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Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso humano executa uma enorme quantidade de funções através de muitas
subdivisões. A complexidade do encéfalo tradicionalmente torna o estudo da neuroanatomia
uma tarefa exigente. Pode-se simplificar muito a tarefa abordando o estudo do sistema nervoso
a partir da anatomia regional e anatomia funcional.

A neuroanatomia regional examina as relações espaciais entre as estruturas do encéfalo


contidas em uma parte do sistema nervoso. A neuroanatomia regional define as principais
divisões do encéfalo, assim como as relações contíguas locais dentro das divisões. Ao contrário,
a neuroanatomia funcional examina aquelas partes do sistema nervoso que atuam em conjunto
para concluir uma tarefa específica, por exemplo, a perceção visual. Os sistemas funcionais são
formados por conexões neurais específicas dentro e entre regiões do sistema nervoso; conexões
que formam circuitos neurais complexos. A finalidade da neuroanatomia funcional é
desenvolver uma compreensão do circuito neural subjacente ao comportamento.

Ao conhecer a anatomia regional juntamente com as funções de estruturas específicas do


encéfalo, é possível determinar a localização da lesão no sistema nervoso num paciente com um
comprometimento neurológico específico. O conhecimento combinado de quais as estruturas
que executam e onde se localizam é essencial para uma compreensão completa da organização
do sistema nervoso.

Figura 1 - (B) O encéfalo e a medula espinal, vistos lateralmente. (C) Há sete divisões principais do sistema nervoso
central: (1) hemisférios cerebrais, (2) diencéfalo, (3) mesencéfalo, (4) ponte, (5) cerebelo, (6) bulbo e (7) medula
espinal. O mesencéfalo, a ponte e o bulbo formam o tronco encefálico.:

No estudo da neuroanatomia, estrutura e função estão estreitamente entrelaçadas, de modo


que não devem ser separadas. As inter-relações entre estrutura e função formam a base da
localização funcional, um princípio básico da organização do sistema nervoso.

O tronco encefálico e o cerebelo


As três divisões que se seguem à medula espinhal – bulbo, ponte e mesencéfalo – formam o
tronco encefálico (Figura 1), que possui três funções gerais.

 Recebe informação sensorial das estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça.


Essas funções são semelhantes àquelas da medula espinal. Os nervos cranianos, as
raízes nervosas motoras e sensoriais que entram e saem do tronco encefálico são
componentes do sistema nervoso periférico e são análogos aos nervos espinais.
 De forma semelhante à medula espinal, o tronco encefálico é um conduto para o fluxo
de informação, uma vez que os tratos ascendentes sensoriais e descendentes motores
percorrem o trato.
 Os núcleos no tronco encefálico integram informações provenientes de uma variedade
de fontes para a excitação e outras funções superiores do encéfalo. Além dessas três
funções gerais, cada uma das diversas divisões do tronco encefálico auxilia funções
motoras e sensoriais específicas.

Por exemplo, partes do bulbo participam nos mecanismos reguladores da respiração e da


pressão arterial. Partes da ponte e do mesencéfalo exercem uma função no controle do
movimento dos olhos. As funções principais do cerebelo são a regulação dos movimentos dos
membros e dos olhos e a manutenção da postura e do equilíbrio (Figura 1-8). Os movimentos
dos membros tornam-se descoordenados quando o cerebelo é lesado. Além disso, partes do
cerebelo têm uma participação especial nas funções superiores do encéfalo, incluindo
linguagem, cognição e emoção.

Figura 2 - Faces lateral (A), anterior (B) e posterior (C) do tronco encefálico. O tálamo e os núcleos da base também
são mostrados. As diferentes divisões do encéfalo são sombreadas com cores diferentes.
Figura 3 - Visualização posterior (dorsal) do tronco encefálico, tálamo e núcleos da base juntos com o cerebelo.

O diencéfalo consiste no tálamo e no hipotálamo


Os dois componentes principais do diencéfalo participam em diversas funções integrativas,
motoras e sensoriais. Um componente, o tálamo (Figura 4), é uma estrutura essencial para a
transmissão de informações aos hemisférios cerebrais. O tálamo é composto por numerosos
núcleos. Neurônios em núcleos talâmicos distintos transmitem informações para diferentes
áreas corticais. Nos encéfalos da maioria das pessoas, uma pequena parte do tálamo de cada
lado adere-se à linha mediana, a aderência intertalâmica. O outro componente do diencéfalo, o
hipotálamo (Figura 4), controla a liberação de hormonas endócrinas pela hipófise e as funções
gerais da divisão autónoma do sistema nervoso.

Figura 4 - (A) Face lateral dos hemisférios cerebrais e do tronco encefálico ilustrando a localização do tálamo e do
hipotálamo. (B) A estrutura tridimensional do tálamo. A estrutura separada lateral à parte principal do tálamo é o
núcleo reticular do tálamo que forma a lâmina recobrindo as laterais do tálamo.
Os hemisférios cerebrais possuem a forma mais complexa de
todas as divisões do sistema nervoso central
Os hemisférios cerebrais são os componentes mais bem desenvolvidos do sistema nervoso
central. Cada hemisfério é uma metade distinta que possui quatro componentes principais:

 córtex cerebral;
 formação hipocampal;
 corpo amigdaloide ou amígdala;
 núcleos da base.

