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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

EMPREGO DA ENERGIA INTERMODIFICADA EM CAMADAS GRANULARES


DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

NATHÁLIA MONTEIRO DANTAS

MOSSORÓ
2014
NATHÁLIA MONTEIRO DANTAS

EMPREGO DA ENERGIA INTERMODIFICADA EM CAMADAS GRANULARES


DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

Monografia apresentada à Universidade


Federal Rural do Semiárido – UFERSA,
Departamento de Ciências Ambientais e
Tecnológicas – DCAT como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Me. Bruno Tiago Angelo da


Silva – UFERSA

MOSSORÓ
2014
O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade de seus
autores

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca Central Orlando Teixeira (BCOT)
Setor de Informação e Referência

D192e Dantas, Nathália Monteiro.

Emprego da energia intermodificada em camadas


granulares de pavimentos flexíveis / Nathália Monteiro Dantas -
- Mossoró, 2014.

59f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Bruno Tiago Angelo da Silva.

Monografia (Graduação em Engenharia Civil) –


Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de
Graduação.

1. Engenharia de estradas. 2. Energia intermodificada. 3.


Energias de compactação. 4. Pavimentos flexíveis. I. Título.

RN/UFERSA/BCOT/674-14 CDD: 625.8


Bibliotecária: Vanessa Christiane Alves de Souza Borba
CRB-15/452
DEDICATÓRIA

Gleide Dantas Monteiro (In memorian)


Gilson Dantas Monteiro (In memorian)

A minha família, pelo apoio e carinho


oferecidos em todos
momentos da minha vida e
principalmente neste.
AGRADECIMENTO

Primeiro à Deus, pois pela fé que despejo Nele pude concluir essa etapa da minha vida. Por estar
comigo em todos os momentos da minha vida.

Aos meus pais, José Edilson Dantas e Girlene Monteiro Dantas, pela educação, por todo amor
e dedicação que sempre me deram, por todos os momentos que estiveram ao meu lado, me
apoiando e não me deixando desistir dos meus sonhos e desejos.

À minha avó, Emília, a minha irmã, Marina, e as minhas tias, Geruza, Gecilda, Ana Lúcia e
Francisca Gessé, que estiveram presente em todas as situações, me incentivando para
elaboração desse trabalho.

Em especial, o professor orientador Me. Bruno Tiago Angelo da Silva, pela dedicação,
paciência e orientação competente;

Aos meus amigos e colegas de faculdade que tanto contribuíram para a realização deste
trabalho, em especial: Ana Tália, Iasmyn, Eda, Sumaya, Márcia, Savanna, Felipe, Filho.

À equipe do laboratório da Lino Construções (na pessoa de Theo) pela ajuda concedida nos
ensaios.

Ao técnico de Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação – UFERSA Marcello Padre por
auxiliar os ensaios laboratoriais.

E a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para o desempenho deste trabalho.
RESUMO

Atualmente, o uso da energia intermodificada vem sendo muito discutido no meio técnico
rodoviário, no que diz respeito à eficácia de sua aplicação para determinados tipos de
materiais. Tendo em vista essa realidade, o objetivo principal do estudo é verificar a variação
de uma das propriedades tecnológicas de interesse à pavimentação. Neste contexto, o presente
trabalho visa contribuir para o conhecimento mais detalhado dos tipos de energias de
compactação a ser utilizada, através de um estudo comparativo em laboratório, será analisado
o desempenho das energias intermediária e intermodificada, onde terá um comparação da
resistência de cada energia em estudo, visando à realização dos ensaios de caracterização,
granulometria, compactação e CBR. As informações obtidas em laboratórios são bastante
úteis para o projeto de pavimentos e para a estimativa de seu desempenho, no decorrer de toda
a vida útil da via. Os resultados obtidos nas investigações de laboratório mostraram que os
valores de CBR aumentaram de forma significativa com o acréscimo da energia de
compactação, bem como a mudança de energia possibilitou a utilização do mesmo material
para diferente tipo de via.

Palavras-chave: Energias de compactação. Energia intermodificada. Dimensionamento.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Esquema para a classificação do solo pelo Sistema Rodoviário ............................ 20

Tabela 2 - Características inerentes de cada energia ................................................................ 26

Tabela 3 - Parâmetros utilizados nos ensaios de compactação do DNER................................ 27

Tabela 4 - Parâmetros do ensaio de compactação especificados pelo DERT/CE com o uso da


Energia Intermodificada ........................................................................................................... 27

Tabela 5 – Espessura mínima de revestimento betuminoso ..................................................... 50

Tabela 6 – Coeficiente de equivalência estrutural .................................................................... 51


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Terminologia do Sistema Unificado ....................................................................... 17

Figura 2 – Carta de plasticidade ............................................................................................... 18

Figura 3 – Perfil de solo residual de decomposição de gnaisse................................................ 22

Figura 4 – Densidade seca X Teor de água .............................................................................. 25

Figura 5 – Localização da área onde foram coletadas as amostras de solo .............................. 29

Figura 6 - Quarteamento do solo. ............................................................................................. 30

Figura 7 - Análise granulométrica do solo ............................................................................... 31

Figura 8 – Ensaio de limite de plasticidade do solo ................................................................. 32

Figura 9 – Moldes imersos no tanque com água ...................................................................... 34

Figura 10 – Localização geográfica da jazida .......................................................................... 35

Figura 11 – Quarteamento do agregado granítico .................................................................... 36

Figura 12 – Crivos circulares, peneiras 19mm; 16mm; 12,7mm; 9,5mm ................................ 37

Figura 13 – Crivos circulares e crivos redutores, respectivamente. ......................................... 37

Figura 14 – Equipamento Abrasão “Los Angeles” .................................................................. 39

Figura 15 – Composição da mistura ......................................................................................... 39

Figura 16 – Amostra do ensaio de compactação da mistura .................................................... 40

Figura 17 – Rompimento do CBR ............................................................................................ 41

Figura 18 – Dimensionamento do pavimento flexível para a energia intermediária................ 54

Figura 19 – Dimensionamento do pavimento flexível para a energia intermodificada............ 55


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Curva granulométrica do solo ............................................................................... 42

Gráfico 2 – Curva de compactação do solo na energia intermediária ...................................... 44

Gráfico 3 – Curva de compactação do solo na energia intermodificada .................................. 44

Gráfico 4 – Curva granulométrica do agregado ....................................................................... 46

Gráfico 5 – Granulometria da mistura ...................................................................................... 47

Gráfico 6 – Curvas de compactação da mistura, da energia intermediária e intermodificada . 48

Gráfico 7 – Espessura total do pavimento, em função de N e de IS ou CBR, em termos de


material com k = 1,00, isto é, em termos de base granular. ..................................................... 52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASHTO - American Association of State Highway and Transportation Officials


ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
CBR - California deBearing Ratio / Índice de Suporte Califórnia
CP - Corpo de prova
DERT/CE - Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Estado do Ceará
DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
IP - Índice de Plasticidade
LL - Limite de Liquidez
LP - Limite de Plasticidade
ME - Método de Ensaio
NBR - Norma Brasileira Registrada
PUC - Pontifícia Universidade Católica
UFC - Universidade Federal do Ceará
UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
USP - Universidade de São Paulo
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13

2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 15

2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 15

3 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 16

3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS ................................................................................... 16


3.1.1 Sistema Unificado de Classificação ........................................................................ 16
3.1.2 Sistema Rodoviário de Classificação ...................................................................... 19
3.1.3 Classificações regionais ........................................................................................... 20
3.1.4 Classificação dos solos pela origem ........................................................................ 21

3.2 ESTABILIZAÇÃO DO SOLO ....................................................................................... 22


3.2.1 Estabilização Física .................................................................................................. 23
3.2.2 Estabilização Química ............................................................................................. 23
3.2.3 Estabilização Mecânica ........................................................................................... 24

3.3 ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO ............................................................................... 25

4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 29

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO .................................................................................. 29


4.1.1 Preparação da amostra ........................................................................................... 30
4.1.2 Análise Granulométrica .......................................................................................... 30
4.1.3 Limites de Atterberg ................................................................................................ 31
4.1.4 Ensaio de compactação do solo ............................................................................... 32
4.1.5 Índice de Suporte Califórnia ................................................................................... 33

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO ...................................................................... 34


4.2.1 Preparação da amostra ........................................................................................... 35
4.2.2 Ensaio de Granulometria ........................................................................................ 36
4.2.3 Índice de forma ........................................................................................................ 36
4.2.4 Resistência à Abrasão .............................................................................................. 38

