Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Enfermagem
em
Pacientes Graves
Introdução................................................................................................................01
Humanização em UTI...............................................................................................12
Monitorização Hemodinâmica....................................................................................15
Referencias Bibliográficas........................................................................................110
2
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Introdução
A enfermagem, enquanto profissão teve início na Inglaterra, no século XIX, com o trabalho
de Florence Nightingale, recrutando e treinando um grupo de mulheres para colaborarem nos
cuidados e na higiene dos soldados feridos durante a Guerra da Criméia (1854-l856). Nessa
época, também com Florence Nightingale, surgiu a idéia de classificar os doentes de acordo
com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves
ficassem próximos à área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilância e melhor
atendimento.
As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas de recuperação na década
de 20, para assistência a pacientes de neurocirúrgia, no Hospital "Johns Hopkins", na década
de 30 em Teubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva pós-operatória2. Na década de
40, surgiram salas de recuperação cirúrgica em Rochester, Minnesota e Nova York e em Nova
Orleans no "Ochsner Clinic".
3
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os hospitais e forçou a criação
de centros regionais para o atendimento dos pacientes. Estes centros de pólio levaram o
impacto da tecnologia e as modernas técnicas de ventilação mecânica prolongada, evoluíram
fora das salas de cirurgia, o que fez com que as enfermeiras lidassem, pela primeira vez, com
equipamento que as separava de seus pacientes e aprendessem a combinar manipulação de
instrumentos com os cuidados manuais.
Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas unidades, o alto risco dos pacientes
internados, as enfermeiras praticavam a humanização no ambiente de terapia intensiva,
visando um melhor atendimento ao paciente, bem como aos seus familiares e redução do
stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a este paciente.
4
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na década de
70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto hospitalar.
O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores progressos obtidos pelos hospitais
de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias
enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos materiais e humanos para melhor
qualidade desse cuidado.
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos
agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão
familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. Revisões
periódicas devem ser consideradas na medida em que a prática da terapia intensiva evolui. O
projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de diretor médico,
enfermeiro chefe da UTI, arquiteto principal, administrador hospitalar e engenheiros. Esse
grupo deve avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de
fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de
ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem,
fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de
apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros).
Localização
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com
acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso
direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação
pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.
Número de Leitos
Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes
gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de
cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos
médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais. Um método empírico frequentemente
relatado é que um hospital geral deveria destinar 10% da capacidade de leitos para UTI. Uma
UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais
leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa,
com rendimento insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados
em cirurgia, cardiologia e em emergência devem fazer cálculo específico.
6
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Forma da Unidade
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados
ou mistos. A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a
separação dos leitos pôr divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos
pacientes. As unidades com leitos dispostos em quartos fechados devem ser dotados de
painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é
necessária uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda
eletrocardiógrafa e frequência cardíaca. Unidades com quartos fechados proporcionam maior
privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos
pacientes infectados e imunossuprimidos. A unidade mista combina os dois tipos de forma e
tem sido adotada com bons resultados.
Área de internação
Área de Pacientes
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja
possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as
circunstâncias de rotina e de emergência. O projeto preferencial é aquele que permite uma
linha direta de visão, entre o paciente e o posto de enfermagem. Os sinais dos sistemas de
chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e telefones se somam
à sobrecarga auditiva nas U.T.Is. Devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-
7
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
se em consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da
manutenção e movimentação dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser construídos
de materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos tetos
podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem ser defasadas
para reduzir a transmissão dos sons.
Posto de Enfermagem
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e prover
uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de
trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. Cada posto deve ser servido pôr uma área de
serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima de 8m2 e ser localizada
anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas
específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um sistema
funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede devem
estar presentes. Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é essencial
quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser previsto espaço adequado para se
colocar os gráficos de registros médicos e de enfermagem. Os formulários de registro médicos
e impressos devem estar armazenados em prateleiras ou armários de modo que possa ser
facilmente acessados pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso.
As salas de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam interligadas. Os
pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza.
Banheiro de Pacientes
8
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Localizado na área de internação da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos
os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro.
Armazenamento de Equipamentos
Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A
localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do
equipamento desejado. Deve ser previsto, tomadas elétricas aterradas em número suficiente
para permitir a recarga dos equipamentos operados à bateria.
Laboratório
Todas as U.T.Is. Devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas pôr
dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um
laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes
químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial.
Sala de Reuniões
Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser
projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes.
Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a
observação simultânea de uma série de radiografias.
Conforto Médico
Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e chuveiro.
A sala deve ser ligada à U.T.I. por telefone e ou sistema de intercomunicação.
Recepção da U.T.I.
Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o acesso de
visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes
de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os
profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e um sistema de intercomunicação com as
áreas da U.T.I. Efetivo.
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is.,
destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para
visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e
sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximos a ela. São desejáveis para este
ambiente cores vivas, carpete, janelas, iluminação indireta e suave. Deve ser previsto
telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de circuito interno de TV e
materiais educativos.
10
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Rota de Transporte de Pacientes
Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser separados dos utilizados
pelos visitantes. O transporte dos pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada.
Quando necessário o uso de elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e
separado do acesso público.
Módulo de Pacientes
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções necessárias de
saúde. A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir
livre movimentação da equipe par atender às necessidades de terapia do paciente. Cada
módulo de U.T.I. deve ter um alarme de parada cardíaca interligado no posto de enfermagem,
sala de reuniões, sala de descanso dos funcionários e demais salas com chamada.
No projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o stress do paciente e dos funcionários deve
ser planejado, incluindo iluminação natural e vista externa. As janelas são aspectos
importantes de orientação sensorial e o maior número possível das salas deve ter janelas para
indicação de dia/noite. Para controlar o nível de iluminação podem utilizar cortinas, toldos
externos, vidros pintados ou reflexivos. Outros recursos para melhorar a orientação sensorial
dos pacientes pode incluir a provisão de calendário, relógio, rádio, televisão e ramal
telefônico. A instalação de T.V. deve ficar fora do alcance dos pacientes e operados pôr
controle remoto.
11
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
familiares. A escolha das cores das paredes proporcionam descanso e propicia ambiente
tranquilo.
12
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
A tecnologia aplicada à assistência hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
viabiliza o prolongamento da sobrevida do paciente em situações muito adversas. Este
fenômeno altamente positivo por um lado, por outro, é um dos fatores determinantes do
aumento do risco de Infecção Hospitalar (IH) em pacientes críticos. Na UTI concentram-se
pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves, necessitando de monitorização e suporte
contínuos de suas funções vitais. Este tipo de clientela apresenta doenças ou condições
clínicas predisponentes a infecções. Muitos deles já se encontram infectados ao serem
admitidos na unidade e, a absoluta maioria, é submetida a procedimentos invasivos ou
imunossupressivos com finalidades diagnostica e terapêutica.
A associação de doenças e fatores iatrogênicos faz com que os pacientes sejam mais
susceptíveis à aquisição de infecções. A resposta imunológica do paciente em terapia
intensiva frente ao processo infeccioso é deficiente. Os seus mecanismos de defesa estão
comprometidos tanto pela doença motivadora da hospitalização quanto pelas intervenções
necessárias para o diagnóstico e tratamento. Embora, os leitos destinados para terapia
intensiva representem menos de 2% dos leitos hospitalares disponíveis no Brasil, eles
contribuem com mais de 25% das infecções hospitalares, com significativo impacto nos
índices de morbidade e mortalidade. Em muitos serviços as taxas chegam a ser 5 - 10 vezes
maior neste grupo de pacientes.
Prevenção e controle
A enorme importância deste tipo de intervenção está patente no fato de, que cerca de 50% de
infecções nosocomiais que podem ser prevenidas, a grande maioria são as que resultam
diretamente de cuidados prestados aos doentes. É dever de todos os profissionais de Saúde
promover um ambiente biológicamente seguro.
Infecção respiratória
13
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Promover uma boa higiene orotraqueal, especialmente nos doentes com sondas
nasogástricas (os microorganismos proliferam com grande facilidade num meio descuidado);
- Proporcionar uma mobilidade ao doente, que apresente esta capacidade diminuída, através
de alterações de decúbitos (vai contribuir para uma melhor ventilação e facilitando assim o
impedimento de estase de secreções e, por conseguinte uma inflamação dos alvéolos);
- Vigilância e despiste de sinais e sintomas (tosse excessiva, febre que não regride, dor
torácica a agravar e hemoptises);
- Usar cateters adequados à veia a puncionar e à finalidade a que se destinam (tendo em conta
a medicação a fazer e a duração do respectivo tratamento);
- Explicar ao doente a necessidade do cateter e que o seu manuseamento deve ser delicado
(evitando traumatismos desnecessários);
14
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Efetuar uma correcta fixação do cateter, evitando a colocação de adesiva em redor deste,
pois com o passar do tempo (mesmo apenas 24 horas) vai existir uma acumulação de
microorganismos devido à cola do adesivo;
- Evitar a manipulação da borracha dos sistemas e tentar utilizar as torneiras de três vias,
procedendo-se, sempre que possível, à mudança do sistema ao fim de 24 horas devido ao seu
manuseamento;
- Cateters colocados em situação de urgência devem ser retirados assim que possível e
substituídos por outro (devido a possível uso incorrecto de assépsia devido à situação de
urgência).
Infecção urinária
- Utilizar cateter vesical adequado e apenas em última situação (pode-se optar por um
cateterismo intermitente em caso de pós-operatório);
- Proceder a uma higiene perineal correcta e mantê-la enquanto o cateterismo for necessário;
15
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Se a instituição assim o disponibilizar deve-se utilizar os kits de cateterismo;
- Proceder a uma hidratação adequada em conformidade com o doente (cerca de 1,5 litros por
dia);
Infecção da sutura
- Evitar utilizar produtos químicos aquando a desinfecção das paredes para a realização da
sutura;
- Isolar o doente que assim o necessite, de forma a evitar a contaminação de outros.
Estes procedimentos são apenas uma pequena parte do que se deve efetuar. Todos os
profissionais de Saúde são responsáveis por um pequeno contributo, desde o seu vestuário até
a manutenção do ambiente.
Humanização em UTI
16
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. Estas intervenções visam sobretudo
tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente, considerando-o como um todo
bio-psico-sócio-espiritual.
De acordo com Malik (2000) apud Nunes, humanização é um ato ou efeito de humanizar, não
uma técnica, não é uma arte ou artifício, é um processo vivencial que permeia toda atividade
de um local e das pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como
pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares que cada um se encontra no momento de
sua internação.
A essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos equipamentos especiais,
mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida compreensão das condições
fisiológicas e psicológicas do paciente.
Para que haja humanização total em uma UTI, três diferentes aspectos devem ser
considerados (AMIB, 2004):
O ambiente físico.
O cuidado com o paciente e seus familiares;
A atenção ao profissional da equipe;
O Ambiente Físico na UTI
Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranqüilo.
Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os ruídos dos
equipamentos e da equipe.
Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o verde das
árvores.
O Ambiente Físico na UTI
Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos profissionais, além de
maior privacidade para o paciente.
17
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou ouçam as
intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos ansiedade.
O cuidado com o paciente e família.
O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito essencial para
humanizar.
Oferecer cadeira para acompanhantes, para que possam permanecer o mais tempo possível
com o paciente, evitando sentimentos como abandono e solidão. Oferecer informações e
conscientização dos familiares sobre a doença e o tratamento ao qual o paciente está sendo
submetido, avaliando suas necessidades e o grau de satisfação em relação aos cuidados
prestados.
