Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Nilópolis – RJ – Brasil
2018
Sumário
Capítulo I : Seqüências, Séries Infinitas e Séries de Potências
1.1 Sequências.......................................................................................... 1
1.2 Séries Infinitas..................................................................................... 4
1.3 Série de Potências............................................................................... 7
1.3.1 Série de Taylor 8
1.4 Exercícios Propostos........................................................................... 12
N = f1; 2; 3; 4; :::g :
Notação:
Considerando f (i) = xi ; podemos escrever os termos de uma sequência, como sendo
x1 ; x2 ; x3 ; x4 ; :::
Esta sequência poderá ser representada pela sua lei de formação, usando uma das seguinte
notações
(xn )1
n=1 ou (xn )n2N ou simplimente (xn ) :
Observação 1.3 Chamaremos de valor de convergência de uma sequência (xn )n2N ao valor de
seu limite quando o termo n-ésimo tende para o in…nito.
1
De…nição 1.2 Diremos que L é o limite de uma sequência (xn )n2N se para todo número real
> 0; existe um n0 2 N tal que
n > n0 ) jxn Lj < :
Neste caso diremos que a sequência (xn )n2N é convergente e escrevemos
lim (xn ) = L ou xn ! L; quando n ! 1:
n!1
Teorema 1.2 Se (xn )n2N e (yn )n2N forem sequências convergentes e c for uma constante, então
(i) lim (c) = c;
n!1
(ii) lim (cxn ) = c lim (xn ) ;
n!1 n!1
(iii) lim (xn yn ) = lim (xn ) lim (yn )
n!1 n!1 n!1
xn lim (xn )
n!1
(v) lim = se lim (yn ) 6= 0:
n!1 yn lim (yn ) n!1
n!1
2
1.1.2 Sequências Monótonas e Limitadas
De…nição 1.3 Uma sequência (xn )n2N é chamada de monótona crescente se, xn < xn+1 para
todo n 2 N; e monótona decrescente se, xn > xn+1 para todo n 2 N:
De…nição 1.4 Uma sequência (xn )n2N é chamada de monótona não-decrescente se, xn xn+1
para todo n 2 N; e monótona não-crescente se, xn xn+1 para todo n 2 N:
De…nição 1.5 Uma sequência (xn )n2N é dita limitada inferiormente se, somente se, existe
a 2 R; tal que,
a xn 8n 2 N:
De…nição 1.6 Uma sequência (xn )n2N é dita limitada superiormente se, somente se, existe
b 2 R tal que
xn b 8n 2 N:
De…nição 1.7 Uma sequência (xn )n2N é dita limitada se, somente se, ela for simultaneamente
limitada superiormente e inferiormente, isto é,
Observação 1.4 Considerando K = max fjaj ; jbjg ; podemos rede…nir a sequência limitada,
como sendo
(xn )n2N é limitada , 9K > 0; tal que jxn j K; 8n 2 N:
Exemplo 1.6 Use o teorema (1.4) para provar se as sequências são convergentes.
2n
(1)
n! n2N
n
(2) n
e n2N
3
1.2 Séries In…nitas
De…nição 1.8 Se (xn )n2N for uma sequência e
Sn = x1 + x2 + x3 + ::: + xn ;
então a sequência (Sn )n2N será chamada de série in…nita, a qual será denotada por
X
1
xn = x1 + x2 + x3 + ::: + xn + :::
n=1
S1 ; S2 ; S3 ; :::; Sn ; :::;
De…nição 1.9 Diremos que a série é convergente se, a sequência de…nida pelas somas parciais
é convergente. Diremos que a série é divergente se, a sequência de…nida pelas somas parciais é
divergente.
P
1
Exemplo 1.7 Mostre que a série n é divergente.
n=1
P
1 1
Exemplo 1.8 (Série Telescópica) Determine o valor de convergência da série :
n=1 n(n + 1)
P1 1
Exemplo 1.9 (Série Geométrica) Calcule o valor de convergência da série n
:
n=1 3
P
1
Teorema 1.5 (Condição Necessária de Convergência) Se a série in…nita xn for conver-
n=1
gente, então
lim (xn ) = 0:
n!1
P
1 a
Teorema 1.6 A série geométrica arn converge para a soma se, jrj < 1 e diverge se,
n=0 1 r
jrj 1:
4
P
1 P
1
Teorema 1.7 Se xn e yn são séries que convergem para S e R, respectivamente, então
n=1 n=1
X
1
(xn yn ) converge para S R:
n=1
P
1 P
1 P
1
Teorema 1.8 Se a série xn converge e a série yn diverge, então ( xn yn ) é diver-
n=1 n=1 n=1
gente.
P1 (3n 1)
Exemplo 1.11 Veri…que a convergência ou divergência da série n
:
n=1 2
P1 1
Exemplo 1.12 (Série Harmônica) Mostre que a série é divergente.
n=1 n
Teorema 1.10 (Teste da Integral) Seja f uma função contínua, decrescente e não-negativa
em [1; 1) : Z 1
P1
(i) Se a integral imprópria f (x)dx converge, então a série in…nita f (n) converge.
Z1 1 n=1
P
1
(ii) Se a integral imprópria f (x)dx diverge, então a série in…nita f (n) diverge.
1 n=1
Exemplo 1.14 Use o teste da integral, veri…cando as suas condições, para determinar a con-
vergência ou divergência das séries:
P1 1
(1)
n=1 n
P1 1
(2) 2
n=1 n
P1 1
(3) p
n=1 n
5
P1 1
Teorema 1.11 (Série p) A série p
é convergente se, p > 1 e divergente se, p 1:
n=1 n
P
1 P
1
Teorema 1.12 (Teste da Comparação com Limite) Sejam xn e yn duas séries po-
n=1 n=1
sitivas.
xn
(i) Se lim = L > 0 (número …nito), então ambas séries convergem ou ambas di-
n!1 yn
vergem.
xn P1 P1
(ii) Se lim =0e yn converge, então xn converge.
n!1 yn n=1 n=1
xn P
1 P
1
(iii) Se lim = +1 e yn diverge, então xn diverge.
n!1 yn n=1 n=1
X
1
( 1)n+1 xn = x1 x2 + x3 x4 + x5 :::;
n=1
6
P
1
De…nição 1.11 A série in…nita xn será denominada absolutamente convergente se, a série
n=1
P
1
jxn j é convergente.
n=1
Teorema 1.14 Se uma série in…nita for absolutamente convergente, então ela será conver-
gente.
P
1 3
Exemplo 1.18 Veri…que a convergência ou divergência da série ( 1)n .
n=1 5n
P
1
Teorema 1.15 (Teste da Razão) Seja xn uma série in…nita de termos não-nulos.
n=1
xn+1
(i) Se lim < 1; então a série é absolutamente convergente.
n!1 xn
xn+1 xn+1
(ii) Se lim > 1 ou lim = 1; então a série é divergente.
n!1 xn n!1 xn
xn+1
(iii) Se lim = 1; então o teste nada conclui.
n!1 xn
Exemplo 1.19 Use o teste da razão para determinar a convergência ou divergência das séries.
P1 2n
(1) n
n=2 3 (n + 1)
P1 3n
(2) ( 1)n+1
n=1 n!
P1 1 3 5 ::: (2n 1)
(3) :
n=1 n!
Exemplo 1.20 Ache os valores de x para os quais as séries de potências são convergentes.
P1 nxn
(i) ( 1)n+1 n
n=0 3
P1 x n
(ii) ( 1)n+1
n=0 n!
P
1
(iii) (n!)(x + 2)n
n=0
7
P
1
Teorema 1.16 (Raio de Convergência) Seja cn (x a)n uma série de potência de raio
n=0
cn+1
R. Se lim =L 0 ou L = +1; então
n!1 cn
1
(i) Se L > 0; então R = ;
L
(ii) Se L = 0; então R = +1;
(iii) Se L = +1; então R = 0:
P
1
Teorema 1.17 Se cn (x a)n for uma série de potências com raio de convergência R > 0;
n=0
P
1
então a série n:cn (x a)n 1
também terá R como raio de convergência.
n=0
Para esta a…rmação ser válida, devemos mostrar a existência dos coe…cientes ci que garantem
esta igualdade.
Então, derivando sucessivamente a função f , segue:
f 0 (x) = c1 + 2c2 (x a) + 3c3 (x a)2 + 4c4 (x a)3 + 5c5 (x a)4 + ::: + ncn (x a)n 1
+ ::: )
f ”(x) = 2c2 + 3 2 c3 (x a) + 4 3 c4 (x a)2 + 5 4c5 (x a)3 + ::: + n(n 1)cn (x a)n 2
+ ::: )
f ”’(x) = 3 2 1 c3 + 4 3 2 c4 (x a) + 5 4 3c5 (x a)2 + ::: + n(n 1)(n 2)cn (x a)n 3
+ ::: )
f (4) (x) = 4 3 2 1 c4 + 5 4 3 2c5 (x a) + ::: + n(n 1)(n 2)(n 3)cn (x a)n 4
+ :::
..
.
Logo, substituindo x = a; temos
f (a) f (a)
f (a) = c0 ) c0 = ) c0 =
1 0!
0 f 0 (a) f 0 (a)
f (a) = 1 c1 ) c1 = ) c1 =
1 1!
8
f ”(a)
f ”(a) = 2 1 c2 ) c2 =
2!
f ”’(a)
f ”’(a) = 3 2 1 c3 ::: ) c3 =
3!
(4)
f (a)
f (4) (x) = 4 3 2 1 c4 ) c4 =
4!
..
.
f (n) (a)
f (n) (x) = n(n 1)(n 2) ::: 3 2 1 cn ) cn = :
n!
Por hipótese 9f (n) (a), portanto, concluímos que cn existe para todo n: Desta forma, é
possível escrever a função f como uma série de potências, onde a sua representação geral será
dada por:
De…nição 1.13 (Série de Taylor) De…niremos como Série de Taylor de uma função f em a
(ou f centrada em a) a seguinte série de potências
Observação 1.6 A Série de Taylor centrada em a = 0 pode, também, ser chamada de Série
de Maclaurin
f (0) f 0 (0) f ”(0) 2 f (n) (0) n X f (n) (0) 1
f (x) = + (x) + (x) + ::: + (x) + ::: = (x)n :
0! 1! 2! n! n=0
n!
9
Observação 1.7 Dada uma função f derivável pelo menos até a ordem (n+1); podemos tomar
uma aproximação desta função através de um polinômio de Taylor de grau n (Pn (x)): Esta
aproximação acarretará obviamente num erro de aproximação, que de…niremos como função
Resto Rn (x): Sendo assim, podemos escrever
f (n+1) (")
Rn (x) = (x a)n+1 ; onde " se encontra entre x e a:
(n + 1)!
O próximo Teorema nos garante quando uma função pode ser escrita como uma série de potên-
cias.
Teorema 1.18 Seja f uma função, tal que, f e todas as suas derivadas existam em algum
intervalo (a R; a + R): Então, a função é representada por sua série de Taylor
X
1
f (n) (0)
(x)n
n=0
n!
f (n+1) (")
lim Rn (x) = lim (x a)n+1 = 0:
n!1 n!1 (n + 1)!
Exemplo 1.23 Use o T eorema 1:19 para mostrar que a série de Maclaurin para f (x) = ex ;
do Exemplo 1:21, representa a função f para todos os valores de x:
Z
2
Exemplo 1.24 Encontre uma série de potências para a integral e x dx e determine uma
Z 1
2
série numérica para a integral de…nida e x dx:
0
10
Vejamos nas …guras 1 e 2 os grá…cos de alguns Polinômios de Taylor para a função f (x) = ex :
Figura 1
Figura 2
1 1
Se o intervalo de…nido para o domínio da função f (x) = ex for ; ; podemos substituí-
2 2
x2
la pelo polinômio P2 (x) = 1 + x + , pois apresenta uma aproximação su…ciente para este
2
intervalo. Por outro lado, se o domínio for [ 1; 1] um outro polinômio, mais preciso, seria
x2 x3 x4
P4 (x) = 1 + x + + + : Em ambos os casos, a utilização deles gerarão erros numéricos
2 6 24
nos resultados obtidos, mas obviamente serão de natureza pequenos quando mais próximos se
encontrem da situação real do objeto substituido, isto é, quando maior seja o grau do Polinômio
de Taylo utilizado. A escolha deles dependerá de uma análise entre o equilíbrio da simplicidade
algébrica e a tolerância do erro, que é de…nido no problema estudado.
Com esta ilustração simples podemos entender algumas utilidades do Polinômio de Taylor
na Teoria das Aproximações, que é uma ferramenta muito utilizada na modelagem matemática
11
das leis constitutivas dos fenômenos físicos.
3n 1
a)
4n + 5 n2N
2
1 2n
b)
n2 n2N
1
c)
n + Sen(n2 ) n2N
5n
d)
1 + 52n n2N
n!
e)
3n n2N
3. Use o teste da comparação direta ou com uma série-p ou com uma série geométrica para
determinar se cada série converge ou diverge.
P
1 n2
a) 4
n=1 n + 2n + 1
P
1 1
b) n
n=1 n5
P1 n+1
c) n
n=1 (n + 2):7
12
P
1 3n
d) p
3
n=1 2n 1
P1 1
e) p
n=1 n + 2
P
1 (4n)!
a) ( 1)n
n=0 (n!)2
P
1 32n+1
b) ( 1)n
n=1 nn
1
a) f (x) =
1+x
1
b) f (x) =
1 x
13
c) f (x) = ln(1 + x)
d) f (x) = ln(1 x)
e) f (x) = arcT g(x)
1.4.1 Respostas:
1 p
3
a) Converge; limite b) Converge; limite c) Converge; limite 0
1. 3 3
d) Diverge e) Converge; limite 2 :
5. a) Converge b) Diverge
6. a) Diverge b) Converge
7. a) I = [ 1; 1) b) I = ( 1; +1)
8.
P
1 P
1
a) ( 1)n xn para jxj < 1 b) xn para jxj < 1
n=0 n=0
P1 xn+1 P
1 xn+1
c) ( 1)n para x em ( 1; 1] d) para x em [ 1; 1)
n=0 n+1 n=0 n+1
P1 x2n+1
e) ( 1)n para jxj 1:
n=0 2n + 1
P
1
4 4 4 4 4
9. Resposta: = ( 1)n 2n+1 =4 3
+ 5 7
+ 9
:::
n=0
14
2
Equações Diferenciais de 1ra Ordem
d2 y
F orça Resultante = (P eso do Objeto) ) m = mg:
dt2
Que implica
d2 y
= g:
dt2
Onde y = y(t) representa a posição do corpo em cada instante de tempo, no referencial de
"cima para baixo", m a massa do corpo e g a aceleração da gravidade.
Pelos conhecimentos básicos estudados em Cálculo 1, podemos resolver esta equação difer-
encial de segunda ordem integrando sucessivamente, até encontrar y: Isto é,
d2 y dy gt2
= g ) = gt + c 1 ) y = + c1 t + c2 :
dt2 dt 2
Logo, considerando a condição inicial
dy
y(0) = h e v(0) = (0) = v0 ;
dt
teremos a seguinte equação do movimento
gt2
y(t) = + v0 t + h:
2
15
2.1.2 Movimento Vertical com Resistência do Ar
Neste caso, utilizaremos o modelo anterior onde será tomado em conta a força de resistência
do ar, que é exercida no objeto.
Consideremos a resistência do ar como sendo proporcional a velocidade do corpo. Desta
forma, o nosso novo modelo será de…nido por
d2 y d2 y dy
m = mg v)m + mg = 0 )
dt2 dt 2 dt
2
dy dy
2
+ g = 0; (2.1)
dt dt
onde = :
m
dy
Tomando = v; podemos, escrever o mesmo modelo como:
dt
dv
+ v g = 0: (2.2)
dt
Para o caso de grandes superfícies em contato, como acontece num paraquedas, a resistência
do ar é habitualmente considerada como sendo proporcional ao quadrado da velocidade. Desta
forma, de…niremos um outro modelo
d2 y dv
m 2 = mg v2 ) m + v2 mg = 0 )
dt dt
dv
+ v 2 g = 0: (2.3)
dt
As equações diferenciais (2:1) (2:3) serão resolvidas neste capítulo.
16
Se N > M , diremos que haverá um crescimento populacional e, para o caso N < M , um
decrescimento populacional.
Este modelo é bem aceito quando a população é pequena e em intervalos curtos de tempo.
Agora, para grandes populações é evidente que devem ser considerados outros fatores, como
por exemplo, a luta pela sobrevivência. Sendo assim, o coe…cente não é mais constantes,
pois a taxa de mortalidade pode ser, por exemplo, proporcional a população existente. Desta
forma, teremos
= N M P:
De onde, encontramos o modelo
dP
= (N MP) P )
dt
dP
= NP M P 2: (2.5)
dt
Observação 2.1 Uma questão importante sempre será levada em consideração, quando se
está realizando a modelagem matemática de um fenômeno físico. Sistemas mais completos
requerem da utilização de equações diferenciais mais complexas, cujas soluções na maioria de
vezes acabam sendo do tipo numérica (com aproximações numéricas computacionais). A análise
da escolha do modelo é feita segundo o equilíbrio entre o custo operacional e a proximidade dos
resultados obtidos, quando comparados com a situação real.
17
De…nição 2.2 De…niremos como Equações Diferenciais Parciais (E.D.P.), as equações que
envolvem derivadas de uma ou mais variáveis dependentes em relação a mais de uma variável
independente. Por exemplo:
@2u @2u
= 0 (Eq. de Ondas)
@t2 @x2
@u @2 @2
r2 u = 0; onde r2 = + (Eq. do Calor)
@t @x2 @y 2
utt + uxxxx = 0 (Eq. de vibração de vigas)
De…nição 2.3 Se a derivada de maior ordem em uma equação diferencial for n; então de…nire-
mos essa equação diferencial como sendo de ordem n:
Exemplos:
d2 y dy
2
x xy 2 = 0 (Equação diferencial 2da ordem),
dx dx
2
dy dy
y = 0 (Equação diferencial de 1ra ordem).
dx dx
De…nição 2.4 Uma equação diferencial é dita linear se todas a operação envolvendo a variável
dependente "y", for de natureza linear.
Exemplos:
dy
+ p(x)y = q(x) (Equação linear de 1ra ordem)
dx
dy
+ p(x)y = q(x):y 4 (Equação não linear de 1ra ordem)
dx
2
dy dy
y = 0 (Equação diferencial não linear de 2da ordem).
dx dx
dy
dy dy d (ln y)
+ p(x)y = 0 ) = p(x)y ) dx = p(x) ) = p(x) )
dx dx y dx
18
Z
ln [y(x)] = p(x)dx )
R
y(x) = e( p(x)dx)
: (2.8)
Esta equação é dita solução geral da equação (2:7):
19
Z
d
[u(x)y] = u(x)q(x) ) u(x)y = u(x)q(x)dx + C )
dx
Z
1
y= u(x)q(x)dx + C (2.13)
u(x)
Agora, de (2:12) segue
du(x)
p(x)u(x) = 0:
dx
Que é uma equação diferencial linear de 1ra ordem. Logo,
R
u(x) = e( p(x)dx)
(2.14)
Exemplo 2.4 Calcule a equação geral de cada uma das seguintes equações:
dy
(1) + yx2 = x2 ;
dx
dy
(2) (1 + t2 ) + 2ty = 1:
dt
Exemplo 2.5 Encontre a solução para as equações (2:2) e (2:6):
20
2.4.1 Solução da Equação de Bernoulli
A solução consiste em transformar a equação de Bernoulli numa equação linear de primeira
ordem não homegênea, através de uma mudança de variáveis. Vejamos:
dy 1 dy
+ p(x)y = q(x)y n ) n + p(x)y 1 n
= q(x): (2.17)
dx y dx
Considerando
dz 1 dy n dy
= n =y ;
dx y dx dx
temos
n+1
y
z= n+1
) y1 n
= (1 n) z: (2.18)
dz
+ (1 n)p(x):z = q(x):
dx
Que é uma equação linear não homogênea de primeira ordem.
Teorema 2.1 Se duas funções y1 = y1 (x) e y2 = y2 (x); são soluções da equação (2:19); então
z = y1 y2 é solução da equação de Bernoulli
dz
[a1 (x) + 2y1 :a2 (x)] z = a2 (x)z 2 : (2.20)
dx
Prova: De fato, sendo y1 = y1 (x) e y2 = y2 (x); soluções da equação (2:21); teremos
dy2
= a2 (x)y22 + a1 (x)y2 + a0 (x)
dx
dy1
= a2 (x)y12 + a1 (x)y1 + a0 (x):
dx
21
Subtraindo ambas equações, conseguimos
d [y2 y1 ]
= a2 (x) y22 y12 + a1 (x) [y2 y1 ] :
dx
Tomando y2 y1 = z e y22 y12 = (y2 y1 )(y2 + y1 ) = z:(z + 2y1 ) = z 2 + 2y1 z; segue
dz
= a2 (x) z 2 + 2y1 z + a1 (x)z )
dx
dz
[a1 (x) + 2y1 :a2 (x)] z = a2 (x)z 2 :
dx
Observação 2.2 Para resolver a equação de Riccati é necessário conhecer uma solução partic-
ular. Se não conhecermos pelo menos uma solução, não teremos nenhuma chance de resolver
a equação.
Observação 2.3 Sejam yp e y a solução particular e a solução geral, respectivamente, da
Equação de Riccati.
dy
= a2 (x)y 2 + a1 (x)y + a0 (x):
dx
Tomando z = y yp (ou y = z + yp ) e usando o T eorema 2:1, podemos transformar esta
equação na seguinte Equação de Bernoulli:
dz
[a1 (x) + 2yp :a2 (x)] z = a2 (x)z 2 :
dx
Exemplo 2.9 Encontre a solução geral para a equação
y0 xy 2 + (2x 1)y = x 1:
Sabendo-se que y(x) = 1 é uma solução particular.
22
2.6.1 Solução da Equação
Para resolver a equação
dy F (x)
= com G(y) 6= 0:
dx G(y)
Basta multiplicar ambos os membros por G(y) e fazer a sua integração em x: Vejamos
Z Z
dy dy
G(y) = F (x) ) G(y) dx = F (x)dx:
dx dx
Observação 2.5 (Método Simpli…cado) Do método acima, podemos usar a sua forma mais
simpli…cada, sem uso do rigor matemático, que consiste em
Z Z
dy F (x)
= ) "G(y)dy = F (x)dx" ) G(y)dy = F (x)dx:
dx G(y)
Neste caso, basta resolver as duas integrais e colocar apenas uma constante, normalmente do
lado direito.
23
2.7 Equações de Coe…cientes Homegêneos
De…nição 2.10 (Equação Homogêneas)
A equação F (x; y) é denominada homogênea de grau k se, 8(x; y) 2 R2 e 8t 2 R; temos
dy dy
M (x; y) + N (x; y) = 0 ) N (x; y) = M (x; y) )
dx dx
dy M (x; y)
= :
dx N (x; y)
Dividindo por xk ; é possível chegar numa equação do tipo
dy y
=F :
dx x
De onde, substituindo
y
= v ) y = xv ) y 0 = v + xv 0 :
x
Podemos transformar a equação (2:21); numa equação do tipo
dv
v+x = F (v):
dx
Que é uma equação de variáveis separáveis, pois
dv dx
= :
F (v) v x
24
Observação 2.6 Para resolver uma equação do tipo
dy a1 x + b 1 y
=F : (2.23)
dx a2 x + b 2 y
Devemos recorrer a seguinte mudança de variáveis:
y dy dv
= v onde =v+x :
x dx dx
Assim, teremos
0 y 1
dy a1 x + b 1 y a1 + b 1
=F =F@ x A para x 6= 0:
dx a2 x + b 2 y y
a2 + b 2
x
De onde, segue
dv a1 + b 1 v
v+x =F ;
dx a2 + b 2 v
que é pode ser transformada em uma equação de separável
dv dx
= : (2.24)
a1 + b 1 v x
F v
a2 + b 2 v
Exemplo 2.14 Resolver a equação
dy
(x y) (x + y) = 0:
dx
dy a1 x + b 1 y + c 1
2.7.2 As Equações do tipo =F
dx a2 x + b 2 y + c 2
Para resolver este tipo de equações devemos de fazer uma mudança de variáveis, de tal forma
a para transformar a equação
dy a1 x + b 1 y + c 1
=F ; (2.25)
dx a2 x + b 2 y + c 2
em uma equação do tipo
dY a1 X + b 1 Y
=F : (2.26)
dX a2 X + b 2 Y
Isto, pode ser feito trabalhando com uma translação de coordenadas, para um ponto (x0 ; y0 );
de tal forma a termos
x = X + x0
: (2.27)
y = Y + y0
Onde, pela regra da cadeia, segue
dY dY dy dx dy
= : : = :
dX dy dx dX dx
25
Sendo assim, teremos
a1 x + b1 y + c1 = a1 (X + x0 ) + b1 (Y + y0 ) + c1 = a1 X + b1 Y + (a1 x0 + b1 y0 + c1 ) e
a2 x + b2 y + c2 = a2 (X + x0 ) + b2 (Y + y0 ) + c2 = a2 X + b2 Y + (a2 x0 + b2 y0 + c2 ).
Logo, devemos então analisar e encontrar os valores de x0 e y0 ; que satisfazem o seguinte
sistema
a1 x 0 + b 1 y 0 + c 1 = 0 a1 x 0 + b 1 y 0 = c 1
) : (2.28)
a2 x 0 + b 2 y 0 + c 2 = 0 a2 x 0 + b 2 y 0 = c 2
Duas possibilidades decorrem da análise do sistema (2:28):
i) Se
a1 b 1
det 6= 0:
a2 b 2
Então existe uma única solução, assim a equação (2:25) se transforma na equação (2:26);
com a mudança proposta em (2:27) e a sua solução segue como na comentado na Observaç~ ao
(2:6):
ii) Se
a1 b 1 a1 b1 c1
det = 0; onde = = m 6= :
a2 b 2 a2 b2 c2
Podemos concluir que
a1 = ma2 e b1 = mb2 :
Assim, teremos
dy a1 x + b 1 y + c 1 ma2 x + mb2 y + c1 m(a2 x + b2 y) + c1
=F =F =F : (2.29)
dx a2 x + b 2 y + c 2 a2 x + b 2 y + c 2 a2 x + b 2 y + c 2
Neste caso, tomaremos
dw dy dy 1 dw a2 1 dw
w = a2 x + b 2 y ) = a2 + b 2 ) = = m:
dx dx dx b2 dx b2 b2 dx
Logo, substituindo em (2:29); segue
dy m(a2 x + b2 y) + c1
=F )
dx a2 x + b 2 y + c 2
1 dw mw + c1
m=F :
b2 dx w + c2
Que é uma equação separável.
