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"No começo não era o verbo, mas a carne, sensível, extensível, os corpos

tocam-se e comunicam-se antes dos 'espíritos'".


Daniel Bougnoux
1
Nos conhecemos numa festa de fim de ano. Ele usava calças largas de
pano mole e uma bata, junto com uma sandália de couro marrom.
Segurava uma taça, não de champagne, e sim de vinho tinto. O contraste
de suas roupas brancas com a vermelhidão sangue me fez olhar
atentamente pra ele por mais tempo do que o esperado. Eu vestia um
curto vestido branco justo, com as costas nuas; meu corpo era de uma
bela jovem - o que sou - e sei que ele poderia ter ficado desconfortável se
visse meu interesse, mas ele não notou. O homem apenas observava o
mar com uma felicidade melancólica que me pareceu bela o suficiente
para se chorar. Eu passava aquele triste fim de ano com meus pais, em um
lugar distante da cidade, apenas contemplando a tristeza dos anos
passando. Eles tinham me tirado um fim de semana com meus amigos, já
que algumas semanas antes a mãe de meu pai tinha morrido.
(A tragédia da doença dela poderia me parecer horrorosa se eu sentisse
algo pela velha. Mas para mim, minha avó sempre me pareceu
insuportável. Ela me odiava com todas as suas forças conservadoras
possíveis. Era a única, da minha família, que sabia que desde os meus 14
anos eu era uma mulher com uma doença fatal: certa vez meus pais
viajaram e me deixaram com ela. A casa de minha avó era grande, três
andares. O segundo andar possuía um grande armário de madeira velha, o
suficiente para caber duas pessoas. Fui pega chupando o caseiro com todo
o meu êxtase juvenil. O negro foi embora, e eu ganhei o mais terrível
ódio dela).
Meu pai estava triste, minha mãe complacente. Eu permanecia lívida
nos meus dezessete anos. Agora a figura do homem me tirava do sério.
Eu podia sentir as primeiras fagulhas de uma crescente obsessão. Ele era
bem mais alto que eu, e apesar da idade que aparentava, ainda tinha
músculos firmes e fortes. Seus cabelos negros caiam sobre a pele macia
com uma barba por fazer. Eu podia ver as rugas nos cantos dos olhos e
mãos grandes segurando com firmeza a taça. Eu esperava sentada na areia
os minutos para aquele ridículo ano terminar e eu poder, finalmente,
completar a maior idade dali uns dez meses. Meus pais sentavam numa
mesa de pequenique mais distante, com amigos.
Levantei-me na areia, e caminhei até onde as ondas quebravam. O
homem permanecia com uma mão no bolso, e a outra segurando a taça.
Aproximei-me. Meu corpo tremia numa espécie de prazer sórdido por
todas as coisas que eu poderia passar. Minha mente despia-o e jogava
aquele corpo em cima do meu com uma rapidez grotesca. Ao sentir seu
cheiro misturado com o do mar, eu já sentia me molhar. Tirei as sandálias
e andei um pouco, ficando alguns centímetros a frente do homem. Eu
podia sentir seu olhar em meu corpo numa indecência profunda e
acolhedora. Olhei rapidamente para trás e ele disfarçou, tomando mais
um gole do vinho.
- Feliz ano novo - falei sorrindo e finalmente me virando para vê-lo de
frente. Ele sorriu torto e desviou o olhar.
- Feliz ano novo.
- O que faz alguém passar o ano tão sozinho?
- Eu estou sozinho apenas neste momento. E gostaria de continuar
sozinho - disse firme, mas sem ser grosseiro. Eu olhei para meus pés, e
devolvi meu olhar para ele de forma meiga e infantil. Ele sorriu. - Você é
a filha do Pablo, não é?
Meu corpo congelou num trepido farfalhar de meus próprios segredos
sendo descobertos. Meus olhos pareciam não piscar. Tentei não
demonstrar o real desconforto de minhas atitudes.
- Sim, eles estavam procurando você - apontei para a mesa e ele deu
um sorriso, meio aliviado, meio envergonhado.
- Ó, sim... Caralho, quanto tempo falta pro ano novo?
- Eu não uso relógios - eu disse e ele sorriu num entendimento
extasiado.

