As características geométricas do tabuleiro necessárias para a modelação sísmica são as


seguintes:

Tabela 3.1 - Características geométricas do tabuleiro da ponte

( ) ( ) ( )
Secção Cheia 13,83 2,79 208,25
Tabuleiro
Secção Vazada 10,82 2,56 168,72
Em que:

 Área da secção transversal do elemento estrutural;


 Momento de Inércia em torno do eixo u (no presente caso, os eixos x e y);

__________________________________________________________________________
13
Capítulo 3

Os casos de estudo foram inspirados num caso real com 14 tramos, em que o tramo tipo
tem um comprimento de 35 metros. Os comprimentos dos tramos da ponte são os seguintes:

Tabela 3.2 - Comprimento dos tramos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
[m] 21,40 28,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 25,35

O tabuleiro da ponte, com 459,75 metros de comprimento total, corresponde a uma solução
de betão armado e pré-esforçado, sendo o betão de classe de resistência C35/45.

3.2 Pilares
Para os elementos verticais considerou-se uma solução com pilares de betão armado com
secção circular de 1,60 metros de diâmetro, sendo que cada eixo de apoio do tabuleiro tem
dois pilares (cada pilar apoia a respectiva nervura da secção transversal do tabuleiro).

O seguinte quadro apresenta um resumo das características geométricas dos pilares:

Tabela 3.3 - Características geométricas dos pilares da ponte

( ) ( ) ( )
Pilares 2,01 0,32
Em que:

 Área da secção transversal do elemento estrutural


 Momento de Inércia em torno do eixo u (no presente caso, os eixos x e y)

Relativamente aos materiais constituintes dos pilares, eles são o betão C30/37 e o aço
A400.

Em cada alinhamento de pilares corresponde a seguinte altura dos pilares:

Tabela 3.4 - Altura dos pilares da ponte

Pilar
(m)
P1 10,06
P2 11,01
P3 11,10
P4 11,20
P5 9,26
P6 11,12
P7 9,59
P8 9,06
P9 11,09
P10 13,12
P11 14,21
P12 14,26
P13 14,40

14
Apresentação do caso de estudo

3.3 Ligação pilar-tabuleiro


A ligação pilar-tabuleiro é efectuada recorrendo a aparelhos de apoio em neoprene cintado
que minimizam os efeitos das variações de temperatura anuais e da retracção, com travamento
rígido na direcção transversal ao eixo da ponte e de travamento elástico na direcção paralela,
como apresentado na Figura 3.3. Nos encontros foram escolhidos aparelhos que permitem o
deslocamento longitudinal livre:

Travamento
Elástico

Travamento
Rígido

Figura 3.3 - Ligação pilar-tabuleiro adoptada. Fotografia do projecto em estudo.

Os aparelhos de apoio terão de cumprir com os seguintes requisitos de projecto:

 Dimensões:
o Diâmetro: ;
o Altura total do aparelho de apoio: ;
o Espessura mínima de neoprene nos aparelhos: ;

3.4 Restante carga permanente no tabuleiro


Definiu-se uma restante carga permanente no tabuleiro . Trata-se de um
valor que se encontra do lado da segurança, considerando que a restante carga permanente
do tabuleiro é constituída por um perfil móvel de betão no separador central, uma viga de
bordadura, um guarda-corpos, passeio, um lancil do passeio, uma guarda de segurança e um
piso betuminoso com 10 cm’s de espessura (espessura essa que tem em consideração
eventuais futuras repavimentações).

15
Capítulo 3

3.5 Fundações
A fundação da estrutura é efectuada num substrato Miocénico são a pouco alterado para
ambos os casos de estudo.

Considerou-se as seguintes características dos solos:

Tabela 3.5 - Parâmetros geotécnicos do solo

Unidades Geotécnicas ES (MPa) θ' (⁰) fS (kPa) Rp (MPa)


Miocénico alterado a muito
12 - 30 35 – 38 30 – 75 -
alterado (NSPT de 20 a 50)
Miocénico são a pouco
35 - 40 38 - 42 85 – 100 17 – 20
alterado (NSPT>60)
Em que:

 ES – Módulo de deformabilidade do solo;


 θ' – Ângulo de atrito interno;
 fS – Resistência lateral;
 Rp – Resistência de ponta;

As fundações superficiais para o primeiro caso de análise apresentam a seguinte


configuração geométrica:

Figura 3.4 - Fundações superficiais dos pilares

Os pilares fundam numa sapata conjunta para os dois pilares, com uma área de
e uma altura de para conferir a rigidez necessária à
sapata.

16
Apresentação do caso de estudo

Para o segundo caso de análise com fundações indirectas considerou-se a seguinte


configuração geométrica:

Figura 3.5 - Fundações profundas dos pilares

A fundação indirecta dos pilares é constituída por estacas moldadas em betão armado
solidarizadas entre si por intermédio de maciços de encabeçamento rígidos, também de betão
armado. O conjunto pilares + maciço de encabeçamento + estacas é ligado entre si de forma
monolítica. Cada maciço de encabeçamento permite a conexão de um pilar a quatro estacas
de fundação.

Tabela 3.6 - Altura das estacas dos pilares (caso de fundações profundas)

Pilar hestaca
P1 10,50
P2 10,00
P3 11,50
P4 13,00
P5 16,50
P6 16,00
P7 15,00
P8 15,00
P9 12,00
P10 9,00
P11 8,50
P12 8,50
P13 8,50

Em ambos os casos de fundação adoptou-se um betão . Nas fundações directas, a


tensão admissível do solo é de , enquanto nas estacas das fundações indirectas se
considerou uma resistência de ponta .

17
Capítulo 3

3.6 Modelação
A determinação dos esforços de dimensionamento foi efectuada recorrendo a uma análise
linear através de espectros de resposta introduzidos num modelo próprio para o efeito. Assim,
para a análise dos efeitos da acção sísmica efectuou-se um modelo no Software SAP2000.
Considerou-se elementos frames (elementos barra) para a simulação do comportamento dos
pilares e também do tabuleiro.

Relativamente ao tabuleiro recorreu-se a elementos com secções semelhantes às secções


reais (secção cheia e secção vazada do tabuleiro). As secções efectuadas no SAP2000
encontram-se representadas nas seguintes figuras:

Figura 3.6 - Secção transversal do tabuleiro no SAP2000 (secção cheia)

Figura 3.7 - Secção transversal do tabuleiro no SAP2000 (secção vazada)

Como a inércia da barra na direcção transversal é muito elevada, o elemento simula


adequadamente o comportamento do tabuleiro sob o efeito da acção sísmica.

A rigidez de torção do tabuleiro foi reduzida para metade do seu valor cumprindo assim o
preconizado no §2.3.6.1(4) do EN 1998-2.

No modelo, para ter em consideração a restante carga permanente e a parcela quase-


permanente da sobrecarga rodoviária na análise sísmica (a determinação deste valor encontra-
se descrito no capítulo 4.8 na página 34), foi definida a respectiva massa total no elemento
barra do tabuleiro através do comando mass source do SAP2000.

A ligação entre o centro de massa do tabuleiro e o dos pilares foi efectuada recorrendo a
elementos de barras rígidas, como apresentado na seguinte figura:

Barras Rígidas

Pilares

Figura 3.8 - Pormenor das barras rígidas na ligação tabuleiro - pilares

Compatibilizou-se assim os deslocamentos do tabuleiro com o deslocamento dos pilares.

18
Apresentação do caso de estudo

Para a modelação das fundações dos pilares considerou-se, por simplificação, que os
pilares se encontram encastrados na sua base, desprezando-se assim o efeito da
deformabilidade das fundações.

Os encontros foram modelados através de apoios simples móveis que restringem apenas os
deslocamentos verticais e os horizontais que são transversais ao eixo de desenvolvimento do
tabuleiro.

Os aparelhos de apoio foram simulados através de elementos de barra com as


características geométricas e mecânicas adequadas. Para essas barras definiu-se uma secção
circular com 0,90 metros de diâmetro, e com 0,25 metros de altura (o valor mínimo
recomendado no projecto). A rigidez axial foi ampliada por um valor muito elevado, através do
comando “Set Modifiers” para se ter em consideração o efeito conferido pelas lâminas de aço
que restringem as deformações transversais que o neoprene do aparelho sofre quando está
submetido a cargas verticais, ampliando assim a sua rigidez axial, como se apresenta
esquematicamente na seguinte figura:

N N

Figura 3.9 - Efeito conferido pelas lâminas de aço nos aparelhos de neoprene cintado (Reis,
2006)

Ainda em relação aos aparelhos de apoio, teve-se em consideração na direcção transversal


de cada um dos respectivos alinhamentos de pilares o efeito provocado pelos travamentos
laterais, que conferem rigidez nesta direcção.

Para ter em consideração a baixa rigidez angular conferida pelo neoprene dos aparelhos de
apoio, rotulou-se o topo dos aparelhos nas duas direcções.

Em todos os elementos de betão modelados foram definidos os valores do módulo de flexão


elástico regulamentar, que são os seguintes:

Tabela 3.7 - Características dos materiais dos elementos estruturais em betão armado

Módulo de flexão Coeficiente de


Elemento Material
elástico ( ) [GPa] Poisson ( )
Tabuleiro C35/45 34
Pilares C30/37 33 0,2
Fundações C20/25 30

19
Capítulo 3

Em relação aos aparelhos de apoio considerou-se dois módulos de flexão elástica, , ou


melhor, dois módulos de elasticidade transversal, , para duas situações distintas de tipo de
acções (Reis, 2006): acções lentas (variações de temperatura e retracção no tabuleiro) e
acções rápidas (acção sísmica). Foram consideradas as seguintes características materiais dos
aparelhos de apoio em neoprene cintado:

Tabela 3.8 - Características materiais dos aparelhos de apoio em neoprene cintado (Reis, 2006)

Tipo de Módulo de elasticidade Módulo de flexão Coeficiente de


Acções transversal ( ) [MPa] elástico ( ) [MPa]1 Poisson ( )
Lentas 0,9 2,7
0,5
Rápidas 1,8 5,4

1 Para o neoprene tem-se a seguinte relação: ( )

20
Capítulo 4 : Determinação dos esforços de dimensionamento

4.1 Combinação da acção sísmica com outras acções


O §5.5 do EN1998-2 recomenda a consideração da seguinte combinação para o
dimensionamento sísmico:

(5.5 – EN1998-2) Eq. 4.1

Onde:

 – Significa “combinado com”;


 – Acções permanentes com o seu valor característico;
 – Valor característico do pré-esforço depois das perdas;
 – Valor da acção sísmica de dimensionamento;
 – Valor característico do carregamento devido ao tráfego;
 – Factor de combinação para o carregamento devido ao tráfego;
 – Valor quase-permanente das acções de longa duração;

4.2 Definição da acção sísmica


4.2.1 Espectros de resposta
Os espectros de resposta de dimensionamento para a componente horizontal da acção
sísmica foram determinados através das equações definidas no §3.2.2.5 (4)P do EN 1998-1:

( ) [ ( )] (3.13 – EN1998-1) Eq. 4.2

( ) (3.14 – EN1998-1) Eq. 4.3

( )
( ){ (3.15 – EN1998-1) Eq. 4.4

( )
( ){ (3.16 – EN1998-1) Eq. 4.5

Em que:

 – Espectro de resposta de dimensionamento;


 – Período de vibração de um sistema de um grau de liberdade;
 – Acelaração de projecto em rocha (terreno do tipo A);
 – Limite inferior do ramo espectral de acelaração constante;
 – Limite superior do ramo espectral de acelaração constante;
 – Valor que define o início do ramo de deslocamento constante;
 – Factor do terreno;
 – Factor de comportamento (coeficiente de amortecimento ξ=5%);
 – Constante definida no Anexo Nacional ( );
__________________________________________________________________________
21
Capítulo 4

4.2.2 Combinações modais e direccionais


Para a combinação modal foi escolhida a combinação quadrática completa (CQC) no
modelo tridimensional, para ter em atenção a eventual correlação (ou não independência) das
respostas modais.

Os esforços e os deslocamentos sísmicos foram determinados, combinando os efeitos


obtidos pelas duas componentes direccionais da acção sísmica (segundo dois eixos principais
definidos no modelo), recorrendo ao SRSS, isto é, à raiz quadrada da soma dos quadrados dos
valores obtidos.

Como os elementos verticais resistentes à acção sísmica (pilares) têm uma secção
transversal circular, as duas componentes horizontais dos momentos e dos deslocamentos
provocados pela acção sísmica serão combinados vectorialmente (recorrendo-se também ao
método SRSS), mas tendo em consideração que não existe simultaneidade de momentos
máximos sísmicos, sendo que por isso se adoptou a recomendação do §4.3.3.5(3) do EN
1998-1, que refere que se tenha em consideração apenas 30% do valor da componente menos
condicionante (o que corresponde ao valor médio dessa mesma componente).

4.2.3 Coeficiente de comportamento (q)


O §4.1.6(3) do EN 1998-2 define a determinação do coeficiente de comportamento (q) para
pilares de betão armado dúcteis nas duas direções horizontais consideradas da seguinte
forma:

( ) (Tabela 4.1 – EN 1998.2) Eq. 4.6

Sendo que:

 ( ) para ;
 ( ) √ para ;
 Em que:
o , corresponde à relação entre a distância da rótula plástica à zona de
momentos nulos ( ) e a espessura da secção na direcção da flexão da rótula
plástica ( );
o Como é pretendido que as rótulas plásticas se situem na zona de momentos
maiores nos pilares, considerou-se que é igual à altura dos pilares;
o Para o pilar mais baixo tem-se: e ao qual
corresponde uma relação:
 ( ) .
 Assim, o coeficiente de comportamento tem o seguinte valor em ambas as direcções
horizontais: ( ) .

De acordo com o §4.1.6(5) do EN 1998-2, o coeficiente de comportamento poderá ainda ser


alvo de uma redução caso o esforço axial normalizado dos elementos estruturais para a
combinação sísmica ( ) exceda os 0,30. Sendo que:

Eq. 4.7

22
Determinação dos esforços de dimensionamento

Em que:

 – esforço normal de dimensionamento à acção sísmica do pilar;


 – área da secção transversal dos pilares ( ));
 – valor característico da resistência à compressão do betão ( ( )
).

Recorrendo a um modelo sísmico (encontra-se descrito na página 25 deste documento),


determinou-se o respectivo valor de esforço axial para cada pilar para a combinação sísmica
de acções, cujos valores obtidos foram os seguintes:

Tabela 4.1 - Determinação do esforço normal reduzido dos pilares

Pilar [kN]
P1 -5245,16 -0,09
P2 -6334,45 -0,11
P3 -7028,17 -0,12
P4 -6537,87 -0,11
P5 -6560,37 -0,11
P6 -6428,51 -0,11
P7 -6211,96 -0,10
P8 -6169,57 -0,10
P9 -6275,23 -0,10
P10 -6381,19 -0,11
P11 -6360,12 -0,11
P12 -6264,23 -0,10
P13 -6259,44 -0,10

Ao analisar a Tabela 4.1 constata-se que nenhum dos valores reduzidos de esforço axial
dos pilares é superior a 0,30, pelo que não se procedeu a qualquer tipo de redução do
coeficiente de comportamento, fixando-se assim o valor de .

4.2.4 Parâmetros dos Espectros de Resposta


Os espectros de resposta foram determinados seguindo o preconizado no capítulo 3 do EN
1998-1, e respectivo Anexo Nacional. Para tal, foi necessário definir o seguinte conjunto de
parâmetros:

 Tipo de solo: Pelo número de pancadas do solo de fundação ( )


considerou-se um terreno de fundação do tipo B (“Depósitos rijos de areia,
gravilha ou argila sobreconsolidada, com uma espessura de, pelo menos, várias
dezenas de metros, caracterizados por um aumento gradual das propriedades
mecânicas em profundidade”);
 Obra de arte situada em Lisboa: Sismo do tipo 1.3 e 2.3;
 O §2.1.(4)P do EN 1998-2 define várias classes de importância de pontes.
Considerou-se a situação normal, isto é, pertencente à Classe II, ao qual
corresponde um período de retorno de 475 anos;
 Optou-se por seguir a recomendação do EN 1998 e considerando-se o valor do
limite inferior do espectro de resposta igual a ;

23
Capítulo 4

 Os valores necessários para a correcta definição dos espectros de resposta


encontram-se resumidos nas seguintes tabelas:

Tabela 4.2 - Parâmetros para a definição da acção sísmica do tipo 1 – sismo 1.3 em terreno do
tipo B

( ) ( ) ( ) ( ) ( )
1,50 1,00 1,50 0,20 1,20 0,10 0,60 2,00

Tabela 4.3 - Parâmetros para a definição da acção sísmica do tipo 2 – sismo 2.3 em terreno do
tipo B

( ) ( ) ( ) ( ) ( )
1,70 1,00 1,70 0,20 1,35 0,10 0,25 2,00

O valor da aceleração de projecto em rocha, , é determinado da seguinte forma:

(EN 1998-1) Eq. 4.8

Em que:

 – Classe de Importância da Ponte;


 – Valores da aceleração máxima de referência em rocha;

Assim, para a estrutura em análise definiram-se os seguintes valores de acelerações de


projecto em rocha, :

Tabela 4.4 - Valores considerados de acelerações de projecto em rocha,

( )
Sismo do Tipo 1 1,50
Sismo do Tipo 2 1,70

4.2.5 Espectros de Resposta de Dimensionamento


Apresentam-se em seguida os espectros de dimensionamento determinados que serão
utilizados para a determinação dos efeitos da acção sísmica:

1,80
1,60
Acelerações (m/s2)

1,40
1,20
1,00
0,80 Tipo 1.3
0,60 Tipo 2.3
0,40
0,20
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
T (s)

Figura 4.1 - Espectros de resposta de dimensionamento

Os valores utilizados para a definição destes espectros podem ser consultados em anexo
(ver Anexo 1 ).

24
Determinação dos esforços de dimensionamento

4.3 Vento e sobrecarga rodoviária regulamentar (acções variáveis


consideradas)
Tal como a acção da sobrecarga rodoviária, a acção do vento foi considerada uma acção
variável (§3.3 do EN 1991-1.4). A combinação fundamental para o dimensionamento para
estas acções variáveis é definida pelo §6.4.3.2 do EN 1990, através da seguinte expressão:

∑ ∑ (6.10 – EN1990) Eq. 4.9

Sendo que:

 – Esforço resultante de uma das acções permanentes tomada com o


seu valor característico;
 – Esforço resultante da acção variável base tomada com o seu valor
característico;
 – Esforço resultante de uma das acções variáveis, distintas da
acção base, tomada com o valor característico;
 – Esforço resultante do pré-esforço;
 – Coeficientes parciais de segurança;
 – Coeficientes de redução.

Para a sobrecarga rodoviária como acção variável base foram considerados os coeficientes
de majoração de cargas de acordo com o quadro A2.4(B) do EN 1990-A2 Pontes, que define
os seguintes valores:

Tabela 4.5 - Coeficientes de majoração e de redução de cargas para a combinação com a acção
rodoviária como acção variável base

4.4 Modelo tridimensional utilizado


Para o estudo da ponte recorreu-se ao seguinte modelo sísmico:

Figura 4.2 - Representação tridimensional do modelo sísmico

25
Capítulo 4

Figura 4.3 - Representação tridimensional do modelo sísmico (ângulo oposto)

Este modelo apresenta os seguintes valores de frequências, modos de vibração e factores


de participação para movimentos segundo a direcção x (longitudinal, ou seja, paralelo ao troço
inicial do desenvolvimento do eixo do viaduto) e a direcção y (transversal, ou seja,
perpendicular ao troço inicial do desenvolvimento do eixo do viaduto):

Tabela 4.6 - Características dos dez primeiros modos de vibração

Período Frequência Participação de Massa (%)


Modo Movimento
(s) (Hz) Ux Uy ∑Ux ∑UY
1 2,827 0,354 0,814 0,084 0,814 0,084 L
2 1,218 0,821 0,138 0,360 0,952 0,444 T
3 0,937 1,067 0,001 0,497 0,953 0,940 T
4 0,783 1,277 0,000 0,003 0,953 0,943 T
5 0,570 1,754 0,005 0,002 0,958 0,944 T
6 0,403 2,481 0,004 0,025 0,962 0,969 T
7 0,365 2,738 0,000 0,000 0,962 0,969 V
8 0,347 2,878 0,000 0,000 0,962 0,969 V
9 0,323 3,098 0,000 0,000 0,962 0,969 V
10 0,309 3,239 0,001 0,001 0,964 0,970 L
L - Movimentos Preponderantes na Direcção Longitudinal
T - Movimentos Preponderantes na Direcção Transversal
V - Movimentos Preponderantes na Direcção Vertical

O §4.2.1.2 do EN1998-2 considera que se deve ter em conta todos os modos que tenham
uma contribuição significativa na resposta da estrutura, isto é, que no total representem pelo
menos 90% do total da massa da ponte. Pode-se assim considerar a análise dos três primeiros
modos de vibração suficientemente significativa.

26
Determinação dos esforços de dimensionamento

O primeiro modo de vibração é claramente condicionado pela translação na direcção x (que


corresponde à direcção preponderante do eixo do tabuleiro), ou seja, com valores de
participação de massa de aproximadamente 80% nessa direcção. Este modo de vibração
apresenta as seguintes deformadas:

Figura 4.4 - Deformada do 1º modo de vibração da estrutura (plano xz)

Figura 4.5 - Deformada do


1º modo de vibração de um
grupo de pilares (plano yz,
x=84,4 metros)

Figura 4.6 - Perspectiva tridimensional da deformada do


primeiro modo de vibração da estrutura (versão não extrudida)

Da análise das figuras anteriores constata-se que os pilares se deformam todos no mesmo
sentido, isto é, segundo o eixo de desenvolvimento do tabuleiro, e que na direcção
perpendicular não se verifica qualquer deformada, tal como se encontra ilustrado no exemplo
de um grupo de pilares da Figura 4.5 assim como na prespectiva tridimensional da Figura 4.6.

27
Capítulo 4

O modo de vibração seguinte corresponde a movimentos transversais do tabuleiro,


predominantemente na zona mais flexível da estrutura, isto é, onde os pilares são mais altos
(ver Figura 4.8). Como os pilares centrais são os mais rígidos, eles acabam por “isolar” este
movimento da restante parte da estrutura, onde os pilares apresentam uma deformação
insignificante:

Figura 4.7 - Deformada do 2º modo de vibração da estrutura (plano xy)

Figura 4.8 - Perspectiva 3D do 2º modo de vibração da estrutura

28
Determinação dos esforços de dimensionamento

No terceiro modo de vibração, os pilares que se deformam mais transversalmente


encontram-se, em relação ao segundo modo, nas proximidades da outra extremidade da
estrutura onde os pilares apresentam uma rigidez superior. Verifica-se também a influência dos
pilares mais rígidos na parte central que “isolam” novamente o resto da estrutura. Comparando
com o segundo modo de vibração também é observável que a quantidade de pilares com
grandes deformações é maior, o que está de acordo com o facto de a participação massa
deste modo de vibração ser superior ao do anterior (ver Tabela 4.6).

Figura 4.9 - Deformada do 3º modo de vibração da estrutura (plano xy)

Figura 4.10 - Perspectiva 3D do 3º modo de vibração da estrutura

29
Capítulo 4

4.5 Retracção
Para se determinar os efeitos provocados pela retracção do betão no tabuleiro recorreu-se
ao §3.1.4(6) do EN 1992-1.1, que define o seu valor total de extensão, , a considerar para
analisar os efeitos desta acção nos pilares.

A extensão total de retracção é constituída por duas componentes, a extensão de retracção


de secagem e a extensão de retracção autogénea. O valor da extensão total de retracção é
igual a:

(3.8 – EN 1992-1.1) Eq. 4.10

Em que:

 – Extensão total de retracção;


 – Extensão de retracção por secagem;
 – Extensão de retracção autogénea.

Os cálculos intermédios utilizados para a determinação do valor total da extensão total de


retracção, , podem ser consultados no Anexo 2

 Extensão total de retracção, :

A acção da retracção foi equiparada a uma temperatura equivalente, sendo que se


considerou um coeficiente de dilatação térmica linear, , de acordo com o §3.1.3
do EN 1992-1.1, igual a .

Por fim, é importante referir também que esta acção foi considerada como uma acção
permanente.

30
Determinação dos esforços de dimensionamento

4.6 Temperatura
Para se determinar os efeitos provocados pela variação uniforme de temperatura do betão
no tabuleiro recorreu-se ao §6.1.3 do EN 1991-1.5, que define o valor total de variação de
temperatura, , a considerar para analisar os efeitos desta acção nos pilares para um
tabuleiro do Tipo 3.

No §6.1.1.3(3) é definido que o valor característico da amplitude de contracção máxima da


componente da variação uniforme do tabuleiro da ponte é igual a:

(6.1 – EN 1991-1.5) Eq. 4.11

Em que:

 – Temperatura inicial, ou temperatura de um elemento estrutural no momento


da introdução do constrangimento (conclusão);
 – Componente mínima das variações de temperatura;

 Temperatura inicial,

O §A.1(3) do Anexo Nacional do EN 1991-1.5 recomenda que o valor de temperatura inicial


de um elemento estrutural no momento em que são introduzidos constrangimentos seja
igual a para situações em que não é possível prever esse valor, seguiu-se esta
recomendação.

 Componente mínima das variações de temperatura,

Em Portugal, o seu Anexo Nacional define através do §6.1.3.1(4) que deve ser usado a
“Abordagem 1” para estruturas de betão (tipo 3), e que para as condições climáticas de
Portugal o valor de pode ser considerado igual a , que é definido pelo §A.1(1) do
Anexo Nacional. Para Lisboa é recomendado o valor de . Ou seja:

( )

 Determinação do valor característico da amplitude de contracção máxima da


componente da variação uniforme do tabuleiro da ponte, :

Por fim, refira-se que foi considerado um factor de redução para a combinação quase
permanente desta acção de acordo com o definido no §A2.2.6 do EN 1990-A2 igual a .

31
Capítulo 4

4.7 Vento
Dado que a determinação das cargas de vento actuantes regulamentares implica um
processo relativamente complexo, os passos efectuados encontram-se em anexo (ver Anexo 3
, na página 133). Em seguida mostrar-se-á apenas as cargas finais actuantes consideradas.

4.7.1 Acção no tabuleiro


A acção do vento foi determinada segundo o que é enunciado no capítulo 8 do EN 1991-1.4.
A força do vento pode ser calculada da seguinte forma:

(8.2 – EN 1991-1.4) Eq. 4.12

Em que:

 – Valor de referência da velocidade do vento;


 – Coeficiente de força do vento. ;
 – Área de referência;
 – Massa volúmica do ar.2

Acção do vento no tabuleiro da ponte,

O vento actuante no tabuleiro da ponte é equivalente a uma carga distribuída:

4.7.2 Acção nos pilares


A força do vento a actuar nos pilares foi determinada através da seguinte equação, de
acordo com §5.3:

( ) (5.3 – EN 1991-1.4) Eq. 4.13

Em que:

 – Coeficiente estrutural;
 – Coeficiente de força nos pilares;
 ( ) – Pressão dinâmica de pico;
 – Área de referência dos pilares:
o , sendo que corresponde ao comprimento do elemento estrutural
considerado (pilar) e o diâmetro.

Como os vãos são inferiores a 40 metros considerou-se desnecessário uma análise


dinâmica, e por isso foi adoptado o valor de , de acordo com o §8.2.

2 Adoptou-se o valor recomendado de

32
Determinação dos esforços de dimensionamento

Considerou-se a actuação da seguinte carga distribuída nos pilares determinadas segundo


a Eq. 4.13:

 h=10,0 metros:
( )
 h=14,4 metros:
( )

4.7.3 Cargas actuantes


Colocaram-se as cargas anteriormente definidas no modelo efectuado da forma que pode
simplificadamente ser apresentada pelo seguinte esquema:

Figura 4.11 - Esquema da actuação das acções do vento do pilar mais alto d o 1º caso de estudo

Este modelo de cargas actuantes não corresponde de facto ao real, pois um dos pilares
sofrerá interferência do pilar adjacente. No entanto, considerou-se que se estava no lado da
segurança se definisse que as cargas actuavam da forma representada na Figura 4.11.

Aproveitando-se o modelo efectuado no software SAP2000 para a análise sísmica colocou-


se as cargas distribuídas da seguinte forma:

Figura 4.12 - Cargas do vento actuantes no modelo efectuado no SAP2000

33
Capítulo 4

4.8 Sobrecarga rodoviária


A sobrecarga rodoviária foi considerada em duas situações distintas: situação com
sobrecarga rodoviária como acção variável de base e a situação em que não é considerada
como acção variável de base na combinação sísmica. Em ambas as situações de análise, as
cargas actuantes foram colocadas nas posições mais condicionantes tendo em consideração a
linha de influência dos respectivos esforços em análise.

Para a situação em que se considerou a sobrecarga rodoviária como acção variável de


base, optou-se pelo modelo de cargas rodoviárias (Load Model 1) do EN 1991-2.

Dos 15,5 metros de largura do tabuleiro da ponte considerou-se que 1,5 metros não
correspondem à faixa de rodagem (separador central e passeio lateral). Esta faixa de rodagem
foi dividida em vias fictícias e bermas, quantificadas teoricamente segundo aquilo que é
preconizado pelo §4.2.3 do EN 1991-2.

 Largura da faixa de rodagem, ;


 Número de vias fictícias: ( ) ( ) ( ) ;
 Largura das bermas: .

Em relação às cargas uniformes distribuídas, ou U.D.L. System, definiu-se a seguinte


actuação de cargas na faixa de rodagem:

Tabela 4.7 - Determinação da parcela U.D.L. System da sobrecarga rodoviária (SC;UL)

Id. via fictícia ( ) (m) ( )


1 9,0 3,0 27,0
2 2,5 3,0 7,5
3 2,5 3,0 7,5
4 2,5 3,0 7,5
Berma 2,5 2,0 5,0
Total 14,0 54,5
Em relação às cargas aplicadas, ou Tandem System, definiu-se a seguinte actuação de
cargas na faixa de rodagem:

Tabela 4.8 - Determinação da parcela Tandem System da sobrecarga rodoviária

Id. via fictícia ( ) (m) ( )


1 3,0 600
2 3,0 400
3 3,0 200
4 - 3,0 -
Berma - 2,0 -
Total 14,0 1200
Nota: Como os vão são superiores a 10 metros, considerou-se razoável a aproximação que
considera os dois eixos (e respectivas cargas aplicadas) como se fossem um só, seguindo
assim a recomendação do §4.3.1 do EN 1991-2.

Para a acção sísmica considerou-se ainda a actuação da carga rodoviária definida no EN


1991-2, da seguinte forma:

 Actuação de cargas rodoviárias definidas no U.D.L. System do modelo 1 de cargas


rodoviárias (Load Model 1) do EN 1991-2;

34
Determinação dos esforços de dimensionamento

Tal como é recomendado no §4.1.2.4 do EN 1998-2, definiu-se o valor quase permanente


das acções variáveis igual a:

o , sendo que:
 Coeficiente de redução para as acções do tráfego (
) para pontes rodoviárias;
 Valor característico do carregamento devido ao tráfego;

O valor característico determinado para a sobrecarga rodoviária sob o efeito da acção


sísmica é de (Ver Tabela 4.7).

