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O Baralho Lenormand - Baralho Cigano

Mademoiselle Marie-Anne-Adelaïde LeNormand ou


simplesmente Mlle. Lenormand foi uma famosa
cartomante francesa que também exercia, além de
outras artes, a quiromancia. Seu renome permanece até
nossos dias.

Teve entre suas clientes Josefina de Beauharnais, esposa


de Napoleão Bonaparte. Ela teria previsto, segundo a
aura de magia que cerca seu nome, a ascensão e queda do
imperador Napoleão, os segredos da imperatriz Josefina e
o destino de muitos notáveis de seu tempo.

Lenormand nasceu em Alençon, na Normandia, segundo


ela no dia 27 de maio de 1772, embora os documentos
originais indiquem 16 de setembro de 1768. Perdeu seu pai
quando tinha apenas um ano de idade e, a seguir, sua mãe,
aos 5 anos. Foi enviada a um convento, de onde surgem os
Lenormand
primeiros relatos de seus dons de clarividência sendo
durante sua
expulsa e acusada de heresia pela igreja católica.
prisão em Bruxelas
Seus dons a ser “coisa do Diabo” ou de Satanás que nada
Presa pela igreja
tem a ver com inimigo mas Verdade em sânscrito a língua
católica
mais antiga do mundo.

A igreja católica fez então as pessoas temerem o nome


Satanás pois este nome também está ligado a liberdade
enquanto as igrejas queria as pessoas presas a pagar-lhes
impostos na época desconfiaram imediatamente como
Madame Lenormand ganhava dinheiro e quando
descobriram que ela possuía estes dons mandaram
prendê-la. Ler Inquisição católica
Estabeleceu residência, em Paris, no turbulento período que se seguiu à
Revolução Francesa e, nessa cidade, consolidou sua fama de adivinha, de
leitora da sorte.

Em 1807, Mlle. Lenormand leu as mãos de


Napoleão e descobriu sua intenção de se
divorciar de Josefina. Para afastá-la de
cena, enquanto providenciava o divórcio,
Napoleão ordenou sua prisão, em 11 de
dezembro de 1809, onde ela permaneceu por
doze dias. Esse fato marca o verdadeiro
lançamento de sua carreira e ela se tornou
a cartomante mais popular de sua época.

Ativa e desembaraçada, escreveu perto de


trinta livros, que continuam inéditos até
hoje.

As informações sobre ela são por vezes


contraditórias. É tida como boa
estimuladora de outras cartomantes, mais
ou menos famosas. Por outro lado, alguns de
seus detratores, entre os quais se encontram
jornalistas contemporâneos, sustentam que
sua lista de clientes eminentes era fruto da
fantasia da "Sibila de Alençon" e que suas
pretensas profecias eram sempre alardeadas
Lenormand atende a nobreza
após os fatos consumados...

Em 25 de junho de 1843, aos 74 anos de idade,


foi enterrada em Paris, no cemitério Père
Lachaise. Alguns críticos disseram que seu
maior dom era a habilidade de amealhar
riquezas. De fato, por ocasião de sua morte,
deixou uma grande soma de dinheiro.

Le Petit Lenormand, o "Baralho Cigano"

Em nome da Mademoiselle Lenormand foi impresso um jogo com 36 cartas, por


volta de 1840, à cargo da casa impressora Grimaud. Ficou conhecido como
o Pequeno Lenormand e somente décadas após passou a ser reproduzido com a
designação de "Baralho Cigano".

Esse jogo, na verdade, consiste de uma utilização parcial de 9 cartas de cada


um dos quatro naipes do baralho comum, num total de 36 cartas. Utiliza
apenas o Ás e as cartas numeradas de 6 a 10 e, no caso das figuras da corte,
deixa o Cavaleiro de lado, como acontece, em alguns casos, com as cartas de
jogar utilizadas na França nos últimos três séculos.

