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Início da conversa
Palavra que não brinca, não serve para poesia. É partindo da concepção lúdica
da poesia de Manoel de Barros que podemos despertar o prazer pela leitura e
escrita da poesia em nossos alunos. Não só evidenciando os jogos de palavras
e de ideias que, por vezes, algumas poesias trazem. Mas transformando as
próprias palavras em brinquedos, mostrando que a relação entre as formas e os
sentidos pode ser divertida.
Público alvo: Alunos do Ensino Fundamental
Objetivo:
Materiais
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá ter os prefixos e
sufixos: des-, in-, re-, -mento,-dade,-ante.
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá constar verbos e
substantivos como: brincar, saber, viver, criança, flor, pássaro.
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá constar pronomes e
as conjugações verbais: me, te, nos, -ar, -am-,-ou.
Poesias de Manoel de Barros
Moldes de dados impressos em folhas de papel sulfite
Cartolinas
Cola branca
Folhas de papel sulfite
Lápis
tesouras
Canetinhas coloridas
Algumas ideias
Outros brinquedos podem ser confeccionados no lugar ou junto com os
dados, como piões feitos de material reciclado como cd’s velhos e tampas de
garrafa pet ( https://www.youtube.com/watch?v=jLtlNXkqfuQ ), o girocopo de
copinhos plásticos de café (https://www.youtube.com/watch?v=jLtlNXkqfuQ) ou
outros brinquedos que contenham o elemento sorte no momento da brincadeira.
Se o trabalho for realizado numa classe com poucos alunos, a dinâmica dos
dados pode ser substituída pela confecção do cilindro da poesia, seguindo as
mesmas regras dos dados (metades de rolos de papel higiênico com prefixos e
sufixos, verbos, substantivos, pronomes e terminações de conjugações verbais)
e o princípio de confecção mostrado no link a seguir:
(https://www.facebook.com/natyevilella/videos/412702132249379/), com a
diferença que além dos rolos de papel higiênico serão utilizados rolos de papel
alumínio ou papel toalha como base para girar os pedaços de rolo de papel e
formar as palavras e os versos.
A proposta pode ser adaptada aos alunos do Ensino Médio através do dominó
poético. Jogado em duplas ou coletivamente, as peças contarão com os mesmos
elementos do jogo de dados. O número de peças é variável, mas o mínimo de
peças, que podemos iniciar o jogo é de quatorze e o máximo 28. As regras de
funcionamento podem seguir as do jogo clássico. Ou seja, o jogo termina quando
um dos jogadores fica sem nenhuma peça em mãos. Ao final do jogo, os alunos
deverão criar um poema com as palavras e orações formadas ao longo do jogo.
Sugestão de encaminhamentos
A proposta é dividida em três momentos. No primeiro momento são
distribuídos entre os alunos várias poesias e trechos de poesias de Manoel de
Barros. Começamos com a leitura de uma delas, geralmente do primeiro poema
da Arte de Infantilizar formigas, primeira parte do Livro sobre nada, de Manoel
de Barros:
As coisas tinham para nós uma desutilidade poética.
Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber.
A gente inventou um truque pra fabricar brinquedos com palavras.
O truque era só virar bocó.
Como dizer: Eu pendurei um bentevi no sol...
O que disse Bugrinha: Por dentro de nossa casa passava um rio inventado.
O que nosso avô falou: O olho do gafanhoto é sem princípios.
Mano Preto perguntava: Será que fizeram o beija-flor diminuído só para ele voar parado?
As distâncias somavam a gente para menos. O pai campeava campeava.
A mãe fazia velas.
Meu irmão cangava sapos.
Bugrinha batia com uma vara no corpo do sapo e ele virava uma pedra.
Fazia de conta?
Ela era acrescentada de garças concluídas.