4.9 Determinação dos esforços de dimensionamento


Para as combinações de esforços, em que a ponte se encontra sujeita a grandes esforços
horizontais, os esforços normais obtidos na base dos pilares do modelo são os seguintes:

Tabela 4.9 - Esforços normais na base dos pilares ( , sendo


)

Pilar [kN] [kN] [kN] [kN]


P1 -4430,50 -654,98 -798,42 -5245,16
P2 -5342,44 -801,27 -953,73 -6334,45
P3 -5923,53 -894,67 -1049,80 -7028,17
P4 -5468,40 -861,26 -1041,09 -6537,87
P5 -5511,07 -845,45 -1019,24 -6560,37
P6 -5424,25 -808,56 -978,50 -6428,51
P7 -5232,02 -789,66 -951,39 -6211,96
P8 -5189,92 -786,77 -964,47 -6169,57
P9 -5297,87 -787,40 -949,82 -6275,23
P10 -5399,74 -788,54 -964,50 -6381,19
P11 -5398,14 -774,63 -936,75 -6360,12
P12 -5271,97 -800,88 -956,94 -6264,23
P13 -5276,15 -807,25 -880,21 -6259,44

Os momentos flectores para as diversas combinações de acções foram as seguintes:

Tabela 4.10 - Momentos flectores na base dos pilares (Sismo 1 condicionante)

Momentos [kN.m]
Pilar Temperatura
Sismo 1 Sismo 2 Vento Retracção

P1 2016,04 2208,18 315,73 517,05 258,52 1040,99 3507,69


P2 3497,69 2386,99 535,54 478,07 239,04 962,52 4699,24
P3 5042,35 2750,58 709,12 386,32 193,16 777,80 6013,31
P4 5559,88 3035,79 725,56 312,71 156,35 629,58 6345,82
P5 7651,95 4181,07 961,44 273,91 136,96 551,48 8340,39
P6 4666,02 2642,17 638,37 157,62 78,81 317,35 5062,18
P7 5047,09 2831,76 846,08 134,15 67,08 270,10 5384,26
P8 5699,46 3161,24 1093,09 182,91 91,46 368,27 6159,19
P9 5297,32 3026,70 959,65 246,83 123,42 496,96 5917,69
P10 4868,40 2919,85 854,99 367,87 183,94 740,65 5792,99
P11 4297,31 2792,46 773,24 502,32 251,16 1011,34 5559,82
P12 3537,28 2515,79 644,91 602,03 301,01 1212,08 5050,38
P13 2255,01 2277,32 321,40 758,95 379,47 1528,01 4184,80

35
Capítulo 4

Nota: a combinação direccional que permitiu obter estes valores encontra-se no capítulo
4.2.2 (página 22).

Os valores dos momentos principais (sismo 1, sismo 2, vento) indicados na Tabela 4.10
permitem concluir que o Sismo de Tipo 1 define os esforços condicionantes para o
dimensionamento dos elementos resistentes sob o efeito de grandes acções horizontais
actuantes, isto é, os esforços de dimensionamento dos pilares e fundações da estrutura.
Apesar dos esforços do vento da tabela não se encontrarem majorados, constata-se facilmente
pela sua ordem de grandeza que não são condicionantes no dimensionamento dos elementos
estruturais verticais, nomeadamente face à acção sísmica. A última coluna da tabela ( )
corresponde aos valores de momentos flectores de dimensionamento na base dos pilares,
combinado os esforços como descrito no capítulo 4.1, para a acção sísmica de Tipo 1, que é a
condicionante.

No que diz respeito à combinação cuja acção variável base é a sobrecarga rodoviária
regulamentar, determinou-se o seguinte conjunto de esforços:

Tabela 4.11 - Esforços normais na base dos pilares para a combinação com a sobrecarga
rodoviária como acção variável base

Pilar [kN] [kN] [kN] [kN] [kN]


P1 -4430,50 -654,977 -798,42 -600,00 -8893,09
P2 -5342,44 -801,272 -953,73 -600,00 -10546,91
P3 -5923,53 -894,674 -1049,80 -600,00 -11596,79
P4 -5468,40 -861,258 -1041,09 -600,00 -10924,61
P5 -5511,07 -845,452 -1019,24 -600,00 -10929,21
P6 -5424,25 -808,563 -978,50 -600,00 -10703,12
P7 -5232,02 -789,658 -951,39 -600,00 -10378,79
P8 -5189,92 -786,765 -964,47 -600,00 -10337,00
P9 -5297,87 -787,398 -949,82 -600,00 -10462,34
P10 -5399,74 -788,543 -964,50 -600,00 -10622,72
P11 -5398,14 -774,631 -936,75 -600,00 -10561,53
P12 -5271,97 -800,876 -956,94 -600,00 -10455,90
P13 -5276,15 -807,252 -880,21 -600,00 -10358,89
Tabela 4.12 - Momentos flectores na base dos pilares para a combinação com a sobrecarga
rodoviária como acção variável base

Pilar [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m]


P1 517,05 310,23 1040,99 1855,16
P2 478,07 286,84 962,52 1715,32
P3 386,32 231,79 777,80 1386,12
P4 312,71 187,62 629,58 1121,99
P5 273,91 164,35 551,48 982,81
P6 157,62 94,57 317,35 565,55
P7 134,15 80,49 270,10 481,34
P8 182,91 109,75 368,27 656,30
P9 246,83 148,10 496,96 885,64
P10 367,87 220,72 740,65 1319,93
P11 502,32 301,39 1011,34 1802,34
P12 602,03 361,22 1212,08 2160,08
P13 758,95 455,37 1528,01 2723,10

Recorde-se que a combinação fundamental dos diversos esforços encontra-se descrita no


capítulo 4.3 na página 25.

36
Determinação dos esforços de dimensionamento

4.9.1 Imperfeições geométricas


Os efeitos desfavoráveis provocados pelas imperfeições geométricas foram considerados
de acordo com §5.2 do EN 1992-2.

As imperfeições são representadas por uma inclinação, , dada por:

(5.101 – EN 1992-2) Eq. 4.14

Em que:

 – Valor básico (usou-se o valor de referência: );


 – Coeficiente de redução relativo ao comprimento ou altura: √ ; ;
 – Comprimento ou altura [m].

Nos elementos isolados, o efeito das imperfeições pode ser determinado considerando uma
excentricidade igual a:

(5.2 – EN 1992-1) Eq. 4.15

Em que corresponde ao comprimento efectivo dos pilares.

O §5.8.3.2 define o comprimento efectivo dos pilares para o eixo mais condicionante. Como
na direcção transversal do tabuleiro, a determinação deste comprimento é um pouco complexa
(tem que se considerar a interactividade dos restantes pilares no tabuleiro, por exemplo), e o
seu comprimento efectivo seria à partida inferior ao definido na direcção longitudinal, acabou-
se por definir apenas, de forma bastante conservadora, os modos de encurvadura na direcção
longitudinal do tabuleiro:

Direcção Longitudinal

Figura 4.13 - Modos de encurvadura e respectivos comprimentos efectivos para elementos


isolado. Extraído da Figura 5.7 do EN 1992-1.1.

37
Capítulo 4

Este modo de encurvadura foi assumido tendo em conta que o conjunto pilares + aparelhos
de apoio apresenta o seguinte tipo de comportamento às acções horizontais na direcção
longitudinal:

Direcção Longitudinal

Figura 4.14 - Deformações dos pilares sob acções horizontais longitudinais

Seguidamente foram determinados os momentos devidos às imperfeições e os respectivos


momentos de 1ª ordem total para a combinação com a sobrecarga rodoviária como acção
variável base:

Tabela 4.13 - Determinação dos momentos de 1ª ordem nos pilares para a combinação com a
sobrecarga rodoviária como acção variável base

Imperfeições Geométricas
Pilar
[m] [kN] [kN.m] [m] [kN.m] [kN.m]
P1 10,06 -8893,09 1855,16 0,0317 282,07 2137,23
P2 11,01 -10546,91 1715,32 0,0332 349,88 2065,21
P3 11,10 -11596,79 1386,12 0,0333 386,37 1772,49
P4 11,20 -10924,61 1121,99 0,0335 365,61 1487,60
P5 9,26 -10929,21 982,81 0,0304 332,49 1315,29
P6 11,12 -10703,12 565,55 0,0333 356,83 922,39
P7 9,59 -10378,79 481,34 0,0310 321,32 802,67
P8 9,06 -10337,00 656,30 0,0301 311,14 967,44
P9 11,09 -10462,34 885,64 0,0333 348,41 1234,05
P10 13,12 -10622,72 1319,93 0,0362 384,77 1704,70
P11 14,21 -10561,53 1802,34 0,0377 398,13 2200,47
P12 14,26 -10455,90 2160,08 0,0378 394,77 2554,85
P13 14,40 -10358,89 2723,10 0,0379 393,09 3116,19

Sendo que para a obtenção dos valores também se considerou o seguinte:

 – Esforços de primeira ordem sem consideração do efeito das imperfeições


geométricas;
 – Esforços de primeira ordem já considerando o efeito das imperfeições
geométricas;

38
Determinação dos esforços de dimensionamento

4.9.2 Efeitos de 2ª ordem


Os efeitos de segunda ordem sob a acção sísmica foram tidos em consideração,
incrementando aos momentos das rótulas plásticas pretendidas os momentos de 2ª ordem,
, tal como se encontra descrito no método aproximado do §5.4 do EN 1998-2. Este
artigo recomenda que esse incremento de momento seja determinado pela seguinte equação:

(5.3 – EN 1998-2) Eq. 4.16

Em que:

 – deslocamento transverso relativo entre as extremidades do elemento dúctil


determinados na situação de dimensionamento sísmico;
 – esforço axial no elemento na situação de dimensionamento sísmico.

O valor total dos deslocamentos de dimensionamento sob a acção sísmica, , pode ser
determinado através do que é descrito em §2.3.6.1(6) do EN 1998-2. Os deslocamentos, ,
obtidos através de uma análise linear do modelo sujeito ao espectro de resposta de
dimensionamento já definido anteriormente (ver capítulo 4.2), foram afectados por dois factores
de correcção, da seguinte forma:

(2.4 – EN 1998-2) Eq. 4.17

 – factor de correcção do amortecimento;


 – factor de ductilidade para os deslocamentos;
 – deslocamento total sob os efeitos do espectro de resposta de dimensionamento.

O factor de correcção de amortecimento, , é apresentado no EN 1998-1, no §3.2.2.2(3),


que para estruturas de betão armado ( ) define um factor de correcção do amortecimento
unitário ( ).

O factor de ductilidade foi definido respeitando a recomendação do §2.3.6.1(8), cujo valor


dependerá do período fundamental da direcção horizontal considerada. À acção sísmica do
Tipo I corresponde um (ver capítulo 4.2.4). Assim sendo, .

Da análise do modelo sísmico obteve-se como períodos fundamentais os valores já


anteriormente descritos na Tabela 4.6 (ver página 26), que são valores superiores ao
, podendo-se assim considerar simplificadamente que os factores de ductilidade
correspondem aos valores de coeficiente de comportamento já anteriormente determinados,
isto é, que: e que .

39
Capítulo 4

Obteve-se os seguintes momentos de segunda ordem nos pilares, e respectivos momentos


finais de dimensionamento, onde facilmente se verifica que o pilar 5 é condicionante:

Tabela 4.14 - Determinação dos momentos de 2ª ordem dos pilares , , e dos respectivos
momentos finais de dimensionamento,

(m) [kN.m]
Pilar [kN]
[kN.m] [kN.m] [kN.m]
P1 -5245,16 0,2792 0,0212 249,66 3294,57 3507,69 3295,42 6803,11
P2 -6334,45 0,2688 0,0465 663,06 3830,43 4699,24 3835,59 8534,83
P3 -7028,17 0,2559 0,0690 1091,35 4046,66 6013,31 4059,89 10073,19
P4 -6537,87 0,2432 0,0782 1150,49 3577,87 6345,82 3594,48 9940,30
P5 -6560,37 0,2305 0,0756 1116,42 3402,89 8340,39 3419,33 11759,72
P6 -6428,51 0,2171 0,0695 1005,42 3140,77 5062,18 3155,22 8217,41
P7 -6211,96 0,2051 0,0668 934,15 2866,28 5384,26 2879,95 8264,21
P8 -6169,57 0,2127 0,0856 1187,71 2952,50 6159,19 2973,93 9133,11
P9 -6275,23 0,2171 0,1225 1729,16 3065,93 5917,69 3109,50 9027,20
P10 -6381,19 0,2192 0,1613 2315,89 3146,57 5792,99 3222,36 9015,35
P11 -6360,12 0,2172 0,1896 2713,72 3107,88 5559,82 3212,75 8772,56
P12 -6264,23 0,2079 0,2057 2898,59 2929,82 5050,38 3056,14 8106,52
P13 -6259,44 0,1943 0,2171 3057,86 2736,34 4184,80 3166,13 7350,93
Nota: A determinação dos deslocamentos transversos relativos entre as extremidades dos
elementos dúcteis sob a combinação sísmica pode ser consultada em anexo (ver Tabela A.12
do Anexo 4 ); considerou-se os esforços normais na base do pilar conservadoramente.

A determinação do esforço transverso foi efectuada considerando o modelo de consola, em


que o esforço transverso no encastramento (isto é, na base do pilar) é calculado através da
seguinte equação:

Eq. 4.18

Assim, obteve-se os seguintes valores de dimensionamento dos pilares ao esforço


transverso:

Tabela 4.15 - Determinação do esforço transverso de dimensionamento dos pilares,

Pilar [kN.m] [m] [kN.m] [kN.m]


P1 6803,11 10,06 676,25 212,45
P2 8534,83 11,01 775,54 187,66
P3 10073,19 11,10 907,49 159,68
P4 9940,30 11,20 887,53 132,82
P5 11759,72 9,26 1270,63 142,12
P6 8217,41 11,12 739,31 82,99
P7 8264,21 9,59 862,20 83,74
P8 9133,11 9,06 1008,07 106,78
9 9027,20 11,09 813,99 111,28
P10 9015,35 13,12 687,15 129,93
P11 8772,56 14,21 617,35 154,85
P12 8106,52 14,26 568,68 179,22
P13 7350,93 14,40 510,48 216,40
Tal como no momento flector, o esforço transverso de dimensionamento é também
condicionado pelo pilar 5 sob o efeito da acção sísmica regulamentar. Como os momentos
resultantes da combinação rodoviária não são condicionantes, os respectivos esforços
transversos resultantes desta combinação de acções também não o são.

40
Capítulo 5 : Dimensionamento dúctil de armaduras ( )

Com o objectivo de efectuar uma análise às alternativas de custos de projecto de pontes,


efectuou-se neste capítulo o dimensionamento do caso de estudo em análise segundo um
dimensionamento dúctil definido pela nova regulamentação europeia EN 1998-2, o qual definiu
um coeficiente de comportamento elevado ( ), que é um valor mais elevado que o que se
utilizava normalmente na antiga regulamentação. Tal deve-se ao facto de Eurocódigo definir a
aplicação dos princípios do Capacity Design no dimensionamento de pontes de forma a
explorar a sua ductilidade, permitindo o aumento do coeficiente de comportamento da
estrutura.

Neste capítulo efectuou-se também a análise a um caso académico em que se considerou


um coeficiente de comportamento elevado ( ), mas sem aplicar os princípios do Capacity
Design, por forma a poder-se analisar que parcela do valor da quantidade de armadura
determinado para o dimensionamento dúctil de pontes corresponde à aplicação dos princípios
enumerados na nova regulamentação (exceptuando o aumento do coeficiente de
comportamento, que é igual para as duas situações em análise).

Após a determinação das armaduras para as duas situações de projecto (com e sem
Capacity Design) para a ponte com fundações superficiais e profundas, definiu-se as
respectivas peças desenhadas e mapas de quantidades para cada um dos quatro casos em
análise que se encontram em anexo neste documento (ver Anexo 7 e Anexo 8 ).

5.1 Secção rectangular equivalente


No dimensionamento das secções circulares (pilares e estacas) é possível recorrer a uma
secção equivalente rectangular que permitirá o cálculo das armaduras resistentes ao esforço
transverso necessárias em tabela preparada para elementos rectangulares, com as seguintes
características (Marchão & Appleton, Folhas de apoio às aulas de estruturas de betão armado
e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da segurança aos estados limites últimos de
elementos com esforço axial desprezável, 2007):

Figura 5.1 – Método da secção rectangular equivalente (Marchão & Appleton, Folhas de apoio
às aulas de estruturas de betão armado e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da segurança aos
estados limites últimos de elementos com esforço axial desprezável, 2007)

Para a altura da secção rectangular equivalente é definida a seguinte equação aferida


experimentalmente (Marchão & Appleton, Folhas de apoio às aulas de estruturas de betão
armado e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da segurança aos estados limites últimos de
elementos com esforço axial desprezável, 2007):

( ) Eq. 5.1

__________________________________________________________________________
41
Capítulo 5

Com o auxílio da Figura 5.1 foram definidos os seguintes os parâmetros:

Tabela 5.1 – Características do método da secção rectangular equivalente

elemento
estrutural [m] [m] [m] [m] (o ) (rad)
Pilar 1,60 1,55 1,44 1,20
45,0 0,454
Estaca 1,00 0,95 0,90 0,74

Recorreu-se a esta simplificação para a determinação das armaduras necessárias para


resistirem ao esforço transverso, sendo que no que se refere à determinação das armaduras
resistentes aos esforços de flexão se recorreu a ábacos adequado para a secção circular.

5.2 Dimensionamento dos pilares sem Capacity Design


5.2.1 Dimensionamento das armaduras de flexão dos pilares
O valor de percentagem mecânica de armadura foi determinado para a base do pilar mais
condicionante, isto é o pilar 5 (ver Tabela 4.14), recorrendo novamente às tabelas apropriadas
para tal (Gomes & Vinagre, 1997). Para utilizar essas tabelas foi necessário determinar os
valores de esforço normal reduzido, , e do momento flector reduzido, :

Eq. 5.2

Eq. 5.3

Substituíndo, obteve-se a seguinte armadura (ver Figura A.8):

A armadura longitudinal total necessária foi determinada através da seguinte equação:

Eq. 5.4

Substituíndo na equação anterior determinou-se a armadura necessária na secção:

42
Dimensionamento dúctil

Segundo o §9.5.2 do EN 1992-1.1, esta área total de armadura longitudinal calculada não
pode ser inferior a:

(9.12N – EN1992-1.1) Eq. 5.5


( )

Nem superior a:

(§9.5.2(3) – EN1992-1.1) Eq. 5.6

Estes limites apresentam os seguintes valores:

 ( )

( )

O valor determinado de armadura longitudinal está dentro do valor de intervalo considerado


admissível pelos regulamentos.

Adoptou-se como solução uma armadura vertical de 64 varões com 32 milímetros de


diâmetro ( ( ) ; ver desenho a do Anexo 7 ).

5.2.2 Dispensa das armaduras longitudinais dos pilares sem CD


Para poupar armadura, e tendo também em consideração aspectos relacionados com
simplicidade construtiva, adoptou-se uma dispensa de armaduras longitudinais, reduzindo para
metade a quantidade de armaduras longitudinais, isto é, reduziu-se os 64 varões de 32
milímetros de diâmetro determinados no capítulo anterior para 32 varões ( ( )
). Para fazer esta dispensa de armadura, isto é, para se saber qual o comprimento
dos 32 varões “mais curtos”, adoptou-se uma relação de triângulos (ver Figura 5.2), sendo que
primeiro se determinou o valor de momento resistente da secção com 32 varões da seguinte
forma:

Para um (ver página anterior), e tendo em consideração o ábaco no Anexo 5 ,


já descrito na página anterior, corresponderá um momento resistente igual a:

43
Capítulo 5

Tendo em conta que os pilares apresentam um diagrama de momentos flectores com


formato triangular, é fácil determinar a que altura se poderá efectuar as dispensas de
armadura, através da semelhança de triângulos:

Figura 5.2 - Dispensa de armaduras longitudinais nos pilares

Pela relação de triângulos tem-se então o seguinte:

( )

Efectuou-se assim uma dispensa de armaduras longitudinais aos 3,0 metros de altura dos
pilares.

5.2.3 Dimensionamento das armaduras resistentes a esforços transversos nos pilares


sem CD

A resistência ao esforço transverso de um elemento estrutural resistente de secção


constante, , é igual a:

(§6.1 – EN1992-1.1) Eq. 5.7

Em que:

 – Valor de cálculo do esforço transverso equilibrado pela armadura de esforço


transverso na tensão de cedência.

As armaduras de esforço transverso necessárias foram determinadas através do §6.2.3(3)


do EN 1992-1.1 que define o valor de cálculo do esforço transverso resistente, , para
elementos com armaduras de esforço transverso constituída por estribos verticais:

(6.8 – EN 1992-1.1) Eq. 5.8

44
Dimensionamento dúctil

Em que:

 – Área da secção transversal das armaduras de esforço transverso;


 – Espaçamento dos estribos;
 – Valor de cálculo da tensão de cedência das armaduras de esforço transverso;

A partir desta equação (Eq. 5.8) determinou-se o valor da armadura transversal mínima
necessária:

Eq. 5.9

Em que:

Substituindo pelo valor do esforço transverso de dimensionamento, , determinado na


Tabela 4.15, e pelos parâmetros determinados no capítulo 5.1, obteve-se o seguinte valor de
armadura transversal necessária:

( )

Segundo o §9.5.3 do EN 1992-1.1, o espaçamento das armaduras transversais ao longo do


pilar não deve exceder o seguinte valor, :

{ } { }

Nota: assumiu-se que o ângulo entre as bielas de compressão e as armaduras resistentes


aos esforço transverso igual a .

Adoptou-se assim uma solução de 2 cintas rectangulares interiores de afastadas


, sendo que e uma cintas helicoidal exterior, também com de afastadas
(ver desenho a do Anexo 7 ).

Efectuou-se ainda a verificação de segurança das bielas comprimidas para estruturas sem
pré-esforço, o qual é feita a partir da seguinte condição de segurança que tem em
consideração as tensões de tracção nos estribos que originam uma diminuição da resistência à
compressão do betão (Marchão & Appleton, Folhas de apoio às aulas de estruturas de betão
armado e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da segurança aos estados limites últimos de
elementos com esforço axial desprezável, 2007):

Eq. 5.10
[ ]

No Eurocódigo é referido a seguinte verificação de segurança:

(6.9 – EN 1992-1.1) Eq. 5.11


( )

45
Capítulo 5

Esta expressão pode ser reescrita da seguinte forma (Marchão & Appleton, Folhas de apoio
às aulas de estruturas de betão armado e pré-esforçado I. Módulo 2: Verificação da segurança
aos estados limites últimos de elementos com esforço axial desprezável, 2007):

( )
[ ] [ ]

[ ]

A conclusão anterior permite ajustar a verificação de segurança da Eq. 5.10 da seguinte


forma:

[ ]

Recorrendo novamente ao valor do esforço transverso de dimensionamento, ,


determinado na Tabela 4.15, e pelos parâmetros determinados no capítulo 5.1:

[ ]
( ) ( )

Constata-se que o pilar verifica a segurança nas suas bielas comprimidas.

5.2.4 Dimensionamento do coroamento dos pilares


No topo dos pilares teve-se em consideração os esforços locais que são consideráveis,
sendo que por isso foram dimensionadas armaduras para resistir a essas grandes cargas
pontuais. Cargas essas que assumem máximos sob a combinação rodoviária de cargas
actuantes ( ).3

Se se considerar que uma distribuição uniforme da força numa área correspondente à


área do aparelho de apoio, o valor limite da força concentrada poderá ser determinado pela
seguinte expressão4:

√ (6.63 – EN 1992-1.1) Eq. 5.12

Em que:

 – Área carregada (que corresponde à área da secção transversal de um


aparelho de apoio);
 – Maior área de distribuição de cálculo homotética de (que corresponde à
área da secção transversal de um pilar).

Substituindo pelos correspondentes valores do pilar e do aparelho de apoio (ver Tabela 3.3),
tem-se que a carga pontual não pode ultrapassar o seguinte valor:

3 O valor foi obtido para a base do respectivo pilar, mas foi adoptado conservativamente
para os cálculos efectuados no topo dos mesmos, que por não incluírem o peso próprio dos
pilares, serão menores.
4 Esta expressão encontra-se definida no §6.7 do EN1992-1.1 que explicita as verificações

de segurança para elementos com cargas localizadas.

46
Dimensionamento dúctil

A segurança ao esmagamento no coroamento dos pilares é verificada com larga margem.

Para a determinação aprumada das armaduras resistentes necessárias para equilibrar os


esforços de tracção transversal devidos aos efeitos da carga pontual, utilizou-se um modelo de
escoras e tirantes para a verificação ao estado limite último desta região de descontinuidade
(zona de vizinhança de uma carga concentrada proveniente do tabuleiro):

a=0,90 metros

0,19 metros

N/2 N/2

ø
z=b/2=0,8 metros

Ft

˜ 1,6 metros

0,34 metros
b=1,60 metros

Figura 5.3 - Representação de um modelo simples das tensões no topo do pilar para
determinação da força máxima nas armaduras

O modelo usado consiste numa adaptação de uma recomendação descrita no §6.5 do EN


1992-1.1, nomeadamente a Figura 6.25.a) do mesmo.

A força de tracção nas armaduras do coroamento do pilar determinou-se através da


seguinte equação:

( ) (6.58 – EN 1992-1.1) Eq. 5.13

Que para este caso particular, corresponde um valor de:

( )

A esta força de tracção corresponde a seguinte armadura:

Adoptou-se nas duas direcções na face superior e 4 cintas em 0,80 metros


a partir do topo do pilar (ver desenho a do Anexo 7 ).

47
Capítulo 5

5.3 Dimensionamento das fundações superficiais sem CD

Foi efectuada uma verificação de segurança nas sapatas que, no caso geral, passa pela
verificação dos seguintes estados limites, cumprindo os pressupostos regulamentares do
EN1997-1:

 Carregamento vertical;
 Deslizamento;
 Assentamentos excessivos;
 Rotura estrutural da sapata.

5.3.1 Carregamento vertical


Esta verificação analisa a situação de rotura devido a insuficiente capacidade resistente do
terreno. Para demonstrar que o terreno da fundação suportará a carga de cálculo com
adequada segurança em relação à rotura, deve-se satisfazer a seguinte condição (§6.5.2.1 do
EN 1997-1):

(6.1 do EN 1997-1) Eq. 5.14


Em que:

 – Valor de cálculo da componente vertical da acção;


 – Valor de cálculo da resistência.

O valor de cálculo da componente vertical da acção é obtido segundo a Abordagem de


Cálculo 1, , tendo em conta que se trata de dimensionamento estrutural (§2.4.7.3.4.2 do
EN 1997-1):

( )

( )

Em que tem o significado de “combinado com” e em que , , etc., são


conjuntos diferentes de coeficientes de segurança para as acções ( ), para as propriedades
dos materiais ( ) e para as resistências ( ).

Considerou-se a acção sísmica uma acção de acidente, pelo que não foi majorada nem
minorada. O valor de cálculo da componente vertical da acção foi determinado da seguinte
forma:

Eq. 5.15

48
Dimensionamento dúctil

Os coeficiente parciais de segurança foram retirados do anexo A.3 do EN 1997-1, e são os


seguintes:

Tabela 5.2 - Coeficientes parciais para as acções ( ) ou para os efeitos das acções ( )
[Quadro A.3 do EN 1997-1]

Tabela 5.3 - Coeficientes parciais para os parâmetros do solo ( ) [Quadro A.4 do EN 1997-1]

Tabela 5.4 - Coeficientes parciais para as capacidades resistentes ( ) para fundações


superficiais [Quadro A.5 do EN 1997-1]

O método analítico para o cálculo da capacidade resistente é efectuado recorrendo ao


Anexo D do EN 1997-1, que define para condições drenadas as seguintes expressões:

(D.2 – EN 1997-1) Eq. 5.16

Com os valores de cálculo para os coeficientes adimensionais para:

– a capacidade resistente do terreno ao carregamento:

Eq. 5.17
( )

( ) Eq. 5.18

– a forma da fundação:

Eq. 5.19

– a inclinação da carga, causada por uma força horizontal :

Eq. 5.20
[ ]

49
Capítulo 5

Em que:

Importa também referir que foi necessário determinar os seguintes parâmetros – dimensões
efectivas da sapata em planta e excentricidades das cargas actuantes – que simplificou-se,
considerando a direcção transversal de acções muito mais dominante que a longitudinal:

Para a verificação de segurança adoptou-se os seguintes pressupostos:

 Ângulo de atrito interno em tensões efectivas, ;


 Ângulo de atrito terreno-estrutura, ;
 Coesão em tensões efectivas, ; (considerou-se solo não coesivo)
 Peso volúmico do solo, .

As propriedades resistentes são minoradas através das seguintes expressões:

( ) ( )

( ) ( )

Os esforços na sapata são os seguintes:

( )

( (
) )
( ) ( )

Assim, tem-se que:

50
Dimensionamento dúctil

Os valores da tensão actuante são:

A capacidade resistente do solo é de (Eq. 5.16; Eq. 5.17; Eq. 5.18; Eq. 5.19; Eq. 5.20 e Eq.
5.21):

[ ] [ ]

( ) ( )
( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

Verifica-se segurança à ruptura por carregamento vertical ( ).

5.3.2 Deslizamento
A presença de reacções horizontais significativas na base da sapata requer a verificação de
segurança ao deslizamento (§6.5.3 do EN 1997-1):

(6.2 do EN 1997-1) Eq. 5.21


Com:

 – Valor de cálculo da componente horizontal da acção (excluíndo impulsos


passivos);
 – Valor de cálculo da resistência ao deslizamento desenvolvida na base da
fundação;
 – Valor de cálculo da resistência passiva, que pode ser desprezado ( ).

Em condições drenadas, o valor de cálculo da resistência ao deslizamento na base é:

51
Capítulo 5

Como em ambas as combinações consideradas, constata-se com


facilidade que está verificada a segurança ao deslizamento da fundação.

5.3.3 Assentamentos excessivos


O Anexo H do EN 1997-1 preconiza valores limites dos movimentos de sapatas,
nomeadamente assentamentos admissíveis para estruturas normais com fundações isoladas.
O EN 1997-1 considera que são muitas vezes aceitáveis assentamentos totais até .

O cálculo de assentamentos pode ser efectuado através da seguinte expressão:

( ) Eq. 5.22

Com:

 – Assentamento da sapata;
 – Coeficente de Poisson do solo ( );
 – Módulo de elasticidade do solo ( );
 – Menor dimensão efectiva da sapata em planta;
 – Tensão na base da sapata;
 – Factor que depende dos valores e (ver Anexo 6 ).

O assentamento da fundação é assim igual a:

( ) ( )
( ) ( )

Nota: Considerou-se que a fundação atingiu o valor máximo de profundidade do substracto de


fundação descrito na memória descritiva das condições de fundação, isto é, a uma
profundidade .

O valor limite de assentamento é ultrapassado. No entanto, o Anexo H do EN 1997 admite


que este valor possa ser ultrapassado desde que a rotação relativa entre fundações não
ultrapasse o valor de .

No presente caso obteve-se a seguinte rotação relativa entre fundações:

Considera-se assim verificada a segurança das fundações.