2
Num robusto freio de meus anseios, peguei uma taça do champagne mais
vagabundo e virei. Era ano novo, eles comemoravam. O homem ficava
encostado, de esgoela, observando aqueles seres fedidos e infelizes em
suas buscas. Meu pai me abraçou, choroso, e minha mãe também. Como
a linda família que nós éramos. Meu pai feliz com a minha futura
carreira, minha mãe feliz com o exemplo de filha que eu era. Então sinto
o olhar do homem em mim, ele se aproxima. Dá um abraço em minha
mãe, e um tapinha nas costas do meu pai.
- E aí, Antonie! - Pablo falou sorridente, dando murrinhos no ombro
dele. - Nem acredito que você veio passar o ano novo com o pessoal!
Quanto tempo. Essa aqui é minha filha, Amabile. Faz muito tempo que
não a vê, não é?
Eu sorri da maneira menos desconcertante possível e ergui minha mão
para ele. Antonie apertou-a fortemente e me sorriu. Ele era o homem mais
bonito que eu já tinha visto na vida.
- Sim, eu nem a reconheci - disse isso em meus olhos e eu senti meu
clitóris pulsar. Meu corpo pedia pelo dele com uma urgência que eu não
sabia controlar. Eu sentia minha calcinha úmida, meus olhos
lacrimejantes.
- Pô, cara, vai ter um almoço amanhã lá em casa, sabe como é, todo
dia, primeiro de janeiro a gente faz algo pra curar a ressaca. Vamo fazer
um churrasco amanhã, por que cê não aparece lá?
- Hoje, no caso - ele disse. Pude sentir seus olhos para mim. - Sim,
claro, por que não?
Depois eles conversaram mais um tempo, e eu me perdi nos lindos
olhos do moreno. Suas mãos se movimentavam pesadamente, e quando
não mais aguentei, pedi licença para ir ao banheiro. Segurando-me com
uma mão na parede de um banheiro químico, tive meu primeiro contato
sexual com o homem. Minha mão apertava minha carne com firmeza, e
eu senti o líquido escorrer por minhas pernas...

No início da manhã, eu estava lívida contemplando a praia. O homem


continuava sentado, apenas fazendo a social, um pouco bêbado. Então eu
me levantei, e disse a minha mãe que iria dar uma volta antes de irmos
embora.
Eu andei por uns dez minutos quando percebi que alguém me
alcançava. Ao meu lado, estava ofegante e com uma garrafa de vinho, o
homem. Eu estremeci e sorri.
- A luz do sol bate em seu vestido branco com uma doçura que não
pude suportar.
Eu parei de andar e olhei para ele atentamente. Estava visivelmente
bêbado. Com um ar sádico, eu apenas sorri. Eu o teria antes do que eu
imaginava.

3
Às quatro horas da tarde o almoço começava. Eu estava sentada no sofá
da sala, vestida apenas com um leve vestido vermelho, sem sutiã e com
sandálias baixas. Meus cabelos estavam soltos pelo ombro enquanto eu
lia um livro, sem a capa, do Bataille. Meu corpo tremia de êxtase ao
imaginar Simone sendo erabada pelo protagonista, quando Ele chegou.
Com olhos de ressaca e roupas leves, sua figura se arrastava com pouco
brilho por minha sala. Até que sua visão me pegou, e algo em si pareceu
acender: como uma tocha flamejante de vergonha e caos.
Ele apenas acenou com a mão e adiantou o passo para ir até a varanda
cumprimentar todos. Mas, como esperado, logo voltou para me
cumprimentar. Ele sentou ao meu lado, e pareceu mais interessado no que
eu lia, do que em mim. Então sua voz se propagou no ar com uma
quentura irreversível:
- "Ele foi despido; Simone de cócoras sobre as roupas jogadas no chão,
mijou feito uma cadela. Em seguida, Simone masturbou o padre e o
chupou. Eu enrabei Simone". - disse ele dando ênfase a frase. Meu corpo
tremeu, apertei o livro com força.
O homem me olhou com olhos de desejo. Eu sabia. Eu conhecia aquilo
como se fosse meu. Então ele sorriu. E eu disse num sussurro:
- Por favor, me coma agora, me foda... Eu te suplico.
Ele não apareceu assustado. Olhei para seu pênis e ele estava duro
como pedra. Larguei o livro e apertei a própria carne de minhas coxas.
Seu olhar estava petrificado em mim.
- Eu não lembro dessa passagem do livro - ele disse sorrindo com
infantilidade e se levantando. Segurei sua mão e o puxei novamente para
o sofá, ele se sentou. Quando olhei em volta, estava tão cheia de prazer,
que poderia nem ter certificado a situação direito. Mas eu precisava me
abaixar e esfregar minha cara naquela pedra que estava instalada no meio
de suas pernas. Ele apertou minha cabeça contra sua carne dura e me
esfregou com força em sua calça de tecido fino. Meu corpo se contraia
quando ele tirou meu rosto de lá e me empurrou no sofá. Levantou-se,
ajeitou-se e disse:
- Sejamos convenientes. E inteligentes.
- Você segue as normas? Se sim, diga-me logo para que eu desista.
- Sigo.
Eu sorri.