18
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Por isso, “deve-se cuidar de quem cuida”, evitando as manifestações do estresse, como fadiga
física e emocional, tensão e ansiedade, geradas comumente em uma UTI e como condição
necessária para aumentar a qualidade do cuidado prestado. Uma remuneração justa, sala de
descanso para os plantonistas, atendimento psicológico e palestras educativas aos
profissionais.
A solução para a humanização está na equipe de saúde, que deve mostrar seu lado humano a
cada procedimento e acima de tudo mostrar que têm sentimentos, que são conscientes dos
desafios a serem enfrentados e dos limites a serem transpostos.
A humanização deve fazer parte da filosofia da enfermagem. O ambiente físico, recursos
materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a essência
humana. Esta sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe, tornando-os capazes de
criticar e construir uma realidade mais humana, menos agressiva e hostil para os que
diariamente vivenciam a UTI.
É grande o número de pacientes que exigem cuidados intensivos que nem sempre este estão
restritos nas unidades intensivas e sim em outros setores dos hospitais, como: emergências,
enfermarias e ambulatórios.
A assistência ao ser humano unidade bio, pisco, social, espiritual, com suas necessidades
básicas em seu ciclo saúde-doença-cuidado é objetivo essencial da Assistência de
Enfermagem.
Os Enfermeiros devem estar preparados e aptos para manuseios e funcionamento de
equipamentos e qualificados cientificamente sob o ponto de vista cognitivo e de habilidades
para atender a um cliente crítico. Não podemos prever quando e como irá acontecer o
19
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
agravamento de uma condição clínica de um paciente e esta necessidade de atendimento
deverá ser prestada de imediato evitando disfunção de orgão vital, iatrogenias e até mesmo a
morte.
O conselho Federal de Enfermagem normatiza em âmbito Nacional, a obrigatoriedade de
haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços que desenvolvam ações de enfermagem
que envolva procedimentos de alta complexidade, comum na assistência a pacientes
críticos/potencialmente críticos. É responsabilidade privativa do Enfermeiro, cuidados diretos
de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida os cuidados que exijam conhecimentos
cientifícos e tomadas de decisões imediatas e como integrante da equipe de saúde. Compete
ao Enfermeiro dirigir, coordenar planejar, prescrever, delegar, supervisionar e avaliar as ações
de Enfermagem de acordo com a necessidade e dependência do paciente. O paciente grave
será adequadamente assistido se for avaliado, reconhecido e priorizados.
A equipe de Enfermagem deve ter base de conhecimentos que facilite a capacidade de
perceber uma grande variedade de questões, bem como informações altamente definidas e
especifícas, pois o profissional atual deve ser o mais auto realizado possível: físico, emocional
e espiritual a fim de atender os desafios de cuidar daqueles gravemente enfermos.
O objetivo da Assistência de Enfermagem é sempre promover equilíbrio fisiológico e
emocional ao paciente. A estrutura e equipamentos de atendimento ao paciente
crítico/potencialmente crítico deverá constar da interdisciplinaridade e da humanização, com
enfoque nas necessidades do usuario, na integralidade assistêncial e no respeito à participação
efetiva dos diferentes profissionais envolvidos na atenção a paciente crítico/potencialmente
crítico. (Ministério da saúde Portária 1071 de 04/07/2005).
Monitorização Hemodinâmica
20
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo fazer
prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis
complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia
adequada, prevenindo maiores complicações.
A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas unidades de cuidados
críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não invasiva é reduzir as
complicações associadas às técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva.
A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva dá-se por ser uma técnica
menos invasiva, com facilidade no manuseio, de menor custo e que em estados clínicos
duvidosos pode ser confirmada por exames complementares. Assim, asseguramos ao paciente
a uma monitorização eficaz, menos invasiva e prevenindo até mesmo uma infecção.
- Temperatura: mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa pode ser
mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o valor obtido é um grau Celsius
acima da temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser obtida com termômetro
esofágico, cateter de pressão intracraniana com dispositivo de temperatura e também com
cateter de artéria pulmonar através da termodiluição.
21
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Frequência respiratória: é mensurada através da observação da expansão torácica
contando o número de inspirações por um minuto.
- Oximetria de pulso: é a mensuração da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial e o
pulso cardíaco. Vem otimizando os cuidados com o paciente e minimizando o potencial de
episódios de hipóxia.
22
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Monitor Multiparamétrico
- Pressão arterial invasiva: A pressão por este método é medida através de um cateter
introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é
obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e
média.
- Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a
capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Para a mensuração da
PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior),
comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É
checado radiologicamente para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e não esteja
dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a mensuração da PVC, um manômetro de água
graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja
oscilação da coluna d'água ou do gráfico no monitor, acompanhando os movimentos
respiratórios do paciente valores normais:
- 6 a 10 cm de água;
- 3 a 6 mmHg.
25
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
A queda da PAP pode indicar hipovolemia. Um aumento da PAPS indica aumento do
fluxo sanguíneo, ou aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, causado por pericardite,
doença da valva mitral, hipoxemia, falência de VE. Um aumento da PAPD é observado
em pacientes com doença do parênquima pulmonar, embolia pulmonar e taquicardia.
26
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Após a punção do sítio de inserção, o médico procede da mesma forma que um cateter
central, diferenciando apenas pela colocação de um introdutor que irá proteger o cateter; o
balonete do cateter é insuflado e começa a ser inserido dentro do introdutor, vamos
acompanhar a introdução do cateter pelo monitor, onde visualizamos a morfologia da curva
de pressão, cada câmara cardíaca tem uma curva específica, permitindo identificar a
localização do cateter.
27
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
28
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Reconhecendo e atuando nos agravos cardiovasculares
Insuficiencia Cardiaca Congestiva
A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o infarto do miocárdio.
Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais músculo morrerá, consequentemente, mais
fraco fica o coração. Se o infarto necrosar uma grande área, o paciente morre por falência da
bomba cardíaca. Outra causa comum de insuficiência cardíaca é a hipertensão não tratada.
Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada, o coração precisa fazer mais força
para vencer essa resistência e distribuir o sangue pelo corpo. Como todo músculo quando
exposto a um estresse, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. É a
hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a fase precoce de uma insuficiência
cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre na hipertensão é diferente daquela que ocorre
nos atletas que possuem o coração mais forte.
Reparem na figura abaixo que o coração hipertrofiado pela hipertensão apresenta as paredes
mais grossas e consequentemente menos espaço para o ventrículo se encher de sangue.
Apesar de estar mais musculoso, o coração se enche menos e por isso bombeia menos sangue
a cada batida (sístole). Essa é a fase de insuficiência cardíaca diastólica, ou seja, o coração
não consegue se encher na diástole, período de relaxamento do coração que ocorre entre as
sístoles (contrações cardíacas).
29
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Se a hipertensão não for tratada, o coração continua a sofrer até o ponto em que não consegue
mais se hipertrofiar. Depois de muito tempo sofrendo estresse o músculo cardíaco começa a
se estirar e o coração fica dilatado assim o músculo que tem pouca capacidade de contração e
um coração que já não consegue bombear o sangue adequadamente. O órgão se torna grande e
insuficiente.
30
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Existem várias outras doenças que causam insuficiência cardíaca, quase todas se encaixam em
um dos exemplos acima de isquemia/lesão muscular/estresse cardíaco, como tabagismo,
diabetes, obesidade, alcoolismo e doenças pulmonares;
Sinais e sintomas
Os sintomas da insuficiência cardíaca dependem da câmara mais afetada e da gravidade do
quadro. A insuficiência do ventrículo esquerdo se manifesta com sintomas de baixo débito de
sangue para o corpo. O principal é a fraqueza e o cansaço aos esforços. Nas fases avançadas
da insuficiência cardíaca, o paciente pode se cansar com tarefas simples como tomar banho e
pentear o cabelo. Outro sintoma típico é a falta de ar ao deitar. A incapacidade de bombear o
sangue para os tecidos causa um acúmulo do mesmo nos pulmões. O sangue que sai dos
pulmões não consegue chegar eficientemente ao coração porque esse não consegue bombear o
sangue que já se encontra dentro dele. Essa lentidão no fluxo pulmonar causa extravasamento
chamado de congestão pulmonar. Em casos graves desenvolve-se o edema pulmonar o edema
do pulmão é uma urgência médica. Se houver uma insuficiência do coração direito associado,
esses edemas são ainda maiores, pois além do excesso de água, o ventrículo direito não
consegue fazer com que o sangue das pernas chegue aos pulmões. Ocorre então um grande
represamento de sangue nos membros inferiores e grandes inchaços. Dependendo do grau de
31
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
disfunção cardíaca, pode haver edemas até a barriga, chamado de ascite. A imagem típica da
insuficiência cardíaca grave é a do doente com inchaços nas pernas, cansado mesmo em
repouso, com tosse e expectoração esbranquiçada (congestão pulmonar) e intolerância ao
decúbito (não consegue deitar).
Tratamento
O tratamento é feito com restrição de sal e água, diuréticos, anti-hipertensivos e
medicamentos que aumentam a força cardíaca como a digoxina. Obesos devem emagrecer
fumantes têm que largar o cigarro, álcool deve ser evitado e exercícios supervisionados para
reabilitação cardíaca são indicados. A pressão arterial deve ser controlada com rigor. Nos
casos terminais a única solução é o transplante cardíaco. Por isso, o melhor tratamento ainda é
a prevenção.
Cuidados de enfermagem
Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas;
Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração;
Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico;
Promover restrição hídrica.
Estimular e supervisionar a respiração profunda;
Executar exercícios ativos e passivos com os MMII;
Pesar o paciente diariamente;
Realizar balanço hídrico;
Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídias;
Doenças coronarianas
32
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
São assim classificadas todas aquelas doenças que se relacionam ao coração. Dentre elas,
as mais comuns e principais causas de morte no mundo são a angina pectoris (angina do
peito) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A cardiopatia Isquêmica, também conhecida
como coronariopatia é o nome dado a um conjunto de doenças do coração que estão
intimamente relacionadas. Dependendo da velocidade de desenvolvimento e intensidade da
isquemia (falta de oxigenação no tecido cardíaco), pode ocorrer à manifestação de quatro
diferentes doenças, que são:
Angina Pectoris;
Infarto Agudo do Miocárdio;
Cardiopatia Isquêmica Crônica;
Morte Súbita Cardíaca.
Angina pectoris
Caracterizada por dor ou desconforto torácico (no peito) causada por isquemia do miocárdio.
Esta condição pode levar ao Infarto Agudo do Miocárdio ou a morte súbita cardíaca. Pode se
apresentar em três diferentes padrões:
33
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Angina de Prinzmetal ou variante. Este padrão pode ocorrer mesmo em repouso e é
aliviado por vasodilatadores.
Angina instável é a forma mais grave com a dor mais intensa e prolongada, também
chamada de "angina pré-infarto".
Responsável pela maioria das mortes dentro das cardiopatias isquêmicas mata mais do que
todas as formas de câncer que existem. A incidência do IAM aumenta com a idade, sendo
mais comum entre 45 e 54 anos. A principal causa de IAM é a aterosclerose coronariana
(mais de 90% dos casos). O IAM pode ocorrer em um período bem variável, de alguns
minutos à horas. Tipicamente, o início é súbito, com dor precordial intensa que pode se
irradiar para o ombro esquerdo, braço ou mandíbula. A dor é geralmente acompanhada por
sudorese, náuseas, vômitos ou dispnéia.
