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menos desde 1708 e seriamente agravado, precisa‑ este de Mafra, ou outro pequeno Convento para Religio‑
mente no ano de 17117. sos que professassem singular pobreza, e austeridade,
A dar ‑se crédito ao botânico Charles Fréderique ou como vulgarmente lhes chamam, para capuchos.
Merveilleux (1726), o móbil do voto fora (…) uma A todos aqueles, a quem isto de modo algum importa,
[essa] grande aflição (…)8, à qual Francisco Xavier da ou pode importar, e de igual motu proprio, certa ciên‑
Silva chamará flatos hipocondríacos9, e hoje podemos cia, e plenitude de autoridade Apostólica, o comutamos
identificar com a sífilis. De resto, sabe‑se pelas Memó‑ e damos por comutado na causa de tal Mosteiro (…)12.
rias do capitão John Creichton (editadas por Jonathan Com efeito, Clemente XIV legaliza, face ao direito
Swift), que este tivera um primo médico, expressa‑ canónico, o Convento de Mafra, até então, clandestino
mente enviado a Lisboa para tratar o monarca portu‑ erguido em solo não sacralizado, uma vez que o fun‑
guês dessa doença venérea10. dador prescindira quer de Bula quer de Breve papal,
Apesar de tudo, a narrativa que maior sucesso gran‑ como convém à regular ortodoxia católica quando se
jeou, principalmente após o falecimento do monarca, pretenda fundar templo ou cenóbio (quadro 1).
em 1750, não vingou sem que nela possam ser dete‑ Finalmente, se se aceitar, em benefício da dúvida,
tadas contradições e equívocos de toda a ordem, que o móbil do voto não poderia ter sido outro senão o
tal a dificuldade geralmente sentida em acertar os da sucessão dinástica, então novo problema de muito
detalhes do argumento fabricado pelos arrábidos difícil ou impossível resolução surgirá. Analisando,
para camuflar uma enfermidade cujas causas escan‑ detida e sistematicamente, a extensíssima literatura
dalosas, obviamente fruto da vida libertina do rei, panegírica, que oradores credenciados dedicaram aos
não podiam vir a público sem prejudicar a imagem seis filhos de D. João V e de D. Mariana de Áustria13,
piedosa da régia majestade ou afamar negativamente constata ‑se que nem um único de tais numerosos
o instituto religioso que, ao aceitar a doação, poderia discursos, alguns tornados públicos na presença dos
parecer estar a sancionar a sua licenciosidade. próprios progenitores, se reporta, quer explícita quer
Frei Cláudio da Conceição deixa adivinhar a con‑
fusão reinante: (…) Como a respeito da fundação do TÍTULO DO QUADRO?
Real Convento de Mafra tem corrido uma tradição des‑
Data Autor Motivo do voto
tituída de todo o princípio, e vem a ser, que depois do
senhor Rei D. João V receber o benefício da Sucessão 1711 D. João V “Justos motivos”
se esquecera de cumprir o voto e que depois morrendo 1726 Charles Fréderic de Merveilleux “Grande enfermidade”
‑lhe a primeira prole, fora advertido pelo Religioso, que 1731 Rafael Bluteau Enfermidade
lhe lembrou fazer este voto, e então fazendo segunda 1732 Anselmo Caetano Castelo Branco Projeto imperial
vez voto, continuara a sucessão, ele fundou o Con‑ 1733 Anselmo Caetano Castelo Branco Projeto imperial
vento, sou obrigado a dizer, que tudo isto foi falso, 1737 Frei José de Jesus Maria Sucessão dinástica
como provo. O voto foi feito em 1711, e Frei António
1740 Frei António Madre Deus Galrão Sucessão dinástica
de S. José, que o lembrou morreu a 9 de Março de
1741 D. António Caetano de Sousa Sucessão dinástica
1711, quando já a Rainha dava sinais de estar pejada:
1749 Udal Ap Rhys D. Mariana de Áustria
a 4 de Dezembro do mesmo ano nasceu a Senhora
D. Maria Bárbara, que depois foi Rainha de Espanha; 1750 Manuel Godinho de Seixas Oculto