A explicação para isso é a existência de jogos populares como o "Piquet" que


utilizava apenas 32 cartas do baralho comum, excluindo as cartas do 2 ao 6 de
cada naipe. É o mesmo caso das 36 cartas utilizada no "Truco".
O Baralho Cigano é composto por 36 cartas e suas figuras têm
significados psicológicos e cósmicos. Suas lâminas representam as
forças vivas da natureza e ilustram situações do cotidiano. É um
oráculo que ajuda a desenvolver a percepção, sendo que sua
interpretação é feita através da intuição e da observação.

Suas figuras são simples, objetivas e com significados claros e precisos,


não deixando dúvidas sobre as questões levantadas. Não é um oráculo
para ser estudado ou decorado, ao contrário, ele usa a associação
intuitiva e a percepção do tarólogo para responder às questões
apresentadas.

Suas imagens despertam lembranças que permitem que as combinações


sejam feitas facilmente, pois liberam uma sensação de familiaridade,
representando situações do dia a dia do consulente. O Baralho Cigano
tem uma história cercada de mistérios, pois segundo a lenda, foi criado
pela francesa Anne Marrie Adelaide Lenormand e difundido por um povo
nômade, tão fascinante quanto suas cartas.
O Baralho Cigano e seus segredos

Madame Lenormand, nascida em 1772, ficou famosa por suas previsões. Ela
leu o destino de grandes figuras da realeza e da alta sociedade
francesa, além de políticos e líderes como Napoleão Bonaparte, do qual
ela profetizou a ascensão e a queda.

Sabe-se apenas que, além de cartomante, Madame Lenormand era


astróloga, numeróloga e quiromante, e possuía conhecimentos sobre
cristais, plantas, geomancia, dominomancia e cafeomancia.

Todos esses elementos contribuíram para que ela criasse esse baralho.
Após sua morte, em 1843, os segredos do Baralho Cigano desapareceram e
somente cerca de 50 anos depois foram recuperados, com a descoberta de
alguns manuscritos deixados por ela.

A partir desses documentos foram criados dois baralhos: um conhecido


como Lenormand, ilustrado com figuras da época e ainda hoje fabricado
na França, outro com ilustrações mais simples e atuais, correspondente
à versão utilizada pelos ciganos e por isso chamado “Baralho Cigano”,
também pelo fato de que esse povo foi seu instrumento de propagação.

A facilidade de interpretação ajudou a popularizá-lo, não apenas entre


os ciganos, mas entre os cartomantes em geral, pois as mensagens
contidas em suas cartas são tão claras que seu significado é de fácil
entendimento. Extremamente valioso para análise de nossa vida, o
Baralho Cigano pode ser visto como um amigo e confidente, orientando
na tomada de decisões e prevenindo dos perigos que cercam nossa
caminhada.

As cartas do "Pequeno Lenormand" são numeradas de 1 a 36, numa ordem


própria
que não segue nem o critério de naipes nem o da numeração habitual das
cartas de jogar

Só agora, no início do século 21, tornou-se mais conhecido um baralho que


mostra de modo claro que as 36 ilustrações do baralho Lenormand são cópias
do jogo de lazer editado por Johann Kaspar Hechtel (1771-1799), jovem
empresário alemão. Uma apresentação dessas informações e de seus
desdobramentos foi preparada, em português, por Alexsander Lepletier: O jogo
de lazer que virou oráculo.

Como já acontecia com o baralho de Etteila, outro famoso cartomante


francês, anterior a Mlle. Lenormand, foram adicionadas gravuras às cartas
numeradas. Trata-se de um recurso que, para a cartomancia, facilita a
atribuição de significados práticos às cartas. Tal medida, se por um lado dá
maior proximidade ao leitor, por outro, delimita e reduz drasticamente a
amplitude simbólica que pode ser atribuída a cada carta.

A popularidade do baralho Lenormand, estimulou incontáveis cópias e


imitações por toda Europa e, até hoje, é redesenhado. Algumas variantes
anunciadas como "Tarô Cigano" são facilmente encontradas no Brasil.
Nas sucessivas cópias, trocam-se os brasões dos impressores (no alto, à direita)
e os desenhos representativos dos naipes do baralho comum são, em alguns
casos,
substituídos por textos explicativos dos significados das cartas.

