Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
MATEMÁTICA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NIVELAMENTO DE MATEMÁTICA
2
SEJA BEM-VINDO(A)!
APRESENTAÇÃO
Olá, querido(a) acadêmico(a), da Unicesumar, o nivelamento de matemática foi programado para atender
às dificuldades de Matemática Básica e recuperar as lacunas existentes no processo primordial para de-
senvolver a aprendizagem. Neste material abordaremos diversos temas que servirão de base e de suporte
para as disciplinas especı́ficas de seu curso. Permita que nos apresentemos:
Sou a professora Antoneli da Silva Ramos, graduada em Matemática com ênfase em Informática pela
Unipar; especialista em Matemática e Fı́sica para o ensino médio também pela Unipar; especialista em
Gestão Escolar pela Unicentro. Atuo, desde 2004, na área da educação, inicialmente, como professora
de alfabetização, depois, no ensino fundamental e médio, no momento, estou trabalhando na EaD da
Unicesumar como Mediadora Lı́der.
Este material foi desenvolvido em parceria com o Professor Fernando Marcussi, Graduado em Licenciatura
em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá e Especialista em Auditoria e Controladoria pela
Unicesumar. Atua, desde 2012, nas áreas de educação a distância, como Mediador de Cursos e no ensino
presencial, como Professor das disciplinas de Matemática e Cálculo Aplicado.
O assunto deste material foi organizado em cinco unidades, sendo que na primeira trataremos de razão,
de proporção, de regra de três e de Porcentagem, na segunda abordaremos notação cientı́fica, operações
com frações e operação com número decimal, muito utilizadas em áreas que envolvem Quı́mica e Fı́sica,
importantı́ssimas para a compreensão da potenciação, na terceira unidade vamos recordar as funções
do 1o e 2o grau, na quarta unidade recordaremos leitura de gráficos e de tabelas, equações e sistemas
de equações, fechando com Raciocı́nio Lógico e matemático. A cada abordagem constamos exemplos
resolvidos para você melhor compreender o assunto.
Gostarı́amos de iniciar este material desejando boas-vindas a você e esperamos que faça bom uso e amplie
seus conhecimentos por meio desses conteúdos básicos da matemática.
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
16 Razão e Proporção
18 Razões Especiais
24 Porcentagem
26 Considerações Finais
UNIDADE II
31 Introdução
32 Notação Científica
38 Expressões Numéricas
39 Considerações Finais
SUMÁRIO
UNIDADE III
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
45 Introdução
48 Função do 1º Grau
59 Considerações Finais
UNIDADE IV
65 Introdução
69 Equações Do 1º Grau
73 Equação do 2º Grau
76 Considerações Finais
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
83 Introdução
89 Construção de Tabelas-Verdade
91 Raciocínio Lógico
98 Considerações Finais
101 Conclusão
103 Referências
104 Gabarito
Professora Esp. Antoneli da Silva Ramos
Professor Esp. Fernando Marcussi
I
UNIDADE
DE TRÊS E PORCENTAGEM
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o conceito de razão, proporção e semelhança.
■■ Identificar a proporção direta e inversa.
■■ Realizar ampliações e reduções de figuras em geral.
■■ Relacionar situações cotidianas que podem ser tratadas de forma
proporcional.
■■ Entender, Interpretar e Resolver problemas.
■■ Dada uma razão, determinar outra para formar uma proporção.
■■ Identificar e solucionar problemas onde é possível utilizar a regra de
três simples para a sua resolução.
■■ Resolver problemas que envolvam os conceitos de razão e proporção.
■■ Identificar Porcentagens.
■■ Entender e ser capaz de resolver porcentagem em diversas situações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Razão e Proporção
■■ Forma fracionária, forma decimal e forma percentual de uma razão
■■ Regra de três
■■ Grandezas Diretamente Proporcionais
■■ Grandezas Inversamente Proporcionais
■■ Porcentagem
■■ Resolução de problemas
15
INTRODUÇÃO
Dentro desta unidade, você, querido(a) acadêmico(a), terá a oportunidade de aprender e até mesmo
relembrar alguns conteúdos básicos e essenciais. Você estudará os temas mais aplicáveis ao cotidiano:
Proporções e Porcentagens, conteúdos que são a porta de entrada para matemática financeira, princi-
palmente para concursos públicos, que também são utilizados em diversas áreas do conhecimento como
Fı́sica, Geografia, Quı́mica, entre outras. São temas bastante abrangentes e encontrados, sobretudo, em
operações comerciais e financeiras. Os assuntos apresentados nesta unidade estão organizados de uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O nivelamento de Matemática foi programado para atender às dificuldades de Matemática Básica e,
dentro desta unidade, os conteúdos de razão, de proporção e de regra de três serão abordados de maneira
clara e sucinta, utilizando vários exemplos do cotidiano, visando, assim, por meio da associação, facilitar
assimilação e aprendizado do conteúdo.
Introdução
I
5
RAZÃO E PROPORÇÃO
RAZÃO E PROPORÇÃO
5
É impossı́vel iniciar os estudos do nivelamento de Matemática, sem relembrar Razão e Proporção. Sabe-
mos que existem muitas situações do nosso cotidiano que requerem o uso de razões e de proporção, seja na
ÉRAZ
impossı́vel
ÃO iniciar os estudos do
E PROPOR nivelamento de Matemática, sem relembrar Razão e Proporção. Sabe-
ÇÃO
cozinha de sua residência ou na manipulação de um medicamento, dessa forma, torna-se primordial esta-
mos que existem muitas situações do nosso cotidiano que requerem o uso de razões e de proporção, seja na
rem bem codificados os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, para utilizá-los em disciplinas
cozinha de sua residência ou na manipulação de um medicamento, dessa forma, torna-se primordial esta-
É impossı́vel iniciar os estudos do nivelamento de Matemática, sem relembrar Razão e Proporção. Sabe-
especı́ficas e mais complexas.
rem bem codificados os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, para utilizá-los em disciplinas
mos que existem muitas situações do nosso cotidiano que requerem o uso de razões e de proporção, seja na
Iniciamos nossos
especı́ficas e mais estudos com o conceito de razão.
complexas.
cozinha de sua residência ou na manipulação de um medicamento, dessa forma, torna-se primordial esta-
Iniciamos nossos estudos
rem bem codificados com o conceitoadquiridos
os conhecimentos de razão. no ensino fundamental, para utilizá-los em disciplinas
RAZ ÃO:
especı́ficas e mais complexas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
De acordo com o conceito, razão é o quociente entre dois números não nulos ou quociente entre duas
RAZ ÃO: nossos estudos com o conceito de razão.
Iniciamos
grandezas variáveis, grandezas de espécies diferentes, ou seja, razão é sinônimo de divisão, que é sinônimo
De acordo com o conceito, razão é o quociente entre dois números não nulos ou quociente entre duas
de uma fração, também é a divisão entre dois números, podendo ser descrita como a comparação entre
grandezas variáveis, grandezas de espécies diferentes, ou seja, razão é sinônimo de divisão, que é sinônimo
RAZÃO:
duas quantidades por meio da divisão. A razão não é usada individualmente. É apenas uma ferramenta
de uma fração, também é a divisão entre dois números, podendo ser descrita como a comparação entre
De acordo com o conceito, razão é o quociente entre dois números não nulos ou quociente entre duas
para outros temas e problemas.
duas quantidades por meio da divisão. A razão não é usada individualmente. É apenas uma ferramenta
grandezas variáveis, grandezas de espécies diferentes, ou seja, razão é sinônimo de divisão, que é sinônimo
para outros temas e problemas.
de uma fração, também é a divisão entre dois números, podendo ser descrita como a comparação entre
Definição:
duas quantidades por meio da divisão. A razão não é usada individualmente. É apenas uma a ferramenta
Sendo a e b dois números racionais com b = 0, denomina-se razão entre a e b o quociente ou a : b ,
Definição:
para outros temas e problemas. b
onde a é o antecedente e b é o consequente. a
Sendo a e b dois números racionais com b = 0, denomina-se razão entre a e b o quociente ou a : b ,
b
onde a é o antecedente e b é o consequente.
Definição:
a
Sendo a eprático
Exemplo b dois números racionais com b = 0, denomina-se razão entre a e b o quociente
da definição: ou a : b ,
b
onde os
Todos a égarotos
o antecedente
gostam edeb brincar
é o consequente.
de estilingue, porém, nem todos os garotos possuem habilidades com
Exemplo prático da definição:
esse brinquedo. Imagine que o João colocou uma lata em cima do muro e está tentando atingi-la com
Todos os garotos gostam de brincar de estilingue, porém, nem todos os garotos possuem habilidades com
a pedra lançada pelo estilingue, e que a cada 10 tentativas, ele acerte 2 vezes a latinha. Assim de 10
esse brinquedo. Imagine que o João colocou uma lata em cima do muro e está tentando atingi-la com
Exemplo prático da definição:
disparos, ele acerta 2, então, ele erra 8 vezes a latinha. Neste caso poderemos fazer uma razão entre o
a pedra lançada pelo estilingue, e que a cada 10 tentativas, ele acerte 2 vezes a latinha. Assim de 10
Todos os garotos gostam de brincar de estilingue, porém, nem todos os garotos possuem habilidades com
número de acertos e de erros, vejamos a seguir qual será a razão:
disparos, ele acerta 2, então, ele erra 8 vezes a latinha. Neste caso poderemos fazer uma razão entre o
esse brinquedo. Imagine que o João colocou uma lata em cima do muro e está tentando atingi-la com
Resolução:
número de acertos e de erros, vejamos a seguir qual será a razão:
a pedra
2 lançada pelo estilingue, e que a cada 10 tentativas, ele acerte1 2 vezes a latinha. Assim de 10
r = sendo 2 acertos e 8 erros, logo, simplificando a razão, terei r = ,ou seja, para cada 1 vez que a
Resolução:
8
disparos, 4
ele acerta 2, então, ele erra 8 vezes a latinha. Neste caso poderemos fazer uma razão entre o
2 acerta a latinha, terá 4 lançamentos que não acertarão a latinha.1
pedra
rnúmero
= sendo 2 acertos e 8 erros, logo, simplificando a razão, terei r = ,ou seja, para cada 1 vez que a
8 de acertos e de erros, vejamos a seguir qual será a razão: 4
pedra acerta a latinha, terá 4 lançamentos que não acertarão a latinha.
Resolução:
2 1
r = sendo 2 acertos e 8 erros, logo, simplificando a razão, terei r = ,ou seja, para cada 1 vez que a
8 4
pedra acerta a latinha, terá 4 lançamentos que não acertarão a latinha.
Jacaré-açu 6m
7
= A razão é de 7 para 2,5.
2, 5
Após ter a definição clara de razão, é necessário identificarmos as formas de representação existentes e,
para fixar o aprendizado, apresentaremos estas formas, através de exemplos, veja:
Exemplo 02: Determine a razão na forma fracionária entre a primeira e a segunda medidas abaixo:
A) 12 centı́metros e 40 centı́metros
Resolução:
12
A) Para iniciar a divisão sempre utilizamos o primeiro pelo segundo valor, assim, teremos: r =
40
3
simplificando r =
10
B) Note que estão em unidades diferentes, nesse caso, necessitamos que elas estejam na mesma unidade.
Então neste caso é necessário realizar a conversão, assim, 3 quilogramas equivale a 3000 gramas.
500 5 1
r= , ou seja, r = simplificando teremos r = .
3000 30 6
7
Exemplo 03: r = = 0, 7 = 70%, observe que a razão foi apresentada na forma fracionária, decimal,
10
e percentual.
Exemplo 04: Em um hospital, no mês de julho de 2011, havia 320 pessoas internadas com sintomas de
gripe A e no mês de agosto, esse número subiu para 512 pessoas. Determine a razão na forma decimal
entre o número de pessoas com sintomas de gripe A no mês de agosto e julho de 2011.
215
Resolução: = 1, 6
320
RAZÕES ESPECIAIS
As razões especiais são algumas razões entre grandezas de mesmo tipo ou de tipos diferentes que são
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
utilizadas com bastante frequência no nosso cotidiano. Dentro das razões especiais, as mais utilizadas são:
Escala, Velocidade Média e Densidade Demográfica.
ESCALA: usada principalmente em mapas, maquetes e plantas, a escala é a razão entre a medida do
comprimento no desenho e a medida do comprimento real do objeto.
d (dist
ancia do desenho)
Escala =
D (distancia real)
Exemplo 05: Alberto vai construir a casa dele, e, para iniciar o projeto, é necessária a planta baixa da
casa. Esta planta irá mostrar a disposição dos ambientes e suas medidas. Desta forma, para caber no
papel, as medidas reais dos ambientes foram dividas em escalas de 1: 200 (1 para 200, ou seja, cada 1 cm
do desenho corresponde a 200 cm nas medidas reais), sabemos que a escala é a razão entre as medidas do
desenho e as medidas reais.
20m
10m
escala 1:200
8
Resolução:
d 1
Resolução: Escala = −→ Escala =
D 200
d 1
Escala = −→ Escala =
Então, nessa escala: D 200
Um comprimento
Então, de 4 cm, no desenho, corresponde a 4.200 = 800 cm ou 8 m na realidade.
nessa escala:
Um comprimento
Um comprimento de de 412cm,
m na
no realidade
desenho, será representado
corresponde por=6800
a 4.200 cm cm
no ou
desenho,
8 m napois 12 m = 1200 cm
realidade.
Um comprimento de 12 m na realidade será representado por 6 cm no desenho, pois 12 m = 1200 cm
1200 cm : 200 = 6 cm
1200 cm : 200 = 6 cm
Exemplo 06: Em um desenho, um comprimento de 10 m está representado por 5 cm. Qual escala é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
utilizada para
Exemplo 06: fazer
Em esse desenho? um comprimento de 10 m está representado por 5 cm. Qual escala é
um desenho,
utilizada para fazer esse desenho?
Resolução:
Resolução: 5 cm 5 cm 1
= =
10 m 1000 cm 200
5 cm 5 cm 1
= =
Logo a escala é de 1 : 200 10 m 1000 cm 200
Logo a escala
Exemplo 07:é A
de miniatura
1 : 200 de um carro foi construı́da na escala 1:50. Determine o comprimento e a
largura deste
Exemplo 07:carro.
A miniatura de um carro foi construı́da na escala 1:50. Determine o comprimento e a
largura deste carro.
10
cm
4cm
Resolução:
Resolução: 1 4 cm
=
50 x
x = 4 · 501==2004 cm
cm = 2 cm
150 10xcm
x = 4 · 50 =
50= 200ycm = 2 cm
y = 10 · 50==10500
1 cm = 5 m
50 y
y = 10 · 50 = 500 = 5 m
Logo, comprimento 5 m e largura 2 m.
Razões Especiais
I
Além de utilizarmos a escala para confecção de plantas e de miniaturas, é comum usarmos a escala na
confecção de mapas, pois os mapas devem ser uma reprodução fiel em tamanho reduzido.
VELOCIDADE MÉDIA
É a razão entre a distância percorrida por um móvel e o tempo gasto para percorrer essa distância.
Exemplo 08: A velocidade média de um trem bala que percorre 800 km em 2 horas é dada pela razão:
dist
ancia 800
= = 400 km/h
tempo 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DENSIDADE DEMOGRÁFICA
É a razão entre o número de habitantes (população) de uma região e a área dessa região.
Exemplo 09: Um paı́s tem 100.000.000 de habitantes e uma área de 5.000.000 km2 . Qual é a densidade
demográfica desse paı́s?
100.000.000 habitantes
d= = 20 hab/km2
50.000.000 km
Para entendermos melhor a regra de três na resolução de determinados problemas, é necessário que você
domine grandezas proporcionais.
PROPORÇÃO
A proporção representa a igualdade entre duas razões e só faz sentido quando não sabemos uma das
parcelas dessa igualdade.
Exemplo 10: Se dissermos que a razão entre o número de meninas e o número de meninos de um colégio
2
é , isso significa que:
3
10
Para cada 2 meninas existem 3 meninos, ou para cada 4 meninas existem 6 meninos, então, as frações
2 4
e são frações equivalentes, ou seja, ao simplificarmos as frações, elas serão iguais. Essa igualdade
3 6
chama-se proporção, logo, para resolver uma proporção, basta multiplicar em cruz, observe:
10
3 x
= −→ 4 · x = 3 · 8 −→ x = 6
Para cada 2 meninas existem 3 meninos, 4 8 ou para cada 4 meninas existem 6 meninos, então, as frações
2 4
e são frações equivalentes, ou seja, ao simplificarmos as frações, elas serão iguais. Essa igualdade
3 6
chama-se proporção, logo, para resolver uma proporção, basta multiplicar em cruz, observe:
GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS
São grandezas relacionadas de forma3 idêntica
x
= −→ quanto
4 · x = 3ao· 8seu
−→crescimento
x=6 ou decrescimento. O aumento
4 8
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de uma grandeza implica no aumento da outra, e a diminuição de uma grandeza implica na diminuição
imediata da outra.
GRANDEZAS
Exemplo 11: EmDIRETAMENTE
um supermercado, PROPORCIONAIS
é possı́vel utilizar as razões para descobrir qual das embalagens é
São
maisgrandezas
vantajosa relacionadas de forma idêntica quanto ao seu crescimento ou decrescimento. O aumento
para o consumidor.
de uma grandeza implica no aumento da outra, e a diminuição de uma grandeza implica na diminuição
imediata da outra.
Exemplo 11: Em um supermercado, é possı́vel utilizar as razões para descobrir qual das embalagens é
mais vantajosa para o consumidor.
900 g por
R$ 4,95 400 g por
900 R$ 3,30
Comparamos as quantidades : = 2, 25
400
4, 95
Comparamos os preços: = 1, 5
3, 30
A embalagem maior tem mais que o dobro da quantidade de 900 cereal da menor e seu preço é uma vez e
Comparamos as quantidades : = 2, 25
400 maior.
meia o preço da menor. Nesse caso, compensa levar a embalagem
É possı́vel, nesse caso, utilizarmos o raciocı́nio lógico, observe que, na embalagem maior, 900 g custam R$
4,95. Então 100 g custam R$ 4,95 : 9 = R$ 0,55, logo, 400g custam 4. R$0,55 = R$ 2,20, como R$2,20 é
menor que R$3,30, que é o preço da embalagem menor, então, a embalagem maior é relativamente mais
barata. Esse é um tipo de exercı́cio em que é possı́vel aplicar a regra de três que veremos na sequência.
11
11
GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
SãoGRANDEZAS INVERSAMENTE
grandezas relacionadas PROPORCIONAIS
de forma oposta quanto ao seu crescimento ou decrescimento. O aumento
de São
umagrandezas relacionadas
grandeza implica de forma da
na diminuição oposta quanto
outra, ao seu crescimento
e a diminuição ou decrescimento.
de uma grandeza O aumento
implica no aumento
de umadagrandeza
imediato outra. implica na diminuição da outra, e a diminuição de uma grandeza implica no aumento
imediato da outra.
Exemplo 12: Um muro é construı́do por 6 homens em 12 dias. Quantos dias serão necessários para 9
Exemplo
homens 12: Umo mesmo
construı́rem muro é muro?
construı́do por 6 homens em 12 dias. Quantos dias serão necessários para 9
homens construı́rem o mesmo muro?
Resolução: observe que quanto mais homens menos dias, então, as grandezas são inversamente propor-
Resolução:
cionais, observe que
assim, montamos quanto mais
a proporção homens menos
invertendo dias,daentão,
os termos razão as grandezas
que são inversamente
não possuem x. propor-
cionais, assim, montamos a proporção invertendo os termos da razão que não possuem x.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
9 12
=
6 9 x 12
9 · x =6 6=· 12
x
9 ·=
9x x=726 · 12
72
9x = 72
x=
9 72
x= x= 8 9
x=8
FIQUE ESPERTO!
FIQUE
Existem ESPERTO!
situações em que não há proporcionalidade!
Existem situações em que não há proporcionalidade!
A tabela abaixo mostra a variação da idade e da altura de João.
A tabela abaixo mostra a variação da idade e da altura de João.
Idade (anos) Altura(m)
Idade (anos) Altura(m)
10 1,30
10 1,30 Essas grandezas não são direta nem inver-
15 1,65
Essas proporcionais,
samente grandezas não pois
são direta nem inver-
não variam na
15 1,65
20 1,80
samente
mesma proporcionais,
razão, pois
nem na razão não variam na
inversa.
20 1,80
25 1,80 mesma razão, nem na razão inversa.
25 1,80
30 1,80
30 1,80
Dica:
Dica: multiplicar um dos valores de uma grandeza com um valor da outra grandeza. Mas esse
Devemos
Devemos
processo nãomultiplicar
é aleatório:um dos valores
deve-se desetas
seguir as uma de
grandeza
forma acom um valor
estabelecer umdacaminho.
outra grandeza. Mas
Não existe esseesse
processo
negócio não é de
de ”regra aleatório:
três é sódeve-se seguircruzado”.
multiplicar as setas Há
de forma a estabelecer
circunstâncias umocaminho.
em que caminho éNão existe esse
multiplicar
negócio
cruzado decircunstâncias
e há ”regra de três em
é sóque
multiplicar
o caminhocruzado”. Há circunstâncias
é multiplicar o ”de cima”peloem”de
que o caminho
cima”e é multiplicar
o ”de baixo”pelo
”decruzado
baixo”. eAssim
há circunstâncias em que”quanto
quando dissermos o caminho é multiplicar
mais”, o ”de
orientaremos cima”pelo
a seta ”de cima”e
para cima. o ”de
Quando baixo”pelo
dissermos
”de baixo”.
”quanto Assim
menos”, quando dissermos
orientaremos ”quanto
a seta para baixo.mais”, orientaremos a seta para cima. Quando dissermos
”quanto menos”, orientaremos a seta para baixo.
12
Exemplo 13: Um monomotor percorre certa distância voando com velocidade igual a 300 km/h, durante
6 horas; outro avião percorrerá a mesma distância, com a velocidade igual a 360 km/h. De quanto tempo
o segundo avião precisará?
Note que: se a velocidade aumentar, o tempo de percurso diminui, mostrando que o problema é de
grandezas inversamente proporcionais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Resolução:
300 · 6 = 360 · T
1800 = 360 · T
T =5h
Exemplo 14: Um automóvel percorre 300 km em 5 horas. Mantendo a mesma velocidade, que distância
percorrerá em 7 horas?
Note que: se o tempo aumenta, a distância também aumenta (estão em velocidade constante), mostrando
que o problema é de grandezas diretamente proporcionais.
13
Resolução:
300 · 7 = 5 · D
2100 = 5 · D
D = 420 Km
PORCENTAGEM
3
A porcentagem é o nome dado a toda fração cujo denominador é 100. Sabemos que representa que
100
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3
dividimos o inteiro em 100 partes iguais e tomamos 3 dessa parte, sendo assim, podemos representar
100
por 3%, razões em que o denominador é 100 também chamado de razão centesimal ou porcentual. Por
cento é uma expressão representada pelo sı́mbolo %, que significa centésimos, a porcentagem é utilizada
em diversas áreas como no mercado financeiro, na Engenharia, na Matemática, na Geografia ou até mesmo
na Administração entre outras.
7 2, 9
7% = = 0, 07 - 2, 9% = = 0, 029
100 100
Para calcular problemas que envolvem a porcentagem, utilizamos a Regra de Três Simples com grandezas
diretamente proporcionais, porém é possı́vel utilizar outras técnicas de resolução.
Exemplo 15: Em uma cesta há 60 laranjas das quais 20% estão estragadas. Quantas são as laranjas
estragadas? (aplicando a regra de três)
100 · x = 20 · 60
Laranjas Taxa percentual
100 · x = 1200
60 100% 1200
x=
100
x 20%
x = 12 laranjas estão estragadas
Podemos resolver o mesmo exemplo utilizando a fórmula:
c·i
p=
100
14
60 · 20 1200
p= = = 12
100 100
Exemplo 16: Numa loja de esportes, a camisa do meu time, que custava R$ 25,00, passou a custar R$
27,00. Qual foi a porcentagem de aumento?
Resolução: 27 - 25 = 2
Temos um aumento de R$ 2,00 em R$ 25,00, sabemos que o percentual é uma fração cujo denominador
é 100 então:
2 8
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplos 17: Uma camisa sofreu um aumento de R$ 30,00 para R$ 32,40. Qual foi o percentual de
aumento?
Note que houve um aumento de R$ 2,40 sobre o preço antigo, R$ 30,00, basta traduzir para a linguagem
matemática:
2, 40 8
= 0, 08 = = 8%
30, 00 100
a) Calcular 35% de 90
35
· 90 = 31, 5
100
b) Calcular 25% de 80%
25 80 20
· = = 20%
100 100 100
c) Calcule (10%)2 .
10
= 0, 1. Logo, (0, 1)2 = 0, 01 · 100 = 1%
100
d) Se um trabalhador recebe um corte de 20% no seu salário, ele só vai readquirir o original se tiver um
aumento de quantos por cento?