34
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Fatores de risco
Tabagismo
Álcool
Sedentarismo (falta de exercícios físicos)
Hipertensão
Diabetes
Hipercolesterolemia (pessoas que possuem altos níveis de colesterol no sangue)
Stress físico e emocional.
Prevenção
Assistência de enfermagem:
Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência, alimentação
adequada, eliminações urinária e intestinal e administração de trombolíticos prescritos;
Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das enzimas
no sangue, ecocardiograma, dentre outros;
35
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar
continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando,
assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;
Repassar tais informações também à família
Arritmias Cardíacas
1) Taquicardias: A frequência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser
decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A frequência cardíaca é considerada
anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem
ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício).
2) Bradicardias: A frequência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser
normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas.
36
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Arritmias Ventriculares: aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos (câmaras inferiores
do coração).
Tipos de Taquicardias
Flutter Atrial: é uma arritmia causada por circuitos elétricos de condução lenta que se
originam nos átrios e promovem um ritmo rápido e regular do coração.
37
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Fibrilação atrial: impulsos elétricos extras originados nos átrios que desencadeiam
batimentos rápidos, desorganizados e irregulares.
Taquicardia Ventricular: impulso elétrico originado nos ventrículos que promove um ritmo
rápido e potencialmente ameaçador da vida. Geralmente, é uma emergência médica.
Tipos de Bradicardias
Sintomas
Os sintomas das arritmias são bastante variáveis, podendo ser silenciosa (não apresentar
sintomas). Elas podem ser diagnosticadas pelo médico durante exame cardiológico (exame do
pulso e ausculta do coração com aparelho específico).
38
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
O sintoma mais comum é a palpitação. Podem ocorrer também desmaios (recuperação rápida,
espontânea e sem alterações motoras), tonteiras, falta de ar, mal-estar, sensação de peso no
peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros. Os sintomas que indicam gravidade são
confusão mental, pressão baixa, dor no peito e desmaios. Caso ocorra algum desses sintomas,
é necessário realizar atendimento médico de urgência para evitar morte do paciente.
Eletrocardiograma (ECG)
O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam para os tecidos vizinhos e chegam à
pele. Assim, com a colocação de eletrodos no peito, podemos gravar as variações de ondas
elétricas emitidas pelas contrações do coração. O registro dessas ondas pode ser feito numa
tira de papel ou num monitor e é chamado de eletrocardiograma (ECG). No coração normal,
um ciclo completo é representado por ondas P, Q, R, S, T, com duração total menor do que
0,8 segundos.
39
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Neste gráfico se distingue uma onda P que corresponde à contração das aurículas, e um
consecutivo complexo QRS determinado pela contração dos ventrículos. Conclui o ciclo uma
onda T. Muitas alterações cardíacas determinam uma modificação da onda eletrocardiográfica
normal, de modo que o eletrocardiograma representa um precioso meio de diagnóstico.
Cateterismo cardíaco
2 - Através de uma punção da artéria femoral (que fica na coxa), ou na artéria radial (no
braço), é introduzido um longo cateter pela artéria aorta até chegar ao coração, no ponto onde
nascem as artérias coronárias.
40
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Se uma das artérias estiver com seu interior preenchido por placas de colesterol que obstruam
a passagem de sangue, elas também estarão obstruindo a passagem do contraste, sendo isto
facilmente perceptível durante a angiografia. A coronariografia é atualmente o melhor método
para o diagnóstico das obstruções das artérias coronárias.
Angioplastia
41
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
O stent é uma prótese metálica expansível, em forma cilíndrica, que é implantada logo após a
angioplastia pelo balão com o intuito de diminuir a chance da artéria coronária ficar
novamente obstruída por aterosclerose com o passar do tempo. O processo de implantação do
stent é igual ao da angioplastia. A angioplastia com stent é um procedimento razoavelmente
simples e o paciente costuma ter alta no dia seguinte, ficando internado durante a noite apenas
para observação.
42
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Ao final do procedimento, o cateter é removido e o paciente deve ficar deitado por algumas
horas com compressão sobre a artéria femoral para evitar a formação de hematomas no local
da inserção do cateter. O paciente com stent normalmente precisa tomar medicamentos que
inibam a ação das plaquetas para inibir a formação de coágulos e a trombose do stent. Quando
aplicável, o controle do diabetes, da hipertensão, do colesterol, a perda de peso e parar de
fumar são fatores essenciais para impedir a trombose do stent.
- AVC
43
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Infarto agudo do miocárdio
- Arritmia cardíaca
Repouso absoluto;
Posição de Fowler;
Controlar bomba de infusão de Nitroglicerina e Heparina;
Controlar PA e P cada meia hora (4 vezes ), depois de hora em hora;
Verificar curativo na região inguinal a cada hora;
Dieta leve;
Retirar bainha do introdutor após normalização de coagulação sanguínea, se
necessário anestesiar o local.
Proceder a cuidados pós-cateterismo diagnóstico por punção femoral.
Marcapasso
1. Marcapasso Transvenoso
2. Marcapasso Transcutâneo
45
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
3. Marcapasso Definitivo
Marcapasso
Marcapasso Transvenoso
Composto por uma bateria externa, o coração é estimulado por meio de impulsos elétricos
gerados por um cabo- eletrodo, colocado geralmente dentro do ventrículo direito, onde é
inserido por um acesso venoso central (subclávia ou jugular).
Marcapasso Transcutâneo
46
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
que envolvem as bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares com repercussão hemodinâmica
que não respondem adequadamente as drogas.
Marcapasso Definitivo
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transcutâneo
Tem a aplicação simples e fácil, devendo ser utilizado até que um marcapasso transvenoso ou
definitivo sejam providenciados.
47
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Manter o paciente constantemente monitorado (FC, FR, Oximetria).
Ficar atento para sinais de baixo débito cardíaco, queda na perfusão periférica, palidez
cutânea.
Manter o paciente com o marcapasso transcutâneo até sua estabilização e o implante
de um marcapasso transvenoso ou definitivo.
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transvenoso
48
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Fixe o gerador de preferência no tórax do paciente para evitar que o eletrodo se
desloque.
49
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Transtornos respiratórios: são assim designadas as doenças respiratórias em geral ou
aquelas que não são uma doença específica. Neste grupo incluem-se a apneia, síndrome do
desconforto respiratório do recém-nascido, dispneia, insuficiência respiratória,
hiperventilação, etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração de mecônio, respiração bucal,
laringismo, síndrome do desconforto respiratório do adulto, também são considerados
transtornos respiratórios.
50
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
laríngeas, a laringoestenose, a tuberculose laríngea, a paralisia das cordas vocais. Estas
doenças relacionam-se também com as otorrinolaringopatias.
Insuficiência respiratória: É uma alteração na função do sistema respiratório, que faz com
que a PO2 caia abaixo de 50 mmHg (hipoxemia) ou a PCO2 se eleve acima de 50 mmHg
(hipercapnia), conforme determinado na gasometria arterial.
Classificação
1- I.R. AGUDA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e acidemia (pH inferior a 7,35;
ocorrendo rapidamente, em geral dura dias ou horas;
51
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Tuberculose (TB): É uma infecção causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis),
normalmente de uma pessoa a outra através do ar. Em geral, infecta o pulmão, mas pode
ocorrer em quase todos os locais do corpo;
Derrame pleural: É uma coleção de líquido no espaço pleural, sendo quase sempre
secundário a outras doenças.
Bronquite Crônica: A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios.
Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes,
como o tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em
mulheres do que em homens.
Enfisema Pulmonar: Esta é uma doença crônica, na qual ocorre destruição gradativa dos
tecidos pulmonares, passando estes a ficarem hiperinsuflados. Normalmente sua etiologia
reside na exposição prolongada ao tabaco ou produtos químicos tóxicos.
Asma: A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite asmática, é uma
afecção pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à diminuição ou até
mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e
ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar.
52
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
As patologias respiratórias são diagnosticadas através da observação clínica, através de
técnicas e meios complementares de diagnóstico, entre os quais: testes da função respiratória,
testes de sons respiratórios, broncografia, broncoscopia, laringoscopia, radiografia pulmonar
de massa, testes de provocação nasal. Cada doença tem sintomas específicos, que só o médico
pode avaliar. Contudo, a tosse, a rouquidão, congestão nasal, dores no peito, dores de
garganta, garganta irritada, dificuldade em respirar quando não está a fazer esforço (a subir
escadas, a andar, a fazer exercício), dispneia, entre outros, são sintomas de doença
respiratória.
Assistência de enfermagem
53
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Educação p/ manutenção da saúde: Ingesta medicamentosa, atentar aos riscos
ambientais e climáticos, retornos ambulatoriais.
Evitar exposição a irritantes respiratórios
Notificar ao médico complicações;
Drenagem torácica
Indicações
Quilotórax: é o acúmulo de linfa no espaço pleural. É uma causa pouco frequente, mas
importante de derrame pleural, com diagnóstico usualmente difícil.
54
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Mesa auxiliar
- Foco auxiliar
- Gazes estéreis
- Fios de sutura
- Seringas e agulhas
- Solução antisséptica
- Luvas estéreis
- Capote
- Gorro cirúrgico
- Máscaras
55
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
"Tradição
- Fita adesiva
Posição do paciente
Como os drenos intercostais são quase invariavelmente colocados na linha axilar anterior, o
doente deve estar posicionado em decúbito dorsal, com o hemitórax a drenar ligeiramente
elevado com uma almofada, e o membro superior flectido sob a cabeça e preso para que
mantenha sempre a mesma posição.
56
Avenida XV de Novembro, 413-Centro
413 - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP:
CEP: 08500-405
08500
Tel.: (11) 4678-5508-
4678 colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Dispor material sobre mesa auxiliar
Auxiliar o médico no posicionamento do tórax a ser drenado; elevar acima da cabeça e
restringir o braço no lado a ser drenado.
Colocar sobre campo estéril, fio de sutura, lâmina de bisturi e cateter de drenagem.
Segurar anestésico para que o médico possa aspirar o conteúdo sem contaminar
Despejar solução antisséptica na cuba rim
Ajustar foco luz
Atender paciente e o médico durante procedimento
Preencher o frasco de drenagem com SF 0,9% conforme orientação médico
Após introdução dreno, auxiliar na conexão deste á extremidade distal do sistema sem
contaminar.
Após termino do procedimento, descartar material perfuro cortante em recipiente
especial (descarpack) e os demais no lixo hospitalar.
Fazer curativo no local da inserção
Registrar todo material utilizado, deixar paciente e a unidade em ordem.
Identificar curativo com data, hora, nome do realizador e anotar no prontuário.
Lavar mãos
Ligar para o setor de raios-X para realização de raios-X de tórax. (confirmar
posicionamento do dreno tórax)
Lavar as mãos, secar e fazer antissepsia com álcool 70% (ou seguir protocolo de cada
instituição).
Preencher o selo d´água com 300 ml de soro fisiológico 0,9%, ou 500 ml da mesma
solução. (ou seguir protocolo da sua instituição)
57
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Após-instalação do dreno, a mensuração dos débitos dos drenos deverá ser feita a cada
6 hora ou intervalos menores caso haja registros de débitos superiores a 100 ml/hora.
(casos de conteúdo liquido).