logo temos, que nem a primeira prole morreu, quando 1750 Agostinho Pereira Indeterminado
se diz, nem o Religioso podia lembrar mais nada pois 1750 Relação da plausível jornada Sucessão dinástica
já não existia. Depois nasceu o príncipe D. Pedro de 1750 Francisco Xavier da Silva Sucessão dinástica
Alcântara a 19 de Outubro de 1712, não há dúvida 1750 Coleção de obras Academia Ocultos Sucessão dinástica
que este morreu daí a dois anos e dez dias em 1714, 1751 Jean François Bourgoing Enfermidade
porém quando sucedeu a sua morte, já existia o Senhor
1751 Frei João de São José do Prado Sucessão dinástica
D. José nascido no mesmo ano de 1714 a 6 de Junho,
1751 Diogo Rangel M. e Albuquerque Sucessão dinástica
logo não havia necessidade de recorrer a novo voto; e
1754 Fernando A. Costa de Barbosa Sucessão dinástica
além disto já em Janeiro de 1713 se tinha comprado
o chão, e eleito o sítio para o Convento. Esta tradi‑ 1760 (?) Arquivo Secreto do Vaticano D. Pedro II
ção pois que eu sempre ouvi aos meus Maiores, segui 1766-1767 José Gorani Enfermidade
erradamente sem reflexão na ‘Oração Consolatória na 1770 Papa Clemente XIV Desconhecido
Morte do Sereníssimo Príncipe da Beira D. António’, 1774 William Dalrymple Emulação do Escorial
a fl. 8, que imprimi em 1801; porém agora que tenho 1778 Arthur William Costigan Emulação do Escorial
esta ocasião me desdigo, e pelos fundamentos que 1785 António pereira de Figueiredo Sucessão dinástica
alego, dou por falsa semelhante tradição (…)11.
1787 Marquês de Bombelles Sucessão dinástica
Mas também o próprio papa Clemente XIV, em
1800 D. José Cornide y Saavedra Sucessão dinástica
Breve de 1770, tem notória dificuldade em caracte‑
1801 Frei Cláudio da Conceição Sucessão dinástica
rizar a situação, porquanto determina numa sintaxe
sintomática: (…) E para tudo o referido ter efeito, 1820 Frei Cláudio da Conceição Sucessão dinástica
implicitamente, a qualquer voto ou sequer a Mafra, Já em pleno século XVIII, Vieira Lusitano acusara
quanto mais ao convento supostamente erguido nas Ludovice da usurpação do título de arquiteto:
suas imediações para brindar aos nascimentos, apa‑
drinhados pela Divina Providência, da régia prole14! (...) E que da rústica esfera
Permito‑me, face ao exposto, concluir que a suces‑ De Fabro não excedendo
são dinástica não é de modo nenhum a chave do pro‑ Contra a natureza o nome
blema ou, quando muito, apenas o é enquanto conse‑ Pode usurpar de arquitecto (...)22.
quência da enfermidade que, essa sim, o engendrou.
O que não pode sofrer qualquer contestação é a cir‑ Chegando mesmo a afirmar em carta remetida a
cunstância das motivações de 1711 terem sido poste‑ Agostinho Ratti: (…) Eu estou quase sempre em Mafra
riormente preteridas ou acrescidas de outras, o que, porque os ares fazem bem à minha compleição. De
igualmente, justificaria as sucessivas alterações do Mafra já deve ter tido notícias, porque muitos artífices
plano da construção, inicialmente destinada a treze, aí trabalham e foram empregados no régio edifício que
depois a quarenta, mais tarde a oitenta e, por fim, em aí fez construir o rei antecessor [D. João V], onde um
1728, a trezentos arrábidos. mestre genovês de nome Carlos Batista [Garbo], foi o
Um observador estrangeiro, Charles Fréderique arquitecto a quem se deve o bom que aí existe, porque
Merveilleux, chega a alegar, em 1726, a propósito dos o afamado Frederico [Ludovice] que tinha o título de
trabalhos de Mafra: (...) viram‑se obrigados a cons‑ arquitecto era de profissão ourives e de nação tudesca,
truir e a demolir várias vezes a mesma obra (…)15. o que basta para sabê‑lo de bom grado (...)23.