1000 · 20
Resolução: supondo que esse trabalhador ganhe R$1000,00, então, = 200, logo, terá um des-
100
conto de R$200,00 e passará a receber apenas R$ 800,00. Recebendo esse salário ele só irá readquirir o
80 · 25
salário original se ganhar um aumento de 25%, observe: = 200.
100
Porcentagem
I
15
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
16
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, percebemos que os assuntos abordados, razão, proporção e, principalmente a porcentagem
são aplicadas em diversos momentos de nosso cotidiano e em diversas áreas de conhecimento. A proposta
desta unidade é dar subsı́dios a você para ampliar seu conhecimento matemático de acordo com a sua
experiência e o seu cotidiano, possibilitando inovar as aplicações e adequá-las a cada necessidade.
Temos certeza que, para estudar os assuntos propostos nesta unidade, não foi possı́vel fazê-lo somente com
a leitura, foi preciso lápis, borracha e papel à mão e uma boa pitada de dedicação. É assim que se estuda
matemática: exercitando, processo que o(a) leva a levantar dúvidas que podem e devem ser esclarecidas,
posteriormente, pela equipe de suporte de seu curso.
17
ATIVIDADES DE ESTUDOS
1. Em uma urna, há 40 bolas das quais 30% são verdes. Quantas são as bolas verdes?
3. Numa cidade de 5000 habitantes, 1200 são mulheres. Determine a taxa percentual de mulheres.
4. Mário, que ganhava R$ 800,00, teve um aumento de salário e passou a ganhar R$ 920,00. Calcule
o porcentual desse aumento.
7. Com 20kg de farinha são produzidos 800 pães. Quantos pães iguais aos primeiros serão produzidos
com 10kg de farinha?
8. Um carro com velocidade média de 70km/h demora 6 horas para ir de uma cidade a outra. Para
percorrer o mesmo trajeto em 4 horas, qual seria a velocidade média desenvolvida?
9. Mil folhas de certo papel pesam 4kg. Quanto pesarão 600 folhas do mesmo tipo de papel (usaremos
pesar no sentido de ter massa por se tratar de linguagem coloquial).
10. A prefeitura de Cândido Mota resolveu colocar postes para iluminação de uma rua. Se colocar os
postes distantes um do outro 25 m, serão necessários 80 postes. Se a distância for de 40m, quantos
postes serão necessários?
Professora Esp. Antoneli da Silva Ramos
Professor Esp. Fernando Marcussi
II
NOTAÇÃO CIENTÍFICA,
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES E
UNIDADE
OPERAÇÃO COM NÚMEROS
DECIMAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os conceitos relacionados à Notação Científica.
■■ Entender as Potências de Base 10.
■■ Identificar e escrever números escritos em Notação Científica.
■■ Exercitar habilidades básicas de operar números fracionários.
■■ Identificar Frações Equivalentes.
■■ Dominar as 4 operações fundamentais: Adição, Multiplicação,
Subtração, Divisão no conjunto dos números racionais (decimais e
fracionários).
■■ Saber manipular Número Misto.
■■ Saber resolver Expressões Numéricas, desde as mais simples, até as
mais elaboradas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Notação Científica
■■ Operações com Frações
■■ Operações com Números Decimais
■■ Expressões Numéricas
31
19
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, iniciaremos a abordagem dos conteúdos com notação cientı́fica, na sequência operações
com frações e finalizaremos com operações com números decimais. Apesar de serem temas simples, são
conteúdos onde a grande maioria das pessoas sentem dificuldades e muitos não conseguem atingir os
resultados esperados, provavelmente, porque o bloqueio está na maneira como esses conteúdos foram
introduzidos no ensino fundamental.
Ao abordar a notação cientı́fica, o foco está nas potências de base dez e no trabalho com radicais, valo-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nosso primeiro contato com as frações acontece nas séries iniciais do ensino fundamental, entre o 3o e
4o ano. É o momento em que descobrimos que a forma fracionária representa uma determinada parte
de um inteiro ou de uma qualidade, assim, a intenção é mostrar ao aluno a necessidade de representar
partes de um intervalo ou de uma quantidade, assim, a intenção é mostrar ao aluno, a necessidade de
representar partes de um inteiro, proporcionando um estudo das frações, estabelecendo relações com o
dia a dia dos alunos, através de situações diversificadas de utilização de frações, pois é comprovado que o
aluno apresenta mais dificuldade com os números fracionários que com os números naturais.
Finalizaremos esta unidade com as operações que envolvem os números decimais, partindo do princı́pio de
que você conhece e já obteve um contato com o conjunto dos números, daremos uma atenção especial aos
números decimais, pois você precisa interiorizar uma cadeia de relações e estruturas do valor de posição,
destacando a ampla utilização desses números no dia a dia inclusive destacando a sua relação com os
números fracionários.
Introdução
II
19
19
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Notação cientı́fica é uma forma diferente de representar números reais, muito utilizada em cálculos que
envolvem
Notação números
cientı́fica muito
é umapequenos ou números
forma diferente muito grandes,
de representar evitando
números reais, esquecer-se de algum
muito utilizada zero, esta
em cálculos que
notação
envolvem é muito utilizada
números muitoem Quı́mica
pequenos oue números
Fı́sica. muito grandes, evitando esquecer-se de algum zero, esta
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
independentemente dapor
quer número inteiro quantidade de algarismos
10, acrescentamos um que
zeroforma esse desse
à direita número.
número para obtermos o resultado,
independentemente da quantidade de algarismos que forma esse número.
Exemplo 1:
a) 5 · 102 =1:500
Exemplo e) 7.000.000.000 = 7 × 109 .
b)a)55· ·10 2 =
10−1 = 500
0, 5 12 · 101 = 31,=
f)e)3,7.000.000.000 2. 7 × 109 .
c)b)1,55· ·10
10−1
−1 = 1, 5 · 0, 1 = 0, 15
= 0, 5 g)f)4,3,589 1012 =
12 ·· 10 = 31,
458,2.9.
103−1
d)c)1,1,35· ·10 ==1300 589 · 1023 = 458,
1, 5 · 0, 1 = 0, 15 h)g)0,4,0343 34, 3.9.
NOTE QUE:
Para
NOTEque oQUE:
número 7.000.000.000 se transformasse em notação cientı́fica, foi necessário “andar” com a
vı́rgula
Para que9 casas à esquerda
o número (o expoente
7.000.000.000 é 9), atente-se
se transformasse emque o expoente
notação é positivo.
cientı́fica, foi necessário “andar” com a
Note também
vı́rgula queà 2×10
9 casas esquerda=(o0,expoente
−4 0002, paraé que o númeroque
9), atente-se 0,0002 se transformasse
o expoente em notação cientı́fica,
é positivo.
foi necessário
Note também“andar” com
que 2×10 −4 a
=vı́rgula
0, 0002,4para
casas à odireita
que número(o 0,0002
expoente é -4), atente-se
se transformasse emque o expoente
notação é
cientı́fica,
negativo.
foi necessário “andar” com a vı́rgula 4 casas à direita (o expoente é -4), atente-se que o expoente é
Onegativo.
processo é bem simples, posicionamos a vı́rgula de forma que o número fique entre 1 e 10. Contamos
oOnúmero deécasas
processo que a vı́rgula
bem simples, se deslocou
posicionamos para de
a vı́rgula a esquerda ouo para
forma que a direita,
número esse 1será
fique entre e 10.o expoente
Contamos
da base 10. de casas que a vı́rgula se deslocou para a esquerda ou para a direita, esse será o expoente
o número
da base 10.
20
150.000.000, mesmo oculta, o número possui o posicionamento da vı́rgula, para ser notação cientı́fica o
número deve estar entre 1 e 10, então, posso posicionar a vı́rgula após o 1,5 em seguida multiplico por
10 elevado ao número de casas que sobraram após a vı́rgula, como a vı́rgula se deslocou para a esquerda
o expoente é positivo, resultando em 1, 5 · 108 .
228 · 521
(27 · 221 ) · 521
27 · (221 · 521 )
27 · 1021
128 · 1021 = 1, 28 · 1023
Durante a sua jornada acadêmica, em algum momento, provavelmente você deve ter entrado em contato
com o estudo das frações, de onde surge, qual o significado de cada representação, enfim, neste nivela-
mento o nosso objetivo é que você saiba manipulá-las, tendo domı́nio ao realizar as operações com frações.
22
1 3
Exemplo 5: + note as classes de equivalência:
2 5
1 1 2 3 4 5 1
= , , , , , ... −→ Classe de equivalência de
2 2 4 6 8 10 2
3 3 6 9 3
= , , , ... −→ Classe de equivalência de
5 5 10 15 5
1 3 5 6 11
+ = + =
2 5 10 10 10
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 3
Exemplo 6: −
2 5
1 3 5 6 1
− = − =−
2 5 10 10 10
1
Exemplo 7: Iniciou-se a colheita de milho na lavoura do Seu Joaquim, foi colhida pela máquina de
2
3 1
Paulo, foi colhida pela máquina de José e pela máquina do Pedro. A colheita foi completamente
10 5
realizada?
Resolução: Para resolver precisamos somar as frações, neste caso, precisamos encontrar a fração equi-
1 3 1
valente a , e , atente-se que temos que encontrar o mesmo denominador, então, neste caso iremos
2 10 5
utilizar o M.M.C entre 2, 10 e 5 decompondo em um produto de primos.
2 = 21 , 10 = 21 × 51 e 5 = 51
1 3 1 5 3 2 5+3+2 10
+ + = + + = = =1
2 10 5 10 10 10 10 10
22
MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES:
O método prático para a multiplicação é o mais simples entre todos os métodos: Multiplicamos Numerador
por Numerador e Denominador por Denominador.
Exemplo 8:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DIVISÃO DE FRAÇÕES:
Na divisão de frações multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda (em outras palavras,
copiamos a primeira, invertemos a segunda e multiplicamos).
Exemplo 9:
2 3 2 5 10
a) : = · =
3 5 3 3 9
2 3 1 2 7 8 2 · (−7) · 8 112
b) : − : = · − · = =−
3 7 8 3 3 1 3·3·1 9
Não podemos esquecer os números mistos, que são expressões que contêm números com uma quantidade
inteira e outra fracionária, observe o exemplo:
1 1
5 ( lê-se cinco inteiros e um quarto), ou seja, temos cinco unidades inteiras e mais .
4 4
1 1 20 1 21
Logo: 5 = 5 + = + =
4 4 4 4 4
O conceito de números decimais pode ser vinculado ao conceito de frações auxiliando no processo de
compreensão do conteúdo.
24
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que os números foram representados em decimais fracionários, o exercı́cio propôs uma operação
simples, uma adição de 0,5 + 0,7 resultando em 1,2, ou seja, um inteiro e dois décimos.
UNIDADES DÉCIMOS
0, 7
0, 5
1, 2
1 2, 8
1, 0 8 9
1 6
0, 0 0 4
2 9, 8 9 3
25
O segredo desse cálculo é usar a velha muleta da vovó. Efetue a operação colocando sempre vı́rgula
embaixo de vı́rgula.
Exemplo 12: As classes de uma escola estão arrecadando alimentos para as festas juninas. Parte dos
mantimentos será doada a instituições como creche e hospitais. A classe que conseguir mais mantimentos
receberá um prêmio. A turma de Camila obteve 0,3 de 1,25 toneladas de alimentos. Isso é 0,3 de 1,25
toneladas ou:
3 125 375
0, 3 × 1, 25 = × = = 0, 375 toneladas
10 100 1000
Observe que, ao efetuar essa operação, multiplicamos décimos por centésimos, resultando em milésimos,
isso implica em três casas decimais, então, para resolver essa operação, posso utilizar a velha tática da
vovó, armando a operação e após a resolução realizar a contagem das casas decimais e, só então, posicionar
a vı́rgula, observe:
0,3
× 1,25
0,375
Exemplo 14: Quero dividir 12000 hectares de terra em lotes de 4,5 hectares. Quantos lotes obterei?
45 10 120000
12000 : = 12000 · = = 2666, 66...
10 45 45
26
26
Conclui-se que a divisão entre dois números decimais segue uma sistematização simples, basta com-
Conclui-se que a divisão entre dois números decimais segue uma sistematização simples, basta com-
pletar com zeros até que o número de casas decimais seja igual para ambos. A seguir, ignoraremos a
pletar com zeros
vı́rgula até que o número
e realizaremos de como
os cálculos casassedecimais sejade
tratássemos igual para inteiros.
números ambos. A seguir, ignoraremos a
vı́rgula Atente-se
e realizaremos os cálculos
que, quando como
assunto se tratássemos
é multiplicação de números
e divisão, inteiros.
você deverá realizar o jogo de sinais.