Exemplo 2.15 Resolva
dy 2x + 3y 1
= :
dx 4x + 6y + 4
Exemplo 2.16 Resolva
dy 2x 3y 1
= :
dx 3x + y 2
26
2.8 Equações Exatas e Fatores de Integração
2.8.1 Introdução
Consideremos uma equação
'(x; y) = c:
Sempre enquando,
'x = M (x; y) e 'y = N (x; y):
Para que isso aconteça devemos encontrar alguma condição que garanta tal situação. De
fato, recorrendo aos nossos conhecimentos de cálculo 2, temos
Com esta imposição dada as equações M e N; podemos obter uma função ' de classe C 2
que satisfaça a equação diferencial (2:30):
A seguir formalizaremos este processo.
27
De…nição 2.13 A equação
dy
M (x; y) + N (x; y) = 0; onde M; N : U R2 ! R;
dx
é denominada F echada em U; se
Observação 2.7 A recíproca é válida apenas para regiões contidas em U; caso ela não for
convexa. Agora se U = R2 ; podemos garantir a recíproca em todo U:
28
@M @u @P
= P +u (2.31)
@y @y @y
Assim como,
@N @
N (x; y) = u(x; y)Q(x; y) ) = [u(x; y)Q(x; y)] )
@x @x
@N @u @Q
= Q+u (2.32)
@x @x @x
Comparando (2:31) e (2:32); segue
@u @P @u @Q
M y = Nx ) P +u = Q+u )
@y @y @x @x
@P @Q @u @u
u u = Q P )
@y @x @x @y
@P @Q @u @u
u = Q P: (2.33)
@y @x @x @y
O problema, então, consistirá em encontrar uma função u = u(x; y) que satisfaça (2:33):
Isto pode, aparentemente, não ser muito fácil, pois se trata de uma EDP que não é foco da
nossa disciplina, mas neste curso nos limitaremos ao estudo dos casos mais simples, que são
u = u(x) e u = u(y); ou u = u(x; y) quando ele for dado.
Observação 2.8 Se u = u(x); então a equação (2:33) …cará
h i
@P @Q
@P @Q du @y @x 1 du
u = Q) = : (2.34)
@y @x dx Q u dx
@Q
[ @P
@y @x ]
Caso Q
…que em função de x; a solução de (2:34) será
h i
Z @P @Q Z
@y @x 1 du
dx = dx = ln u )
Q u dx
@Q
R [ @P
@y @x ] dx
u(x) = e Q (2.35)
Observação 2.9 Se u = u(y); a equação (2:33) …cará
@P @Q @u
u = P: (2.36)
@y @x @y
@Q
[ @P
@y @x ]
Caso P
…que em função de y; a solução de (2:37) será
h i
Z @P @Q Z
@y @x 1 du
dy = dy = ln u )
P u dy
@Q
R [ @P
@y @x ] dy
u(y) = e P (2.37)
29
Observação 2.10 Se usarmos o mesmo argumento, para resolver a equação diferencial de 1ra
ordem não homegênea, teriamos
dy dy
+ p(x)y = q(x) ) p(x)y q(x) + |{z}
1 = 0:
dx | {z } dx
P Q
De onde, segue
@P @Q @ [p(x)y q(x)] @ [1]
= = p(x):
@y @x @y @x
Considerando o pelo fator integrante u = u(x); da equação (2:36); segue
@Q
R [ @P
@y @x ] dx R
p(x)dx
u(x) = e Q =e :
Teremos R R R
p(x)dx
'x = e [p(x)y q(x)] = e p(x)dx p(x)y e p(x)dx q(x) )
Z h R R i
'= e p(x)dx p(x)y e p(x)dx q(x) dx + g(y) )
Z h R i Z h R i
p(x)dx
'=y e p(x) dx e p(x)dx q(x) dx + g(y) )
h R i Z h R i
p(x)dx
'=y e e p(x)dx q(x) dx + g(y) (2.38)
Além disso, Z h
R R i
p(x)dx p(x)dx
'y = e )'= e dy + f (x) )
h R i
' = y e p(x)dx + f (x) (2.39)
h R i Z R
p(x)dx p(x)dx
y e = e q(x)dx + c )
R
Z R
p(x)dx p(x)dx
y(x) = e e q(x)dx + c
30
Exemplo 2.19 Dada a equação
dy
y + (x2 y x) = 0:
dx
(i) Veri…que se a equação é exata.
(ii) Determine o fator integrante u = u(x):
(iii) Determine a solução da equação.
dy
a) = Sen(x):Cos(x)
dx
dy 1
b) = 2
dx x (1 + x)
dy ln x
c) =
dx x
dy
d) = tet
dt
2. Calcule a solução geral de cada uma das seguintes equações:
dy
a) (1 + x2 ) + y = arcT g(x)
dx
dy
b) y:T g(x) = Sen(x)
dx
dz
c) + zt2 t2 = 0
dt
dy
d) + y = tet
dt
3. Resolva os problemas de valor inicial:
8
< dy + Sen(t):y = 0
>
a) dt
> 3
: y(0) =
2
(
dy
x y = x2 ; para x > 0:
b) dt
y(2) = 6
31
4. Resolva:
dy
a) x y = x3 y 3
dx
(
dy 4 p
= y+t y
b) dt t
y(1) = 1
am2 + bm + c = 0:
dy y 2
a) 2 1 = 0; onde yp = x e x > 0:
dx x
b) y 0 + y 2 (1 + 2ex ) y + e2x = 0; onde yp = ex e x > 0:
dy
c) + y 2 + 3y + 2 = 0:
dt
7. Resolva as seguintes equações separáveis:
dy
a) (x 1) y=0
dx
b) y 0 + yCos(x) = 0
dy
c) (1 + x2 )y 3 x3 y 2 =0
dx
1
d) tg(y):y 0 = 0
x
dy
e) (x2 + 4) e 2y = 0:
dx
8. Determine as soluções gerais de:
dy
a) (x2 y2) 2xy =0
dx
dy x y
b) =
dx x+y
y!
dy y
c) =e x +
dx x
9. Resolva:
32
dy 2x 3y 1
a) =
dx 3x + y 2
dy 2x y + 1
b) =
dx 6x 3y 1
dy
a) (3x2 + 6xy 2 ) + (6x2 y + 4y 3 ) =0
dx
dy 1 + ySen(x)
b) =
dx Cos(x) 1
a) (x3 y x2 ) + xy 0 = 0
dy
b) [yCos(x) T g(x)] Sen(x) =0
dx
1
12. Veri…que se u(x; y) = é um fator de integração da equação
xy 3
dy
xy 3 + x(1 + y 2 ) =0
dx
e determine a sua solução, sabendo-se que y(1) = 1.
2.9.1 Respostas:
Sen2 x 1+x 1
a) y(x) = +c b) y(x) = ln +c
1. 2 x x
ln2 x
c) y(x) = +c d) y(t) = tet et + c:
2
33
2x (1 + c)ex + e2x (2 + cet )
6. a) y(x) = x + b) y(x) = c) y(x) =
c ln x ex + c 1 + cet
c
a) y(x) = c(x 1) b) y(x) = Sen(x)
e
y 1 1 1
7. c) ln + =c d) xCos(y) = c
x 2 x2 y 2
x
e) e2y = arcT g + c:
2
a) x3 3xy 2h = c b) x2 2xy y2 = c
8. c i
c) y = x ln ln
x
9. a) 2y 2 6xy y2 2x + 4y = c b) 5x 15y + 4 ln(10x 5y 3) = c
34
3
Equações Diferenciais de Ordem Superior
3.1 Introdução
Neste último capítulo estudaremos algumas técnicas para resolver equações diferenciais
ordinárias de ordem superior, dando enfâse nas equações de segunda ordem, pela importân-
cia da sua aplicação nos modelos físicos clássicos. Num primeiro momento citaremos algumas
de…nições importantes e enunciaremos o Teorema da Existência e Unicidade para equações difer-
enciais lineares com condições iniciais, posteriormente comentaremos alguns métodos utilizados
na solução deste tipo de equações.
De…nição 3.1 Uma equação diferencial linear ordinária de ordem n é uma equação do tipo
dn y dn 1 y dy
an (x) n
+ a n 1 (x) n 1
+ ::: + a1 (x) + a0 (x)y = h(x); (3.1)
dx dx dx
onde an (x) não é identicamente nulo. Se h(x) 0; a equação é chamada de homogênea.
De…nição 3.3 O problema de…nido pela equação diferencial (3.1) é denominado de problema
de valor inicial, se existem constantes arbitrárias
(n 1)
y0 ; y00 ; y000 ; :::; y0 ;
tais que
(n 1)
y(x0 ) = y0 ; y 0 (x0 ); y 00 (x0 ) = y000 ; :::; y (n 1)
(x0 ) = y0 :
Estes valores são denominados de condicões iniciais da equação.
dn y dn 1 y dy
an (x) n
+ a n 1 (x) n 1
+ ::: + a1 (x) + a0 (x)y = h(x);
dx dx dx
onde an (x); an 1 (x); ::; a1 (x); :::; a0 e h(x) são contínuas no intervalo I: Se x0 2 I e
(n 1)
y(x0 ) = y0 ; y 0 (x0 ); y 00 (x0 ) = y000 ; :::; y (n 1)
(x0 ) = y0 ;
então existe uma única solução para este problema de valor inicial.
Observação 3.1 Em intervalo I podemos encontrar in…nitas soluções que satisfazem uma
mesma equação diferencial, mas apenas uma, que passa por (x0 ; y0 ); satisfaz uma as condições
inicias impostas. Veja a interpretação geométrica deste resultado
35
Exemplo 3.1 Veri…que se as funções y1 (x) = 2 e y2 (x) = x 2 são soluções da equação
diferencial linear
dy
x y = 2;
dx
que é normal no intervalo I = (0; +1):
para todo x 2 I:
36
De…nição 3.7 Dadas as funções f1 ; f2 ; f3 ; :::; fn ; onde cada uma possui derivadas pelo menos
até a ordem (n 1); o determinante
f1 f2 fn
f10 f20 fn0
W (f1 ; f2 ; f3 ; :::; fn ) = .. .. .. ..
. . . .
(n 1) (n 1) (n 1)
f1 f2 fn
é denominado Wronskiano dessas funções.
Exemplo 3.5 Seja f uma função de classe C 1 [a; b] : Se f (x) não é uma função identicamente
nula, mostre que f (x) e xf (x) são linearmente independentes.
37
Teorema 3.4 A equação diferencial linear homogênea ordinaria de ordem n (3.2), sempre
possui n soluções linearmente independentes e sua solução linear é uma combinação linear
dessas n soluções na forma
dn y dn 1 y d2 y dy
an n + an 1 n 1
+ ::: + a2 2 + a1 + a0 y = 0: (3.3)
dx dx dx dx
Considerando y(x) = erx uma solução desta equação, temos
38
Raízes Reais e Distintas Se a equação (3.4) possui n raízes reais e distintas, então um
conjunto de soluções linearmente independentes (L.I.) para a equação (3:3), será dado por
d2 y dy
2
+ 5 + 6y = 0:
dx dx
Observação 3.4 Vejamos uma ilustração simples para uma equação diferencial linear de or-
dem dois, com raízes idênticas.
Consideremos a equação diferencial
d2 y dy
a2 2
+ a1 + a0 y = 0;
dx dx
com equação característica
a2 r2 + a1 r + a0 = 0:
Suponhamos que esta equação possua duas raízes idênticas (r1 = r2 ), isto é, = 0. Logo,
p
a1 0
r1 = r2 = ) 2a2 r1 + a1 = 0:
2a2
Tomando r1 ; teremos as seguintes funções linearmente independentes:
y1 = er1 x e y2 = xer1 x :
39
= er1 x 2a2 r1 + a1 + a2 xr12 + a1 xr1 + a0 x
8 9
< =
r1 x 2
=e [2a2 r1 + a1 ] + x a2 r1 + a1 r1 + a0 =0
:| {z } | {z };
= 0 = 0
r1 x
Desta forma, concluímos que y2 = xe é, também, uma solução da equação diferencial, que é
linearmente independente da solução y1 = er1 x :
Portanto, a solução geral desta equação será dada por:
Este resultado é análogo para qualquer equação diferencial linear homogênea de ordem n;
com raízes repetidas, onde devemos sempre lembrar que só podemos ter n soluções linearmente
independentes e, a quantidade de soluções linearmente independentes associadas a uma deter-
minada raiz não pode ultrapassar a sua multiplicidade, de…nida na equação característica..
d2 x dx
4 + 4x = 0:
dt2 dt
Exemplo 3.8 Resolva
d3 y d2 y
+3 2 4y = 0:
dt3 dt
ei = Cos + iSen ;
dn y dn 1 y d2 y dy
an + an 1 + ::: + a 2 + a1 + a0 y = 0:
dxn dx n 1 dx 2 dx
Então, y1 (x) e y2 (x) são soluções reais da mesma equação.
dn Yc dn 1 Yc d2 Yc dYc
an + an 1 + ::: + a 2 + a1 + a0 Yc = 0:
dxn dx n 1 dx 2 dx
40
Logo
dn [y1 (x) + y2 (x)i] d [y1 (x) + y2 (x)i]
an n
+ ::: + a1 + a0 [y1 (x) + y2 (x)i] = 0 + 0i:
dx dx
Agrupando, conseguimos
dn y1 dy1 dn y2 dy2
an n
+ ::: + a 1 + a 0 y 1 + a n n
+ ::: + a1 + a0 y2 i = 0 + 0i:
dx dx dx dx
Então
dn y1 dy1 dn y2 dy2
an n
+ ::: + a 1 + a y
0 1 = 0 e a n n
+ ::: + a1 + a0 y2 = 0:
dx dx dx dx
Portanto, concluímos que y1 (x) e y2 (x) são soluções reais da equação diferencial linear.
d2 y dy
a2 2
+ a1 + a0 y = 0:
dx dx
cuja equação característica possui raízes complexas
r1 = a + bi e r2 = a bi.
Então,
Yc1 = e(a+bi)x e Yc2 = e(a bi)x
Yc = e(a+bi)x = eax+bxi :
Portanto,
Yc = eax Cos (bx) + eax Sen (bx) :i
| {z } | {z }
y1 (x) y2 (x)
41
Exemplo 3.9 Determine a solução geral complexa da equação
d2 y dy
6 + 25y = 0:
dx2 dx
Exemplo 3.10 Encontre a solução da equação
8
< y" 2y 0 + 2y = 0
y(0) = 2 :
: 0
y (0) = 3
dn y dn 1 y d2 y dy
an (x) n + an 1 (x) n 1 + ::: + a2 (x) 2 + a1 (x) + a0 (x)y = h(x) (3.6)
dx dx dx dx
dn yp dn 1 yp d2 yp dyp
an (x)
n
+ a n 1 (x) n 1
+ ::: + a 2 (x) 2
+ a1 (x) + a0 (x)yp = h(x): (3.7)
dx dx dx dx
Tomando (3:6) menos (3:7) e aproveitando a linearidade, temos
dn [y yp ] dn 1 [y yp ] d2 [y yp ] d [y yp ]
an (x) +a n 1 (x) +:::+a2 (x) +a1 (x) +a0 (x) [y yp ] = 0:
dxn dxn 1 dx 2 dx
Logo, considerando yh = y yp o resultado segue.
42
3.4.1 Método dos Coe…cientes a Determinar
Este método é usado para encontrar soluções particulares de uma equação diferencial linear
homogênea de coe…cientes constantes
dn y dn 1 y d2 y dy
an n + an 1 + ::: + a 2 + a1 + a0 y = h(x);
dx dxn 1 dx2 dx
onde h(x) são funções transcendentes (polinômial, exponencial, logarítmica e trigonométrica).
Embora este método seja usado apenas para casos especí…cos de h(x); ele resolve uma grande
variedade de equações lineares não-homogêneas que se derivam de modelos físicos como, por
exemplo, os relacionados a vibrações amortecidas.
A seguir citaremos uma tabela com sugestões para a solução particular, segundo o formato
da equação h(x):
an x n + an 1 x n 1
+ ::: + a1 x + a0 cn xn + cn 1 xn 1
+ ::: + c1 x + c0
aebx cebx
43
Observação 3.7 Caso algum termo na expressão de yp for uma solução homogênea associada,
deve ser tomado a expressão xyp como suposta solução particular. Caso algum termo de xyp ;
também, seja uma solução da equação homogênea, devemos tomar x2 yp e assim sucessivamente.
d2 y dy
a2 2
+ a1 + a0 y = h(x);
dx dx
com a2 = a2 (x); a1 = a1 (x) e a0 = a0 (x):
Supondo que y = y1 (x) e y = y2 (x) sejam soluções linearmente independentes da equação
homogênea associada, tentaremos encontrar soluções particulares do tipo
a2 C10 (x)y10 (x) + C1 (x)y1" (x) + C20 y20 (x) + C2 y2" (x)
+a1 [C1 (x)y10 (x) + C2 (x)y20 (x)] + a0 [C1 (x)y1 (x) + C2 (x)y2 (x)] = h(x):
De onde, agrupando, temos
a2 C10 (x)y10 (x) + a2 C20 y20 (x) + a2 C1 (x)y1" + a1 C1 (x)y10 (x) + a0 C1 (x)y1 (x)
| {z }
0 y2 (x)
h(x) h(x)
y20 (x) y2 (x)
a2 a2 h(x)y2 (x)
C10 (x) = = = )
y1 (x) y2 (x) W (y1 (x); y2 (x)) a2 W (y1 (x); y2 (x))
y10 (x) y20 (x)
Z
h(x)y2 (x)
C1 (x) = dx (3.15)
a2 W (y1 (x); y2 (x))
45
y1 (x) 0
h(x) h(x)
y10 (x) y1 (x)
a2 a2 h(x)y1 (x)
C20 (x) = = = )
y1 (x) y2 (x) W (y1 (x); y2 (x)) a2 W (y1 (x); y2 (x))
y10 (x) y20 (x)
Z
h(x)y1 (x)
C2 (x) = dx (3.16)
a2 W (y1 (x); y2 (x))
Exemplo 3.17 Encontre a solução geral de
d2 y dy
5 + 6y = ex :
dx2 dx
Exemplo 3.18 Utilize este método para resolver os exemplos anteriores.
Num primeiro momento a mola se encontra no estado de relaxamento total, sem agentes
externos, num segundo instante a mola se encontra em estado de equilíbrio, após ter sido
colocado um corpo de massa m; …nalmente num terceiro instante foi aplicado uma força externa
!
Fe e é considerada a existência de uma força de resistência do meio, denominada de força de
!
amorteciemento Fa ; proporcional a velocidade !
v do corpo.
Com estas condições, usando a Segunda Lei de Newton e considerando que a mola tenha
apenas movimento unidimensional, teremos:
FR = ma = mg + Fe Fr Fa )
d2 x
m = mg + Fe Fr v)
dt2
46
d2 x dx
m 2
= mg + Fe Fr :
dt dt
Agora, usando a Lei de Hooke e considerando que a mola possui uma força restauradora
oposta à direção do alongamento e proporcional à distensão, segue
Fr = k(x + s):
Onde k é a constante de elasticidade da mola.
Logo, substituindo encontramos
d2 x dx
m = mg + Fe k(x + s) )
dt2 dt
d2 x dx
m 2
= mg + Fe kx ks :
dt dt
Desta forma, considerando o equilíbrio do problema visto no segundo instante, isto é,
supondo que a força restauradora seja igual a força peso do corpo, então
mg = ks:
De onde, substituindo novamente, segue
d2 x dx
m = Fe kx )
dt2 dt
d2 x dx
m 2
+ + kx = Fe :
dt dt
Esta equação é denominada de equação fundamental do movimento harmônico unidimen-
sional.
Quando o coe…ciente de amortecimento do meio = 0 e Fe = 0; isto é, quando o sistema é
considerado no vácuo sem força externa, diremos que o sistema é do tipo harmônico simples,
onde o corpo e a mola oscilam inde…nidamente. Por outro lado, quando 6= 0 e Fe = 0; diremos
que o sistema é do tipo harmônico amortecido, neste caso o corpo deve atingir o seu estado
de equibrio em algum instante próximo. Finalmente se, 6= 0 e a força externa Fe = Fe (t) não
for nula, diremos que o sistema é harmônico forçado.
47
Pelas relações existentes entre o ‡uxo de corrente elétrica e variação de tensão dos compo-
nentes do circuito, temos:
VR = iR para a resistência,
di
na indutância,
VL = L
dt
Z
dVC 1
i=C ) VC = idt para a capacitância.
dt C
Logo, usando Lei de Kirchho¤, segue
VR + VL + VC = V (t) )
Z
di 1
iR + L + idt = V (t):
dt C
De onde, derivando, segue
d2 i di 1 dV (t)
L 2
+R + i= :
dt dt C dt
Esta equação diferencial linear determinará a corrente i = i(t) deste circuito.
48
Teorema 3.9 (Transformada de Algumas Funções Elementares)
c
(i) L fcg = ; onde c é uma constante qualquer
s
n n!
(ii) L ft g = n+1 ; onde n 2 N
s
at 1
(iii) L fe g =
s a
a
(iv) L fSen(at)g = 2
s + a2
s
(v) L fCos(at)g = 2
s + a2
a
(vi) L fSenh(at)g = 2
s a2
s
(vii) L fCosh(at)g = 2 :
s a2
Observação 3.9 O Seno-hiperbólico e o Cosseno-hiperbólico são de…nidos como sendo
ex e x
ex + e x
Senh(x) = e Cosh(x) = .
2 2
De onde segue
Senh0 (x) = Cosh(x) e Cosh0 (x) = Senh(x).
49
Prova: Aplicando a de…nição para a transformada de f 0 , temos
Z +1
0
L ff (t)g = e st f 0 (t)dt:
0
L f (n) (t) = sL f (n 1)
(t) f (n 1)
(0) )
L f (n) (t) = s sL f (n 2)
(t) f (n 2)
(0) f (n 1)
(0) )
L f (n) (t) = s2 L f (n 2)
(t) sf (n 2)
(0) f (n 2)
(0) f (n 1)
(0) )
L f (n) (t) = s2 sL f (n 3)
(t) f (n 3)
(0) sf (n 2)
(0) f (n 2)
(0) f (n 1)
(0) )
L f (n) (t) = s3 L f (n 3)
(t) s2 f (n 3)
(0) sf (n 2)
(0) f (n 2)
(0) f (n 1)
(0) ) :::
L f (n) (t) = sn L ff (t)g sn 1 f (0) sn 2 f 0 (0) sn 3 f "(0)::: sf (n 2)
(0) f (n 1)
(0):
50
Prova: Basta apenas fazer mudança de variáveis. Vejamos
Z +1 Z +1
at st at
L e f (t) = e e f (t)dt = e (s a)t
f (t)dt:
0 0
então
dn
L ftn f (t)g = ( 1)n F (s): (3.23)
dsn
Prova: O resultado segue por indução, derivando (3:22) sucessivamente em relação a s: De
fato, Z +1
st
F (s) = e f (t)dt )
0
Z +1 Z +1 Z +1
d d st d st st
F (s) = e f (t)dt = e f (t)dt = e tf (t) )
ds ds 0 0 ds 0
d
F (s) = L ftf (t)g :
ds
Derivando novamente, temos
Z +1
d2 d d d d st
2
F (s) = F (s) = [ L ftf (t)g] = e tf (t) )
ds ds ds ds ds 0
Z +1 Z +1
d2 d st st 2
F (s) = e tf (t) = e t f (t) )
ds2 0 ds 0
d2
F (s) = L t2 f (t) :
ds2
Logo, repetindo este processo sucessivamente, o resultado segue.
Observação 3.10 A prova formal por indução matemática, embora seja simples, …cará por
conta do aluno.
51
3.6.6 Transformada Inversa de Laplace
De…nição 3.10 Seja f (t) uma função, tal que
Z +1
st
F (s) = L ff (t)g = e f (t)dt: (3.24)
0
Teorema 3.15 Se f e g forem duas funções contínuas que possuem a mesma transformada de
Laplace F (s); então necessariamente
f (t) = g(t); 8t 0:
s
(v) L 1 = Cos(at)
s + a2
2
a
(vi) L 1 2
= Senh(at)
s a2
s
(vii) L 1 = Cosh(at):
s2 a2
e Z +1
st
G(s) = L fg(t)g = e g(t)dt;
0
52
temos
Z +1 Z +1 Z +1
st st st
c1 F (s) + c2 G(s) = c1 e f (t)dt + c2 e g(t)dt = e [c1 f (t) + c2 g(t)] dt )
0 0 0
1 1 1
L fc1 F (s) + c2 G(s)g = c1 f (t) + c2 g(t) = c1 L fF (s)g + c2 L fG(s)g :
3.6.8 Convolução
De…nição 3.11 Dadas duas funções f e g contínuas (pelo menos em partes), a função
Z t
f (t) g(t) = f (z)g(t z)dz; (3.27)
0
é chamada de convolução de f e g:
Então
1
L fF (s)G(s)g = f g: (3.28)
53
Exemplo 3.22 Calcule
1 1
L :
(s 1) (s + 2)
Usando separação em frações parciais e usando convolução.
1 1 Sen(kt) ktCos(kt)
L = :
[(s2 + k 2 )]2 2k 3
1
Sugestão: Use a relação Sen(A)Sen(B) = [Cos(A B) Cos(A + B)] :
2
dn y dn 1 y d2 y dy
an + an 1 + ::: + a 2 + a1 + a0 y = h(x);
dxn dx n 1 dx 2 dx
com condições iniciais 8
>
> y(0) = c0
>
>
>
< y 0 (0) = c1
y"(0) = c2
>
> ..
>
> .
>
: y (n 1)
(0) = cn 1 :
Resolveremos, por questões de ilustração, a solução para uma equação de segunda ordem.