A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação do
frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume
drenado marcando também a hora da conferência.
A troca do selo d´água deverá ser feita a cada 12h.
Clampear o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade torácica e após a
troca, lembrar sempre que o dreno deve ser desclampeado.
Os curativos na inserção dos drenos devem ser trocados diariamente utilizando os
produtos preconizados pelo Serviço de Infecção Hospitalar de cada instituição
Colocar frasco de drenagem no piso, dentro de suporte, próximo ao leito do paciente,
ou dependurá-lo na parte inferior do leito, evitando-se desconexões acidentais ou
tombamento do frasco.
Nunca elevar frasco de drenagem acima do tórax sem ser clampeado.
Lavar as mãos, conforme após procedimento e sempre que houver necessidade de
"ordenhar" tubulação.
58
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Dreno de tórax
Intubação endotraqueal
A intubação traqueal é a passagem de um tubo através da boca ou do nariz até a traquéia. Está
indicada nos casos em que se deseja manter as vias aéreas eficientes, a aspiração de secreções
traqueobrônquicas, a ventilação assistida e/ou controlada com pressão positiva, evitar
aspiração de conteúdo gástrico e diminuir o espaço morto anatômico e o trabalho respiratório.
Ela pode ser realizada através das narinas (via nasotraqueal), boca (via oratraqueal) ou
abertura na parede da traquéia (transtraqueal).
Indicações
• Paciente grave com problema grave de oxigenação, que necessita de administração de altas
concentrações de oxigênio.
59
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
• Paciente com problema ventilatório sério que necessita de ventilação assistida.
Contraindicações
• Lesão cervical.
Material
• Equipamento de aspiração
• Fio guia
60
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
"Tradição
• Seringa de 10 ml
• Lubrificante hidrossolúvel
• Pinça de Magill
61
Avenida XV de Novembro, 413-Centro
413 - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP:
CEP: 08500-405
08500
Tel.: (11) 4678-5508-
4678 colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Alterações anatômicas e funcionais que dificultem a intubação endotraqueal:
- Neoplásicas: tumores benignos e malignos das mais diversas origens como o higroma
cístico, hemangionas de língua e lábios e tumores infiltrativos de face;
A intubação endotraqueal pode ser acompanhada de uma série de complicações. Elas podem
ser desencadeadas pelo ato em si, pela presença do tubo na traquéia, pelo tempo de
permanência do tubo na traquéia e após a extubação, como sequela das complicações
anteriores.
62
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Complicações devidas à permanência do tubo traqueal: com a compressão das estruturas
das vias aéreas haverá edema, ulceração, e com a cicatrização, granulomas e fibroses. Os
balonetes de baixo volume residual e alta pressão podem causar isquemia, necrose e dilatação
da parede traqueal. Pode ocorre extubação acidental e sinusite.
Traqueostomia
A traqueostomia é uma das operações mais antigas e era indicada quase que exclusivamente
em situações de emergência, devido à obstrução da via respiratória causada pela difteria. Nos
dias atuais, embora esta indicação quase inexista, persistem outras condições para sua
realização. Atualmente é um procedimento com os objetivos de aliviar obstruções das vias
aéreas superiores, oferecer suporte ventilatório prolongado, reduzir o espaço morto, facilitar a
limpeza brônquica por aspiração, permitir um desmame mais rápido, diminuir o risco de
lesões laríngeas e diminuir o risco de sequelas estenóticas da traquéia.
A traqueostomia é uma técnica cirúrgica que inclui abertura da pele e planos musculares do
pescoço, estabelecendo uma abertura na traquéia. É indicada para obstruções da laringe, em
pacientes com grande quantidade de secreção na árvore brônquica e que necessita aspirações
frequentes e também naqueles que precisam de assistência ventilatória acima de 10 dias,
quando a canulação orotraqueal é substituída pela traqueostomia. Pelo orifício estabelecido se
introduz a cânula de traqueostomia.
A cânula traqueal pode ser confeccionada em metal ou material plástico, usado para a
manutenção da comunicação entre a luz traqueal e o exterior, é um pequeno tubo cilíndrico,
ligeiramente curvo e de calibre ariável, correspondente a luz traqueal.
3) A última peça é o mandril, que é um pouco mais longo que as duas cânulas e tem uma
extremidade em ponta romba, funciona introduzida na cânula externa, como um condutor na
colocação na luz traqueal.
A cânula de material plástico consta de uma única peça, com o mesmo formato que a cânula
metálica e também de calibres diversos, apresentando uma diferença que é um pequeno balão
pneumático, tipo cuff, para ser insuflado apões sua introdução na traquéia. O material de
construção desta cânula retém menos secreção na sua luz.
64
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Para realização da técnica operatória deve-se usar anestesia local de preferência, coloca-se o
paciente em decúbito dorsal com coxim sob os ombros para hiperextensão do pescoço. A
incisão é feita transversal ou longitudinal localizada no meio da distância entre a cartilagem
cricóide e a fúrcula esternal, numa extensão de 4-5 cm, com abertura da pele e tela
subcutânea, é feito pinçamento e ligadura ou cauterização dos vasos que sangrarem. Nos
casos de grande urgência é preferível a incisão vertical sobre a linha mediana do pescoço,
porque há menor sangramento, pois não secciona os vasos calibrosos. A abertura da rafe
mediana com afastamento lateral do músculos pré-tireoidianos, deixam expostos os primeiro
anéis traqueais, é seccionado um ou dois anéis da traquéia, em geral o segundo e terceiro, a
secção é realizada com bisturi especial de ponta curva, deve-se usar aspirador neste tempo
operatório, para se evitar penetração de sangue na árvore brônquica. A cânula traqueal é
introduzida com cuidado, observando-se sua curvatura e o bom funcionamento da respiração.
O fechamento da pele e subcutâneo é feito com pontos separados, de maneira a deixar
abertura para a cânula, que é amarrada pelo cadarço ao redor do pescoço.
65
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Complicações precoces: pneumomediastino e pneumotórax, embolia gasosa, fístula
traqueoesofágica, posição inadequada da cânula podem provocar perfuração das paredes
laterais e posteriores da traquéia.
Para manterem limpa e livre de infecções a pele e o tubo traqueal, você precisa seguir as
orientações:
Retire a subcânula de metal; Lave com água e detergente líquido, escovando-a por
dentro para retirar toda secreção acumulada.
Recoloque a subcânula de metal dentro da cânula que estará em seu pescoço.
Troque as gazes que estão entre a sua pele e o tubo traqueal;
Coloque duas gazes dobradas entre o tubo traqueal e a pele de seu pescoço;
Faça a limpeza no seu pescoço e ao redor do tubo traqueal, utilizando uma gaze
umedecida com água potável ou soro fisiológico 0,9%.
Realize este cuidado cinco vezes ao dia ou sempre que necessário.
66
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Oriente-o quanto aos cuidados durante a tosse.
Mantenha toalhas ou lenços de papel ao alcance do cliente e também um recipiente ou
saco descartável para receber lenços ou toalhas utilizados.
Aspiração
Material
- aparelho de sucção; frasco com água (500 ml) de SF 0.9% para limpeza do circuito após a
utilização; gaze estéril; máscara de proteção; seringa de 10 ml s/n; agulhas 40x12 s/n; ampola
de SF s/n; saco de lixo.
Procedimento:
Ventilação Mecânica
A respiração é a principal necessidade do ser humano, pois sem oxigênio o corpo não realiza
suas funções normais. A ventilação mecânica é utilizada como suporte de vida, em todos os
hospitais do mundo quando a respiração não se processa satisfatoriamente, o ventilador
mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de
respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo. A ventilação
mecânica (VM) é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI) sendo utilizada em
pacientes com insuficiência respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da
patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não constitui
um procedimento curativo. O uso da ventilação mecânica teve início com ventiladores por
pressão negativa, conhecidos por “pulmão de aço”. A introdução de ventiladores por pressão
positiva se deu em 1955 em meio a uma epidemia de poliomielite. Na época, voluntários
ventilavam manualmente os pulmões das pessoas contaminadas pela doença.
68
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Sustentam a ventilação semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa
externamente no tórax; essa modalidade permite que o ar inspirado preencha o volume
torácico. Estes ventiladores estão indicados em pacientes com insuficiência respiratória
crônica associada às patologias neuromusculares. O pulmão de ferro, envoltório corporal e
couraça torácica, são exemplos de ventiladores mecânicos que funcionam por pressão
positiva.
Em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os
alvéolos ampliam-se no momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da vantagens da
ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da atividade mecânica da
respiração espontânea é a possibilidade de permitir uma oxigenoterapia com frações de O2
variáveis. A mistura de gases inalados pode ser composta de forma que mais atenda às
necessidades do paciente e que mais se adeque as condições terapêuticas. Os ventiladores
69
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
ciclados por pressão, tempo, volume e fluxo são os tipos de ventiladores por pressão positiva.
Eles diferem um do outro pela forma como finalizam a etapa inspiratória da respiração.
Ventilação controlada ou CMV: o volume corrente (VC), frequência (FR) e fluxo são
predeterminados no ventilador mecânico. Esta modalidade é usada para pacientes em apnéia
devido à patologia ou a drogas;
70
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Se não houver o esforço do paciente, o ventilador fornece ciclos controlados na FR mínima
determinada;
Pressão positiva contínua nas vias aéreas ou CPAP: O paciente respira espontaneamente
dentro do circuito pressurizado após ventilador mecânico. Uma pressão positiva
predeterminada é mantida praticamente constante durante o ciclo respiratório.
FiO2: A Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) deve ser controlada e mantida em níveis entre
40% a 60%. Frações superiores a 60% são deletérias e estão na dependência do tempo e
níveis mais elevados. A FiO2 a 100% é permitida em período curto, 30 minutos, após início
da ventilação, onde gradativamente a cada 5 a 10 minutos, reduzi-la até manutenção de PaO2
71
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
e saturação favoráveis para idade, o que em geral ocorre em 40%. A redução abaixo de 40%
só deverão ser efetuadas em retentores de CO2.
Frequência Respiratória e Sensibilidade: Deve ser mantida entre 10 a 14 ciclos por minuto.
Para manutenção, o controle da sedação e analgesia é fundamental, evitando-se retenções ou
altas liberações de CO2 da corrente sanguínea. Frequências altas podem também gerar o auto-
peep. A sensibilidade é medida em valores de pressão negativa, ou seja, na pressão necessária
efetuada pelo paciente na inspiração para disparo do ciclo ventilatório. O valor médio deve ser
mantido em torno de - 2cm/H2O ( 2 cm/H2O no display).
72
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Cuidados ao mobilizar o paciente, não realizando manobras bruscas para evitar
pinçamento do circuito e desconexões do ventilador o que causaria danos ao estado
clínico do doente;
As traquéias do circuito devem esta livres de água ou qualquer outra substância para
evitar infecções respiratórias;
Observar se os parâmetros programados estão de acordo com os prescritos e
condizentes com o quadro clínico do paciente;
Estar atento aos alarmes sempre que ocorram. Manter ajustados os limites máximo e
mínimo programados para os alarmes, observando com frequência os avisos ópticos e
evitando confusão face a indicadores simultâneos;
Avaliar nível de consciência, estado de agitação, relaxantes musculares para conseguir
uma adequada ventilação.