- Eu gosto do Bataille - foi o que Ele disse quando estávamos nos


servindo de salada.
Meu pai inutilmente achou que eu poderia entreter seus amigos, e Ele
foi o escolhido para eu escutar.
- Eu só li a "história do olho" pelo menos cinco vezes.
Ele riu um riso juvenil, e contemplou meu rosto por segundos.
- Você é como a Simone?
- De jeito nenhum, ela é bobinha demais.
Ele sabia que eu não estava fazendo charme. Sua face se contraiu numa
transfigurada dor. Quando nos sentamos afastados, sem que ninguém
notasse, ele me confessou: - Garota, eu te peço que pare com isso antes
que seja tarde.
Segurei sua mão e coloquei-a por baixo de meu vestido. Seu dedo se
ergueu bem na minha fenda e ele descobriu que eu estava sem calcinha,
estremecendo. Minha carne estava bem úmida e pronta para ser
penetrada. Eu abri mais as pernas e meti de vez dois de seus dedos em
mim. Meu corpo inteiro se contraiu e eu respondi:
- Desde ontem quando me masturbei pensando em você no banheiro da
praia até agora, já é muito tarde.
Seu pau estava duro novamente, e dessa vez pude sentir por cima da
calça, com minhas mãos.

4
- Seu nome é considerado masculino na Itália - Ele falou naquele mesmo
dia, enquanto meu pai jazia bêbado no sofá e minha mãe conversava no
quarto com as poucas amigas que restavam na casa. A varanda era nossa.
Eu era filha de italiano. Os pais de Pablo vieram da Itália para o Brasil
muito cedo. Além do nome, a forte sensualidade que dizem que os
italianos têm, veio para mim.
- Eu sei que é, - eu disse.
Ele pareceu incomodado com minha audácia, mas não revelou
desconforto profundo. Enquanto caminhávamos falando sobre qualquer
coisa, eu sentia meu sexo pulsar. Foi quando me encostei com força numa
árvore e levantei meu vestido na altura de minha virilha, que vi, pela
primeira vez, o verdadeiro animal libidinoso que ele era. Em imediato seu
pau enrijeceu, e eu percebi a sede que ele tinha em me possuir. Mas ao
invés disso, apenas segurou em minha cintura e penetrou seus dedos em
minha carne com muita força. Eu queria gritar, mas era perigoso, então
apenas cravei meus dentes em seus ombros. Seu pau esfregava-se na
minha coxa, e então ele me virou de costas, puxando meu vestido na
altura de minha cintura e contemplando minha bunda.
Eu sempre tive um prazer especial pelo cu. Desde muito cedo eu
sonhava ser penetrada pelo cu. E por isso, apaixonei-me por Bataille, por
a obsessão dele ser a mesma que a minha.
Antonie afastou minhas nádegas e me olhou lá dentro. Sabia que ele
tinha uma estranha fascinação por aquilo. Senti seu dedo entrar com força
e seu corpo apertar o meu no tronco da árvore. Sua boca foi para meu
pescoço, lambendo-o. E depois, na mesma rapidez que veio, tudo cessou.
Ele se afastou, e eu agarrei a árvore para não cair de prazer. Olhei para
ele, parecia nervoso, e fascinado.
- Que foi? Pelo amor de deus, me faça gozar... - eu choramingava com
demência, com o vestido amassado e preso em minha cintura.
Ele olhou para mim e negou com a cabeça de um jeito que me doeu.
Coçou os olhos e me deixou ali, no pior silêncio que eu poderia
imaginar...

