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INTRODUÇÃO
1 – POLÍTICAS PÚBLICAS
A assistência social conta hoje com uma Lei Orgânica específica (Lei 8.742
de 07/12/1993) – LOAS. Ela introduz uma nova forma de discutir a questão da
Assistência Social, substituindo a visão centrada na caridade e no favor. A Lei
Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei nº 8742 de 07/12/1993) demorou cinco
anos para ser sancionada e é resultado de um amplo movimento da sociedade civil
organizada. Ela introduz um novo significado para a Assistência Social,
diferenciando-a do assistencialismo, situando-a como política de seguridade voltada
à extensão da cidadania social aos setores excluídos, mais vulnerabilizados da
população brasileira. Mais do que um texto legal, a LOAS representa um conjunto de
idéias, de concepção e de direitos. Preconiza a implantação do Sistema
Descentralizado e Participativo de Assistência Social. Ela convoca à sociedade a
participação da gestão e solução dos problemas sociais através de Conselhos de
composição popular paritária. A LOAS dispões expressamente que a assistência
social será regida, dentro vários princípios pela universalização dos direitos sociais,
a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas
públicas. É um novo posicionamento. A descentralização consiste em uma efetiva
partilha de população entre o governo e as coletividades locais. Implica a autogestão
local e neste sentido, carrega como conteúdo intrínseco a idéia de avanço
democrático. (SOUZA, 2006).
Historicamente, a assistência social tem sido vista como uma ação
tradicionalmente paternalista e clientelista do poder público, associada ás primeiras
Damas, com um caráter de “benesse”, transformando o usuário na condição de
“assistido”, “favorecido” e nunca como cidadão, usuário de um serviço a que tem
direito. Da mesma forma confundia-se a assistência social com a caridade da igreja,
com a ajuda aos pobres e necessitados, assim tradicionalmente a assistência social
era vista como assistencialista. Assim, a assistência social era vista de forma
dicotomizada, com caráter residual, próxima das praticas filantrópicas, um espaço de
reprodução da exclusão e privilégios e não como mecanismo possível de
universalização de direitos sociais. Por isso é preciso diferenciar os conceitos de
Assistência Social e assistencialismo (JOVCHLOVITCH, 2011).
Dessa forma a LOAS inova ao conferir à Assistência Social o status de
política pública, direito do cidadão e dever do Estado, inova também pela garantia da
universalização dos direitos sociais e por introduzir o conceito dos mínimos sociais.
Ultrapassar a discussão de que a LOAS é uma lei dos pobres ou que propõem um
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A família representa o núcleo central das políticas públicas e das ações dos
programas sociais, e como tal tem recebido a atenção do poder público, desde muito
antes do advento da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Durante a gestão do governador André Franco Montoro (1983-1986), o
governo do estado de São Paulo, reformulou o Serviço de Colocação Familiar, que
destinada subsídio financeiro às famílias de crianças carentes ou às famílias
substitutas, de conformidade com a Lei estadual 560, de 22 de dezembro de 1949.
O programa era até então ligado ao poder judiciário, sendo transferido para a esfera
do poder executivo e passa do a ser denominado Instituto da Família (Iafam),
integrando a estrutura da então da secretaria da promoção social (ACOSTA &
VITALE, 2007).
Isso se fez sob a égide da Lei Estadual 4.467, de 19 de dezembro de 1984, a
qual manteve princípio proposto anteriormente, ou seja, autorizar o poder executivo
a repassar subsídios financeiros às famílias de baixa renda, com o objetivo de
propiciar condições favoráveis ao pleno desenvolvimento físico e mental de suas
crianças e adolescentes. Foi mantida no programa a possibilidade de repassar o
subsídio financeiro mesmo às famílias substitutas que estavam previstas no
programa original. O valor do subsídio concedido pelo Iafam para cada uma das
crianças e adolescentes, variava de 1/10 a 1/3 do salário mínimo vigente, isto de
acordo com o estudo social da família. Um valor maior – com acréscimo de até ¼ do
salário mínimo per capita, podia ser concedido, mas apenas em caso de moléstia
grave ou de motivo julgado excepcional. O subsídio era concedido ao chefe da
família ou ao seu responsável legal (ACOSTA & VITALE, 2007).
Desde o início do programa o Iafam tinha sua proposta metodológica de
atenção à família com enfoque sócio-educativo de natureza preventiva e de apoio,
mediante a abordagem em grupo, com o objetivo de fortalecer as relações
familiares. Vale dizer que o programa previa, além do subsídio financeiro, um
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS: