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Dump de "O Caos", obra do misterioso Undervick Mosckedovarko, traduzido do russo

para o
inglês e por mim para o português. Enjoy:
O Caos
O Nada
Para compreender as engrenagens regentes do infinito e das possibilidades, o ser
que porta
inteligente curiosidade, deve primeiro, desmantelar-se. A si, e ao todo. Como um
a criança
no auge de sua vontade de aprender, desmonta um rádio que não o pertence, sob risco
de
surra, simplesmente para ver de que forma vibram e saltam seus mecanismos.
Deve se voltar ao primordial, ao início, a aquilo que permite que a matéria e a ener
gia
vaguem por aí em constante transformação. O Nada. Aquele que, como uma folha branca na
mão
de um escritor, permite a obra da criação, simplesmente por dar a dádiva das infinitas

possibilidades de invenção.
Antes d'O Tudo, veio O Nada, o vácuo pacífico onde ainda hoje vaga toda a parte palpáv
el e
não palpável do universo. Devemos ao Nada o respeito por abdicar sua própria inexistênci
a,
para nos dar a chance de experimentar das melhores sensações, essas padronizadas pel
o
modelo regente de Todo; e simplesmente existir.
Para respeitar o Nada e seu nobre ato de compaixão, deve-se saber de um conceito,
que é a
única verdade absoluta: Nada existe . Parece uma divagação proveniente de uma bebedeira
numa data especial ou a frase favorita de um niilista desiludido, mas é o que todo
ser
prudente deveria saber.
Quando O Nada nos deu a dádiva da existência, jogou-nos em uma ilusão onde o mesmo não
existia, quando na verdade, este preenche cada lacuna infértil, que no começo dos te
mpos,
matéria e energia foram incapazes de produzir qualquer infinitude de coisa.
Se um dia o vácuo foi a única existência, então nada realmente é válido. É um princípio
primordial, mas que deve ser entendido com cuidado, porque, seu mau uso pode arr
ancar da
vida um sentido, paradoxalmente a finalidade do entendimento disso, que é, dar-lhe
um
motivo.
Sobre Purificar-se
Sob a luz de que nada realmente é válido, é hora de lavar a mente do agraciado. Entend
endo
que no micro contexto que se insere seu Ego e seu Eu, tudo que tenta reger é contrár
io, é
contraditório e é bolado por outros Egos e Eus, que como é de se esperar, debatem-se
tentando escalar por entre as cabeças alheias.
O primeiro passo prudente na purificação pode ser feito neste exato instante; não acre
dite
nesse livro, dê a sua mente a liberdade de vagar tola por um mundo caótico. Dê a si, a

graça da sorte e a maravliha que são as possibilidades. Leia cada linha imprudente d
esta
obra com dúvida e desdem, só assim poderá alcançar-se um dia o Ego que um ser humano
correto deveria ter.
Destrua seus conceitos, desacredite nas suas verdades, cegue-se as suas convênções,
liberte-se de tudo que automatiza seus atos. Religião, método, sociedade, valor, mor
al,
engajamento. Dê a todos esses buracos negros engolidores de liberdade o castigo da

indiferença. Mate seus líderes e esqueça os mártires, basear-se no inatingível é o ato do


homem que ama a si e a sua raça.
Demita seus ídolos, cultive seus fãs.
Tolice daquele que agora arregala os olhos com distinto espanto, e taxa de subve
rsivo as
palavras ditadas a pouco. Este sim, está entalado até o pescoço no modelo de vida que
lhe
arranjaram antes mesmo de residir no testículo de seu pai.
Não viverá jogado a incerteza o que se propõem a executar o exercício, pois o mesmo só
durará um instante, o instante em que sua mente sabe que é livre. Peço aquele que não pôde

sentir que esqueça tudo e cuide de seu futuro, prá que tenha um leito de morte com a
mínima
honra possível.
Centelha da Compreensão Universal. É a forma que nomeio essa sensação que sou impotente
quando se trata de descreve-la em palavras. É simplesmente saber que se sabe de tu
do. Mas é
tão rápido quanto a vida humana em relação ao cosmo. Ínfima.
Disseram os budistas há muito tempo, alcançar e contemplar A Centelha a partir exercíc
ios
de meditação, mas tiro destes o mérito por creem em coisas maiores que si mesmo se não o

próprio Todo. O momento de paz não é ingrediente impressindível prá chegar A Centelha. Ela

pode nascer do desespero, da raiva, da sonolência, do delírio e até da própria paz. Ela

não pode chegar ao burros, a esses A Centelha corre longe.
Sobre Macular-se
Depois de todo o trabalho limpando-se prá poder enxergar a si mesmo de baixo de ta
nta lama,
é hora de lambusar-se novamente. Não se pode sair por aí dizendo que alcançou a revelação
universal, incialmente porque essa não existe e depois porque lhe enternariam em u
m
hospício se você não morresse de fome antes. Tudo que precisava era ter a visão de sua p
ele
por baixo da camada espessa de lama. Nada mais. Visitar a si mesmo no mínimo uma v
ez. Está
assim um passo à frente de bilhões.
Não poderá fugir do que o Todo lhe reservou para desenhar seu livro, mas poderá escrev
er
nele o que bem entender, se assim, lutar contra a cegueira e contra a mão que tent
a lhe
lecionar a escrita, da qual maneira mais entende por aceitável. É hora de se inserir
no
mundo dos sujos, no seu mundo, esse é seu lugar; e já que há tanta merda prá todos os
lados, não seria indiscrição sujar mais.
Negligenciar o corpo é a tolice dos fracos que se camuflam com falsa inteligência. A
trofiar
a ferramenta de contato com o mundo real para elevar-se de maneira conveniente a
penas no
plano mental é um ato restringido aos asnos. Não é sobre estética ou pefeição, é sobre
experiência e amor próprio.
Pelos portões do meu reino não entram os fracos, nos portões do meu reino os feios são
barrados e a pena, humildade, medo e submissão são drogas que proíbo o tráfico. Com pena
de
expulsão. E prá fora das paredes existe um deserto, onde o que definha e o que está em
estado mais avançado de putrefação é digno da falsa atenção e do direito de ser salvo.
Tomaram muito sol na cabeça e agora cultuam valores inferiores. O que houve nesse
deserto?
O que ouves? Só lamúrios.
O Álibe
Prá quem pôde sentir A Centelha, prá quem pôde entender que O Nada é precedente ao Todo,
virá o escudo mais forte. Escudo esse que é incapaz de proteger a ti de pau e pedra,
mas
que o mantem longe do golpe mais destrutivo que se tem conhecimento. O golpe que
tu próprio
desfere contra ti. Um golpe abstrato que vem de dentro, que infecta e corroe. Su
a
ferramenta contra o vacilo e contra o ato carente de nobreza que é hesitar frente
ao desejo
e necessidade. Seu Álibe que lhe cobre internamente dos dedos que apontam com raiv
a prá um
Ego que se massageou, e que foi verdadeiro consigo mesmo. O Nada.
Deixe o uso demasiado do Álibe para os inexperientes, para os não estrategistas, par
a os
iniciantes. O aço desse escudo não vai se desgartar se o manter sob manutenção, nem vai
deixar que avariem sua conciência; todavia, como todo bom remédio, há de ter um terriv
el
efeito colateral, não será esse que fugirá do balancete de funcionalidade. Com certeza
não.
O abuso do Álibe, que é inevitavelmente interno, o levará a pelejar a procura de
companheiros e confiança, porque quando o Álibe te proteje de ti mesmo, não lhe protej
e do
próximo. Nem evita que o Ego desse vá doer, se no contexto estiver escrito que irá.
Não se trata de pena, nem de hesitação, mas de racionalização, usar do que tens trancado a

osso no crânio. Um homem precisa tanto de amigos quanto precisa de sexo, comida ou
bebida.
Ser sociavel por evolução. É transtornado e rabugento aquele que jaz sozinho. Moderação no

uso do Álibe é o ato do que dominou o que foi dito.


Sobre Iludir
Próximo de como faz o mago, ou o ilusionista que se apresenta prá multidão. Iludir é a
palavra mais correta possível, seja qual for o contexto. O Ego projeta o Eu no Tod
o, o Eu
age por alimentar o Ego, esse cresce com o fermento da conquista, retirada do at
o do bem
feito. O Ego que cresce mantem o Eu forte, e projeta novas ilusões no Todo. Essas
sempre
mais belas, e sempre mais astutas. Não critico, analiso o natural.
A problemática é que desviaram-se os valores conforme mudava o modo de vida. O ser h
umano
perdeu a fé em si próprio. E empurrou a força e a vontade prá coisas dignas de desprezo.
Feliz daquele que sabe que os outros são seu braços.
Esqueceram de ensinar ao filhos que nascem, como iludir de forma correta e convi
ncente.
Agraciado aquele que faz um bom show.
Agora quem tem olhos voltados prá cá, aprenderá a arte de iludir, da qual alguns já nasc
em
fazendo tão bem.
Seu palco é circular, e as táboas do assoalho são os outros Egos e Eu's , da mesma forma
que esses são também sua platéia. Sustentam seu show, e o analisam. A atuação padrão do que
se vê em destaque é a do Superior. Explicitada pela liderança, pela inteligência, pela
força, pela influência e charme. E implicitada pela simpatia, compreensão, benevolenci
a e
humildade. Essa última ainda que proibida o tráfico no meu reino, deve ser usado com
o um
poderoso alucinógeno, com cautela e esporádicamente. Seu uso em demaisa é punido com a
uto
depreciação; a humildade tem sua origem no culto a fraqueza como bendito. Oponho-me.

Todavia use a humildade para amenizar a dor alheia daquele que sente o calor vib
rante de
sua alma vitoriosa e a inveja. Cure o coração do penoso camuflando seu excelsior por
um
instante. Não de fraqueza, mas de maéstrica inteligência.
O fraco pode tirar o juz de seu nome, se mergulha em dor. Dor proveniente das qu
eimaduras
causadas pelo brilho exessivo do Superior. E como o cupim corroe a madeira, esse
pode
transformar todo seu assoalho em pó. Conto aqui com teu poder de observação prá julgar
astutamente quem é digno de ser intormpecido com tua falsa humildade. Dar atenção ao c
upim
de mandibulas inúteis é perda de tempo, além de mal uso do enteógeno.
Dos maiores busque a superação, fantasiada de indiferança desdenhosa ilusória;
cultivar-lhes a simpatia de maneira errada lhe põe em papel de aprendiz. Dos iguai
s busque
ou rivalidade ou aliança; dos iguais saírão bons companheiros e fortes oponentes. Dos
fracos cative admiração, respeito e medo.
Sobre o Ego e o Eu
As mentes de presença concomitante a minha no todo atual, acreditam, devido a seme
nte
plantada por outro homem a longa data, que o ego seja superficial, e de alguma m
aneira
inferior ao Eu. Não sei ao certo que turvo pensamento lhe jogou isso na cabeça, tira
ndo da
nossa nascente de impulsos o título de primordial e dando esse ao Eu, mera represe
ntação do
Ego no Todo.
O ser não tem percepção da própria existência até que crie seu Ego e seus caprichos, deste
proveniente. A percepção de Eu é dada em relação ao mundo físico, só é viável após a
construção do Ego e esse último maculado pela moral.
Estude com afinco e volte ao início dos tempos, quando começaram a ser fundamentadas
certas
proibições. Destrinche seus motivos, suas idéias e a força da qual se usou para se impor

essa ordem. Aquele que é de um pouco de racionalidade verá que não há fundamento válido prá
nada disso, e que o embasamento e o interesse proibitivo é proveniente muitas veze
s, de
seitas e religiões que creêm no impalpável.
É mister que o estudante seja cauteloso no momento de maculação, para não deixar que
penetre lodo pelos poros do Eu, atingindo por conseguinte o Ego. Toda a falcatru
a moral
criada a longa data, se enraisada no Ego causará extensa dificuldade quando pensar
-se em
purificação, isso se com sorte não tender ao impossível.

livro de notas: "Divagações Mundânas em Delírio."