4.3 CARACTERIZAÇÃO DA MISTURA........................................................................... 39


4.3.1 Análise granulométrica ........................................................................................... 39
4.3.2 Compactação da mistura......................................................................................... 40
4.3.3 CBR ........................................................................................................................... 40

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 42

5.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO .................................................................................. 42


5.1.1 Análise granulométrica ........................................................................................... 42
5.1.2 Limite de Atteberg ................................................................................................... 43
5.1.3 Compactação do solo ............................................................................................... 43
5.1.4 Índice de Suporte Califórnia ................................................................................... 45

5.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO GRAN´ÍTICO .............................................. 45


5.2.1 Análise granulométrica ........................................................................................... 45
5.2.2 Determinação do Índice de forma .......................................................................... 46
5.2.3 Determinação da Abrasão “Los Angeles” ............................................................. 46

5.3 CARACTERIZAÇÃO DA MISTURA........................................................................... 47


5.3.1 Análise granulométrica da mistura ........................................................................ 47
5.3.2 Compactação da mistura......................................................................................... 48
5.3.3 Índice de Suporte California ................................................................................... 49

6 DIMENSIONAMENTO ................................................................................................. 50

6.1 ENERGIA INTERMEDIÁRIA ...................................................................................... 50

6.2 ENERGIA INTERMODIFICADA ................................................................................. 54

7 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 56

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 57
13

1 INTRODUÇÃO

O ramo da construção civil, no Brasil, mostrou significativas mudanças em seus


sistemas e práticas, nos últimos anos. Em se tratando da pavimentação há uma necessidade de
medidas emergenciais para restauração de pavimentos existentes e construção de outros
novos.
No entanto, o melhoramento das vias é muito dificultado, necessitando assim de
alternativas mais baratas e que visem à racionalização dos materiais empregados na
construção das rodovias. A crescente escassez de materiais granulares que possam ser usados
na pavimentação, acaba por encarecer os custos de implantação de uma rodovia. Uma das
alternativas para viabilizar a construção e melhoria de rodovias é tentar melhorar o
comportamento dos solos locais através de estabilização mecânica, por meio da energia de
compactação a ser aplicada.
Para Guilherme (2014) o pavimento rodoviário classifica-se tradicionalmente em dois
tipos básicos: rígidos e flexíveis. Há uma tendência de usar-se a nomenclatura pavimentos de
concreto de cimento Portland (ou simplesmente concreto-cimento) e pavimentos asfálticos,
respectivamente, para indicar o tipo de revestimento do pavimento.
Os pavimentos flexíveis, associados aos pavimentos asfálticos, são compostos por
camada superficial asfáltica (revestimento), camadas de base e de sub-base apoiadas sobre o
subleito, que é a plataforma da estrada, formada após os cortes e aterros (BATISTA, 1974).
Essas camadas são, via de regra, constituídas por materiais granulares, solos ou misturas de
solo/agregado, sendo os agregados classificados como natural, artificial ou reciclado.
As energias de compactação usualmente utilizadas no Brasil geralmente seguem as
especificações do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) para obras de
pavimentação rodoviária. A norma técnica DNER-ME 129/94 estabelece as energias de
compactação normal, intermediária e modificada para se determinar a correlação entre o teor
de umidade e a massa específica aparente do solo seco.
Souza Júnior (2005) cita que no Estado do Ceará existe uma prática, nas obras de
construção rodoviária, na qual se aplicar uma energia de compactação diferente das energias
estabelecidas pelas normas do DNER. Esta energia, denominada “intermodificada”, é obtida
através da aplicação de 39 golpes por camada compactada no Cilindro Califórnia. Esta
prática, quase sempre aplicada para camadas de base de pavimentos, tem sido decorrente da
dificuldade de se conseguir materiais que satisfaçam às condições geotécnicas exigidas pelas
normas do DNER, quando compactados na energia intermediária, bem como pelo fator
14

econômico associado à execução das obras.


É importante se conhecer até que ponto é possível se tirar proveito da quantidade de
energia aplicada na compactação dos materiais utilizados em pavimentação. Osei et al (2000)
comenta que uma considerável parcela da energia de compactação adicional utilizada para se
obter maiores densidades e, consequentemente, melhorar as características geotécnicas do
solo, pode ser desperdiçada mais em degradar o material do que em comprimi-lo.
Neste contexto, espera-se que o trabalho possa servir como ferramenta inicial para a
escolha do tipo de energia de compactação que deve ser utilizada para o dimensionamento de
pavimentos flexíveis, tendo como foco emprego da energia de compactação intermodificada
nas camadas granulares do solo.
15

2 OBJETIVOS

Os objetivos do presente trabalho são especificados a seguir.

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito de algumas das propriedades
geotécnicas de interesse à pavimentação em função das energias de compactação
intermediária e intermodificada. Visando a análise da eficiência da energia intermodificada ao
ser comparada com a energia intermediária.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos deste estudo foi a verificação da variação de algumas das


propriedades tecnológicas de interesse à pavimentação, em função da energia de compactação
intermediária, intermodificada, como:
i) Pesquisar, em bibliografia técnica correlata, sobre o emprego da energia
intermodificada em camadas dos pavimentos flexíveis;

ii) Caraterização do material utilizado: solo e brita;

iii) Realizar ensaios laboratoriais, como: análise granulométrica, limites de Atterberg,


compactação do solo, índice de forma, resistência a abrasão, CBR;

iv) Análisar os dados obtidos nos ensaios;

v) Dimensionar um pavimento flexível com as energias em estudo, intermediária e


intermodificada.
16

3 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão da literatura técnica é apresentada, a seguir, em três partes principais:


considerações gerais sobre classificação de solos, considerações básicas sobre estabilidade
mecânica e considerações sobre as energias de compactação.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Segundo Pinto (2006) a diversidade e a diferença de comportamento dos diversos


solos perante as solicitações de interesse da Engenharia levou ao seu natural agrupamento em
conjuntos distintos, aos quais podem ser atribuídas algumas propriedades. Dessa tendência
racional de organização da experiência acumulada, surgiram os sistemas de classificação dos
solos.
O objetivo da classificação dos solos, sob o ponto de vista da engenharia é poder
estimar o provável comportamento do solo ou, pelo menos, orientar o programa de
investigação necessário para permitir a adequada análise de um problema. (PINTO, 2006)
Os solos diferentes com propriedades similares podem ser classificados em grupos e
subgrupos de acordo com seu comportamento do ponto de vista da engenharia. (DAS, 2011)
Existem diversas formas de classificar os solos, como pela sua origem pela sua evolução, pela
presença ou não de matéria orgânica, pela estrutura, pelo preenchimento dos vazios. (PINTO,
2006)
De acordo com Das (2011) hoje, dois sistemas de classificação são normalmente
utilizados pelo engenheiro de solos. Ambos os sistemas levam em consideração a distribuição
granulométrica e os limites de Atterberg. Eles são o Sistema Unificado de Classificação dos
Solos e o Sistema Rodoviário de Classificação.

3.1.1 Sistema Unificado de Classificação

A forma original desse sistema foi proposta por Casagrande em 1942 para uso nos
trabalhos de construção de aeroportos sob responsabilidade do Army Corps of Engineers
durante a Segunda Guerra Mundial. Em cooperação com o U.S. Bureau of Reclamation, esse
sistema foi revisto em 1957. Atualmente, é utilizado amplamente por engenheiros. (DAS,
2011)
Nesse sistema, todos os solos são identificados pelo conjunto de duas letras, como
apresentado na Figura 1. As cinco letras superiores indicam o tipo principal do solo e as
quatro seguintes correspondem a dados complementares dos solos. Assim, SW corresponde a
17

areia bem-graduada e CH, a argila de alta compressibilidade.