Pelo mesmo motivo a basílica de Mafra, única obra De resto, o antigo director do Palácio Nacional de
efetivamente delineada por João Frederico Ludo‑ Mafra publica, em D. João V e a Arte do seu tempo
vice16, havia de quedar‑se desproporcionada relativa‑ uma carta, datada de 22 de junho de 1717, subscrita
mente às dimensões finais do conjunto e com o coro por António Rebelo da Fonseca em nome do rei e
dimensionado para apenas oitenta frades. Será, não enviada para Roma ao marquês de Fontes, que con‑
obstante, possível destrinçar quais os desígnios que clui: (...) e outrossim fica S. Majestade certo de que a
efetivamente moviam o monarca? Creio que sim. planta de Thomaso Matey se aperfeiçoará muito com as
Um programa de glorificação da monarquia abso‑ direcções de VE. Sobretudo deseja muito S. Majestade
luta, numa indesmentível ótica imperial, a que não ver a VE. restituído a esta Corte (…)24.
seria alheio o fascínio exercido pela “Roma Barroca” O desenho em causa relaciona‑o Ayres de Carvalho
sobre D. João V, era o que então animava o monarca17. com o do futuro edifício. Não obstante, ainda a 28 de
Algumas das mais notáveis iniciativas do Magnâ‑ janeiro do ano seguinte, D. João V decretava que fosse
nimo servir‑lhe‑iam mesmo de prenúncio, tais como lavrada escritura referente à obra da igreja e convento
1 | Roma, Igreja
do Gesú, fachada. a divisão de Lisboa em dois hemisférios (Oriente e de Mafra com o mestre‑pedreiro e arquiteto Carlos
Ocidente) e a criação da Igreja Patriarcal na Capela Baptista Garvo, a qual obra seria executada (…) pela
Real. O Palácio‑Convento de Mafra viria a tornar‑se o planta do Arquitecto João Frederico Ludovice (…)25.
natural corolário do regalismo joanino. Qual, no entanto, a viabilidade de determinar em que
Elevaram‑se vozes discordantes, como as do padre consistiu exatamente essa planta, uma vez que não
José Correia Leitão 18, de frei Lucas de Santa Catarina19
ou, nomeadamente, do abade beneditino de Tibães,
exemplar na exposição e nos argumentos: ao Con‑
vento de Mafra, a cuja sagração (galhofa) se recusa
assistir, chama ele mesquita, isto é, templo de infiéis,
o que o mesmo é dizer templo estranho ao grémio
católico apostólico romano20!
II
N OTA S
1
DGARQ/ANTT, Chancelaria de D. João V, XXXV, fl. 355. Um documento do
Arquivo Secreto do Vaticano contradiz o decreto joanino ao asseverar que o
convento traduzia uma promessa de D. Pedro II, complementada pela igreja,
essa sim, objeto de um voto de D. João V, em agradecimento pelo nascimento
da princesa D. Maria Bárbara, em 1711. Cf. Robert C. SMITH — “Building of
Mafra”. Apollo. Londres, abr. 1973, vol. XCVII, n.º 134, p. 362. Escasseiam os
documentos com referência aos preliminares e ao arranque dos trabalhos. Após
o citado decreto, só em 1714 nos deparamos com outros dois. Ambos datados
de 26 de Outubro (a Carta Régia nomeando António Soares de Faria tesoureiro
da obra e Máximo de Carvalho seu escrivão, DGARQ/ANTT, Chancelaria de
D. João V, XLII, fl. 157; e o Alvará confirmando‑os no cargo, DGARQ/ANTT,
Chancelaria de D. João V, XCIV, fl. 144), os quais constituíam com aquele a
tríade dos mais remotos até hoje conhecidos. A esses juntei quatro inéditos
de 1714 e 1715 existentes no Arquivo Histórico Municipal de Mafra (AHMM).
Ver Boletim. Cultural ’94. Mafra: Câmara Municipal de Mafra, 1995, pp. 77‑78.
