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Resumo: Constituição e Evolução do Estado Brasileiro, de Dalmo de Abreu

Dallari

I- A Formação do Estado Brasileiro.

Em 1815, o Estado do Brasil foi equiparado juridicamente à metrópole,


passando então para a categoria de reino, unido à Portugal e Algarves. Desse
modo, deixou de ser colônia, mas continuou vinculado à Portugal. Importante
mencionar que quem deu a ideia de elevar o Brasil de colônia à reino partiu do
príncipe de Talleyrand, no Congresso de Viena, o qual tinha o propósito de
restabelecer um novo equilíbrio mundial após a derrota de Napoleão.

Do “descobrimento” das terras que hoje conformam o território brasileiro


pelos portugueses até o ano de 1548, o Brasil foi tratado como reserva
patrimonial. Por isso o governo entregou a particulares a tarefa de promover a
ocupação e a exploração do território. Quando percebeu que poderia extrair
riquezas do solo brasileiro, Portugal procedeu as doações para donatários
interessados e que dispunham a contribuir com a fazenda pública, para que essa
pudesse ter controle sobre as atividades econômicas desenvolvidas.

A grande extensão territorial e as dificuldades de comunicações formaram


um entrave para a solidificação de estruturas jurídico-administrativas e para a
conformação de uma unidade. Em 1548 D. João III instituiu o Governo Geral no
Brasil, mas esse ato não refletiu na presença de um Governador Geral ao longo
da extensão territorial. Então em 1572 se estabeleceram duas sedes
administrativas, uma no Rio de Janeiro e outra na Bahia, perdurando até 1577,
quando houve a reunificação da administração pública brasileira. Em 1607 criou-
se a “jurisdição do sul”, que existiu até 1616, ano em que houve uma nova
unificação. Em 1621 se estabeleceu um governo geral para todo o Brasil, exceto
para o então chamado Estado do Maranhão.

As constantes modificações já refletiam uma diferenciação natural dentro


do território, que demandariam soluções diferentes de lugar para lugar. Por esse
motivo, lideres federalistas, no século XIX, afirmaram que a própria natureza
impunha ao Brasil a necessidade de implantação de um Estado Federado.

Durante o século XVIII o Brasil teve dois polos de desenvolvimento pouco


dependentes de Portugal: um no Norte e Nordeste, que fomentaram lideranças
políticas com autoridade emanada da posse de terras, e outro na região Centro-
Sul, com a extração de ouro e diamantes, que propiciaram a formação de centros
urbanos muito ricos, e, consequentemente, lideranças políticas locais.

Como inexistia uma autoridade central forte e constantemente presente


que participasse da solução dos problemas, favoreceu-se o desenvolvimento de
uma ampla autonomia municipal, em torno de lideranças regionais.

II - Nascimento do Estado Brasileiro

Em 1808 a corte Portuguesa migrou para o Brasil ao fugir das ofensivas


de Napoleão, e esse fato acelerou intensamente o processo de Instituição do
Estado Brasileiro. Somou-se a esse elemento o fato de que, em 1815, no
Congresso de Viena, Portugal, que era militarmente fraco, para dar uma
demonstração de força frente aos demais potencias, resolveu mostrar o Brasil
como algo além de uma colônia selvagem e sem recursos.

E foi assim que dezembro de 1815 o Brasil deixou, de modo formal e


solene, de ser uma colônia portuguesa, passando à categoria de Reino, embora
continuasse sendo governado por um rei português.

III - Linhas Gerais da Evolução do Estado Brasileiro

Para os portugueses, suscitava descontentamento o fato de serem


governados à distância. Além do mais, vinha do Brasil, que ainda pretendiam ver
como colônia, as decisões que deveriam cumprir. Somou-se a esse contexto o
fato de Portugal receber influência liberal oriunda sobretudo da França, o que fez
surgir um poderoso movimento antiabsolutista.

Em 1820 eclode a revolução liberal, em que os lideres liberais tinham


como aspirações o juramento de uma constituição pelo monarca e a restauração
da hegemonia de Portugal, inclusive com o objetivo de retorno do Brasil à
condição de colônia. Frente a esses acontecimentos, D. João VI retorna para
Portugal e deixa no Brasil, como Regente, o Príncipe D. Pedro.

Irritado com o procedimento dos portugueses e constantemente


assediado pelos brasileiros, em 7 de setembro de 1822, o Príncipe Regente

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