Figura 1 – Terminologia do Sistema Unificado

Fonte: Pinto (2006)

Para a classificação por esse sistema, o primeiro aspecto a considerar é a porcentagem


de finos presente no solo, considerando-se finos o material que passa pela peneira n° 200
(0,075mm). Se a porcentagem passante for inferior a 50, o solo será considerado como solo de
granulação grosseira, G ou S. Se for superior a 50, o solo será considerado de granulação fina,
M, C ou O. (PINTO, 2006)

3.1.1.1 SOLOS GRANULARES

De acordo com Pinto (2006) sendo de granulação grosseira, o solo será classificado
como pedregulho ou areia, dependendo de qual destas duas frações granulométricas
predominar. Por exemplo, se o solo tem 30% de pedregulho, 40% de areia e 30% de finos, ele
será classificado como areia – S.
Identificado que um solo é areia ou pedregulho, importa conhecer sua característica
secundária. Se o material tiver poucos finos, menos do que 5% passando na peneira n° 200,
deve-se verificar como é a sua composição granulométrica. Os solos granulares podem ser
“bem graduados” ou “mal graduados” (PINTO, 2006).
A expressão “bem-graduado” expressa o fato de que a existência de grãos com
diversos diâmetros confere ao solo, em geral, melhor comportamento sob o ponto de vista da
engenharia. As partículas menores ocupam os vazios correspondentes às maiores, criando um
18

entrosamento, do qual resulta menor compressibilidade e maior resistência. (DAS, 2011)

3.1.1.2 SOLO DE GRANULAÇÃO FINA (SILTE E AREIA)

Quando a fração fina do solo é predominante, ele será classificado como silte (M),
argila (C) ou solo orgânico (O), não em função da porcentagem das frações granulométricas
silte ou argila, pois, o que determina o comportamento argiloso do solo não é só o teor de
argila, mas também a sua atividade. São os índices de consistência que melhor indicam o
comportamento argiloso. (DAS, 2011)
Segundo Pinto (2006) ao analisar os índices e o comportamento de solos, Casagrande
notou que, ao colocar o IP do solo em função do LL num gráfico, como apresentado na Figura
2, os solos de comportamento argiloso se faziam representar por um ponto acima da reta
inclinada, denominada Linha A. Solos orgânicos, ainda que argilosos, e solos siltosos são
representados por pontos localizados abaixo da Linha A. A Linha A tem como equação a reta:

que, no seu trecho inicial, é substituída por uma faixa horizontal correspondente a IP de 4 a 7.

Figura 2 – Carta de plasticidade

Fonte: Pinto (2006)

Para a classificação desses solos, basta a localização do ponto correspondente ao par de valores
IP e LL, na Carta de Plasticidade. Uma característica complementar dos solos finos é sua
compressibilidade. Os solos costumam ser tanto mais compressíveis quanto maior seu Limite de
19

Liquidez. Assim, o Sistema classifica-se secundariamente como de alta compressibilidade (H) ou de


baixa compressibilidade (L) em função do LL ser superior ou inferior a 50, respectivamente. Quando
se trata de obter a característica secundaria de areia e pedregulho, esse aspecto é desconsiderado.
(PINTO, 2006)

3.1.2 Sistema Rodoviário de Classificação

Este sistema é muito empregado na engenharia rodoviária em todo o mundo, foi


originalmente proposto nos Estados Unidos. É também baseado na granulometria e nos
limites de Atterberg. (DAS, 2011)
Segundo Pinto (2006) esse sistema, também se inicia a classificação pela constatação
da porcentagem de material que passa na peneira n° 200, só que são considerados solos de
granulação grosseira os que têm menos de 35% passando nesta peneira, e não 50% como na
Classificação Unificada. Esses são solos dos grupos A-1, A-2 e A-3. Os solos com mais de
35% que passam pela peneira n° 200 formam os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7.
Os solos grossos são subdividos em:
A-1a – Solos grossos, com menos de 50% passando na peneira n° 10 (2 mm), menos
de 30% passando na peneira n° 40 (0,42 mm) e menos de 15% passando na peneira n° 200. O
IP dos finos deve ser menor do que 6. Correspondem, aproximadamente, aos pedregulhos
bem-graduados, GW, do Sistema Unificado.
A-1b – Solos grossos, com meno de 50% passando na peneira n° 40 e menos de 25%
na peneira n° 200, também com IP menor que 6. Corresponde à areia bem graduada, SW.
A-2 – São areias em que os finos presentes constituem a característica secundária. São
subdivididos em A-2-4, A-2-5, A-2-6 e A-2-7, em função dos índices de consistência.
A-3 – Areias finas, com mais de 50% passando na peneira n° 40 e menos de 10%
passando na peneira n° 200. São, portanto, areias finas mal-graduadas, com IP nulo.
20

Tabela 1 – Esquema para a classificação do solo pelo Sistema Rodoviário

Fonte: Pinto (2006)

3.1.3 Classificações regionais

De acordo com Pinto (2006) no Brasil, o Sistema Rodoviário é bastante empregado


pelos engenheiros rodoviários e o Sistema Unificado é sempre preferido pelos engenheiros
barrageiros. Os engenheiros de fundações não empregam diretamente nenhum desses
sistemas.
As discrepâncias entre as classificações clássicas e o comportamento observado de
alguns solos nacionais se deve, certamente, ao fato de serem frequentemente solos residuais
ou solos lateríticos, para os quais os índices de consistências não podem ser interpretados da
mesma maneira como para os solos transportados, de ocorrência nos países de clima
temperado, onde os sistemas vistos foram elaborados. (PINTO, 2006)
Pinto (2006) cita uma outra proposta de sistema de classificação dos solos tropicais.
21

Neste sistema, os solos são classificados primariamente em areias, siltes e argilas, e


secundariamente em lateríticos e saprolíticos. Essa classificação não emprega os índices de
consistência, mas parâmetros obtidos em ensaios de compactação com energias diferentes.

3.1.4 Classificação dos solos pela origem

A classificação dos solos pela origem é um complemento importante para o


conhecimento das ocorrências e para a transmissão de conhecimentos acumulados. Algumas
vezes, a indicação da origem do solo é tão ou mais útil do que a classificação sob o ponto de
vista da constituição física. (PINTO, 2006)
Segundo Pinto (2006), os solos podem ser classificados em dois grandes grupos: solos
residuais e solos transportados, a saber:
a) Solos residuais: são aqueles de decomposição das rochas que se encontram no próprio
local em que se formaram. Para que eles ocorram, é necessário que a velocidade de
decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de remoção por agentes externos. A
velocidade de decomposição depende de vários fatores, entre os quais a temperatura, o
regime de chuvas e a vegetação. As condições existentes nas regiões tropicais são
favoráveis a degradação mais rápida da rocha, razão pela qual as maiores ocorrências de
solos residuais situam-se nessas regiões, entre elas o Brasil.
Esses solos apresentam-se em horizontes com grau de intemperização decrescente. A
Figura 3 mostra as camadas, cujas transições são gradativas.
Em se tratando de solos residuais, é de grande interesse a indicação da rocha-mãe, pois ela
condiciona, entre outras coisas, a própria composição física. Solos residuais de basalto são
predominantemente argilosos, os de gnaisse são siltosos e os de granito apresentam teores
aproximadamente iguais de areia média, silte e argila, etc.
b) Solo residual maduro: superficial ou sotoposto a um horizonte “poroso” ou “húmico”, e
que perdeu toda a estrutura original da rocha-mãe e tornou-se relativamente homogêneo.
c) Saprolito ou solo saprolítico: solo que mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive
veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha. Visualmente
pode confundir-se com uma rocha alterada, mas apresenta pequena resistência ao
manuseio. É também chamado de solo residual jovem ou solo de alteração de rocha.
d) Rocha alterada: horizonte em que a alteração progrediu ao longo de fraturas ou zonas de
menor resistência, deixando intactos grandes blocos de rocha original.
e) Solos transportados: são aqueles que foram levados ao seu atual local por algum agente de
transporte. As características dos solos são função do agente transportador.
22

f) Solos coluvionares: são formados por ação da gravidade. Entre eles estão os
escorregamentos das escarpas da Serra do Mar, formando os tálus nos pés do talude,
massas de materiais muito diversos, sujeitos a movimentação de rastejo. São também
classificados como coluviões os solos superficiais do planalto brasileiro depositados sobre
solos residuais.
g) Solos aluvionares: solos resultantes do carreamento pela água. Sua constituição depende da
velocidade das águas no momento de deposição. Existem aluviões essencialmente
arenosos, bem como aluviões muito argilosos, comuns nas várzeas quaternárias dos
córregos e rios.