Aspiração de secreções: as secreções traqueais devem ser aspiradas somente quando
necessário, pois a aspiração expõe o paciente a riscos como hipóxia, lesões da mucosa
traqueal, atelectasia e infecção. Para detectar a presença de secreções, é necessário
auscultar o paciente com frequência. Observar antes e durante a aspiração, ritmo
cardíaco, a saturação de oxigênio no oxímetro e a PIC quando monitorada. Cada
sucção deve durar menos de 5 segundos. Aspirar duas ou três vezes se necessário,
permitindo que o paciente ventile e descanse entre as sucções. A prevenção da oclusão
do tubo traqueal consiste na umidificação dos gases inspirados e adequada hidratação
do paciente.
Mobilização do paciente em VMI e cuidados com a pele e mucosas: o posicionamento
adequado e a mobilização constante no leito favorecem a uma maior expansão
pulmonar além de prevenir lesões de pele (Úlceras por Pressão), atelectasia,
pneumonia e melhoram a higiene brônquica do paciente acamado e em uso de VMI. A
pele e as mucosas (olhos, cavidade nasal e bucal) também requerem uma atenção
73
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
especial de maneira a evitar ressecamento, ulcerações, traumas (córneas) e infecções
(cavidade orofaríngea abundante bactérias saprófitas).
Gasometria Arterial
A gasometria arterial é um exame feito com sangue colhido numa artéria, com o objetivo de
verificar os valores dos gases no sangue, nomeadamente o oxigênio e o carbono. Também
permite determinar outros valores como o ph, sódio, potássio, bicarbonato e cálcio. Os
pulmões e rins permitem a manutenção do equilíbrio metabólico e respiratório, ou seja,
equilíbrio ácido - base do nosso organismo. As alterações ácido-base que podem ocorrer são:
acidose ou alcalose metabólica e acidose ou alcalose respiratória. São avaliadas pelos valores
da gasometria, nomeadamente pelo ph, pCO2, bicarbonato e saturação de oxigênio. Estas
alterações resultam da alteração da concentração do bicarbonato ou do pCO2, mas também
pode ser uma reação secundária compensatória do organismo. Tipicamente, os valores
gasométricos são obtidos quando o quadro clínico do paciente sugere uma anormalidade na
oxigenação, na ventilação e no estado acidobásico.
Normalmente, essa amostra é coletada na artéria radial, perto do punho, mas também poderá
ser coletada pela artéria braquial ou femoral. Através da amostra de sangue arterial, o
laboratório pode determinar as concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim
como a acidez do sangue, que não pode ser mensurada em uma amostra de sangue venoso.
74
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
pH 7,35 a 7,45
PCO2 35 a 45 mmHg
HCO3 22 a 28 mEq/L
SatO2 >95%
BE -2 a +2
75
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
pH => Avaliar o pH para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose. Um pH
normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio acidobásico, dependendo do
grau de compensação.
O desequilíbrio acidobásico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou
metabólico.
PaO2 => A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares
pulmonares, e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade
de difusão pulmonar desse gás, da existência de Shunt anatômicos e da reação ventilação /
perfusão pulmonar. Alterações desses fatores constituem causas de variações de PaO2.
PaCO2 => A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação
alveolar, sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste
gás. Seus valores normais oscilam entre 35 a 45 mmHg.
Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver
maior que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória.
Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver
menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.
77
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Alcalose Respiratória (diminuição da PCO2)
Quando a ventilação alveolar está aumentada a PCO2 alveolar diminui, consequentemente,
haverá diminuição da PCO2 arterial menor que 35mmHg, caracterizando uma alcalose
respiratória (diminuição de H+, aumento do pH).
78
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Acidose Metabólica (diminuição de HCO3-)
Descrição da técnica:
- Reunir o material;
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Calçar luvas;
- Montar a seringa com a agulha;
- Fazer antissepsia do frasco de heparina com algodão embebido em álcool;
- Aspirar 0,1 ml do frasco de heparina, puxando o êmbolo da seringa até o final da mesma
para heparinizá-la corretamente;
- Trocar a agulha, retirar todo o ar da seringa e proteger a nova agulha;
- Identificar a seringa com o nome do paciente, leito, número do registro, horário e data da
coleta;
- Escolher o local da punção, palpar e sentir a pulsação (artérias braquial, radial, pediosa,
femoral);
- Fazer a antissepsia da pele com algodão embebido em álcool;
80
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Fixar a artéria entre os dedos indicador e médio;
- Posicionar a agulha e a seringa corretamente (ângulo de 90º para artéria femoral, 30º para
artéria radial e pediosa, 45º para artéria braquial);
- Puncionar a artéria introduzindo a agulha lentamente, com o bisel voltado para cima;
- Deixar o êmbolo da seringa subir normalmente logo que o sangue se torne visível;
- Colher aproximadamente 2 ml de sangue arterial;
- Retirar todo o ar da seringa, fixando o seu êmbolo através da ponta da agulha espetada numa
tampa de borracha;
- Pressionar firmemente a artéria por cerca de 5 a 10 minutos, assegurando-se da ausência de
sangramento;
- Encaminhar o material para o laboratório.
Diabetes mellitus
Diabetes mellitus (DM) é uma doença caracterizada por hiperglicemia crônica, acompanhada
dos distúrbios de carboidratos, proteínas e gordura; como resultados de defeitos da secreção
e/ou ação da insulina. A longo prazo, a doença leva à disfunção e falência de vários órgãos,
como rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Ser o diabetico mellitus tipo I resulta na
destruição das células b-pancreáticas, geralmente ocasionando deficiência absoluta de
insulina. O diabetes mellitus tipo II é caracterizado pela diminuição da secreção pancreática
de insulina e/ou resistência periférica à insulina (acentuada redução da sensibilidade dos
tecidos alvo aos efeitos metabólicos da insulina). A produção hepática de glicose aumentada
também pode ser uma característica de DM tipo II, entretanto, é considerada secundária aos
dois primeiros fatores, considerando que geralmente os pacientes com este tipo de diabetes,
apresentam excesso de peso e possuem idade superior a 40 anos, sua etiologia é portanto, a
obesidade (principalmente a central ou visceral); o modo de vida sedentário e uma dieta rica
81
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
em gorduras; além do processo de envelhecimento, especialmente em indivíduos
geneticamente suscetíveis. As complicações da hiperglicemia a longo prazo que podem se
desenvolver em pacientes com DM tipo II e incluem: doença macrovascular (doença arterial
coronariana; doença vascular periférica e doença cerebrovascular); doença microvascular
(retinopatia, nefropatia e neuropatia diabéticas; disfunção sexual), além do transtorno do pé
diabético.
Complicações
Neuropatia diabética
Neuropatia diabética é uma complicação do diabetes que afeta os nervos cujo tipo mais
comum afeta os nervos periféricos. É chamado de neuropatia periférica. Os nervos periféricos
são os nervos que saem do cérebro e coluna vertebral para os músculos, pele, órgãos internos
e glândulas. A neuropatia periférica faz com que os nervos motores e sensoriais não trabalhem
corretamente, também pode afetar os nervos que regulam as funções vitais inconscientes,
como o batimento cardíaco e a digestão. Estes nervos completam o sistema nervoso autônomo
e este tipo de problema é chamado de neuropatia do autônomo.
82
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Os sintomas da neuropatia do autônomo incluem:
Infecções
Se o Diabetes não for devidamente controlado, há uma diminuição da habilidade dos glóbulos
brancos de lutarem contra a infecção. Como resultado, pessoas com diabetes podem ter
infecções mais facilmente. Diabéticos tem grande risco de pegar os seguintes tipos de
infecção: infecção de bexiga ou rim, doença da gengiva, e outras infecções bucais, infecções
por fungo, infecções da vagina, infecções em ferimento e infecções do pé. Mesmo um
pequeno corte no pé, por exemplo, pode não ser curado totalmente e desenvolver-se como um
problema em potencial de ameaça à vida.
Retinopatia diabética
Retinopatia diabética é um problema do olho causado pelo diabetes que afeta a retina. A
retina é uma membrana que alinha o lado interno da parte de trás do olho e que atua como um
filme numa câmera. Retinopatia causa sangramento do olho e pode resultar em perda parcial
da visão e até a cegueira. Retinopatia diabética tem início antes de qualquer sintoma. Quando
os problemas tornam-se piores, os sintomas são:
Piora da visão
Cegueira temporária ou permanente.
83
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Úlceras no pé
Úlceras no pé (feridas) e infecções são os problemas que o diabetes pode causar. A gravidade
do problema pode alcançar desde ferimentos menores a sérios danos do tecido do pé. Quando
a pessoa tem diabetes, a circulação do sangue nos seus pés não é tão boa quanto deveria ser e
fica, portanto mais difícil para o corpo lutar contra as infecções e curar-se por si só. Como
resultado, qualquer infecção e ferimentos no pé podem tornar-se sérios. Sem tratamento,
infecções graves podem fazer os tecidos do pé morrer (necrose). Por causa do desenlace dos
danos do nervo, pode não sentir dor ao machucar o pé ou durante infecções o que pode
dificultar a constatação da necessidade de tratamento médico.
Os sintomas iniciais são inchaço, vermelhidão, ou dor. Feridas podem aparecer na sola do pé
e depois de curadas podem retornar no mesmo lugar posteriormente. Se as feridas não forem
tratadas, pode haver morte tecidual no local e a pele tornar-se escura.
84
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Verificar o pé com ao final de cada dia para certificar-se de não ter áreas
avermelhadas, cortes, ou arranhões que podem sofrer infecções.
Lavar os seus pés todos os dias com sabão e água morna. Depois seque o seu pé
cuidadosamente, especialmente entre os dedos. Aplique lanolina após seus pés estarem
secos para manter a pele macia e livre de calos.
Não tratar de calos por conta própria. Não use produtos que estão à disposição nas
prateleiras de farmácias a não ser que o seu médico permita.
Informar seu médico assim que desenvolver calo.
Cortar as unhas do pé cuidadosamente, retas, ou seja, não corte as laterais ou as
cutículas.
Limpar as unhas cuidadosamente.
Vestir meias de algodão ao ir dormir caso precise de aquecimento extra para os pés.
Evite usar bolsas de água quente ou aquecedores elétricos, pois pode não ter a exata
sensação de quente e frio nos pés podendo queimar-se acidentalmente e desenvolver
uma infecção.
Evitar por os pés onde podem ser queimados acidentalmente: por exemplo, na areia
quente da praia, em banheiras quentes ou banheiras de hidromassagem, ou perto de
lareiras.
Usar couro macio e que modelem adequadamente.
Perguntar ao médico a respeito de sapatos feitos sob encomenda, especialmente se
tiver problemas nos pés.
Evitar calçar sapatos novos por mais de uma hora por dia até que eles estejam
amaciados.
Evitar sentar de pernas cruzadas.
Vestir meias limpas e troque-as pelo menos uma ao vez ao dia.
Hipoglicemia
85
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Pessoas com diabetes podem ter hipoglicemia se utilizarem insulina demais ou outros
medicamentos hipoglicemiantes. Se tiver muita medicação no sangue, os níveis de açúcar
ficarão muito baixos. Outras causas de açúcar anormalmente baixo no sangue são: exercício
mais que o usual, ausência de refeições ou não comer nos horários certos das refeições,
diarreia e vômitos.
Sintomas leves: tonteira, irritabilidade, fome, mas sem sede, fraqueza, sudorese,
palpitações no coração.
Sintomas moderados: confusão, dor de cabeça, falta de coordenação, sintomas graves,
inconsciência, convulsão.
