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Palavra- brinquedo: fazendo poesia e se divertindo

“Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser


séria.” (Manoel de Barros)

Início da conversa

Palavra que não brinca, não serve para poesia. É partindo da concepção lúdica
da poesia de Manoel de Barros que podemos despertar o prazer pela leitura e
escrita da poesia em nossos alunos. Não só evidenciando os jogos de palavras
e de ideias que, por vezes, algumas poesias trazem. Mas transformando as
próprias palavras em brinquedos, mostrando que a relação entre as formas e os
sentidos pode ser divertida.
Público alvo: Alunos do Ensino Fundamental
Objetivo:

 Apresentar aos alunos as poesias de Manoel de Barros e seu estilo de


compor poesia;
 Apresentar as diferenças entre a linguagem literária e a não-literária;
 Trabalhar as diferenças entre as classes de palavras;
 Explorar os sentidos conotativos das palavras de forma lúdica;
 Explorar os processos de formação das palavras, em especial sufixos e
prefixos;
 Incentivar a produção de poesia por parte dos alunos.

Materiais
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá ter os prefixos e
sufixos: des-, in-, re-, -mento,-dade,-ante.
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá constar verbos e
substantivos como: brincar, saber, viver, criança, flor, pássaro.
1 dado médio feito de E.V.A grosso. Em cada face deverá constar pronomes e
as conjugações verbais: me, te, nos, -ar, -am-,-ou.
Poesias de Manoel de Barros
Moldes de dados impressos em folhas de papel sulfite
Cartolinas
Cola branca
Folhas de papel sulfite
Lápis
tesouras
Canetinhas coloridas
Algumas ideias
Outros brinquedos podem ser confeccionados no lugar ou junto com os
dados, como piões feitos de material reciclado como cd’s velhos e tampas de
garrafa pet ( https://www.youtube.com/watch?v=jLtlNXkqfuQ ), o girocopo de
copinhos plásticos de café (https://www.youtube.com/watch?v=jLtlNXkqfuQ) ou
outros brinquedos que contenham o elemento sorte no momento da brincadeira.
Se o trabalho for realizado numa classe com poucos alunos, a dinâmica dos
dados pode ser substituída pela confecção do cilindro da poesia, seguindo as
mesmas regras dos dados (metades de rolos de papel higiênico com prefixos e
sufixos, verbos, substantivos, pronomes e terminações de conjugações verbais)
e o princípio de confecção mostrado no link a seguir:
(https://www.facebook.com/natyevilella/videos/412702132249379/), com a
diferença que além dos rolos de papel higiênico serão utilizados rolos de papel
alumínio ou papel toalha como base para girar os pedaços de rolo de papel e
formar as palavras e os versos.
A proposta pode ser adaptada aos alunos do Ensino Médio através do dominó
poético. Jogado em duplas ou coletivamente, as peças contarão com os mesmos
elementos do jogo de dados. O número de peças é variável, mas o mínimo de
peças, que podemos iniciar o jogo é de quatorze e o máximo 28. As regras de
funcionamento podem seguir as do jogo clássico. Ou seja, o jogo termina quando
um dos jogadores fica sem nenhuma peça em mãos. Ao final do jogo, os alunos
deverão criar um poema com as palavras e orações formadas ao longo do jogo.

Sugestão de encaminhamentos
A proposta é dividida em três momentos. No primeiro momento são
distribuídos entre os alunos várias poesias e trechos de poesias de Manoel de
Barros. Começamos com a leitura de uma delas, geralmente do primeiro poema
da Arte de Infantilizar formigas, primeira parte do Livro sobre nada, de Manoel
de Barros:
As coisas tinham para nós uma desutilidade poética.
Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber.
A gente inventou um truque pra fabricar brinquedos com palavras.
O truque era só virar bocó.
Como dizer: Eu pendurei um bentevi no sol...
O que disse Bugrinha: Por dentro de nossa casa passava um rio inventado.
O que nosso avô falou: O olho do gafanhoto é sem princípios.
Mano Preto perguntava: Será que fizeram o beija-flor diminuído só para ele voar parado?
As distâncias somavam a gente para menos. O pai campeava campeava.
A mãe fazia velas.
Meu irmão cangava sapos.
Bugrinha batia com uma vara no corpo do sapo e ele virava uma pedra.
Fazia de conta?
Ela era acrescentada de garças concluídas.

Após a leitura do poema, apresentamos uma pequena biografia do poeta e


perguntamos aos alunos o que mais de interessante acharam no poema. Em
seguida, pedimos aos alunos que leiam em voz alta os poemas que receberam.
Esse momento geralmente é motivo de risadas e perguntas. Ótimo momento
para se discutir a presença de palavras ou mesmo versos inteiros nunca antes
ouvidos, lidos ou pensados pelos alunos. Momento propício para discutir as
propriedades da linguagem literária e a diferença da linguagem utilizada no
cotidiano. Elencamos no quadro as palavras e versos consideradas curiosas
pelos alunos e introduzimos a concepção da palavra-brinquedo da proposta de
atividade.
Apresentamos o primeiro dado formado de prefixos e sufixos e explicamos que
vários dos poemas de Manoel de Barros contam com palavras formadas, a partir
do acréscimo daquelas partículas à outras palavras como as do segundo dado.
A partir de então, convidamos os alunos para jogar os dados. De acordo com as
possibilidades de formação, discutimos se as palavras e os sentidos resultantes
do jogo podem ser compreendidas pela maioria dos alunos e se são diferentes
das palavras e sentidos usualmente atribuídos a elas. Anotamos a palavra
resultante considerada mais expressiva ou interessante pelos alunos.
Discutimos também de que forma as partículas acrescentam significados às
palavras. Incentivamos a dizerem se conhecem mais partículas que modificam
palavras. Passamos então ao terceiro dado. Pedimos que um aluno escolha
como combinar os dois últimos dados. Discutimos os resultados e aproveitamos
para apresentar as diferenças entre as formações. Anotamos a palavra ou frase
resultante e considerada mais instigante pelos alunos. Finalmente, pedimos que
os alunos produzam pequenos versos com as palavras anotadas.
Partindo para o segundo momento pedimos que os alunos formem grupos de
três a quatro pessoas e distribuímos os moldes de dados impressos, cartolinas,
tesouras, colas e canetinhas. Em seguida pedimos que confeccionem os dados,
parecidos com os apresentados, porém substituindo algumas das partículas ou
palavras dos dados. O grupo terá de debater as possibilidades de combinações
antes de escrever definitivamente quais partículas e palavras constarão nos
dados. Dados feitos, os grupos trocam de dados e começam a jogá-los,
anotando os resultados das combinações e formando pequenos versos. No final,
pedimos que leiam os versos produzidos. Ao final da atividade, os poemas
produzidos poderão ser expostos em um varal.

Para ampliar a discussão


Para compreender mais sobre a poética de Manoel de Barros, professores
podem assistir os documentários:
Só Dez por cento é mentira (2008), dirigido por Pedro Cezar. Disponível no
Youtube, através do link https://www.youtube.com/watch?v=QZLC8wNVtfs.
Língua de brincar (2006), dirigido por Gabriel Sanna e Lucia Castelo Branco.
Disponível no Youtube, através do link
https://www.youtube.com/watch?v=xvz14rthe3M.

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