Figura 3 – Perfil de solo residual de decomposição de gnaisse

Fonte: Pinto (2006, p.72)

3.2 ESTABILIZAÇÃO DO SOLO

O solo natural é um material complexo e variável, porém devido à sua abundância e


baixo custo oferece grandes oportunidades de emprego na engenharia. Entretanto, é comum
que o solo de uma localidade não preencha parcial ou totalmente as exigências do engenheiro
construtor. Assim, torna-se necessário escolher entre aceitar o material tal como ele é e
desenvolver o projeto de forma a contemplar as limitações que o solo impõe; remover o
material e substituí-lo por outro de melhor qualidade; ou alterar as propriedades do solo
existente de modo a criar um novo material capaz de adequar-se de melhor forma as
exigências do projeto (SANTOS, 2012).
23

Antes de ser aplicado às construções, o solo necessita passar por um processo de


estabilização. Conforme explica Neves et al (2009), neste processo o solo melhora suas
características, adquirindo assim as propriedades necessárias ao fim a que se destina. O
adensamento, por compactação ou prensagem, a mistura com outros solos para melhorar suas
características granulométricas (denominada estabilização granulométrica) e a adição de
aglomerantes são tipos de estabilizações muito utilizadas. As duas principais razões para o
emprego da estabilização são: melhorar a durabilidade sob ação da água e aumentar sua
resistência às ações mecânicas.
Segundo Pinto (2008), a estabilização do solo compreende todos os processos naturais
e artificiais que objetivam melhorar características como resistência, durabilidade, e outras,
bem como garantir a manutenção destas melhorias no tempo de vida útil das obras de
engenharia.
De acordo com Santos (2012) as propriedades de um solo podem ser alteradas por
métodos mecânicos, físicos e/ou químicos. O tipo de estabilização escolhida depende das
propriedades no estado natural, propriedades desejadas para o solo estabilizado e dos efeitos
no solo após a estabilização.

3.2.1 Estabilização Física

Segundo Carvalho (2011), neste tipo de estabilização as propriedades do solo são


modificadas, alterando-se a sua textura. Os métodos físicos envolvem a mudança de
temperatura, a hidratação (cimentação e endurecimento devido à hidratação de cimento
portland), a evaporação (secagem de solos reforçados com betume emulsionado) e adsorção.
(SANTOS, 2012)
Este método consiste basicamente no emprego de um ou mais materiais, de modo a se
enquadrarem dentro de uma determinada especificação, como, por exemplo, a correção
granulométrica ou a adição de fibras (metálica, minerais, sintéticas ou vegetais). Desta
combinação de materiais, surge um terceiro produto que agrega as propriedades de suas fases
constituintes denominado de material compósito (SALES, 2006, apud PINTO, 2008). Neste
trabalho, não foi utilizado este modo de estabilização no solo.

3.2.2 Estabilização Química

De acordo com Santos (2012) a estabilização química dos solos refere-se ao


procedimento no qual uma quantidade de material químico qualquer (aditivo) é adicionada ao
solo natural, para melhorar uma ou mais de suas propriedades de engenharia. Os estabilizantes
utilizados podem ser betumes, cimento Portland, cal, pozolanas, e outros.
24

O estabilizante çquímico mais utilizado é o cimento, sua ação no solo se dá


precisamente da mesma maneira que no concreto. A reação com a água forma um gel coloidal
cimentício insolúvel, capaz de dispersar-se e preencher os poros, endurecendo para formar
uma matriz contínua de melhor resistência que envolve as partículas de solo ligando as juntas
(SPENCE e COOK, 1983, apud PINTO, 2008).
A estabilização química conduz a uma melhor resistência mecânica e menor
permeabilidade, proporcionando uma maior durabilidade (SANTOS, 2012). Não foi utilizado
este modo de estabilização no solo deste trabalho.

3.2.3 Estabilização Mecânica

Os métodos mecânicos são aqueles que não se adicionam nenhum material estranho ao
solo. Aumentam a densidade do solo, melhorando sua resistência mecânica e durabilidade.
Envolvem a redução de volume de vazios in situ do solo através da energia imposta;
preenchimento de vazios reduzindo os poros e inibindo a percolação da água e a erosão
provocada por ela, aumentando a durabilidade; aumento da compacidade, tendo-se o
acréscimo da resistência mecânica; drenagem e mantendo o conteúdo de água constante, a
mistura de tipos de solos diferentes. (SANTOS, 2012)
No entanto, a estabilização mecânica consiste em aplicar uma carga ao solo,
compactando-o. De acordo com Spence e Cook (1983), a finalidade da compactação é elevar
a densidade do solo, aumentando ao mesmo tempo a sua resistência. Para que a compactação
atinja melhores resultados, solos que possuam grãos de variados tamanhos e com uma
pequena quantidade de argila são preferíveis. Os autores afirmam ainda que as melhores
técnicas de construção com solo são aquelas nas quais a compactação é utilizada, mas para
resultados ainda melhores, tal técnica pode ser combinada com a adição de um aglutinante ou
um impermeabilizante.
Segundo Seed e Chan (1959, apud PINTO, 2008) a quantidade de água utilizada em
um processo de compactação influencia diretamente na resistência e na durabilidade do solo.
Eles estudaram a estrutura de formação do solo nos ramos seco e úmido da curva de
compactação observando algumas diferenças entre os dois ramos que deram origem ao
direcionamento do estudo efetuado nesta pesquisa. No ramo seco da curva, onde tem-se uma
baixa quantidade de água, ocorre o favorecimento do arranjo floculado (não alinhado) das
partículas de argila. Já no ramo úmido, conforme a quantidade de água é acrescida, o grau de
alinhamento entre as partículas aumenta, denominando-se arranjo dispersivo.
O carregamento efetuado durante a compactação pode gerar uma estabilização
25

mecânica de natureza dinâmica ou estática. Isto influencia na densidade seca e


consequentemente no teor de umidade ótima (CARVALHO, 2011). Neste trabalho, foi-se
utilizada a estabilização mecânica de natureza estática.
A Figura 3 demonstra a variação da densidade seca máxima e da umidade ótima com o
tipo de solo. Solos muito argilosos (Curva C) têm a tendência de possuir as menores
densidades secas e as maiores umidades ótimas. No entanto, solos arenosos (Curva B)
possuem maiores densidades secas e menores umidades ótimas. Para um mesmo solo, se a
energia de compactação aumenta, a curva move-se de A para A’, ou seja, a densidade seca
aumenta, mantendo-se o valor da umidade ótima.

Figura 4 – Densidade seca X Teor de água

Fonte: Carvalho (2011)

3.3 ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO

Neste item são mencionados os tipos de energias de compactação, de acordo com a


Norma NBR-7182/86 na qual prescreve o método para determinar a relação entre o teor de
umidade e a massa específica aparente seca de solos quando compactados.
Os ensaios de compactação comentados a seguir se referem ao método de
26

estabilização mecânica. Este método é de extrema importância por conta da sua aplicação nos
órgãos rodoviários do Brasil.
As energias de compactação usualmente utilizadas no Brasil geralmente seguem as
especificações do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), atual DNIT
(Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), para obras de pavimentação
rodoviária (SOUZA JUNIOR, 2005). A norma técnica DNER-ME 129/94 estabelece as
energias de compactação normal, intermediária e modificada para se determinar a correlação
entre o teor de umidade e a massa específica aparente do solo seco.
As energias especificadas nesta norma são: normal, intermediária e modificada,
variando dimensões do molde e do soquete, número de camadas e golpes, conforme pode ser
observado na Tabela 1.

Tabela 2 - Características inerentes de cada energia

Característica inerentes a cada Energia


Cilindro
energia de compactação Normal Intermediária Modificada
Soquete Pequeno Grande Grande
Pequeno Número de camadas 3 3 5
Número de golpes por camada 26 21 27
Soquete Grande Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Grande
Número de golpes por camada 12 26 55
Altura do disco espaçador (mm) 63,5 63,5 63,5

Fonte: NBR 7182/1986

Segundo SOUZA (1976), a AASHTO inicialmente normalizou dois ensaios de


compactação: o Ensaio de AASHTO Normal (T 99-57) e o Ensaio AASHTO Modificado (T
180-57). Nesses ensaios são utilizados dois tipos de cilindros (Califórnia e Proctor) e dois
tipos de soquetes (grande e pequeno).
O Ensaio AASHTO Normal, com energia igual a 6,05 kg x cm/cm3, sempre faz uso
do soquete pequeno, com o qual o solo é compactado em 3 camadas iguais, para ambos os
cilindros (no cilindro Proctor, aplicam-se 25 golpes em cada camada e no Califórnia, 56
golpes). Já o Ensaio AASHTO Modificado (com energia de 27,49 kg ´ cm/cm3 ) sempre usa o
soquete grande, podendo-se utilizar também o cilindro Proctor ou Califórnia. Entretanto, este
ensaio é sempre executado compactando-se o solo em 5 camadas iguais, ao invés de 3 do
27