Recortes dos pensamentos mais inebriantes de Mosckedovarko fantasiados de anedot
as ou
desabafos. Enjoy:
Tédio
Não sei lidar com o tédio e tenho raiva do sentimento de vazio, que aliás vem me acome
tendo
muito mais frequentemente do que vinha. Tenho certeza que não tem nada à vêr com o ócio,

que penso eu, só mascara tudo que deveria estar doendo.

Nota: A linguagem mais "esportiva" notada pelo leitor é devida a "desemportância" da


da pelo
autor enquanto escrevia esses memorandos, que, pensava ele, não seriam publicados.
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Suicídio
Suicídio não é fraqueza, pelo contrário, se usado com astúcia, tirar a própria vida pode
ser gênial. Não tenho tedências suicídas, mas acho que evoluí o pensamento de existência
prá um nível diferente, que é basicamente poder interferir limitadamente no mundo mate
rial.

Tragédias e Valores
Quem dera a mim que acometesse a minha pátria uma chuva torrencial essa madrugada.
Queria
que o Caos se instalasse na "Grande Branca". Alagentos nas regiões baixas, pestes
e morte.
Não tenho ódio de nada nem ninguém, mas tudo isso está po ficar muito monótono. Então
assusta-se e pensa, "como ele é asno e egoísta, querendo acabar com um dia lucrativo
na
econômia do país por simple gozo". Mas é ai que está a xarada. Eu queria que a tragédia
promovesse uma grande mudança de valores nas pessoas. Tudo que se tem de pronto, p
ro brejo.
As pessoas iam agir por instinto mais uma vez, o estado ia ter que desdobrar prá r
esolver o
caos; fome, dor e falta de amparo, tudo isso com certeza ia unir as pessoas da f
orma que
era prá ser desde o começo dos tempos. Sempre que chuvisca eu penso: "agora, é ela, mu
de o
mundo chuva, mude", mas nunca é. Dessa vez não teria Noel, seria só destruição.
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Esse recorte é conturbado devido ao seu teor agressivo e segundo especulações foi escr
ito
pelo autor durante uma crise de raiva e embriaguez.

Esgueirante do Silêncio
Lá vem ele de novo. Aquele sentimendo familiar que me acomete pelo início da madruga
da. Já
ví que a ressonância do vento no silêncio profundo junto a um monte de escuridão e tédio é
o gatilho do maltido. Começa na barriga e sobre num susto para a cabeça, me faz incl
inar o
queixo prá cima e olhar qualquer tentativa de entretenimento com desdem. É sutilment
e
terrível. Já descobri o remédio que amenisa a dor, ainda por cima criando um punhado d
e
obras misteriosas e escritas com o sangue do espírito. Me pergunto se algo respeitáv
el e de
cunho científico poderia ser tirado disso tudo. Quem sabe a "Grande Branca" venha
a se
orgulhar de mim?

Muito provavelmente o termo "Grande Branca" esteja se referindo à Rússia oriental, b


erço e
escola de Mosckedovarko

Sentimentos Anônimos
Não dá nem prá descrever que diabos é isso.
Um misto de vontade de morrer com vontade de mudar o mundo. É como se eu fosse tão s
uperior
que não desse valor a vida, sei que ela serve prá algo bom e grande, na mesma proporção
em
que é egoísta, mas se não a uso da maneira certa, prefiro dar o lugar prá alguém mais
entusiasmado.
É isso, poderia escrever o dia inteiro, mas sei que não vai fazer sentido prá o leitor
, e
como não a show sem platéia dou um caloroso adeus.

Sangue do Espírito
Eu me expresso melhor quando estou calado e não faço sentido
Nota: Tido como o pensamento mais sucinto e gênial do autor, alguns até dizem que a
analôgia: "Bons perfumes/Fatais venenos, pequenos frascos." se encaixam perfeitame
nte nesse
recorte.
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Equilíbrio
Passado o caos, há sincronia.

Nota: Carta endereçada a uma paixão secreta do autor no dia da cerimônia de noivado, o
que
gerou espalhafate.
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Verdades não existem, mas foram feitas prá serem ditas.
Pare de tentar transformar meu mundo no modelo convêncionado e decadente que você um
dia
idealizou. Quanto mais você tenta fazer com que ele pareça colorido e quente, mais i
diota
você parece prá os olhos rapinos de quem já está agasalhado. Eu rio de você o tempo
inteiro, nem pode imaginar.
Os outros sabem da verdade espinhenta e impactante que carrego, mas, por cavalhe
irismo,
impedem que sinta o espeto lodoso da verdade. É, só me resta rir.
Pseudo Liderança
Numa guerra social sutilizada pela convivência diária ou por conversas divagativas o

vencedor é sempre o macho alfa.Mas qual deles? O natural sai vitorioso até mesmo de
uma
batalha que perde, coisa que os gênes trataram de fazer. Os pré-produzidos alfa arti
ficiais
não podem com o poder da funcionalidade da mente de um desses, ah não podem não. Segun
do
dado a se recolher prá ser bom juíz, é: "qual deles é dominante no plano físico".
Respondendo essa pergunta você tem uma armadilha na mão, essa só estoura em momentos
necessários ou de tensão.
O Alfa do plano mental será dominante até no momento mais pederástico de sua vida, não
apoio aqui pois, quem negligencia o corpo. Digo que o macho do plano físico só pode
enxergar (devido a sua programação natural) um mundo de funcionalidades que existe e
responde tudo de uma maneira muito rústica. Contrariando o Todo e seus projetos in
sanos.
O Alfa mental por sua vez faz da rusticidade camuflagem e diversão. Mais certo e
inescrupuloso que isso impossível; e é o que eu digo: "Deixem que liderem os burros
até que
se engatilhe o grande momento."

Dor e Insonia
Tem na minhas costas uma dor que me puxa para cama, como um imã levaria facilmente
um grupo
de frouxas limalhas de ferro. Ai eu penso: "Se eu for deitar, não consigo dormir,
mas se
continuar a me entreter a dor me demanda mais chibatadas". O ódio de não poder optar
por um
futuro alternativo sem sofrimento. Que coisa.

Da Inverção

Foi produto da má interfridação de alguém que um dia tentou se eternizar toda a inversão p
olar de valores que o mundo socio-mental se debate hoje. Se um dia era o brilho
do ouro que encantava as moças, passou a ser a pedra seca e dura, fosca e sem cor.
Proveniente da pena e do medo de terminar por assim um dia, que como numa jogad
a inventiva o conhecimento do homem de Nazaré foi lançado e canalizado para uma fina
lidade fétida. Esses fracos homens queriam era sim guardar seu futuro, sobre a seg
urança de que mesmo se um dia fossem tão utéis quando uma planta inféril seria alvo da c
ompaixão. E porque não pode o ser saber sua hora de morrer?
A medicina evolui e junto com ela o amor ao ser humano, nada mais certo como nad
a mais contraditório. Quanto mais nos aproximamos da realidade de que barro não fomo
s e carne sempre sim, mais a fantasia distancia a mente da verdade. Então cria-se
deus. Já que não podes conviver com a verdade de que não é importante numa escala coloss
al dê ao seu lugar espaço prá outro, e faça isso de forma nobre.
E se espantou um dia a bela moça quando recebeu no seu anel de brilante um granito
poeirento e não polido, então lhe esclamou o galante que cortejava:
' É isso agora mulher que vale como o ouro valeu!'
Assistiu na cara rosada dos risonhos o gozo de uma vitória impossível:
' Agora acho no chão da rua aquilo que vale nobreza, feliz, feliz seja a inversão!'
E foi só deleite por tanto tempo. Mas e a arma prá combater o que espumava ainda pel
o ouro? Que fazer?
' Pecam!' - Gritou prá o povo o risonho - ' Peca aquele que porta da beleza demoni
aca do ouro, seu brilho excessivo não é aceito pela simplicidade do granito e nunca
será!'
Então me retorcendo por entre pensamentos delirantes travei: mas como pôde a minha c
idade perder essa guerra? Como pode o grande seder ao pequeno? O ouro ao granito
?
Juntaram-se mil pequenos e esculpiram os valores no maior escudo que já existiu, f
izeram-se a moral do estado. Moral essa que traça seu furuto físico e psicológico, mes
mo que se oponha com fé que não. Primeiro lhe arranjam as aljemas e travam forte no
pulso, uma corrente monetária que não deixa que defeque mais sem que pague prá isso. D
epois o avatar familiar, que rompe com qualquer ideia não convêncional e permite que
o mais caquético tome a frente das decisões, tornando o vigor do jovem pseudo-infer
ior pela experiência, mesmo não correta, do mais envelhecido. E prá que tema não cumprir
o fatídico lhe estapeiam com a religião, que lhe dá um inferno que pune e um céu que ma
ssageia. Dois caminhos à seguir, dor ou prazer.
Dor na terra, prazer no céu. Prazer na terra, dor no inferno.
Foi o que gritaram os dos valores invertidos.
Sobre Bocas e Ouvidos
Não já se sentiu sozinho no mundo? Pois a dádiva dos grandes pensamentos vem com a mal
dição de vibrar em uma frequência inaudível. És então amigo, como um morcego que canta bela
ente tentando encantar alguém, mas que falha pelo simples fato do espectador não ter
o potêncial de ouvir. Sentes sozinho, porque o que tem prá dizer não deve ser dito a
qualquer ouvido, mas sim guardado prá ser atirado em pequenas e incandecentes fraz
es e observações.
Quem sabe sua cultura não seja rara, ou seu gosto refinado ou diferente de mais? É p
or isso que sempre disse:
Gênios! Estão à um passo de serem gênios de verdade, mas nunca serão. Porque o verdadeiro
atento sabe a importância de ser burro.
O burro porém nem sabe da inteligência, e como todo ser deve fazer, empilha os tijol
os de suas próprias importâncias. Macular-se sempre foi sobre bocas e ouvidos, como
purificar-se sempre foi como saber do Nada. Se não for boca diplomática e pouco pomp
osa prá ouvidos de cupins, cairá. E cairá na única desgraça existente por todo vasto unive
rso: a de não cumprir seu papel como animal terrestre. Sim, prá os cães é fácil para o ser
humano tornou-se um teatro. Pois então, respeitar a única desgraça e ser diplomático co
m ouvidos bufentos, ajudará a não pelejar.
Sobre Ser Ínfimo
Exercício muito nobre é esse de saber sobre teu tamanho. Acredito nos Ouroboros.
Um funcionamento muito comum, quando se trata de elevação de conhecimento e personal
idade. Notar o quão simples é aquele que porta real conhecimento é a chave que lhe dá ab
ertura à enxergar um Ouroboros. Mas é a simplicidade conotada pelo medo, submissão ou
crença? Não! Não é a simplicidade do granito, mas sim a do ouro que não mais olha com espa
nto prá própria pele por saber que tem aquilo e terá mais.
Se seguinte ao zero vem o um , que vem antes do zero ? O um negativo , a representação
grau em polaridade contrária. Se pôde sentir o conhecimento contido nisso poderá ente
nder também a verdadeira indiferença, aquela que tem como base um amor infudamentado
, não aquele que é orgulhoso e mascara uma jogada de serpente.
Já pude burlar os longos caminhos e estourar o Ouroboros graças a ciência obscura do m
eu mundo e um pouco de empenho. Depois de sentir a Centelha Divina soube o quão Na
da era eu, assim como tudo que me circunda. Sim! Tive a visão duradoura, e não estal
ada, de quão somos ínfimos em relação ao Todo. E de como seu tamando e funcionamento ang
elical faz com que nos tornemos Nada frente a ele.
Deixem que saltitem e enganem os meus Coringas, deixem. Sabem ele o segredo da v
ida, oh já. As vezes penso que não se aprende, mas nasce sabendo. Olhem como são belos
e usam bem o Álibe, olha como sabem manejar a humildade. É brilhante a forma com qu
e se tornam Superiores por saberem que são ínfimos. São meus Coringas que ocultam e us
am o Caos a favor de si mesmos. Isso pois passado o Caos, há equilíbrio.

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