52
Dimensionamento dúctil

5.3.4 Determinação da solução de armaduras da fundação


Para simplificação do modelo de cálculo de armaduras, adoptou-se a seguinte adaptação
para definir o diagrama de tensões correspondente à reacção do solo sob a sapata (onde se
admitiu uma distribuição linear da mesma, de acordo com a recomendação do §6.8(2) do EN
1997-1), sendo que para este efeito se considerou também que a sapata tem um
comportamento de elemento rígido, assim como se assumiu uma carga equivalente total das
cargas proveniente dos pilares para determinação do diagrama triangular resultante da
interacção solo-estrutura:

Figura 5.4 – Determinação das cargas equivalente no solo para a sapata dimensionada por
“Capacity Design"

As forças equivalentes situadas no eixo do centro de gravidade da sapata foram


determinadas da seguinte forma:

As tensões do diagrama triangular resultante da interacção solo-estrutura têm, nas


extremidades do diagrama triangular, os seguintes valores:

53
Capítulo 5

Aplicando o diagrama triangular resultante da interacção solo-estrutura, mais as cargas


provenientes dos pilares, numa viga simplesmente apoiada, resultou nos seguintes diagramas
de esforços:

Figura 5.5 - Diagrama de esforços transversos numa sapata após dimensionamento de pilares
sem C.D. [kN]

Figura 5.6 - Diagrama de momentos flectores numa sapata após dimensionamento de pilares
por C.D. [kN.m]

Em relação à armadura inferior da sapata, ela é a seguinte:

Solução de armadura longitudinal inferior da sapata escolhida (ver desenho a do Anexo 7


):

( )

A armadura longitudinal na face superior da sapata é a seguinte:

54
Dimensionamento dúctil

Solução de armadura longitudinal superior da sapata (ver desenho a do Anexo 7 ):

( )

A armadura para esforço transverso na sapata foi determinada segundo o §6.2.1 do EN


1992-1.1:

( ) (6.2.a,b – EN 1992-1.1) Eq. 5.23


[ ]
( )

Em que:

 ;

 √ √


 √ √

( )

( )

Solução de armadura escolhida (ver desenho a do Anexo 7 ):

( )

55
Capítulo 5

5.4 Dimensionamento das fundações profundas sem Capacity


Design
Foi efectuada uma verificação de segurança da fundação profunda (maciço de estacas
moldadas) aos seguintes estados limites, cumprindo os pressupostos regulamentares do EN
1997-1:

 Rotura estrutural da fundação profunda por insuficiência de capacidade resistente


do terreno relativamente à compressão das estacas;
 Rotura estrutural da fundação profunda por insuficiência da capacidade resistente
do terreno relativamente à tracção das estacas;
 Rotura estrutural da fundação profunda.

5.4.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas submetidas a


esforço axial
Tal como na verificação de segurança efectuada na fundação superficial (ver capítulo 5.3.1),
o valor de cálculo da componente vertical da acção é obtido segundo a Abordagem de Cálculo
1 (§2.4.7.3.4.2 do EN 1997-1), tendo em conta que se trata de dimensionamento estrutural:

Os coeficientes parciais de segurança foram retirados do anexo A.3 do EN 1997-1, e são os


mesmos que foram utilizados para a verificação de segurança geotécnica na fundação
superficial do capítulo 5.3.1 (Tabela 5.2 e Tabela 5.3). No entanto, para o presente caso,
recorreu-se ainda aos seguintes coeficientes de segurança para as estacas moldadas:

Tabela 5.5 - Coeficientes parciais para a resistência das estacas moldadas ( ) [Quadro A.7 do
EN 1997-1]

Resistência Símbolo R1 R4
Ponta
Lateral (Compressão)
Total / Combinada (Comp.)
Lateral em tracção

Na verificação de segurança geotécnica das estacas não se minimizou o valor dos


parâmetros resistentes dos solos em causa, pois os dados fornecidos da análise geotécnica do
projecto, que se encontram disponíveis na Tabela 3.5 deste documento, já fornecem o valor
final da resistência lateral e de ponta dos solos. Considerou-se por isso o valor mínimo dos
mesmos.

56
Dimensionamento dúctil

5.4.1.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas à compressão


Esta verificação analisa a situação de rotura devido à insuficiente capacidade resistente do
terreno. Para demonstrar que o terreno da fundação suportará a carga de cálculo com
adequada segurança em relação à rotura, deve-se satisfazer a seguinte condição (§7.6.2.1 do
EN 1997-1):

(7.1 do EN 1997-1) Eq. 5.24


Em que:

 – Valor de cálculo da carga axial de compressão numa estaca;


 – Valor de cálculo da capacidade resistente do terreno no contacto com
uma estaca à compressão.

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações são os seguintes:

( )

Recorrendo à Eq. 5.34, e tendo em consideração que o peso próprio da estaca é igual a
, obteve-se o seguinte valor de compressão na ponta
5
das estacas :

As cargas resistentes à compressão nas estacas são as seguintes:

Resistência de ponta:

Resistência lateral: ( )

Resistência total à compressão:

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de compressão das estacas.

5 O modelo de cálculo das forças axiais das estacas encontra-se descrito na página 62.

57
Capítulo 5

5.4.1.2 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas à tracção

Esta verificação analisa a situação de rotura por tracção da fundação, satisfazendo a


seguinte condição (§7.6.3.1 do EN 1997-1):

(7.12 do EN 1997-1) Eq. 5.25


Em que:

 – Valor de cálculo da carga axial de tracção numa estaca à tracção;


 – Valor de cálculo da capacidade resistente à tracção de uma estaca;

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações são os seguintes:

As estacas verificam os seguintes valores máximos de tração actuantes:

O valor obtido permite confirmar que as pontas resistentes das estacas se encontram à
compressão em ambas as combinações, para a situação mais desfavorável de combinação de
esforços, pelo que está verificada a segurança à tração nas estacas.

58
Dimensionamento dúctil

5.4.2 Determinação da solução de armaduras da fundação


Os maciços de estacas das fundações profunda foram dimensionados considerando
separadamente as parcelas de momento flector e de esforço normal provenientes dos pilares,
nomeadamente o Pilar 5 para o caso da combinação sísmica (ver Tabela 4.14) e o Pilar 13
para o caso da combinação de Sobrecarga Rodoviária (ver Tabela 4.13).

O modelo de cálculo para a componente de esforço axial proveniente dos pilares


corresponde a um modelo de tirantes e treliças esquematizado nas seguintes figuras:

N
0.40

N/2 N/2

1.75

N/2 N/2

Figura 5.7 - Modelo de escoras e tirantes utilizado no Figura 5.8 - Parâmetros do


maciço de encabeçamento de estacas (Montoya, Meseguer, & modelo de escoras e tirantes
Cabé, 2000) necessários à determinação da
armadura (Marchão, Appleton, &
Câmara, Folhas de apoio às aulas
de betão armado e pré-esforçado
II. Módulo 3: Fundações de
edifícios, 2008)

Através destas figuras, determinou-se o comprimento horizontal das bielas de compressão:

Com a semelhança existente da relação triangular entre as características geométricas do


modelo de cálculo e das forças em cada componente desse mesmo modelo, determinou-se o
valor da força de tracção na base inferior dos maciços de encabeçamento da seguinte forma:

Eq. 5.26

Ao qual corresponderá a seguinte quantidade de armadura:

Eq. 5.27

59
Capítulo 5

Em relação à componente relativa aos esforços de flexão dos pilares, a armadura é


calculada de forma semelhante ao de a secção de uma viga, recorrendo-se às tabelas de
cálculo para armaduras (Gomes & Vinagre, 1997), em que é determinado recorrendo à
Eq.1.34.

A armadura total na base do maciços de fundações será assim igual a:

Eq. 5.28

Enquanto na face superior a armadura total longitudinal é igual a:

Eq. 5.29

A armadura de suspensão entre estacas foi determinada recorrendo ao método de


Leonhardt que propõe a adopção de armaduras transversais distribuídas entre as estacas
dimensionadas para a seguinte força (Câmara & Correia):

Eq. 5.30

Em que:

 – Carga axial total;


 – número de estacas ( ).

5.4.2.1 Determinação de armaduras sob a combinação sísmica (Pilar 3)


Para o pilar com mais esforços, isto é o pilar 3, corresponde assim a seguinte quantidade de
armadura relativamente ao esforço axial de compressão, :

Determinação de :

Ao qual corresponde o seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Gomes & Vinagre, 1997):

60
Dimensionamento dúctil

Nas faces das armaduras será assim necessário o seguinte quantidade de armadura:

5.4.2.2 Determinação de armaduras sob a combinação com a sobrecarga rodoviária


como acção variável base (Pilar 3)
Para o pilar com mais esforços, isto é o pilar 3, corresponde assim a seguinte quantidade de
armadura relativamente ao esforço axial de compressão, :

Determinação de :

Ao qual corresponde o seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Ver Anexo 5 ):

Nas faces horizontais do maciço de encabeçamento considerou-se assim necessário a


colocação da seguinte quantidade de armadura:

Armadura de suspensão:

61
Capítulo 5

5.4.2.3 Solução de armaduras para os maciços de encabeçamento de estacas


Armadura superior do maciço de encabeçamento (ver desenho c do Anexo 7 ):

( )

Armadura inferior do maciço de encabeçamento (ver desenho c do Anexo 7 ):

( )

Armadura de suspensão (ver desenho c do Anexo 7 ):

( )

Colocou-se estribos de suspensão entre as estacas.

5.4.2.4 Lintel de ligação entre maciços de encabeçamento de estacas


Como os maciços de encabeçamento e as estacas estão dimensionados para absorver os
esforços de dimensionamento, a viga de ligação entre maciços acabará por funcionar apenas
como reserva de resistência. Por essa razão, apenas foram escolhidas armaduras mínimas
resistentes regulamentares.

A taxa de armadura mínima resistente ao esforço transverso de uma viga é obtida através
da seguinte equação ( ( )):

√ (9.5N – EN 1992-1.1) Eq. 5.31

Para o lintel de ligação foi determinada a seguinte taxa de armadura:

A esta taxa de armadura, corresponde a seguinte quantidade de armadura resistente ao


esforço transverso:

( )

A solução recaiu em 4 estribos de .

Em relação às armaduras longitudinais, o método utilizado envolverá também considerando


a armadura mínima regulamentar permitida ( do ):

(9.1N – EN 1992-1.1) Eq. 5.32

Em que:

 Largura média da zona traccionada;

62
Dimensionamento dúctil

Foi assim necessário optar pela seguinte armadura:

A solução adoptada recaiu num conjunto de armaduras de na face inferior e


na face superior do lintel de ligação entre maciços ( ( ) ; ver desenho
c do Anexo 7 ).

A este conjunto de armaduras corresponde a seguinte quantidade de armadura no lintel:

O momento resistente no lintel é o seguinte (ver capítulo Anexo 5 ):

5.4.2.5 Estacas
Já os esforços axiais nas estacas foram determinados recorrendo ao seguinte modelo,
sendo que para tal se considerou que o maciço é rígido:
N
M

Figura 5.9 - Modelo de cálculo usado para a determinação dos esforços axiais nas estacas

Os esforços de corte no topo da estaca foram determinados da seguinte forma:

Eq. 5.33

Já os esforços axiais nas estacas foram determinados da seguinte forma:

Eq. 5.34
∑ ∑

Em que:

 – Distâncias ao centro de rotação do maciço de encabeçamento;


 – Momentos em relação ao centro de rotação do maciço de
encabeçamento.

63
Capítulo 5

O momento máximo da estaca é determinado da seguinte forma:

Eq. 5.35

Em que, para o caso de estacas com 1,0 metro de diâmetro se tem:

√ √

Em que:


 ( )

Os esforços nas estacas para a combinação sísmica são os seguintes:




 {

Os esforços na cabeça das estacas para a combinação com a sobrecarga rodoviária como
sobrecarga base, são os seguintes:



 {

Para o conjunto de esforços condicionantes definidos pela combinação sísmica de acções,


determinou-se o seguinte conjunto de armaduras longitudinais (ver Anexo 5 ):

{ {
{

{ {
{

Que requer a seguinte quantidade de armadura longitudinal total (Eq. 5.4):

⁄ ⁄

Para esta necessidade de armadura, definiu-se uma solução com ( ).

64
Dimensionamento dúctil

Em relação à armadura de esforço transverso, dimensionou-se uma armadura que


resistisse ao esforço transverso do topo da estaca, e recorrendo também ao método da secção
rectangular equivalente já descrito anteriormente (ver página 41) e à Eq. 5.9 determinou-se a
armadura resistente ao esforço transverso necessária:

( ) ( )

Adoptou-se uma solução de armadura constituída por ( ⁄ ).

As armaduras da estacas podem ser visualizadas com maior detalhe no desenho c do


Anexo 7 .

5.5 Dimensionamento das armaduras transversais dos pilares


seguindo os princípios do Capacity Design
Para se dimensionar os pilares aplicando os princípios do Capacity Design foi necessário
determinar os esforços dos pilares de forma a assegurar a correcta dissipação de energia para
a acção sísmica. Para tal, determinou-se o momento de sobre-resistência na base do pilar, isto
é, na zona onde os pilares terão os momentos máximos, e onde se pretende que surjam as
rótulas plásticas, tendo no entanto sempre o cuidado de se evitar as roturas frágeis. Com esse
objectivo, foi adoptado o seguinte modelo de momentos para os pilares:

Tabuleiro

Pilar

Rótula Plástica

Figura 5.10 - Momentos por capacidade resistente nos pilares, (Inspirado na Fig. 5.1 do
EN1998 - 2)

O momento de sobre-resistência da secção da base do pilar foi determinado recorrendo à


seguinte equação:

(5.1 – EN1998-2) Eq. 5.36

Em que:

 – Factor de sobre-resistência6;

6 Como o esforço normal reduzido, (Tabela 4.1), o factor de sobre-


resistência, , tem que ser afectado por um coeficiente de majoração ( ( ) do EN1998-2).
No entanto, para este caso, esse incremento do factor de sobre-resistência é residual.

65
Capítulo 5

 – Momento resistente de dimensionamento ( ).

Para estruturas de betão armado, o ( ) do recomenda que o factor de


sobre-resistência, , adapte o valor .

Assim, o momento de sobre-resistência na secção da base do pilar tem o seguinte valor:

Para o pilar mais pequeno ( ), o esforço transverso é o seguinte:

Assim, e recorrendo do método já anteriormente descrito (capítulo 5.2.3), determinou-se a


armadura necessária no pilar, que é a seguinte:

( )

Adoptou-se uma solução constituída por 2 cintas rectângulares e 1 quadrada, interiores,


com varões com 12 milímetros de diâmetro afastados de 20 centímetros, e um varão helicoidal
exterior também com um varão de 12 milímetros de diâmetro afastados de 20 centímetros (ver
desenho b do Anexo 7 ).

5.5.1 Armadura de confinamento dos pilares


A determinação da armadura de confinamento necessária é definida no §6.2.1.4 do
EN1998-2. O valor de percentagem mecânica de armadura mínima necessária é determinado
através da seguinte equação:

( ) (6.8 – EN1998-2) Eq. 5.37

Em que:

 ( )
 – Área total da secção transversal de betão;
 – Área total do betão confinado na secção delimitada pela armadura
transversal;
 – Factor definido pela Tabela 6.1 do EN1998-2 ( para
estruturas dúcteis);
 – Factor definido pela Tabela 6.1 do EN1998-2 ( para
estruturas dúcteis);
 – Rácio de armadura longitudinal.

Para a estrutura em análise obteve-se os seguintes valores:



( )

 (Tabela 4.1)

66
Dimensionamento dúctil

 ( )
 ( ) ( )

A percentagem volumétrica de armadura de confinamento necessária é definida pela


seguinte equação:

⁄ Eq. 5.38

Para o limite de percentagem de armadura mínimo calculado anteriormente, corresponde-


lhe a seguinte percentagem volumétrica de armadura:

Adoptou-se assim solução constituída por 3 cintas de , e para a zona de rótula


plástica (isto é, até uma altura de 3 metros a partir da base do pilar7), adoptou-se uma solução
constituída por 4 cintas de . A esta solução de armaduras resistentes ao esforço
transverso corresponde uma percentagem de armadura igual a:

( ) ( )

5.5.2 Dispensa das armaduras longitudinais dos pilares tendo em consideração os


princípios do Capacity Design
Tal como se efectuou para a situação de dimensionamento das armaduras nos pilares sem
CD, em que se determinou a dispensa de armadura longitudinal (ver capítulo 5.2.2), tal também
foi feito tendo em consideração os princípios do Capacity Design, dispensando também 32 dos
64 varões longitudinais de 32 milímetros de diâmetro (sendo a sua capacidade resistente de
). Para tal, recorreu-se novamente ao mesmo método anteriormente
descrito no capítulo 5.2.2, isto é, à semelhança de triângulos dos diagramas dos momentos
flectores dos pilares. O diagrama triangular de momentos flectores com capacidade resistente
está representado na Figura 5.10 (ver página 65). A dispensa de armadura longitudinal é feita à
seguinte altura:

( )

No entanto, ao contrário do que aconteceu com o dimensionamento usual dos pilares, esta
relação de triângulos foi extrapolada para o pilar de maior altura ( , cuja altura é de
), pois com este método de dimensionamento teve que se ter em
consideração que a probabilidade de este pilar também entrar em rotura por flexão, assim
como os demais pilares.

7Segundo o §6.2.1.5(1), as rótulas plásticas têm uma altura igual a cerca de 20% da altura
dos pilares: . Definiu-se uma altura de .

67
Capítulo 5

5.6 Dimensionamento das fundações superficiais por Capacity


Design

As verificações de segurança nesta sapata, são semelhantes às efetuadas anteriormente na


página 48, isto é, verificou-se os seguintes estados limites, cumprindo os pressupostos
regulamentares do EN1997-1:

 Carregamento vertical;
 Deslizamento;
 Assentamentos excessivos;
 Rotura estrutural da sapata.

Como as verificações são semelhantes às que foram feitas anteriormente no capítulo 5.3,
procedeu-se à determinação directa dos parâmetros necessários à verificação de segurança,
mas agora de forma mais resumida.

5.6.1 Carregamento vertical


Os esforços na base da sapata são os seguintes ( foi determinado no capítulo 5.3.1):

Assim, tem-se que:

A resultante das acções sobre a fundação ao nível do plano de base encontra-se dentro do
núcleo central da sapata para o caso da combinação 1 de acções, e na combinação 2
encontra-se fora do núcleo central, pelo que uma parte da sapata não apoiará no terreno.

Os valores da tensão actuante são:

Já a capacidade resistente do solo é de (Eq. 5.16; Eq. 5.17; Eq. 5.18; Eq. 5.19; Eq. 5.20 e
Eq. 5.21):

68
Dimensionamento dúctil

[ ] [ ]

Verifica-se segurança à ruptura por carregamento vertical.

5.6.2 Deslizamento
O valor de cálculo da resistência ao deslizamento na base é:

Como em ambas as combinações consideradas, constata-se com


facilidade que está verificada a segurança ao deslizamento da fundação.

5.6.3 Assentamentos excessivos


O assentamento da fundação é igual a:

( ) ( )
( ) ( )

Nota: Considerou-se que a fundação atingiu o valor máximo de profundidade do substracto de


fundação descrito na memória descritiva das condições de fundação, isto é, a uma
profundidade .

O valor limite de assentamento é ultrapassado. No entanto, o Anexo H do EN 1997 admite


que este valor possa ser ultrapassado desde que a rotação relativa entre fundações não
ultrapasse o valor de .

No presente caso tem-se que:

Considera-se assim verificada a segurança das fundações.

69
Capítulo 5

5.6.4 Determinação da solução de armaduras


A determinação dos esforços de dimensionamento da sapata será semelhante ao método
utilizado anteriormente em 5.3 (ver página 47), tendo agora em consideração os esforços para
efeitos de dimensionamento por capacidade resistente.

Para simplificação do modelo de cálculo de armaduras, adoptou-se a seguinte adaptação


para definir o diagrama de tensões correspondente à reacção do solo sob a sapata, sendo que
para este efeito se considerou a sapata como um elemento rígido e uma carga equivalente total
das cargas proveniente dos pilares:

Figura 5.11 – Determinação das cargas equivalente no solo para a sapata dimensionada por
“Capacity Design"

As forças equivalentes no eixo de gravidade da sapata foram determinadas da mesma


forma como anteriormente descrito no capítulo 5.2.4 (ver página 47).

As tensões do diagrama triangular resultante da interação solo-estrutura têm, nas


extremidades do diagrama triangular, os seguintes valores:

Aplicando o diagrama triangular resultante da interacção solo-estrutura, mais as cargas


provenientes dos pilares numa viga simplesmente apoiada obteve-se os respectivos esforços
de dimensionamento, tal como anteriormente feito no capítulo 5.3.

Em relação à armadura inferior da sapata, ela é a seguinte (ver desenho b do Anexo 7 ):

70
Dimensionamento dúctil

Solução:
( )

A armadura da face superior da sapata é a seguinte (ver desenho b do Anexo 7 ):

Solução:
( )

Armadura para esforço transverso na sapata é a seguinte (ver desenho b do Anexo 7 ):

( )

( )

Solução de armadura escolhida:


( )

71
Capítulo 5

5.7 Dimensionamento das fundações profundas por Capacity


Design

Foi efectuado uma verificação de segurança da fundação profunda aos seguintes estados
limites:

 Rotura da fundação profunda por insuficiência de capacidade resistente do terreno


relativamente à compressão de estacas;
 Rotura da fundação profunda por insuficiência da capacidade resistente do terreno
relativamente à tracção das estacas;
 Rotura estrutural da fundação profunda.

5.7.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas submetidas a


esforço axial
A verificação de segurança foi efectuada nos mesmos moldes já anteriormente descritos no
capítulo 5.4.1.

5.7.1.1 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas à compressão


As cargas de compressão regulamentares actuantes foram determinadas de forma similar à
anteriormente feita no capítulo 5.4.1.1, e têm os seguintes valores:

Recorrendo à Eq. 5.34, e tendo em consideração que o peso próprio da estaca é igual a
, obteve-se o seguinte valor de compressão na ponta
8
das estacas :

As cargas resistentes à compressão nas estacas são as seguintes (ver capítulo 5.4.1):

Resistência total à compressão:

8 O modelo de cálculo das forças axiais das estacas encontra-se descrito na página 62.

72
Dimensionamento dúctil

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de compressão das estacas.

5.7.1.2 Verificação da capacidade resistente do terreno para estacas à tracção


Os valores das cargas atuantes no maciço de estacas para cada uma das respetivas
combinações são os seguintes:

As estacas verificam os seguintes valores máximos de tração:

Como a resistência à tracção das estacas é igual ao valor da sua resistência lateral já
anteriormente determinada para ambas as combinações, verifica-se a resistência das estacas
à tracção.

5.7.2 Determinação da solução de armaduras da fundação


O método de cálculo de armaduras não difere muito do utilizado anteriormente no capítulo
5.4, aquando do dimensionamento de armaduras de fundações profundas dos pilares sem CD.
Para ter em consideração o dimensionamento por capacidade resistente, foram considerados
os momentos resistentes dos elementos adjacentes ao respectivo maciço de encabeçamento
das estacas, nomeadamente, o momento de sobre-resistencia dos pilares e o momento
resistente dos lintéis de ligação, cujo valor foi determinado na página 65. Recorde-se que o
valor dos momentos referidos é o seguinte:

As armaduras do maciço de encabeçamento foram calculadas considerando em separado


as parcelas respeitantes a momentos flectores e esforços normais. O método é em todo
semelhante ao utilizado anteriormente feito no capítulo 5.4, sendo que por isso só se
apresentou o cálculo de armadura sob a combinação de acções sísmicas da parcela de
momento flector resultante (as restantes parcelas, quer sob a combinação sísmica, quer sob a
combinação com sobrecarga rodoviária, são iguais às anteriormente calculadas).

73
Capítulo 5

5.7.2.1 Determinação de armaduras sob a combinação sísmica (Pilar 3)


Para o pilar com mais esforços, isto é o pilar 3, corresponde assim a seguinte quantidade de
armadura relativamente ao esforço axial de compressão, :

Já o valor de é o seguinte:

Que é igual ao seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Gomes & Vinagre, 1997) (Ver
anexo do capítulo Anexo 5 ):

Nas faces do maciço de encabeçamento será assim necessário a seguinte quantidade de


armadura:

5.7.2.2 Armaduras no maciço de encabeçamento sob a combinação com a sobrecarga


rodoviária como acção variável base (Pilar 3)
A armadura para esta combinação de acções é igual às determinadas no capítulo 5.4. Nas
faces do maciço de encabeçamento será assim necessário a seguinte quantidade de
armadura:

5.7.2.3 Solução de armaduras para os maciços de encabeçamento de estacas


Armadura superior do maciço de encabeçamento (ver desenho d do Anexo 7 ):

( )

Armadura inferior do maciço de encabeçamento (ver desenho d do Anexo 7 ):

( )

Armadura de suspensão (ver desenho d do Anexo 7 ):

( )

Colocou-se estribos de suspensão entre as estacas.

74
Dimensionamento dúctil

5.7.2.4 Estacas
Novamente, o método de cálculo também será semelhante ao usado para o
dimensionamento de estacas sem CD que se utilizou no capítulo 5.4.

Os esforços na cabeça das estacas para a combinação sísmica são os seguintes:




 {

Os esforços na cabeça das estacas para a combinação com a sobrecarga rodoviária como
sobrecarga base, são os seguintes:



 {

Para o conjunto de esforços condicionantes definidos pela combinação sísmica de acções


determinou-se o seguinte conjunto de armaduras longitudinais:

{ {
{

{ {
{

Que requer a seguinte quantidade de armadura longitudinal total (Eq 5.4):

⁄ ⁄

Para esta necessidade de armadura, definiu-se uma solução com (


), tal como se pode ver no desenho d do Anexo 7 .

Em relação à armadura de esforço transverso, dimensionou-se uma armadura que


resistisse ao esforço transverso do topo da estaca, e recorrendo também ao método da secção
rectangular equivalente já descrito anteriormente (ver página 41):

( ) ( )

Adoptou-se uma solução de armadura constituída por ( ⁄ )


tal como se pode ver no desenho d do Anexo 7 .

75
Capítulo 5

5.8 Análise dos resultados obtidos


Após a determinação das armaduras para as duas situações de projecto (com e sem
Capacity Design) para a ponte com fundações superficiais e profundas, definiu-se as
respectivas peças desenhadas e mapas de quantidades para cada um dos quatro casos em
análise que se encontram em anexo neste documento (ver Anexo 7 e Anexo 8 ). Da análise
destes mapas de quantidades determinou-se a seguinte parcela respectiva de armadura por
Capacity Design:

Tabela 5.6 – Parcela de quantidade de armadura de Capacity Design, [kg]

Quantidade total de armadura [kg]


Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações s/ C.D. 550.352,59 Variação - ΔCD
Superficiais c/ C.D. 755.084,38 204.731,79 27,11%
Estrutura com Fundações s/ C.D. 819.347,75 Variação - ΔCD
Profundas c/ C.D. 1.034.760,74 215.412,99 20,82%

Na Tabela 5.6 verifica-se que a parcela de armadura correspondente ao dimensionamento


por Capacity Design corresponde a cerca de 27% do total final de armadura da fundação dúctil
e cerca de 21% no caso da fundação profunda.

Esta parcela de armadura CD é distribuída da seguinte forma no caso de estruturas com


fundações superficiais:

Tabela 5.7 – Análise da parcela de quantidade de armadura, , por dimensionamento por


Capacity Design numa fundação superficial [kg]

Análise do Δ
Est. Fundações Superficiais
Pilares Sapatas
Qtdd. Armadura [kg] 69.751,23 134.980,56
% 34,07% 65,93%

Esta parcela de armadura incide nas sapatas da estrutura com fundações superficiais,
representando cerca de dois terços desse mesmo incremento, e os pilares representam o terço
restante desse incremento.

Na estrutura com fundações profundas, os pilares correspondem também a cerca de um


terço da armadura por CD:

Tabela 5.8 - Análise da parcela de quantidade de armadura, , por dimensionamento por


Capacity Design numa fundação profunda [kg]

Análise do Δ
Estrutura com Fundações Profundas
Pilares Maciços Estacas
Qtdd. Armadura [kg] 69.751,23 49.220,10 96.441,66
% 32,38% 22,85% 44,77%

Ou seja, da análise das últimas duas tabelas ressalta a ideia de que o Capacity Design em
pontes afectará sobretudo a quantidade de armadura das fundações (e de forma mais
considerável nas fundações superficiais), embora nos pilares a diferença de valores também
seja considerável.

76
Dimensionamento dúctil

Estas observações estão de acordo com os princípios enumerados no dimensionamento por


Capacity Design onde o cuidado de se proteger as regiões potencialmente frágeis, ou os
elementos não adequados para uma dissipação de energia estável, isto é, as fundações, são
protegidas assegurando que a sua resistência excede as exigências originadas pela sobre-
resistência das rótulas plásticas, sendo isso bem visível no facto de ao se aumentar a
quantidade de elementos não adequados para uma dissipação de energia se aumentar
também a sua parcela de armadura.

Se fizermos a análise por pilar, verifica-se que a quantidade de armadura por CD


corresponde a um valor que percentualmente se situa entre os e do total da
armadura do respectivo pilar dúctil, sendo que a variação em termos absolutos é mais
constante (aproximadamente de armadura):

Tabela 5.9 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por Capacity


Design por pilar [kg]

Pilar s/ C.D. c/ C.D. ( )


(m)
P1 10,06 9.269,94 11.893,53 2.623,59 22,1%
P2 11,01 9.814,89 12.479,82 2.664,92 21,4%
P3 11,10 9.858,72 12.523,94 2.665,22 21,3%
P4 11,20 9.923,87 12.597,06 2.673,19 21,2%
P5 9,26 8.814,36 11.404,89 2.590,53 22,7%
P6 11,12 9.868,82 12.533,74 2.664,92 21,3%
P7 9,59 8.992,00 11.590,79 2.598,80 22,4%
P8 9,06 8.700,47 11.282,74 2.582,27 22,9%
P9 11,09 9.854,12 12.519,03 2.664,90 21,3%
P10 13,12 11.007,76 13.755,32 2.747,56 20,0%
P11 14,21 11.637,19 14.434,33 2.797,14 19,4%
P12 14,26 11.661,71 14.458,85 2.797,14 19,3%
P13 14,40 11.746,17 14.551,60 2.805,43 19,3%
Total 34.875,62

A diferença de quantidade de armadura constante explica-se pelo facto de que entre os dois
dimensionamentos efectuados se ter dispensado a armadura longitudinal a alturas diferentes
(sem CD fez-se a dispensa aos 5,00 metros de altura, enquanto que com CD ela foi feita aos
9,00 metros de altura), e também ao facto de no dimensionamento por CD se efectuar um
incremento de armadura resistente aos esforços transversos na base dos pilares para evitar as
indesejáveis roturas por corte frágil na base dos pilares.