Cetoacidose diabética
86
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
controlados, utilizando doses insuficientes de insulina, podem apresentar níveis elevados de
glicemia, mas com insulina bastante para evitar a instalação da acidose. Portadores de
diabetes do tipo 2 apresentam eventualmente cetoacidose quando acometidos de infeções
graves ou traumas.
Alguns pacientes podem estar em cetoacidose e ter uma glicemia normal caso tenham usado
insulina pouco tempo antes de virem para a Unidade de Emergência. Outros podem ter
glicemia > 250 mg/dl e não estarem em cetoacidose caso não preencham os demais requisitos
para o seu diagnóstico. Atualmente, são disponíveis no mercado uma variedade de fitas que
detectam a presença dos corpos cetônicos, urinários e sanguíneos. O paciente usuário de
insulina, ao sentir dor abdominal, odor de acetona no hálito e taxas de glicemia
persistentemente elevadas (acima de 250 mg/dl) a enfermagem deve verificar a presença de
corpos cetônicos, na urina ou no sangue. O médico avaliará a presença de infecção,
87
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
necessidade de aumento de dose de insulina e hidratação orientando o tratamento da
cetoacidose.
Coma diabético
Coma diabético é uma emergência médica em que uma pessoa com diabetes mellitus é em
coma (inconsciente) por causa de uma das complicações agudas da diabetes:
1. Micção frequente
2. Falta de ar
3. Aumentou sede
4. Boca seca.
5. Vômitos
88
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
6. Náusea
Na maioria dos contextos médicos, o coma diabético termo refere-se ao dilema diagnóstica
colocados quando um médico é confrontado com um paciente inconsciente sobre os quais
nada se sabe, exceto que ele tem diabetes.
Pancreatite
Causas da pancreatite
Embora comum, alcoolismo não é a única causa de pancreatite crônica. As principais causas
são:
Alcoolismo.
Duto pancreático bloqueado ou estreitado devido a trauma ou formação de
pseudocistos.
Hereditariedade.
Causa desconhecida (idopático).
A maioria das pessoas com pancreatite crônica tem dor abdominal, embora alguns não sofram
dor nenhuma. A dor pode ficar pior quando a pessoa come ou bebe, espalhando-se para as
costas ou ficando constante e desabilitante. Em certos casos a dor abdominal vai embora à
medida que a pancreatite progride, provavelmente porque o pâncreas não está mais fazendo
enzimas digestivas. Outros sintomas incluem náusea, vômito, perda de peso e fezes
gordurosas. Pessoas com pancreatite crônica geralmente perdem peso, até quando seu apetite
e hábitos alimentares estão normais. A perda de peso acontece porque o corpo não secreta
enzimas pancreáticas suficientes para quebrar os alimentos, então os nutrientes não são
absorvidos normalmente. Digestão ruim ocasiona excreção de gordura, proteína e açúcar nas
fezes. Se as células produtoras de insulina do pâncreas forem danificadas, pode-se também
desenvolver diabetes nesse estágio.
A pancreatite aguda geralmente começa com dor no abdômen superior que dura por alguns
dias. A dor pode ser severa e tornar-se constante -- somente no abdômen -- ou alcançar as
costas e outras áreas. Ela pode ser súbita e intensa, ou começar com uma dor leve que fica
pior quando se come alimentos. Pessoas com pancreatite aguda geralmente parecem e sentem-
se muito doentes. Outros sintomas incluem:
90
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Abdômen inchado e macio.
Náusea.
Vômito.
Febre.
Pulso rápido.
Casos severos podem causar desidratação e pressão baixa. Pode haver insuficiência cardíaca,
pulmonar ou renal. Se ocorrer sangramento no pâncreas, pode acontecer estado de choque ou
até morte.
Diagnóstico da pancreatite
O diagnóstico pode ser difícil, mas algumas técnicas podem ajudar. Os testes da função
pancreática ajudam o médico a decidir se o pâncreas ainda está produzindo enzimas digestivas
suficientes. Utilizando ultrassom, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, e
tomografia computadorizada, o médico pode ver problemas indicando pancreatite crônica.
Tais problemas incluem calcificação do pâncreas, no qual o tecido é endurecido devido a
depósitos de sais de cálcio insolúveis, o médico pode usar alguns testes de sangue, urina e
fezes para ajudar a diagnosticar a pancreatite crônica e monitorar sua progressão.
91
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
pancreático, ou remoção de parte do pâncreas. Para diminuir a quantidade e severidade dos
ataques de pancreatite, o paciente deve parar de beber álcool, seguir a dieta prescrita, e tomar
a medicação apropriada.
A menos que o duto pancreático ou biliar sejam bloqueados por cálculo biliar, um ataque
agudo geralmente dura apenas alguns dias. Em casos severos, a pessoas pode precisar de
alimentação intravenosa de 3 a 6 semanas à medida que o pâncreas sara lentamente. Esse
processo é chamado nutrição parenteral total. Porém, para casos leves da doença, nutrição
parenteral não oferece benefícios. Antes de deixar o hospital, a pessoa é aconselhada a não
beber álcool e não comer grandes refeições. Depois que todos os sintomas da pancreatite
aguda forem embora, o médico tentará descobrir o que a causou para prevenir futuros ataques.
Cuidados de enfermagem
92
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
O déficit de conhecimento relacionado à falta de informações sobre o estado de saúde
do cliente pode ser amenizado pelo fornecimento de explicações em relação aos
procedimentos realizados, assim como das possíveis causas e complicações da doença.
Sendo a dor e o desconforto um processo subjetivo em que o indivíduo tem uma
experiência sensorial e emocional desagradável, deve-se avaliar o nível da dor, ajudar
o cliente a ter uma posição de conforto e administrar analgésicos.
Devido à soroterapia contínua para manutenção do volume de líquidos e do equilíbrio
eletrolítico, controla-se o gotejamento, utiliza-se técnica asséptica, troca-se equipo a
cada 36 horas e se mantém acesso venoso.
Necessidade de constante controle de glicemia devido ao risco de Diabetes.
Apoio nutricional suficiente, higiene corporal diária, monitorização de sinais de
pressão excessiva sobre a pele e a prescrição de mudança de decúbito afasta o risco de
prejuízo da integridade da pele.
A utilização de sonda nasogástrica, sonda vesical de demora e jejunostomia requer um
cuidado minucioso pela possibilidade de ocorrência de infecção e lesão da pele.
Estimular a movimentação ativa e/ou passiva do cliente orienta-se os familiares
quanto à utilização destas técnicas para a manutenção da mobilidade física que se
encontra prejudicada, devido à incapacidade de deambulação. A avaliação das
condições respiratórias (frequência, ritmo, qualidade), posição de semi-fowler e
administração de oxigênio se necessário, auxiliam no restabelecimento do padrão
respiratório eficaz.
Bicarbonato 22-26
94
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Cálcio 4.5-5.5
Magnésio 1.5-2.5
Fósforo 2.5-4.0
Ganhos Perdas
Líquidos em alimentos
1.000 ml Perdas insensíveis 900 ml
sólidos
Hipovolemia
95
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
decúbito. Os sinais periféricos de desidratação tendem a se instalar apenas tardiamente, mas
pode-se observar oligúria mesmo nos casos mais brandos. O nível de torpor varia de acordo
com a intensidade da hipovolemia e o Choque instala-se quando as perdas alcançam 30-40%
da volemia. Laboratorialmente, observas-se aumento do hematócrito, hipocalemia e aumento
da relação uréia / creatinina (valor normal = 10:1).
Causas de Hipovolemia
- Vômitos
- Diarreia
- Fístulas digestivas
- Hemorragias agudas
- Uso de diuréticos
- Diabetes Mellito
- Queimaduras extensas
96
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
(nestes pacientes, a hiperosmolaridade provoca vasodilatação renal com oligúria tardia). Nos
pacientes mais graves, recomenda-se monitorização invasiva por cateter de Swan-Ganz.
Hipervolemia
Causas de Hipervolemia
- Insuficiência renal
- Insuficiência cardíaca
- Insuficiência hepática
- Insuficiência pulmonar
- Desnutrição
O ganho ponderal é a manifestação clínica mais precoce. Também podem ser observados
alterações cardiopulmonares, taquicardia com tendência à hipotensão arterial, aumento da
PVC, queda do hematócrito e hipoproteinemia. A natremia em geral encontra-se dentro da
normalidade. A abordagem terapêutica da Hipervolemia baseia-se na correção do distúrbio de
base (p.ex.: suspender a infusão de soluções endovenosas, corrigir a insuficiência cardíaca
congestiva, etc).
Hiperosmolaridade
97
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Este estado também costuma ser denominado Hipertonicidade ou Hipernatremia e decorre:
Causas de Hiperosmolaridade
- Privação hídrica
- Diabetes mellito
- Diabetes insípido
- Hiperfunção da adrenal
- Síndrome de Cushing
98
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Hiperaldosteronismo
- Taquipnéia
O tratamento é feito com solução glicosada a 5%. Nos pacientes com hiperglicemia,
recomenda-se solução salina a 0,45%. Deve-se infundir metade do valor encontrado nas
primeiras 24h e o restante nas 48h seguintes, sempre respeitando o limite de 100 ml/Kg/dia.
Havendo hipernatremia sem sinais de desidratação, deve-se diminuir a oferta de sódio por via
oral ou parenteral. Pacientes com Diabetes Insipidus devem receber reposição de ADH (p.ex.:
01 a 02 gotas instiladas por via nasal de 8/8h).
Hipoosmolaridade
Causas de Hipoosmolaridade
- Insuficiência hepática
- Insuficiência cardíaca
99
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
- Insuficiência renal
- Desnutrição
- Pneumopatia aguda
- Hemorragias graves
- Cirrose Hepática
- Neoplasias
- Hiperglicemia
- Diarreia
Alterações do Potássio
Hipocalemia
101
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
por via endovenosa (aumentando se a concentração de K+ nas soluções eletrolíticas usuais ou
na forma de solução polarizante). Na compensação do déficit de K+ deve se considerar que
sua distribuição não é homogênea, existindo em proporção muito maior no espaço
intracelular, e que as variações do K+ extracelular devem estar sujeitas a limites muito
estreitos.
Hipercalemia
102
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
medidas outras podem ser usadas quando essa não é possível. As medidas terapêuticas
possíveis são:
Ação antagônica do cálcio: o cálcio pode ser administrado lentamente por via venosa na
forma de cloreto ou gluconato de cálcio 10%, na dose de 10 ml, para neutralizar a ação do K+
sobre o músculo cardíaco.
Bicarbonato de sódio: pode ser administrado nos pacientes com acidose metabólica para
favorecer a entrada do K+ para o espaço intracelular e reduzir a ação do K+ no músculo
cardíaco.
Extração do K+ das secreções intestinais: resinas de trocas iônicas (Na+ ou Ca++ por K+),
por via oral ou, preferencialmente por via retal, na forma de enema de retenção, retiram K+ a
partir de secreções digestivas.
Insuficiência renal aguda é a perda rápida das funções renais devido a danos nos rins. Isso
resulta na retenção de resíduos de nitrogênio (uréia e creatinina) e não-nitrogênio que
normalmente seriam eliminados pelos rins. Dependendo da gravidade e duração da disfunção
renal, a acumulação é acompanhada de distúrbios metabólicos, como acidose metabólica
(acidificação do sangue) e hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no equilíbrio
103
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
de fluidos, e efeitos em muitos outros órgãos do corpo. A insuficiência renal aguda é uma
doença séria, tratada como emergência médica.
