Tema 1. Geologia 10ºano

Geologia 10ºAno
Tema1. A Geologia, os geólogos e os seus

métodos
1. A Terra e os seus subsistemas em Interação
1.1. Subsistemas Terrestres
Sistema: Qualquer porção do Universo, constituída por massa e energia, com

diferentes componentes em interação de um modo organizado. Neste contexto,
podemos considerar a Terra um sistema.
Quais as características do sistema Terra?
Temos vários tipos de sistemas:
 Sistema isolado – não existe troca de matéria nem de energia

através das suas fronteiras. Na Natureza não existem sistemas
completamente isolados.
 Sistema fechado – existe troca de energia através dos seus limites,

mas não há troca de matéria. A Terra é um sistema fechado pois não
existe troca de matéria com o exterior.
 Sistema aberto – ocorre intercâmbio de energia e de matéria através

das respetivas fronteiras.
Subsistemas terrestres:
No sistema Terra podem considerar-se 4 subsistemas: Hidrosfera, Atmosfera,

Geosfera e Biosfera.
 Hidrosfera: constituída pelos reservatórios de água no estado liquido

que existem na Terra: oceanos, lagos, rios…
 Atmosfera: constituída por gases dispostos em camadas.
 Biosfera: constituída pelo conjunto de seres vivos que povoam a Terra

integrados nos seus respetivos meios abióticos.
TEMA 1: APONTAMENTOS DE GEOLOGIA 10º ANO | Sílvia Couto Ribeira 2019
Geologia 10ºAno
 Geosfera: constituída pela parte sólida da Terra como as rochas e

minerais.
1.1. Interação de subsistemas
2. As Rochas, arquivos que relatam a história da

Terra
2.1. Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares formam-se à superfície, ou na proximidade, a

partir de rochas preexistentes, sendo as mais comuns à superfície da Terra
como as rochas magmáticas e metamórficas que, devido à sua transformação,
se podem então tornar sedimentares. Neste ambiente sofrem um ciclo de
transformações chamado de sedimentógenese, que integra vários processos:
meteorização, erosão, transporte, deposição ou sedimentação e diagénese.
1. Meteorização ou alteração da rocha:
Meteorização química: consiste na alteração mineralógica da rocha

principalmente pelas reações químicas com a água.
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Meteorização física: consiste na fragmentação da rocha com o aumento

da superfície a ser meteorizada.
2. Erosão: Remoção dos detritos rochosos por ação dos agentes erosivos
(água, vento, seres vivos).
3. Transporte: Deslocação dos detritos desde o local de origem ate ao local de

depósito e acumulação.
4. Sedimentação: Os sedimentos depositam-se uns em cima dos outros,

formando várias camadas ou estratos.
5. Diagénese: Conjunto de processos que transforma os sedimentos soltos

numa rocha detrítica consolidada. Envolve três etapas: Compactação,
desidratação e cimentação.

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2.2. Rochas Magmáticas e Metamórficas

2.2.1.Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas são formadas a partir do magma (mistura
silicatada, proveniente da astenosfera, provida de mobilidade (estado
"pastoso", nem sólido nem líquido). Tem na sua constituição gases e está a
altas temperaturas.
O magma é menos denso que as rochas e se encontrar uma abertura pelas

rochas envolventes, ascende. Ao deslocar-se para a superfície encontra
temperaturas mais baixas e vai arrefecer, ao longo do tempo, acaba por
consolidar.
Consoante o local na litosfera onde consolidam as rochas magmáticas vão

apresentar texturas diferentes e classificam-se em vulcânicas ou rochas
extrusivas e rochas plutónicas ou intrusivas.
 Vulcânicas ou Extrusivas: rochas formadas à superfície pelo

arrefecimento rápido do magma. Os minerais têm pouco tempo para
cristalizar e têm pequenas dimensões, invisíveis a olho nu, com textura
vítrea ou hemicristalina Ex.
Basalto e Riólito
 Plutónicas ou Intrusivas:
rochas formadas em
profundidade, em condições
de pressão e temperatura
elevadas, pelo arrefecimento
lento do magma. Os minerais apresentam-se muito desenvolvidos e
visíveis a olho nu, com textura holocristalina. Ex. granito e o gabro
1.1.1.Rochas Metamórficas
Qualquer rocha existente na litosfera, seja magmática, sedimentar ou
metamórfica, pode ser sujeita ao metamorfismo.