5
Um mês se passou até que eu pudesse vê-lo novamente. Foi em uma
ocasião comum que nos vimos, e ele parecia assustado, dilacerado.
Estava mais lindo que nunca, bem vestido, de terno e gravata. Era
aniversário de seu primo, que era amigo do meu pai. Eu fui apenas para
vê-lo. No último mês tinha me masturbado feito uma louca pensando
nele, e nada satisfazia. Nem mesmo sexo com dois garotos conseguiu
satisfazer meu desejo de foder com aquele homem mais velho...
Eu estava fascinante, parecendo uma mulher jovem. Meu corpo
exalava sexo e meu pai se assustou com a potencialidade de minha
beleza. Eu estava radiante quando o vi, tentei não demonstrar a raiva que
eu sentia e nem mesmo a falta que o toque dele tinha me provocado. Ele
cumprimentou meu pai e sentou na mesa conosco. Quando meus pais
foram dançar, ele se levantou, silenciosamente para ir buscar um drink. E
eu, sensualmente, fui ao banheiro.
Dei dois minutos na cabine, apenas para me certificar. Quando abri a
porta, fui empurrada novamente para dentro. A boca dele estava
cheirando a martini, e pela primeira vez, nos beijamos. A língua dele era
macia e acariciava a minha numa avidez incontrolável. Tão logo
arranquei seu pau de dentro das roupas e comecei a masturbá-lo com
força. Ele ofegava e não parava de me beijar. Senti suas mãos agarrando
minhas nádegas e me colocando em cima de uma pequena pia de
mármore. Logo ele arrancou minhas calcinhas e se ajoelhou na minha
frente, devorando minha boceta com uma língua bem coordenada. Eu
puxava seus cabelos e empurrava sua cabeça para dentro de mim. Quando
levantou, meu sulco estava pendendo de seu queixo, e eu lambi.
- Eu quero gozar no seu cu - ele disse. Eu me levantei, suspendi o
vestido e abri minhas nádegas com uma mão, com a outra eu masturbava
ele com rapidez. Tão logo senti o esperma quente inundar meu cu num
jato forte. Meti o dedo lá dentro e logo depois tirei, lambendo-o como
uma putinha. Ele estremeceu, e virou-me de frente, lambendo meu clitóris
com a ponta da língua e me fazendo gozar em jatos pela minha perna.

Quando voltamos para a mesa, um de cada vez, ambos fedíamos a sexo.


Eu podia sentir o delicioso cheiro de sua gala a distâncias. Estávamos
bambos, sôfregos. Eu podia ver a felicidade lívida em seu rosto jovial.
Enquanto comíamos frutos do mar, ele me perguntou o que não deveria
perguntar:
- Você tem quantos anos mesmo? Vinte?
Eu ri com bestialidade e encarei ele com meus olhos maquiados.
Firmemente, respondi:
- Não. Dezessete.
Ele tremeu como uma criança e colocou as mãos no rosto. Foi a sua
primeira demonstração de desespero das muitas que estavam por vir.

6
Meu pai nunca mais pôde reclamar do sumiço de Antonie. Com cada vez
mais frequência íamos à casa dele ou ele vinha na nossa. Eu ainda não
sabia a idade real do homem, e já fazia um mês desde a festa. Foi quando
decidi perguntar a meu pai, e ele, sem hesitar disse:
- Ah, Antonie só é mais novo que eu dois anos. Ele deve estar com 48,
por aí.
Tremi. A ideia de que eu estava com um homem tão mais velho me
parecia excitante o suficiente. No dia seguinte, apareci na casa dele. Era
dia de semana, e eu tinha inventado um trabalho em grupo para meus
pais. Bati na porta. Eu vestia apenas um vestido meio transparente e uma
calcinha fio dental. Ele abriu a porta com cara de sono, vestindo apenas
uma samba-canção. Sem entender, ele me deixou passar e tornou a deitar-
se no sofá.
Mostrando meu desprazer com sua atitude, me despi. Ele abriu os
olhos e me fitou com um êxtase absurdo. Seu pau subiu de imediato, e ele
sentou-se.
- Venha cá, Bile.
Eu caminhei para perto, ele segurou meu rabo com força, mordendo
minha barriga. Afastei seu rosto, e esbofeteei-o. Ele gemeu. Sentei-me em
cima dele e logo ele me empurrou, me derrubando no chão e puxando-me
pela cintura. Fui obrigada a ficar de quatro no meio das pernas dele,
empinando o cu. Ele olhou aquilo fascinado:
- Você tem o melhor rabo que já vi na vida.
Eu sorri, e puxei a calcinha para baixo. Ele molhou um dedo e enfiou
na minha boceta já molhada. Levantei-me e fiquei de quatro em frente ao
pau dele, comecei a engoli-lo enquanto empinava a bunda. Ele enfiou um
dedo em meu cu e eu não sabia se gemia ou se chupava-o. Antonie
segurou minha cabeça contra seu pau, e senti-o entrar em minha garganta,
dando-me ânsia de vômito. Mas me segurei e continuei a chupá-lo.
Enquanto eu tremia, ele me afastava. Levantou-se, olhou-me de cima e
disse: - Deite e abra as pernas.
O fiz, submetendo-me.
- Você toma alguma coisa?
- Tomo - falei.
Ele sorriu, e segurou meus joelhos perto de sua cintura. Logo pude
sentir aquele gostoso pau entrar em minha carne e gemi alto. Eu nem me
movia de tanto prazer. Ele lambeu meus mamilos, e começou a ir mais
forte enquanto eu mexia meu quadril. Até que o empurrei e montei nele,
começando a fazer movimentos rápidos e longos. Ele revirou os olhos e
segurou minha cintura, cravando aquela pica dura bem no fundo de minha
boceta. Mordi seu lábio inferior até fazê-lo sangrar, passei o dedo pelo
sangue e chupei com desejo. Eu gritava e ele ofegava alto, rasgando meu
interior deliciosamente. Quando senti seu esperma inundar meu interior e
escorrer por minhas pernas, desfaleci em seu peito liso. Ele me abraçou,
ainda tonto e suspirou em meus cabelos.
- Mije em mim - ele disse e eu, ainda tonta, agachei-me em sua barriga
e mijei.