Exemplos de diferentes reedições de uma mesma carta do Baralho Lenormand

La Sibylle des Salons e o O Grande Lenormand

Um antigo baralho com propósito divinatório, “La Sybille des Salons”, foi
inicialmente publicado em 1828 e compreendia o mesmo número de cartas do
baralho comum: com 52 cartas, cada uma delas mostrando um personagem
diferente.

Trata-se de um jogo voltado à cartomancia, que atribui um significado


facilmente compreensível para as cartas: "Conversa”, "Viagem",
"Casamento"... Segue um estilo que lembra as modernas histórias em
quadrinho.

O baralho “La Sibylle des Salons” é de autoria do célebre ilustrador francês


Grandville, Gérard Jean Ignace Isidore. É ele o autor das 53 litrografias
prepradas em 1827. A difusão do seu jogo ganhou forte impulso a partir de
1840, quado começou a ser publicado pela gráfica Grimaud. O próprio autor
deu retoques nas gravuras para as sucessivas republicações do jogo.

Caixas do jogo "Sibylle des Salons" em diferentes edições,


inclusive em inglês, realizadas até o final do século 19.
Não aparece qualquer menção à Mlle. Lenormand.

Apenas no final do século 19, La Sibylle des Salons, provalmente após a


prescrição dos direitos autorais de Grandville, surgiu a versão do Le Grand
Lenormand (O Grande Lenormand). A apropriação da "Sibylle" não foi feita
apenas em nome da famosa cartomante: inumeras adaptações continuam até o
presente, sendo realizadas por diferentes editores e desenhistas, sob diversos
nomes: Sibilla Della Zingara, Vera Sibilla Italiana, Le Livre du Destin entre
outros.

Adaptações e reinvenções

Os baralhos vinculados ao nome da Mlle. Lenormand têm sido imitados por


inúmeras casas impressoras até os dias hoje. Uma dessas reinvenções, Le Grand
Jeu Lenormand (O Grande Jogo Lenormand), toma por base o Sibylle des Salons e
adiciona elementos astro-mitológicos e numerológicos, que diferem
sensivelmente das cartas originalmente desenhadas por Grandville para a
Sibila dos Salões.

Nessa livre readaptação da "Sibylle des Salons", as ilustrações têm cinco


partes.
No alto da carta está traçada uma constelação e, sob ela, sua representação
simbólica.
Na parte de baixo, aparecem três miniaturas que falam de outros significados
da carta.
A reprodução das 55 cartas dessa adaptação podem se vista em
www.picasaweb.google.com.br/carie.lenna/CartomancieGrandTarotLenormand

Algumas versões trazem 54 cartas, ou seja, duas a mais que as do baralho


comum, para representarem a consulente feminina e o consulente masculino.

Mademoiselle Marie Anne Adelaïde Lenormand ou Mlle. Lenormand, foi uma


cartomante francesa, a grande Sibila do século XIX.

Alem de trabalhar com a cartomancia, era astróloga, quiromante,


numeróloga e tinha muitos outros conhecimentos como geomancia, cabala,
tarô, alquimia dominomancia, cafeomancia.

E também no estudo das flores e ervas como instrumento de mensagem


oracular. Ela revolucionou o conhecimento da Cartomancia, na época,
utilizando flores, ervas e talismãs junto com seu jogo de cartas.

Ficou famosa pelas previsões que fez às figuras ilustres da época, como Jean
Paul Marat,Antoine Saint-Just, Maximilien
Robespierre, Fouché, Barras, General Moreau, o cantor Garat, o pintor David, o
príncipe Talleyrand.

Mlle. Lenormand, inteligente, ativa e idealista, dedicada aos estudos e a


ajudar o próximo, sonhava com um mundo melhor, e a seu modo, como
intelectual, acompanhava e analisava os movimentos sociais da época.
O mais antigo baralho anexado ao nome de Mlle. Lenormand é “La Sybille des
Salons”, com 52 figuras, cada uma das quais mostra um personagem diferente. A
mais antiga versão foi produzida a partir de 1828 destinada a cartomancia.

Houveram muitas modificações até que em 1870, foi reduzido para 36 cartas e
publicado pelaGrimaud sob o título Le Petit Cartomancièn. O conjunto com 36
cartas, ficou conhecido comoPetit Lenormand.