Atente-se que, quando assunto é multiplicação e divisão, você deverá realizar o jogo de sinais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
É possı́vel nos depararmos com situações que envolvam várias operações, e para atingir o resultado devemos
realizar vários cálculos. Essas situações são chamadas de expressões.
É possı́vel nos depararmos com situações que envolvam várias operações, e para atingir o resultado devemos
Exemplo 15: Cláudio e Jair foram à doceria e compraram um pacote de balas por R$ 4,90 e três caixas
realizar vários cálculos. Essas situações são chamadas de expressões.
de bombons por R$ 5,50. Dividiram a despesas igualmente. Quanto gastou cada um?
Exemplo 15: Cláudio e Jair foram à doceria e compraram um pacote de balas por R$ 4,90 e três caixas
(4, 90 +
de bombons por R$ 5,50. Dividiram a despesas 5, 50) : 2 =R$
igualmente. 5, 20 gastou cada um?
Quanto
As expressões envolvem várias operações, vários sı́mbolos e várias formas de escrever os números, por esse
(4, 90 + 5, 50) : 2 =R$ 5, 20
motivo devemos nos atentar à ordem de preferência para a resolução.
As expressões envolvem várias operações, vários sı́mbolos e várias formas de escrever os números, por esse
motivo devemos nos atentar à ordem de preferência para a resolução.
Exemplo 16:
6 5 1 −24 + 15 1 16 9 5 + 64
− + : + 1, 6 = : + = − :
3 4 8 12 8 10 12 40
Exemplo 16: 9 69 9 40 360
= − : = − · = − = −0, 434
12 40 12 69 828
6 5 1 −24 + 15 1 16 9 5 + 64
− + : + 1, 6 = : + = − :
3 4 8 12 8 10 12 40
9 69 9 40 360
= − : = − · = − = −0, 434
12 40 12 69 828
27
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade apresentamos a notação cientı́fica, muito utilizada principalmente em disciplinas que envol-
vem Quı́mica, Fı́sica e linguagem computacional, raramente é explorada no ensino fundamental. Através
das atividades propostas, conclui-se que a notação cientı́fica é muito significativa assim como as potências
e expoentes negativos.
Esta unidade proporcionou retomar conteúdo aplicado por volta do 7o ano do ensino fundamental, pois é
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nesse ponto de sua jornada acadêmica que, obrigatoriamente, de acordo com os PCNs, são introduzidas
as operações que envolvem números fracionários e decimais, é nesse ponto que são ensinados conceitos
e nomenclatura, representação e igualdade, o resultado é que estas operações são bem simples de serem
resolvidas, basta respeitar as regras, visto que existem diversas maneiras de efetuar as operações tornando
os cálculos simples e o processo rápido e fácil de compreender.
O objetivo central é agilizar o cálculo com as operações matemáticas básicas que evolvem números decimais
e fracionários positivos e relativos, visto que a ideia de fração é um dos temas que mais aparecem em
concursos e um dos temas de maior dificuldade em absorção por parte dos alunos. Estes, por acharem
o conteúdo desnecessário e simples, não assimilam e erram detalhes básicos ao realizar as operações
matemáticas.
Uma maneira de fixar os conteúdos abordados é a resolução de exercı́cios, então, vamos praticar as
atividades propostas nesta unidade.
Bons estudos!
Considerações Finais
28
ATIVIDADES DE ESTUDOS
1. Um lago, aproximadamente retangular, mede 210,3 m por 325,2 m. Qual é a área em metros
quadrados?
2 1 3
2. Calcule a expressão − :
3 6 5
3. Calcule:
0, 32
a)
0, 2
6
5
b) 1 1
2 + 3
1
4. Em uma escola 104 alunos são do sexo feminino. Se o dos alunos são do sexo masculino, quantos
9
estudantes tem essa escola?
5. Ao realizar uma pesquisa para as eleições com os moradores de uma cidade do interior de São Paulo,
1 3
constatou-se que deve votar em João Rubão para prefeito e devem votar em Luı́s Peixoto. Que
3 5
fração da população não votará em um desses dois candidatos?
1
6. Do dinheiro que possuı́a, Maria gastou com um ingresso de cinema. Do dinheiro que restou,
3
1
Maria gastou comprando pipoca. Que fração do dinheiro total que Maria possuı́a foi gasta com
4
a pipoca? Que fração do dinheiro sobrou depois desses gastos?
7. Em uma pesquisa cientı́fica cada experiência tem duração de 50 minutos, o intervalo de tempo de
duas experiências seguidas, expresso em segundos, é de:
a) 3, 0 × 102
b) 3, 0 × 103
c) 3, 6 × 103
d) 6, 0 × 103
e) 7, 2 × 103
8. A nossa galáxia, a Via Láctea, contém cerca de 400 bilhões de estrelas. Suponha que 0,05% dessas
estrelas possuam um sistema planetário onde exista um planeta semelhante à Terra. O número de
planetas semelhantes à Terra, na Vı́a Láctea, é:
a) 2, 0 × 104
b) 2, 0 × 106
41
29
c) 2, 0 × 108
d) 2, 0 × 1011
e) 2, 0 × 1012
9
9. Qual é a representação da fração em números decimais?
2
10. Observe as frações e suas respectivas representações decimais:
3
I. = 0, 003
1000
2367
II. = 23, 67
100
129
III. = 0, 0129
10000
267
IV. = 2, 67
10
Utilizando as igualdades acima, escolha a alternativa correta.
a) I e II.
b) I e IV.
c) I, II e III.
III
UNIDADE
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer e definir função.
■■ Utilizar a linguagem das funções.
■■ Construir gráficos de funções do 1º e 2º graus.
■■ Construir, ler e interpretar gráficos de funções do 1º e 2º graus.
■■ Identificar zeros e vértice de uma função do 2º grau.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Noção Intuitiva de Função
■■ Função do 1º grau
■■ Função do 2º grau ou função quadrática
45
31
INTRODUÇÃO
Nesta unidade de estudo, preparamos para você o estudo das funções do 1o e 2o graus, conhecidas também
como função afim e função quadrática, respectivamente. A abordagem, por vezes, torna-se densa, pois
requer textos matemáticos, contudo, exemplos são apresentados ao final de cada assunto com o objetivo
de se confirmar uma regra ou demonstrar uma verdade.
O conteúdo abordado se faz relevante, pois aprendê-las permite que você compreenda como as funções
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
descrevem o comportamento de situações do mundo ao nosso redor, por esse motivo reconhecer, definir e
caracterizar as funções torna-se pertinente.
Nessa perspectiva, esperamos de você a dedicação de estudante de sempre, além de ler minuciosamente
este material, assista às aulas disponı́veis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Atente-se que o
processo de leitura de um texto matemático necessita de reflexão para compreender o assunto abordado,
pois ler sem refletir é o mesmo que nada ler.
Introdução
III
32
Reconhecido como um dos mais importantes conceitos da Matemática, o conceito de função está presente
nas relações entre duas grandezas variáveis.
Exemplo 1: Considere a tabela que relaciona o número de litros de gasolina comprados e o preço a pagar
por eles:
1 2,30
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 4,60
3 6,90
.. ..
. .
40 92,00
x 2, 30x
Observe que o preço a pagar é dado em função do número de litros comprados, ou seja, o preço a pagar
depende do número de litros comprados.
Exemplo 2: Numa rodovia, um carro mantém uma velocidade constante de 90km/h. Veja a tabela que
relaciona o tempo t (em horas) e a distância d (em quilômetros):
Observe que a distância percorrida é dada em função do tempo, isto é, a distância percorrida depende do
intervalo de tempo. Cada intervalo de tempo considerado corresponde a um único valor para a distância
percorrida. Dizemos, então, que a distância percorrida é função do tempo e escrevemos:
Distância = 90 · tempo
Variável dependente ←− d = 90t −→ Variável independente
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
47
33
Grande parte das funções que estudamos é determinada por fórmulas matemáticas (regras ou leis). Como
visto anteriormente, a correspondência entre o número de litros de gasolina e o preço a pagar expressa
por:
Preço a pagar = 2,30 vezes o número de litros comprados
Em que o preço de 1 litro é R$2,30. Essa função pode ser expressa pela fórmula matemática:
y = 2, 30x ou f (x) = 2, 30x
• f : R → R que a cada número real x associa o seu triplo somado com 1 → f (x) = 3x + 1 ou
y = 3x + 1
1 1
• f : R → R que a cada número real diferente de zero associa o seu inverso → f (x) = ou y = ou
x x
y = x−1
Exemplo 3: Numa indústria, o custo operacional de uma mercadoria é composto de um custo fixo de
R$ 300,00 mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade fabricada. Portanto o custo operacional, que
representaremos por y, é dado em função do número de unidades fabricadas, que representaremos por x.
Vamos expressar, por meio de uma fórmula matemática, a lei dessa função.
O conjunto de todos os y assim obtidos é chamado conjunto imagem da função f e é indicado por Im(f ).
Assim uma função é composta por três componentes: domı́nio, contradomı́nio e lei de correspondên-
cia (Imagem). Quando é citada uma função f de A em B, já ficam subentendidos o domı́nio (A) e o
contradomı́nio (B).
34
Mas em alguns casos, é dada apenas a lei da função f, sem que A e B sejam citados. Nesses casos
consideramos o contradomı́nio B = R e o domı́nio A como ”maior”subconjunto de R (A ⊂ R) tal que a
lei dada defina uma função f : A → R.
Exemplo 5: f (x) = (3 − x)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(3 − x) só é possı́vel em R se 3 − x ≥ 0 (em R não há raiz quadrada de número negativo).
3 − x ≥ 0 ⇒ −x ≥ −3 ⇒ x ≤ 3
Para cada x ≤ 3, f (x) existe e é único, pois é a raiz quadrada de um número real maior ou igual a zero.
Portanto, D(f ) = {x ∈ R | x ≤ 3}.
√
7−x
Exemplo 6: f (x) = √
x−2
Neste caso, devemos ter:
7−x≥0⇒x≤7
x−2>0⇒x>2
Ou seja, x ∈ (2, 7]. Para cada x ∈ (2, 7], f (x) existe e é único, pois é a divisão de um número real positivo
ou nulo por outro positivo.
Logo D(f ) = (2, 7]
FUNÇÃO DO 1o GRAU
Um representante comercial recebe, mensalmente, um salário composto de duas partes: uma parte fixa,
no valor de R$ 1.500,00 e uma parte variável, que corresponde a uma comissão de 6% (0,06) sobre o total
das vendas que ele faz durante o mês. Nessas condições, podemos dizer que:
Observamos, então, que o salário mensal desse vendedor é dado em função do total de vendas que ele faz
durante o mês, ou seja:
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
49
35
35
em que x é o total das vendas do mês. Esse é um exemplo de função do 1o grau ou função afim.
em que x é o total das vendas do mês. Esse é um exemplo de função do 1o grau ou função afim. 35
Definição:
em que x é o total das vendas do mês. Esse é um exemplo de função do 1o grau ou função afim.
Definição:
Uma função f : R → R chama-se função afim ou função do 1o grau quando existem dois números reais
a e função
Uma b tal quef :fR(x)
→=Rax + b, para
chama-se x ∈ R.
todo afim
função ou Por do 1o grau quando existem dois números reais
exemplo:
função
Definição:
a e b •talf (x)
que=f (x)
2x +=1ax(a+=b,2,para 1) x ∈ R. Por exemplo:
b =todo
Uma função f : R → R chama-se função afim ou função do 1o grau quando existem dois números reais
• f (x) = 2x + 1 (a = 2, b = 1)
a e •b tal = −x
f (x)que f (x)+=
4 ax
(a = -1,para
+ b, b = todo
4) x ∈ R. Por exemplo:
• •f (x) = −x 1 + 41(a(a==-1, b= 4)
• ff (x)
(x) =
= 2xx++ 5 (a = 2,13 b
,b==1)
5)
3
1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
• •f (x) = x ++5 (a ,b = 5)
= =3 -1,
• ff (x) =3 −x
(x) = 4x (a=4 4,
(a b = 0)b = 4)
• •f (x) ==
f (x) 4x1(a=
x + 54,(a
b== 0)
1
3 3 ,b = 5)
• f (x) = 4x (a= 4, b = 0)
CASOS PARTICULARES DE UMA FUNÇÃO DO 1◦ GRAU
1) Função
CASOS identidade:
PARTICULARES DE UMA FUNÇÃO DO 1◦ GRAU
: R → R identidade:
1)f Função definida por f (x) = x para todo x ∈ R. Neste caso, a = 1 e b = 0.
CASOS PARTICULARES DE UMA FUNÇÃO DO 1◦ GRAU
f : R → R definida por f (x) = x para todo x ∈ R. Neste caso, a = 1 e b = 0.