77
Capítulo 5

Percentualmente, a parcela de armadura de CD tem uma variação linear com a altura dos
pilares, tal como se pode constatar na seguinte figura, já que a recta de tendência apresenta
um valor de correlação muito próximo da unidade:

Relação da quantidade de armadura CD


com a altura dos pilares
Δ (%) y = -0,0066x + 0,2874
R² = 0,9946
23,5%
23,0%
22,5%
22,0%
21,5%
21,0%
20,5%
20,0%
19,5%
19,0%
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
hpilar (m)

Figura 5.12 - Relação da quantidade de armadura CD [%] com a altura dos pilares [m]

Através da análise da Figura 5.12, e sabendo que a variação em valores absolutos de


quantidade de armadura é quase constante para qualquer altura dos pilares, fica a ideia de que
a um aumento da altura dos pilares, menor será percentualmente a quantidade de armadura
necessária para assegurar que a estrutura cumpra os requisitos necessários do CD.

Já quanto às sapatas, verifica-se que a quantidade de armadura por CD é percentualmente


na mesma ordem de grandeza da que se tinha verificado nos pilares (ou seja, um valor um
pouco menor que 20% da quantidade de armadura dimensionada seguindo o que é
preconizado no EN 1998-2).

Tabela 5.10 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por


Capacity Design por sapata [kg]

s/ C.D. c/ C.D. Δ Δ (%)


11.078,94 16.270,50 5.191,56 31,91%

78
Dimensionamento dúctil

Nas fundações profundas a parcela CD corresponde também a cerca de do valor total


da quantidade de armadura das fundações (conjunto maciços + estacas), tendo
percentualmente um valor ligeiramente superior ao verificado nos pilares:

Tabela 5.11 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por


Capacity Design da fundação profunda pelo respectivo alinhamento de pilar [kg]

hestaca
Pilar
(m)
s/ C.D. c/ C.D. Δ Δ (%)
P1 10,50 20.587,38 26.385,81 5.798,43 22,0%
P2 10,00 20.276,29 26.089,05 5.812,75 22,3%
P3 11,50 21.209,55 26.979,48 5.769,93 21,4%
P4 13,00 22.142,80 27.869,91 5.727,11 20,5%
P5 16,50 24.320,39 29.947,60 5.627,21 18,8%
P6 16,00 24.009,30 29.650,76 5.641,46 19,0%
P7 15,00 23.387,14 29.057,17 5.670,03 19,5%
P8 15,00 23.387,14 29.057,17 5.670,03 19,5%
P9 12,00 21.520,63 27.276,31 5.755,68 21,1%
P10 9,00 19.654,13 25.122,70 5.468,57 21,8%
P11 8,50 19.343,04 24.639,60 5.296,56 21,5%
P12 8,50 19.343,04 24.639,60 5.296,56 21,5%
P13 8,50 19.343,04 24.639,60 5.296,56 21,5%
Total 72.830,88

Tal como nos pilares, a parcela de armadura de CD tem uma variação linear com a altura
das estacas, tal como se pode constatar na seguinte figura, já que a recta de tendência
apresenta um valor de correlação de cerca de 0,85, apesar de ficar aquém valor obtido para os
pilares:

Tabela 5.12 - Relação da quantidade de armadura CD [%] nas fundações profundas com a altura
das estacas [m]

Relação da quantidade de armadura CD


com a altura das estacas y = -0,0037x + 0,2515
Δ (%) R² = 0,8514

22,5%
22,0%
21,5%
21,0%
20,5%
20,0%
19,5%
19,0%
18,5%
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
hestaca (m)

79
Capítulo 5

Esta correlação é quebrada sobretudo nas estacas mais curtas, com comprimentos
menores que os 10,0 metros, porque a dispensa da armadura longitudinal para estacas com
CD é efectuada aos 10 metros de comprimento (as estacas com altura menor que 10 metros
não fazem dispensa de armadura longitudinal para o dimensionamento com CD efectuado).

Tal também pode ser verificado na análise das estacas isoladas, isto é, sem o maciço de
encabeçamento, onde a correlação da recta de tendência acaba por ser maior (muito próxima
da unidade) por os valores da variação serem maiores, apesar de os valores das estacas mais
curtas também se afastarem da linha de tendência. Recorde-se também que da análise da
Tabela 5.8 se concluiu que as estacas correspondiam ao elemento estrutural mais considerável
na quantificação da quantidade de armadura devida à implementação dos princípios do CD,
podendo-se por isso linearizar uma parte importante dos custos do projecto.

Tabela 5.13 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por


Capacity Design nas estacas das fundações profundas pelo respectivo alinhamento de pilar [kg]

Pilar
(m)
s/ C.D. c/ C.D. ( )
P1 10,50 7.777,11 11.682,45 3.905,35 33,4%
P2 10,00 7.466,02 11.385,69 3.919,67 34,4%
P3 11,50 8.399,27 12.276,12 3.876,85 31,6%
P4 13,00 9.332,53 13.166,55 3.834,03 29,1%
P5 16,50 11.510,12 15.244,25 3.734,13 24,5%
P6 16,00 11.199,03 14.947,41 3.748,38 25,1%
P7 15,00 10.576,86 14.353,82 3.776,95 26,3%
P8 15,00 10.576,86 14.353,82 3.776,95 26,3%
P9 12,00 8.710,36 12.572,96 3.862,60 30,7%
P10 9,00 6.843,85 10.419,34 3.575,49 34,3%
P11 8,50 6.532,77 9.936,25 3.403,48 34,3%
P12 8,50 6.532,77 9.936,25 3.403,48 34,3%
P13 8,50 6.532,77 9.936,25 3.403,48 34,3%
Total 48.220,83

Da análise da tabela anterior verifica-se que o valor correspondente à quantidade de


armadura por CD corresponde uma variação na ordem dos , que são
percentagens superiores às verificadas nos outros elementos resistentes anteriormente
analisados. Este incremento considerável de armadura verificado nas estacas é um pouco
equilibrado com o menor incremento verificado nos maciços de encabeçamento, onde uma
parte das armaduras longitudinais determinadas depende dos esforço axial dos pilares, que é
um valor independente da consideração do CD. O incremento de armadura verificada no
maciço é de cerca de , que é um valor inferior aos determinados anteriormente nos
restantes elementos resistentes:

Tabela 5.14 - Análise da parcela de armadura correspondente ao dimensionamento por


Capacity Design num maciço de estacas das fundações profundas [kg]

s/ C.D. c/ C.D. ( )
12.810,27 14.703,35 1.893,08 14,78%

80
Dimensionamento dúctil

Ainda em relação às estacas, a quantidade de armadura CD com a altura das estacas pode
ser analisada através da seguinte recta de tendência:

Tabela 5.15- Relação da quantidade de armadura CD [%] das estacas com a sua altura [m]

Relação da quantidade de armadura CD


com a altura das estacas y = -0,0129x + 0,4597
Δ (%) R² = 0,9724
40,0%
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
hestaca (m)

Constata-se que os elementos em que se terão que assegurar a não formação de roturas,
nomeadamente as fundações das estruturas em análise, terão que por consequência que
sofrer um incremento considerável de armadura. Em ambas as situações de fundação esse
incremento é percentualmente superior ao dos pilares, onde se formarão as rótulas plásticas de
dissipação da energia sísmica, no entanto, verifica-se que quanto mais complexa for a
fundação, maior terá que ser esse incremento. Esta observação é visível na análise das
tabelas Tabela 5.7 e Tabela 5.8.

Em relação à análise de custos, é expectável que a um incremento de armadura


corresponda também um aumento de custos. Para analisar desse aumento de custos foi
efectuado um conjunto de Mapa de Medições (ver Anexo 9 ) para aferir os custos de cada
caso, e quantificar também os custos da aplicação do CD. Para o efeito, nos casos em análise,
chegou-se à seguinte conclusão:

Tabela 5.16 - Análise de custos no dimensionamento por Capacity Design [€]

Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações s/ C.D. 1.530.663 Variação - Δ
Superficiais c/ C.D. 1.745.632 214.968 12,31%
Estrutura com Fundações s/ C.D. 2.226.717 Variação - Δ
Profundas c/ C.D. 2.452.901 226.184 9,22%

Cingindo apenas à análise de custos ao conjunto pilares+respectivas fundações, verifica-se


que custos assinalados como provocados pelo dimensionamento respeitando os princípios do
CD correspondem a do custo total dos pilares+fundações superficiais
dimensionamentos através do dimensionamento dúctil definido pelo EN 1998-2, e que no caso
das fundações profundas essa parcela sobe para .

Quantificando de forma absoluta, verifica-se que o CD das fundações superficiais


corresponde a um custo de cerca de , enquanto no caso das fundações profundas

81
Capítulo 5

esse incremento de custos já é mais considerável, de cerca de , ficando um pouco


acima do dobro do custo verificado nas sapatas.

O Capacity Design implica um incremento de armadura na estrutura para evitar roturas em


sítios indesejáveis aos quais estarão também associados custos, que no cômputo geral do
custo da obra no seu tempo de vida útil implicarão acréscimos de gastos que não se podem
considerar displicentes, apesar de relativamente reduzidos, sendo que no entanto é
assegurado um menor custo de reparação da ponte que resultem de uma eventual acção
sísmica superior à acção regulamentar (hipótese improvável, mas não descartável).

82
Capítulo 6 : Dimensionamento com ductilidade limitada (
)

Os projectistas de estruturas confrontar-se-ão com dois tipos de dimensionamento com a


nova a entrada da nova regulamentação europeia: dúctil e não dúctil. Para aferir as implicações
de custos nestas escolhas efectutou-se dois dimensionamentos não dúcteis: um de ductilidade
limitada em que se aproveita de forma reduzida as potencialidade da ductilidade do betão
armado ( ), e outro em regime elástico em que não se explora as capacidades dúcteis da
estrutura de betão armado ( ).

6.1 Dimensionamento de armaduras com ductilidade limitada (


)

No presente capítulo a estrutura em análise foi dimensionada sem se explorar muito a


ductilidade do betão armado dos elementos resistentes às acções horizontais (pilares +
respectivas fundações), ou seja, fez-se um dimensionamento de ductilidade limitada da
estrutura ao qual o EN 1998-2 define um coeficiente de comportamento . Não se será
tão exaustivo na descrição da determinação das armaduras da estrutura dimensionada com
ductilidade limitada como se foi no capítulo anterior no dimensionamento dúctil, pois os passos
dados foram muito semelhantes (nomeadamente com o dimensionamento sem Capacity
Design), sendo no entanto devidamente adaptados.

6.1.1 Determinação da acção sísmica


A determinação do espectro de resposta foi um processo semelhante ao anteriormente
descrito para o dimensionamento de estruturas dúcteis no capítulo 4.2.1 (nomeadamente
através da Eq. 4.2 à Eq. 4.5), ao qual difere o parâmetro de coeficiente de comportamento (no
presente caso de ductilidade limitada considerou-se um ).

Foi também necessário efectuar um processo iterativo em que se aumentou o diâmetro dos
pilares para que não ficassem demasiado armados e cumprissem a restricção do EN 1998-2 de
quantidade de armadura máxima (§9.5.2(3)). Desse processo iterativo definiu-se um diâmetro
de para os pilares resistentes. Também se verificou necessário o aumento da
capacidade resistente das fundações. No caso das sapatas, definiu-se uma área de
implantação de . Já no caso das fundações profundas, definiu-se um maciço de
encabeçamento com dimensões , com as estacas afastadas entre si de
entre eixos. Também se aumentou o diâmetro das estacas para de
diâmetro.

__________________________________________________________________________
83
Capítulo 6

Os espectros de resposta sísmica obtidos foram os seguintes (ver valores no Anexo 1 ):

4,00
3,50 Tipo 1.3

Acelerações (m/s2)
3,00
Tipo 2.3
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
T (s)

Figura 6.1 - Espectros de resposta de dimensionamento de ductilidade limitada ( )

6.1.2 Determinação dos esforços de dimensionamento


Para o Sismo I (que no capítulo anterior se concluiu ser a acção condicionante), o pilar
condicionante (pilar 5) apresenta o seguinte momento flector na sua base:

√ ( )

Os efeitos de 2ª ordem foram contabilizados como descrito no capítulo 4.9.2, contabilizando


para tal um deslocamento transverso do pilar 5 na situação de dimensionamento sísmico que é
igual a . Tendo em conta que o esforço axial dos pilares não diferem com o
valor do coeficiente de comportamento, tem-se o seguinte valor de momento flector sísmico de
dimensionamento na base do pilar 5:

6.1.3 Determinação das armaduras nos pilares


O valor de percentagem mecânica de armadura foi determinado para a base do pilar 5,
recorrendo novamente às tabelas apropriadas para tal (Gomes & Vinagre, 1997). Para utilizar
essas tabelas foi necessário determinar os valores de esforço normal reduzido, (Eq. 5.2), e
do momento flector reduzido, (Eq. 5.3).

Substituíndo, obteve-se a seguinte armadura (ver Figura A.8):

A armadura longitudinal total necessária é a seguinte (Eq. 5.4):

84
Dimensionamento com ductilidade limitada

Adoptou-se uma solução com 156 varões de 32 milímetros de diâmetro ( ( )


; ver desenho e do Anexo 7 ).

A dispensa dos varões longitudinais é feita com a diminuição para metade dos varões (78).
Ou seja, da mesma forma que foi efectuado anteriormente para pilares sem Capacity Design, a
dispensa será possível aos 3,84 metros de altura, pelo que se considerou que a dispensa será
feita aos 4,00 metros de altura.

Em relação à armadura resistente ao esforço transverso, determinou-se a seguinte


necessidade de armadura resistente (Eq. 5.9):

( )

Adoptou-se uma solução constituída por 3 cintas interiores de varões de 12 milímetros de


diâmetro mais 1 cinta helicoidal com um varão de 16 milímetros de diâmetro, afastadas 15
centímetros. No coroamento do pilar diminuiu-se o afastamento das armaduras para 10
centímetros, numa altura de para a cinta helicoidail e numa altura de
para as cintas interiores, assim como nas duas direcções na face superior (ver desenho
e do Anexo 7 ).

Em relação à verificação de segurança das bielas comprimidas (Eq. 5.10), verificou-se a sua
segurança da seguinte forma:

( ) ( )

6.1.4 Verificação de segurança geotécnica das fundações superficiais de ductilidade


limitada
As verificação geotécnicas das sapatas, efetuou-se o mesmo tipo de verificação do capítulo
anterior (ver capítulo 5.3 na página 48), devidamente adaptadas aos novos valores actuantes,
pelo que as verificações de segurança são apresentadas de forma muito sucinta.

Os esforços actuantes na sapata são os seguintes:

Assim, tem-se que:

85
Capítulo 6

Os valores da tensão actuante são:

A capacidade resistente do solo é de (Eq. 5.16; Eq. 5.17; Eq. 5.18; Eq. 5.19; Eq. 5.20 e Eq.
5.21):

Verifica-se segurança à ruptura por carregamento vertical ( ).

Em condições drenadas, o valor de cálculo da resistência ao deslizamento na base é:

Como em ambas as combinações consideradas, constata-se com


facilidade que está verificada a segurança ao deslizamento da fundação.

O assentamento da fundação é igual a (ver Anexo 6 ):

O valor limite de assentamento é ultrapassado. No entanto, o Anexo H do EN 1997 admite


que este valor possa ser ultrapassado desde que a rotação relativa entre fundações não
ultrapasse o valor de .

No presente caso tem-se que:

Considera-se assim verificada a segurança das fundações aos assentamentos


excessivos.

86
Dimensionamento com ductilidade limitada

6.1.5 Determinação das armaduras nas fundações superficiais


Recorrendo ao modelo descrito na Figura 5.4 (ver página 53) para determinação dos
esforços actuantes no interior da sapata, obteve-se o seguinte valor de momento flector
reduzido (que definiu a determinação de armadura resistente na face inferior da mesma):

A solução de armadura longitudinal nas faces inferiores da sapata é (ver desenho e do


Anexo 7 ):

( )

A quantidade de armadura longitudinal na face superior da sapata é de:

A solução de armadura longitudinal na face superior da sapata é (ver desenho e do Anexo


7 ):

( )

A armadura resistente ao esforço transverso ( ) é a seguinte (Eq. 5.23):

Adoptou-se uma solução de armadura cúbica de varões com um diâmetro de 16 milímetros


afastados de 60 centímetros (Eq. 5.18), tal como se pode ver no desenho e do Anexo 7 .

6.1.6 Verificação de segurança geotécnica das fundações profundas de ductilidade


limitada

A verificação de segurança geotécnica da fundação por estacas da estrutura dimensionada


é semelhante à anteriormente efectuada no capítulo anterior (ver nomeadamente o
dimensionamento das fundações sem Capacity Design do capítulo 5.4 na página 56), à
excepção de algumas adaptações pontuais, pelo que não se será tão extensivo na explicação
dos passos efectuados nas diversas verificações de segurança.

87
Capítulo 6

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações com as estacas à compressão, são os seguintes:

Recorrendo à Eq. 5.34, e tendo em consideração que o peso próprio da estaca é igual a
, obteve-se o seguinte valor de compressão na ponta
9
das estacas :

As cargas resistentes à compressão nas estacas são as seguintes:

Resistência total à compressão:

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de compressão das estacas.

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações com as estacas à tracção, são os seguintes:

As estacas verificam os seguintes valores máximos de tração actuantes:

As cargas resistentes à tracção nas estacas são as seguintes:

Resistência total à tracção:

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de tracção das estacas.

9 O modelo de cálculo das forças axiais das estacas encontra-se descrito na página 62.

88
Dimensionamento com ductilidade limitada

6.1.7 Determinação das armaduras nas fundações profundas


A armadura do maciço determinada para resistir à carga axial proveniente do pilar ( )éa
seguinte:

A seguir determinou-se a armadura resistente ao momento flector proveniente do pilar terão


que ser ( ).

Actua no maciço o seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Gomes & Vinagre, 1997):

Nas faces das armaduras será assim necessário o seguinte quantidade de armadura:

Adotou-se a seguinte solução de armaduras na face superior do maciço de encabeçamento,


tal como se pode visualizar no desenho f do Anexo 7 :

Já na face inferior do maciço de encabeçamento (ver desenho f do Anexo 7 ):

Colocou-se estribos de suspensão entre as estacas, tal como no capítulo


anterior. No lintel de ligação também se adoptou a solução do capítulo anterior (ver no
desenho f do Anexo 7 ).

Os esforços axiais nas estacas foram determinados recorrendo novamente ao modelo da


Figura 5.9, assim como os seus momentos máximos actuantes foram determinados recorrendo
novamente ao modelo da consola equivalente.

Os esforços nas estacas para a combinação sísmica são os seguintes (condicionante):



 {

Para o conjunto de esforços condicionantes definidos pela combinação sísmica de acções,


determinou-se o seguinte conjunto de armaduras longitudinais (ver Anexo 5 ):

89
Capítulo 6

Que requer a seguinte quantidade de armadura longitudinal total (Eq. 5.4):

Para esta necessidade de armadura, definiu-se uma solução com (


).

Em relação à armadura de esforço transverso, dimensionou-se uma armadura que


resistisse ao esforço transverso do topo da estaca, e recorrendo também ao método da secção
rectangular equivalente já descrito anteriormente (ver página 41) e à Eq. 5.9 determinou-se a
armadura resistente ao esforço transverso necessária:

Adoptou-se uma solução de armadura constituída por uma cinta helicoidal de 16 milímetros
de diâmetro afastados de 10 centímetros , e uma cinta interior com diâmetro de 12
afastado de 10 centímetros (ver desenho f do Anexo 7 ).

90
Dimensionamento com ductilidade limitada

6.2 Dimensionamento de armaduras em regime elástico ( )

No presente capítulo a estrutura em análise foi dimensionada sem se explorar a ductilidade


do betão armado dos elementos resistentes às acções horizontais (pilares + respectivas
fundações), ou seja, fez-se um dimensionamento elástico, . Não se será tão exaustivo
na descrição da determinação das armaduras como se foi no capítulo no dimensionamento
dúctil, pois os passos dados foram muito semelhantes (nomeadamente com o
dimensionamento sem Capacity Design), sendo que no entanto os valores foram devidamente
adaptados.

É de esperar que um dimensionamento com esta grandeza de coeficiente de


comportamento seja bastante pouco recomendável economicamente. De facto, tal verificou-se
logo com a necessidade de aumentar a dimensão dos elementos resistentes (pilares e
fundações) após uma análise iterativa, sendo que a quantidade de armadura necessária
também atinge valores absurdamente elevados.

6.2.1 Determinação da acção sísmica


A determinação do espectro de resposta foi um processo semelhante ao anteriormente
descrito para o dimensionamento de estruturas dúcteis no capítulo 4.2.1 (nomeadamente
através da Eq. 4.2 à Eq. 4.5), ao qual difere o parâmetro de coeficiente de comportamento (no
presente caso de ductilidade limitada considerou-se um ).

Foi também necessário efectuar um processo iterativo em que se aumentou o diâmetro


dos pilares para que não ficassem demasiado armados e cumprissem a restrição do EN 1998-
2 de quantidade de armadura máxima (§9.5.2(3)). Desse processo iterativo definiu-se um
diâmetro de 2,30 metros para os pilares resistentes. Também foi necessário aumentar a
capacidade resistente das fundações. No caso das sapatas, definiu-se uma área de
implantação de . Já no caso das fundações profundas, definiu-se um maciço de
encabeçamento único para cada alinhamento de pilares, com dimensão de , e
com 8 estacas com de diâmetro.

Os espectros de resposta sísmica obtidos foram os seguintes (ver valores no Anexo 1 ):

6,00

5,00
Acelerações (m/s2)

Tipo 1.3
4,00
Tipo 2.3
3,00

2,00

1,00

0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
T (s)

Figura 6.2 - Espectros de resposta de dimensionamento de ductilidade limitada ( )

91
Capítulo 6

6.2.2 Determinação dos esforços de dimensionamento


Para o Sismo I (que no capítulo anterior se concluiu ser condicionante), o pilar
condicionante (pilar 5) apresenta o seguinte momento flector na sua base:

Os efeitos de 2ª ordem foram contabilizados como descrito no capítulo 4.9.2, contabilizando


para tal um deslocamento transverso do pilar 5 na situação de dimensionamento sísmico que é
igual a . Tendo em conta que o esforço axial na base deste pilar é de
, tem-se o seguinte valor de momento flector sísmico de dimensionamento na
base do pilar 5:

6.2.3 Determinação das armaduras nos pilares


O valor de percentagem mecânica de armadura foi determinado para a base do pilar 5,
recorrendo novamente às tabelas apropriadas para tal (Gomes & Vinagre, 1997). Para utilizar
essas tabelas foi necessário determinar os valores de esforço normal reduzido, (Eq. 5.2), e
do momento flector reduzido, (Eq. 5.3).

Substituíndo, obteve-se a seguinte armadura (ver Figura A.8):

A armadura longitudinal total necessária é a seguinte (Eq. 5.4):

Adoptou-se uma solução com 192 varões de 32 milímetros de diâmetro ( ( )


).

A dispensa dos varões longitudinais é feita com a diminuição para metade dos varões (96
varões). Ou seja, da mesma forma que foi efectuado anteriormente para pilares sem “Capacity
Design”, a dispensa será possível aos 3,34 metros de altura, pelo que se considerou que a
dispensa será feita aos 3,50 metros de altura.

Em relação à armadura resistente ao esforço transverso, determinou-se a seguinte


necessidade de armadura resistente (Eq. 5.9):

( )

Adoptou-se uma solução constituída por 3 cintas interiores mais 2 cintas helicoidais de
varões de 12 milímetros de diâmetro, afastadas 20 centímetros. No coroamento do pilar
diminuiu-se o afastamento das armaduras para 12,5 centímetros.

92
Dimensionamento com ductilidade limitada

Em relação à verificação de segurança das bielas comprimidas (Eq. 5.10), verificou-se a sua
segurança da seguinte forma:

( ) ( )

6.2.4 Verificação de segurança geotécnica nas sapatas superficiais


As verificação geotécnicas das sapatas, efetuou-se o mesmo tipo de verificação do capítulo
anterior (ver capítulo 5.3 na página 48), devidamente adaptadas aos novos valores actuantes,
pelo que as verificações de segurança são apresentadas de forma muito sucinta.

Os esforços actuantes na sapata são os seguintes:

Assim, tem-se que:

Os valores da tensão actuante são:

A capacidade resistente do solo é de (Eq. 5.16; Eq. 5.17; Eq. 5.18; Eq. 5.19; Eq. 5.20 e Eq.
5.21):

Verifica-se segurança à ruptura por carregamento vertical ( ).

93
Capítulo 6

Em condições drenadas, o valor de cálculo da resistência ao deslizamento na base é:

Como em ambas as combinações consideradas, constata-se com


facilidade que está verificada a segurança ao deslizamento da fundação.

O assentamento da fundação é igual a:

O valor limite de assentamento é ultrapassado. No entanto, o Anexo H do EN 1997 admite


que este valor possa ser ultrapassado desde que a rotação relativa entre fundações não
ultrapasse o valor de .

No presente caso tem-se que:

Considera-se assim verificada a segurança das fundações aos assentamentos


excessivos.

6.2.5 Determinação das armaduras nas fundações superficiais


Recorrendo ao modelo descrito na Figura 5.4 (ver página 53) para determinação dos
esforços actuantes no interior da sapata, no qual se considerou a actuação das seguintes
cargas equivalentes:


Obteve-se o seguinte valor de momento flector reduzido (que definiu a determinação de


armadura resistente na face inferior da mesma):

A solução de armadura longitudinal na face superior da sapata é (ver desenho g do Anexo


7 ):

( )

94
Dimensionamento com ductilidade limitada

A armadura na face superior da sapata é a seguinte:

A solução de armadura longitudinal na face inferior da sapata é (ver desenho g do Anexo 7


):

( )

A armadura resistente ao esforço transverso ( ) é a seguinte (Eq. 5.23):

Adoptou-se ainda uma solução de armadura cúbica de varões com um diâmetro de 16


milímetros afastados de 60 centímetros (Eq. 5.18).

6.2.6 Verificação de segurança geotécnica das fundações profundas


A verificação de segurança geotécnica da fundação por estacas da estrutura dimensionada
é semelhante à anteriormente efectuada no capítulo anterior (ver nomeadamente o
dimensionamento das fundações sem Capacity Design do capítulo 5.4 na página 56), à
excepção de algumas adaptações pontuais, pelo que não se será tão extensivo na explicação
dos passos efectuados nas diversas verificações de segurança.

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações com as estacas à compressão, são os seguintes:

Recorrendo à Eq. 5.34, e tendo em consideração que o peso próprio da estaca é igual a
, obteve-se o seguinte valor de compressão na ponta
10
das estacas :

As cargas resistentes à compressão nas estacas são as seguintes:

Resistência total à compressão:

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de compressão das estacas.

10 O modelo de cálculo das forças axiais das estacas encontra-se descrito na página 62.

95
Capítulo 6

Os valores das cargas actuantes no maciço de estacas para cada uma das respectivas
combinações com as estacas à tracção, são os seguintes:

As estacas verificam os seguintes valores máximos de tração actuantes:

As cargas resistentes à tracção nas estacas são as seguintes:

Resistência total à tracção:

Verifica-se a segurança à rotura do terreno por forças de tracção das estacas.

6.2.7 Determinação das armaduras nas fundações profundas


As armaduras do maciço também serão determinadas de forma semelhante aos capítulos
anteriores, no entanto, é de referir que se trata neste caso de apenas um maciço de
encabeçamento, ao contrário dos casos de fundações profundas analisados anteriormente que
eram constituídos por dois maciços de encabeçamento (1 por pilar).

Para resistir ao esforço axial proveniente dos pilares, será necessário a seguinte quantidade
de armadura tracionada na face inferior do maciço de encabeçamento:

Agora corresponde o seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Gomes & Vinagre, 1997):

Nas faces das armaduras será assim necessário o seguinte quantidade de armadura:

96
Dimensionamento com ductilidade limitada

Adotou-se as seguintes soluções de armaduras nas faces do maciço de encabeçamento, tal


como se pode visualizar no desenho h do Anexo 7 :

Armadura de suspensão:

( )

Colocou-se estribos de suspensão entre as estacas (ver desenho h do Anexo 7


).

Os esforços axiais nas estacas foram determinados recorrendo novamente ao modelo da


Figura 5.9.

Os esforços nas estacas para a combinação sísmica são os seguintes (condicionante):



 Pilares afastados:
( )
o {
( )

 Pilares centrais:
( )
o {
( )

Para o conjunto de esforços condicionantes definidos pela combinação sísmica de acções,


determinou-se o seguinte conjunto de armaduras longitudinais (ver Anexo 5 ):

Estacas nas extremidades Estacas centrais

{ {

{ {

Que requer a seguinte quantidade de armadura longitudinal total (Eq. 5.4):

Para esta necessidade de armadura, definiu-se uma solução com (


).

Em relação à armadura de esforço transverso, dimensionou-se uma armadura que


resistisse ao esforço transverso do topo da estaca, e recorrendo também ao método da secção
rectangular equivalente já descrito anteriormente (ver página 41) e à Eq. 5.9 determinou-se a
armadura resistente ao esforço transverso necessária:

( ) ( )

97
Capítulo 6

Adoptou-se uma solução de armadura constituída por uma cinta helicoidal exterior de 16
milímetros exterior e uma cinta interior de 12 milímetros de diâmetro afastados de 10
centímetros (ver no desenho h do Anexo 7 ).

6.3 Análise dos resultados obtidos


Tal como no capítulo anterior, após a determinação das armaduras para outras duas
situações de projecto (ductilidade limitada, e elástico, ) para a ponte com
fundações superficiais e profundas, definiu-se as respectivas peças desenhadas e mapas de
quantidades para cada um dos quatro casos em análise que se encontram em anexo neste
documento (ver Anexo 7 e Anexo 8 ).

O desenvolvimento da análise de resultados incidirá sobretudo na análise ao caso de


ductilidade limitada ( ), que é uma situação mais corrente de projecto. A análise da
situação de dimensionamento elástico ( ) incidirá sobretudo para quantificar que é quase
inviável este tipo de dimensionamento é, isto é, verificar quais as implicações ao nível custos!
Para tal, terá que se ter em consideração também a incrementação de custos pelo aumento da
dimensão dos elementos resistentes efectuada, além do incremento de armadura pelo
acréscimo de esforços.

Da análise destes mapas de quantidades é possível verificar a seguinte poupança na


quantidade de armadura ao se efectuar o dimensionamento dúctil:

Tabela 6.1 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e de


ductilidade limitada [kg]

Quantidade total de armadura [kg]


Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,5) 1.307.058,60 Variação - Δ
Superficiais dúctil (q=3,5) 755.084,38 -551.974,22 -42,23%
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,5) 1.902.712,71 Variação - Δ
Profundas dúctil (q=3,5) 1.034.760,74 -867.951,97 -45,62%

Da análise da Tabela 6.1 constata-se que a poupança da quantidade de armadura


resultante no conjunto pilares+fundações entre o dimensionamento de estrutura não dúctil e de
dimensionamento dúctil é bastante significativa para ambos os casos de fundação, sendo ainda
mais considerável em termos relativos no caso das fundações profundas (na estrutura com
fundações superficiais a poupança é de cerca de da quantidade de armadura
determinada no caso do dimensionamento com ductilidade limitada e na estrutura com
fundações profundas essa diminuição é de cerca de da armadura do dimensionamento
de ductilidade limitada). Verifica-se assim que o novo regulamento assegura a diminuição de
custos, por via da diminuição da quantidade de armadura, para ambos os casos de fundação.
A nível de valores absolutos, a “poupança” efectuada nas fundações profundas é um valor
superior daquela que se obtém nas fundações superficiais, pois é uma fundação com uma
estrutura mais complexa, volumosa e com maiores quantidades de armadura no total
(poupança de cerca 552 toneladas no caso das fundações superficiais, e de cerca de 868
toneladas no caso das fundações profundas).