Ensaio AASHTO Normal (Tabela 2.1). No cilindro Proctor aplicam-se 25 golpes em cada
camada e no Califórnia, 56 (o mesmo número de golpes do ensaio normal).
Depois, com a evolução dos equipamentos de compactação, o DNER criou o ensaio
modificado de Proctor, com o objetivo de manter uma correta correlação com o esforço de
compactação no campo (DNER, 1996). Assim, estão especificados os ensaios de compactação
para os 3 níveis de energia (normal, intermediária e modificada) nas normas do DNER
(DNER-ME 129/94 - amostras não trabalhadas – e DNER-ME 162/94 - amostras
trabalhadas), conforme mostra a Tabela 3. Observa-se, nesta tabela, que para mudar a energia
de compactação nos ensaios preconizados pelo DNER, basta alterar somente os números de
golpes por camada. Os demais parâmetros permanecem os mesmos. (SOUZA JUNIOR, 2005)

Tabela 3 - Parâmetros utilizados nos ensaios de compactação do DNER


Ensaios do DNER
N° de Golpes Energia
Ensaios N° de Camadas Soquete
(cilindro CBR) (kg.cm/cm³)
Normal 5 camadas Grande 12 5,97
Intermediário 5 camadas Grande 26 12,93
Modificado 5 camadas Grande 55 27,35

Fonte: SOUZA (1976)

No Estado do Ceará, uma nova energia tem sido utilizada para a compactação de
materiais granulares em obras de pavimentação. O Departamento de Edificações, Rodovias e
Transportes do Estado do Ceará (DERT/CE) regulamentou, em 1994, mais uma energia de
compactação, além das 3 especificadas pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
(DNER). Esta energia, denominada “intermodificada”, é obtida através da aplicação de 39
golpes (1,5 vezes a energia intermediária) por camada compactada no Cilindro Califórnia.

Tabela 4 - Parâmetros do ensaio de compactação especificados pelo DERT/CE com o uso da


Energia Intermodificada

Ensaio Intermodificado (DERT/CE)


N° de Camadas Soquete N° de Golpes Energia
(cilindro CBR) (kg.cm/cm³)
5 camadas Grande 39 golpes 19,40

Fonte: DERT/CE (1994)


28

Benevides (2000), ao estudar os métodos de dimensionamento de pavimentos para


trechos rodoviários do Estado do Ceará, aplicou diferentes energias em seus estudos,
utilizando entre elas a energia de compactação intermodificada. A utilização dessa energia
decorreu do fato de a mesma ter sido aplicada na construção de um dos 3 trechos rodoviários
envolvidos em sua pesquisa (CE-060, trecho Pajuçara - Pacatuba), especificamente para as
camadas de base de solo-brita. Para efeito de comparação, o autor procurou aplicar nos
ensaios de laboratório a mesma energia que foi utilizada na época da construção das rodovias.
De acordo com Cavalcante e Barroso (200?) a energia intermodificada tem sido
aplicada para a compactação de materiais que, com a utilização da energia intermediária, não
atenderam às especificações exigidas pelo DNIT, no que se refere ao valor do Índice de
Suporte Califórnia (CBR). Para alguns materiais o uso de uma energia maior (modificada)
poderia descaracterizar o solo, ocasionando modificações na sua granulometria pela quebra de
grãos e diminuindo sua resistência.
Souza Junior (2005) relatou ainda que o uso de uma energia muito intensa poderá
degradar o material, alterando a sua estrutura e, consequentemente, o comportamento do
mesmo quando submetido à solicitação do tráfego.
29

4 MATERIAIS E MÉTODOS

A seguir são relatados os aspectos, considerados importantes, sobre a fase


experimental da pesquisa no tocante a: análise granulometrica; limites de Atterberg; índice de
forma, abrasão “Los Angeles”; ensaio de compactação do solo e da mistura solo e brita; CBR;
e processamento de informações.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

As amostras de solos utilizadas nesta pesquisa são originadas do Bosque dos


Juazeiros, localizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus
Mossoró, conforme é ilustrado na Figura abaixo.

Figura 5 – Localização da área onde foram coletadas as amostras de solo

Fonte: Google Eath, 2014

As características desse solo foram determinadas por procedimentos convencionais,


através da execução dos procedimentos preconizados nas normas vigentes do DNER. Todos
os ensaios de caracterização do solo foram feitos no Laboratório de Mecânica dos Solos e
Pavimentação – UFERSA.
30

4.1.1 Preparação da amostra

Os solos coletados foram caracterizados de acordo com a norma DNER-ME 041/94 –


Solos – preparação de amostras para ensaios de caracterização. Dessa forma, as amostras de
solos foram secas, destorroadas, quarteadas, este processo de quarteamento (como mostra a
Figura 4), é importante para garantir a uniformidade das amostras, permitindo, assim,
representatividade ao longo dos ensaios executados com o material em questão.
Posteriormente foram submetidas aos ensaios descritos a seguir.

Figura 6 - Quarteamento do solo.

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

4.1.2 Análise Granulométrica

A análise granulométrica da amostra de solo, consiste na determinação dos diâmetros


das diversas partículas existentes no solo. Foi realizada conforme o método de ensaio DNER-
ME 080/94.
A forma mais direta de obter o diâmetro dos grãos é passando-os através de uma série
de peneiras, com aberturas conhecidas. Esse procedimento permite conhecer os diâmetros dos
grãos superiores a 0,075 mm, utiliza-se o processo da sedimentação. Esse método baseia-se
no princípio de que, dispersando-se as partículas de solo em água, a velocidade de
sedimentação dos grãos aumenta com o diâmetro dos mesmos (Lei de Stokes).
Portanto, é usual efetuar a análise granulométrica de forma combinada. O
procedimento compõe-se de três etapas: peneiramento grosso, peneiramento fino e
sedimentação.
31

Figura 7 - Análise granulométrica do solo

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

4.1.3 Limites de Atterberg

Segundo Greco (2004) os limites de consistência ou limites de Atterberg foram


definidos pelo Eng. Atterberg, em 1908, para caracterizar as mudanças entre os estados de
consistência. Posteriormente Casagrande apresentou uma padronização da forma de se
proceder nos ensaio para a determinação desses limites, como é mostrado a seguir:

4.1.3.1 Limite de Plasticidade

O limite de plasticidade (LP) representa o teor de umidade a partir do qual um solo


passa a exibir plasticidade. Na definição clássica de Atterberg, o LP é a fronteira entre o
”estado semi-sólido” e o “estado plástico”. Ou seja, para umidades superiores ao limite de
plasticidade, o solo deixaria de apresentar a consistência de um material “sólido”, tornando-se
moldável. O ensaio foi baseado na norma DNER-ME 082/94 Solos – determinação do limite
de plasticidade.

No laboratório, o limite de plasticidade é definido como sendo o teor de umidade com


o qual um cilindro de solo começa a se fragmentar, quando se procura moldá-lo com 3 mm de
diâmetro.
32

O solo em estudo é extremamente arenoso. No entanto, é necessário realizar o ensaio


do limite de plasticidade antes do ensaio do limite de liquidez, pois caso o limite de
plasticidade não puder ser determinado, deve-se considerar ambos como não-plásticos. A
Figura 6 explana o solo durante o ensaio do teste de plasticidade.

Figura 8 – Ensaio de limite de plasticidade do solo

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

4.1.3.2 Limite de Liquidez

Convenciona-se o limite de liquidez (LL) de um solo como sendo o teor de umidade


acima do qual o solo perde as características de plasticidade, passando a se comportar como
um fluido viscoso. Na definição de Atterberg, o limite de liquidez representa a fronteira entre
o “estado plástico” e o “estado líquido”.

Para a obtenção do LL em laboratório, utiliza-se um equipamento em forma de


concha, conhecido como aparelho de Casagrande. O ensaio baseia-se na determinação do
número de golpes necessários para fechar o sulco padrão, efetuado no solo colocado na
concha. O ensaio é executado diversas vezes, fazendo-se variar o teor de umidade da amostra.
O limite de liquidez corresponde à umidade que determina o fechamento do sulco com 25
golpes.

4.1.4 Ensaio de compactação do solo

Os ensaios de compactação comentados a seguir se referem ao método dinâmico ou


por impacto. Consiste na aplicação de um determinado peso (soquete), que cai livremente de
uma certa altura sobre uma camada de solo, compactada em um cilindro padrão. A energia de
33

compactação que se deseja aplicar depende da padronização de cada um desses parâmetros.