Chegamos ao Petit Lenormand, o baralho de cartas sibillini (enigmáticas) mais


famoso do mundo, e também o mais imitado.

Com a morte de Mme. Lenormand, muita desta sabedoria desapareceu com ela.
Somente cinqüenta anos depois, alguns manuscritos de Lenormand foram
recuperados e mais tarde divulgados.

O Baralho Petit Lenormand foi adaptado e difundido pelos ciganos. A


necessidade de se ter um oráculo próprio veio da própria natureza dos ciganos,
que só usavam o que era deles e recusavam tudo o que vinha dos Gadjés (não
ciganos), pois não queriam ficar “presos” às idéias e símbolos que não
pertenciam a sua cultura e cotidiano. Sendo assim, eles transformaram os
desenhos, mudaram os significados do Tarô original e assim puderam trabalhar
com um instrumento próprio.

Basicamente, só encontramos no Baralho Cigano, a vida ao ar livre, a


natureza, rios, árvores, animais, que são sempre retratados por fazerem parte
do dia-a-dia dos ciganos. Na maioria das cenas retratadas, percebemos a
necessidade que esse povo tem de liberdade e da vida com constante contato
com a natureza. Faz parte da tradição cigana a prática da adivinhação pelas
mulheres, porém, elas possuiam dois tipos de cartas: uma para o uso restrito do
grupo cigano, e outro que era usado para fazer adivinhação à comunidade.

Por isso as pessoas se referem ao Petit Lenormand como o Baralho Cigano.


O Jogo da Esperança, um jogo que virou oráculo

O baralho cigano é um dos oráculos mais populares no Brasil. Sua simplicidade,


atualidade e imagens que fazem parte do nosso dia-a-dia compõem uma linguagem
que transmite suas mensagens de forma imediata, sem necessidade de grandes
estudos esotéricos, pois é a partir do imaginário e da sabedoria popular que seus
símbolos nascem. Isso faz com que ele seja bem entendido e seja preterido por muitos.

Porém, como todo oráculo, ainda existe a imatura necessidade, por parte de seus
adeptos, de uma origem mágica e divina, com grandes magos e povos misteriosos e
entidades poderosas que expliquem sua criação.

Na verdade, não há necessidade de tanto para algo ser realmente especial. A


espiritualidade atua através de tudo, inclusive das pequenas coisas e dos acasos.
O jogo de lazer com cartas que foram precursoras do Baralho Lenormand

Ilustração encaminhada por Alexsander Lepletier

Muitos textos e livros atribuem a criação do baralho cigano ou Petit Lenormand ao


povo cigano e à célebre vidente e cartomante francesa Mlle Lenormand. Na verdade
o seu nome só se vincula a tais personalidades como estratégia de marketing para
que a sua venda fosse garantida. Na verdade a sua origem é outra. Talvez não tão
mágica e até bem comercial, mas nada disso tira a sua força e o impacto positivo que
causa em nossas vidas desde seu surgimento.

Recentemente, em meio à sua crescente popularidade, a pesquisadora americana Tali


Goodwin divulgou os resultados de seu trabalho revelando que a primeira versão
do baralho cigano, foi criada na Alemanha com o nome de “Das Spiel der Hoffnung”
(Jogo da Esperança), em 1799, contrariando e derrubando as teorias vigentes que se
fundamentam somente em especulações sem haver qualquer evidência histórica que
as sustentem e que, mesmo assim, são espalhadas aos quatro ventos como fatos.

Seu criador foi Johann Kaspar Hechtel (1771-1799) que


concebeu o baralho como um jogo de tabuleiro
portátil para entretenimento das pessoas. Assim, o
primeiro baralho cigano era um jogo de tabuleiro em
forma de baralho como o ludo, o jogo da vida e afins.

Hechtel foi um jovem homem de negócios, dono de uma


fábrica de artefatos de bronze, em Nuremberg, além de
escritor e criador de jogos de salão, entre os quais se
incluiDas Spiel der Hoffnung, o jogo de cartas que se
tornou o protótipo para o baralho de cartomancia
Petit Lenormand. De acordo com seus biógrafos,
Hechtel também contribuiu anonimamente em alguns
tratados sobre física.