A causa da insuficiência renal, seja crônica ou aguda, é geralmente categorizada como pré-
renal, renal e pós-renal:
Infecção.
Toxinas ou medicamentos.
Mieloma múltiplo.
Hiperparatiroidismo primário.
104
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
eliminação de fluidos; um cateter urinário é inserido. Tipicamente, a administração
intravenosa de fluidos é o primeiro passo para melhorar a função renal. A diálise não é
rotineiramente usada em insuficiência renal aguda. Porém, alguns pacientes podem não
recuperar as funções renais e precisar de diálise ou transplante de rim.
A doença renal crônica ocorre quando os rins não conseguem mais remover os dejetos e água
extra do sangue como deveriam. Doença renal crônica é mais frequentemente ocasionada por
diabetes ou pressão alta. Cada rim contém em torno de um milhão de pequenos filtros feitos
de vasos sanguíneos. A diabetes e pressão alta podem danificar esses vasos sanguíneos, de
modo que os rins não conseguem mais filtrar o sangue tão bem quanto deveriam. Geralmente
esses danos acontecem lentamente, ao longo de muitos anos. À medida que mais e mais filtros
são danificados, os rins eventualmente param de funcionar.
A doença renal no começo não apresenta sintomas. Testes de sangue e urina são as únicas
formas de saber que a pessoa tem doença renal inicial. As pessoas com diabetes ou pressão
alta deve fazer testes para doença renal. A doença renal crônica pode progredir para
insuficiência renal, estágio no qual há necessidade de diálise ou transplante de rim. Doença
renal também está relacionada à doença cardiovascular. Tratamento apropriado pode ajudar a
prevenir mais danos aos rins e diminuir a progressão da doença renal. Diabetes e pressão alta
são as duas principais causas de doença renal. Tanto diabetes quanto pressão alta danifica os
pequenos vasos sanguíneos nos rins, e podem ocasionar doença renal crônica sem a pessoa
sentir isso. Há também vários outros fatores de risco para doença renal crônica. Um desses
fatores de risco para doença renal é doença cardiovascular. Outro fator de risco é o histórico
familiar: a pessoa que tem pai, mãe, irmão ou irmã com doença renal, possui risco maior.
105
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Hemodiálise
É bastante comum sentir cãibras musculares e queda rápida da pressão arterial (hipotensão)
durante a sessão de hemodiálise. Estes problemas acontecem, principalmente, em
consequência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode
fazer com que o paciente sinta fraqueza, tonturas, enjoos ou mesmo vômitos. O início do
tratamento dialítico pode ser um pouco mais difícil, pois, nesta fase, o corpo está adaptando-
se a uma nova forma de tratamento.
Fístula arteriovenosa
Um fácil acesso à corrente sanguínea é essencial para que o sangue possa circular até o
dialisador e para que retorne ao corpo. A fístula arteriovenosa usada para a diálise é uma
106
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
ligação entre uma artéria e uma veia, feita através de uma pequena cirurgia. A alteração no
fluxo do sangue deixa a veia mais larga e com as paredes mais fortes e resistentes, permitindo
então um fluxo de sangue rápido e a realização de várias punções, sem que a veia "estoure".
Para que a veia da fístula esteja em boas condições de punção, para que a fístula amadureça,
são necessárias algumas semanas. Por isso, mais recomendado é que se faça esta pequena
cirurgia alguns meses antes de se iniciar a hemodiálise, assim quando for necessária, a fístula
estará pronta para ser puncionada.
Mantenha o braço da fístula bem limpo, lavando sempre com água e sabonete.
107
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Qualquer sinal de inchaço e/ou vermelhidão deve ser comunicado imediatamente ao
médico ou a enfermeiras.
Orientar e estimular exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto
faz com que os músculos do braço ajudem no amadurecimento da fístula.
Orientar o paciente a evite carregar pesos ou dormir sobre o braço onde está a fístula,
pois a pressão sobre ela pode interromper seu fluxo.
Não verificar pressão no braço onde esta localizada a fístula, pois o fluxo de sangue
pode ser interrompido.
Não retirar de sangue ou o uso de medicamentos nas veias do braço da fístula, a não
ser que seu médico ou auxiliares autorizem. As retiradas de sangue podem criar
coágulos no interior do vaso de sangue e interromper seu fluxo e os medicamentos
podem irritar as paredes das veias.
Caso aconteçam hematomas (manchas roxas) após uma punção, use compressas de
gelo, no dia e água quente nos dias seguintes, conforme a recomendação médica ou da
enfermeira.
É sempre bom evitar as punções repetidas em um mesmo local da fístula, para que não
se formem cicatrizes que dificultam as próximas punções.
O braço é o local mais comum para a confecção da fístula. Quando este local não pode ser
usado, as veias da virilha ou
da perna podem ser uma
alternativa. O cateter de
duplo lúmen permite a
retirada e a devolução do
sangue, sendo utilizado
108
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
quando há necessidade de se iniciar o tratamento de hemodiálise, mas não houve tempo para a
realização da fístula, se ela não amadureceu o suficiente ou ainda se existe algum problema
com a fístula.
Máquina de hemodiálise
109
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Hemodiálise
Filtro: No centro fica o sangue cheio de toxinas e em volta o líquido da diálise (chamado de
banho de diálise) sem nenhuma toxina. Eles ficam separados por uma membrana porosa
que permite a troca de moléculas. O sangue rico em toxinas, através da membrana do filtro,
passa estas substâncias para o banho de diálise que não contém toxina nenhuma. Se este
fosse um processo estático, depois de um tempo aquele sangue em contato com o banho se
equilibrariam e não haveria mais trocas. Mas o processo é dinâmico, com o sangue
correndo em direção contrária ao banho. Como eles estão em circulação, à diferença de
concentração é sempre grande, e não ocorre equilíbrio nunca, pois há sempre sangue
saturado de toxinas chegando de um lado e líquido de diálise limpo chegando do outro.
110
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Após as trocas, o sangue limpo retorna ao paciente e o banho cheio de toxinas é
desprezado.
Diálise peritoneal
A diálise peritoneal é outro tipo de tratamento que substitui as funções dos rins. O objetivo é o
mesmo da hemodiálise, tirar o excesso de água e as substâncias que não são mais aproveitadas
pelo corpo e que deveriam ser eliminadas através da urina. Este tipo de diálise aproveita o
revestimento interior do abdômen, chamado membrana peritoneal, para filtrar o sangue. A
membrana peritoneal tem muitos vasos sanguíneos. O sangue que circula na membrana
peritoneal, assim como o sangue de todo o corpo, está com excesso de potássio, uréia e outras
substâncias que devem ser eliminadas. Na diálise peritoneal, um líquido especial, chamado
solução para diálise, entra no abdômen por meio de um tubo mole (cateter). As substâncias
tóxicas passarão, aos poucos, através das paredes dos vasos sanguíneos da membrana
peritoneal para a solução de diálise. Depois de algumas horas, a solução é drenada do
abdômen e a seguir volta-se a encher o abdômen com uma nova solução de diálise para que o
processo de purificação seja repetido. Alguns dias antes da primeira diálise, o cateter que
permite a entrada e a salda da solução de diálise da cavidade abdominal é colocado através de
uma pequena cirurgia feita por um cirurgião. O cateter fica instalado permanentemente.
111
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
crianças ou aqueles para os quais a hemodiálise não é conveniente ou possível. Este tipo de
diálise, não precisa de máquina. Geralmente, é realizada em casa, em um local limpo e bem
iluminado. O próprio paciente pode fazer a infusão e a retirada (drenagem) da solução de
diálise no abdômen ou pode ser auxiliado por uma outra pessoa especialmente treinada para
fazer estas trocas de bolsas de solução. O sangue durante a CAPD esta sendo depurado o
tempo todo.
A solução de diálise vai de uma bolsa de plástico através do cateter até a cavidade abdominal
e ali permanece por várias horas. A solução é então drenada e uma nova solução volta a
encher o abdômen, recomeçando o processo de depuração. No caso da CAPD, a solução de
diálise fica no abdômen durante 4 horas. O processo de drenar o dialisado e substitui-lo por
uma solução nova leva de 30 a 40 minutos. A maioria das pessoas troca a solução quatro
vezes por dia.
112
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Complicações da diálise peritoneal
Cuidados de enfermagem
A Diálise Peritoneal Cíclica Contínua ou CCPD é parecida com a CAPD, porém nesta deve-
se conectar o cateter a uma máquina que enche o abdômen e drena a solução de diálise
automaticamente. Este método é geralmente realizado durante a noite, enquanto o paciente
dorme, permitindo maior liberdade ao paciente durante o dia. É um método ainda pouco
113
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
utilizado no Brasil, pois a máquina deve ser comprada ou alugada pelo paciente para ser usada
em casa, o que aumenta muito o custo do tratamento.
Também conhecida como DPI, pode empregar o mesmo tipo de máquina usado na CAPD
para a infusão e drenagem da solução de diálise. Normalmente a DPI é feita em hospital,
sendo este método uma opção de tratamento para pacientes que não podem realizar outras
formas de diálise.
A presença de sangue nas fezes, seja vivo ou digerido, sempre causa grande apreensão ao
paciente e seus familiares. Existem várias causas para hemorragia digestiva e vários tipos de
apresentação para fezes com sangue.
- Hemorragia digestiva alta: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal acima
do duodeno, ou seja, esôfago, estômago e o próprio duodeno.
- Hemorragia digestiva baixa: Todo sangramento que ocorre no trato gastrointestinal após o
duodeno, ou seja, intestino delgado, grosso, reto e ânus.
114
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
A presença de sangue nas fezes pode se apresentar de várias maneiras. Fezes com sangue vivo
normalmente indicam hemorragia digestiva baixa, enquanto que fezes escuras, com sangue
digerido, são em geral, devido à hemorragia digestiva alta. Fezes com sangue digerido
recebem o nome de melena. São negras, pastosas e com odor muito forte. Às vezes
apresentam raias de sangue não digerido ao redor. A hemorragia digestiva pode ser óbvia ou
oculta. Muitas vezes a quantidade de sangue perdido é pequena e se mistura com as fezes,
passando despercebida pelo paciente. Apesar do volume ser pequeno, o fato de ser constante
leva à anemia, que muitas vezes é a única pista de um sangramento digestivo. A presença de
sangue nas fezes, perceptível ou não, pode significar uma gama de patologias, das mais
simples como hemorroidas, até as mais graves como câncer de intestino. Vamos falar das
mais comuns:
As úlceras gástricas ou duodenais são causadas principalmente pelo uso crônico de anti-
inflamatórios. Como ocorrem na parte alta do trato digestivo, costumam se apresentar como
115
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
melena. Porém, a quantidade de sangue perdido pode ser tão grande que não há tempo para
digeri-lo, levando a evacuação de sangue vivo. O sangramento por uma úlcera pode ser
pequeno o suficiente para o doente não reparar alterações nas fezes, caindo naquele grupo que
apresenta anemia sem sangramento evidente. Pode também se apresentar com sangramento
vultuoso, inclusive com vômitos sanguinolentos.
2. Diverticulose
Divertículo é uma protusão da parede do intestino. São pequenos sacos, semelhantes a dedos
de luvas, que ocorrem principalmente na parede do cólon por enfraquecimento da musculatura
do mesmo. É muito comum após os 60 anos e normalmente são múltiplos ao longo do
intestino grosso. São lesões benignas, mas que podem sangrar ou inflamar se ficarem
obstruídos por fezes. Os divertículos costumam causar sangramentos indolores, vivos e
volumosos. É das principais causas de sangramento vultuoso em idosos.