Ao variar qualquer um deles como peso, altura, número de golpes ou espessura da camada,
varia-se também a energia, alterando-se, assim, o resultado de todo o processo de
compactação (SENÇO, 2007). Segundo Souza Junior (2005) este método é de extrema
importância por conta da sua aplicação nos órgãos rodoviários do Brasil.
A realização do ensaio de compactação, de modo a se determinar as umidades ótimas
e os pesos específicos aparentes secos, foi através do preconizado na especificação DNER-
ME 162/94 – Ensaios de compactação utilizando amostras trabalhadas.
Nesta pesquisa foram utilizadas duas energias, a intermediária (26 golpes) e a
intermodifica (39 golpes). A literatura mostra que quanto maior for a energia aplicada, maior
será o valor do peso específico aparente seco máximo e menor será o valor do teor de
umidade ótima.
Para determinar a curva de compactação deve-se moldar 5 corpos de prova na energia
especificada, variando-se a quantidade de água incorporada ao solo. Os corpos de prova são
pesados e deve-se determinar ainda o teor de umidade de cada um deles.

4.1.5 Índice de Suporte Califórnia

A determinação do valor do CBR (California Bearing Ratio) é feita através do método


de ensaio DNER-ME 049/94 – Determinação do Índice de Suporte Califórnia. Este ensaio
mensura a resistência à penetração de uma amostra compactada segundo o método Proctor.
Nele, um pistão com seção transversal de 3 pol² penetra na amostra à uma velocidade de 0,05
pol/min (equivalente a 1,27 mm/min). O parâmetro encontrado é expresso em porcentagem,
representando o valor da resistência à penetração, tendo-se como padrão de referência o valor
de 100%, referente à penetração em uma amostra de brita granítica.
O primeiro parâmetro exigido para se iniciar a execução do ensaio de CBR é o valor
da umidade ótima do material a ser analisado. Esta determinação, como visto anteriormente, é
feita através do ensaio de compactação. Fixa-se, então, o molde de diâmetro aproximado de
150 mm na base perfurada. Um disco espaçador de 63,5 mm de altura é colocado no fundo do
molde, permitindo que após a moldagem do corpo de prova exista um espaço livre no molde
para a posterior colocação da sobrecarga a ser utilizada na determinação da expansão do
material.
Coloca-se, então, o colarinho do molde, que servirá como um prolongamento da altura
do corpo de prova, a fim de permitir que o material pós-compactado tenha o seu topo
regularizado através do uso de uma régua rasadora, e o papel filtro no fundo do molde
34

apoiado sobre uma base rígida, perfurada e plana.


Após a compactação, inverte-se a posição do corpo de prova e, no espaço deixado pelo
disco espaçador, coloca-se o prato com haste perfurada e, sobre este prato acondiciona-se uma
sobrecarga de aproximadamente 2,3 kg. Anexa-se ao conjunto, mais especificamente na haste
do prato perfurado, um extensômetro e anota-se a leitura inicial.
O corpo de prova (CP) é imerso na água por quatro dias, como mostra a Figura 9, de
modo a simular as intempéries do clima sofridas pelo pavimento. Após esse período é
determinada a expansão final por meio do extensômetro acoplado ao CP.
Deixa-se o CP escorrer por 15 minutos e em seguida a sobrecarga é recolocada no
conjunto e o mesmo é levado para a prensa, onde sofrerá a penetração do pistão. São anotadas
as leituras para os tempos de 0,5; 1; 2; 4; 6; 8 e 10 minutos e posteriormente faz-se os cálculos
que determinarão o valor de suporte do material, conforme prescrito em norma.

Figura 9 – Moldes imersos no tanque com água

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO

O agregado granítico utilizado nesta pesquisa fica localizado no município de


Macaíba/RN, ficando à 233 km da cidade de Mossoró/RN. A Figura 9 mostra a localização
geográfica da jazida.
35

Figura 10 – Localização geográfica da jazida

Fonte: Google Eart, 2014

As características desses agregados foram determinadas por procedimentos


convencionais, as normas do DNER. Os ensaios de caracterização da brita foram feitos no
Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação – UFERSA.

4.2.1 Preparação da amostra

O agregado utilizado nessa pesquisa foi reduzido de acordo com a norma DNER-ME
041/94 – Solos – preparação de amostras para ensaios de caracterização, como mostra a
Figura 9. Este processo é importante para garantir a uniformidade das amostras, permitindo,
assim, representatividade ao longo dos ensaios executados com o material em questão.
36

Figura 11 – Quarteamento do agregado granítico

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

4.2.2 Ensaio de Granulometria

Na fase experimental de caracterização do agregado granítico realizou-se a análise


granulométrica por peneiramento, seguindo o método DNER-ME 083/98 – Agregados –
Análise granulométrica.

4.2.3 Índice de forma

A determinação do índice de forma se dá pela análise da variação dos eixos


multidirecionais das partículas que compõem o agregado. As dimensões dos agregados podem
caracterizá-los como alongados, esféricos, cúbicos ou lamelares. A análise da forma do
material também é feita com base nos tipos de arestas e cantos, classificando-os como
agregados angulosos ou arredondados (DNIT, 2006).
O ensaio para determinação do agregado foi realizado de acordo com as especificações
da Norma Rodoviária DNER-ME 086/94 – Agregados – determinação do índice de forma.
Foram utilizados os crivos de abertura circular preconizados na norma, bem como os crivos
redutores com dimensões também pré-determinadas em norma.
A Figura 12 mostra o material que foi pesado com base na graduação do agregado, no
caso C, no qual foi utilizado as peneiras 19mm e 16mm; 16mm e 12,7mm; 12,7mm e 9,5mm,
respectivamente. Na Figura 13 tem-se os crivos circulares e redutores que foram ultizados no
ensaio.
37

Figura 12 – Crivos circulares, peneiras 19mm; 16mm; 12,7mm; 9,5mm

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

Figura 13 – Crivos circulares e crivos redutores, respectivamente.

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

Para o cálculo do índice de forma é feita a separação das partículas retidas no crivo
redutor de abertura igual à metade do tamanho diretriz correspondente, anotando-se o seu
peso. A seguir, o material que passar no primeiro crivo redutor deve ser testado em um
segundo crivo redutor de abertura igual a 1/3 do tamanho diretriz da fração e anota-se o peso
do material retido neste crivo. A norma menciona ainda que se repitam estas operações para
todas as frações que componham a graduação escolhida e os cálculos que definem o índice de
forma se baseiam na expressão a seguir.

Onde:
f = índice de forma;
38

P1 = soma das percentagens retidas nos crivos I, de todas as frações que compõem a
graduação;
P2 = soma das percentagens retidas nos crivos II, de todas as frações que compõem a
graduação;
N = número de frações (ou de tamanhos diretrizes) que compõem a graduação
escolhida.

4.2.4 Resistência à Abrasão

Nas estruturas de pavimentos o agregado está sujeito a forças de abrasão e impacto


oriundas das cargas do tráfego. Estas forças podem quebrar os agregado, alterando sua
granulometria, podendo desgastar as partículas. (ROHDE, 2002)
A resistência à abrasão foi determinada utilizando o equipamento de Los Angeles
seguindo o método proposto pelo DNER-ME 035/98 - Agregados – determinação da abrasão
“Los Angeles”, visando avaliar a resistência dos agregados à ação do tráfego.
Esse ensaio defere-se ao desgaste sofrido pelo agregado, quando colocado na máquina
“Los Angeles” (Figura 14) juntamente com uma carga abrasiva e esferas de aço padronizadas,
cuja quantidade a ser alocada na máquina depende da granulometria do agregado estudado,
submetido a um determinado número de revoluções desta máquina à velocidade de 30 rpm a
33 rpm.
Calcula-se a porcentagem, em peso, do material retido, após o ensaio, na peneira de
malhas quadradas de 1,7 mm e define-se então o desgaste sofrido pelo material.
39

Figura 14 – Equipamento Abrasão “Los Angeles”

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.3 CARACTERIZAÇÃO DA MISTURA

Para a mistura, levou-se em consideração proporções usadas em estudos anteriores, e


assim foi determinado 60% de solo e 40% de brita, conforme mostra a Figura 15.

Figura 15 – Composição da mistura

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.3.1 Análise granulométrica

Para a caracterização da mistura realizou-se a análise granulométrica por


peneiramento, seguindo o método DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por
40

peneiramento.

4.3.2 Compactação da mistura

Para a determinação dos valores dos pesos específicos aparentes secos máximos e das
umidades ótimas da mistura foram realizados ensaios de compactação no cilindro Proctor
conforme o método de ensaio ME-162/94 - do antigo DNER, atual DNIT. Neste ensaio foi
utilizada a energia intermediária de compactação, 26 golpes e a energia intermodificada, 39
golpes. A Figura 16 mostra as amostra de cada cilindro com aumento da porcentagem de
água.