Uma nota sobre ele foi publicada no livro


Johann Kaspar Hechtel “Humoristische Blätter für Kopf und Herz” (Bieling-
1799) no ano de seu lançamento: Hechtel, J. K. – Das Spiel
der Hoffnung, eine angenehme
www.en.wikipedia.org
Gesellschaftsunterhaltung mit 36 neuen illumirten
Figurenkarten, franz und deutsch (Le Jeu de l'Esperance,
accompagné d'un nouveau jeu de cartes à figures) -
Bieling, c. 1799). (O Jogo da Esperança, acompanhado de
um novo jogo de 36 cartas ilustradas).

Segundo esse livro a proposta do Jogo da Esperança era lúdica e pedagógica.

Um exemplar do baralho encontra-se no Museu Britânico, em Londres e foi


fotografado por Tali Tali Goodwin e reeditado sob supervisão do artista Ciro
Marchetti, criador do Guilded Tarot, Legacy Tarot e Tarot of Dreams numa edição
limitada de 250 exemplares.
O livro “The New Lenormand”, da pesquisadora americana, tem o seu lançamento
previsto para o primeiro semestre de 2013 e traz o resultado de suas pesquisas
históricas sobre o baralho. Outra curiosidade é que uma das formas de jogar o “Jogo
da Esperança” era fazendo pequenas previsões de forma lúdica, como parte do
entretenimento oferecido pelo jogo. As regras dessa parte não foram traduzidas
nem divulgadas e estarão no livro “The New Lenormand”.

O baralho só passou a ser chamado “Petit Lenormand” (Pequeno Lenormand) numa


reedição que aconteceu após a morte de Lenormand, na segunda metade do século
XIX. Nesse momento, vários outros baralhos foram associados ao seu nome como
estratégia de marketing.

As cartas do Jogo da Esperança têm as figuras que conhecemos sendo que a árvore é
representada como “as árvores” e, além das figuras, cada lâmina apresenta dois tipos
de naipes: os franceses com copas, paus, espadas e ouros; alemães com corações,
bolotas (frutos do carvalho), folhas e guizos.
O conjunto das 36 cartas do "Das Spiel der Hoffnung" – O Jogo da Esperança
Reproduções no acervo do Museu Britânico do jogo impresso em 1799

O nome do jogo é dado pela forma como se ganha. Quem chegar primeiro na carta da
âncora, nº 35, é o vencedor. A âncora é o símbolo da esperança e também traz esse
significado no baralho divinatório. No percurso do jogo algumas cartas podem lhe
prender, eliminar, fazer avançar, retroceder, etc.

Veja, abaixo, a tradução das regras do Jogo da Esperança, divulgadas por Tali
Goodwin e traduzidas por mim. Como vivemos um momento importantíssimo na
história do baralho cigano, essas informações tão preciosas nos permitem entender
quem ele é. A compreensão de sua origem nos dá a oportunidade de conhecermos
melhor o baralho e redirecionar nossa visão, construindo uma base mais sólida para
o seu saber.

Agora, vamos deixar de falar tão sério e jogar um pouquinho. Divirtam-se com os
amigos e a família!

As regras do Jogo da Esperança

Introdução de Marcus Katz & Tali Goodwin

Essa é a primeira traduçãopara o inglês do livreto de instruções de 4 páginas que


acompanha as cartas do “Jogo da Esperança” que se encontram no Museu Britânico
com o nome de “Das Spiel der Hofnung" [Reg. 1896, 0501.495]. Essas cartas, de autoria de
J. K. Hechtel, foram publicadas em cerca de 1800 pela G. P. Bieling de Nuremberg. As
instruções trazem regras de jogo e formas simples de prever o futuro contanto
histórias.