Consideremos a equação diferencial linear
d2 y dy
a2 2
+ a1 + a0 y = h(x);
dx dx
com condições iniciais
y(0) = c0
y 0 (0) = c1 :
Aplicando transformada de Laplace em ambos os membros, teremos
d2 y dy
a2 L + a1 L + a0 L fyg = L fh(x)g : (3.29)
dx2 dx
Considerando
Y (s) = L fy(x)g e H(s) = L fh(x)g (3.30)
e aplicando as propriedades, temos
d2 y
a2 L = a2 s2 L fy(t)g sy(0) y 0 (0) )
dx2
54
d2 y
a2 L = a2 s2 $ fy(t)g a2 sc0 a2 c 1 )
dx2
d2 y
a2 L = a2 s2 Y (s) a2 c 0 s a2 c 1 (3.31)
dx2
dy
a1 L = a1 [sL fy(t)g y(0)] )
dx
dy
a1 L = a1 sY (s) a1 c 0 (3.32)
dx
Substituindo (3:32), (3:31) e (3:30) em (3:29), teremos
a2 s2 + a1 s + a0 Y (s) a2 c 0 s a2 c 1 a1 c0 = H(s) )
H(s) + a2 c0 s + a2 c1 + a1 c0
Y (s) = :
[a2 s2 + a1 s + a0 ]
De onde, segue
1 H(s) + a2 c0 s + a2 c1 + a1 c0
y(x) = L :
[a2 s2 + a1 s + a0 ]
d2 y dy
2
+ 4 + 3y = 0; onde y(0) = 3 e y 0 (0) = 1:
dt dt
Exemplo 3.26 Resolva
d2 y dy
6 + 9y = t2 e3t ; onde y(0) = 1 e y 0 (0) = 6:
dt2 dt
a) y" y0 6y = 0
b) 8y" + 14y 0 15y = 0
c) y 000 + 2y" 5y 0 6y = 0
d) y 000 9y" + 24y 0 16y = 0
e) y" + 2y = 0
f) y" + 2y 0 + 4y = 0
55
g) y 000 2y" + y 0 2y = 0
a) y" + y 0 = 3ex
b) y" y 0 = Sen(x)
c) y" + y = 3Cos(x)
d) y" + 4y 0 + 2y = xe 2x
e) y" + y 0 6y = 6(x + 1)
d2 y
+ y = 4x + 10Sen(x);
dx2
com condição inicial y( ) = 0 e y 0 ( ) = 2:
4. Resolva
d2 y dy
6 + 9y = 6x2 + 2 12e3x :
dx2 dx
5. Dada a equação
d2 y dy
4 + 4y = (x + 1) e2x :
dx2 dx
a) Determine uma solução particular usando o método da variação de parâmetros.
b) Encontre a solução geral.
d2 y
+ 16y = Cos(4x); onde y(0) = 0 e y 0 (0) = 1:
dx2
8. Resolva
d2 y dy
+ 4 + 6y = 1 + e t ; onde y(0) = 0 e y 0 (0) = 0:
dt2 dt
56
3.8.1 Respostas:
1. a) y(x) = c1 e3x + c2 e 2x
5
b) y(x) = c1 e( 2 )x + c e( 34 )x
2
x
c) y(x) = c1 e + c2 e2x + c3 e 3x
57
4
Gabarito dos Exercícios Propostos
4.1 Capítulo 1
1. Determine se cada sequência converge ou diverge, se a sequência convergir, encontre seu
limite.
n(n + 1)
a)
3n2 + 7n n2N
Solução:
Consideremos
n(n + 1) n2 + n
xn = 2 = 2 :
3n + 7n 3n + 7n
Logo,
n2 + n +1
lim xn = lim = :
n!+1 n!+1 3n2 + 7n +1
Aplicando L’Hôpital, encontramos
2n + 1 +1
lim xn = lim = :
n!+1 n!+1 6n + 7 +1
Como a indeterminação continua, aplicando novamente L’Hôpital, conseguimos
2 1
lim xn = lim = :
n!+1 n!+1 6 3
Portanto, xn ! 13 :
OBS: Esta questão pode ser resolvida usando apenas manipulações algébricas, para
levantar a indeterminação. Vejamos:
1 1
n2 + n n2 1 + n
1+ n 1
lim xn = lim = lim 7
= lim 7
= :
n!+1 n!+1 3n2 + 7n n!+1 n2 3 +
n
n!+1 3+ n
3
p
n+1
b) p
3n + 1 n2N
Solução:
Tomemos p r
n+1 n+1
xn = p = :
3n + 1 3n + 1
Portanto, s
r r
n+1 n+1 1
lim xn = lim = lim = :
n!+1 n!+1 3n + 1 n!+1 3n + 1 3
q p
Desta forma, concluímos que xn ! 13 = 33 :
58
0 n 1
Cos
c) @ p 2 A
n
n2N
Solução:
Consideremos
n
Cos
xn = p 2 :
n
Então, 2 3
n
Cos 0
lim xn = lim 4 p 2 5= = 0:
n!+1 n!+1 n +1
Logo, concluímos que xn ! 0:
n2
d)
ln(n) n2N
Solução:
De…namos
n2
xn = :
ln(n)
Logo,
n2 +1
lim xn = lim = :
n!+1 n!+1 ln(n) +1
Aplicando L’Hôpital, segue
2n
lim xn = lim 1 = lim 2n2 = +1:
n!+1 n!+1 n!+1
n
59
2. Determine se a sequência dada é crescente, decrescente ou não monótona.
3n 1
a)
4n + 5 n2N
Solução:
Tomemos
3n 1
xn = :
4n + 5
Logo,
3n 1 3 (n + 1) 1 3n 1 3n + 2
xn xn+1 = =
4n + 5 4 (n + 1) + 5 4n + 5 4n + 9
19
= < 0; 8n 2 N:
(4n + 5) (4n + 9)
Isto implica,
xn xn+1 < 0 ) xn < xn+1 ; 8n 2 N:
Portanto, (xn ) é uma sequência crescente.
1 2n2
b)
n2 n2N
Solução:
Consideremos
1 2n2 1
xn = 2
= 2 2:
n n
Logo,
1 1 1 1
xn xn+1 = 2 2 2 2 = 2 > 0:
n (n + 1) n (n + 1)2
Então,
xn xn+1 > 0 ) xn > xn+1 ; 8n 2 N:
De onde, concluímos que (xn ) é decrescente.
1
c)
n + Sen(n2 ) n2N
Solução:
Tomemos
1
xn = :
n + Sen(n2 )
Sabemos que a expressão Sen(n2 ) apresenta valores oscilantes no intervalo [ 1; 1] ;
isto é,
1 Sen(n2 ) 1; 8n 2 N:
Potanto, não é possível con…rmar um comportamento monótono no denominador
n + Sen(n2 ): Para con…rmar este fato, tomemos alguns elementos desta sequência,
como por exemplo:
1 1 1
x1 = , x2 = e x3 = :
1 + Sen(1) 2 + Sen(4) 3 + Sen(9)
60
De onde, veri…camos
Isto é,
x1 < x 2 e x2 > x 3 :
Sendo assim forma, podemos concluir a sequência não é monótona.
5n
d)
1 + 52n n2N
Solução:
Consideremos
5n
xn = :
1 + 52n
Logo,
61
xn
Analisando o quociente , temos
xn+1
n!
xn 3n n! 3 (3n ) 3
= = =
xn+1 (n + 1)! 3n (n + 1)! n+1
3n+1
Logo,
xn 3
= < 1 ) xn < xn+1 ´para n > 3
xn+1 n+1
Observemos que para n = 1 e n = 2; conseguimos
x1 3 x2
= >1e = 1:
x2 2 x3
Desta forma, encontramos
x1 > x2 ; x2 = x3 e x3 < x4 < x5 < :::
Portanto, (xn ) não é monótona, considerando 8n 2 N; ou crescente depois dos dois
primeiros termos.
3. Use o teste da comparação direta ou com uma série-p ou com uma série geométrica para
determinar se cada série converge ou diverge.
P
1 n2
a) 4
n=1 n + 2n + 1
Solução:
Sabemos que
n2 n2 1
0< 4
< 4
= 2 ; 8n 2 N:
n + 2n + 1 n n
P1 1
Como 2
é uma série-p convergente, pelo critério da comparação, concluimos que
n=1 n
X
1
n2
é convergente.
n=1
n4 + 2n + 1
P1 1
b) n
n=1 n5
Solução:
Sabemos que
1 1
0< ; 8n 2 N:
n5n 5n
P1 1
Como n
é uma série geométrica convergente, pelo critério da comparação, con-
n=1 5
cluimos que
X1
1
é convergente.
n=1
n5n
62
P
1 n+1
c) n
n=1 (n + 2):7
Solução:
Sabemos que
n+1 1
0< < ; 8n 2 N:
(n + 2):7n 7n
P1 1
Como n
é uma série geométrica convergente, pelo critério da comparação, segue
n=1 7
X
1
n+1
é convergente.
n=1
(n + 2):7n
P
1 3n
d) p
3
n=1 2n 1
Solução:
Por comparação, segue
3n 3n
0< p
3
< p
3
; 8n 2 N;
2n 2n 1
onde r r r
3n 3 27n3 3 27 p
3 3 27 1
p = = n2 = :
3
2n 2n 2 2 n 23
Isto é, r
3 27 1 3n
2 < p ; 8n 2 N:
2 n 3 3
2n 1
P
1
1
Como 2 é uma série-p divergente, temos
n=1 n 3
r
27 X 1
1
3
é divergente.
2 n=1 n 23
OBS: Outra solução mais simples consiste em veri…car a condição necessária para a
convergência das séries, isto é,
s
3n 3 27n3
lim xn = lim p = lim 6= 0:
n!+1 n!+1 3
2n 1 n!+1 2n 1
63
P
1 1
e) p
n=1 n + 2
Solução:
Por construção, temos
X
1
1 1 1 1 X 1 1
1
p = p + p + p + ::: = p 1+ p
n=1
n + 2 3 4 5 n=1
n 2
P1 1
Como p é uma série-p divergente, segue
n=1 n
X
1
1
p é divergente.
n=1
n+2
4
n 3n
lim 3 + 1 = lim = 1 > 0:
n!+1 4 n!+1 3n + 1
3n
Então, pelo teste de comparação pelo limite concluimos que
X
1
4
é convergente.
n=1
3n +1
P
1 1
b) p
4
n=1 +1 n3
Solução:
P1 1
Tomemos a série-p divergente p
4
: Usando a comparação pelo limite, temos
n=1 n3
1 " p # "r #
p 4
4
n3 +1 n3 4 n3
lim = lim p = lim = 1 > 0:
n!+1 1 n!+1 4
n3 + 1 n!+1 n3 + 1
p
4
n3
Logo,
X
1
1
p
4
é divergente.
n=1
n3 +1
64
P
1 7n + 3
c) n
n=1 (5n + 1):3
Solução:
P1 1
Consideremos a série geométrica convergente n
; então
n=1 3
7n + 3
(5n + 1):3n 7n + 3 7
lim = lim = > 0:
n!+1 1 n!+1 5n + 1 5
3n
Portanto,
X
1
7n + 3
n
é convergente.
n=1
(5n + 1):3
P1 ln(n)
d) 4
n=1 n
Solução:
P1 1
Tomemos a série harmônica divergente 2
: Usando a comparação pelo limite,
n=1 n
temos
ln(n)
1
n 4 ln(n) n
lim = lim = lim = 0:
n!+1 1 n!+1 n2 n!+1 2n
n2
Portanto,
X
1
ln(n)
é convergente.
n=1
n4
P
1 1
e) p
n=1 2n + 1
Solução:
P1 1
Consideremos a série-p divergente p : Então,
n=1 n
1 r
p r
2n + 1 n 1
lim = lim = > 0:
n!+1 1 n!+1 2n + 1 2
p
n
65
P1 n
a) n
n=1 e
Solução:
x
Considerendo f (x) = ; veri…camos que
ex
x
f (x) = > 0; 8x 2 [1; +1) :
ex
Assim como,
0 ex xex 1
f (x) = = x < 0; 8x 2 [1; +1) :
e2x ex
Logo, f (x) é decrescente e positiva.
Além disso,
Z +1 Z N Z N
x x N
x
dx = lim x:e x dx = lim x:e 1
+ e x dx
1 e N !+1 1 N !+1 1
h i
N x N
= lim x:e x 1 e 1
N !+1
N 1 N
= lim N:e + e +e
N !+1 e
1 N 1
= lim + 1 = + e:
N !+1 eN eN e
P1 n
Portanto, pelo Teste da Integral concluímos que n
converge.
n=1 e
P1 1
b) p
n=1 n ln(n)
Solução:
1
De…namos p ; então
x ln(x)
66
h p p i
= lim 2 ln(N ) 2 ln(1) = +1:
N !+1
P
1 1
Usando o Teste da Integral, concluímos que p diverge.
n=1 n ln(n)
6. Use o teste da razão ou o teste da raiz para veri…car se a série converge ou diverge.
P
1 (4n)!
a) ( 1)n :
n=0 (n!)2
Solução:
(4n)!