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Metamorfismo: Conjunto de alterações que as rochas que já existem

sofrem, na sua estrutura quando sujeitas a condições de pressão e
temperatura superiores às que estiveram na base da sua formação.
Fatores do Metamorfismo
Os fatores de metamorfismo são:
1. Temperatura: A temperatura aumenta com a profundidade e com a

proximidade ao magma.
2. Pressão: A pressão é devida aos materiais que lá estão e à colisão das

placas tectónicas (forças compressivas);
3. Fluídos: Os fluídos de circulação desempenham uma ação química. O

principal fluído é a água, que reage com os minerais presentes nas
rochas e altera-os.
4. Tempo: Todos os fenómenos relacionados com o metamorfismo ocorrem

ao longo de grandes períodos de tempo.
Tipos de Metamorfismo
1. Metamorfismo Regional
As rochas de metamorfismo regional formam-se em baciais de

sedimentação, zonas de grandes extensões
(regiões).
Com o aumento da profundidade, a erosão

continua e novos materiais serão depositados na
bacia de sedimentação. Com o peso dos materiais a
bacia afunda e atinge condições de temperatura e
pressão média, formando-se uma rocha
metamórfica. São exemplos de metamorfismo regional o Xisto e a Gnaisse.

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2. Metamorfismo de Contacto
Como o nome indica este tipo de metamorfismo forma-se por contacto. A

câmara magmática ao instalar-se nas rochas, por esta conter magma que se
encontra a temperaturas elevadas, irá transformar as rochas onde a câmara se
encaixa, formando auréolas de metamorfismo. Quanto mais próximo da câmara
magmática maior é o grau de metamorfismo.
Chamam-se a estas rochas que sofrem um cozimento, sem mudarem de

estado e por ação da temperatura, da pressão e dos fluidos circulantes,
CORNEANAS. O termo corneana, agora referido, era inicialmente utilizado
para todas as rochas formadas por metamorfismo de contacto de formações
argilosas com formações ígneas, mas atualmente é a designação geral que
abrange a maior parte das rochas de metamorfismo de contacto.
O mármore é um bom exemplo de rocha formada por este processo. O

mármore tem origem no calcário, que foi recristalizado por contacto com uma
intrusão magmática. As duas rochas são constituídas por calcite, como se pode
constatar com o teste da reação com os ácidos. O calcário formou-se por
precipitação e o mármore por recristalização do calcário.
3. Metamorfismo de Impacto
Um outro tipo de metamorfismo é o de impacto, resulta em pressões e

temperaturas muito altas (superiores às da superfície) num curto intervalo de
tempo o que leva a vaporização e pode haver fusão tanto das rochas terrestres
quanto de meteoritos. As rochas da cratera de impacto sofrem um cozimento,
originando o metamorfismo de impacto.

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2.2.3
Classificação e Identificação das Rochas Sedimentares
Rochas detríticas: São formadas a partir de

fragmentos de outras rochas ou de minerais.
Rochas quimiogénicas: Estas rochas

formam-se por precipitação de substâncias
dissolvidas na água.
Rochas biogénicas: As rochas biogénicas resultam da acumulação de restos

de seres vivos ou produtos da sua atividade.