A sua ligação com o protótipo de todos os “petit lenormands” que se seguiram foi
feita em 1972 pelo Prof. Detlet Hoffmann e Erika Kroppenstedt em Wahrsagerkarten:
Ein Betrag zur Geschichte des Okkultismus (citado no “A Wicked Pack of Cards” de
Decker, DePaulis e Dummett, 1996).
As cartas estão em alguns museus e o Tarot Professionals pagou, recentemente, por
uma foto de alta qualidade do baralho e disponibilizou no site do Museu Britânico.
Após nossas visitas adicionais ao Museu Britânico e anotações, fomos capazes de
oferecer essa tradução integral em inglês das instruções feita por Stephen Marie
Estrago.

Fomos informados que o Museu Britânico também fotografará o livreto


informativo disponibilizando-o em breve. Foi concedida uma licença exclusiva ao
Tarot Professionals para publica-las como um baralho, “O Lenormand Original” em
edição limitada de 250 cópias que serão publicadas entre junho e julho de 2012.

Acreditamos que a tradução abaixo dá alguma indicação de como as cartas teriam


sido vistas na época de sua origem em termos de interpretação oracular. Isso será
explorado mais profundamente no nosso livro que será publicado em 2013. Embora
algumas dessas interpretações possam ser óbvias - a raposa representa astúcia -
outras são, talvez, reveladoras como o livro ser visto como feitiço,

É notório que as cartas são divididas em favoráveis, desfavoráveis e indiferentes


onde não se perde ou ganha nada. No livro também examinamos as origens desse
sistema nos primeiros jogos de moralidade e ensino. Essa é a área que pode ser mais
explorada para que se desenvolvam leituras de Lenormand através de
interpretações mais espirituais junto com leituras mundanas sem que se as cubra
com esoterismo ou complexidade.
"Das Spiel der Hoffnung" – The Game of Hope.
O Jogo da Esperança restaurado por Ciro Marchetti em 2012

Como esses jogos criaram significados “tradicionais”, mesclando-se com outras


correntes cartomânticas será também explorado em nosso livro prestes a ser
lançado. Há também vários artigos sobre as cartas Lenormand na Tarossophist
International V. 1 Iss. 15.

Esperamos que apreciem essa tradução e que possam usar as cartas do “Lenormand
Original” para joga-las como jogo e também de forma divinatória.

OBS.: O "marco" referido no jogo é a antiga moeda alemã e pode ser substituída por
moeda corrente ou qualquer outra coisa que simule dinheiro.

As regras do jogo

Podem jogar quantas pessoas quiserem, e cada jogador coloca de 6 a 8 peões num
pote. As 36 iluminuras são dispostas num quadrado que deve ter seis linhas de seis
cartas em ordem numérica. De 1 a 36.

Depois cada jogador pega um peão ou peça e joga os dois dados em cada vez, movendo-
se o número de cartas começando pela primeira. Por exemplo, um jogador que tenha
tirado nos dados 4 e 1, move sua peça até a 5ª carta. Na próxima vez irá mover o
número de cartas a partir da 5ª até terminar o jogo.

A ordem do jogo pode ser determinada pelos dados, por exemplo, pode-se combinar
que quem obtiver o maior número nos dados começa e o menor número joga por
último. Se dois jogadores obtiverem o mesmo número, joga-se de novo para o
desempate.

Cada uma das 36 lâminas na qual o seu peão cair, nela encontrará uma figura que
pode ser favorável, desfavorável ou indiferente. Chamo de indiferentes as lâminas
que não influenciarem a direção do peão para frente ou para trás no jogo, de forma
que ele fique ali até a próxima rodada.
As lâminas seguintes são favoráveis ou desfavoráveis:

Nº 3 – A pessoa que tirar 3 e chegar ao navio será alegremente levada por ele até às
Ilhas Canárias onde os belos conhecidos pássaros estão em casa, nº 12.

Nº 4 – Na entrada dessa casa, dois marcos tem de ser dados ao porteiro.

Nº 6 – As nuvens trovejantes te levam de volta ao número 2.

Nº 7 – Para se proteger da perigosa picada dessa serpente, 3 marcos tem de ser pagos.

Nº 8 – Aquele que chegar a esse caixão será considerado morto até outro jogador
chegar nessa lâmina ou até que ele consiga dois números iguais para que quando
for jogar os dados não saia do jogo.

Nº 11 – Para que não seja castigado por esse chicote, deve-se pagar 2 marcos. Para essa
movem-se duas casas para o rapaz, nº 13.