2
Canção, em Panthetria Pathetica e Miscellania em os progressos, e morte do
sempre memoravel Rey de Portugal D. João V. Lisboa, 1750. Secreto o voto e
secreto o “risco” do edifício, porquanto durante 13 anos Mafra manteve‑se ina‑
cessível a quem não dispusesse de passaporte, ou livre‑trânsito. Um dos agentes
de D. João V escrevia em carta remetida, a 17 de dezembro de 1728, para
Roma: (…) o que mais importa de esta comissão [encomenda] é o segredo, que
não saiba por sonhos que são coisas para cá (…). Cf. Ayres de CARVALHO —
D. João V e a Arte do seu Tempo. Mafra: ed. autor, 1962, vol. II, p. 399.
3
Cf. frei Cláudio da CONCEIÇÃO — Gabinete Histórico. Lisboa, 1820, vol. VIII.
4
Frei José de Jesus MARIA — Crónica da Província de Santa Maria da Arrábida
3 | Basílica de Mafra, desenho de Carlos Fontana, arquiteto régio romano da da regular e mais estreita observância da Ordem do Seráfico Patriarca São Fran‑
pomba do Espírito cisco. Lisboa, 17__, parte segunda, liv. IV, cap. XXXI, pp. 759‑760, n.os 899 a 900.
Santo (1,5 m de
corte portuguesa37. Fica, todavia, por explicar como se
Equivoca‑se António Filipe Pimentel e vicia o seu raciocínio (e o do leitor menos
envergadura) que chegou ao edifício definitivo. atento) ao aplicar a este segundo volume a data da edição do primeiro tomo desta
sobrevoa o transepto
da suspensa do
Quase indubitavelmente adaptando as propostas obra, no qual não se acha qualquer alusão a Mafra. António Filipe PIMENTEL
— Arquitectura e poder. O Real Edifício de Mafra. Coimbra: Instituto de Histó‑
lanternim que encerra apresentadas por Filippo Juvara para a Patriarcal que ria da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1992, p. 146.
a cúpula do zimbório.
D. João V tencionara erguer no Alto de Buenos Aires, 5
Natural do Carvalhal de Cheleiros, em 1648, e baptizado António Gaspar. Frei
Cláudio da CONCEIÇÃO — Ob. cit., vol. VIII, pp. 68‑72 e Francisco Duarte
na zona da atual Lapa, em Lisboa. Aliás, hipótese RESINA — “Cartas da Aldeia”. O Concelho de Mafra, 15 ago. 1943, n.º LVII.
considerada por Brinckmann38, depois perfilhada por Também conhecido por frei António da Índia por ter seguido para Malaca com
o respetivo bispo e haver permanecido em Goa enquanto durou o governo do
Ayres de Carvalho e Bazin39.
conde de Vila Verde.
Ao engenheiro militar Custódio Vieira consigno eu 6
António Filipe PIMENTEL — Ob. cit., p. 147. O autor simplesmente “desco‑
tal incumbência, como se infere de uma informação nhece”, ou omite, os casos que o desmentem.
7
De entre outros escritos podem citar‑se as cartas enviadas para Roma pelo nún‑
remetida do Cabido da Sé, em 14 de setembro de cio apostólico em Lisboa, monsenhor Vincenzo Bicchi.
1726: (…) nas obras de Mafra anda um moço oficial a 8
Charles Fréderique MERVEILLEUX — Memoires Instrutifs pour un voyageur
dans les divers etats de l’Europe…. Amesterdão: Chez H. du Sauzet, 1738.
quem muitas opiniões dão primazia ainda a respeito 9
No Elogio Fúnebre e Histórico…. Lisboa: Na Regia Officina Sylviana e da Aca‑
de Frederico (…)40. demia Real, 1750. Júlio DANTAS ensaiou a nosografia do monarca no seu
D. João V, em Eles e Elas, Porto: Lello & Irmão, 1918, pp. 232‑243.
Creio que Custódio Vieira não foi apenas o garante 10
O facultativo de nacionalidade escocesa e predileto da rainha Ana, apesar de
do cumprimento dos prazos impostos pelo rei, bem haver permanecido na capital portuguesa durante seis semanas, nunca chegou
como das soluções técnicas indispensáveis para a a ocupar‑se da saúde do Magnânimo. Antes de partir foi recebido por D. João V
que lhe deu (…) grandes provas de consideração (…) e o brindou com uma jóia.
concretização da obra em tão curto espaço temporal. Alberto PIMENTEL — As Amantes de D. João V. Porto: Livraria Figueirinhas,
A ele se terá ficado igualmente a dever a harmoniza‑ 1946, p. 57, nota 1.