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Ambientes Sedimentares
1.1. Ciclo das Rochas

O ciclo das rochas é o processo de transformação das rochas, que
mudam a sua composição mineralógica e propiciam a existência dos seus três
principais tipos: magmáticas (formam-se à superfície ou em profundidade),
metamórficas (formam-se em profundidade) e sedimentares (formam-se à
superfície) .
A existência desse ciclo evidencia o caráter dinâmico da litosfera
terrestre. Caso o ciclo não existisse, a litosfera terrestre seria composta apenas
por rochas magmáticas, pois elas são oriundas da solidificação do magma, o
que faria com que os geólogos tivessem que realizar outra forma de
classificação.
Por esse motivo, podemos compreender que os demais tipos só podem

existir a partir da transformação de tipos rochosos preexistentes.
Para compreender o ciclo das rochas, é preciso primeiro entender como
cada tipo se origina.
Rochas magmáticas: essas rochas surgem do processo de

resfriamento e solidificação do magma (cristalização).

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Rochas metamórficas: quando rochas preexistentes passam por uma

alteração na sua estrutura em virtude da elevação ou diminuição das condições
de temperatura e pressão (metamorfismo), surgem as rochas metamórficas.
Rochas sedimentares: surgem a partir da compressão e junção de

camadas de sedimentos, que se originam da fragmentação (ou sedimentação)
de outros tipos de rochas preexistentes. Após a sedimentação dessas rochas,
ocorre os processos de transporte e deposição que, após milhares de anos,
dão origem às rochas sedimentares.
Assim, após compreender como cada tipo de rocha surge, basta

relacionar as suas origens com as suas transformações. A única ressalva a ser
considerada é a de que as rochas sedimentares não podem transformar-se em
magma sem, antes, serem transformadas em rochas metamórficas. Isso ocorre
porque, ao serem submetidas a elevadas pressões, primeiros elas passam pelo
metamorfismo antes de derreterem e virarem magma.
2. A Medida do tempo e a Idade da Terra

2.1. Idade Relativa e Idade Radiométrica
Fósseis: restos de seres vivos ou vestígios da sua atividade que ficaram
preservados nas rochas e que viveram há muitos anos.
Somatofósseis: São restos de Icnofósseis: São os vestígios propriamente

seres vivos propriamente ditos ditos (Marcas, Alimentação – através da
(ossos, dentes, conchas, análise de coprólitos – fezes fossilizadas;
carapaças, etc) Reprodução- ovos; Locomoção – pegadas)
Datação Relativa
A datação relativa é feita por: Fósseis ou por princípios geocronológicos.

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Princípios geocronológicos
1. Princípio da Sobreposição de Estratos:
Nicolau Sten deduziu que os sedimentos se dispõem em estratos e que os

mais recentes de depositam sobre os mais antigos – Princípio da
Sobreposição de Estratos.
No entanto, este princípio só pode

ser aplicado se a ordem natural
não foi alterada, por exemplo, por
sismos.
Através da comparação com outras rochas ou estratos. Estratos com os

mesmos fósseis têm então a mesma idade.
2. Princípio da Identidade Palentológica
Conhecendo-se a idade geológica de

formação de um fóssil com estas
características, sabe-se que qualquer
fóssil deste ser vivo terá sido formado
no mesmo período.
Assim, estes fósseis permitem datar por

relatividade as rochas que os contêm, e
assumir que as condições de formação seriam semelhantes.
3. Princípio da Horizontalidade
A deposição inicial de sedimentos é sempre horizontal sendo, qualquer

inclinação produzida por deslocamentos posteriores.
4. Principio da Intersecção
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Admite que a cada estrutura geológica que interseta outra é mais recente
do que ela.
5. Principio das Causas Atuais ou Atualismo
A) Afirma que os fenómenos geológicos existentes na atualidade são

idênticos dos que ocorreram no passado e também que os
acontecimentos geológicos do passado
B) Explicam-se através dos mesmos processos naturais que se observam

na atualidade.
C) O presente é a chave do passado
Datação Relativa e descoberta da radioatividade

A datação relativa não conseguiu satisfazer todos aqueles que se
questionam sobre a idade de diferentes acontecimentos. Com a descoberta da
radioatividade em 1896, pelo francês Henri Becquerel descobriu-se que os
átomos podem apresentar-se de três formas distintas:
 Com igual número de protões e de neutrões, forma mais abundante
 Com diferente número de protões e de neutrões, mas estável;
 Com diferente número de protões e de neutrões: isótopo instável

estando em constante transformação.
As formas instáveis dos elementos químicos são designadas isótopos

radioativos. Os isótopos instáveis podem formar-se naturalmente ou
podem ser formados através de tratamentos laboratoriais e interessam
para serem utilizados em técnicas de datação absoluta.
Datação Absoluta