Nº 14 – A astuta raposa desvia o jogador e ele tem de buscar refúgio na floresta na


lâmina de número 5.

Nº 16 – Chegando à estrela de boas perspectivas, o jogador ganha 6 marcos.

Nº 19 – Para desfrutar de uma vista agradável da Torre, paga-se 2 marcos.

Nº 21 – O jogador deve ficar nesses íngremes Alpes até que outro o tire de lá ou ele
consiga dois números iguais nos dados.

Nº 22 – Sem saber, esse caminho te leva contornando as montanhas de volta para o


jardim na carta de número 20.
Nº 24 – Quem quer que conquiste esse coração, o oferecerá imediatamente para o
jovem número 28 ou para a jovem no número 29.

Nº 25 – Quem achar esse anel ganha 3 marcos.

Nº 26 – Quem ler esse grimório será forçado por um feitiço a voltar para o Jardim,
carta 20.

Nº 27 – Quem receber essa carta tem de pagar 2 marcos para o portador.

Cartas do original "Das Spiel der Hoffnung" – O Jogo da Esperança

Reproduções no acervo do Museu Britânico

Nº 28 – Esse jovem leva até o brilhante sol da esperança no número 31. Mas, quem
chegar aqui por meio do coração, número 24, isso não acontecerá. Espera-se, então,
pela próxima vez.

Nº 29 – A jovem leva até a lâmina 32, a menos que se chegue por aqui através do
coração.
Nº 33 – Alcançando essa chave ganha-se dois marcos.

Nº 34 – Alcançando o peixe, paga-se 2 marcos.

Nº 35 – Essa é a lâmina mais importante do jogo e, aquele que cair aqui é o vencedor e
leva o todo o dinheiro do caixa ou depósito.

Nº 36 – Tão perto do campo mais afortunado, o jogador é enganado e contra sua


vontade avança um passo para longe em direção à figura da cruz até que outro
jogador chegue e retire o seu fardo ou consiga um duplo nos dados.

Se o jogador lançar um número que exceda 36 cartas, ele deve contar para trás a
quantidade de números que moveria depois da cruz. Por exemplo, ele está na 32 e
lança 8, então tem de voltar 4 casas, pois elas são as excedente de 36 de forma que
fique na 28.

Também não será possível receber o dinheiro do caixa caso esteja se movendo para
trás a partir do excesso de 36, somente se estiver se movendo para frente, por
exemplo, se alguém fica na casa 29 e lança 6, ele chegará até a âncora e ganha o
jogo.

Se os jogadores quiserem adicionar mais variedade para o entretenimento do jogo,


usando charadas, multas, etc., é fácil fazer e cada grupo será capaz de encontrar
lâminas em que podem ser acrescentadas recompensas ou multas. Por exemplo, as
lâminas nº 2, 5, 9, 13, 15, 18, 23, 30, 32, 36 podem ser declaradas como multas quando se
chegar até elas em ordem numérica, nas 10, 12, 17, 29, 35 deve-se catar canções de
amizade e desejos de saúde e para isso encontrará várias sugestões no livro “Seleção
das mais Excelentes Canções de Amizade”, publicado pelo mesmo editor.

Para que se possa jogar com cartas comuns de naipes franceses e alemães com essas 36
cartas com figuras para maior entretenimento, as cartas alemãs e francesas foram
incluídas no topo de cada lâmina. É somente necessário deixar-se os 6s e 7s fora do
jogo. Isso também torna fácil de aprender a comparar as cartas alemãs e francesas.
Também é possível jogar um divertido jogo oracular com essas cartas
embaralhando-se as 36 e deixando a pessoa para quem é destinado o oráculo corta-
las e depois dispô-las em 5 linhas com 4 linhas de 8 cartas e a quinta com as 4
restantes. Se a pessoa que consulta é uma mulher, lâmina 29 começa-se compondo um
alegre conto a partir das cartas que a rodeiam. Se para um homem, o conto começa
da lâmina 28 e, mais uma vez, usa-se as cartas que a rodeiam. Isso trará muita
diversão para qualquer boa companhia.

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