11
Frei Cláudio da Conceição — Ob. cit., vol. VIII, Prefação, pp. 6‑8. Ver, igual‑
ção do que restou do terceiro risco com as novidades mente, pp. 64‑67. A oração a que se reporta afirma textualmente, a pp. 8‑9: (…)
adotadas no quarto e definitivo, em 1728. A sua mete‑ Este Rei [D. João V], que enche os fastos lusitanos com suas gloriosas acções, se
recebe das mãos de Deus, por intercessão do glorioso Santo António de Lisboa,
órica ascensão de carpinteiro a arquiteto da Casa Real
um filho em dia de S. Pedro de Alcântara, a 19 de Outubro de 1712, a quem pôs
justamente o testemunha41. o nome do mesmo S. Pedro. Também tem o desgosto de o perder de idade de dois
Entretanto, ao ourives da prata Frederico Ludovice anos e dez dias. Porém, tornando a enviar ao Altíssimo novas súplicas, ardentes
e fervorosas orações, tem então o gosto e a satisfação de ter para seu sucessor o
sobrava a tarefa, mais competente para capataz que Grande e Imortal, o Sereníssimo Senhor Rei D. José. O sumptuoso, magnífico e
para arquiteto (que efetivamente só logrou tornar‑se Real Convento de Mafra é um autêntico testemunho do seu agradecimento ao Pai
das Misericórdias, ao Distribuidor de todos os bens (…).
por decreto régio de D. José I, de 11 de setembro 12
Breve do Santissimo Padre Clemente XIV pelo qual se suprimem os Mosteiros
de 1750), de coordenar a atividade da Casa do Risco, dos Conegos Regulares de Santo Agostinho de Portugal nelle declarados; e os
debuxando plantas, perfis e ornatos e fiscalizando o seus rendimentos se unem, e aplicam ao Real Convento de Mafra do Padroado
Real, agora concedido, e assinado aos mesmos Conegos Regulares. Lisboa, 1770.
andamento geral da obra mafrense4 2 . Em bom português, a expressão “qualquer voto”, no contexto em que se apre‑
De outra forma como é possível conciliar a sua senta, significa desconhecimento do teor do dito! No Vaticano constava que o
Convento de Mafra decorria de uma promessa de D. Pedro II. Quanto ao voto
alegada autoria com a contínua receção de projetos de D. João V julgava‑se que apenas respeitava a uma igreja. José de CASTRO —
e planos, provenientes de Roma, encomendados pelo O Cardeal Nacional. Lisboa: Agência Geral das Colónias, 1943, pp. 171‑172.
Em Robert C. SMITH faz‑se eco da mesma opinião em “The building of Mafra”.
Magnânimo43? Apollo. Londres, abr. 1973, vol. XCVII, n.º 134, p. 362.
13
Infanta D. Maria Bárbara (4 de dezembro de 1711), D. Pedro, príncipe do Brasil
(19 de outubro de 1712 a 29 de outubro de 1714), infante D. Carlos (2 de maio
de 1716), infante D. Pedro (5 de julho de1717) e infante D. Alexandre (24 de
Manuel J. Gandra
setembro de 1723 a 2 de agosto de 1728).
Professor no IADE‑U. Investigador e iconólogo 14
Aliás, a Igreja do Menino Deus já fora consagrada para tal efeito. A respeito
Imagens: autor. do nascimento do mais presumível dos alegados responsáveis pela Real Obra
de Mafra, o infante D. Pedro, consultem ‑se, por exemplo, Jacinto Pacheco
ROBRILVO (pseud. de Pascoal Ribeiro Coutinho) — Horóscopo felicíssimo do
monumentos 35 DOSSIÊ 49