3. Câncer do intestino
116
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Aproximadamente 10% das hemorragias digestivas em pessoas acima dos 50 anos são
secundárias a tumores do intestino. Os sangramentos tumorais costumam ser de pequena
quantidade e também podem passar despercebidos. Alguns sinais podem indicar um maior
risco de sangramento neoplásico: fezes em fita, ou seja, com diâmetro pequeno, alterações dos
hábitos intestinais como constipação intestinal de início recente, emagrecimento associado à
anemia em doentes idosos.
4. Inflamação intestinal
Qualquer doença que cause inflamação nos intestinos pode levar a sangramento nas fezes. Isto
vale desde intoxicações alimentares com diarreia sanguinolenta até as chamadas doenças
inflamatórias intestinais que compreendem a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.
Nestes casos o sangramento normalmente vem acompanhado de diarreia de grande
intensidade e febre.
5. Angiodisplasia
São dilatações e enfraquecimento da parede dos vasos da mucosa do intestino, que por
ficarem mais expostos e mais frágeis, rompem-se com mais facilidade. A angiodisplasia é
mais comum após os 60 anos e pode causar desde sangramentos volumosos até um quadro
assintomático, onde o paciente não apresenta nenhuma perda sanguínea e sequer suspeita que
possua alguma alteração.
Hemorroidas
117
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Fissuras anais
Pólipos intestinais
Proctites
Úlceras no reto
Câncer
Endometriose intestinal
A) Medidas gerais:
Internamento hospitalar
Dieta zero
SNG
118
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
02 nasal
Acesso venoso
Sonda vesical
Amostras sanguíneas
Cirurgião geral
B) Reposição de fluidos:
SF 0,9%
Ringer lactato
Expansores plasmáticos coloidal
D) Medicamentos:
Bloqueadores dos receptores de Histamina, a fim evitar a vasodilatação capilar
(cimetidina, ranitidina e famotidina).
Protetores Gastricos (omeprazol, pantoprazol e lanzoprazol)
Vasopressores (vasopressina, somatostatina e octreotide)
Vitamina K
Monitorar a pressão dos balões com manometro, não deixando baixar a pressão.
Avaliação neurologica
Jejum absoluto
120
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Assistência de enfermagem
Avaliação Neurologica
Controle Hídrico
Pressão intracraniana (PIC) é aquela encontrada no interior da caixa craniana, tendo como
referência a pressão atmosférica. A PIC tem uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHg e
122
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
reflete a relação entre o conteúdo da caixa craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e
sangue) e o volume do crânio, que pode ser considerado constante (Doutrina de Monroe-
Kellie). A alteração do volume de um desses conteúdos pode causar a hipertensão
intracraniana (HIC). Monitorização da PIC: Caracteriza-se pela introdução de um cateter no
nível do espaço epidural subaracnóideo, intraventricular adaptado a um tradutor de pressão.
Valores da PIC
123
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
124
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
125
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Monitorização da Pressão Intracraniana
Complicações da monitorização
Infecção intracraniana clinicamente significativa, associada com sistemas de
monitorização da PIC, é rara.
Hemorragias ocorrem em torno de 1,4% dos casos, sendo que apenas 0,5% necessitam
de cirurgia, para drenagem do hematoma.
A recolocação de cateteres ventriculares por mau funcionamento ou obstrução ocorre
em apenas 3% dos casos. Em vigência de PIC >50 mmHg, há aumento no risco de
obstrução e perda do sinal.
Cuidados de enfermagem
a) Posição da cabeça
A cabeça deve ser mantida em posição neutra e elevada a trinta graus, para otimizar o retorno
venoso. Quando houver necessidade de mobilização do paciente, a cabeça deve ser mantida
em alinhamento com a coluna. Movimentos de rotação para a direita podem aumentar mais a
126
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
PIC do que movimentos para a esquerda. A posição prona deve ser evitada, por aumentar as
pressões intra-abdominal e intratorácica, com consequente aumento da PIC.
b) Temperatura corporal
c) Monitorização hemodinâmica
d) Manejo respiratório
127
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
A saturação do paciente deve ser mantida acima de 92%. A PaCO2 deve ser mantida em torno
de 35 mmHg (evitar níveis de PaCO2 >38 mmHg). Não deve ser usada a hiperventilação
profilática, pelo risco de vasoconstricção arterial e consequente isquemia cerebral. No suporte
ventilatório, é recomendada a manutenção de uma frequência respiratória baixa, pois o tempo
expiratório mais prolongado facilita o retorno venoso. A utilização de pressão expiratória
final positiva (PEEP) não é contraindicada; deve-se, entretanto, ter presente as suas potenciais
interferências hemodinâmicas.
e) Sedação/Analgesia
O paciente deve ser mantido sem dor e agitação, evitando-se estímulos sempre que possível.
Antes da aspiração e/ou intubação, recomenda-se o uso de lidocaína 1 mg/kg endovenoso
CPM, visando evitar o aumento da PIC. As drogas comumente usadas são o midazolam, a
morfina ou o fentanil. A infusão de propofol deve ser limitada há 12 horas, pelo risco de
hipotensão e acidose metabólica. O uso de ketamina deve ser evitado, pois aumenta a PIC.
Algumas vezes é necessário o emprego de paralisia muscular com agentes derivados do
curare. Uma vez paralisado, o paciente requer adequada atenção a todos os pontos de pressão
do corpo. Os pacientes curarizados devem ter monitorização eletroencefalográfica contínua,
em função do risco de crise convulsiva.
As crises convulsivas podem levar à hipoxemia e hipercapnia com aumento da PIC. Estudos
em adultos mostram eficácia no uso profilático da fenitoína na primeira semana pós-trauma,
diminuindo o número das crises convulsivas.
g) Suporte nutricional
128
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Iniciar alimentação do paciente precocemente, preferindo-se a via enteral. Administração em
torno de 30% a 60% do gasto metabólico basal. Pacientes tratados com altas doses de
barbitúricos podem necessitar nutrição parenteral em função de gastroparesia ou íleo
prolongado. Deve-se promover um controle rigoroso da glicemia, evitando a infusão de
glicose nas primeiras 48 horas, a menos que haja hipoglicemia (<75mg/dl), considerando-se o
risco potencial de incremento da acidose lática10.
h) Aporte hídrico
A restrição da ração hídrica é indicada no paciente com hiponatremia dilucional. Além disso,
devemos monitorizar eletrólitos e osmolaridade regularmente, observando a tendência atual
de manter o paciente com o nível sérico de sódio em faixa mais elevada9. Manter controle
rigoroso do débito urinário com atenção especial aos pacientes com uso de diuréticos para
evitar a desidratação.
129
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
O ato de transportar deve reproduzir a extensão da unidade de origem do paciente, tornando-o
seguro e eficiente, sem expor o paciente a riscos desnecessários, evitando, assim, agravar seu
estado clínico.
Segurança e contraindicações
130
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Medicamentos utilizados em UTI
Opióides
Os opióides são agonistas dos receptores opióides encontrados nos neurônios de algumas
zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino. Os receptores
opióides são importantes na regulação normal da sensação da dor. A sua modulação é feita
pelos opióides endógenos (fisiológicos), como as endorfinas e as encefalinas, que são
neurotransmissores.
Principais opióides
Cuidados de enfermagem:
*IV: administre lentamente para evitar reações adversas: dilua 2-10mg em 5 ml de água
destilada e infunda além de 4 min; contínua: concentração de 0,1 – 1mg/ml.
Cuidados de enfermagem:
*Indagar sobre o cliente ser portador de IAM e depressão grave e miastenia grave.
Indicação: Tramadol é indicado para dor de intensidade moderada a grave, de caráter agudo,
subagudo e crônico.
Cuidados de enfermagem:
132
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Benzodiazepnicos
Midazolan (hipnótico)
Cuidados de enfermagem:
*IV: uso exclusivo hospitalar; a medicação deve ser administrada somente sob supervisão
médica e mediante emprego de medidas de apoio, nos casos de insuficiência
cardiorrespiratória.
Medicamentos vasoativos
Cuidados de Enfermagem:
*No início da terapia ou durante o ajuste da dose, monitore: PA, FC e RC, diante de qualquer
alteração, comunique o médico;
*VO: medicação deve ser administrada durante as refeições para diminuir a intolerância
gastrointestinal (GI);
*Durante a terapia, monitore: PA, ECG, fluxo urinário, débito cardíaco, PVC, pressão
sanguínea pulmonar e pressão dos capilares pulmonares;
*IV ou SC: durante a administração da droga, deve-se evitar o seu extravasamento, diante
dessa ocorrência, uma necrose poderá ser prevenida pela imediata infiltração de 10-15 ml de
cloreto de sódio 0,9% contendo 5-10mg de fentolamina;
*IM ou SC: de acordo com as circunstâncias clínicas, o sulfato de efedrina poderá ser
administrado por essas vias.
Indicações: Dolantina está indicada nos estados de dor e espasmos de várias etiologias, tais
como: infarto agudo do miocárdio, glaucoma agudo, pós-operatórios, dor consequente à
neoplasia maligna, espasmos da musculatura lisa do trato gastrintestinal, biliar, urogenital e
vascular, rigidez e espasmos do orifício interno do colo uterino durante trabalho de parto e
tetania uterina. Dolantina pode ser empregada ainda como pré-anestésico ou como terapia de
apoio ao procedimento anestésico.
Cuidados de enfermagem:
*Informar que tabagismo e álcool podem aumentar concentração da droga durante tratamento;
*Orientar não ingerir produto depois das refeições com alto teor de gordura;
135
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
*Informar paciente durante aplicação IV, pode ter taquicardia.
Indicação: Choque séptico, cardiogênico e baixo fluxo renal; disfunção miocárdica e baixo
fluxo. Após PCR: indicação para ocasionar hipertensão transitória, melhorando a perfusão
cerebral.
Cuidados de enfermagem:
*Durante a terapia monitore: PA, ECG, PVC, débito e frequência cardíaca, balanço hídrico,
cor e temperatura das extremidades e diante de um aumento desproporcional da PA diastólica,
reduza o fluxo da infusão e acione o enfermeiro e ou médico;
*IV: dilua em soro fisiológico 0,9% ou glicosado 5%, infunda em uma veia de grosso calibre;
Noradrenalina
Cuidados de enfermagem:
Referencias Bibliográficas
137
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
"Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
5. PADILHA, K.G. et al. Estrutura Física das Unidades de Terapia Intensiva do
Município de São Paulo In: Revista Brasileira de terapia Intensiva v.9, nº2, p.71-76,
1997.
6. http://boasaude.uol.com.br/realce/showdoc.cfm?libdocid=14143&ReturnCatID=1816
7. BORGES,A.L. Por uma educação com alma: Aobjetividade e a subjetividade nos
processos de ensino aprendizagem. 2ºedição, Rio de Janeiro,2000.
8. FREIRE,P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa.1º edição,
Rio de Janeiro,1996.
9. http://www.bstorm.com.br/enfermagem/index-p2.php?cod=61565&popup=1
10. HUDAK G. Cuidados intensivos de enfermagem. Uma abordagem holística. 6º edição
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,1997.
Agradecimentos
138
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- colegiosaobento@uol.com.br