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O cuidado com que fora montado o “dispositivo” podia ser melhor percebido
quando se olhava para os generais que certamente estariam conspirando.
Podia-se temer a capacidade de articulação do general Oswaldo Cordeiro de
Farias. (p.53)
discurso de Jango : “Não admitirei o golpe dos reacionários. O golpe que nós
desejamos é o golpe das reformas de base, tão necessárias ao nosso país.
Não queremos o Congresso fechado. Ao contrário, queremos o Congresso
aberto. Queremos apenas que os congressistas sejam sensíveis às mínimas
rei vindicações populares.”
Para
prevalecer no quadro que radicalizara, Jango precisaria golpear o
Congresso, intervir nos governos de Minas Gerais, São Paulo e
Guanabara, expurgar uma parte da oficialidade das Forças Armadas,
censurar a imprensa, amparar-se no “dispositivo”, na sargentada e na
máquina sindical filocomunista. Tratava-se de buscar tamanha
mudança no poder que, em última análise, durante o dia 31 de março
tanto o governo (pela esquerda) como os insurretos (pela direita)
precisavam atropelar as instituições republicanas. (p86)