Figura 16 – Amostra do ensaio de compactação da mistura

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.3.3 CBR

A realização do ensaio foi de acordo com a norma DNER-ME 049/94 – Solos –


determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas. O ensaio
foi realizado no Laboratório de Mecânica dos Solos e Pavimentação da UFERSA.
Este ensaio tem como objetivo determinar a resistência à penetração de uma amostra
da mistura solo-brita compactada em diferentes energias (intermediária e intermodificada),
com as umidades ótimas determinada nos ensaios de compactação. A Figura 17 mostra o
rompimento do corpo de prova da mistura solo-brita, onde ocorreu no laboratório da Lino
Construções.
41

Figura 17 – Rompimento do CBR

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.


42

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir são apresentados e analisados os resultados da fase experimental, obtidos


com a realização dos ensaios de granulométria, limites de Atterberg, índice de forma, abrasão
“Los Angeles”, compactação do solo e da mistura solo e brita, CBR.

5.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

5.1.1 Análise granulométrica

A graduação do agregado, que se representa através da curva granulométrica, é uma


das características que proporcionam estabilidade aos pavimentos devido ao encaixe entre as
partículas de todas as frações, da graúda à mais fina (DNIT, 2006). O gráfico abaixo mostra a
curva granulométrica do solo trabalhado.

Gráfico 1 – Curva granulométrica do solo


100,00 %

90,00 %

80,00 %

70,00 %
Porcentagem que passa

60,00 %

50,00 %

40,00 %

30,00 %

20,00 %

10,00 %

0,00 %
0,01 mm 0,10 mm 1,00 mm 10,00 mm 100,00 mm
Diâmetro dos Grãos

Fonte: Dados da pesquisa, 2014


O solo em estudo apresenta descontinuidade nas dimensões dos seus grãos, possuindo
graduação principalmente entre o intervalo de 0,1 a 2 mm. No entanto, o solo tem aspecto
arenoso.
43

5.1.2 Limite de Atteberg

Devido ao comportamento arenoso do solo, não foi possível o termino do ensaio do


índice de plasticidade, uma vez que o “rolinho de solo” veio a segregar antes de alcançar o
diâmetro de 3 mm. Não foi necessário a realização do ensaio do limite de liquidez, o solo foi
considerado como não-plástico e não-liquido.
Portanto, como o solo se enquadra nas especificações das exigências de consistências,
pode ser utilizado na camada de base e sub-base de pavimentos rodoviários,
.

5.1.3 Compactação do solo

O ensaio de compactação do solo foi realizado com energia intermediária (26 golpes)
e energia intermodificada (39 golpes). Os gráficos abaixo representam o comportamento do
solo após a sua compactação com diferentes teores de umidade, gerando assim pontos que
formam a curva de compactação do solo.
44

Gráfico 2 – Curva de compactação do solo na energia intermediária

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

Gráfico 3 – Curva de compactação do solo na energia intermodificada

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.


45

Percebe-se que com o acréscimo da energia de compactação houve uma redução da


umidade ótima, para a energia intermediária foi de 7,8%, em contrapartida, para a energia
intermodificada obteve-se de 7,2%. O inverso é verificado no que diz respeito à massa
específica seca máxima, que é maior para a maior energia. Estes resultados são pertinentes
com a literatura.

5.1.4 Índice de Suporte Califórnia

Para a determinação do Índice de Suporte Califórnia (CBR) do solo foram moldados 6


corpos-de-prova, sendo 3 compactados com energia intermediária e 3 compactados com
energia intermodificada. O CBR, em porcentagem, para cada corpo de prova, é dado por:

Adota-se para o índice CBR média dos maiores valores de cada corpo de prova para as
penetrações de 0,2” (2,54 mm) e 0,4” (5,08 mm), no caso 27,10% para energia intermediária e
32% para energia intermodificada.
Assim, conclui que o solo puro não é suficiente para a camada de base em um
pavimento, mas de acordo com o DNIT a sua utilização é viável para camadas de sub-base
(CBR≥20%).

5.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO GRAN´ÍTICO

5.2.1 Análise granulométrica

A curva granulométrica do agregado granítico trabalhado é apresentada no Gráfico 3.


No qual foi realizada de acordo com a norma DNER-ME 083/98 - Agregados – Análise
granulométrica.
46

Gráfico 4 – Curva granulométrica do agregado

120%

100%
Porcentagem que passa

80%

60%

40%

20%

0%
0,00 mm 5,00 mm 10,00 mm 15,00 mm 20,00 mm 25,00 mm 30,00 mm 35,00 mm 40,00 mm
Diâmetro dos grãos

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

O agregado em estudo apresenta descontinuidade em sua curva, possuindo


principalmente em sua graduação diâmetros de 9,5 a 25 mm.

5.2.2 Determinação do Índice de forma

Para fins rodoviários procura-se utilizar agregados que possuam forma cúbica, pois
estes materiais tendem a sofrer menos fracionamento ao serem submetidos aos esforços
oriundos de cargas de compactação, bem como aos esforços do tráfego.
O índice de forma de um agregado é definido de acordo com o preconizado na norma
DNER-ME 086/94. O valor encontrado varia de 0 a 1, sendo cada vez mais cúbico ao se
aproximar do valor 1 (cubo perfeito).
Com o ensaio pode-se obter o valor para o índice de forma de 0,81, o que enquadra o
agregado como sendo de forma cúbica. Portanto, apresentou-se apto para utilização de fins
rodoviários.

5.2.3 Determinação da Abrasão “Los Angeles”

Com o ensaio realizado foi possível determinar o desgaste do agregado e avaliar a


resistência de materiais, verificando a resistência à abrasão provocada pelo tráfego dos
47

agregados de uma mistura. Foi constatado o valor para a abrasão de 27,45%, estando o
resultado dentro dos padrões da ABNT NBR 11806:1991, onde o mesmo deve ser inferior a
40%. Dessa forma, o material analisado nesta pesquisa mostrou-se dentro dos parâmetros
exigidos, consolidando a sua aplicaobilidade aos fins que este estudo se propõe.
Segundo Senço (2007) o ensaio abrasão los angeles é o ensaio mais aceito para
determinar a resistência de agregados – quando trabalhados em camadas ou quando fazendo
parte de misturas – aos esforços oriundos das cargas do tráfego. Embora seja um ensaio misto
de abrasão e impacto, tem apresentado muito boa correlação entre previsões baseadas nos
ensaios e o comportamento dos agregados na pista.

5.3 CARACTERIZAÇÃO DA MISTURA

5.3.1 Análise granulométrica da mistura

No Gráfico 5 tem-se a curva granulométrica da mistura.

Gráfico 5 – Granulometria da mistura

100,00 %

90,00 %

80,00 %

70,00 %
Porcentagem que passa

60,00 %

50,00 %

40,00 %

30,00 %

20,00 %

10,00 %

0,00 %
0,01 mm 0,10 mm 1,00 mm 10,00 mm 100,00 mm
Diâmetro dos Grãos

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

A mistura do solo e brita em estudo apresenta descontinuidade nas dimensões dos seus
grãos, possuindo graduação principalmente entre o intervalo de 0,1 a 2 mm.
48

5.3.2 Compactação da mistura

O ensaio foi realizado com energia de compactação intermediária, com 26 golpes e


energia de compactação intermodificada, com 39 golpes. O comportamento da mistura após a
sua compactação com diferentes teores de umidade para diferentes energias pode ser visto no
Gráfico 6.