No caso das estruturas com fundações superficiais, a diminuição da quantidade é


distribuída da seguinte forma por tipo de elemento resistente:

Tabela 6.2 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre os dois tipos de


dimensionamento do EN 1998-2 na estrutura com fundação superficial [kg]

Análise do Δ

98
Dimensionamento com ductilidade limitada

Est. Fundações Superficiais


Pilares Sapatas
Qtdd. Armadura [kg] -314.425,48 -237.548,74
% 56,96% 43,04%
Da análise da tabela verifica-se que a redução de armadura ao passar de um
dimensionamento de ductilidade limitada para um dimensionamento dúctil ocorre de forma
equilibrada entre os dois tipos de elementos resistentes considerados.

Já nas estruturas com fundações profundas verifica-se a seguinte variação da quantidade


de armadura entre o dimensionamento dúctil ( ) e o dimensionamento de ductilidade
limitada ( ):

Tabela 6.3 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre os dois tipos de


dimensionamento do EN 1998-2 na estrutura com fundação profunda [kg]

Análise do Δ
Estrutura com Fundações Profundas
Pilares Maciços Estacas
Qtdd. Armadura [kg] -314.425,48 -202.336,23 -351.190,26
% 36,23% 23,31% 40,46%

É evidente que as fundações definem parte considerável da poupança efectuada ao nível da


armadura, em especial nas estacas, no caso das fundações profundas, denotando-se por isso
uma maior poupança de armadura, com o aumento da dimensão da estrutura resistente.

Na Tabela 6.4 é bem visível uma diminuição considerável de cerca de metade da armadura
de cada pilar da estrutura, ao passar-se de dimensionamento não dúctil para dúctil:

Tabela 6.4 - Análise da diferença de quantidade de armadura por pilar num element o dúctil e de
ductilidade limitada [kg]

hestaca Não Dúctil Dúctil


Pilar
(m)
Δ Δ (%)
q=1,5 q=3,5
P1 10,06 22.893,79 11.893,53 -11.000,26 -48,0%
P2 11,01 24.207,55 12.479,82 -11.727,73 -48,4%
P3 11,10 24.311,99 12.523,94 -11.788,05 -48,5%
P4 11,20 24.458,23 12.597,06 -11.861,17 -48,5%
P5 9,26 21.814,45 11.404,89 -10.409,55 -47,7%
P6 11,12 24.335,21 12.533,74 -11.801,47 -48,5%
P7 9,59 22.257,78 11.590,79 -10.666,99 -47,9%
P8 9,06 21.552,16 11.282,74 -10.269,42 -47,6%
P9 11,09 24.300,38 12.519,03 -11.781,36 -48,5%
P10 13,12 27.078,79 13.755,32 -13.323,47 -49,2%
P11 14,21 28.555,05 14.434,33 -14.120,71 -49,5%
P12 14,26 28.613,07 14.458,85 -14.154,22 -49,5%
P13 14,40 28.859,93 14.551,60 -14.308,33 -49,6%
Total -157.212,74

99
Capítulo 6

No gráfico seguinte é possível verificar que esta poupança pode ser correlacionada com a
altura dos pilares, através de uma recta com um grau de correlacção muito próximo da
unidade:

Relação incremento de armadura com


a altura dos pilares y = -0,0035x - 0,4457
Δ (%) R² = 0,9932
-47,5%
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
-48,0%

-48,5%

-49,0%

-49,5%

-50,0%

hpilar (m)

Figura 6.3 - Relação da diferença da quantidade de armadura nos pilares verificada entre o
dimensionamento de ductilidade limitada e o dúctil [%] e a respectiva altura dos pilares [m]

Da análise do gráfico verifica-se claramente que a um aumento de altura dos pilares, maior
será também a poupança verificada ao passar de um dimensionamento de ductilidade limitada
para um dimensionamento dúctil da estrutura.

Nas fundações das estruturas consideradas, apesar de a diferença entre esforços nos dois
dimensionamentos ser atenuada pelo factor de sobrerresistência de esforços no
dimensionamento dúctil, , a verdade é que se verifica poupanças de armadura da ordem de
grandeza da verificada nos pilares. No caso das sapatas, verificou-se a seguinte poupança de
armadura:

Tabela 6.5 - Análise à quantidade de armadura nas sapatas num elemento dúctil e de
ductilidade limitada [kg]

Não Dúctil Não Dúctil Δ Δ (%)


q=1,5 q=3,5
25.406,99 13.680,74 -11.726,25 -46,15%

100
Dimensionamento com ductilidade limitada

Já em relação às fundações profundas verifica-se uma poupança menor na quantidade de


armadura, com valores da ordem dos :

Tabela 6.6 - Análise à quantidade de armadura por alinhamento de pilares nas fundações
profundas num elemento dúctil e de ductilidade limitada [kg]

hestaca Não Dúctil


Pilar
(m)
Δ Δ (%)
q=1,5 Dúctil q=3,5
P1 10,50 47.011,19 26.385,81 -20.625,38 -43,9%
P2 10,00 46.404,06 26.089,05 -20.315,01 -43,8%
P3 11,50 48.225,44 26.979,48 -21.245,97 -44,1%
P4 13,00 50.046,69 27.869,91 -22.176,78 -44,3%
P5 16,50 54.296,30 29.947,60 -24.348,70 -44,8%
P6 16,00 53.689,04 29.650,76 -24.038,27 -44,8%
P7 15,00 52.475,06 29.057,17 -23.417,89 -44,6%
P8 15,00 52.475,06 29.057,17 -23.417,89 -44,6%
P9 12,00 48.832,43 27.276,31 -21.556,12 -44,1%
P10 9,00 44.412,55 25.122,70 -19.289,85 -43,4%
P11 8,50 43.416,73 24.639,60 -18.777,13 -43,2%
P12 8,50 43.416,73 24.639,60 -18.777,13 -43,2%
P13 8,50 43.416,73 24.639,60 -18.777,13 -43,2%
Total -276.763,24

Esta pequena diminuição da poupança de armadura é explicada pelo facto de o modelo


considerado para a determinação de armadura no maciço de encabeçamento ter uma parte
depende dos esforços axiais provenientes dos pilares, que apesar das diferenças geométricas
consideradas nas estruturas dos dois dimensionamentos em causa, são relativamente
semelhantes, além de que no dimensionamento dúctil do maciço se considerou o contributo da
capacidade resistente do lintel de ligação. Estes dois pormenores permitiram uma ligeira
aproximação de valores face a outros elementos resistentes, apesar de ser ainda uma
diferença considerável.

Tal pode ser verificado na seguinte tabela com as armaduras determinadas nos maciços de
encabeçamento, onde a poupança se situa nos :

Tabela 6.7 - Análise à quantidade de armadura no maciço de encabeçamento de estacas num


elemento dúctil e de ductilidade limitada [kg]

Não Dúctil Não Dúctil Δ Δ (%)


q=1,5 q=3,5
22.485,52 14.703,35 -7.782,16 -34,61%

101
Capítulo 6

A variação de armadura nas fundações profunda incide um pouco mais nas estacas. Em
cada estaca verificou-se uma poupança de armadura um pouco superior a de armadura
da estrutura não dúctil:

Tabela 6.8 - Análise à quantidade de armadura por alinhamento nas estacas das fundações [kg]

hestaca Não Dúctil


Pilar
(m)
Δ Δ (%)
q=1,5 Dúctil q=3,5
P1 10,50 24.525,67 11.682,45 -12.843,22 -52,4%
P2 10,00 23.918,54 11.385,69 -12.532,85 -52,4%
P3 11,50 25.739,93 12.276,12 -13.463,80 -52,3%
P4 13,00 27.561,17 13.166,55 -14.394,62 -52,2%
P5 16,50 31.810,79 15.244,25 -16.566,54 -52,1%
P6 16,00 31.203,52 14.947,41 -16.256,11 -52,1%
P7 15,00 29.989,54 14.353,82 -15.635,73 -52,1%
P8 15,00 29.989,54 14.353,82 -15.635,73 -52,1%
P9 12,00 26.346,91 12.572,96 -13.773,96 -52,3%
P10 9,00 21.927,03 10.419,34 -11.507,69 -52,5%
P11 8,50 20.931,21 9.936,25 -10.994,96 -52,5%
P12 8,50 20.931,21 9.936,25 -10.994,96 -52,5%
P13 8,50 20.931,21 9.936,25 -10.994,96 -52,5%
Total - 175.595,13

Tal como nos pilares, a poupança de armadura segue uma variação linear com a altura das
estacas, em que quanto maior for a altura das estacas, menor é a poupança de armadura
efectuada face ao dimensionamento não dúctil de estruturas, ao contrário do que acontece com
os pilares da estrutura em análise:

Relação incremento de armadura com


a altura das estacas y = 0,0006x - 0,5299
Δ (%) R² = 0,9831
-52,0%
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
-52,1%
-52,2%
-52,3%
-52,4%
-52,5%
-52,6%

hestaca (m)

Figura 6.4 - Relação da diferença da quantidade de armadura nas estacas verificada entre o
dimensionamento de ductilidade limitada e o dúctil [%] e a respectiva altura das estacas[m]

102
Dimensionamento com ductilidade limitada

Em relação à quantificação de custos, é expectável que uma variação de armadura


corresponda também uma variação de custos. Como as características geométricas das
estruturas são diferentes entre si, também haverá uma diferença nos custos da respectivas
cofragens, quantidades de betão e escavações consideradas. Para tal foi efectuado um
conjunto de Mapa de Medições (ver Anexo 9 ) para aferir os custos de cada caso, e quantificar
a poupança efectuada ao dimensionar uma estrutura ductilmente. Para o efeito, nos casos em
análise, chegou-se à seguinte conclusão:

Tabela 6.9 - Análise de custos dos dois tipos de dimensionamento preconizados no EN 1998-2
[€]

Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,5) 2.601.162 Variação - Δ
Superficiais dúctil (q=3,5) 1.745.632 -855.530 -32,89%
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,5) 3.591.267 Variação - Δ
Profundas dúctil (q=3,5) 2.452.901 -1.138.366 -31,70%

Cingindo apenas à análise de custos ao conjunto pilares+respectivas fundações verifica-se


que a poupança obtida com o dimensionamento dúctil corresponde a do custo total dos
pilares+fundações superficiais com dimensionamento de ductilidade limitada definido pelo EN
1998-2, e que no caso das fundações profundas essa parcela diminui para uma poupança de
do respectivo custo total de ductilidade limitada.

Quantificando de forma absoluta, verifica-se uma poupança na ordem dos 856 mil €’s,
enquanto de que no caso das fundações profundas essa poupança já é maior, em cerca de
1.138 mil €’s.

Em ambos os casos, falamos de valores bastantes consideráveis, numa obra que custará
alguns milhões de euros, tornando assim o dimensionamento dúctil bastante competitivo para
os projectistas. Nota ainda para o facto de não se ter considerado a diferença de custos dos
aparelhos de apoio, nomeadamente nas guias que terão que resistir a esforços transversos
diferentes, e que caso se optasse por soluções diferentes, tornaria a solução dúctil ainda mais
competitiva (porque transmite menor esforço transverso nos guias do aparelho).

Em relação ao dimensionamento elástico de estruturas ( ) a análise dos respectivos


mapas de quantidades permitiu novamente determinar as suas armaduras, e quantificar as
diferenças face ao dimensionamento dúctil ( ):

Tabela 6.10 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e elástico
[kg]

Quantidade total de armadura [kg]


Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,0) 1.849.762,51 Variação - Δ
Superficiais dúctil (q=3,5) 755.084,38 -1.094.678,13 -59,18%
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,0) 2.331.892,25 Variação - Δ
Profundas dúctil (q=3,5) 1.034.760,74 -1.297.131,50 -55,63%

Uma análise à Tabela 6.10 permite verificar que a diferença da quantidade de armadura
resultante no conjunto pilares+fundações entre o dimensionamento da estrutura dúctil e
estrutura elástica é muito considerável para ambos os casos de fundação, sendo ainda mais
considerável em termos relativos no caso das fundações superficiais. A nível de valores
absolutos, a “poupança” efectuada é de aproximadamente 1.095 toneladas de aço na estrutura

103
Capítulo 6

com fundações superficiais e de aproximadamente 1.297 toneladas de aço na estrutura com


fundações profundas.

No caso das estruturas com fundações superficiais, a diminuição da quantidade é


distribuída da seguinte forma por tipo de elemento resistente:

Tabela 6.11 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre o dimensionamento


dúctil do EN 1998-2 e o dimensionamento elástico na estrutura com fundação superficial [kg]

Análise do Δ
Est. Fundações Superficiais
Pilares Sapatas
Qtdd. Armadura [kg] -442.460,71 -652.217,42
% 40,42% 59,58%

Da análise da tabela verifica-se que a redução de armadura ao passar de um


dimensionamento elástico para um dimensionamento dúctil ocorre essencialmente na sapata
da estrutura, onde se regista 60% da diminuição total de armadura verificada. No entanto, em
ambos os elementos estruturais, a redução de quantidade de armadura é bastante significativa.

Já nas estruturas com fundações profundas verifica-se a seguinte variação da quantidade


de armadura entre o dimensionamento dúctil ( ) e o dimensionamento elástico ( ),
que é bastante repartida entre os três tipos de elementos estruturais resistentes à acção
sísmica:

Tabela 6.12 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, , entre o dimensionamento


dúctil do 1998-2 e o dimensionamento elástico na estrutura com fundação profunda [kg]

Análise do Δ
Estrutura com Fundações Profundas
Pilares Maciços Estacas
Qtdd. Armadura [kg] -442.460,71 -422.288,01 -432.382,78
% 34,11% 32,56% 33,33%

Em relação à quantificação de custos, é expectável que uma variação de armadura


corresponda também uma variação de custos. Para tal foi efectuado um conjunto de Mapa de
Medições (ver Anexo 9 ) para aferir os custos de cada caso, e quantificar a poupança
efectuada ao dimensionar uma estrutura ductilmente. Para o efeito, nos casos em análise,
chegou-se à seguinte conclusão:

Tabela 6.13 - Análise de custos entre dimensionamento elástico e dúctil ( EN 1998-2) [€]

Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,0) 3.581.292 Variação - Δ
Superficiais dúctil (q=3,5) 1.745.632 -1.835.661 -51,26%
Estrutura com Fundações não dúctil (q=1,0) 4.594.728 Variação - Δ
Profundas dúctil (q=3,5) 2.452.901 -2.141.827 -46,61%

Cingindo apenas à análise de custos ao conjunto pilares+respectivas fundações verifica-se


que a poupança verificada pelo dimensionamento respeitando os princípios do CD corresponde
a um valor elevadíssimo, cerca de do custo total dos pilares+fundações superficiais
dimensionados através do dimensionamento não dúctil, e que no caso das fundações
profundas essa parcela sobe para uma poupança de do respectivo custo total.

104
Dimensionamento com ductilidade limitada

Quantificando de forma absoluta, verifica-se uma poupança a rondar o valor dos 2 M€’s em
ambas as situações de fundação em análise, o que é um valor bastante considerável e que
demonstra categoricamente o quão pouco recomendável é dimensionar sem se aproveitar
minimamente as capacidades de dissipação de energia dos elementos resistentes de betão
armado, isto é, sem explorar minimamente a ductilidade do betão armado.

Nota ainda para o facto de esta diferença de custos ser conservadora, pois não foi
analisado as implicações de custos ao nível de aparelho, que reforçaria ainda mais as
conclusões obtidas.

Em ambos os casos em análise neste capítulo é evidente a vantagem de dimensionar com


ductilidade em zonas de sismicidade elevada ao nível de custos iniciais, tal como o EN 1998-2
recomenda no seu artigo §2.3.2.2(1). Pelos valores de custos iniciais obtidos, é visível que a
nova regulamentação europeia tenta tornar economicamente apelativo o dimensionamento
dúctil, o que será certamente um estímulo considerável à adopção da nova filosofia de projecto
com o CD por parte dos projectistas portugueses. O novo regulamento define uma gama
pequena de valores no dimensionamento não dúctil, , dando pouca margem para o
projectista, e que pelo que se viu neste trabalho, é economicamente pouco competitivo face ao
dimensionamento dúctil.

105
Capítulo 7 : Determinação das armaduras segundo a anterior
regulamentação (REBAP e RSA)

O REBAP define no seu artigo §33.3 dois tipos de dimensionamento para pontes correntes
em que a energia transmitida pelos sismos é predominantemente absorvida por deformação
dos pilares devida principalmente a esforços de flexão através da definição do valor do
coeficiente de comportamento conforme o tipo de ductilidade pretendido na estrutura de betão
armado: com ductilidade normal ( ) e ductilidade melhorada ( ).

À primeira vista, a nova regulamentação Europeia, nomeadamente o regulamento


respeitante a acções sísmicas em Pontes (EN 1998-2) parece ser semelhante à anterior
regulamentação, visto também definir dois tipos de dimensionamento para pontes de betão
armado com elementos verticais resistentes que também variam conforme a ductilidade de
dimensionamento pretendida. No entanto, as diferenças verificam-se logo nos dois tipos de
dimensionamento regulamentares definidos, que no caso da nova regulamentação foi dividido
nas duas seguintes categorias: comportamento sísmico em que os elementos resistentes
apresentam uma ductilidade limitada ( ) e outra em que os elementos resistentes
apresentam um comportamento dúctil sob a actuação da acção sísmica ( ).

Da comparação entre os valores de coeficiente de comportamento dos dois regulamentos é


possível observar o seguinte: o valor dos coeficientes de comportamento diminui nos
dimensionamentos menos dúcteis com a entrada da nova regulamentação, e que pelo
contrário, o coeficiente de comportamento nos dimensionamentos mais dúcteis é aumentado.
Estes factos permitem inferir que o novo regulamento incentivará o uso do dimensionamento
de estruturas explorando a ductilidade do betão armado, nomeadamente a capacidade de
dissipação de energia através da formação de rótulas plásticas dos seus elementos resistente,
evitando modos de rotura frágil e melhorando a ductilidade dessas rótulas, tal como já foi
referido no capítulo 2.3, o que permitiu aumentar o coeficiente de comportamento. Além disso,
como o coeficiente de comportamento diminui para estruturas em que não se procura explorar
a ductilidade dos elementos resistentes, os esforços actuantes considerados no seu
dimensionamento serão maiores, e por isso, será em princípio necessário uma maior
quantidade de armaduras resistente nos seus elementos resistentes em de betão armado
encarecendo esta opção.

No presente capítulo efectuou-se o dimensionamento da estrutura através da anterior


regulamentação em vigor em Portugal (REBAP e RSA), para a situação de ductilidade
melhorada ( ) para aferir no exemplo prático em análise que implicações de custos
trouxe esta nova prática regulamentar ao nível de dimensionamento de estruturas dúcteis em
que os esforços da acção sísmica são sobretudo absorvidos pela deformação dos pilares a
momentos flectores.

Assim, considerou-se a actuação de uma acção sísmica através do espectro de resposta


definido no Anexo III do RSA, em que se considerou que a estrutura se situava na zona A
(Lisboa: ), um coeficiente de amortecimento de ζ=5%, terreno do Tipo II.

__________________________________________________________________________
107
Capítulo 7

7.1 Determinação dos esforços de dimensionamento dos pilares


mais fundação
A acção sísmica foi quantificada no modelo já anteriormente referido no capítulo 4.4
(devidamente adaptado em relação ao módulo de flexão dos pilares, que foi incrementado
25%, para ter em consideração a imposição de deformações muito rápidas da acção sísmica,
tal como enunciado no artigo §17.2 do REBAP), através da quantificação por meio do seguinte
espectro de resposta:

Espectro Resposta - RSA (terreno tipo II, zona A)


4,5
4,0
3,5
Acelerações (m/s2)

3,0 Tipo I
2,5
Tipo II
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 T (s)

Figura 7.1 - Espectro de resposta de dimensionamento (RSA, terreno tipo II, zona A)

Os valores usados para a definição destes espectros de resposta podem ser consultados
em anexo (ver Anexo 1 ).

Assim, obteve-se o seguinte valor de momento flector na base do pilar para o Sismo de Tipo
II (mais condicionante) com um coeficiente de comportamento :

√( ) ( )

A retracção no tabuleiro foi determinada através do Anexo I do REBAP, que é relativamente


mais simples que a determinação com o novo regulamento, apesar de ser um processo
semelhante a envolver a determinação de espessuras fictícias do tabuleiro, tal como descrito
no Anexo 2 deste documento.

O valor da espessura fictícia é dado pela seguinte equação:

Eq. 7.1

Em que:

 – Coeficiente dependente das condições higrométricas do ambiente


(para humidade relativa média (70%), tem-se );
 – Espessura equivalente (determinado para o regulamento europeu no
);

O valor da espessura fictícia é assim de .

108
Dimensionamento com o RSA

O valor de referência da retracção é dada por:

( ) ( ) ( ) Eq. 7.2
Em que:

 – Valor de referência ( );
 – Valor dependente da Humidade Relativa do Ambiente (H=70% tem-
se, segundo o Quadro I-I, )
 – Coeficiente dependente da espessura fictícia definida pelo Quadro I-II
( );
 ( ) ( ) – Valores particulares da função , que exprime a variação do valor
da retracção com a idade do betão, e que depende da espessura fictícia do
elemento (Através da Fig. I-1 do REBAP, considerou-se que ( ) e ( )
);
 ( )

Para a actuação desta temperatura equivalente no tabuleiro, determinou-se o seguinte valor


de retracção na base do pilar 5:

Para a determinação dos esforços resultantes da variação uniforme de temperatura no


tabuleiro, considerou-se a actuação de uma temperatura uniforme , de forma
semelhante à anteriormente feita com o regulamento europeu (ver página 31), tal como referido
no §18 do RSA. No entanto, considerou-se um factor de redução para a combinação quase
permanente desta acção igual a .

O momento de dimensionamento na base do pilar 5 é igual a:

O esforço normal é igual a , e os deslocamentos determinados no topo do


pilar são iguais a .

7.2 Determinação das armaduras nos pilares


O valor de percentagem mecânica de armadura foi determinado para a base do pilar 5,
recorrendo novamente às tabelas apropriadas para tal (Gomes & Vinagre, 1997). Para utilizar
essas tabelas foi necessário determinar os valores de esforço normal reduzido, (Eq. 5.2), e
do momento flector reduzido, (Eq. 5.3).

Substituíndo, obteve-se a seguinte armadura (ver Figura A.8):

109
Capítulo 7

Os esforços reduzidos considerados são muito aproximados com aqueles que foram
anteriormente determinados no dimensionamento de armadura longitudinal com a nova
regulamentação europeia, sendo que por isso adoptou-se uma solução com 64 varões de 32
milímetros de diâmetro ( ( ) , ver desenho i do Anexo 7 ).

A dispensa dos varões longitudinais é feita com a diminuição para metade dos varões (32
varões). Ou seja, da mesma forma que foi efectuado anteriormente para pilares sem “Capacity
Design”, a dispensa será possível aos 2,07 metros de altura, pelo que se considerou que a
dispensa será feita aos 2,50 metros de altura.

Em relação à armadura resistente ao esforço transverso, o REBAP define que se tenha em


consideração a contribuição do betão na resistência ao esforço transverso dos pilares (teoria
de Morsch):

(§53 do REBAP) Eq. 7.3


Em que:

 – tensão cujo o valor é fornecido pelo Quadro VI do REBAP (para o B35 /


C30/37 tem-se );
 – tensão limite cujo o valor é fornecido pelo Quadro VII do REBAP (para o B35
/ C30/37 tem-se );
 – largura da alma da secção;
 – altura útil da secção.

O valor da componente resistente conferida pelo betão armado é assim igual a:

Com este valor constata-se que o betão armado não precisa de armaduras resistentes,
pelo que se considerou uma solução constituída por armaduras construtivas com uma cinta
helicoidal de , e 2 cintas interiores rectangulares também .

7.3 Ductilidade melhorada dos pilares (§144 do REBAP)


Para usar um coeficiente de ductilidade elevado o antigo regulamento obriga também a que
se cumpra com as disposições construtivas de um capítulo respeitantes a disposições relativas
a estruturas de ductilidade melhorada (Capítulo XII do REBAP).

Trata-se de um pequeno conjunto de regras que segundo o REBAP visam “aumentar a


ductilidade das estruturas, permitindo portanto que estas possam sofrer grandes deformações
sem diminuição significativa da sua capacidade resistente. Para tanto é necessário assegurar
que as roturas sejam condicionadas pelas armaduras e não pelo betão, o que, nas disposições
em causa, é traduzido por limitações dos valores máximos de percentagem de armadura e dos
esforço normal, por exigência de boa cintagem do betão e ainda por medidas visando uma
segurança adicional relativamente ao esforço transverso”.

Dada a especificidade da estrutura em causa, o subcapítulo que merece algum relevo é o


dos pilares (§144 do REBAP), ao qual se cumpriu com as suas alíneas.

A primeira alínea impõe um máximo de esforço axial nos pilares de ( ), o


que é cumprido.

110
Dimensionamento com o RSA

As duas alíneas seguintes definem os limites que a secção total da armadura longitudinal
deve ter, em que esta não deve ser inferior a da área da secção do pilar, o que
corresponde a , nem superior a 6% da área da secção do pilar, o que corresponde a
. Estas condições são validadas nas escolha feita no sub-capítulo anterior
relativamente à armadura longitudinal.

Por fim, a última alínea refere que nas zonas extremas dos pilares com ligação de
continuidade com outros elementos, isto é, na base dos pilares junto às fundações, o
espaçamento longitudinal da armadura transversal não deve ser superior a 10 centímetros, e o
diâmetro dessa armadura não deve ser inferior a 8 milímetros, numa extensão não inferior a
2,40 metros ( ( ) ). Esta disposição construtiva terá
certamente evitar as roturas frágeis junto à base dos pilares onde os esforços são maiores.

7.4 Determinação das armaduras nas fundações superficiais


Recorrendo ao modelo descrito na Figura 5.4 (ver página 53) para determinação dos
esforços actuantes no interior da sapata, obteve-se o seguinte valor de momento flector
reduzido (que definiu a determinação de armadura resistente na face inferior da mesma):

A solução de armadura longitudinal nas faces inferiores da sapata é (ver desenho i do


Anexo 7 ):

( )

A quantidade de armadura longitudinal na face superior da sapata é de:

A solução de armadura longitudinal na face superior da sapata é (ver desenho i do Anexo 7


):

( )

111
Capítulo 7

7.5 Determinação das armaduras nas fundações profundas


As armaduras do maciço também serão determinadas de forma semelhante aos capítulos
anteriores com fundação por estacas.

Para resistir ao esforço axial proveniente dos pilares, será necessário a seguinte quantidade
de armadura tracionada na face inferior do maciço de encabeçamento:

Agora corresponde o seguinte momento flector reduzido, através da Eq.1.34:

Ao qual corresponde o seguinte valor mecânico de armadura (Gomes & Vinagre, 1997):

Nas faces das armaduras será assim necessário o seguinte quantidade de armadura:

Adotou-se a seguinte solução de armaduras na face superior do maciço de encabeçamento


(ver desenho j do Anexo 7 ):

Já na face inferior do maciço de encabeçamento (ver desenho j do Anexo 7 ):

Armadura de suspensão (ver desenho j do Anexo 7 ):

( )

Colocou-se estribos de suspensão entre as estacas.

Os esforços axiais nas estacas foram determinados recorrendo novamente ao modelo da


Figura 5.9.

Os esforços nas estacas para a combinação sísmica são os seguintes (condicionante):



 {

112
Dimensionamento com o RSA

Para o conjunto de esforços condicionantes definidos pela combinação sísmica de acções,


determinou-se o seguinte conjunto de armaduras longitudinais (ver Anexo 5 ):

{ {
{

{ { {

Que requer a seguinte quantidade de armadura longitudinal total (Eq. 5.4):

⁄ ⁄

Para esta necessidade de armadura, definiu-se uma solução com ( ,


ver desenho j do Anexo 7 ).

Em relação à armadura de esforço transverso, dimensionou-se uma armadura que


resistisse ao esforço transverso do topo da estaca, e recorrendo também ao método da secção
rectangular equivalente já descrito anteriormente (ver página 41) e à Eq. 5.9 determinou-se a
armadura resistente ao esforço transverso necessária:

( ) ( )

Adoptou-se uma solução de armadura constituída por ( ⁄ ,


ver desenho j do Anexo 7 ).

113
Capítulo 7

7.6 Análise dos resultados obtidos


Após a determinação das armaduras para a situação de ductilidade melhorada do antigo
regulamento em vigor, RSA, para a ponte com fundações superficiais e profundas, definiu-se
as respectivas peças desenhadas e mapas de quantidades para cada um dos quatro casos em
análise que se encontram em anexo neste documento (ver Anexo 7 e Anexo 8 ).

O desenvolvimento da análise de resultados incidirá sobretudo na comparação com o caso


de dimensionamento dúctil ( ), que corresponde à situação de dimensionamento mais
dúctil com a nova regulamentação europeia. Posteriormente, também é efectuada a análise da
situação de dimensionamento de ductilidade limitada ( ), aproveitando o trabalho
efectuada no capítulo anterior.

Da análise destes mapas de quantidades determinou-se a seguinte diferença no valor da


quantidade de armaduras:

Tabela 7.1 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento dúctil e de


ductilidade limitada [kg]

Quantidade total de armadura [kg]


Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações RSA 517.893,87 Variação - Δ
Superficiais EC8 755.084,38 237.190,51 45,80%
Estrutura com Fundações RSA 865.899,15 Variação - Δ
Profundas EC8 1.034.760,74 168.861,59 19,50%

Da análise da Tabela 7.1 verifica-se que a diferença da quantidade de armadura resultante


no conjunto pilares+fundações entre o dimensionamento dúctil dos dois regulamentos é
significativa para ambos os casos de fundação, sendo ainda mais considerável em termos
relativos no caso das fundações superficiais. A nível de valores absolutos, o incremento de
armadura é de cerca de 237 toneladas nas estruturas com fundações superficiais e de cerca de
169 toneladas na estrutura com fundações profundas.

Este detalhe do aumento de armadura é curioso se tivermos em consideração que o


dimensionamento cumprindo a anterior regulamentação foi efectuado com um coeficiente de
comportamento menor que o dimensionamento efectuado através da nova regulamentação
europeia, sendo por isso expectável, numa análise superficial, que a quantidade de armadura
fosse maior no caso do dimensionamento pela regulamentação antiga, o que não se verifica
através da análise da tabela anterior, para os dois casos de fundações em análise. Tal deve-se
ao facto de se ter dimensionado a estrutura com a filosofia Capacity Design, que incrementou
custos na estrutura.

No caso das estruturas com fundações superficiais, a diferença da quantidade de armadura


é distribuída da seguinte forma por tipo de elemento resistente:

Tabela 7.2 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, Δ, entre os dimensionamentos


dúcteis definidos nos dois regulamentos para estrutura com fundação superficial [kg]

Análise do Δ
Est. Fundações Superficiais
Pilares Sapatas
Qtdd. Armadura [kg] 23.805,91 213.384,60
% 10,04% 89,96%

114
Dimensionamento com o RSA

Da análise da tabela verifica-se que a passagem de uma estrutura com dimensionamento


dúctil definido pelo antigo regulamento para o novo regulamento implicou o aumento da
quantidade de armadura, apesar de se ter aumentado também o coeficiente de
comportamento.