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A datação absoluta ou radiométrica consiste na determinação da idade, em
milhões de anos (M.a) através de cálculos e utilizando materiais informáticos
muito avançados.
A Datação das rochas associada à presença de fósseis permitiu a
elaboração de um calendário, que divide a história da Terra em Eras e as
Eras em Períodos.
1.1. Memória dos tempos geológicos

A história da Terra é uma história muito longa e, grande parte dela,
encontra-se escrita nas rochas. São muitos e variados os acontecimentos que
marcam a história da Terra:
 Períodos de Intensa e Contínua atividade vulcânica: registada pela

extensa escoada de lava em alguns locais e assim libertarem para a atmosfera
grandes quantidades de gases e poeiras, criando más condições atmosféricas
na Terra;
 Períodos de aquecimento ou arrefecimento global: o aquecimento

global é registado pelo aparecimento de espécies vegetais com características
tropicais em zonas que não têm esse clima. O arrefecimento global conduz, por
exemplo, ao aparecimento de glaciares que deixam a sua marca em latitudes
mais baixas.
 Períodos mais ou menos prolongados de subida ou descida do

nível do mar: Durante este período, a área de superfície terrestre coberta por
água sofre as maiores variações.
 Impacto da Terra com corpos vindos do espaço: Asteroides,

cometas, etc… são comprovados pela existência de crateras.

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As Eras Geológicas
Dividiu-se o tempo geológico em quatro eras: Pré-Câmbrico, Paleozoica,

Mesozoica e Cenozoica. Estas divisões estão, geralmente, delimitadas por
eventos marcantes, como as extinções em massa.
Pré-Câmbrico (de 4600 M.a a 541 M.a)
 Formação da Atmosfera Primitiva;
 Formação dos Oceanos Primitivos;
 Primeiros seres vivos unicelurares (Bactérias);
 Primeiros seres vivos pluricelulares e seres fotossintéticos
 Inicio da produção do oxigénio

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 Primeiros fósseis: Fósseis de Ediacara e Estromatólitos.
Fósseis de Ediacara Fósseis de Estromatólitos
Era Paleozoica (de 541 M.a a 252 M.a)
 Fósseis: Considerada a Era das Trilobites;
 Formação da camada do Ozono;
 Aparecimento dos primeiros peixes e anfíbios;
 No final desta era, deu-se a maior extensão em massa. Extinguiram-se

60% do total das espécies existentes, incluindo as trilobites, devido à
congelação da água os animais marinhos daquela altura
extinguiram-se.
Era Mesozoica (de 252 M.a a 66 M.a)
 Fósseis: Considerada a era das Amonites e dos dinossauros;
 As plantas com flor surgiram no final desta Era;
 No final desta era, com queda de meteoritos e grandes erupções

vulcânicas.
Era Cenozoica (de 66 M.a. até à atualidade)
 Considerada a era dos mamíferos e das aves.
 Aparecimento dos primeiros Humanos (Período quaternário).

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 Fósseis: Mamutes.
1. A Terra – um planeta em mudança

1.1. Princípios básicos do raciocínio lógico
Geologia: Ciência que estuda a Terra desde a sua origem até à atualidade.
O presente é a chave do passado o atualismo geológico

 Catastrofismo - as grandes alterações da Terra foram originadas por
catástrofes.
Esta teoria enraizada nas crenças religiosas dominou nos séculos XVII e
XVIII e rejeitada no século XIX.
Georges Cuvier (1769 -1832), pai da

paleontologia, foi um acérrimo defensor desta
teoria.
Cuvier, explicava que as grandes

extinções teriam ocorrido por catástrofes que
ocorreriam na Terra com alguma
regularidade, a última teria coincido com o
dilúvio descrito na Bíblia, o que se seguia um
período de calmia e as espécies extintas
eram substituídas por outras espécies que
viriam de locais não afetados pelas
catástrofes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Cuvier
 Uniformitarismo - as alterações da Terra são um somatório de pequenas

alterações originadas por processos lentos naturais. As catástrofes naturais são
vistas como fenómenos pontuais sendo incapazes de provocar as alterações
na Terra.