1) Função identidade:
2) Função linear:
f : R → R definida por f (x) = x para todo x ∈ R. Neste caso, a = 1 e b = 0.
: R → R linear:
2)f Função definida por f (x) = ax para todo x ∈ R. Neste caso, b = 0. Alguns exemplos:
f : R •→fR (x)definida
= −2x por -2) = ax para todo x ∈ R. Neste caso, b = 0. Alguns exemplos:
(a =f (x)
2) Função linear:
• f (x) = −2x 1 (a = -2)
f :R• → R=
f (x) definida = 15 )f (x) = ax para todo x ∈ R. Neste caso, b = 0. Alguns exemplos:
x (a por
5
1 1 √
• •f (x) = x √(a = )
• ff (x) =5 −2x
(x) = 3x (a
(a 5=
= -2)3)
√1 √
• •f (x) == 3x
f (x) x (a
(a == 15 )3)
5
3) Função constante
√ √
:R• →
3)f Função R constante
f (x) =definida
3x (apor= f (x)3) = b para todo x ∈ R. Neste caso, a = 0. Alguns exemplos:
f : R •→fR = 3 por f (x) = b para todo x ∈ R. Neste caso, a = 0. Alguns exemplos:
(x)definida
3) Função constante
• f (x) = 3 3
f :R• → R=
f (x) x por f (x) = b para todo x ∈ R. Neste caso, a = 0. Alguns exemplos:
definida
4
3
• •f (x) = √
x
• ff (x)
(x) =
=4 3 −2x
√3
• •f (x) == −2x
f (x) x
4
√
• f (x) = −2x
Função do 1º Grau
III
36
• f (x) = x + 2
1
• f (x) = x +
2
• f (x) = x − 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O valor de uma função do 1o grau ou função afim f (x) = ax + b para x = x0 é dado por f (x0 ) = ax0 + b.
Por exemplo, na função afim f (x) = 5x + 1, podemos determinar:
Exemplo 7:
• f (1) = 5 · 1 + 1 = 5 + 1 = 6. Logo, f (1) = 6.
• f ( 15 ) = 5( 15 ) + 1 = 1 + 1 = 2. Logo, f ( 15 ) = 2.
• f (x + h) = 5(x + h) + 1 = 5x + 5h + 1
Por exemplo:
Determinamos
os valores
de a e b resolvendo o sistema de equações:
2a + b = −2
2a + b = −2
⇒ ⇒ −b = −4 ⇒ b = 4
a+b =1
−2a − 2b = −2
Como a + b = 1, então: a + 4 = 1 ⇒ a = −3
Logo, a função de 1o grau f (x) = ax + b tal que f (2) = −2 e f (1) = 1 é dada por f (x) = −3x + 4.
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
51
37
Generalizando esse processo, de modo geral, conhecendo y1 = f (x1 ) e y2 = f (x2 ) para x1 e x2 reais
quaisquer, com x1 = x2 , podemos explicitar os valores a e b da função f (x) = ax + b, determinando-a
completamente.
Assim:
y1 = f (x1 ) = ax1 + b
y = f (x ) = ax + b
2 2 2
y 2 − y1
y2 − y1 = (ax2 + b) − (ax1 + b) = ax2 − ax1 = a(x2 − x1 ) ⇒ a = , x1 = x2
x2 − x1
Substituindo esse valor de a em y1 = f (x1 ) = ax1 + b, obtemos o valor de b:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
y2 − y1
y1 = · x1 + b ⇒ y1 (x2 − x1 ) = y2 x1 − y1 x1 + b(x2 − x1 )
x2 − x1
y 1 x 2 − y2 x 1
⇒ y1 x2 − y1 x1 − y2 x1 + y1 x1 = b(x2 − x1 ) ⇒ b =
x2 − x1
Para que isso ocorra, é necessário e suficiente que um dos três números d(P1 , P3 ), d(P2 , P3 ) e d(P1 , P3 )
seja igual à soma dos outros dois. Supomos x1 < x2 < x3 e mostramos então que:
Função do 1º Grau
III
38
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Logo, três pontos quaisquer do gráfico da função do 1o grau (ou afim) são colineares, o que significa que
o gráfico é uma reta.
Geometricamente, b é a ordenada do ponto onde a reta, que é gráfico da função f (x) = ax + b, intersecta
o eixo Oy, pois para x = 0 temos f (0) = a · 0 + b = b.
(0, b)
0 x
O número a chama-se inclinação ou coeficiente angular dessa reta em relação ao eixo horizontal Ox.
O número a chama-se taxa de variação ou taxa de crescimento da função. Quanto maior o valor absoluto
de a, mais a reta se afasta da posição horizontal.
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
53
39
a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim o que determina se a função afim ou de 1o grau f (x) = ax+b, com a = 0, é crescente ou decrescente
é o sinal de a. Se a é positivo, ela é crescente; se a é negativo, ela é decrescente.
No caso de a = 0, o valor de f (x) permanece constante [f (x) = b] e o gráfico de f é uma reta paralela ao
eixo x que passa por (0,b).
Função do 1º Grau
III
40
Os diretores de um centro esportivo desejam cercar uma quadra de basquete retangular e o espaço em
volta dela com tela de alambrado. Tendo recebido 200 metros de tela, os diretores desejam saber quais
devem ser as dimensões do terreno a cercar com a tela para que a área seja maior possı́vel, pois assim
haveria espaço para a torcida fora da quadra.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Podemos ilustrar o problema como o retângulo ABCD, com dimensões x por 100 − x.
Esse é um caso particular de função quadrática. A situação-problema que desencadeou essa função
quadrática será resolvida adiante.
Definição:
Uma função f : R → R chama-se quadrática quando existem números reais a, b e c, com a = 0, tal
que f (x) = ax2 + bx + c para todo x ∈ R.
f: R→R
x → ax2 + bx + c
Alguns exemplos:
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
55
41
Para encontrar x (e, portanto, s − x), basta resolver a equação do 2o grau x2 − sx + p = 0 , ou seja,
zeros da equação quadrática ou do 2o grau:
basta determinar os valores x para os quais a função quadrática f (x) = x2 − sx + p se anula. Esses são
2
= x − 7x
chamados zeros da função quadrática ou raı́zesf (x)
da equação de +
2o 124
grau correspondente a f (x) = 0. Por
exemplo, os dois números cuja a soma é 7 e cujo produto é 12 são 3 e 4, que são raı́zes da equação ou
zeros da equação quadrática ou do 2o grau:
f (x) = x2 − 7x + 124
Você deve estar pensando, “e a fórmula de Bhaskara?” A fórmula de Bhaskara é usada para resolver
EQUAÇÕES quadráticas de fórmula geral ax2 +bx+c = 0, com coeficientes reais, com a = 0, conteúdo
da próxima unidade.
Você deve estar pensando, “e a fórmula de Bhaskara?” A fórmula de Bhaskara é usada para resolver
A Fórmula de Bhaskara é uma homenagem ao matemático Bhaskara Akaria, considerado o mais
EQUAÇÕES quadráticas de fórmula geral ax2 +bx+c = 0, com coeficientes reais, com a = 0, conteúdo
importante matemático indiano do século XII.
da próxima unidade.
A Fórmula de Bhaskara é uma homenagem ao matemático Bhaskara Akaria, considerado o mais
importante matemático indiano do século XII.
42
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A reta perpendicular à diretriz que contém o foco chama-se eixo da parábola. O ponto (V) da parábola
mais próximo da diretriz chama-se vértice dessa parábola. O vértice (V) é o ponto médio do segmento
cujos extremos são o foco e a intersecção do eixo com a diretriz. O gráfico da função quadrática ou de 2o
grau é uma parábola.
1o Caso → ∆ > 0
Nesse caso a função admite dois zeros reais diferentes, x e x”, ou seja, a parábola que representa a função
intercepta o eixo x em dois pontos.
+ X
+ +
X” X’
X
X” X’
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
57
43
2o Caso → ∆ = 0
Neste caso a função admite um zero real duplo x = x”, ou seja, a parábola que representa a função
tangencia o eixo x.
X’ = X”
+ +
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3o Caso → ∆ < 0
Neste caso a função não admite zeros reais, ou seja, a parábola da função não intercepta o eixo x.
44
Uma das maneiras de se determinar o vértice é lembrar que a parábola é simétrica em relação a um eixo
vertical. Determinando a posição desse eixo, encontraremos a abscissa do vértice e, com a abscissa do
vértice, obteremos a ordenada, que é a função da abscissa.
Outra maneira é lembrar que na forma canônica o vértice é dado por (xV , yV ) sendo:
b 4ac − b2 ∆
xV = − e yV = f (xV ) = =−
2a 4a 4a
b ∆
ou V − ; −
2a 4a
Considere uma função do 2o grau qualquer, do tipo f (x) = ax2 + bx + c, com a = 0. Sabemos que seu
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gráfico é uma parábola e que a concavidade da parábola varia de acordo com o coeficiente a. Ou seja,
Se a < 0 → a concavidade da parábola é voltada para baixo.
Se a > 0 → a concavidade da parábola é voltada para cima.
Assim:
• Se a concavidade for voltada para baixo, a função apresenta ponto de máximo absoluto.
• Se a concavidade for voltada para cima, a função apresenta ponto de mı́nimo absoluto.
FUNÇÃO DO 1º E 2º GRAUS
59
45
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar esta terceira unidade, esperamos que você tenha se dedicado e apreendido a essência das
funções apresentadas e tenha conseguido correlacionar as situações reais que podem ser representadas por
funções. Tente agora, depois de ler e refletir sobre o assunto abordado, correlacionar alguma situação real
que possa ser escrita com uma função.
Muito mais poderia ser escrito sobre as funções, contudo, constamos o que o espaço em página nos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
permitiu. Entretanto, deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós como o
detalhamento de algumas passagens ou a representação gráfica e/ou esquemática de alguma função.
Para assimilação dos conceitos aqui abordados, algumas atividades de estudos seguem. Exercitar é funda-
mental! Exercitando-se você pode vir a ter dúvidas que podem ser esclarecidas com a equipe pedagógica.
Tire sempre as dúvidas, ter dúvidas é algo normal, pertinente para aqueles que buscam uma melhor
compreensão dos conteúdos abordados.
Considerações Finais
46
ATIVIDADES DE ESTUDO
1. Observe na tabela a medida do lado (em cm) de uma região quadrada e sua área (em cm2 ).
a) f (x) = 2x + 3
b) f (x) = 12 x + 4
c) f (x) = −2 − 2x
4. O custo de um produto é calculado pela fórmula c = 10 + 20q, na qual c indica o custo (em reais) e
q, a quantidade produzida (em unidades). Construa o gráfico de c em função de q.
a) f (1) = 5 e f (−3) = −7
b) f (−1) = 7 e f (2) = 1
6. Determine a lei da função afim cuja reta intercepta os eixos em (-8,0) e (0,4). Essa função é crescente
ou decrescente?
61
47
7. As seguintes funções são definidas em R. Verifique quais delas são funções quadráticas e identifique
em cada uma os valores de a, b e c.
a) f (x) = 2x(3x − 1)
b) f (x) = (x + 2)(x − 2) − 4
c) f (x) = (1 + x)(1 − x) + x2
a) f (x) = x2 − 9
b) f (x) = x2 − 2x + 1
c) f (x) = (x − 1)2 − 9
a) f (x) = x2 − 3x − 4
b) f (x) = −3x2 + 2x + 1
c) f (x) = −4x2 + 1
10. Verifique se as funções admitem valor máximo ou valor mı́nimo e calcule esse valor:
a) f (x) = −3x2 + 2x
b) f (x) = 2x2 − 3x − 2
c) f (x) = −4x2 + 4x − 1
Professora Esp. Antoneli da Silva Ramos.
Professor Esp. Fernando Marcussi.
IV
LEITURA DE GRÁFICOS E
UNIDADE
TABELAS, EQUAÇÕES E
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Ler e interpretar gráficos e tabelas.
■■ Interpretar gráficos de linhas, barras e setores.
■■ Interpretar e resolver equações.
■■ Interpretar e resolver sistema de equações lineares.
■■ Interpretar e resolver equações do segundo grau.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Leitura de gráficos e de tabelas
■■ Equações e sistemas de Equações
■■ Equações do 1º grau
■■ Sistemas de equações lineares
■■ Equação do 2º grau Incompleta
65
49
INTRODUÇÃO
Nesta unidade de estudo, preparamos para você o estudo de Leitura de Gráficos, Resolução de Equações
e Sistemas de Equações. A abordagem novamente, por vezes, torna-se densa, pois requer textos matemá-
ticos, contudo, exemplos são apresentados ao final de cada assunto com o objetivo de se confirmar uma
regra ou demonstrar uma verdade.