Consideremos xn = ( 1)n ; então
(n!)2
32n+1 :32 nn
= lim :
n!+1 (n + 1)n (n + 1) 32n+1
n
9 n
= lim : :
n!+1 (n + 1) n+1
n
9 n
= lim : lim
n!+1 (n + 1) n!+1 n+1
Fazendo n
n
L = lim ;
n!+1 n+1
temos 2 3
n
n 6 ln n+1 7
ln(L) = lim n: ln = lim 6 7
n!+1 n+1 n!+1 4 1 5
n
67
2 1 3
n 1
6 n+1 7
6 (n + 1)2 7
= lim 6 1 7= 1:
n!+1 4 5
n2
Logo,
1 1
ln(L) = 1)L=e = :
e
Isto é,
n
n 1
L = lim = :
n!+1 n+1 e
Finalmente, substituindo
n
xn+1 9 n 1
lim = lim : lim = 0: = 0 < 1:
n!+1 xn n!+1 (n + 1) n!+1 n+1 e
n
= lim :x = jxj
n!+1 n+1
(i) A sequência é absolutamente convergente (convergente) se,
68
P
1 (x 17)n
b) ( 1)n
n=0 n!
Solução:
P
1 (x 17)n
Consideremos xn = ( 1)n ; então
n=0 n!
xn+1 (x 17)n+1 n!
lim = lim :
n!+1 xn n!+1 (n + 1)! (x 17)n
(x 17)n (x 17) n!
= lim :
n!+1 (n + 1) n! (x 17)n
(x 17)
= lim =0<1
n!+1 (n + 1)
Portanto, a série é convergente 8x 2 R; isto é, o intervalo de convergência será
I = ( 1; +1) :
1 X
1
2 3
=1 x+x x + ::: = ( 1)n xn para x 6= 1:
1+x n=0
xn+1 xn+1
lim = lim = jxj :
n!+1 xn n!+1 xn
69
(ii) Para x = 1; temos
X
1 X
1
( 1)n ( 1)n = 1, que é divergente.
n=0 n=0
1 X 1
= ( 1)n xn ; com intervalo de convergência jxj < 1:
1 + x n=0
1
b) f (x) =
1 x
Solução:
Usando a série de potências do item (a), substituindo x por x; temos
1 2 3
X
1
=1 ( x) + ( x) ( x) + ::: = ( 1)n xn com x 6= 1:
1 + ( x) n=0
Logo,
1 X
1
2 3
= 1 + x + x + x + ::: = xn com x 6= 1:
1 x n=0
xn+1 xn+1
lim = lim = jxj :
n!+1 xn n!+1 xn
1 X
1
= xn ; com intervalo de convergência jxj < 1:
1 x n=0
c) f (x) = ln(1 + x)
Solução:
Derivando sucessivamente, temos
0 1 00 1
f (x) = ln(1 + x) ) f (x) = ) f (x) =
1+x (1 + x)2
000 2 (4) 2 3
) f (x) = 3 ) f (x) = ) :::
(1 + x) (1 + x)4
70
(5) 2 3 4
) f (x) = ) :::
(1 + x)5
Então,
0 00 000 (4)
f (0) = 0; f (0) = 0!; f (0) = 1!; f (0) = 2!; :f (0) = 3!; :::
0! 1! 2 2! 3 X xn
1
ln(1 + x) = 0 + x x + x + ::: = ( 1)n com x > 1:
1! 2! 3! n=0
n!
que implica
x x2 x3 X 1
xn+1
ln(1 + x) = + + ::: = ( 1)n com x > 1:
1 2 3 n=0
n + 1
d) f (x) = ln(1 x)
Solução:
Pelo item (c), temos
X
1
xn+1 n
ln(1 + x) = ( 1)
n=0
n+1
Substituindo x por x; segue
X
1
( x)n+1 X
1
xn+1
ln(1 x) = ( 1)n = ( 1)
n=0
n+1 n=0
n+1
71
Analisando o seu intervalo de convergência, temos
xn+1 xn+2 n + 1
lim = lim : = jxj :
n!+1 xn n!+1 n + 2 xn+1
X
1
( 1)n+1 X ( 1)n
1
( 1) = , que é convergente.
n=0
n+1 n=0
n+1
X
1
(1)n+1 X ( 1)
1
( 1) = , que é divergente.
n=0
n+1 n=0
n+1
1 X 1
n
X
1
= ( 1)n x2 = ( 1)n x2n :
1 + x2 n=0 n=0
Integrando, segue
Z Z "X
1
#
X
1
1 n 2n x2n+1
dx = ( 1) x dx = ( 1)n
1 + x2 n=0 n=0
2n + 1
Logo,
X
1
x2n+1
arcT g(x) = ( 1)n :
n=0
2n + 1
Analisando o intervalo de convergência da série, temos
xn+1 x2n+3 2n + 1
lim = lim : 2n+1 = x2 :
n!+1 xn n!+1 2n + 3 x
72
(i) Para x2 < 1 ) 1 < x < 1 a sequência é convergente.
(ii) Para x = 1; temos
X
1
1)2n+1 X ( 1)n+1
1
n(
( 1) = , que é convergente.
n=0
2n + 1 n=0
2n + 1
X
1
(1)2n+1 X ( 1)n
1
( 1)n = , que é convergente.
n=0
2n + 1 n=0
2n + 1
X
1
x2n+1
arcT g(x) = ( 1)n :
n=0
2n + 1
Logo,
X
1 2n+1 X
1
n (1) 1
arcT g(1) = ( 1) = ( 1)n :
n=0
2n + 1 n=0
2n + 1
Sabemos que
arcT g(1) = ) = 4:arcT g(1)
4
Então,
X
1
4 4 4 4 4
= ( 1)n =4 + + :::
n=0
2n + 1 3 5 7 9
x x2 x3 x4 x5 x6
ex = 1 + + + + + + + :::;
1! 2! 3! 4! 5! 6!
x x3 x5 x7 x9 x11
Sen(x) = + + + :::;
1! 3! 5! 7! 9! 11!
73
e
x2 x4 x6 x8 x10
Cos(x) = 1 + + + :::;
2! 4! 6! 8! 10!
temos
i (i ) (i )2 (i )3 (i )4 (i )5 (i )6
e =1+ + + + + + + :::
1! 2! 3! 4! 5! 6!
2 3 4 5 6 7
=1+ i i+ + i i + :::
1! 2! 3! 4! 5! 6! 7!
Logo, agrupando, conseguimos
2 4 6 3 5 7
ei = 1 + + ::: + + + ::: i
2! 4! 6! 1! 3! 5! 7!
| {z } | {z }
=Cos( ) =Sen( )
Isto é,
ei = Cos( ) + Sen( )i
4.2 Capítulo 2
1. Determine as soluções gerais de:
dy
a) = Sen(x):Cos(x)
dx
Solução:
Integrando, temos
Z
Sen2 (x)
y= Sen(x):Cos(x)dx = + C:
2
dy 1
b) = 2
dx x (1 + x)
Solução:
Usando separação em frações parciais, segue
1 A B C
= + 2+ :
x2 (1 + x) x x (1 + x)
Logo,
1 = Ax(1 + x) + B(1 + x) + Cx2
Dando valores numéricos, conseguimos
A= 1; B = 1 e C = 1:
Portanto, Z Z
1 1 1 1
y= 2
dx = + 2+ dx
x (1 + x) x x (1 + x)
74
Que implica
1
y= ln(x) + ln(1 + x) + C
x
1+x 1
) y = ln +C
x x
dy ln x
c) =
dx x
Solução:
Integrando, segue Z
ln x ln2 (x)
y= dx = + C:
x 2
dy
d) = tet
dt
Solução:
Usando integração por partes, temos
Z
y= tet dt
du = dt e vet :
Logo, Z
t
y = te et dt ) y = tet et + C
dy
a) (1 + x2 ) + y = arcT g(x)
dx
Solução:
Dividindo por (1 + x2 ); encontramos
dy 1 arcT g(x)
+ 2
y= :
dx (1 + x ) (1 + x2 )
Considerando
1 arcT g(x)
p(x) = 2
e q(x) = ;
(1 + x ) (1 + x2 )
segue Z R
1 1
(1+x2 )
dx arcT g(x)
y(x) = R 1 e : dx + C
e (1+x2 )
dx (1 + x2 )
Z
1 arcT g(x)
) y(x) = earcT g(x) : dx + C
earcT g(x) (1 + x2 )
75
Logo, usando integração por partes, temos
earcT g(x)
u = arcT g(x) e dv = dx
(1 + x2 )
1
) du = 2
e v = earcT g(x) :
(1 + x )
De onde, conseguimos
Z
1 arcT g(x) earcT g(x)
y(x) = e :arcT g(x) dx + C
earcT g(x) (1 + x2 )
1
) y(x) = earcT g(x) :arcT g(x) earcT g(x) + C
earcT g(x)
arcT g(x)
) y(x) = arcT g(x) + Ce 1
dy
b) y:T g(x) = Sen(x)
dx
Solução:
Considerando
p(x) = T g(x) e q(x) = Sen(x);
segue Z
1 R
T g(x)dx
y(x) = R
T g(x)dx
e :Sen(x)dx + C
e
Z
1
) y(x) = eln[Cos(x)] :Sen(x)dx + C
eln[Cos(x)]
Z
1
) y(x) = Cos(x):Sen(x)dx + C
Cos(x)
Sen2 (x)
) y(x) = Sec(x) +C
2
dz
c) + zt2 t2 = 0
dt
Solução:
Tomemos
p(t) = t2 e q(t) = t2 ;
segue Z
1 R
t2 dt
z(t) = R
t2 dt
e :t2 dt + C
e
Z
1 t3
) z(t) = t3
e 3 :t2 dt + C
e 3
1 h t3
i
) z(t) = t3
e 3 +C
e3
t3
) z(t) = 1 + Ce 3 :
76
dy
d) + y = tet
dt
Solução:
Consideremos
p(t) = 1 e q(t) = tet ;
segue Z
1 R
dt
y(t) = R
dt
e :tet dt + C
e
Z
1
) y(t) = t te2t dt + C
e
Fazendo uso da integração por partes, conseguimos
e2t
u = t e dv = e2t dt ) du = 1 e v = :
2
Logo, Z
1 te2t 1
y(t) = t e2t dt + C
e 2 2
1 te2t e2t
) y(t) = +C
et 2 4
t 1
) y(t) = et + Ce t :
2 4
77
(
dy
x y = x2 para x > 0:
b) dt
y(2) = 6
Solução:
Dividindo por x; temos
dy 1
y = x.
dt x
Considerando
1
p(x) = e q(x) = x;
x
segue Z
1 R 1
y(x) = R 1
dx
e x dx :xdx + C
e x
Z
1 ln x
) y(x) = ln x
e :xdx + C
e
Z
1
) y(x) = 1 x 1 :xdx + C
x
Z
) y(x) = x dx + C = x2 + Cx:
4. Resolva:
dy
a) x y = x3 y 3
dx
Solução:
Dividindo equação diferencial por xy 3 , encontramos
1 dy 1
= x2 ; com x 6= 0 e y 6= 0:
y 3 dx xy 2
Considerando Z Z
1 dy du 1 1
= ) dy = du ) u = :
y 3 dx dx y3 2y 2
Substituindo na equação, temos
du 2
+ u = x2 ; com x 6= 0 (E.D. de 1ra ordem linear não-homogênea).
dx x
2
Onde p(x) = e q(x) = x2 , logo
x
Z R Z
1 2
dx 2 1 2
u = R 2 dx e x :x dx + c ) u = 2 eln x :x2 dx + c
ln
(e ) x
e x
78
Z
1 1 x5 + 5c x5 + 5c
)u= 2 x4 dx + c ) u = = :
x x2 5 5x2
Voltando para a varável y, conseguimos
x5 + 5c 1
= ) 2x5 y 2 + 10cy 2 = 5x2
5x2 2y 2
Isto é,
5x2 + 2x5 y 2 + Cy 2 = 0:
(
dy 4 p
= y+t y
b) dt t
y(1) = 1
Solução: Redescrevendo a equação
dy 4 1
y = t:y 2 :
dt t
1
Dividindo por y 2 , temos
1 dy 4 1
1 y 2 = t:
y 2 dt t
Logo, fazendo Z Z
1 dy du 1 1
1 = ) y 2 dy = du ) u = 2y 2 :
y 2 dt dt
Substituindo na equação, segue
du 2
y = t com t 6= 0 (E.D. de 1ra ordem linear não-homogênea).
dt t
Então,
Z R
Z
1 2
dx 1 2
u= R e t :tdt + c ) u = eln t :tdt + c
(eln t ) 2
2
dx
e t
Z
1
)u= 2
t 2 :tdt + c = t2 [ln jtj + c] :
t
Voltando para a variável y; considerando t > 0, conseguimos
1
t2 [ln t + c] = 2y 2 ) t4 [ln t + c]2 = 4y:
Portanto
t4 [ln(t) 2]2
y= :
4
79
5. Mostre que a equação de Riccati com coe…cientes constantes
dy
+ ay 2 + by + c = 0;
dx
tem uma solução da forma y = m; onde m é uma constante e
am2 + bm + c = 0:
d (m)
+ a (m)2 + b (m) + c = a (m)2 + b (m) + c:
dx
Se
a (m)2 + b (m) + c = 0
segue
d (m)
+ a (m)2 + b (m) + c = 0:
dx
Portanto, y = m; com a condição a (m)2 + b (m) + c = 0; é uma solução da equação de
Riccati com coe…cientes constantes.