Gráfico 6 – Curvas de compactação da mistura, da energia intermediária e intermodificada

3,30 g/cm³

2,80 g/cm³
Peso específico seco

2,30 g/cm³

1,80 g/cm³

Intermediária
1,30 g/cm³
Intermodificada

0,80 g/cm³
0,00 % 2,00 % 4,00 % 6,00 % 8,00 % 10,00 %
Umidade

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

O gráfico indica que quanto maior foi a energia de compactação, maior a massa
específica seca e menor a umidade ótima. Este comportamento já era esperado, pois o
acréscimo na energia de compactação causa fragmentação nos agregados, havendo assim uma
melhor reorganização das partículas, no que resulta numa maior massa específica seca.
No entanto, pode-se observar que a umidade ótima para a energia intermediária foi de
5,2% e para a intermodificada 4,8%. Ao compara-las com o solo puro que para a energia
intermediária teve-se 7,8% e para a intermodificada 7,2%, é possível perceber que houve uma
redução da umidade ótima, isso se deu devido a utilização do agregado granítico pois o
mesmo não absorve muita água.
49

5.3.3 Índice de Suporte California

Para a determinação do CBR da mistura solo-brita foram moldados 3 corpos-de-prova,


compactados com energia intermediária e com energia intermodificada. Para se ter o CBR, em
porcentagem, para cada corpo de prova, deve-se considerar a seguinte equação:

Como realizado no CBR do solo, adota-se para o CBR a média dos maiores valores de
cada corpo de prova para as penetrações de 0,2” (2,54mm) e 0,4” (5,08mm). Dessa forma,
para a energia intermediária obteve-se um CBR de 66,57% e para a energia intermodificada
81,26%.
Assim, conclui-se que a mistura na energia intermediária, por possuir CBR > 60% e
CBR < 80%, pode ser aplicada para vias de tráfego médio. Já na energia intermodificada, por
apresentar CBR > 80% pode ser aplicada para vias de alto volume de tráfego.
50

6 DIMENSIONAMENTO

Com a intenção de se verificar o desempenho de pavimentos executados a partir das


técnicas de estabilização estudadas nesta pesquisa, foi realizado o dimensionamento com base
na análise no programa experimental.
De acordo com Greco (2006) dimensionar um pavimento significa determinar as
espessuras das camadas que o constituem de forma que estas camadas (reforço do subleito,
sub-base, base e revestimento) resistam e transmitam ao subleito as pressões impostas pelo
tráfego, sem levar o pavimento à ruptura ou a deformações e a desgastes excessivos. O
dimensionamento foi baseado de acordo com a Norma Rodoviária DNER-ME 667/22 -
Método de Projeto de Pavimentos Flexíveis.

6.1 ENERGIA INTERMEDIÁRIA

Este item consiste em dimensionar uma via de médio volume de tráfego ( < N ≤ 5.
), já que o CBR para essa energia se enquadrou nesse tipo de via, com passagem de
veículos leves, e revestimento com tratamento superficial, sendo as camadas granulares.
Adotando subleito com CBR de 10%, nesse caso não há necessidade de um reforço.
Tem-se para a sub-base o uso do solo puro com CBR = 27,10%, como já mencionado no
trabalho e a base composta da mistura de solo e brita (60% solo – 40% brita) com CBR de
66,57%.
A Tabela 5 mostra as espessuras mínimas de revestimento betuminoso de acordo com
o DNIT (2006), assim para uma via de médio volume de tráfego (106 < N ≤ 5.106) a espessura
mínima de revestimento (R) = 5cm.

Tabela 5 – Espessura mínima de revestimento betuminoso

N Espessura mínima de revestimento betuminoso


N ≤ 106 Tratamentos superficiais betuminosos
106 < N ≤ 5. 106 Revestimentos betuminosos com 5,0 cm de espessura
5.106 < N ≤ 107 Concreto betuminoso com 7,5cm de espessura
107 < N ≤ 5. 107 Concreto betuminoso com 10,0cm de espessura
N > 5. 107 Concreto betuminoso com 12,5cm de espessura

Fonte: DNIT, 2006

De acordo com a Tabela 6 é possível encontrar os valores do coeficiente de


51

equivalência estrutural (K), sendo eles:

Tabela 6 – Coeficiente de equivalência estrutural

Componentes dos pavimentos Coeficiente k


Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00
Base ou revestimento pré-misturado a quente, de graduação densa 1,70
Base ou revestimento pré-misturado a frio, de graduação densa 1,40
Base ou revestimento por penetração 1.20
Base granular 1,00
Sub-base granular 0,77 (1,00)
Reforço do subleito 0,77 (1,00)
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 dias, superior a 45 Kg/cm² 1,70
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 dias, superior a 45 Kg/cm² 1,40
e 28 Kg/cm²
Solo-cimento com resistência à compressão a 7 dias, superior a 28 Kg/cm² 1,20
a 21 Kg/cm²
Bases de Solo-Cal 1,20

Fonte: DNIT, 2006

Para a determinação da espessura do pavimento ( ) e espessura do pavimento


sobre a sub-base ( ), faz-se necessário a análise do Gráfico 7. Assim,

A norma DNER-ME 667/22 menciona que para a determinação da espessura do


pavimento sobre a sub-base, tem-se CBR de 27,10%, adota-se no ábaco 20, devido a ser é
maior.
52

Gráfico 7 – Espessura total do pavimento, em função de N e de IS ou CBR, em termos de


material com k = 1,00, isto é, em termos de base granular.

Fonte: DNIT, 2006

Com as espessuras determinadas e o coeficiente de equivalência estrutural, é possível


encontrar as espessuras mínimas de revestimento betuminoso, as espessuras de base (B), sub-
base e reforço de subleito ( são obtidas pela resolução das seguintes equações:

Onde:
KR: coeficiente de equivalência estrutural do revestimento;
53

R: espessura do revestimento;
KB: coeficiente de equivalência estrutural da base;
B: espessura da base;
H20: espessura de pavimento sobre a sub-base;
Ks: coeficiente de equivalência estrutural da sub-base;
h20: espessura da sub-base;
Hn: espessura do pavimento sobre a camada com IS = n;
Kref: coeficiente de equivalência estrutural do reforço de subleito;
hn: espessura do reforço do subleito;
Hm: espessura total do pavimento necessária para proteger um material com CBR ou
ISC igual a m.

Base:

Logo,

Sub-base:

Assim,

A Figura 18 esquematiza o dimensionamento do pavimento flexível pelo método do


CBR, de acordo com a energia de compactação intermediária para uma via de volume médio
de tráfego.
54

Figura 18 – Dimensionamento do pavimento flexível para a energia intermediária

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

6.2 ENERGIA INTERMODIFICADA

Para o dimensionamento do pavimento através da energia intermodificada considerou-se o


subleito com CBR de 10%, não havendo necessidade de reforço. Tem-se para a sub-base o uso do
solo puro com CBR = 32%, e a base composta da mistura de solo e brita (60% solo – 40% brita)
com CBR de 81,26%, resultando assim em um via de volume alto de tráfego (CBR > 80%).
Como se trata de uma via de alto volume de tráfego (N ˃ 5.107). Pela Tabela 5 obteve-
se a espessura mínima de revestimento (R) = 12,5 cm.
De acordo com a Tabela 6 é possível encontrar os valores do coeficiente de
equivalência estrutural (K), sendo eles:

Para a determinação da espessura do pavimento ( ) e espessura do pavimento


sobre a sub-base ( ), faz-se necessário a análise do Gráfico 7. Assim,

A norma DNER-ME 667/22 menciona que para a determinação da espessura do


pavimento dobre a sub-base, tem-se CBR de 32%, adota-se no ábaco 20, devido a ser é maior.
Base:
55

Logo,

Sub-base:

Assim,

A Figura 19 esquematiza o dimensionamento do pavimento flexível pelo método do


CBR, de acordo com a energia de compactação intermodificada para uma via de alto volume
de tráfego.

Figura 19 – Dimensionamento do pavimento flexível para a energia intermodificada

Fonte: Dados da pesquisa, 2014


56

7 CONCLUSÕES

Neste item são apresentados os principais pontos concluídos após o término da


pesquisa. As conclusões aqui explanadas baseiam-se nos resultados do programa experimental
executado.

- O solo ensaiado possui valores de LL inferiores a 25% e de IP inferiores a 6%. Esse fato
permite o enquadramento do material, quanto aos critérios de plasticidade, o que permite
assim a aplicação em camadas de base e sub-base de pavimentos.

- Quanto aos resultados dos ensaios de compactação pode-se observar que as massas
específicas secas máximas aumentaram, porém com uma variação muito pequena, e as
umidades ótimas diminuíram com o acréscimo de energia de compactação. De acordo com a
teoria, os resultados encontrados para esses dois parâmetros já eram esperados quando se
eleva a energia de compactação;

- Com relação as umidades ótimas verificou-se que com a adição do agregado granítico,
houve uma diminuição da umidade ótima, isso se dá pelo fato do agregado granítico não
absorver uma certa quantidade de água.

- Em se tratando dos resultados dos ensaios de CBRs conclui-se que o acréscimo de energia
de compactação tende a elevar os valores de CBRs, provavelmente existe uma energia, entre
as energias intermediária e intermodificada, mais adequada para cada situação de projeto.

- Com o dimensionamento do pavimento flexível verificou-se que a mudança das energias


possibilitou a utilização do mesmo material para diferentes tipos de vias, sendo elas de médio
e alto volume de tráfego. No entanto, é possível afirmar que o emprego da energia
intermodificada é eficaz para os solos em estudo.
57

REFERÊNCIAS

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