7
Pouco tempo depois da minha primeira experiência com o mijo, eu me
sentia renovada e mulher. Estava louca, mais doente que nunca por sexo,
e por sexo com ele. Minha primeira demonstração de loucura doentia, foi
quando o peguei com outra mulher. Uma mulher mais velha. Aquilo me
doeu na alma. Eu gritei, e bati nele, cravando minhas unhas em sua cara.
Ele se desculpou como um bebê, se imaginou em meu lugar e
choramingou. No fim do dia eu estava com um vibrador em minha
boceta, enquanto chupava-o.

Uma outra demonstração cruel de minha própria loucura, foi chamá-lo até
minha casa. Até aí já tinha se passado três meses, e ele dava os primeiros
indícios de ter medo de não conseguir ter tantas ereções quanto eu
precisava. Parecia mais desespero que medo.
Em minha casa, numa tarde, ele conhecera meu quarto e me comera no
chão do quarto de meus pais. Quando voltamos para o meu, eu o fiz
chupar meu cu, enquanto ele mesmo se masturbava. Quando eu começava
a urrar de prazer, ouvimos a porta de baixo destrancar. Corremos para nos
vestir, e levei-o por outra escada para a cozinha. De lá, ouvimos minha
mãe:
- Bile?
- Oi, mãe, tô aqui na cozinha com o Antonie!
Ela foi sorridente até lá e disse: - Que surpresa, você aqui!

Algo que não pude esquecer, foi a semana que passamos juntos quando
meus pais viajaram e me sugeriram ficar sozinha em casa. Eu já era
adulta o suficiente com meus dezessete anos e eu e Antonie, tivemos uma
jornada pelo prazer.
No primeiro dia fizemos algumas posições do Kama Sutra. Minha
boceta ardia e eu gostava que ele metesse mesmo assim. Estávamos
doentes de uma paixão que não podíamos controlar. Enquanto eu
cozinhava para a gente, ele me comia por trás, enfiando com tudo em
minha boceta e quase me fazendo queimar as mãos no forno.
Sentei-me no mármore da cozinha e passei yogurt por toda minha
vagina. E ele me sugou como um animal, mordendo-me e puxando minha
carne até quase sangrar. Fazia-me ficar de quatro e comia-me com a
mesma força selvagem que nos fazia enlouquecer naquele emaranhado de
acontecimentos estranhos. Foi quando descobrimos que, apesar de tudo,
nos amávamos como se amam os animais durante o coito.
Sensualmente ele arrancava meu vestido quando eu voltava da
faculdade e metia em mim.

8
Quando apareci novamente, ele estava melancólico, desesperado,
achando que tinha me perdido. Eu contemplei sua melancolia com
sadismo, e naquele mesmo dia, amarrei-o na cama e sentei-me em cima
de seu pau e depois de sua cara, fazendo-o jorrar porra nas minhas costas.
Jorrei, também, mas em sua cara. Tive um gozo como se fosse uma
ejaculação e melei toda sua boca, e fi-lo esfregar sua cara em minha
boceta com força. Ele tremia todo e queria ser solto, mas deitei com a
cabeça em seu pau, e adormeci ali, como uma criança com seu ursinho de
pelúcia.
No dia seguinte acordei ávida por sexo. Desamarrei seus braços e
procurei por sua ereção que não veio. Ele estava cansado e parecia velho
e desesperado. Levantei-me, vesti minhas roupas, e deixei-o num
crescente terror.