Geologia 10ºAno
James Hutton (1726 -1797), pai da geologia

moderna, foi um defensor desta teoria. Segundo
ele, as montanhas terão sofrido desgaste dos
agentes erosivos ao longo de um grande
período de tempo e que as transformações
geológicas poderiam ser explicadas à luz do
que acontece na atualidade (princípio do
atualismo).
Hutton reconheceu que alguns fenómenos

catastróficos poderiam ter influenciado a história
da Terra.
Ideias fundamentais de Hutton:
 As leis naturais são constantes no tempo e no espaço;
 O passado pode ser explicado com base no que se observa hoje. Este
principio designa-se Principio do Atualismo e defende que “O
presente é a chave do passado”
 Os processos geológicos são lentos e graduais: Princípio do

Gradualismo.
 Atualismo- "O presente é a chave do passado". Os processos

modeladores da Terra no presente terão sido os mesmo do passado.
O Atualismo permite interpretar os processos antigos à luz dos

acontecimentos atuais, no entanto, é preciso reconhecer que alguns
fenómenos catastróficos poderão ter tido influência na transformação da Terra.
Aparece, então, um novo princípio, o Neocatastrofismo.
 Neocatastrofismo - O planeta vai-se transformando gradualmente

através de fenómenos naturais mas esporadicamente os fenómenos
catastróficos influenciam na evolução da Terra. A ideia de base está no
uniformitarismo mas inclui a influência dos fenómenos catastróficos.
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4.2 O Mobilismo Geológico. As placas tectónicas e os seus

movimentos
Em 1912, Alfred Wegener, apresentou

uma teoria para explicar o movimento dos
continentes na Terra.
Segundo Wegener, há 240 milhões de

anos os continentes estiveram unidos num
supercontinente, a Pangeia, rodeado por um
único oceano, a Pantalassa.
Mais tarde Alexander du Toit disse que

primeiro se dividiu em Laurásia (América do
Norte, Europa e Ásia) e Gondwana (América do Sul, África, Antártica,
Austrália).
Mobilidade dos Continentes - Argumentos
1. Argumentos paleontológicos: Vários exemplares dos

mesmos fósseis aparecem em continentes diferentes.
2. Argumentos paleoclimáticos: Foram descobertos

indícios geológicos de glaciares antigos, característicos de climas muito frios,
em zonas quentes atuais, o que comprovava que os continentes estiveram
unidos e ocuparam posições diferentes das atuais.
3. Argumentos litológicos/geológicos: Semelhanças de rochas entre

continentes que estão separados.
4. Argumentos Morfológicos: A configuração de alguns continentes parece

que encaixam como as peças de um puzzle.
A teoria do Wegener não foi aceite

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Teoria da Tectónica de Placas

A Teoria da Tectónica explica a expansão e a destruição do fundo dos
oceanos. Segundo esta teoria a parte superior da Terra chamada litosfera é
dividida em várias placas (sete) que se movimentam.
Como se
explica esse
movimento
das placas
litosféricas?
Como se caracterizam os limites das placas litosféricas?

 Limites Divergentes ou construtivo: As placas movimentam-se em
sentidos opostos. Situam-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é
gerada nova crosta. Provocam sismos e vulcões. Ex. Rifte
 Limites Convergentes ou destrutivos: Neste tipo de placas elas

colidem e destroiem-se. Também são chamadas de zonas
Geologia 10ºAno
de subducção. Uma placa (a mais densa) afunda sob a outra (menos

densa), sendo destruída, ou seja a crosta oceânica mergulha sob a
continental. Provocam a formação de montanhas e também têm
grande atividade sísmica e vulcânica.
Ex. Zonas de colisão
 Limites Transformantes ou conservativo: Geralmente, nas

zonas com este tipo de limite, as placas deslizam lateralmente,
ao longo das quais não se verifica destruição nem construção.
Provocam sobretudo sismos.
Ex. Falha de Santo André
Este ciclo contínuo de construção e destruição das placas litosféricas

permite explicar o porque da Terra ter o volume sempre constante.