No pilares, a diferença é explicada pelo diferença definida nas armaduras resistentes ao


esforços transverso, onde na nova regulamentação elas desempenham um papel importante
para evitar as roturas frágeis dos pilares.

Já nas sapatas, verifica-se um aumento considerável da quantidade de armadura, que é


também uma parcela importante na quantidade total de incremento de armadura verificada na
estrutura. Isto pode ser explicado pela diferença das acções sísmicas actuantes entre os dois
regulamentos (os espectros de resposta entre os dois regulamentos são diferentes, ampliou-se
o módulo de elasticidade dos pilares no modelo sísmico para o RSA em , e a diferença
para definir o solo entre os dois regulamentos) e pela introdução do Capacity Design, em que
se teve que assegurar o dimensionamento a esforços de sobre-resistência nas sapatas, que
foram dimensionadas para resistir a esses esforços que serão bem superiores aos
determinados no RSA (cerca de , pois o momento flector determinado pelo RSA na base
do pilar condicionante é um valor muito próximo do momento flector determinado pelo EN
1998).

Já nas estruturas com fundações profundas verifica-se a seguinte variação da quantidade


de armadura entre os dois dimensionamentos dúcteis, onde é visível o aumento considerável
de armadura nas fundações da estrutura (cerca de do total):

Tabela 7.3 - Análise do diferencial da quantidade de armadura, Δ, entre os dimensionamentos


dúcteis definidos nos dois regulamentos para estrutura com fundação profunda [kg]

Análise do Δ
Estrutura com Fundações Profundas
Pilares Maciços Estacas
Qtdd. Armadura [kg] 23.805,91 49.220,10 95.835,59
% 14,10% 29,15% 56,75%

Tal como nas sapatas, nas fundações profundas também ocorre um incremento
considerável da quantidade de armadura, nomeadamente nas estacas, onde a diferença é de
cerca de 96 toneladas de armadura.

115
Capítulo 7

Já nos pilares, o incremento de armadura não é significativo. Ele é o seguinte:

Tabela 7.4 - Análise da diferença de quantidade de armadura por pilar num elemento de
ductilidade limitada [kg]

hestaca
Pilar
(m)
RSA EC8 Δ Δ (%)
P1 10,06 11.100,91 11.893,53 792,61 7,1%
P2 11,01 11.599,54 12.479,82 880,28 7,6%
P3 11,10 11.639,54 12.523,94 884,39 7,6%
P4 11,20 11.705,59 12.597,06 891,47 7,6%
P5 9,26 10.673,52 11.404,89 731,37 6,9%
P6 11,12 11.651,77 12.533,74 881,97 7,6%
P7 9,59 10.845,43 11.590,79 745,36 6,9%
P8 9,06 10.562,72 11.282,74 720,02 6,8%
P9 11,09 11.637,52 12.519,03 881,50 7,6%
P10 13,12 12.712,33 13.755,32 1.042,99 8,2%
P11 14,21 13.293,28 14.434,33 1.141,06 8,6%
P12 14,26 13.317,01 14.458,85 1.141,84 8,6%
P13 14,40 13.383,50 14.551,60 1.168,10 8,7%
Total 11.902,95

Da análise da tabela anterior verifica-se que o incremento de armadura nos pilares não é
muito significativo, pois ele apenas se verifica nas armaduras de esforço transverso. Por aqui
também se constata que no caso de estudo, a prevenção de roturas frágeis de pilares por
esforços de corte não acarreta em si um incremento de quantidade de armadura (e
consequente aumento de custos) muito considerável.

A variação de armadura entre os dimensionamentos dúcteis dos dois regulamentos acaba


por ter uma relação linear com a altura dos pilares, definido pela equação
, com um grau de correlacção elevado ( ).

Já em relação às fundações, a diferença de armaduras é bem mais expressiva, e em ambos


os casos de fundações. No caso de fundações superficiais verifica-se a seguinte diferença de
quantidade de armaduras:

Tabela 7.5 - Análise à quantidade de armadura nas sapatas [kg]

RSA EC8 Δ Δ (%)


8.063,40 16.270,50 8.207,10 101,78%

Da análise da tabela verifica-se um incremento de armadura bastante considerável com a


introdução da nova regulamentação sísmica, e curiosamente, numa percentagem bastante
superior ao incremento de esforço de sobre-resistência considerado (que corresponde a um
incremento de cerca de 35% do momento flector na base do pilar, tal como se considerou no
capítulo 5.5, recorde-se).

116
Dimensionamento com o RSA

Já em relação às fundações profundas, também se verifica uma variação considerável da


quantidade de armadura no conjunto maciços + estacas, com incrementos de armadura a
variar entre e os da armadura determinada pelo dimensionamento dúctil do RSA.

Tabela 7.6 - Análise à quantidade de armadura nas fundações profundas [ kg]

Pilar
(m)
RSA EC8 ( )
P1 10,50 20.611,43 26.385,81 5.774,38 28,0%
P2 10,00 20.300,62 26.089,05 5.788,43 28,5%
P3 11,50 21.233,05 26.979,48 5.746,43 27,1%
P4 13,00 22.165,47 27.869,91 5.704,43 25,7%
P5 16,50 24.341,14 29.947,60 5.606,46 23,0%
P6 16,00 24.030,33 29.650,76 5.620,43 23,4%
P7 15,00 23.408,71 29.057,17 5.648,46 24,1%
P8 15,00 23.408,71 29.057,17 5.648,46 24,1%
P9 12,00 21.543,86 27.276,31 5.732,46 26,6%
P10 9,00 19.679,00 25.122,70 5.443,69 27,7%
P11 8,50 19.368,19 24.639,60 5.271,41 27,2%
P12 8,50 19.368,19 24.639,60 5.271,41 27,2%
P13 8,50 19.368,19 24.639,60 5.271,41 27,2%
Total 72.527,84

Verifica-se uma variação relativamente constante em valores absolutos, da ordem das


toneladas de quantidade de armadura.

No maciço de encabeçamento esse incremento não é muito considerável, pois com o


modelo de cálculo usado para a determinação de armadura, uma parte da quantidade de
armadura é dependente do esforço axial dos pilares, que tem um valor semelhante para os
dois casos de dimensionamento considerados:

Tabela 7.7 - Análise da quantidade de armadura nas maciço de encabeçamento entre os


dimensionamentos dúcteis dos dois regulamentos [kg]

RSA EC8 ( )
12.810,27 14.703,35 1.893,08 14,78%

117
Capítulo 7

Já o dimensionamento das estacas está fortemente dependente dos esforços resultantes da


acção sísmica, sendo que por isso se obteve incrementos de armadura com a entrada do novo
regulamento bastante consideráveis (que variam entre os e os da armadura
determinada por dimensionamento com ductilidade melhorada do RSA):

Tabela 7.8 - Análise da quantidade de armadura nas estacas entre os dimensionamentos


dúcteis dos dois regulamentos [kg]

Pilar
(m)
RSA EC8 ( )
P1 10,50 7.801,16 11.682,45 3.881,30 49,8%
P2 10,00 7.490,35 11.385,69 3.895,35 52,0%
P3 11,50 8.422,78 12.276,12 3.853,35 45,7%
P4 13,00 9.355,20 13.166,55 3.811,35 40,7%
P5 16,50 11.530,87 15.244,25 3.713,38 32,2%
P6 16,00 11.220,06 14.947,41 3.727,35 33,2%
P7 15,00 10.598,44 14.353,82 3.755,38 35,4%
P8 15,00 10.598,44 14.353,82 3.755,38 35,4%
P9 12,00 8.733,58 12.572,96 3.839,38 44,0%
P10 9,00 6.868,73 10.419,34 3.550,61 51,7%
P11 8,50 6.557,92 9.936,25 3.378,32 51,5%
P12 8,50 6.557,92 9.936,25 3.378,32 51,5%
P13 8,50 6.557,92 9.936,25 3.378,32 51,5%
Total 47.917,79

Tal como se fez nos capítulos anteriores, a variação da quantidade de armadura nas
estacas pode ser representada também por uma recta de tendência ( )
com um grau de correlacção muito próximo da unidade também ( ).

Em relação à quantificação de custos, através do respectivo conjunto de Mapa de Medições


(ver Anexo 9 ) foi possível aferir os custos de cada caso, e quantificar a poupança efectuada ao
dimensionar uma estrutura ductilmente. Para o efeito, nos casos em análise, chegou-se à
seguinte conclusão:

Tabela 7.9 - Análise de custos do dimensionamento dúctil preconizado pela antiga


regulamentação e a actual [€]

Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações RSA ( ) 1.492.044 Variação - Δ
Superficiais EC8 ( ) 1.745.632 253.588 17,00%
Estrutura com Fundações RSA ( ) 2.240.552 Variação - Δ
Profundas EC8 ( ) 2.452.901 212.349 9,48%

Cingindo apenas à análise de custos ao conjunto pilares+respectivas fundações verifica-se


um pequeno incremento de custos em ambas as situações de fundação, sendo esse aumento
de custos na ordem dos nas sapatas, enquanto de que no caso das fundações
profundas esse incremento é um pouco superior, de cerca de .

A introdução do dimensionamento por Capacity Design no dimensionamento de pontes em


Portugal implicará um aumento de custos, que no total da obra não representarão certamente
um valor muito significativo no custo inicial da obra. A longo prazo, e para acções sísmicas
inferiores à acção de dimensionamento, os custos de reparação de rótulas plásticas não serão
muito superiores no caso da regulamentação europeia, pois o coeficiente de comportamento

118
Dimensionamento com o RSA

escolhido não é muito superior ao escolhido no dimensionamento para ductilidade melhorada


do RSA. Além de que o controle do local das rótulas de dissipação de energia pode impedir
futuras reparações em locais pouco acessíveis (como por exemplo nas fundações), não se
podendo dizer à partida qual dos regulamentos tem custos de reparação mais baixos. Para a
situação da acção sísmica superior à de dimensionamento a vantagem é evidente para a
regulamentação europeia, pois as roturas frágeis são mais improváveis do que no caso das
estruturas dimensionadas com o RSA. Para melhor perceber estas conclusões, é preciso ter
também presente que as roturas frágeis como as que são associadas a roturas por esforço
transverso implicam reparações muito demoradas e onerosas, pois podem implicar a perda de
capacidade de suporte das cargas verticais, além da própria reparação da peça ser muito
profunda pois pode obrigar à reconstituição do pilar danificado, isto é, à sua demolição e
reconstrução (Coord. Mário Lopes, 2009). Por outro lado, as rótulas plásticas dos pilares têm a
vantagem de a sua reparação ser per si mais simples e barata, de normalmente não ter
associada uma perda da capacidade de carga vertical (permitindo o funcionamento da ponte no
rescaldo do sismo), e de dispensar o uso de estruturas temporárias para a sua reparação
(Coord. Mário Lopes, 2009).

Denota-se também que o aumento do coeficiente de comportamento máximo, isto é, o


aumento da exploração da ductilidade de betão armado com a actualização de regulamentos
(passou-se de para um coeficiente máximo de ), não permitiu tornar o novo
dimensionamento mais competitivo ao nível de custos iniciais, mas apenas atenuar o
incremento de custos associados à introdução da filosofia de dimensionamento por Capacity
Design.

Se tivermos em consideração a alternativa permitida aos projectistas pelo RSA, o


dimensionamento com ductilidade normal ( ), as diferenças de custos verificadas nas
comparações anteriores passam a ser ainda mais apelativas, tornando assim a introdução ao
dimensionamento dúctil com a nova regulamentação europeia mais atractiva ao nível de custos
iniciais. A longo prazo, para sismos acima da acção de dimensionamento, é bem mais provável
que o dimensionamento por RSA entre em rotura frágil, o que acarreta bastantes custos, pois
pode implicar o colapso parcial ou total da estrutura em causa. No entanto, para acções abaixo
da acção de dimensionamento, os custos de reparação serão provavelmente inferiores aos das
estruturas dúcteis dimensionadas com Capacity Design.

Nota também para o factor de sobre-resistência, , que tem bastante influência nos custos
do dimensionamento por Capacity Design, pois influenciou os custos dos elementos resistentes
condicionados por este factor, nomeadamente as armaduras de esforços transverso dos
pilares, e uma parte considerável das armaduras das fundações da estrutura, que tal como se
viu em todas as análises de custos efectuadas, têm forte influência no incremento de custos
iniciais verificados com a mudança regulamentar.

Aproveitando o facto de se ter efectuado o dimensionamento de ductilidade limitada no


Capítulo 6 :, efectou-se também uma comparação breve com o dimensionamento de
ductilidade melhorada do RSA.

Tabela 7.10 - Análise das quantidades de armaduras para dimensionamento de ductilidade


limitada (EN 1998-2) e ductilidade melhorada (RSA) [kg]

Quantidade total de armadura [kg]


Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações RSA (q=3,0) 517.893,87 Variação - Δ
Superficiais EC8 (q=1,5) 1.307.058,60 789.164,73 152,38%
Estrutura com Fundações RSA (q=3,0) 865.899,15 Variação - Δ
Profundas EC8 (q=1,5) 1.902.712,71 1.036.813,57 119,74%

119
Capítulo 7

Uma análise à Tabela 7.10 permite verificar que a diferença da quantidade de armadura
resultante no conjunto pilares+fundações entre o dimensionamento entre ductilidade melhorada
do RSA e o dimensionamento não dúctil é bastante considerável, já que a diferença de
quantidade mais que duplica em ambos os casos de fundação.

Em relação à quantificação de custos, e recorrendo aos Mapa de Medições (Anexo 9 ) para


aferir os custos de cada caso e quantificar a diferença de custo, chegou-se à seguinte
conclusão:

Tabela 7.11 - Análise de custos entre dimensionamento de ductilidade melhorada ( RSA) e


ductilidade limitada (EN 1998-2) [€]

Pilares + Fundações
Estrutura com Fundações RSA ( ) 1.492.044 Variação - Δ
Superficiais EC8 ( ) 2.601.162 1.109.118 74,34%
Estrutura com Fundações RSA ( ) 2.452.901 Variação - Δ
Profundas EC8 ( ) 3.591.267 1.138.366 46,41%

Ao comparar-se com a variação de custos obtidas na Tabela 7.9 é visível que ao nível
custos iniciais, a opção pelo dimensionamento não dúctil com novo regulamento é pouco
competitiva face ao dimensionamento de ductilidade melhorada ao nível de custos iniciais da
obra, pois o coeficiente de comportamento máximo permitido pelo regulamento europeu é
bastante reduzido ( ). Pelo que para os projectistas que se confrontarão com a mudança
regulamentar, estas diferenças de custos significativas poderão ser razão suficiente para
adoptarem o dimensionamento por CD, isto é, para adoptarem uma nova filosofia de
dimensionamento de estruturas.

Esta competitividade de custos do dimensionamento dúctil do EN 1998-2 já tinha sido


aferida de forma directa no capítulo 6.3, em que se comparou os dois tipos de
dimensionamento preconizados pelo novo regulamento. No entanto, tendo em conta que a
maioria dos projectistas em Portugal se encontra familiarizado com o RSA, considerou-se
pertinente a análise comparativa com a situação anteriormente em vigor, onde se denota
claramente a competitividade do dimensionamento dúctil com CD, além de que o
dimensionamento não dúctil acarreta um incremento de custos bastante considerável face ao
que era prática corrente até recentemente, sendo por isso pouco apelativo.

120
Capítulo 8 : Desenvolvimentos futuros

 Dimensionamento de estruturas com outras características diferentes para aferir se


o dimensionamento por Capacity Design continua competitivo, nomeadamente nos
elementos resistentes às acções horizontais, isto é os pilares. Recomenda-se por
isso uma análise a uma estrutura com elementos verticais resistentes altos, pois os
do caso em análise correspondem a pilares de pequena envergadura
( ), assim como com outra tipologia de estacas;
 Caso essas estruturas recorram a aparelhos de apoio na ligação pilar-tabuleiro,
procurar analisar casos em que esses aparelhos se encontraram standardizados,
de forma a poder fazer uma análise mais abrangente, pois estes elementos terão
que assegurar resistência ao esforço transverso “sobre-resistente” dos pilares;
 Este trabalho incidiu nos custos iniciais de um projecto. Seria interessante analisar
também custos a longo prazo (reparações), nomeadamente para a situação das
acções sísmicas inferiores às acções de projecto (que são também mais prováveis),
pois para a outra situação a análise é fácil de se efectuar, já que a hipótese de não
exploração de ductilidade no dimensionamento da estrutura implica o seu colapso a
acções um pouco superiores às acções de dimensionamento regulamentares.
Assim, poder-se-ia analisar os custos globais da obra, e verificar se o
dimensionamento por CD implica incrementos de custos significativos face ao
dimensionamento não dúctil do EN 1998-2 durante o período de vida útil da
estrutura;
 Analisar a sensibilidade do incremento de custos nas armadura das fundações, e
nas armaduras de esforço transverso dos pilares, com a alteração do valor do factor
de “sobre-resistência” dos pilares;

__________________________________________________________________________
121
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Design and Design Loadings for Buildings NZS 4203. New Zeeland: Wellington.

__________________________________________________________________________
123
Anexos

__________________________________________________________________________
125
Anexos

Anexo 1 Espectros de resposta de dimensionamento


Tabela A.1 - Parâmetros dos Espectros de Resposta de Dimensionamento (EN 1998)

Sismo tipo 1 (1.3 B)


ag (m/s2) β S TB (s) TC (s) TD (s)
1,50 0,20 1,20 0,10 0,60 2,00
Sismo tipo 2 (2.3 B)
ag (m/s2) β S TB (s) TC (s) TD (s)
1,70 0,20 1,35 0,10 0,25 2,00

Tabela A.2 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; )

Sismo tipo 1 (1.3 B) Sismo tipo 2 (2.3 B)


T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2)
0,01 1,209 2,05 0,367 0,01 1,541 2,05 0,340
0,05 1,243 2,10 0,350 0,05 1,585 2,10 0,340
0,10 1,286 2,15 0,334 0,10 1,639 2,15 0,340
0,15 1,286 2,20 0,319 0,15 1,639 2,20 0,340
0,20 1,286 2,25 0,305 0,20 1,639 2,25 0,340
0,25 1,286 2,30 0,300 0,25 1,639 2,30 0,340
0,30 1,286 2,35 0,300 0,30 1,366 2,35 0,340
0,35 1,286 2,40 0,300 0,35 1,171 2,40 0,340
0,40 1,286 2,45 0,300 0,40 1,025 2,45 0,340
0,45 1,286 2,50 0,300 0,45 0,911 2,50 0,340
0,50 1,286 2,55 0,300 0,50 0,820 2,55 0,340
0,55 1,286 2,60 0,300 0,55 0,745 2,60 0,340
0,60 1,286 2,65 0,300 0,60 0,683 2,65 0,340
0,65 1,187 2,70 0,300 0,65 0,630 2,70 0,340
0,70 1,102 2,75 0,300 0,70 0,585 2,75 0,340
0,75 1,029 2,80 0,300 0,75 0,546 2,80 0,340
0,80 0,964 2,85 0,300 0,80 0,512 2,85 0,340
0,85 0,908 2,90 0,300 0,85 0,482 2,90 0,340
0,90 0,857 2,95 0,300 0,90 0,455 2,95 0,340
0,95 0,812 3,00 0,300 0,95 0,431 3,00 0,340
1,00 0,771 3,05 0,300 1,00 0,410 3,05 0,340
1,05 0,735 3,10 0,300 1,05 0,390 3,10 0,340
1,10 0,701 3,15 0,300 1,10 0,373 3,15 0,340
1,15 0,671 3,20 0,300 1,15 0,356 3,20 0,340
1,20 0,643 3,25 0,300 1,20 0,342 3,25 0,340
1,25 0,617 3,30 0,300 1,25 0,340 3,30 0,340
1,30 0,593 3,35 0,300 1,30 0,340 3,35 0,340
1,35 0,571 3,40 0,300 1,35 0,340 3,40 0,340
1,40 0,551 3,45 0,300 1,40 0,340 3,45 0,340
1,45 0,532 3,50 0,300 1,45 0,340 3,50 0,340
1,50 0,514 3,55 0,300 1,50 0,340 3,55 0,340
1,55 0,498 3,60 0,300 1,55 0,340 3,60 0,340
1,60 0,482 3,65 0,300 1,60 0,340 3,65 0,340
1,65 0,468 3,70 0,300 1,65 0,340 3,70 0,340
1,70 0,454 3,75 0,300 1,70 0,340 3,75 0,340
1,75 0,441 3,80 0,300 1,75 0,340 3,80 0,340
1,80 0,429 3,85 0,300 1,80 0,340 3,85 0,340
1,85 0,417 3,90 0,300 1,85 0,340 3,90 0,340
1,90 0,406 3,95 0,300 1,90 0,340 3,95 0,340
1,95 0,396 4,00 0,300 1,95 0,340 4,00 0,340
2,00 0,386 2,00 0,340

127
Tabela A.3 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; q=1,5)

Sismo tipo 1 (1.3 B) Sismo tipo 2 (2.3 B)


T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2)
0,01 1,380 2,05 0,86 0,01 1,760 2,05 0,46
0,05 2,100 2,10 0,82 0,05 2,678 2,10 0,43
0,10 3,000 2,15 0,78 0,10 3,825 2,15 0,41
0,15 3,000 2,20 0,74 0,15 3,825 2,20 0,40
0,20 3,000 2,25 0,71 0,20 3,825 2,25 0,38
0,25 3,000 2,30 0,68 0,25 3,825 2,30 0,36
0,30 3,000 2,35 0,65 0,30 3,188 2,35 0,35
0,35 3,000 2,40 0,63 0,35 2,732 2,40 0,34
0,40 3,000 2,45 0,60 0,40 2,391 2,45 0,34
0,45 3,000 2,50 0,58 0,45 2,125 2,50 0,34
0,50 3,00 2,55 0,55 0,50 1,91 2,55 0,34
0,55 3,00 2,60 0,53 0,55 1,74 2,60 0,34
0,60 3,00 2,65 0,51 0,60 1,59 2,65 0,34
0,65 2,77 2,70 0,49 0,65 1,47 2,70 0,34
0,70 2,57 2,75 0,48 0,70 1,37 2,75 0,34
0,75 2,40 2,80 0,46 0,75 1,28 2,80 0,34
0,80 2,25 2,85 0,44 0,80 1,20 2,85 0,34
0,85 2,12 2,90 0,43 0,85 1,13 2,90 0,34
0,90 2,00 2,95 0,41 0,90 1,06 2,95 0,34
0,95 1,89 3,00 0,40 0,95 1,01 3,00 0,34
1,00 1,80 3,05 0,39 1,00 0,96 3,05 0,34
1,05 1,71 3,10 0,37 1,05 0,91 3,10 0,34
1,10 1,64 3,15 0,36 1,10 0,87 3,15 0,34
1,15 1,57 3,20 0,35 1,15 0,83 3,20 0,34
1,20 1,50 3,25 0,34 1,20 0,80 3,25 0,34
1,25 1,44 3,30 0,33 1,25 0,77 3,30 0,34
1,30 1,38 3,35 0,32 1,30 0,74 3,35 0,34
1,35 1,33 3,40 0,31 1,35 0,71 3,40 0,34
1,40 1,29 3,45 0,30 1,40 0,68 3,45 0,34
1,45 1,24 3,50 0,30 1,45 0,66 3,50 0,34
1,50 1,20 3,55 0,30 1,50 0,64 3,55 0,34
1,55 1,16 3,60 0,30 1,55 0,62 3,60 0,34
1,60 1,13 3,65 0,30 1,60 0,60 3,65 0,34
1,65 1,09 3,70 0,30 1,65 0,58 3,70 0,34
1,70 1,06 3,75 0,30 1,70 0,56 3,75 0,34
1,75 1,03 3,80 0,30 1,75 0,55 3,80 0,34
1,80 1,00 3,85 0,30 1,80 0,53 3,85 0,34
1,85 0,97 3,90 0,30 1,85 0,52 3,90 0,34
1,90 0,95 3,95 0,30 1,90 0,50 3,95 0,34
1,95 0,92 4,00 0,30 1,95 0,49 4,00 0,34
2,00 0,90 2,00 0,48

128
Anexos

Tabela A.4 - Espectro de Resposta de Dimensionamento (EN 1998; )

Sismo tipo 1 (1.3 B) Sismo tipo 2 (2.3 B)


T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2) T (s) Sd (m/s2)
0,01 1,530 2,05 1,285 0,01 1,951 2,05 0,683
0,05 2,850 2,10 1,224 0,05 3,634 2,10 0,651
0,10 4,500 2,15 1,168 0,10 5,738 2,15 0,621
0,15 4,500 2,20 1,116 0,15 5,738 2,20 0,593
0,20 4,500 2,25 1,067 0,20 5,738 2,25 0,567
0,25 4,500 2,30 1,021 0,25 5,738 2,30 0,542
0,30 4,500 2,35 0,978 0,30 4,781 2,35 0,519
0,35 4,500 2,40 0,938 0,35 4,098 2,40 0,498
0,40 4,500 2,45 0,900 0,40 3,586 2,45 0,478
0,45 4,500 2,50 0,864 0,45 3,188 2,50 0,459
0,50 4,500 2,55 0,830 0,50 2,869 2,55 0,441
0,55 4,500 2,60 0,799 0,55 2,608 2,60 0,424
0,60 4,500 2,65 0,769 0,60 2,391 2,65 0,409
0,65 4,154 2,70 0,741 0,65 2,207 2,70 0,394
0,70 3,857 2,75 0,714 0,70 2,049 2,75 0,379
0,75 3,600 2,80 0,689 0,75 1,913 2,80 0,366
0,80 3,375 2,85 0,665 0,80 1,793 2,85 0,353
0,85 3,176 2,90 0,642 0,85 1,688 2,90 0,341
0,90 3,000 2,95 0,621 0,90 1,594 2,95 0,340
0,95 2,842 3,00 0,600 0,95 1,510 3,00 0,340
1,00 2,700 3,05 0,580 1,00 1,434 3,05 0,340
1,05 2,571 3,10 0,562 1,05 1,366 3,10 0,340
1,10 2,455 3,15 0,544 1,10 1,304 3,15 0,340
1,15 2,348 3,20 0,527 1,15 1,247 3,20 0,340
1,20 2,250 3,25 0,511 1,20 1,195 3,25 0,340
1,25 2,160 3,30 0,496 1,25 1,148 3,30 0,340
1,30 2,077 3,35 0,481 1,30 1,103 3,35 0,340
1,35 2,000 3,40 0,467 1,35 1,063 3,40 0,340
1,40 1,929 3,45 0,454 1,40 1,025 3,45 0,340
1,45 1,862 3,50 0,441 1,45 0,989 3,50 0,340
1,50 1,800 3,55 0,428 1,50 0,956 3,55 0,340
1,55 1,742 3,60 0,417 1,55 0,925 3,60 0,340
1,60 1,688 3,65 0,405 1,60 0,896 3,65 0,340
1,65 1,636 3,70 0,394 1,65 0,869 3,70 0,340
1,70 1,588 3,75 0,384 1,70 0,844 3,75 0,340
1,75 1,543 3,80 0,374 1,75 0,820 3,80 0,340
1,80 1,500 3,85 0,364 1,80 0,797 3,85 0,340
1,85 1,459 3,90 0,355 1,85 0,775 3,90 0,340
1,90 1,421 3,95 0,346 1,90 0,755 3,95 0,340
1,95 1,385 4,00 0,338 1,95 0,736 4,00 0,340
2,00 1,350 2,00 0,717

129
Tabela A.5 - Espectros de Resposta utilizados no dimensionamento por RSA (zona A, Terreno
Tipo II)

Sismo tipo I Sismo tipo II


( ) ( ) ( ) ( )
0,040 1,791 0,040 1,185
0,045 2,056 0,045 1,275
0,050 2,609 0,050 1,471
0,055 3,146 0,055 1,729
0,060 3,404 0,060 1,944
0,070 3,683 0,070 2,182
0,080 3,948 0,080 2,267
0,090 4,091 0,090 2,291
0,100 4,138 0,100 2,287
0,120 4,101 0,120 2,270
0,140 4,075 0,140 2,339
0,160 4,146 0,160 2,391
0,180 4,165 0,180 2,397
0,200 4,124 0,200 2,377
0,250 3,900 0,250 2,346
0,300 3,589 0,300 2,417
0,400 3,002 0,400 2,394
0,500 2,590 0,500 2,351
0,800 1,746 0,600 2,416
1,000 1,426 0,700 2,419
2,000 0,635 0,800 2,363
3,000 0,377 1,000 2,156
4,000 0,255 2,000 1,060
5,000 0,186 3,000 0,655
10,000 0,115 4,000 0,459
5,000 0,345
10,000 0,103

130
Anexos

Anexo 2 Cálculo auxiliar para determinar o valor da extensão de


retracção do tabuleiro,
 Valor final da extensão de retracção por secagem, :

Este valor pode ser determinado da seguinte forma:

(3.9 – EN 1992-1.1) Eq. A.1

Em que:

 – Coeficiente que depende da espessura equivalente da secção transversal,


, de acordo com o Quadro 3.3 do EN 1992-1.1;
 – Extensão de retracção por secagem de referência (determinado segundo o
Anexo B do EN 1992-1.1).

A espessura equivalente da secção transversal, , é a seguinte:

Através da Tabela A.6 (Quadro 3.3 do EN 1992-1.1) define o valor do coeficiente


para espessuras equivalentes superiores a :

Tabela A.6 - Definição dos valores dos coeficientes para a determinação de

O valor de retracção por secagem de referência, , foi determinado através do Anexo B.2
– Equações básicas para a determinação da extensão de retracção por secagem do EN 1992-
1.1, que para esse fim fornece as seguintes equações:

(B.11 – EN 1992-1.1) Eq. A.2


[( ) ]

(B.12 – EN 1992-1.1) Eq. A.3


[ ( ) ]

Em que:

 – Valor médio da tensão de rotura do betão à compressão ( ( )


);
 – Coeficiente que depende do tipo de cimento ( para cimentos de
classe N);
 – Coeficiente que depende do tipo de cimento ( para cimentos de
classe N);
 – Humidade relativa ambiente ( );

131
E ainda:

 ;
 .

O valor obtido para a extensão de retracção por secagem de referência, , foi o seguinte:

[( ) ] [ ( ) ]

E o valor final da extensão de retracção por secagem, , é o seguinte:

 Valor final da extensão de retracção autogénea, :

( )

Sendo que:

( ) ( ) ( )

132
Anexos

Anexo 3 Determinação da acção do vento


Acção no tabuleiro

A acção do vento foi determinada segundo o que é enunciado no capítulo 8 do EN 1991-1.4.


A força do vento pode ser calculada da seguinte forma:

(8.2 – EN 1991-1.4) Eq. A.4

Em que:

 – Valor de referência da velocidade do vento;


 – Coeficiente de força do vento. ;
 – Área de referência;
 – Massa volúmica do ar.11

Determinação do valor de referência da velocidade do vento,

O valor de referência velocidade do vento pode ser calculado através da seguinte


expressão:

(4.1 – EN 1991-1.4) Eq. A.5

Em que:

 – Coeficiente direccional;
 – Coeficiente de sazão;
 – Valor básico da velocidade de referência do vento.

