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Questão 1)
Como pode ser observado no projeto elétrico da residência, o circuito 1 é formado por
pontos de luz no teto e tomadas de uso geral. A NBR 5410/2004 apenas faz menção para a seção
mínima de circuitos de iluminação e tomada de uso geral, com seções de respectivamente 1,5 mm2
e 2,5 mm2. Como o circuito 1 é uma mistura de circuitos de iluminação e tomada, deve-se ter seção
de no mínimo 2,5 mm2 (Fase + Neutro + PE).
Corrente de projeto
S (100 + 3 × 100 + 200 + 600 + 100 + 3 × 100 + 2 × 200) 2000
Ip = = = = 15,75𝐴
𝑉 127 127
Como o circuito 1 está agrupado com outros circuitos dentro do eletroduto, será necessário
corrigir a corrente pelo fator de correção por agrupamento, sendo este fator igual 0,65 na Tabela 3,
pois este refere-se ao trecho mais carregado. Já os fatores de correção por temperatura e
resistividade do solo são unitários, pois a temperatura ambiente é de 30oC e o eletroduto não está
enterrado no solo.
𝐼𝑍 = 0,65 × 24 = 15,6 𝐴
Como Iz < Ip, para a seção de 4 mm2 Ic=32 A tem-se:
𝐼𝑍 = 0,65 × 32 = 20,8 𝐴
Assim, como Iz>Ip pelo critério da capacidade de corrente o condutor do circuito 1 dever ter
seção de 4 mm2 ( Fase + Neutro + PE).
Para o circuito 1, o critério da queda de tensão deverá ser avaliado para dois trechos, sendo
o primeiro o “ABCDE” e segundo o “ABFGHI”. Utilizando o critério da queda de tensão unitária
trecho a trecho, com um condutor de 4 mm2 tem-se a partir da Tabela 2, com eletroduto de material
não-magnético, circuito monofásico com fp=0,8 um V= 8,96V/A.Km. A queda de tensão acumulada
em ambos os trechos deve ser menor que 4% e deve ser calculada através da seguinte expressão:
𝐼𝑃 × 𝑙 × ∆𝑉
𝑒_𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜(%) = × 100%
𝑉
Trecho “ABCDE”
Trecho S(VA) Ip (A) d (km) e_ trecho(%) e_ acum(%)
AB 2000 15,75 0,015 1,667 1,667
BC 1100 8,66 0,01 0,611 2,278
CD 1000 7,87 0,008 0,444 2,722
DE 200 1,57 0,009 0,100 2,822
Para o trecho 1 a queda de tensão acumulada é igual a 2,822%, menor que 4%.
Trecho “ABFGHI”.
Avaliando todos os critérios, os condutores (F+N+PE) do circuito 1 devem ter seção igual a
4 mm2.
b) O circuito 3 possui os condutores do seu circuito com seção de 2,5 mm2. O dimensionamento do
DTM deve atender os seguintes critérios:
Cálculo de Ip:
S (6 × 100 + 2 × 600) 1800
Ip = = = = 14,17 𝐴
𝑉 127 127
Como o circuito 3 está agrupado com outros circuitos dentro do eletroduto, será necessário
corrigir a corrente pelo fator de correção por agrupamento, sendo este fator igual 0,65 da Tabela 3,
pois este refere-se ao pior caso. Da Tabela 1, com método de instalação B1, dois condutores
carregados, condutor de cobre com isolação de PVC têm-se para seção de 2,5 mm2 Ic=24 A, logo:
𝐼𝑍 = 0,65 × 24 = 15,6 𝐴
Como o DTM a ser utilizado possui I2=1,45 x In é plausível assumir que o condutor pode
assumir um sobrecarga de 100 horas em 12 meses ou em 500 horas ao longo se sua vida útil, a
equação (2) fica na forma 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 , a qual já está embutida em (1)
14,17 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 15,6 A
Logo não existe um valor comercial de In que atende a inequação. Trocando a seção do
circuito 3 para 4 mm2, com um Ic=32 A tem-se:
𝐼𝑍 = 0,65 × 32 = 20,8 𝐴
14,17 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 20,8A
Como é possível observar da Tabela 7, para In= 16 A ou 20A a inequação é atendida.
Escolhendo um DTM com In= 16 A, o disjuntor deve ter uma curva tipo C para cargas indutivas.
𝐼𝐶𝑆 ≥ 500 𝐴.
𝐾 2 × 𝑆 2 1152 × 𝑆 2
𝑡= = = 0,846 𝑠
𝐼𝐾2 5002
Analisando a curva em anexo no final da prova, para o DTM curva C é possível verificar que
500
para 16
= 31,25, o DTM atua num tempo igual a:
0,005 ≤ 𝑇𝑑𝑑 ≤ 0,02 s
Como a faixa de tempo Tdd é menor que t, a proteção contra curto-circuito está garantida.
Da Tabela 6 tem-se:
𝑆𝑡
𝐷𝑖 = 2 × √ = 14,13 mm
𝜋×𝑇𝑥
Como o trecho é interno a residência, não é maior que 15 m e não possui nenhuma curva
o
de 90 , não será necessário realizar nenhum aumento.
Da Tabela 6 tem-se:
𝑆𝑡
𝐷𝑖 = 2 × √ = 11,48 mm
𝜋×𝑇𝑥
Lreal=15m
Lmax=15-3N=12m
𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 −𝐿𝑚𝑎𝑥
𝐴= 6
=0,5