dy y 2
a) 2 1 = 0; onde yp = x e x > 0:
dx x
Solução:
Consideremos a seguinte mudança de variável
y = z + yp ) y = z + x:
dz z 2 + 2xz + x2 dz z2 z
)2 +2 1=0)2 +2 2 1 1=0
dx x2 dx x2 x
dz z z2
)2 2 = 2:
dx x x
Dividindo por 2z 2 , conseguimos
1 dz 1 1
= 2:
z 2 dx xz 2x
Fazendo
du 1 dz 1
= 2 temos u = :
dx z dx z
80
Substituindo na equação diferencial, encontramos
du 1 1
+ u = 2:
dx x 2x
Logo,
Z R
Z
1 1
dx 1 1 1
u= R 1 e x : dx + c ) u = elnjxj : dx + c :
e x
dx 2x2 (elnjxj ) 2x2
Considerando x > 0; temos
Z
1 1 1 1 1 ln(x) + 2c
u= dx + c = ln(x) + c ) u = :
x 2 x x 2 2x
Voltando para a variável z, conseguimos
1 ln(x) + 2c 1 2x
u= ) = )z= :
z 2x z ln(x) + 2c
Finalmente, voltando para a variável y, segue
2x
y =z+x)y = +x
ln(x) + 2c
2x 2x
)y= +x)y =x+ :
ln(x) 2c C ln(x)
b) y 0 + y 2 (1 + 2ex ) y + e2x = 0; onde yp = ex :
Solução:
Consideremos a seguinte mudança de variável
y = z + ex :
81
Substituindo na equação, temos
du
+u= 1:
dx
Logo, Z
1 R
dx
u= R
dx
e : ( 1) dx + c
e
Z
1 ex + c
)u= x ex dx + c =
e ex
Voltando para a variável z, conseguimos
1 ex + c 1 ex
u= ) = )z= x :
z ex z e c
Finalmente, voltando para a variável y, segue
x ex
y =z+e )y = + ex
ex c
ex + e2x cex (1 c)ex + e2x
)y= =
ex c ex c
(1 + C)ex + e2x
)y= :
ex + C
dy
c) + y 2 + 3y + 2 = 0:
dt
Solução:
Veri…camos que esta equação é de Riccati de coe…cientes constantes, portanto, pelo
resultado encontrado na questão 5, concluimos que yp = m (constante) é uma solução
particular. Então,
dm
+ m2 + 3m + 2 = 0 ) m2 + 3m + 2 = 0 ) m1 = 1 e m2 = 2:
dt
Tomemos yp = 1 e consideremos a seguinte mudança de variável
y = z + yp ) y = z 1:
82
Fazendo
1 dz du 1
2
= )u= :
z dt dt z
Substituindo na equação, temos
du
u= 1:
dt
Logo, Z
1 R
dt
u= R
dt
e : ( 1) dt + c
e
Z t
1 e +c
)u= t e t dt + c = t
= 1 + cet
e e
Voltando para a variável z, conseguimos
1 1 1
u= ) 1 + cet = )z= :
z z 1 + cet
Finalmente, voltando para a variável y, segue
1 2 cet (2 + cet )
y= 1= )y= :
1 + cet 1 + cet 1 + cet
7. Resolva as seguintes equações separáveis:
dy
a) (x 1) y = 0:
dx
Solução: Redescrevendo a equação
dy 1 1
(x 1) = y ) dy = dx:
dx y (x 1)
Integrando, conseguimos
ln jyj = ln jx 1j + ln D
) ln jyj = ln D jx 1j ) jyj = D jx 1j
) y = c (x 1) :
b) y 0 + yCos(x) = 0
Solução: Redescrevendo a equação
dy 1
= yCos(x) ) dy = Cos(x)dx:
dx y
Integrando, temos
Sen(x)+D Sen(x) D
ln jyj = Sen(x) + D ) jyj = e =e e
c
)y= :
eSen(x)
83
dy
c) (1 + x2 )y 3 x3 y 2
=0
dx
Solução: Redescrevendo a equação
dy 1 1 1
x3 y 2 = (1 + x2 )y 3 ) dy = 3 + dx:
dx y x x
Integrando, encontramos
1 y 1
ln jyj = + ln jxj + ln D ) ln =
2x2 Dx 2x2
y 1
) = c:e 2x2
x
OBS: Para a equação diferencial
dy
(1 x2 )y 3 + x3 (1 + y 2 ) = 0;
dx
nós teríamos
dy
x3 (1 + y 2 ) = (1 x2 )y 3
dx
1 + y2 1 + x2
) dy = dx
y3 x3
1 1 1 1
) 3
+ dy = 3
+ dx
y y x x
Integrando, segue
1 1 y 1 1
ln jyj 2
= 2 + ln jxj + c ) ln = c:
2y 2x x 2y 2 2x2
y
Considerando > 0, segue
x
y 1 1 1
ln 2
+ 2 =c
x 2 x y
1
d) tg(y)y 0 = 0
x
Solução: Redescrevendo a equação
dy 1 1
tg(y) = ) tg(y)dy = dx:
dx x x
Integrando, conseguimos
1 1
ln jcos(y)j = ln jxj + ln D ) ln = ln
Cos(y) Dx
1 1 1 c
) = ) = ) xCos(y) = c
Cos(y) Dx Cos(y) x
84
dy
e) (x2 + 4) e 2y = 0:
dx
Solução: Redescrevendo a equação
dy 1
(x2 + 4) =e 2y
) e2y dy = dx:
dx (x2 + 4)
Integrando, temos
e2y 1 x
= arcT g +D
2 2 2
x
) e2y = arcT g +c
2
8. Determine as soluções gerais de:
dy
a) (x2 y2) 2xy = 0:
dx
Solução: Veri…camos que a equação é de coe…cientes homogêneos de grau 2, por-
tanto, redescrevendo a equação e dividindo por x2 , temos
x2 y2
2 2
dy x y dy x2
= ) =
dx 2xy dx 2xy
x2
y 2
dy 1
) = x :
dx y
2
x
Fazendo
y dy dv
= v ) y = x:v ) = 1:v + x: e
x dx dx
substituindo na equação, encontramos
dv 1 v2 dv 1 v2
v + x: = ) x: = v
dx 2v dx 2v
dv 1 3v 2 2v 1
) x: = ) dv = dx:
dx 2v 1 3v 2 x
Integrando, segue
ln j1 3v 2 j 1
= ln jxj + ln D ) ln 1 3v 2 3
= ln D jxj
3
1 1
) 1 3v 2 3
= D jxj ) 1 3v 2 =
D3 jxj3
y 2 1 x2 3y 2 c
) 1 3 = 3 ) 2
= 3
x 3
D jxj x x
85
) x3 3xy 2 = c:
OBS: Outra solução:
Considerando
@M @N
M = x2 y2 e N = 2xy ) = 2y e = 2y:
@y @x
Portanto, a equação é exata, assim
x3
'x = x2 y2 ) ' = xy 2 + f (x) e
3
'y = 2y ) ' = xy 2 + g(y).
Logo,
x3
'= xy 2 :
3
Finalmente,
x3
xy 2 = D ) x3 3xy 2 = c:
3
dy x y
b) =
dx x+y
Solução: Veri…camos que a equação é de coe…cientes homogêneos de grau 1, por-
tanto, dividindo por x, temos
x yy
dy 1
x ) dy =
= x+ x :
dx y dx y
1+
x x
Fazendo
y dy dv
= v ) y = x:v ) = 1:v + x: e
x dx dx
substituindo na equação, encontramos
dv 1 v dv 1 v
v + x: = ) x: = v
dx 1+v dx 1+v
dv 1 2v v 2 1+v 1
) x: = ) 2
dv = dx:
dx 1+v 1 2v v x
Integrando, segue
ln j1 2v v2j 1
= ln jxj + ln D ) ln 1 2v v2 2
= ln D jxj
2
1 1
) 1 2v v2 2
= D jxj ) 1 2v v2 = :
D2 jxj2
Logo,
y y 2 1 x2 2xy y2 1
1 2 = ) =
x x D 2 x2 x2 D 2 x2
x2 2xy y 2 = c:
86
y!
dy y
c) =e x +
dx x
Solução: Fazendo
y dy dv
= v ) y = x:v ) = 1:v + x: e
x dx dx
substituindo na equação, temos
dv 1
v + x: = ev + v ) e v dv = dx:
dx x
Integrando, encontramos
v v
e = ln jxj + ln D ) e = ln D jxj
v 1 1
)e = ln ) v = ln ln :
D jxj D jxj
Considerando x > 0; segue
y h c i hc i
= ln ln )y= x ln ln :
x x x
9. Resolva:
dy 2x 3y 1
a) =
dx 3x + y 2
Solução: Podemos resolver esta equação de duas formas
1o Forma: Consideremos a seguinte mudança de varáveis
x = X + x0
y = Y + y0
87
Dividindo por X; temos
Y
dY 2 3 X
= Y
:
dX 3+ X
Fazendo
Y dY dv
= v ) Y = X:v ) = 1:v + X: e
X dX dX
substituindo na equação, segue
dv 2 3v dv 2 6v v 2
1:v + X: = ) X: =
dX 3+v dX 3+v
3+v 1
) :dv = dX:
2 6v v 2 X
Integrando, conseguimos
ln j2 6v v2j 1
= ln jXj + ln D ) ln 2 6v v2 2
= ln D jXj
2
1 1
2 6v v2 2
= D jXj ) 2 6v v2 =
D2 jXj2
2
Y Y 1
) 2 6 =
X X D2 jXj2
2
Y Y C
)2 6 =
X X X2
) 2X 2 6XY Y 2 = C:
Como
7
x = X + 11
1
y = Y + 11
Voltando para as variáveis x e y, …nalmente encontramos
2 2
7 7 1 1
2 x 6 x y y = C:
11 11 11 11
2o Forma: Da equação
dy 2x 3y 1 dy
= temos ( 2x + 3y + 1) + (3x + y 2) =0
dx 3x + y 2 dx
Tomando
M= 2x + 3y + 1 e N = 3x + y 2;
segue
dM dN dM dN
=3e =3) = :
dy dx dy dx
88
Portanto, a equação é exata. Logo,
e
y2
'y = 3x + y 2 ) ' = 3xy + 2y + g(x):
2
Assim, teremos
y2
'= x2 + 3xy + x + 2y = c
2
2x2 + 6xy + 2x + y 2 4y = 2c
Que implica
2x2 6xy 2x y 2 + 4y = C:
OBS: As duas soluções são equivalentes, …ca como desa…o conferir as contas.
dy 2x y + 1
b) =
dx 6x 3y 1
Solução: Consideremos a seguinte mudança de variáveis:
du dy dy du
u = 2x y) =2 ) =2 :
dx dx dx dx
Substituindo, segue
du u+1 du u+1
2 = ) =2
dx 3u 1 dx 3u 1
du 5u 3 3u 1
= ) du = dx
dx 3u 1 5u 3
Z 4 Z
3 5
) + du = xdx
5 5u 3
3 4
) u+ ln j5u 3j = x + c
5 25
) 15u + 4 ln j5u 3j = 25x + 25c
) 15 (2x y) + 4 ln j5 (2x y) 3j = 25x + 25c
) 5x 15y + 4 ln j10x 5y 3j = C
dy
a) (3x2 + 6xy 2 ) + (6x2 y + 4y 3 ) =0
dx
Solução: Considerando
@M @N
M = 3x2 + 6xy 2 e N = 6x2 y + 4y 3 ) = 12xy e = 12xy:
@y @x
89
Portanto, a equação é exata, sendo assim,
a) (x3 y x2 ) + xy 0 = 0
Solução: Multiplicando a equação pelo fator integrante u, temos
dy
u(x3 y x2 ) + ux = 0:
dx
Considerando
M = u(x3 y x2 ); N = ux e
@M @N
usando a condição @y
= @x
, segue
@ [u(x3 y x2 )] @ [ux]
=
@y @x
90
@u 3 @u
)(x y x2 ) + u:x3 = x + u:1:
@y @x
Supondo u = u(x); encontramos
du
u:x3 = x+u
dx
du 1 1
) u x3 1 = x ) du = x2 dx:
dx u x
Integrando, encontramos
x3
ln juj = ln jxj + ln D
3
x3 x3
lnjxj+ln D lnjxj
) juj = e 3 = e 3 :e :eln D
x3 x3
D:e 3 c:e 3
) juj = )u=
jxj x
Logo, basta tomar c = 1 para encontrar um fator integrante da equação.
dy
b) [yCos(x) T g(x)] Sen(x) =0
dx
Solução: Multiplicando a equação inicial pelo fator integrante u, temos
dy
u: [yCos(x) T g(x)] u:Sen(x) = 0:
dx
@M @N
Usando a condição @y
= @x
, segue
91
1
12. Veri…que se u(x; y) = é um fator de integração da equação
xy 3
dy
xy 3 + x(1 + y 2 ) =0
dx
e determine a sua solução, sabendo-se que y(1) = 1.