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Tema1. A Geologia, os geólogos e os seus

Sistema: Qualquer porção do Universo, constituída por massa e energia, com

Quais as características do sistema Terra?

Temos vários tipos de sistemas:

 Sistema isolado – não existe troca de matéria nem de energia

 Sistema fechado – existe troca de energia através dos seus limites,

 Sistema aberto – ocorre intercâmbio de energia e de matéria através

No sistema Terra podem considerar-se 4 subsistemas: Hidrosfera, Atmosfera,

 Hidrosfera: constituída pelos reservatórios de água no estado liquido

 Atmosfera: constituída por gases dispostos em camadas.

 Biosfera: constituída pelo conjunto de seres vivos que povoam a Terra

 Geosfera: constituída pela parte sólida da Terra como as rochas e

1.1. Interação de subsistemas

2. As Rochas, arquivos que relatam a história da

As rochas sedimentares formam-se à superfície, ou na proximidade, a

1. Meteorização ou alteração da rocha:

Meteorização química: consiste na alteração mineralógica da rocha

Meteorização física: consiste na fragmentação da rocha com o aumento

3. Transporte: Deslocação dos detritos desde o local de origem ate ao local de

4. Sedimentação: Os sedimentos depositam-se uns em cima dos outros,

5. Diagénese: Conjunto de processos que transforma os sedimentos soltos

TEMA 1: APONTAMENTOS DE GEOLOGIA 10º ANO | Sílvia Couto Ribeira 2019

2.2. Rochas Magmáticas e Metamórficas

O magma é menos denso que as rochas e se encontrar uma abertura pelas

Consoante o local na litosfera onde consolidam as rochas magmáticas vão

 Vulcânicas ou Extrusivas: rochas formadas à superfície pelo

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Metamorfismo: Conjunto de alterações que as rochas que já existem

Os fatores de metamorfismo são:

1. Temperatura: A temperatura aumenta com a profundidade e com a

2. Pressão: A pressão é devida aos materiais que lá estão e à colisão das

3. Fluídos: Os fluídos de circulação desempenham uma ação química. O

4. Tempo: Todos os fenómenos relacionados com o metamorfismo ocorrem

As rochas de metamorfismo regional formam-se em baciais de

Com o aumento da profundidade, a erosão

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Como o nome indica este tipo de metamorfismo forma-se por contacto. A

Chamam-se a estas rochas que sofrem um cozimento, sem mudarem de

O mármore é um bom exemplo de rocha formada por este processo. O

Um outro tipo de metamorfismo é o de impacto, resulta em pressões e

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Rochas detríticas: São formadas a partir de

Rochas quimiogénicas: Estas rochas

Rochas biogénicas: As rochas biogénicas resultam da acumulação de restos

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1.1. Ciclo das Rochas

Por esse motivo, podemos compreender que os demais tipos só podem

Rochas magmáticas: essas rochas surgem do processo de

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Rochas metamórficas: quando rochas preexistentes passam por uma

Rochas sedimentares: surgem a partir da compressão e junção de

Assim, após compreender como cada tipo de rocha surge, basta

2. A Medida do tempo e a Idade da Terra

Somatofósseis: São restos de Icnofósseis: São os vestígios propriamente

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1. Princípio da Sobreposição de Estratos:

Nicolau Sten deduziu que os sedimentos se dispõem em estratos e que os

No entanto, este princípio só pode

Através da comparação com outras rochas ou estratos. Estratos com os

2. Princípio da Identidade Palentológica

Conhecendo-se a idade geológica de

Assim, estes fósseis permitem datar por