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DIREITO PENAL

Crimes Contra a Fé Pública – II


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA – II

No capítulo XI do Código Penal (CP), há vários títulos relacionados aos crimes


contra a Administração Pública:
• Crimes contra a Administração Pública praticados por funcionário público;
• Crimes contra a Administração Pública praticados por particular;
• Crimes praticados por particular contra administração estrangeira;
• Crimes praticados contra a administração da justiça;
• Crimes praticados contra as finanças públicas.

Crimes contra a Administração Pública praticados por funcionário


público

O conceito de funcionário público para fins penais está inserido no artigo 327,
caput, do CP:

Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce cargo, em-
prego ou função pública ainda que transitoriamente ou sem remuneração.

O funcionário público equiparado tem o seu conceito definido no mesmo


artigo, § 1º:

Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função


a) em entidade paraestatal;
b) e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conve-
niada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

CAUSA DE AUMENTO DE PENA EM TODOS OS CRIMES PRATICADOS


POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO

Segundo o disposto no artigo 327, § 2º, do CP:

A pena será aumentada da terça parte quando funcionários públicos que pratiquem
crimes contra a Administração Pública FOREM OCUPANTES de CARGOS EM
ANOTAÇÕES

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COMISSÃO ou FUNÇÃO DE DIREÇÃO OU ASSESSORAMENTO;


a) Em órgão de administração direta;
b) sociedade de economia mista;
c) empresa pública;
d) fundação instituída pelo poder público.

O exercício de cargo em comissão ou função de direção ou assessoramento


em autarquia NÃO gera aumento de 1/3 de pena.

Peculato desvio e peculato apropriação

Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro


bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou des-
viá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Os peculatos, o desvio e a apropriação são crimes dolosos.

Peculato furto

Aplica-se a mesma pena (2 a 12 anos de reclusão) se o funcionário público,


embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre
para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facili-
dade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
O peculato furto, doloso, só é caracterizado se o funcionário público valer-se
da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Exemplo: a subtração de um notebook que se encontra na repartição pública
onde o funcionário trabalha e ao qual tem acesso. Se, num espaço de uso comum
da repartição pública, o mesmo funcionário subtrair o celular de um utente, ele
não praticou peculato furto, mas apenas furto qualificado.

Peculato culposo

Se o funcionário concorre culposamente para o crime de peculato ou furto


praticado por outra pessoa:
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Pena – detenção, de três meses a um ano.


Exemplo: João, responsável pelo cofre de uma repartição pública, esquece-
-se de trancá-lo ao fim do expediente, facilitando, dessa forma, a subtração dos
bens ali presentes por José, outro servidor público do mesmo órgão.

Reparação do dano no peculato culposo

No caso de peculato culposo, a reparação do dano:


a) se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade;
b) se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Se o dano for reparado antes da sentença definitiva, antes de transitar em
julgado, extingue-se a punibilidade. Se o reparo é posterior, a pena imposta é
reduzida pela metade.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo,


recebeu por erro de outrem:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Exemplo: um funcionário público de tesouraria de tribunal, ao receber do


utente um boleto já anteriormente pago, nada diz e se apropria dessa quantia
sem informar ao particular que o boleto já tinha sido pago. Conforme a situa-
ção, o crime pode ser considerado estelionato se o funcionário público induzir o
utente ao erro.

Inserção de dados falsos em sistema de informações

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos,


alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou
bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
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O funcionário público autorizado pode apresentar dois comportamentos: inse-


rir dados falsos ou alterar/excluir dados corretos nos sistemas informatizados ou
banco de dados da Administração Pública.

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou progra-


ma de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Esse crime é menos grave do que o previsto no artigo 313-A, motivo pelo qual
a pena é igualmente menor, pois a infração é de menor potencial ofensivo.

Causa de aumento de pena

As penas são aumentadas DE UM TERÇO ATÉ A METADE se:


• da modificação ou alteração RESULTA DANO para a Administração Pública
ou para o administrado.
• o aumento de pena está previsto para o crime referido no artigo 313-B.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.
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