Para os dois coeficientes da expressão adoptou-se os valores recomendados do EN 1991-


1.4, que para ambos os casos é um valor igual a um.

Para o valor básico da velocidade de referência do vento, o Anexo Nacional do EN 1991


divide o país em duas zonas para permitir a sua quantificação. Considerou-se o caso mais
condicionante, ou seja a Zona B (os arquipélagos dos Açores e da Madeira e as regiões do
continente situadas numa faixa costeira com 5 km de largura ou a altitudes superiores a 600
metros), ao qual corresponde o valor básico da velocidade de referência do vento igual a
. Assim:

11 Adoptou-se o valor recomendado de

133
Determinação do coeficiente de força do vento,

O coeficiente de força do vento é obtido da seguinte forma:

(EN 1991-1.4) Eq. A.6

Em que:

 – Coeficiente de exposição
 – Coeficiente de força para as acções do vento na direcção do
eixo x (perpendicular ao eixo do tabuleiro – ver Figura A.1)

O Eurocódigo distingue as componentes de força do vento em duas parcelas horizontais


(uma na direcção do eixo do tabuleiro, eixo x, e outra perpendicular, eixo y) e outra vertical (na
direcção do eixo z) que pode ser desprezado no dimensionamento de elementos verticais.

Figura A.1 - Direcções das acções do vento em tabuleiros de pontes ( EN 1991–1.4)

Como se está numa situação de dimensionamento dos elementos resistentes verticais só se


considerou relevante a componente segundo o eixo x.

 Coeficiente de exposição,

Os valores dos factores de exposição foram determinados simplificadamente através da


Figura 4.2 do EN 1991-1.4. O viaduto encontra-se em meio urbano, sendo por isso classificado
como um terreno com condições do tipo IV (Área em que pelo menos 15% da superfície se
encontra coberta com edifícios e cuja altura média ultrapasse os 15 metros). A altura de
referência, , corresponde à distância entre o nível mais baixo do solo e o
nível central da estrutura da ponte, não considerando as outras partes das áreas de referência,
como por exemplo os guarda-corpos.

134
Anexos

Figura A.2 - Gráfico do factor de exposição do vento, ce(z)

O coeficiente de exposição ao vento considerado foi .

 Coeficiente de força na direcção perpendicular ao viaduto (direcção x)

Os coeficientes de força para as acções do vento em tabuleiro de pontes, na direcção x (ver


Figura A.1), em tabuleiros de pontes, são determinados por:

(8.1 – EN 1991-1.4) Eq. A.7

Considerou-se simplificadamente , que é o valor recomendado para “pontes


normais” no §8.3. do presente regulamento.

Apesar de a face exposta ao vento ser inclinada em relação à vertical optou-se, do lado da
segurança, por não se considerar a sua influência não se tendo por isso efectuado a redução
do .

Em relação à inclinação do perfil transversal do tabuleiro, e face ao exposto no §8.3.1(3) do


EN 1991-1.4, considerou-se um incremento correspondente a um valor usual de inclinação
média do perfil transversal igual a 2,5%, ao qual, e de acordo com o artigo que enuncia que o
deverá ser aumentado 3% por cada grau de inclinação, corresponderá a um valor final do
parâmetro igual a:

( )

 Factor de carregamento do vento

O factor de carregamento do vento determinado foi:

135
Determinação da área de Referência,

A área de referência, , para combinações de acções com carga de tráfego em pontes


rodoviárias é definida, de acordo com o §8.3.1(5), considerando-se a altura total do tabuleiro
(igual a 1,5 metros) mais uma altura de 2,0 metros a partir do nível da plataforma de rodagem
ao longo do comprimento mais desfavorável. Assim, considera-se uma largura da área de
referência igual e, naturalmente, um comprimento igual ao do tabuleiro da
ponte, para aplicação da carga no modelo.

Determinação da acção do vento no tabuleiro da ponte,

Finalmente, o vento actuante no tabuleiro da ponte é equivalente a uma carga distribuída:

Acção nos pilares

O coeficiente de força nos pilares foi determinado de acordo com o preconizado no §7.9
cilindros circulares:

(7.19 - EN 1991-1.4) Eq. A.8

Onde:

 – Coeficiente de força de cilindros sem uma extremidade livre ao fluxo


de vento;
 – Factor de extremidade.

Determinação do coeficiente de força de cilindros sem uma extremidade livre ao fluxo


de vento,

Para determinar o foi necessário saber o número de Reynolds, , que por sua vez
exigiu a determinação do valor de pico da velocidade de pressão, .

Por simplicidade de cálculo estes valores foram apenas determinados nas cotas
correspondentes a (a velocidade é constante até esta altura para terreno de
rugosidade de tipo IV) e para (altura do pilar mais alto), admitindo a hipótese
de que a variação linear das cargas distribuídas entre estas cotas corresponde a uma
aproximação razoável do desenvolvimento exponencial da força do vento definido no
regulamento.

A pressão dinâmica de pico, , foi determinada da seguinte forma para as duas alturas em
causa, de acordo com o descrito em §4.5:

( ) ( ) (4.8 – EN 1991-1.4) Eq. A.9

136
Anexos

Sendo:

 ( ) – Factor de exposição ao vento;


 – Velocidade base da pressão.

A velocidade base da pressão, , é obtida através da seguinte equação:

(4.10 – EN 1991-1.4) Eq. A.10

Substituindo na equação anterior, tem-se que:

Assim, e recorrendo novamente à Eq. A.9, conseguiu-se definir de forma aproximada os


seguintes valores:

 ( ) ( )
 ( ) ( )

A velocidade de pico da pressão foi determinada da seguinte forma:

(Fig. 7.27 – EN 1991-1-4) Eq. A.11


Substituindo na equação anterior, foram obtidos os seguintes valores:

 ( )
 ( )

Os valores de Reynolds, , foram determinados recorrendo à seguinte equação:

( ) (7.15 – EN 1991-1.4) Eq. A.12

Em que:

 – Diâmetro do pilar ( );
 – Viscosidade cinemática do ar ( );
 ( ) – Velocidade de pico do vento;

Os valores determinados foram os seguintes:

( )

( )

137
Os valores do coeficiente de força, , podem ser determinados com recurso à figura 7.28
do EN 1991-1.4, que foi transposta para este documento (Figura A.5). Tendo em consideração
os valores obtidos anteriormente, conclui-se que os coeficientes de forma têm em ambas as
situações o seguinte valor:

Figura A.3 - Coeficiente de força de cilindros sem uma extremidade livre ao fluxo de vento

Factor de extremidade, .

A determinação do factor de extremidade foi efectuada através do §7.13 do EN 1991-1.4,


para a seguinte condição:

Figura A.4 – Modelo do pilar. Extraído da Tabela 7.16 do EN 1991-1.4

Como o comprimento dos pilares é menor que 15 metros ( ), a esbelteza


efectiva será o maior dos seguintes valores:

(Quadro 7.16 – EN 1991-1.4) Eq. A.13

A Figura 7.36 do EN 1991-1.4 permite determinar o factor de extremidade, , em função


do rácio de solidez, (que para um elemento maciço tem valor unitário) e da esbelteza já
determinada, .

138
Anexos

Figura A.5 - Valores indicativos do factor de extremidade como função do racio de solidez
e da esbelteza

O factor de extremidade tem o valor unitário, .

Coeficiente de força nos pilares

O coeficiente de força nos pilares da ponte do 1º Projecto é obtido através da equação


definida para cilindros de base circular de comprimento finito que recorre à seguinte equação:

(7.19 – EN 1991-1.4) Eq. A.14

Substituindo a equação anterior obteve-se o seguinte coeficiente de força:

Finalmente, a força do vento a actuar nos pilares foi determinada através da seguinte
equação, de acordo com §5.3:

( ) (5.3 – EN 1991-1.4) Eq. A.15

Em que:

 – Coeficiente estrutural;
 – Coeficiente de força nos pilares;
 ( ) – Pressão dinâmica de pico;
 – Área de referência dos pilares:
o , sendo que corresponde ao comprimento do elemento estrutural
considerado (pilar) e o diâmetro.

Como os vãos são inferiores a 40 metros considerou-se desnecessário uma análise


dinâmica, e por isso foi adoptado o valor de , de acordo com o §8.2.

139
Com os valores de pico de velocidade de pressão já anteriormente determinados,
considerou-se finalmente a actuação da seguinte carga distribuída nos pilares determinadas
segundo a Eq. A.15:

 h=10,0 metros:
( )
 h=14,4 metros:
( )

Cargas actuantes

Colocaram-se as cargas anteriormente definidas no modelo efectuado da forma que pode


simplificadamente ser apresentada pelo seguinte esquema:

Figura A.6 - Esquema da actuação das acções do vento do pilar mais alto do 1º caso de estudo

Este modelo de cargas actuantes não corresponde de facto ao real, pois um dos pilares
sofrerá interferência do pilar adjacente. No entanto, considerou-se que se estava no lado da
segurança se definisse que as cargas actuavam da forma representada na Figura A.6.

Aproveitando-se o modelo efectuado no software SAP2000 para a análise sísmica colocou-


se as cargas distribuídas da seguinte forma:

Figura A.7 - Cargas do vento actuantes no modelo efectuado no SAP2000

140
Anexos

Anexo 4 Combinação direccional dos esforços e deslocamentos


Os eixos dos esforços obtidos referem-se aos eixos do modelo no SAP2000, isto é, a um
eixo de coordenadas ortogonal situado na origem do desenvolvimento do eixo do viaduto. As
duas componentes direccionais (segundo o eixo e o ) dos esforços foram combinadas por
SRSS.

Em relação aos sismos, convêm ter em consideração a seguinte peculiaridade: os esforços


resultantes das duas componentes direccionais dos dois tipos de sismos foram combinados
segundo a combinação que se encontra anteriormente descrita no Capitulo 4.2.2 (ver página
22).

Em relação ao Sismo de Tipo 1, obteve-se o seguinte conjunto de esforços na base dos


pilares da estrutura:

Tabela A.7 - Combinação dos momentos flectores para a acção do Sismo de Tipo 1 na base dos
pilares

Sismo 1,X Sismo 1, Y Sismo 1,X"+"Y


Pilar
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m [kN.m]
1 221,00 1839,40 1867,98 602,14 1881,01 1935,45 2016,04
2 336,18 1952,86 3426,47 640,15 3442,92 2055,10 3497,69
3 333,93 1964,80 4992,88 645,70 5004,03 2068,18 5042,35
4 407,38 1979,08 5509,58 652,22 5524,62 2083,78 5559,88
5 872,15 1725,01 7582,12 626,93 7632,12 1835,40 7651,95
6 750,89 1938,26 4562,15 792,94 4623,53 2094,18 4666,02
7 1249,72 1738,05 4850,17 1132,25 5008,58 2074,32 5047,09
8 2511,23 1834,99 5060,50 1718,80 5649,33 2514,25 5699,46
9 2788,72 2198,11 4412,56 2052,22 5219,93 3007,21 5297,32
10 2678,16 2383,11 3941,07 2322,82 4764,93 3327,86 4868,40
11 2446,56 2392,20 3382,31 2418,00 4174,40 3401,37 4297,31
12 2174,23 2140,90 2640,77 2105,29 3420,66 3002,61 3537,28
13 1595,77 1879,04 1312,84 1081,65 2066,40 2168,12 2255,01

Em relação ao Sismo de Tipo 2, obteve-se o seguinte conjunto de esforços na base dos


pilares da estrutura:

Tabela A.8 - Combinação dos momentos flectores para a acção do Sismo de Tipo 2 na base dos
pilares

Sismo 2,X Sismo 2, Y Sismo 2,X"+"Y


Pilar
[kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m] [kN.m [kN.m]
1 149,23 2082,77 1004,56 667,33 1015,58 2187,06 2208,18
2 212,97 2211,23 1831,40 708,70 1843,74 2322,02 2386,99
3 182,28 2224,78 2653,53 713,45 2659,78 2336,38 2750,58
4 352,56 2241,02 2931,42 719,10 2952,54 2353,57 3035,79
5 876,20 1953,41 4041,42 642,08 4135,31 2056,23 4181,07
6 757,47 2193,81 2433,94 746,27 2549,08 2317,26 2642,17
7 924,95 1950,11 2600,30 812,90 2759,91 2112,76 2831,76
8 1470,84 1907,22 2720,76 1054,77 3092,88 2179,45 3161,24
9 1704,50 2169,95 2386,02 1241,39 2932,31 2499,94 3026,70
10 1803,47 2297,68 2150,43 1388,63 2806,57 2684,70 2919,85
11 1817,80 2267,36 1866,46 1430,37 2605,39 2680,84 2792,46
12 1860,33 2056,17 1502,93 1259,60 2391,57 2411,31 2515,79
13 1644,36 2048,51 858,27 824,69 1854,87 2208,29 2277,32

141
As componentes direccionais dos esforços obtidos pela acção do vento na base dos pilares
foram combinadas da seguinte forma:

Tabela A.9 - Combinação dos momentos flectores provocados pela acção do vento na base dos
pilares

Vento
Pilar
[kN.m] [kN.m [kN.m]
1 315,15 19,08 315,73
2 535,11 21,33 535,54
3 708,76 22,69 709,12
4 725,16 23,81 725,56
5 960,49 42,87 961,44
6 634,37 71,32 638,37
7 829,41 167,12 846,08
8 1041,41 332,14 1093,09
9 878,55 386,12 959,65
10 745,96 417,79 854,99
11 631,76 445,85 773,24
12 503,17 403,40 644,91
13 246,49 206,26 321,40

Em relação aos esforços motivados pelas acções de longa duração como a temperatura e a
retracção, as componentes direccionais dos esforços obtidos foram combinadas da seguinte
forma:

Tabela A.10 - Combinação dos momentos flectores provocados pela retracção e temperatura na
base dos pilares

Temperatura Retracção
Pilar
[kN.m] [kN.m [kN.m] [kN.m] [kN.m [kN.m]
1 5,05 517,02 517,05 10,17 1040,94 1040,99
2 16,95 477,77 478,07 34,12 961,91 962,52
3 55,38 382,33 386,32 111,49 769,76 777,80
4 126,52 285,97 312,71 254,72 575,76 629,58
5 226,35 154,26 273,91 455,72 310,57 551,48
6 138,31 75,61 157,62 278,46 152,22 317,35
7 129,49 35,08 134,15 260,70 70,63 270,10
8 122,09 136,20 182,91 245,81 274,22 368,27
9 35,54 244,26 246,83 71,56 491,78 496,96
10 69,76 361,20 367,87 140,46 727,21 740,65
11 172,41 471,81 502,32 347,12 949,91 1011,34
12 330,56 503,16 602,03 665,53 1013,02 1212,08
13 373,50 660,68 758,95 751,99 1330,17 1528,01

142
Anexos

Para a determinação dos deslocamentos transversos relativos entre as extremidades dos


elementos dúcteis sob a situação de dimensionamento sísmico, efectuaram-se os seguintes
cálculos:

Tabela A.11 - Determinação dos deslocamentos totais dos pilares sob a acção sísmica

(m) (m) (m) (m)


Pilar

P1 0,0556 0,0007 0,0182 0,0060 0,0585 0,0061 0,2049 0,0212


P2 0,0557 0,0013 0,0182 0,0132 0,0586 0,0133 0,2050 0,0464
P3 0,0557 0,0013 0,0183 0,0196 0,0586 0,0196 0,2053 0,0686
P4 0,0558 0,0016 0,0184 0,0220 0,0588 0,0220 0,2057 0,0771
P5 0,0559 0,0036 0,0184 0,0207 0,0589 0,0210 0,2061 0,0736
P6 0,0559 0,0070 0,0184 0,0179 0,0588 0,0192 0,2059 0,0673
P7 0,0553 0,0121 0,0181 0,0145 0,0582 0,0189 0,2038 0,0662
P8 0,0540 0,0186 0,0178 0,0144 0,0568 0,0235 0,1989 0,0822
P9 0,0518 0,0257 0,0178 0,0192 0,0548 0,0321 0,1917 0,1123
P10 0,0491 0,0323 0,0186 0,0245 0,0525 0,0405 0,1837 0,1418
P11 0,0459 0,0370 0,0188 0,0262 0,0496 0,0453 0,1735 0,1587
P12 0,0421 0,0398 0,0165 0,0235 0,0452 0,0462 0,1582 0,1617
P13 0,0381 0,0416 0,0126 0,0184 0,0401 0,0455 0,1404 0,1593

Os deslocamentos elásticos foram multiplicados por factores descrito no capítulo 4.9, que
recorde-se, acabariam por ser iguais aos coeficientes de comportamento ( e para as
respectivas direcções).

Os deslocamentos de retracção, , e de temperatura, , foram determinados


recorrendo também ao modelo, e combinados com os deslocamentos sísmicos (ver Tabela
A.11) com a combinação descrita no capítulo 4.1.

Tabela A.12 - Determinação dos deslocamentos totais dos pilares sob a combinação sísmica

(m) (m) (m)


Pilar

P1 0,0597 0,0000 0,0297 0,0000 0,2795 0,0212


P2 0,0513 0,0001 0,0255 0,0001 0,2691 0,0466
P3 0,0408 0,0004 0,0203 0,0002 0,2562 0,0691
P4 0,0303 0,0010 0,0151 0,0005 0,2435 0,0783
P5 0,0198 0,0017 0,0098 0,0009 0,2308 0,0757
P6 0,0092 0,0019 0,0046 0,0009 0,2174 0,0696
P7 0,0013 0,0006 0,0006 0,0003 0,2054 0,0669
P8 0,0113 0,0028 0,0056 0,0014 0,2130 0,0857
P9 0,0206 0,0083 0,0102 0,0041 0,2174 0,1226
P10 0,0286 0,0157 0,0142 0,0078 0,2194 0,1615
P11 0,0352 0,0249 0,0175 0,0124 0,2174 0,1898
P12 0,0400 0,0354 0,0199 0,0176 0,2081 0,2059
P13 0,0433 0,0465 0,0215 0,0231 0,1945 0,2173

143
Anexo 5 Tabelas auxiliares para determinação de armaduras

Figura A.8 - Estado limite último à flexão composta nu ma secção circular (Gomes & Vinagre,
1997)

144
Anexos

Figura A.9 - Estado limite último à flexão simples de uma secção rectangular (Gomes &
Vinagre, 1997)

145
Anexo 6 Tabelas auxiliares para verificações geotécnicas
(Formulário de Análise de Estruturas Geotécnicas (v3.1),
2007)

146
Anexos

Anexo 7 Peças desenhadas


a Fundações superficiais sem Capacity Design

147
Anexos

149
Anexos

b Fundações superficiais com Capacity Design

151
Anexos

153
Anexos

c Fundações profundas sem Capacity Design

155
Anexos

157
Anexos

d Fundações profundas com Capacity Design

159
Anexos

161
Anexos

e Fundações superficiais não dúcteis ( )

163
Anexos

165
Anexos

f Fundações profundas não dúcteis ( )

167
Anexos

169
Anexos

g Fundações superficiais não dúcteis ( )

171
Anexos

173
Anexos

h Fundações profundas não dúcteis ( )

175
Anexos

177
Anexos

i Fundações superficiais com ductilidade melhorada (RSA)

179
Anexos

181
Anexos

j Fundações profundas com ductilidade melhorada (RSA)

183
Anexos

185
Anexo 8 Mapa de quantidade de armaduras
a Fundações superficiais sem Capacity Design
Tabela A.13 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
sem Capacity Design

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 286,02 572,04
24 12 4,24 101,76
216 12 4,05 874,80
64 32 13,01 832,64
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 308,45 616,90
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,10 838,40
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 310,42 620,84
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,20 844,80
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,93 625,86
24 12 4,24 101,76
240 12 4,05 972,00
64 32 11,26 720,64
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 267,13 534,26
24 12 4,24 101,76
200 12 4,05 810,00
64 32 13,12 839,68
P6 - P6´
64 32 5,00 320,00

186
Anexos

8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 311,04 622,08
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 11,59 741,76
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 274,92 549,84
24 12 4,24 101,76
204 12 4,05 826,20
64 32 11,06 707,84
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 262,41 524,82
24 12 4,24 101,76
196 12 4,05 793,80
64 32 13,09 837,76
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 310,34 620,68
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 15,12 967,68
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 358,26 716,52
24 12 4,24 101,76
276 12 4,05 1117,80
64 32 16,21 1037,44
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 384,00 768,00
24 12 4,24 101,76
300 12 4,05 1215,00
64 32 16,26 1040,64
P12 - P12´ 64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52

187
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 385,18 770,36
24 12 4,24 101,76
300 12 4,05 1215,00
64 32 16,40 1049,60
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 388,48 776,96
24 12 4,24 101,76
304 12 4,05 1231,20
2 - Sapatas
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S1 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S2 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S3 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S4 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S5 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S6
100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232

188
Anexos

200 16 1,80 360


20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S7 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S8 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S9 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S10 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S11 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S12 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
200 20 9,40 1880
S13 100 20 15,40 1540
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
Soma por Φ 27149,04 12101,44 44460,00 0,00 15390,72
10% 2714,90 1210,14 4446,00 0,00 1539,07
Total 29863,94 13311,58 48906,00 0,00 16929,79
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 26519,18 21032,30 120797,82 0,00 106826,99
Total em Kgs de Aço A400 NR 275176,29

189
b Fundações superficiais com Capacity Design
Tabela A.14 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
com Capacity Design

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 356,24 712,48
138 12 4,24 585,12
276 12 4,05 1.117,80
64 32 13,01 832,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 378,63 757,26
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 13,10 838,40
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 380,75 761,50
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 13,20 844,80
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 383,10 766,20
150 12 4,24 636,00
300 12 4,05 1.215,00
64 32 11,26 720,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 337,39 674,78
130 12 4,24 551,20
260 12 4,05 1.053,00
P6 - P6´ 64 32 13,12 839,68

190
Anexos

64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 381,22 762,44
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 11,59 741,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 345,17 690,34
132 12 4,24 559,68
264 12 4,05 1.069,20
64 32 11,06 707,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 332,68 665,36
128 12 4,24 542,72
256 12 4,05 1.036,80
64 32 13,09 837,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 380,51 761,02
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 15,12 967,68
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 428,34 856,68
168 12 4,24 712,32
336 12 4,05 1.360,80
64 32 16,21 1.037,44
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 454,02 908,04
180 12 4,24 763,20
360 12 4,05 1.458,00

191
64 32 16,26 1.040,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P12 - P12´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 455,20 910,40
180 12 4,24 763,20
360 12 4,05 1.458,00
64 32 16,40 1.049,60
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 458,50 917,00
182 12 4,24 771,68
364 12 4,05 1.474,20
2 - Sapatas
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S1 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S2 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S3 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S4 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S5
100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00

192
Anexos

200 16 1,80 360,00


20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S6 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S7 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S8 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S9 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S10 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S11 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00
S12 100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
20 12 5,90 118,00
S13 20 12 11,90 238,00
200 25 9,40 1.880,00

193
100 25 15,40 1.540,00
20 16 11,80 236,00
40 16 5,80 232,00
200 16 1,80 360,00
Soma por Φ 39.204,70 12.101,44 0,00 44.460,00 18.718,72
10% 3.920,47 1.210,14 0,00 4.446,00 1.871,87
Total 43.125,17 13.311,58 0,00 48.906,00 20.590,59
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 38.295,15 21.032,30 0,00 188.288,10 129.926,64
Total em Kgs de Aço A400 NR 377.542,19

194
Anexos

c Fundações profundas sem Capacity Design


Tabela A.15 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações profundas
sem Capacity Design

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 286,02 572,04
24 12 4,24 101,76
216 12 4,05 874,80
64 32 13,01 832,64
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 308,45 616,90
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,10 838,40
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 310,42 620,84
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,20 844,80
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,93 625,86
24 12 4,24 101,76
240 12 4,05 972,00
64 32 11,26 720,64
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 267,13 534,26
24 12 4,24 101,76
200 12 4,05 810,00
64 32 13,12 839,68
64 32 5,00 320,00
P6 - P6´
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40

195
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 311,04 622,08
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 11,59 741,76
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 274,92 549,84
24 12 4,24 101,76
204 12 4,05 826,20
64 32 11,06 707,84
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 262,41 524,82
24 12 4,24 101,76
196 12 4,05 793,80
64 32 13,09 837,76
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 310,34 620,68
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 15,12 967,68
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 358,26 716,52
24 12 4,24 101,76
276 12 4,05 1117,80
64 32 16,21 1037,44
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 384,00 768,00
24 12 4,24 101,76
300 12 4,05 1215,00
64 32 16,26 1040,64
64 32 5,00 320,00
P12 - P12´ 8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84

196
Anexos

4 16 4,28 17,12
2 12 385,18 770,36
24 12 4,24 101,76
300 12 4,05 1215,00
64 32 16,40 1049,60
64 32 5,00 320,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 388,48 776,96
24 12 4,24 101,76
304 12 4,05 1231,20
2 - Maciço de Estacas
456 20 9,4 4286,40
M1 - M1´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M2 - M2´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M3 - M3´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M4 - M4´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M5 - M5´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M6 - M6´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M7 - M7´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M8 - M8´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M9 - M9´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M10 - M10´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M11 - M11´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M12 - M12´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M13 - M13´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
3 - Estacas
E1 - E1´ , E1´´- 8 12 236,50 1892,00
E1´´´ 112 25 12,50 1400,00

197
E2 - E2´, E2´´- 8 12 227,04 1816,32
E2´´´ 112 25 12,00 1344,00
E3 - E3´, E3´´- 8 12 255,42 2043,36
E3´´´ 112 25 13,50 1512,00
E4 - E4´, E4´´- 8 12 283,80 2270,40
E4´´´ 112 25 15,00 1680,00
E5 - E5´, E5´´- 8 12 350,02 2800,16
E5´´´ 112 25 18,50 2072,00
E6 - E6´, E6´´- 8 12 340,56 2724,48
E6´´´ 112 25 18,00 2016,00
E7 - E7´, E7´´- 8 12 321,64 2573,12
E7´´´ 112 25 17,00 1904,00
E8 - E8´, E8´´- 8 12 321,64 2573,12
E8´´´ 112 25 17,00 1904,00
E9 - E9´, E9´´- 8 12 264,88 2119,04
E9´´´ 112 25 14,00 1568,00
E10 - E10´, E10´´- 8 12 208,12 1664,96
E10´´´ 112 25 11,00 1232,00
E11 - E11´, E11´´- 8 12 198,66 1589,28
E11´´´ 112 25 10,50 1176,00
E12 - E12´ , E12´´- 8 12 198,66 1589,28
E12´´´ 112 25 10,50 1176,00
E13 - E13´, E13´´- 8 12 198,66 1589,28
E13´´´ 112 25 10,50 1176,00
4 - Lintéis de Ligação
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L1 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L2 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L3 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L4 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L5 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L6 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
L7
8 20 5,00 40,00

198
Anexos

12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L8 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L9 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L10 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L11 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L12 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L13 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
Soma por Φ 62685,24 1337,44 56243,20 20420,00 15390,72
10% 6268,52 133,74 5624,32 2042,00 1539,07
Total 68953,76 1471,18 61867,52 22462,00 16929,79
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 61230,94 2324,47 152812,77 86478,70 106826,99
Total em Kgs de Aço A400 NR 409673,88

199
d Fundações profundas com Capacity Design
Tabela A.16 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações profundas
com Capacity Design

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 356,24 712,48
138 12 4,24 585,12
276 12 4,05 1.117,80
64 32 13,01 832,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 378,63 757,26
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 13,10 838,40
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 380,75 761,50
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 13,20 844,80
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 383,10 766,20
150 12 4,24 636,00
300 12 4,05 1.215,00
64 32 11,26 720,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 337,39 674,78
130 12 4,24 551,20
260 12 4,05 1.053,00
P6 - P6´ 64 32 13,12 839,68

200
Anexos

64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 381,22 762,44
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 11,59 741,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 345,17 690,34
132 12 4,24 559,68
264 12 4,05 1.069,20
64 32 11,06 707,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 332,68 665,36
128 12 4,24 542,72
256 12 4,05 1.036,80
64 32 13,09 837,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 380,51 761,02
148 12 4,24 627,52
296 12 4,05 1.198,80
64 32 15,12 967,68
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 428,34 856,68
168 12 4,24 712,32
336 12 4,05 1.360,80
64 32 16,21 1.037,44
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 454,02 908,04
180 12 4,24 763,20
360 12 4,05 1.458,00

201
64 32 16,26 1.040,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P12 - P12´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 455,20 910,40
180 12 4,24 763,20
360 12 4,05 1.458,00
64 32 16,40 1.049,60
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 458,50 917,00
182 12 4,24 771,68
364 12 4,05 1.474,20
2 - Maciço de Estacas
592 20 8,40 4.972,80
M1 - M1´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M2 - M2´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M3 - M3´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M4 - M4´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M5 - M5´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M6 - M6´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M7 - M7´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M8 - M8´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M9 - M9´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M10 - M10´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M11 - M11´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
M12 - M12´ 592 20 8,40 4.972,80

202
Anexos

80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
592 20 8,40 4.972,80
M13 - M13´ 80 12 4,80 384,00
104 12 4,60 478,40
3 - Estacas
8 12 326,55 2.612,40
E1 - E1´ ,
88 25 12,00 1.056,00
E1´´- E1´´´
88 25 12,50 1.100,00
E2 - E2´, E2´´- 8 12 312,42 2.499,36
E2´´´ 176 25 12,00 2.112,00
8 12 354,83 2.838,64
E3 - E3´, E3´´-
88 25 12,00 1.056,00
E3´´´
88 25 13,50 1.188,00
8 12 397,24 3.177,92
E4 - E4´, E4´´-
88 25 12,00 1.056,00
E4´´´
88 25 15,00 1.320,00
8 12 496,20 3.969,60
E5 - E5´, E5´´-
88 25 12,00 1.056,00
E5´´´
88 25 18,50 1.628,00
8 12 482,06 3.856,48
E6 - E6´, E6´´-
88 25 12,00 1.056,00
E6´´´
88 25 18,00 1.584,00
8 12 453,79 3.630,32
E7 - E7´, E7´´-
88 25 12,00 1.056,00
E7´´´
88 25 17,00 1.496,00
8 12 453,79 3.630,32
E8 - E8´, E8´´-
88 25 12,00 1.056,00
E8´´´
88 25 17,00 1.496,00
8 12 368,97 2.951,76
E9 - E9´, E9´´-
88 25 12,00 1.056,00
E9´´´
88 25 14,00 1.232,00
E10 - E10´, 8 12 284,14 2.273,12
E10´´- E10´´´ 176 25 11,00 1.936,00
E11 - E11´, 8 12 270,01 2.160,08
E11´´- E11´´´ 176 25 10,50 1.848,00
E12 - E12´ , 8 12 270,01 2.160,08
E12´´- E12´´´ 176 25 10,50 1.848,00
E13 - E13´, 8 12 270,01 2.160,08
E13´´- E13´´´ 176 25 10,50 1.848,00
4 - Lintéis de Ligação
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L1 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L2 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
L3
8 20 5,00 40,00

203
12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L4 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L5 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L6 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L7 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L8 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L9 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L10 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L11 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L12 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L13 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40