Trata-se de conteúdos de aplicações cotidianas, análise de informações com problemas de variados nı́veis
de complexidade. O conteúdo abordado se faz relevante, pois são problemas, métodos e técnicas que
podem e serão usados para todas as áreas que, de alguma forma ou em algum dado momento, trataram
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de conceitos numéricos com a necessidade de encontrar o valor. Por esse motivo reconhecer, definir e
caracterizar os conceitos desta unidade torna-se pertinente.
Não são conceitos novos, mas certamente são abordagens novas. As baterias de exercı́cios são extensas e
cabe dispensar um pouco mais de tempo e de dedicação.
Novamente, esperamos de você a dedicação de estudante de sempre, além de ler minuciosa este material,
assista às aulas disponı́veis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Atente-se que o processo de
leitura de um texto matemático necessita de reflexão para compreender o assunto abordado, pois ler sem
refletir é o mesmo que nada ler.
Introdução
IV
50
Imagine que em uma grande empresa, o diretor do departamento de recursos humanos apresentou a seus
subordinados um cartaz com a frase. “Em 2007, éramos 734 funcionários; em 2008, 753; em 2009, 777;
em 2010, 794; e, em 2011, 819”.
Se você acha que esses números não contribuem para mostrar com clareza o histórico da empresa nem
para destacar o percurso crescente dos números de funcionários, você pode estar certo. Há uma maneira
mais clara e eficiente de apresentar esses dados: um gráfico. Observe:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 1:
O exemplo 1 revela que, para cada informação que se quer comunicar, há uma forma ou linguagem
mais adequada, para facilitar a leitura do conteúdo, nesse caso o gráfico transformou-se no recurso mais
apropriado, pois apresenta as informações de maneira mais visual.
Essa forma de comunicação teve inı́cio a partir do século XIV, um pensamento surge no cenário da ma-
temática: traçar uma figura ou gráfico da maneira pela qual variam as coisas. Segundo Acácio
(2012), esse pensamento conduziu boa parte da matemática para um patamar bem mais elevado. Alguns
matemáticos ousam dizer até que Oresme foi o cocriador da Geometria Analı́tica. O fato é que sua ideia
de representar o comportamento de uma grandeza de acordo com a variação de outra impulsionou parte
da matemática para fora do campo abstrato, tornando a análise absolutamente visual.
51
representar o crescimento ou a queda no faturamento de uma empresa por meio de uma interpretação
gráfica simples, como apresentado a seguir:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O gráfico mostra que, apesar de não sabermos os valores das receitas de cada mês, de Janeiro a Fevereiro,
a receita aumentou (dizemos que o gráfico é crescente), de Fevereiro a Março, a receita se manteve (dize-
mos que o gráfico é constante) e de Março a Abril, a receita diminuiu (dizemos que o gráfico é decrescente).
Analisando o gráfico, podemos ver que 29 pessoas disseram que seu carro tem cor Prata; 27 pessoas
52
disseram ter carro de cor Preta; 20 pessoas disseram ter carro de cor Branca e 24 pessoas disseram ter
carro de outra cor.
Além de podermos ver que foram 100 entrevistados (29 + 27 + 20 + 24 = 100), constatamos que a cor
predominante entre os carros é Prata, seguida da cor Preta, e que não há como garantir que a cor Branca
é a terceira mais votada, pois 24 entrevistados, que têm outra cor de carro, poderiam todos ter carros
vermelhos, é improvável, mas pode acontecer.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as grandezas (mesmo que não apareça a porcentagem relacionada à caracterı́stica). Acompanhe o gráfico
a seguir onde aparece o resultado da pesquisa Qual é a área do conhecimento de sua preferência?:
Podemos dizer que a maioria dos pesquisados prefere Ciências Humanas (33%), mas não podemos dizer
que a menor parcela prefere Ciências Exatas, pois a parte correspondente à ”Outra”pode ser composta
por outras áreas com menor preferência. Lembre-se que uma volta corresponde a 100% em relação às
informações listadas e a 360◦ em relação ao ângulo central. Caso precise manipular algum desses valores,
use proporcionalidade (uma regra de três simples é suficiente para descobrir o ângulo central).
Na antiguidade havia busca pela solução de problemas do seu dia a dia, que envolviam matemática,
através de processos aritméticos. Entretanto, em certas situações, esse processo não conseguia resolver os
problemas que surgiam.
Com isso, passou-se a trabalhar com elementos algébricos, constituindo, assim, as equações que nada mais
são do que expressões algébricas que representam uma determinada situação-problema.
53
Entretanto não basta conseguir esquematizar um problema apenas com expressões algébricas, é preciso sa-
ber resolver essas expressões algébricas. Para tanto, realizaram-se estudos acerca dos métodos de obtenção
da solução das equações.
A obtenção da solução de uma equação é feita através de manipulações aritméticas, envolvendo letras
(incógnitas).
Exemplo 2: Duas irmãs têm depositado na poupança a mesma quantia em dinheiro. Ao completar
dezoito anos resolveram sacar o dinheiro de cada uma das poupanças para comprarem juntas um automóvel
de R$12.000,00. No entanto o dinheiro não foi suficiente, tendo sido necessário que cada uma delas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dessa forma, a incógnita x pode ser definida como o valor que cada uma das irmãs depositou, assim,
podemos representar a equação dessa situação-problema da seguinte forma:
Mas qual é o objetivo da mistura entre letras e números? Podemos dizer que as letras podem representar
qualquer número. Portanto ao encontrarmos expressões que nos auxiliam a determinar a solução de um
número para equações que possuem apenas letras, quer dizer que determinamos um método de obter a
solução para qualquer tipo daquela equação.
EQUAÇÕES DO 1o GRAU
Ao resolver uma equação, buscamos determinar o valor da variável (simbolizado por uma letra), de forma
que a equação seja verdadeira.
Equações do 1º Grau
IV
54
Exemplo 4: Para resolver a equação 5x = 30, buscamos um número x que, multiplicado por 5, resulte
em 30. A resposta natural para essa equação é x = 6 (observe que 6 = 30 ÷ 5).
Note que:
No exemplo 3, a equação tinha a adição de 3 unidades no primeiro membro e a resposta foi conseguida
subtraindo 3 unidades do segundo membro.
No exemplo 4, a equação tinha uma multiplicação por 5 no primeiro membro e a resposta foi conseguida
dividindo o segundo membro por 5.
Lembre-se que, ao mudarmos um termo (ou um fator) da equação para o outro membro (passar de um
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
membro para outro, trocar de lado na equação), devemos fazer uso da operação inversa, ou seja, se a
operação é de adição, sua inversa é a subtração e, se a operação é de subtração, sua inversa é a adição.
Porém tome cuidado, pois não existe trocar de lado e mudar o sinal, existe trocar de lado e mudar
a operação.
5x − 4 = 21
5x = 25
x=5
5x − 4 = 21
5x = 25
x=5
55
Note que os métodos têm o mesmo número de passos, a diferença está na omissão de alguns passos
apresentando os resultados de forma imediata, recomenda-se fazer tal omissão após treinar um pouco o
método completo.
x−2 x + 1 3x − 7
= +
3 6 2
= + (Tirando o MMC)
3 6 2
2 · (x − 2) 1 · (x + 1) 3 · (3x − 7)
= + (Distribuindo e optando por não dividir a equação por 6)
6 6 6
2x − 4 = x + 1 + 9x − 21 (Organizando)
2x − 4 = 10x − 20
x=2
Denomina-se sistema linear m × n o conjunto S de m equações lineares em n incógnitas, que pode ser
representado assim:
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + · · · + a1n xn = b1
a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 + · · · + a2n xn = b2
S=
································· ······
a x + a x + a x + ··· + a x = bm
m1 1 m2 2 m3 3 mn n
Nesse contexto, estaremos apenas buscando solução de um sistema 2× 2, assim, buscaremos os valores de
duas incógnitas para compor o nosso conjunto-solução, que será formado por um par ordenado da forma
(x, y) ou (x1 , x2 ).
Existem algumas formas de resolução de um sistema, mas apresentaremos apenas duas formas, são elas:
56
MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO
Não é o processo mais fácil para resolver, mas é o mais fácil de lembrar: Basta ISOLAR uma das incógnitas
numa das equações à sua escolha e, depois, SUBSTITUIR na outra equação.
x + 2y = 16
Exemplo 7:
x − y = 13
x − y − 13 → x = 13 + y
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x + 2y = 16 → (13 + y) + 2y = 16 → 3y = 16 − 13
MÉTODO DE ADIÇÃO
É o processo de resolução mais simples e o mais utilizado, mas exige que a estrutura esteja previamente
preparada com dois números opostos do mesmo lado da equação, bastando SOMAR o primeiro membro
de uma ao primeiro membro da outra e o segundo membro da primeira ao segundo membro da segunda.
3x − y = 10
Exemplo 8:
2x + 5y = 1
Devemos, primeiramente, igualar uma das variáveis com sinal oposto. Tomemos a incógnita y e multipli-
quemos a primeira equação por 5, assim teremos:
15x − 5y = 50
2x + 5y = 1
Como a variável y é idêntica em ambas as equações, com sinais opostos, e estão localizadas no mesmo
lado da igualdade, basta somar o primeiro termo ao primeiro termo e o segundo termo ao segundo termo:
57
Os sistemas podem ser classificados de acordo com sua solução, ou seja: Sistema Possı́vel (tem solução),
Sistema Possı́vel e Determinado (a solução é única), Sistema Possı́vel e Indeterminado (tem
infinitas soluções) e Sistema Impossı́vel (não tem solução). De forma geral, temos:
a1 b1 k1
= = → (SP I)
a2 b2 k2
a1 x + b1 y = k1 a1 b1 k1
⇒ = = → (SI)
a2 b2 k2
a2 x + b2 y = k2
a1 b1
= → (SD)
a2 b2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3x − 2y = 4
Exemplo 9:
x − 4y = 2
Os coeficientes das mesmas incógnitas nas duas equações não são proporcionais: 3 é o triplo de 1 e -2 é
metade de -4. Então o sistema é possı́vel e determinado.
2x − 6y = 5
Exemplo 10:
3x − 9y = 1
Nesse sistema os coeficientes das mesmas incógnitas nas duas equações são proporcionais, mas os termos
independentes não: 2 está para 3 assim como -6 está para -9, porém não como 5 está para 1. Então o
sistema é impossı́vel.
3x + y = −2
Exemplo 11:
−6x − 2y = 4
Nesse caso, as duas equações são totalmente proporcionais: -6 está para 3 assim como -2 está para 1,
assim como 4 está para -2 (ou, ainda, a 2a equação é o oposto do dobro da 1a ). Então o sistema é possı́vel
e indeterminado.
EQUAÇÃO DO 2o GRAU
Uma equação do segundo grau ou quadrática é uma expressão polinomial de grau 2 e pode ser representada
por ax2 +bx+c = 0 com os coeficientes reais a, b e c, a = 0. Na expressão ax2 +bx+c = 0, a é o coeficiente
que acompanha o termo quadrático, b é o coeficiente do termo linear e c é o termo independente.
Equação do 2º Grau
IV
58
A resolução de uma equação de segundo grau se faz por meio da fórmula de Bhaskara:
√
−b ± ∆
x= onde ∆ = b2 − 4 · a · c
2·a
O discriminante ∆ é muito importante, pois seu sinal nos diz quantas serão as respostas de determinada
equação:
• Se ∆ é zero, a equação admite apenas uma solução no conjunto dos números reais.
• Se ∆ é negativo, a equação não admite nenhuma solução no conjunto dos números reais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 12: Dada a equação 5x2 − 30x + 25 = 0, assim a = 5, b = −30 e c = 25, aplicando esses valores
na fórmula de Bhaskara, obtemos:
√ √
−b ± ∆ −(−30) ± (−30)2 − 4 · 5 · 25 30 ± 900 − 500 30 ± 20
x= = = =
2·a 2·5 10 10
Assim:
30 + 20 50 30 − 20 10
x = = = 5 e x” = = =1
10 10 10 10
S = {1, 5}
Note que o conjunto-solução não é um par ordenado. Os dois valores são possı́veis valores para x.
Exemplo 13: Para resolver a equação 5x2 − 10x + 6 = 0, determinamos que a = 5, b = −10 e c = 6:
−(−10) ± (−10)2 − 4 · 5 · 6
x=
√2 · 5
10 ± 100 − 120
x=
10
√
10 ± −20
x=
10
Como, para os números reais, não podemos definir a raiz quadrada de um número negativo, temos que a
solução da equação é vazia, ou seja, S = { } ou S = ∅.