1
Solução: Multiplicando a equação pelo fator u(x; y) = ; conseguimos
xy 3
1 1 dy
3
:xy 3 + 3 :x(1 + y 2 ) =0
xy xy dx
1 1 dy
)1+ + =0
y 3 y dx
Considerando
1 1 @M @N
M =1eN = + temos = 0 e = 0:
y3 y @y @x
1
Portanto, veri…camos que u(x; y) = 3 é um fator integrante da equação.
xy
Sendo assim, tomemos
'x = 1 ) ' = x + f (x) e
1 1 1
'y = 3
+ )'= + ln jyj + g(y).
y y 2y 2
Logo,
1 1
'=x + ln jyj = D ) 2x + 2 ln jyj = 2D
2y 2 y2
1
) 2x + ln y 2 = c:
y2
Usando a condição y(1) = 1, temos
1
2(1) 2
+ ln(1)2 = c ) c = 1:
(1)
Finalmente, encontramos
1
2x + ln y 2 = 1:
y2
4.3 Capítulo 3
1. Encontre a solução geral das seguintes equações diferenciais
92
a) y" y 0 6y = 0
Solução:
Equação característica:
r2 r 6 = 0 ) r1 = 2 e r2 = 3:
Portanto, a solução geral será
2x
y(x) = c1 e + c2 e3x :
e) y" + 2y = 0
Solução:
Equação característica:
p p
r 2 + 2 = 0 ) r1 = 2i e r2 = 2i:
Logo, a solução geral será
p p
y(x) = c1 e0x :Sen( 2x) + c2 e0x :Cos( 2x)
p p
y(x) = c1 Sen( 2x) + c2 Cos( 2x):
93
f) y" + 2y 0 + 4y = 0
Solução:
Equação característica:
p p
r2 + 2r + 4 = 0 ) r1 = 1+ 3i e r2 = 1 3i:
g) y 000 2y" + y 0 2y = 0
Solução:
Equação característica:
r3 2r2 + r 2 = 0 ) r1 = 2; r2 = i e r3 = i:
a) y" + y 0 = 3ex
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r 2 + r = 0 ) r 1 = 0 e r2 = 1:
Então,
yh (x) = c1 e0x + c2 e x
) yh (x) = c1 + c2 e x
94
b) y" y 0 = Sen(x)
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r2 r = 0 ) r1 = 0 e r2 = 1:
Logo,
yh (x) = c1 e0x + c2 ex ) yh (x) = c1 + c2 ex
2o ) Encontrando a solução particular:
Como
h(x) = Sen(x) ) yp = ASen(x) + BCos(x):
Então,
[ASen(x) + BCos(x)] " [ASen(x) + BCos(x)]0 = Sen(x)
) ASen(x) BCos(x) ACos(x) + BSen(x) = Sen(x)
) [ A + B] Sen(x) + [ A B] Cos(x) = Sen(x)
1 1
A+B =1 e A B=0)A= eB=
2 2
1 1
) yp = Sen(x) + Cos(x):
2 2
Finalmente, a solução geral será dada por
1 1
y(x) = c1 + c2 ex Sen(x) + Cos(x):
2 2
c) y" + y = 3Cos(x)
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r 2 + 1 = 0 ) r1 = i e r2 = i:
Então,
yh (x) = c1 Sen(x) + c2 Cos(x)
2o ) Encontrando a solução particular:
Como h(x) = 3Cos(x) é uma solução da equação homogênea associada, tomaremos
yp = x [ASen(x) + BCos(x)] :
Portanto,
95
) f[ASen(x) + BCos(x)] + x [ACos(x) BSen(x)]g0 +AxSen(x)+BxCos(x) = 3Cos(x)
) ACos(x) BSen(x) + [ACos(x) BSen(x)] + x [ ASen(x) BCos(x)]
+AxSen(x) + BxCos(x) = 3Cos(x)
3
) 2BSen(x) + 2ACos(x) = 3Cos(x) ) A = eB=0
2
3
) yp = xSen(x):
2
Finalmente, a solução geral será dada por
3
y(x) = c1 Cos(x) + c2 Sen(x) + xSen(x):
2
d) y" + 4y 0 + 2y = xe 2x
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
p p
r2 + 4r + 2 = 0 ) r1 = 2 2 e r2 = 2 + 2:
Então, p p
yh (x) = c1 e( 2 2)x
+ c2 e( 2+ 2)x
Logo,
2x 2x 0
axe + be " + 4 axe 2x + be 2x + 2 axe 2x + be 2x = xe 2x
h i
2x 2x 0 2x
ae 2axe + 4be +4 ae 2x 2axe 2x 2be 2x +2 axe 2x + be 2x
= xe 2x
2x
2axe 2be 2x = xe 2x
1
)a= e b = 0:
2
1
) yp = xe 2x :
2
Finalmente, a solução geral será dada por
p p 1
(2+ 2)x
y(x) = c1 e + c2 e( 2+ 2)x
e 2x
:
2
96
e) y" + y 0 6y = 6(x + 1)
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r2 + r 6 = 0 ) r1 = 2 e r 2 = 3:
Logo,
yh (x) = c1 e2x + c2 e 3x
7
y(x) = c1 e2x + c2 e 3x
x :
6
3. Resolva o problema de valor inicial
d2 y
+ y = 4x + 10Sen(x);
dx2
com condição inicial y( ) = 0 e y 0 ( ) = 2:
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r 2 + 1 = 0 ) r1 = i e r2 = i:
Logo,
yh (x) = c1 Cos(x) + c2 Sen(x)
2o ) Encontrando a solução particular:
Como 4x + 10Sen(x), tomaremos
yp = ax + b + x [cSen(x) + dCos(x)]
97
Portanto,
4. Derivando, temos
) c1 = 9
e
y0( ) = c1 Sen( ) + c2 Cos( ) + 4 5Cos( ) + 5 Sen( ) = 2
) c2 = 7:
Finalemente, conseguimos
5. Resolva
d2 y dy
6 + 9y = 6x2 + 2 12e3x :
dx2 dx
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r2 6r + 9 = 0 ) r1 = r2 = 3:
Logo,
yh (x) = c1 e3x + c2 xe3x :
2o ) Encontrando a solução particular:
98
Como h(x) = 6x2 + 2 12e3x , tomaremos
Portanto,
0
ax2 + bx + c + dx2 e3x " 6 ax2 + bx + c + dx2 e3x
+9 ax2 + bx + c + dx2 e3x = 6x2 + 2 12e3x :
0
) 2ax + b + 2dxe3x + 3dx2 e3x 6 2ax + b + 2dxe3x + 3dx2 e3x
+9ax2 + 9bx + 9c + 9dx2 e3x = 6x2 + 2 12e3x :
) 2a + 2de3x + 6dxe3x + 6dxe3x + 9dx2 e3x 12ax 6b 12dxe3x 18dx2 e3x
+9ax2 + 9bx + 9c + 9dx2 e3x = 6x2 + 2 12e3x :
) 9ax2 + ( 12a + 9b) x + (2a 6b + 9c) + 2de3x = 6x2 + 2 12e3x :
2 8
) a = ; b = ; c = 0; d = 6
3 9
2 8
) yp = x2 + x 6dx2 e3x :
3 9
Desta forma, a solução geral será dada por
2 8
y(x) = c1 e3x + c2 xe3x + x2 + x 6dx2 e3x :
3 9
6. Dada a equação
d2 y dy
4 + 4y = (x + 1) e2x :
dx2 dx
a) Determine uma solução particular usando o método da variação de parâmetros.
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
r2 4r + 4 = 0 ) r1 = r2 = 2:
Então,
yh (x) = c1 e2x + c2 xe2x :
2o ) Encontrando a solução particular, pelo método de Variação de Parâmetros:
Sabemos
y1 = e2x ; y2 = xe2x ; e h(x) = (x + 1) e2x :
Então, Z Z
h(x)y2 (x) (x + 1) e2x :xe2x
C1 (x) = dx = dx
a2 W (y1 (x); y2 (x)) W (e2x ; xe2x )
Z
(x + 1) :xe4x
) C1 (x) = dx =
e4x
99
Z
x3 x2
) C1 (x) = x2 + x dx =
3 2
Assim como,
Z Z
h(x)y1 (x) (x + 1) e2x :e2x
C2 (x) = dx = dx
a2 W (y1 (x); y2 (x)) W (e2x ; xe2x )
Z
(x + 1) :e4x
) C2 (x) = dx =
e4x
Z
x2
) C2 (x) = (x + 1) dx = +x
2
Desta forma, temos
yp (x) = C1 (x):y1 (x) + C2 (x):y2 (x)
x2 2xx3 x2
) yp (x) = ( )e + ( + x)xe2x :
2 3 2
1 1 1 3 1 2 2x
) yp (x) = x3 e2x + x2 e2x = x + x e :
6 2 6 2
b) Encontre a solução geral.
Finalmente, como
y(x) = yh (x) + yp (x);
segue
1 3 1 2 2x
y(x) = c1 e2x + c2 xe2x + x + x e :
6 2
Solução:
Aplicando transformadas, em ambos os membros, temos
d2 y dy
L 5 + 6y = L fex g
dx2 dx
1
) s2 L fyg sy(0) y 0 (0) 5 [sL fyg y(0)] + 6L fyg =
s 1
1
) s2 5s + 6 L fyg = s 5+
s 1
2
s 6s + 6
) (s 3) (s 2) L fyg =
s 1
100
s2 6s + 6
) L fyg = :
(s 3) (s 2) (s 1)
Separando em frações parciais, segue
s2 6s + 6 A B C
= + +
(s 3) (s 2) (s 1) (s 3) (s 2) (s 1)
s2 6s + 6 A B C
) = + +
(s 3) (s 2) (s 1) (s 3) (s 2) (s 1)
A (s 2) (s 1) + B (s 3) (s 1) + C (s 3) (s 2)
=
(s 3) (s 2) (s 1)
Logo,
s2 6s + 6 = A (s 2) (s 1) + B (s 3) (s 1) + C (s 3) (s 2) :
d2 y
+ 16y = Cos(4x); onde y(0) = 0 e y 0 (0) = 1:
dx2
Solução:
Aplicando, transformadas em ambos os membros, temos
d2 y
L + 16y = L fCos(4x)g
dx2
s
) s2 L fyg sy(0) y 0 (0) + 16L fyg =
s2 + 16
101
s
) s2 + 16 L fyg = 1 +
+ 16 s2
1 s 1
) L fyg = 2 + 2 : 2
s + 16 s + 16 s + 16
1 s 1
) y(x) = L 1 + L 1
:
s2 + 16 s2 + 16 s2 + 16
Usando convolução, encontramos
1 s 1 1
L : =L fF (s) :G (s)g = f (x) g (x)
s2 + 16 s2 + 16
s 1
) F (s) = e G (s) =
s2 + 16 s2 + 16
Sen (4x)
) f (x) = Cos (4x) e g (x) =
4
Logo, Z Z
x x
1
f (x) g (x) = f (z)g(x z)dz = Cos (4z) Sen (4x 4z) dz:
0 4 0
Como,
1
Sen(A):Cos(B) = [Sen (A + B) + Sen (A B)] ;
2
segue
1
Sen (4x 4z) Cos (4z) = [Sen (4x) + Sen (4x 8z)] :
2
Portanto, Z x
1 1
f (x) g (x) = [Sen (4x) Sen (4x 8z)] dz:
4 0 2
x
1 Sen (4x) Cos(4x 8z)
f (x) g (x) = z:
4 2 8 0
1 1 1 s 1
y(x) = L +L : 2
s2 + 16 s2 + 16 s + 16
102
9. Resolva
d2 y dy
2
+ 4 + 6y = 1 + e t ; onde y(0) = 0 e y 0 (0) = 0:
dt dt
Solução:
1o ) Encontrando a solução da equação homogênea associada:
Equação característica:
p p
r2 + 4r + 6 = 0 ) r1 = 2+ 2i e r2 = 2 2i:
Logo,
2t
p 2t
p
yh (t) = c1 e Sen 2t + c2 e Cos 2t :
2o ) Encontrando a solução particular:
Como h(x) = 1 + e t , tomaremos
yp = a + be t :
Então,
d2 (a + be t ) d (a + be t )
+ 4 + 6 a + be t = 1 + e t
dt2 dt
) be t 4be t + 6a + 6be t = 1 + e t
1 1
) 6a + 3be t = 1 + e t ) a = e b =
6 3
1 1
) yp = + e t :
6 3
Portanto,
2t
p 2t
p 1 1 t
y(t) = c1 e Sen 2t + c2 e Cos 2t + + e :
6 3
Derivando, conseguimos
p p p
y 0 (t) = 2c1 e 2t
Sen 2t + c1 2e 2t
Cos 2t
2t
p p 2t
p 1 t
2c2 e Cos 2t c2 2e Sen 2t e :
3
Substituindo as condições, segue
1 1 0
y(0) = c1 e0 Sen (0) + c2 e0 Cos (0) ++ e =0
6 3
1 1 1
) c2 + + = 0 ) c2 = :
6 3 p 2
y 0 (0) = 2c1 e0 Sen (0) + c1 2e0 Cos (0)
p 1 0
2c2 e0 Cos (0) c2 2e0 Sen (0) e = 0:
3 p
p 1 p 2 2
) c1 2 2c2 = 0 ) c1 2 = ) c1 =
3 3 3
Logo, p
2 2t p 1 2t p 1 1
y(t) = e Sen 2t e Cos 2t + + e t :
3 2 6 3
103