204
Anexos

Soma por Φ 85.790,66 1.337,44 65.166,40 29.344,00 18.718,72


10% 8.579,07 133,74 6.516,64 2.934,40 1.871,87
Total 94.369,73 1.471,18 71.683,04 32.278,40 20.590,59
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 83.800,32 2.324,47 177.057,11 124.271,84 129.926,64
Total em Kgs de Aço A400 NR 517.380,37

205
e Fundações superficiais não dúcteis ( )
Tabela A.17 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
não dúcteis ( )

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
156 32 12,06 1.881,36
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P1 - P1´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 441,52 883,04
292 12 5,06 1.477,17
146 12 5,33 778,30
156 32 13,01 2.029,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P2 - P2´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 479,32 958,64
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 13,10 2.043,60
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P3 - P3´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 482,90 965,80
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 13,20 2.059,20
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P4 - P4´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 486,88 973,76
324 12 5,06 1.639,05
162 12 5,33 863,59
156 32 11,26 1.756,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
P5 - P5´ 8 16 4,52 36,16
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 409,68 819,36
272 12 5,06 1.375,99

206
Anexos

136 12 5,33 724,99


156 32 13,12 2.046,72
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P6 - P6´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 483,70 967,40
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 11,59 1.808,04
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P7 - P7´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 422,81 845,62
280 12 5,06 1.416,46
140 12 5,33 746,31
156 32 11,06 1.725,36
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P8 - P8´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 401,72 803,44
268 12 5,06 1.355,76
134 12 5,33 714,33
156 32 13,09 2.042,04
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P9 - P9´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 482,50 965,00
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 15,12 2.358,72
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P10 - P10´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 563,28 1.126,56
376 12 5,06 1.902,11
188 12 5,33 1.002,19
156 32 16,21 2.528,76
156 32 6,00 936,00
P11 - P11´
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16

207
8 16 4,52 36,16
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 606,66 1.213,32
404 12 5,06 2.043,76
202 12 5,33 1.076,82
156 32 16,26 2.536,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P12 - P12´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 608,65 1.217,30
404 12 5,06 2.043,76
202 12 5,33 1.076,82
156 32 16,40 2.558,40
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P13 - P13´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 614,22 1.228,44
204 12 5,06 1.032,00
408 12 5,33 2.174,97
2 - Sapatas
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S1 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S2 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S3 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
S4
40 12 12,90 516,00

208
Anexos

92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S5 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S6 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S7 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S8 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S9 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
S10 92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
92 20 16,40 1.508,80

209
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S11 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S12 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
40 12 6,90 276,00
40 12 12,90 516,00
92 25 16,40 1.508,80
172 25 10,40 1.788,80
S13 92 20 16,40 1.508,80
172 20 10,40 1.788,80
22 16 12,80 281,60
42 16 6,80 285,60
231 16 1,80 415,80
Soma por Φ 56.595,02 14.819,48 42.868,80 42.868,80 39.542,88
10% 5.659,50 1.481,95 4.286,88 4.286,88 3.954,29
Total 62.254,52 16.301,43 47.155,68 47.155,68 43.497,17
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 55.282,02 25.756,26 116.474,53 181.549,37 274.467,13
Total em Kgs de Aço A400 NR 653.529,30

210
Anexos

f Fundações profundas não dúcteis ( )


Tabela A.18 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações profundas
não dúcteis ( )

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
156 32 12,06 1.881,36
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P1 - P1´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 441,52 883,04
292 12 5,06 1.477,17
146 12 5,33 778,30
156 32 13,01 2.029,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P2 - P2´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 479,32 958,64
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 13,10 2.043,60
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P3 - P3´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 482,90 965,80
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 13,20 2.059,20
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P4 - P4´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 486,88 973,76
324 12 5,06 1.639,05
162 12 5,33 863,59
156 32 11,26 1.756,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
P5 - P5´ 8 16 4,52 36,16
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 409,68 819,36
272 12 5,06 1.375,99

211
136 12 5,33 724,99
156 32 13,12 2.046,72
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P6 - P6´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 483,70 967,40
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 11,59 1.808,04
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P7 - P7´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 422,81 845,62
280 12 5,06 1.416,46
140 12 5,33 746,31
156 32 11,06 1.725,36
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P8 - P8´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 401,72 803,44
268 12 5,06 1.355,76
134 12 5,33 714,33
156 32 13,09 2.042,04
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P9 - P9´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 482,50 965,00
320 12 5,06 1.618,82
160 12 5,33 852,93
156 32 15,12 2.358,72
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P10 - P10´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 563,28 1.126,56
376 12 5,06 1.902,11
188 12 5,33 1.002,19
156 32 16,21 2.528,76
156 32 6,00 936,00
P11 - P11´
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16

212
Anexos

8 16 4,52 36,16
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 606,66 1.213,32
404 12 5,06 2.043,76
202 12 5,33 1.076,82
156 32 16,26 2.536,56
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P12 - P12´ 8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 608,65 1.217,30
404 12 5,06 2.043,76
202 12 5,33 1.076,82
156 32 16,40 2.558,40
156 32 6,00 936,00
8 16 3,82 30,56
8 16 4,27 34,16
8 16 4,52 36,16
P13 - P13´
8 16 4,66 37,28
4 16 4,70 18,80
2 12 614,22 1.228,44
204 12 5,06 1.032,00
408 12 5,33 2.174,97
2 - Maciço de Estacas
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M1 - M1´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M2 - M2´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M3 - M3´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M4 - M4´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M5 - M5´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M6 - M6´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M7 - M7´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
M8 - M8´ 192 20 8,90 1.708,80

213
440 25 8,90 3.916,00
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M9 - M9´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M10 - M10´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M11 - M11´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M12 - M12´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
192 20 8,90 1.708,80
440 25 8,90 3.916,00
M13 - M13´
80 12 5,30 424,00
120 12 4,60 552,00
3 - Estacas
8 16 394,10 3.152,80
E1 - E1´ ,
112 32 12,00 1.344,00
E1´´- E1´´´
112 32 12,50 1.400,00
E2 - E2´, E2´´- 8 16 378,39 3.027,12
E2´´´ 224 32 12,00 2.688,00
8 16 425,52 3.404,16
E3 - E3´, E3´´-
112 32 12,00 1.344,00
E3´´´
112 32 13,50 1.512,00
8 16 472,64 3.781,12
E4 - E4´, E4´´-
112 32 12,00 1.344,00
E4´´´
112 32 15,00 1.680,00
8 16 582,59 4.660,72
E5 - E5´, E5´´-
112 32 12,00 1.344,00
E5´´´
112 32 18,50 2.072,00
8 16 566,87 4.534,96
E6 - E6´, E6´´-
112 32 12,00 1.344,00
E6´´´
112 32 18,00 2.016,00
8 16 535,47 4.283,76
E7 - E7´, E7´´-
112 32 12,00 1.344,00
E7´´´
112 32 17,00 1.904,00
8 16 535,47 4.283,76
E8 - E8´, E8´´-
112 32 12,00 1.344,00
E8´´´
112 32 17,00 1.904,00
8 16 441,22 3.529,76
E9 - E9´, E9´´-
112 32 12,00 1.344,00
E9´´´
112 32 14,00 1.568,00
E10 - E10´, 8 16 346,98 2.775,84
E10´´- E10´´´ 224 32 11,00 2.464,00
E11 - E11´, 8 16 331,27 2.650,16
E11´´- E11´´´ 224 32 10,50 2.352,00
E12 - E12´ , 8 16 331,27 2.650,16
E12´´- E12´´´ 224 32 10,50 2.352,00
E13 - E13´, 8 16 331,27 2.650,16

214
Anexos

E13´´- E13´´´ 224 32 10,50 2.352,00


4 - Lintéis de Ligação
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L1 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L2 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L3 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L4 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L5 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L6 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L7 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L8 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L9 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L10 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L11 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92

215
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L12 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
4 25 4,50 18,00
8 20 4,50 36,00
L13 12 12 4,50 54,00
8 12 5,28 42,24
8 12 4,74 37,92
Soma por Φ 60.731,10 47.424,96 22.682,40 51.142,00 76.558,88
10% 6.073,11 4.742,50 2.268,24 5.114,20 7.655,89
Total 66.804,21 52.167,46 24.950,64 56.256,20 84.214,77
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 59.322,14 82.424,58 61.628,08 216.586,37 531.395,19
Total em Kgs de Aço A400 NR 951.356,36

216
Anexos

g Fundações superficiais não dúcteis ( )


Tabela A.19 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
não dúcteis ( )

Comprimentos Totais
Ref. Qtdde Ф
Compr. L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
192 32 12,06 2315,52
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P1 - P1´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
80 12 6,13 490,50
160 12 5,49 878,88
192 32 13,01 2497,92
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P2 - P2´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 13,10 2515,20
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P3 - P3´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 13,20 2534,40
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P4 - P4´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
89 12 6,13 545,68
178 12 5,49 977,75
192 32 11,26 2161,92
192 32 6,00 1152,00
P5 - P5´ 8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54

217
8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
74 12 6,13 453,71
148 12 5,49 812,96
192 32 13,12 2519,04
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P6 - P6´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 11,59 2225,28
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P7 - P7´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
76 12 6,13 465,97
152 12 5,49 834,94
192 32 11,06 2123,52
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P8 - P8´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
72 12 6,13 441,45
144 12 5,49 790,99
192 32 13,09 2513,28
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P9 - P9´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 15,12 2903,04
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
P10 - P10´
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
8 16 4,79 38,31

218
Anexos

8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
104 12 6,13 637,64
208 12 5,49 1142,54
192 32 16,21 3112,32
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P11 - P11´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
113 12 6,13 692,83
226 12 5,49 1241,42
192 32 16,26 3121,92
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P12 - P12´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
114 12 6,13 698,96
228 12 5,49 1252,40
192 32 16,40 3148,80
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P13 - P13´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
115 12 6,13 705,09
230 12 5,49 1263,39
2 - Sapatas
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S1 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S2
320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6

219
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S3 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S4 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S5 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S6 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S7 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S8 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
S9
40 12 15,90 636

220
Anexos

53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S10 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S11 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S12 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4
40 12 7,90 316
40 12 15,90 636
53 20 19,50 1033,5
106 20 9,40 996,4
S13 320 25 19,50 6240,00
160 25 9,40 1504,00
26 16 11,80 306,8
52 16 5,80 301,6
338 16 1,80 608,4

Soma por Φ 32728,35 32832,27 26388,70 100672,00 48668,16


10% 3272,84 3283,23 2638,87 10067,20 4866,82
Total 36001,19 36115,50 29027,57 110739,20 53534,98
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 31969,05 57062,48 71698,10 426345,92 337805,70
Total em Kgs de Aço A400 NR 924881,25

221
h Fundações profundas não dúcteis ( )
Tabela A20 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
não dúcteis ( )

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
192 32 12,06 2315,52
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P1 - P1´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
80 12 6,13 490,50
160 12 5,49 878,88
192 32 13,01 2497,92
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P2 - P2´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 13,10 2515,20
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P3 - P3´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 13,20 2534,40
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P4 - P4´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
89 12 6,13 545,68
178 12 5,49 977,75
192 32 11,26 2161,92
192 32 6,00 1152,00
P5 - P5´ 8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54

222
Anexos

8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
74 12 6,13 453,71
148 12 5,49 812,96
192 32 13,12 2519,04
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P6 - P6´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 11,59 2225,28
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P7 - P7´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
76 12 6,13 465,97
152 12 5,49 834,94
192 32 11,06 2123,52
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P8 - P8´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
72 12 6,13 441,45
144 12 5,49 790,99
192 32 13,09 2513,28
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P9 - P9´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
88 12 6,13 539,55
176 12 5,49 966,77
192 32 15,12 2903,04
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
P10 - P10´
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
8 16 4,79 38,31

223
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
104 12 6,13 637,64
208 12 5,49 1142,54
192 32 16,21 3112,32
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P11 - P11´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
113 12 6,13 692,83
226 12 5,49 1241,42
192 32 16,26 3121,92
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P12 - P12´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
114 12 6,13 698,96
228 12 5,49 1252,40
192 32 16,40 3148,80
192 32 6,00 1152,00
8 16 3,57 28,58
8 16 4,23 33,82
8 16 4,57 36,54
P13 - P13´ 8 16 4,79 38,31
8 16 4,91 39,25
4 16 4,94 19,78
2 16 556,24 1112,48
115 12 6,13 705,09
230 12 5,49 1263,39
2 - Maciço de Estacas
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M1 - M1´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M2 - M2´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
M3 - M3´ 160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6

224
Anexos

48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M4 - M4´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M5 - M5´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M6 - M6´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M7 - M7´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M8 - M8´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M9 - M9´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M10 - M10´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
M11 - M11´
96 20 9,60 921,6
48 20 16,60 796,8

225
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M12 - M12´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
346 25 9,60 3321,6
160 25 16,60 2656
96 20 9,60 921,6
M13 - M13´ 48 20 16,60 796,8
20 12 5,00 100,00
20 12 13,00 260,00
130 12 4,80 624,00
3 - Estacas
8 16 316,26 2530,08
656 12 3,70 2427,20
E1 - E1´ , E1´´- E1´´´
136 32 12,50 1700,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 309,34 2474,72
E2 - E2´, E2´´- E2´´´ 640 12 3,70 2368,00
272 32 12,00 3264,00
8 12 333,56 2668,48
696 12 3,70 2575,20
E3 - E3´, E3´´- E3´´´
136 32 13,50 1836,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 361,24 2889,92
760 12 3,70 2812,00
E4 - E4´, E4´´- E4´´´
136 32 15,00 2040,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 420,06 3360,48
896 12 3,70 3315,20
E5 - E5´, E5´´- E5´´´
136 32 18,50 2516,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 413,14 3305,12
880 12 3,70 3256,00
E6 - E6´, E6´´- E6´´´
136 32 18,00 2448,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 395,84 3166,72
840 12 3,70 3108,00
E7 - E7´, E7´´- E7´´´
136 32 17,00 2312,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 395,84 3166,72
840 12 3,70 3108,00
E8 - E8´, E8´´- E8´´´
136 32 17,00 2312,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 343,94 2751,52
800 12 3,70 2960,00
E9 - E9´, E9´´- E9´´´
136 32 14,00 1904,00
136 32 12,00 1632,00
8 12 292,04 2336,32
E10 - E10´, E10´´-
600 12 3,70 2220,00
E10´´´
272 32 11,00 2992,00
E11 - E11´, E11´´- 8 12 114,80 918,40

226
Anexos

E11´´´ 576 12 3,70 2131,20


272 32 10,50 2856,00
8 12 114,80 918,40
E12 - E12´ , E12´´-
576 12 3,70 2131,20
E12´´´
272 32 10,50 2856,00
8 12 114,80 918,40
E13 - E13´, E13´´-
576 12 3,70 2131,20
E13´´´
272 32 10,50 2856,00

Soma por Φ 99092,83 17013,87 22339,20 77708,80 93616,16


10% 9909,28 1701,39 2233,92 7770,88 9361,62
Total 109002,11 18715,26 24573,12 85479,68 102977,78
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 96793,88 29570,11 60695,61 329096,77 649789,77
Total em Kgs de Aço A400 NR 1165946,12

227
i Fundações superficiais com ductilidade melhorada (RSA)
Tabela A.21 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações superficiais
com ductilidade melhorada (RSA)

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 297,50 595,00
24 12 4,24 101,76
224 12 4,05 907,20
64 32 13,01 832,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,42 624,83
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,10 838,40
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,43 624,86
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,20 844,80
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 315,40 630,80
24 12 4,24 101,76
240 12 4,05 972,00
64 32 11,26 720,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 284,94 569,88
24 12 4,24 101,76
212 12 4,05 858,60
64 32 13,12 839,68
64 32 9,00 576,00
P6 - P6´ 8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84

228
Anexos

4 16 4,28 17,12
2 12 314,14 628,28
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 11,59 741,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 289,80 579,60
24 12 4,24 101,76
216 12 4,05 874,80
64 32 11,06 707,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 281,80 563,60
24 12 4,24 101,76
208 12 4,05 842,40
64 32 13,09 837,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 313,67 627,34
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 15,12 967,68
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 345,54 691,08
24 12 4,24 101,76
264 12 4,05 1069,20
64 32 16,21 1037,44
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 362,66 725,32
24 12 4,24 101,76
280 12 4,05 1134,00
64 32 16,26 1040,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P12 - P12´
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 363,44 726,88
24 12 4,24 101,76

229
280 12 4,05 1134,00
64 32 16,40 1049,60
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 365,64 731,28
24 12 4,24 101,76
280 12 4,05 1134,00
2 - Sapatas
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S1 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S2 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S3 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S4 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S5 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S6 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
S7
120 20 15,40 1128
120 16 9,40 1848

230
Anexos

20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S8 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S9 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S10 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S11 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S12 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
20 12 5,90 118
20 12 11,90 238
120 20 15,40 1128
S13 120 16 9,40 1848
20 16 11,80 236
40 16 5,80 232
200 16 1,80 360
Soma por Φ 27019,04 36125,44 14664,00 0,00 18718,72
10% 2701,90 3612,54 1466,40 0,00 1871,87
Total 29720,94 39737,98 16130,40 0,00 20590,59
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 26392,20 62786,01 39842,09 0,00 129926,64
Total em Kgs de Aço A400 NR 258946,93

231
j Fundações profundas com ductilidade melhorada (RSA)
Tabela A.22 - Mapa de quantidade de armaduras do caso de estudo com fundações profundas
com ductilidade melhorada (RSA)

Compr. Comprimentos Totais


Ref. Qtdade Ф
L Ф12 Ф16 Ф20 Ф25 Ф32
1 - Pilares
64 32 12,06 771,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P1 - P1´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 297,50 595,00
24 12 4,24 101,76
224 12 4,05 907,20
64 32 13,01 832,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P2 - P2´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,42 624,83
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,10 838,40
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P3 - P3´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 312,43 624,86
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 13,20 844,80
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P4 - P4´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 315,40 630,80
24 12 4,24 101,76
240 12 4,05 972,00
64 32 11,26 720,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P5 - P5´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 284,94 569,88
24 12 4,24 101,76
212 12 4,05 858,60
64 32 13,12 839,68
64 32 9,00 576,00
P6 - P6´ 8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
8 16 4,23 33,84

232
Anexos

4 16 4,28 17,12
2 12 314,14 628,28
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 11,59 741,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P7 - P7´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 289,80 579,60
24 12 4,24 101,76
216 12 4,05 874,80
64 32 11,06 707,84
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P8 - P8´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 281,80 563,60
24 12 4,24 101,76
208 12 4,05 842,40
64 32 13,09 837,76
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P9 - P9´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 313,67 627,34
24 12 4,24 101,76
236 12 4,05 955,80
64 32 15,12 967,68
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P10 - P10´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 345,54 691,08
24 12 4,24 101,76
264 12 4,05 1069,20
64 32 16,21 1037,44
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P11 - P11´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 362,66 725,32
24 12 4,24 101,76
280 12 4,05 1134,00
64 32 16,26 1040,64
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P12 - P12´
8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 363,44 726,88
24 12 4,24 101,76

233
280 12 4,05 1134,00
64 32 16,40 1049,60
64 32 9,00 576,00
8 16 2,44 19,52
8 16 4,05 32,40
P13 - P13´ 8 16 4,23 33,84
4 16 4,28 17,12
2 12 365,64 731,28
24 12 4,24 101,76
280 12 4,05 1134,00
2 - Maciço de Estacas
456 20 9,4 4286,40
M1 - M1´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M2 - M2´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M3 - M3´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M4 - M4´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M5 - M5´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M6 - M6´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M7 - M7´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M8 - M8´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M9 - M9´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M10 - M10´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M11 - M11´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M12 - M12´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
456 20 9,4 4286,40
M13 - M13´ 96 12 4,60 441,60
80 12 4,90 392,00
3 - Estacas
E1 - E1´ , E1´´- 8 12 239,58 1916,62
E1´´´ 112 25 12,50 1400,00
E2 - E2´, E2´´- 8 12 230,15 1841,22
E2´´´ 112 25 12,00 1344,00
E3 - E3´, E3´´- 8 12 258,43 2067,42
E3´´´ 112 25 13,50 1512,00

234
Anexos

E4 - E4´, E4´´- 8 12 286,70 2293,61


E4´´´ 112 25 15,00 1680,00
E5 - E5´, E5´´- 8 12 352,68 2821,40
E5´´´ 112 25 18,50 2072,00
E6 - E6´, E6´´- 8 12 343,25 2746,00
E6´´´ 112 25 18,00 2016,00
E7 - E7´, E7´´- 8 12 324,40 2595,21
E7´´´ 112 25 17,00 1904,00
E8 - E8´, E8´´- 8 12 324,40 2595,21
E8´´´ 112 25 17,00 1904,00
E9 - E9´, E9´´- 8 12 267,85 2142,82
E9´´´ 112 25 14,00 1568,00
E10 - E10´, 8 12 211,30 1690,43
E10´´- E10´´´ 112 25 11,00 1232,00
E11 - E11´, 8 12 201,88 1615,03
E11´´- E11´´´ 112 25 10,50 1176,00
E12 - E12´ , 8 12 201,88 1615,03
E12´´- E12´´´ 112 25 10,50 1176,00
E13 - E13´, 8 12 201,88 1615,03
E13´´- E13´´´ 112 25 10,50 1176,00
4 - Lintéis de Ligação
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L1 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L2 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L3 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L4 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L5 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L6 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L7 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
L8 4 25 5,00 20,00

235
8 20 5,00 40,00
12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L9 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L10 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L11 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L12 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
4 25 5,00 20,00
8 20 5,00 40,00
L13 12 12 5,00 60,00
10 12 5,28 52,80
10 12 4,74 47,40
Soma por Φ 62865,47 1337,44 56243,20 20420,00 18718,72
10% 6286,55 133,74 5624,32 2042,00 1871,87
Total 69152,02 1471,18 61867,52 22462,00 20590,59
Peso/m 0,89 1,58 2,47 3,85 6,31
Sub-total 61406,99 2324,47 152812,77 86478,70 129926,64
Total em Kgs de Aço A400 NR 432949,57

236
Anexos

Anexo 9 Mapa de Medições


Tabela A.23 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais sem Capacity Design

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza
para execução de fundações, incluindo abertura
artº 1 de acessos, entivação, esgotos, elevação, m3 4.867,20 62,86 305.952,19 €
transporte e arrumação dos produtos
escavados.

Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e


artº 2 previamente regadas, incluindo transporte e m 2.995,20 4,04 12.100,61 €
colocação.
artº 3 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 1.872,00 21,86 40.921,92 €
artº 4 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72 €
artº 5 Aço A400 NR em armaduras. kg 550.352,59 1,05 577.870,21 €

Betão com 200 kg de cimento por m3,em


artº 6 m3 187,20 66,25 12.402,00 €
selagem e regularização de fundações.

artº 7 Betão C20/25, em fundações. m3 3.744,00 82,50 308.880,00 €


artº 8 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48 €

Total 1.530.663,14 €

Tabela A.24 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas sem Capacity Design

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza
para execução de fundações, incluindo
artº 1 abertura de acessos, entivação, esgotos, m3 4.021,68 62,86 252.802,80 €
elevação, transporte e arrumação dos
produtos escavados.
Execução de estacas verticais de 1,00 m de
artº 2 m 2.464,00 227,03 559.401,92 €
diâmetro.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 3 previamente regadas, incluindo transporte e m3 1.135,27 4,04 4.586,49 €
colocação.
artº 4 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.199,60 21,86 48.083,26 €
artº 5 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72 €
artº 6 Aço A400 NR em armaduras. kg 819.347,75 1,05 860.315,14 €

Betão com 200 kg de cimento por m3,em


artº 7 m3 117,72 66,25 7.798,93 €
selagem e regularização de fundações.

artº 8 Betão C20/25, em fundações. m3 2.681,12 82,50 221.192,40 €


artº 9 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48 €

Total 2.226.717,14 €

237
Tabela A. 25 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com Capacity Design

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de
artº 1 m3 4.867,20 62,86 305.952,19 €
acessos, entivação, esgotos, elevação, transporte
e arrumação dos produtos escavados.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 2 previamente regadas, incluindo transporte e m 2.995,20 4,04 12.100,61 €
colocação.

artº 3 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 1.872,00 21,86 40.921,92 €

artº 4 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72 €

artº 5 Aço A400 NR em armaduras. kg 755.084,38 1,05 792.838,60 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em


artº 6 m3 187,20 66,25 12.402,00 €
selagem e regularização de fundações.

artº 7 Betão C20/25, em fundações. m3 3.744,00 82,50 308.880,00 €

artº 8 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48 €

Total 1.745.631,52 €

Tabela A. 26 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com Capacity Design

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza
para execução de fundações, incluindo
artº 1 abertura de acessos, entivação, esgotos, m3 4.021,68 62,86 252.802,80
elevação, transporte e arrumação dos
produtos escavados.
Execução de estacas verticais de 1,00 m de
artº 2 m 2.464,00 227,03 559.401,92
diâmetro.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 3 previamente regadas, incluindo transporte e m3 1.135,27 4,04 4.586,49
colocação.
artº 4 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.199,60 21,86 48.083,26

artº 5 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72

artº 6 Aço A400 NR em armaduras. kg 1.034.760,74 1,05 1.086.498,78


Betão com 200 kg de cimento por m3, em
artº 7 m3 117,72 66,25 7.798,93
selagem e regularização de fundações.
artº 8 Betão C20/25, em fundações. m3 2.681,12 82,50 221.192,40
artº 9 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48

Total 2.452.900,79 €

238
Anexos

Tabela A.27 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com ductilidade limitada

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de
artº 1 m3 6.151,60 62,86 386.689,58 €
acessos, entivação, esgotos, elevação, transporte e
arrumação dos produtos escavados.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 2 previamente regadas, incluindo transporte e m 3.785,60 4,04 15.293,82 €
colocação.
artº 3 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.080,00 21,86 45.468,80 €
artº 4 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.756,84 53,88 202.418,54 €
artº 5 Aço A400 NR em armaduras. kg 1.307.058,60 1,05 1.372.411,53 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em selagem e


artº 6 m3 236,60 66,25 15.674,75 €
regularização de fundações.

artº 7 Betão C20/25, em fundações. m3 4.732,00 82,50 390.390,00 €


artº 8 Betão C30/37, em pilares. m3 1.878,42 92,00 172.814,64 €

Total 2.601.161,66 €

Tabela A.28 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com ductilidade limitada

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de
artº 1 m3 4.168,22 62,86 262.014,06 €
acessos, entivação, esgotos, elevação, transporte e
arrumação dos produtos escavados.

Execução de estacas verticais de 1,10 m de


artº 2 m 2.464,00 250,60 617.475,94 €
diâmetro.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 3 previamente regadas, incluindo transporte e m3 2.534,90 4,04 10.240,98 €
colocação.

artº 4 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.438,80 21,86 53.312,17 €

artº 5 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.756,84 53,88 202.418,54 €


artº 6 Aço A400 NR em armaduras. kg 1.902.712,71 1,05 1.997.848,35 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em selagem


artº 7 m3 160,32 66,25 10.620,94 €
e regularização de fundações.

artº 8 Betão C20/25, em fundações. m3 3.206,32 82,50 264.521,40 €


artº 9 Betão C30/37, em pilares. m4 1.878,42 92,00 172.814,64 €

Total 3.591.267,01 €

239
Tabela A.29 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com dimensionamento
elástico

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de
artº 1 m3 8.652,80 62,86 543.915,01 €
acessos, entivação, esgotos, elevação, transporte
e arrumação dos produtos escavados.

Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e


artº 2 previamente regadas, incluindo transporte e m 1.996,80 4,04 8.067,07 €
colocação.
artº 3 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.496,00 21,86 54.562,56 €
artº 4 Moldes para betão à vista em pilares. m2 4.320,37 53,88 232.781,45 €
artº 5 Aço A400 NR em armaduras. kg 1.849.762,51 1,05 1.942.250,63 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em selagem


artº 6 m3 332,80 66,25 22.048,00 €
e regularização de fundações.

artº 7 Betão C20/25, em fundações. m3 6.656,00 82,50 549.120,00 €


artº 8 Betão C30/37, em pilares. m4 2.484,21 92,00 228.547,32 €

Total 3.581.292,05 €

Tabela A.30 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com dimensionamento
elástico

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de acessos,
artº 1 m3 6.084,00 62,86 382.440,24 €
entivação, esgotos, elevação, transporte e arrumação
dos produtos escavados.

artº 2 Execução de estacas verticais de 1,20 m de diâmetro. m 2464,00 274,17 675.554,88 €

Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e


artº 3 m3 1.811,95 4,04 7.320,28 €
previamente regadas, incluindo transporte e colocação.

artº 4 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 1.976,00 21,86 43.195,36 €

artº 5 Moldes para betão à vista em pilares. m2 4.320,37 53,88 232.781,45 €

artº 6 Aço A400 NR em armaduras. kg 2.331.892,25 1,05 2.448.486,86 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em selagem e


artº 7 m3 179,28 66,25 11.877,30 €
regularização de fundações.

artº 8 Betão C20/25, em fundações. m3 6.842,72 82,50 564.524,24 €


artº 9 Betão C30/37, em pilares. m4 2.484,21 92,00 228.547,32 €

Total 4.594.727,93 €

240
Anexos

Tabela A.31 - Mapa de medições dos pilares + fundações superficiais com ductilidade
melhorada (RSA)

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza
para execução de fundações, incluindo
artº 1 abertura de acessos, entivação, esgotos, m3 4.867,20 62,86 305.952,19 €
elevação, transporte e arrumação dos
produtos escavados.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 2 previamente regadas, incluindo transporte e m 1.872,00 4,04 7.562,88 €
colocação.
artº 3 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 1.872,00 21,86 40.921,92 €
artº 4 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72 €
artº 5 Aço A400 NR em armaduras. kg 517.893,87 1,05 543.788,56 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em


artº 6 m3 187,20 66,25 12.402,00 €
selagem e regularização de fundações.

artº 7 Betão C20/25, em fundações. m3 3.744,00 82,50 308.880,00 €


artº 8 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48 €

Total 1.492.043,76 €

Tabela A.32 - Mapa de medições dos pilares + fundações profundas com ductilidade melhorada
(RSA)

Preço
Item Descrição Unid. Quantidades Importância
Unitário
Escavação em terreno de qualquer natureza para
execução de fundações, incluindo abertura de
artº 1 m3 3.485,46 62,86 219.095,76 €
acessos, entivação, esgotos, elevação, transporte e
arrumação dos produtos escavados.

Execução de estacas verticais de 1,00 m de


artº 2 m 2.464,00 227,03 559.401,92 €
diâmetro.
Aterro em camadas de 0,20 m compactadas e
artº 3 previamente regadas, incluindo transporte e m3 804,34 4,04 3.249,52 €
colocação.

artº 4 Moldes para betão não à vista em fundações. m2 2.199,60 21,86 48.083,26 €

artº 5 Moldes para betão à vista em pilares. m2 3.005,47 53,88 161.934,72 €

artº 6 Aço A400 NR em armaduras. kg 865.899,15 1,05 909.194,11 €

Betão com 200 kg de cimento por m3, em selagem e


artº 7 m3 117,72 66,25 7.798,93 €
regularização de fundações.

artº 8 Betão C20/25, em fundações. m3 2.681,12 82,50 221.192,40 €


artº 9 Betão C30/37, em pilares. m4 1.202,19 92,00 110.601,48 €

Total 2.240.552,10 €

241

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