Demorei uma semana para vê-lo novamente, e o encontrei em estado


lastimável. Nos meses que se seguiram, fui sádica o suficiente para
obstiná-lo, massacrá-lo. Faltava uma semana para meu aniversário de 18
anos, e ele parecia feliz, por não ser mais considerado um pedófilo. Como
presente de aniversário, ele tinha pago um quarto no melhor motel da
cidade. Fui com uma cinta-liga e no carro nossos sexos já pulsavam.
Quando entramos no quarto temático, eu me despi, ficando apenas com a
cinta. Ele estava nu e rijo, com todo o seu teor juvenil que as vezes lhe
aparecia. Segurou-me nos braços e me colocou numa cadeira erótica. Não
demorou que eu sentisse sua língua no meu cu, explorando ele todo. Logo
depois eu senti pela primeira vez um pau ser apertado pelo meu maior
objeto de desejo sexual. Engoli a cabeça com dificuldade, e gritei
enquanto apertava o ar. Ele foi com tudo, e senti-me apertando a sua
carne dura com força, Antonie gritou também, segurando na minha
cintura e cravando os dentes na minha pele. Quando começou a se
movimentar dentro de mim, senti uma explosão de prazer nunca antes
conhecida.
A minha boceta pulsava no maior prazer desconhecido. Eu tremia e
implorava para ele não parar com os movimentos contínuos. Quando
gozei em desespero, ele riu e enfiou com mais força em meu corpo mole
e caído. Ele não parava, e meu cu ardia, mas não estava insuportável, eu
apenas gritava e sentia mais um orgasmo vindo, um em cima do outro
como uma catarse louca de mim mesma. Até que ele ejaculou bem no
fundo e desmaiou por cima de meu corpo. Tranquilos, dormimos pela
primeira vez como um casal. Uma semana depois eu o veria com raiva.

9
No meu aniversário, apenas poucas pessoas estavam presentes. Antonie
levou-me uma edição especial do Bataille e me escreveu com letras
pequenas no canto da página: "Seja minha por mais tempo. Amor, Ant".
Eu sorri e no meio da festa nos afastamos: deixei-o devorar minha carne
com sua língua maravilhosa, e quando ele se levantou e olhou em meus
olhos, percebi que amava aquele homem mais do que minha doença.
Beijei-o e senti meu gosto. Passei a mão por seus cabelos e senti seu
cheiro doce, não de velho, mas sim de homem. Logo imaginei que aquele
ar doce iria embora muito cedo. Dei-lhe um sorriso, chupei seus lábios e
disse: - Ah, querido, eu o amo!
Ele pareceu tão feliz que não quis sequer me comer, mas logo depois o
fez, fazendo-o de tal modo que eu bati minha cabeça com força na parede
do banheiro. Eu estava deitada no chão gelado, enquanto ele de joelhos
me comia, quase escorregando para o cu. Quando gozamos, queríamos
apenas ficar ali.
- Eu te amo também - ele falou. Mas eu já sabia em nosso segredo
mudo.

No fim da festa, estávamos todos bêbados, menos os velhos. Eu me sentia


numa energia renovada, flertava com os garotos e sentia vontade de fazer
uma orgia. Antonie observava tudo de longe. Olhei para ele. Vi pela
segunda vez aquele homem que conheci no ano novo, uma melancolia
renovada sensualizava sua beleza ofuscante. Ele ergueu sua taça de vinho
e eu sorri de canto com uma malícia irrevogável. Peguei um pedaço de
papel e escrevi com letras pequenas, imitando as suas: "não serei mais sua
por tempo nenhum, me desculpe. Amor, Bile". Dei boa noite aos velhos
que tinham ficado, e antes de subir as escadas, coloquei no bolso do
casaco de Antonie.
Subi as escadas, e fiquei observando quando ele se distanciou e pegou
o bilhete de seu bolso. Sua expressão de pavor e desespero pareciam tão
irreais quanto nossas trepadas. Ele colocou as mãos sobre o rosto
rapidamente, e olhou para cima. Eu estava em pé, rígida, com um sorriso
sádico e inesquecível na face.

13 de setembro de 2010

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