59
• Para b = 0 e c = 0.
Basta isolar o termo ao quadrado, identicamente ao processo de uma equação do 1o grau, e quando
este estiver sozinho, basta extrair a raiz quadrada de ambos os lados da equação:
45 √
5x2 = 45 → x2 = → x2 = 9 → x = ± 9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√ 5 √
x = + 9 = +3 e x” = − 9 = −3
S = {−3, 3}
• Para b = 0 e c = 0.
Esse caso é o único em que podemos garantir a existência de uma raiz real: x = 0 sempre será raiz.
Para esse caso, precisamos evidenciar o fator x e resolver uma equação de primeiro grau.
x(5x − 45) = 0 (Multiplicação resultando em zero: ao menos um dos fatores será zero)
x=0
x=9 ⇒ S = {0, 9}
• Para b = 0 e c = 0.
Basta isolar o termo ao quadrado, identicamente ao processo de uma equação do 1o grau e, quando
esse estiver sozinho, basta extrair a raiz quadrada de ambos os lados da equação:
5x2 = 0 → x2 = 0 → x = 0
Equação do 2º Grau
IV
60
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizando a unidade IV deste livro de nivelamento, esperamos que você, prezado(a) acadêmico(a),
tenha se dedicado e apreendido a essência dos conteúdos apresentados e consiga correlacionar as diversas
situações reais apresentadas e vivenciadas, pois em vários momentos abordamos o estudo e as técnicas de
resolução para as equações e mostramos como resolver um sistema de equações por meio das técnicas da
substituição e da adição, evidenciando a sua representação algébrica e geométrica.
Dessa forma, sugerimos que procure resolver os exercı́cios propostos, pautando-se nos exemplos ofertados
durante esta unidade, fazendo uma reflexão sobre o assunto abordado, que possam buscar e pesquisar em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
outras fontes de estudo sobre os conteúdos desenvolvidos na presente unidade, objetivando aprimorar a
sua formação conceitual acerca dos temas aqui desenvolvidos, correlacionando alguma situação real que
possa ser representada via equação ou representá-la pelos gráficos aqui apresentados.
Muito mais poderia ser escrito, contudo, constamos o que o espaço em página nos permitiu. Entretanto,
deixamos para você os detalhes que possam ter sido deixados por nós.
Para melhor compreensão do conteúdo, apresentamos a seguir algumas atividades de estudo, pois exercitar
torna-se fundamental para a eficácia do ensino.
61
ATIVIDADES DE ESTUDO
1. (UFMS) Um grupo de alunos fez uma pesquisa sobre o tipo de sangue dos 540 alunos da escola.
Os alunos, para resumirem os dados encontrados, construı́ram um gráfico de setores e, no lugar das
porcentagens, eles indicaram os ângulos de alguns desses setores circulares, como mostra o gráfico.
Pode-se afirmar que o número de alunos que tem o tipo de sangue B é:
2. (U. F. Lavras - MG) Uma pesquisa eleitoral estudou a intenção de votos nos candidatos A, B e C,
obtendo os resultados apresentados na figura:
d) Se o candidato C obtiver 70% dos votos dos indecisos e o restante dos indecisos optarem pelo
candidato A, o candidato C assume a liderança.
Admita que o gráfico representativo do desempenho da bolsa de Tóquio é uma função real f (t), da
bolsa de Nova Iorque uma função real g(t) e da bolsa de São Paulo é uma função real h(t), com
t ∈ [15, 19]. A partir dessas informações, julgue os itens.
4. Resolva as equações:
a) x + 5 = −20
b) −2 · (4 + y) + 2 · (−y − 5) = 8
c) 2x + 3 = 9
x−2 x+1
d) − =4
3 4
e) 3 · (x + 2) = 2 · (3x − 2)
x−1 x−2 x−3
f) + =
2 3 4
5. Traduza as expressões a seguir para linguagem matemática, resolva-as e encontre o valor do número
desconhecido em cada item:
63
6. Em uma lanchonete pagam-se R$5,80 por 5 pastéis e 3 copos de refrigerante. No mesmo local, 3
pastéis e 2 copos de refrigerante custam R$3,60. Qual é o preço do refrigerante?
7. Comprei 50 vidros de tinta por certa quantia. Se cada vidro tivesse custado R$ 0,50 menos, poderia
ter levado mais 10 vidros. Quanto me custou cada vidro?
a) x2 − 5x + 6 = 0 b) x2 + 5x + 6 = 0 c) 5x2 + 15x + 10 = 0
d) x2 − 2x + 1 = 0 e) x2 − 6x + 9 = 0 f) 7x2 + 28x + 28 = 0
d) x2 − 9 = 0 e) x2 + 3x = 0 f) x2 + 16 = 0
Professora Esp. Antoneli da Silva Ramos.
Professor Esp. Fernando Marcussi.
RACIOCÍNIO LÓGICO E
V
UNIDADE
MATEMÁTICO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Introduzir o conceito de lógica matemática.
■■ Apresentar conceitos importantes de lógica bivalente.
■■ Construção de tabelas-verdade
■■ Introduzir conceitos de raciocínio lógico.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Raciocínio lógica matemática
■■ Construção de tabelas-verdade
■■ Raciocínio lógico
83
65
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, preparamos um pequeno contato com o Raciocı́nio Lógico Matemático. Neste ponto dos
nossos estudos, a abordagem torna-se densa, pois requer bastante atenção para trabalhar com os textos
matemáticos, contudo, exemplos são apresentados ao final de cada assunto com o objetivo de se confirmar
uma regra ou demonstrar uma verdade.
Certamente em sua jornada escolar, em algum momento, você se deparou com o raciocı́nio lógico e talvez
esse seja um dos temas que gera arrepios, pois temos a equivocada ideia que o raciocı́nio lógico é somente
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para “gênios” ou para “amantes da matemática”. Nesta unidade provaremos o contrário, você verá que
é um estudo interessante, sem mistérios, agradável e despertará em você a vontade e curiosidade de
aprofundar-se neste assunto.
Na apresentação deste livro, pontuamos por diversos momentos que a linguagem utilizada seria sucinta e
clara, auxiliando e facilitando a sua compreensão sobre o conteúdo abordado, dessa forma, primou-se por
conteúdos que consideramos básicos para iniciar e despertar o interesse pela lógica.
Esta unidade inicia abordando o Raciocı́nio Lógico e Matemático, destacando alguns princı́pios bási-
cos da lógica, sempre exemplificando cada tema abordado, passam por construções e tabelas-verdades,
importantı́ssimas para linguagem computacional e finaliza com lógica matemática.
Introdução
V
66
LÓGICA MATEMÁTICA
A Lógica Matemática adota como regras fundamentais do pensamento os dois seguintes princı́pios (ou
axiomas):
(I) PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
é, verifica-se sempre um desses casos e nunca um terceiro.
Por virtude desse princı́pio diz-se que a Lógica Matemática é uma Lógica bivalente, ou seja, toda
sentença declarada, que expressa uma proposição, tem exatamente um valor verdade: verdadeira ou falsa.
Uma proposição é todo o conjunto de palavras ou sı́mbolos que exprimem um pensamento de sentido
completo.
Exemplo 1: As proposições:
iv. sin π2 = 1
3
iii. é um número inteiro
5
v. tan π4 = 2
Assim as proposições são expressões a respeito das quais têm sentido dizer que são verdadeiras ou falsas.
67
p: Carlos é careca
q: Pedro é estudante
r: O número 25 é quadrado perfeito
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As proposições conhecidas como compostas são formadas pela combinação de duas ou mais proposições.
São habitualmente designadas pelas letras latinas maiúsculas P, Q, R e S, ..., também chamadas letras
proposicionais.
Visto que cada uma delas é formada por duas proposições simples, as proposições compostas também
costumam ser chamadas fórmulas proposicionais.
CONECTIVOS
São palavras que usamos para formar novas proposições a partir de outras, veja o exemplo a seguir:
São conectivos usuais em Lógica Matemática as palavras que estão em negrito, isto é:
TABELA-VERDADE
Segundo o Princı́pio do terceiro excluı́do, toda proposição simples p é verdadeira ou é falsa, isto é,
tem o valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
68
O valor lógico de qualquer proposição composta depende unicamente dos valores lógicos das proposições
simples componentes, ficando por eles univocamente (de modo único) determinado.
Admitindo esse princı́pio, para aplicá-lo na prática para a determinação do valor lógico de uma proposição
composta dada, recorre-se quase sempre a um dispositivo denominado tabela-verdade, na qual figuram
todas as possı́veis atribuições de valores lógicos às proposições simples componentes.
Exemplo 2: No caso de uma proposição composta cujas proposições simples componentes são p e q, as
únicas possı́veis atribuições de valores lógicos a p e a q são:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
p q
1 V V
2 V F
3 F V
4 F F
Observe que os valores lógicos V e F se alteram de dois em dois para a primeira proposição p e de um
em um para a segunda proposição q, e que, além disso, VV, VF, FV e FF são os arranjos binários
com repetição dos dois elementos V e F.
OPERAÇÕES LÓGICAS
São conhecidas como as operações realizadas sobre as proposições, elas obedecem a regras de um cálculo,
chamado cálculo proposicional, semelhante ao da aritmética sobre os números.
NEGAÇÃO (¬)
Chama-se negação de uma proposição p a proposição representada por “não p”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e vice-versa.
Simbolicamente, a negação de p indica-se com a notação “¬ p”, que se lê: “não p”.
p ¬p
V F
F V
69
CONJUNÇÃO (∧)
Chama-se conjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p e q”, cujo valor
lógico é verdade (V) quando as proposições p e q são ambas verdadeiras e falsidade (F) nos demais
casos.
Simbolicamente, a conjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação: “p ∧ q”, que lê-se: “p e
q”.
p q p∧q
V V V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
V F F
F V F
F F F
DISJUNÇÃO (∨)
Chama-se disjunção de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor
lógico é a verdade (V) quando ao menos uma das proposições p e q é verdadeira e a falsidade (F)
quando as proposições p e q são ambas falsas.
Simbolicamente, a disjunção de duas proposições p e q indica-se com a notação: “p ∨ q”, que lê-se: “p ou
q”.
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
CONDICIONAL (→)
Chama-se proposição condicional ou apenas condicional uma proposição representada por “se p então
q”, cujo valor lógico é falsamente (F) no caso em que p é verdadeira e q é falsa e verdade (V) nos
demais casos.
70
Na condicional “p → q”, diz-se que p o antecede e q o consequente. O sı́mbolo “→” é chamado sı́mbolo
de implicação.
p q p→q
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
V V V
V F F
F V V
F F V
BICONDICIONAL (↔)
Chama-se proposição bicondicional ou apenas bicondicional uma proposição representada por ”p se
e somente se q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas,
e falsidade (F) nos demais casos.
O valor lógico da bicondicional de duas proposições é, portanto, definido pela seguinte tabela-verdade:
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
71
CONSTRUÇÃO DE TABELAS-VERDADE
Dadas várias proposições simples p, q, r, ..., podemos combiná-las pelos conectivos lógicos:
¬,∧,∨,→e↔
Assim com o emprego das tabelas-verdade das operações lógicas fundamentais, é possı́vel construir tabelas-
-verdade correspondentes a qualquer proposição composta dada, ela que mostrará exatamente os casos
em que a proposição composta será verdadeira (V) ou falsa (F).
P(p,q)=¬ (p ∧ ¬ q)
Resolução: Construa primeiramente o par de colunas correspondentes às duas proposições simples
correspondentes p e q. Em seguida forma-se a coluna para ¬ q, posteriormente a coluna para p ∧ ¬ q.
Ao fim, a coluna relativa aos valores lógicos da proposição composta dada:
p q ¬q p∨¬q ¬ (p ∨ ¬ q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
P(p, q, r) = p ∨ ¬ r → q ∧ ¬ r
Construção de Tabelas-Verdade
V
72
Resolução: Construa primeiramente o par de colunas correspondentes às três proposições simples cor-
respondentes p e q. Em seguida forma-se a coluna para ¬ r, posteriormente a coluna para p ∧ ¬ r, depois
q ∧ ¬ r. Ao fim, a coluna relativa aos valores lógicos da proposição composta dada:
p q r ¬r p∧¬r q ∧ ¬ r) p∨¬r→q∧¬r
V V V F V F V
V V F V V V V
V F V F V F F
V F F V V F F
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
F V V F F F V
F V F V V V V
F F V F F F V
F F F V V F F
p ¬p p∧¬q ¬ (p ∧ ¬ p)
V F F V
F V F V
Chama-se Contradição toda a proposição composta cuja última coluna de sua tabela-verdade encerra
somente com a letra F (falsa). Em outros termos, contradição é toda proposição composta na qual o valor
lógico é sempre falso, para quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples (p, q, r, ...).
p ¬p p∧¬p
V V V
V F F
73
Tem-se como uma Contingência toda proposição composta cuja última coluna de sua tabela-verdade
figuram as letras V e F por pelo menos uma vez, ou seja, contingência é toda proposição composta que
não é tautologia nem contradição.
p ¬p p→¬p
V F F
F V V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RACIOCÍNIO LÓGICO
TIPOS DE RACIOCÍNIO
Podemos definir como Analogia o raciocı́nio em que, comparando-se semelhanças entre situações dife-
rentes, inferimos outras semelhanças.
Exemplo 8:
João, Maria, Paulo, Carlos e José são meus filhos e gostam de estudar Matemática. Então infiro que o
meu filho que vai nascer também gostará de Matemática.
O raciocı́nio Indutivo parte de informações particulares, para inferirmos uma conclusão geral.
Exemplo 9:
A barata, o grilo e o gafanhoto não têm ossos. Deduzimos que os insetos não têm ossos.
A barata, o grilo e o gafanhoto não têm ossos. Deduzimos que os animais não têm ossos.
Quanto maior o número de casos particulares observados, maior a probabilidade de a conclusão ser correta.
Exemplo 10:
Todos os homens são mortais. Carlos é um homem. Logo, Carlos é mortal.
Raciocínio Lógico
V
74
SILOGISMOS
Silogismo é uma forma de raciocı́nio dedutivo em que, partindo-se de certas informações, infere-se uma
determinada conclusão.
• Premissa e conclusão:
Premissa maior - é a premissa geral, de maior extensão, que vem geralmente citada primeiro.
Todos os homens são mortais.
Carlos é um homem.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Logo, Carlos é mortal.
• Termos:
Termo maior - é o predicado de premissa maior e da conclusão.
Todos os homens são mortais.
Carlos é um homem.
Logo, Carlos é mortal.
Termo médio - é o sujeito da premissa maior e o predicado da premissa menor. Não aparece na
conclusão.
Todos os homens são mortais.
Carlos é um homem.
Logo, Carlos é mortal.
75
• A premissa maior contém o termo maior como predicado (mortais) e o termo médio, como sujeito
(homens).
• A premissa menor contém o termo médio como predicado (homem) e o termo menor, como sujeito
(Carlos).
• A conclusão contém o termo menor como sujeito (Carlos) e o termo maior, como predicado.
Exemplo 11: Para o item abaixo, julgue a conclusão apresentada nas premissas:
Premissa 1: p∨q
Premissa 2: ¬q
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conclusão: p
Nesse tipo de problema, você deve avaliar se a conclusão pode ou não ser tirada com base nas premissas
apresentadas. É um dos casos em que você se fará valer da tabela-verdade.
p q p∨p
V V V
V F V
F V V
F F F
Quando o enunciado diz que p ∨ q é uma premissa, ele está afirmando que p ∨ q é verdadeira, ou seja,
podemos eliminar a última linha, onde p e q são falsas, levando a p ∨ q também falsa.
p q p∨p
V V V
V F V
F V V
O segundo passo é usar a premissa 2, partindo do pressuposto de que ela é verdadeira. Se é verdadeira,
então q é falsa. Isso nos leva a eliminar as linhas onde isso não acontece:
p q p∨p
V F V
Raciocínio Lógico
V
76
Com isso, podemos perceber que só restou a linha em que p é verdadeira e q é falsa. Como o enunciado
apresenta p como conclusão, afirmamos que a conclusão é correta, já que, na única alternativa que restou,
p realmente ocorre, ou seja, é verdadeira. Logo, a afirmação é verdadeira.
Exemplo 12: Três irmãs - Ana, Maria e Cláudia - foram a uma festa com vestidos de cores diferentes.
Uma vestiu azul, a outra branco e a terceira, preto. Chegando à festa, o anfitrião perguntou quem era cada
uma delas. A de azul respondeu: ”Ana é a que está de branco”. A de branco falou: ”Eu sou Maria”. E a de
preto disse: ”Cláudia é quem está de branco”. Como o anfitrião sabia que Ana sempre diz a verdade, que
Maria às vezes diz a verdade e que Cláudia nunca diz a verdade, ele foi capaz de identificar corretamente
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
quem era cada pessoa. As cores dos vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram, respectivamente:
• As três irmãs não podem falar a verdade e nem mentir ao mesmo tempo, assim, elimina-se a primeira
e a última possibilidades da tabela verdade.
77
Az Br Pr
V V M
V M V
V M M
M V V
M V M
M M V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Se Az é verdadeiro (Ana de Branco), então Pr é falso (Cláudia de branco). Com isso, elimina-se a
linha V - M - V. Ficamos assim:
Az Br Pr
V V M
V M M
M V V
M V M
M M V
• Se Az é verdadeiro (Ana de branco), então Br é falso (eu sou Maria). Isso porque a de branco teria
que ser Ana e a de branco disse que ela é Maria. Isso seria uma mentira e, por isso, um absurdo.
Isso elimina a linha V - V - M e ficamos com:
Raciocínio Lógico
V
78
Az Br Pr
V M M
M V V
M V M
M M V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Se Pr é verdadeiro (Cláudia de branco), Az é falso (Ana de branco). Não ocorre a eliminação de
linhas porque essa condição não ocorre em nenhuma das linhas que restaram. Como resultado da
primeira análise das possibilidades, obtemos:
Az Br Pr
V M M
M V V
M V M
M M V
Az Br Pr
M V V
M M V
Mais ainda, se a que está de preto falou a verdade, então: Cláudia está de branco. Consequentemente,
podemos concluir que Maria está de azul (e mentiu).
79
E as cores de Ana, Maria e Cláudia são: preto, azul e branco. Portanto a alternativa correta é a letra B.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Raciocínio Lógico
V
80
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar mais uma unidade deste livro de nivelamento de Matemática, estamos concluindo as nossas
atividades, visto que os assuntos essenciais para uma base matemática foram abordados com bastante
clareza e de forma sucinta. Sabemos que a todo o momento centenas de pessoas estão dispostas a aprender,
não importa o momento nem o curso que esteja realizando, pois aprender se torna peça fundamental para
o desenvolvimento humano, dessa forma, esperamos que você tenha se dedicado e apreendido a essência
dos conteúdos apresentados e tenha conseguido correlacionar as situações teóricas com situação na prática,
que utiliza em seu cotidiano.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nos dias atuais, torna-se importantı́ssimo o uso do raciocı́nio lógico, seja na disciplina especı́fica ou em
determinadas situações-problema que você se depare. Atente-se que esta unidade demonstrou e aplicou
as Operações Lógicas, pois são operações realizadas através de proposições, obedecendo às regras de
cálculo proposicional muito semelhante ao da aritmética e dos números, utilizadas também em linguagem
computacional.
A nossa sugestão de fixação do conteúdo trabalhado é que você, acadêmico(a), tente agora, depois de ler
e refletir sobre o assunto abordado, correlacionar alguma situação aqui representada com assuntos que
irão ser tratados no decorrer de sua jornada acadêmica.
81
ATIVIDADES DE ESTUDOS
2. (ESAF-AFC-2002) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicamente
equivalente a dizer que é verdade que:
3. (ESAF) Ana guarda suas blusas em uma única gaveta em seu quarto. Nela se encontram sete blusas
azuis, nove amarelas, uma preta, três verdes e três vermelhas. Uma noite, no escuro, Ana abre a
gaveta e pega algumas blusas. O número mı́nimo de blusas que Ana deve pegar para ter certeza de
ter pegado ao menos duas blusas da mesma cor é:
a) 6.
b) 4.
c) 2.
d) 8.
e) 10.
III. Um professor de matemática afirma que todos os professores de matemática são mentirosos.
82
Do ponto de vista da lógica, é (são) sempre verdadeira(s) somente a(s) afirmativa(s):
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
a) B = C.
b) B = A.
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
a) B = C.
b) B = A.
c) C = A.
d) C = D.
e) D = A.
6. ( Cespe/Unb) Com base nas assertivas que fazem parte do argumento apresentado, julgue os itens
subsequentes:
• A justiça é perfeita
Sabendo-se que todas as afirmativas da professora são verdadeiras, conclui-se corretamente que:
83
a) X > Y > Q > Z.
a) p ∧ q ⇒ q ∧ p
b) ¬ (p ∧ q) ⇒ ¬ p ∨ ¬ q
101
CONCLUSÃO
84
CONCLUSÃO GERAL
Chegamos ao final deste material de estudos. Ele foi desenvolvido com objetivo de agregar valores ao
seu aprendizado, a fim de ampliar o seu conhecimento pré-adquirido ao longo dos anos curriculares. Este
livro procurou oferecer ferramentas que mostrassem as possibilidades de utilizar a teoria em sua jornada
acadêmica, nas disciplinas especı́ficas de seu curso, pois sabemos que a educação está passando por diversas
mudanças e é necessário o ensino de alguns conteúdos básicos de matemática que não podem deixar de
serem aplicados e compreendidos de uma maneira clara e sucinta.
Basicamente este material pretende eliminar as falhas do ensino fundamental e básico da Matemática,
propondo oportunidades de ampliar seus conhecimentos, através da organização dos conteúdos a partir
do currı́culo base. Para fixar os assuntos torna-se necessário abordá-los mais que uma vez e praticá-los
constantemente, conforme a necessidade do acadêmico.
A proposta de retomar os temas da Matemática Básica foi de proporcionar e garantir a você relembrar
conteúdos que por ventura tenha esquecido ou sanar ruı́dos na comunicação da linguagem matemática,
garantindo não somente a memorização, mas principalmente o aprendizado efetivo e contı́nuo, valorizando
as ideias e a compreensão.
De uma maneira enxuta e simplificada, primou-se pela essência dos temas abordados, deixando o entulho
do ensino tradicional, que geram lacunas no aprendizado, buscando apoiar o desenvolvimento do aluno
em sua jornada acadêmica, indiferente do curso que esteja utilizando este material de apoio.
Poderia ter sido escrito muito mais, sugerido muito mais. Contudo, trata-se de um livro de nivelamento
cujos temas precisam ser abordados resumidamente, focando no reforço dos conteúdos, considerando
apenas os tópicos que são amplos e importantı́ssimos para o campo da Matemática.
A grande preocupação foi realizar um material que proporcionasse uma leitura agradável, que contribuı́sse
com a sua formação acadêmica e que ampliasse seus conhecimentos através de leitura e de atividades.
REFERENCIAL TEÓRICO
ALENCAR FILHO, Edgard. Iniciação à lógica matemática. São Paulo: Nobel, 2002.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática, volume único: livro do professor. 1.ed. São Paulo: Ática, 2005.
ROCHA, Enrique. Raciocı́nio lógico: teoria e questões. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
GABARITO
UNIDADE I
1) 12 bolas
2) 125
3) 24%
4) 15%
5) 36%
6) Sim
7) 400 pães
8) 105 Km/h
9) 2,4 kg
10) 50 postos
UNIDADE II
1) 68389,56
2) 5/6
3) a)1,6 b) 1
4) 117
1
5)
15
1
6) com pipoca e sobrou metade do que ela possuı́a antes de comprar o ingresso
6
7) d)
8) c)
9) d)
10) c)
105
GABARITO
87
UNIDADE III
x
6) f (x) = +4
2
8) a) x′ = 3 e x” = −3
b) x′ = x” = 1 c) x′ = 4ex” = −2
UNIDADE IV
1) b) 81◦
3) F - F - V
GABARITO
88
4) a) x = −25
13
b) x = −
2
c) x = 3
d) x = 59
10
e) x =
3
5
f) x =
7
5) a) 2x − 4 = 30
b) 3x + 9 =
c) 3 · (x + 9) = 12
8) a) x = 8 e y = 6
b) x = 27 e y = −7
c) x = 3 e y = 4
1
d) x = e y = 3
2
13 63
e) x = − ey=
10 15
224 36
f) x = ey=−
19 114
9) a) x′ = 2 e x” = 3
b) x′ = −3 e x” = −2
c) x′ = −2 e x” = −1
d) x′ = x” = 1
e) x′ = x” = 3
f) x′ = x” = −2
10) a) x′ = 5 e x” = −5
b) x′ = 0 e x” = −25
c) x′ = 0 e x” = 3
d) x′ = 3 e x” = −3
e) x′ = 0 e x” = −3
f) Não possui raı́zes reais.
107
GABARITO
89
UNIDADE V
1) V - F - F
2) Letra A
3) A
4) A
5) A
6) Todas corretas
7) B
8) Existe/existe