Juntas, essas estruturas medeiam a maioria dos comportamentos humanos sofisticados e o


fazem por meio de conexões anatómicas complexas.

Os componentes subcorticais dos hemisférios cerebrais medeiam diversas


funções motoras, cognitivas e emocionais
A formação hipocampal é importante para a
aprendizagem e na memória, enquanto o
corpo amigdaloide ou amígdala não apenas
participa nas emoções, mas também ajuda a
coordenar a resposta corporal às situações de
ameaça e stress. Estas estruturas são
componentes do sistema límbico, que inclui
outras partes dos hemisférios cerebrais,
diencéfalo e mesencéfalo. Os núcleos da base
são outro conjunto de neurónios localizados
profundamente. A parte dos núcleos da base
que possui a forma mais complexa é
denominada estriado (Figura 1-10B). A
importância dos núcleos da base no controle
do movimento é claramente revelada quando
são comprometidos, como na doença de
Parkinson. Tremores e uma diminuição de
movimento são alguns dos sinais evidentes
dessa doença. Os núcleos da base também
participam na cognição e emoção em Figura 5 – Projeções tridimensionais das estruturas
combinação com o córtex cerebral e são profundas do hemisfério cerebral. (A) A formação
hipocampal (vermelho) e a amígdala (cor de laranja).
estruturas encefálicas essenciais ativas na O fórnice (azul) e o corpo mamilar (púrpura) são
dependência psicológica e fisiológica habitual estruturas anatómica e funcionalmente relacionadas
de uma substância ou prática que esteja além com a formação hipocampal. (B) O estriado é um
componente dos núcleos da base com um formato
do controle voluntário. tridimensional complexo.

Cada um dos quatro lobos do córtex cerebral possui funções distintas


O córtex cerebral, que está localizado na superfície do encéfalo, é muito convoluto. O córtex
cerebral humano mede aproximadamente 2.500 cm2. As convoluções são uma adaptação
evolucionária para ajustar-se a uma de superfície maior dentro do espaço confinado da cavidade
do crânio. Apenas de um quarto a um terço do córtex cerebral fica exposto na superfície. As
convoluções elevadas na superfície/face cortical, chamadas de giros, são separadas por ranhuras
chamadas de sulcos ou fissuras (que são especialmente mais profundas que os sulcos). Os
hemisférios cerebrais são separados um do outro pela fissura longitudinal (ou inter-
hemisférica).

Os quatro lobos do córtex cerebral recebem o nome dos ossos cranianos que os cobrem: frontal,
parietal, occipital e temporal. As funções dos diferentes lobos são singularmente distintas, assim
como são as funções dos giros individuais dentro de cada lobo.

O lobo frontal auxilia diversas funções comportamentais, desde pensamentos a ações, cognição
e emoções.

 O giro pré-central contém o córtex motor primário, que participa no controle das ações
mecânicas do movimento, como a direção e a velocidade que se pode alcançar. Muitos
neurônios de projeção no córtex motor primário possuem um axónio que termina na
medula espinal.
 Os giros frontais superior, médio e inferior formam a maioria da parte restante do lobo
frontal. As áreas pré-motoras que são importantes na tomada de decisão motora e no
planeamento dos movimentos são adjacentes ao córtex motor primário nesses giros.
 O giro frontal inferior no hemisfério esquerdo na maioria das pessoas contém a área da
fala de Broca, que é essencial para a articulação da fala.

Grande parte do lobo frontal é o córtex de associação. As áreas corticais de associação


participam no processamento complexo das informações sensoriais e outras para as funções
superiores do encéfalo, incluindo emoções, comportamento organizacional, pensamentos e
memórias.

Áreas mais próximas do polo frontal compreendem o córtex de associação frontal. O córtex de
associação pré-frontal é importante no pensamento, na cognição e nas emoções.

O giro do cíngulo, lobo frontal medial, e mais os giros orbitais são importantes nas emoções.

Embora o órgão sensorial do olfato, o bulbo olfatório, esteja localizado na face ventral do lobo
frontal, suas conexões estão predominantemente no lobo temporal.

O lobo parietal, que é separado do lobo frontal pelo sulco central, medeia as nossas perceções
de tato, dor e posição dos membros. Essas funções são realizadas pelo córtex somatossensorial
primário, que está localizado no giro pós-central. As áreas sensoriais primárias são os estágios
inicias do processamento cortical para as informações sensoriais. O restante da parte do lobo
parietal na face lateral do encéfalo consiste nos lóbulos parietais superior e inferior, que são
separados pelo sulco intraparietal. O lóbulo parietal superior contém áreas somatossensoriais
de ordem superior, para processamento posterior das informações somatossensoriais, e outras
áreas sensoriais. Juntas, essas áreas são essenciais para uma autoimagem completa do corpo e
medeiam as interações comportamentais com o mundo a nossa volta. Uma lesão nessa parte
do lobo parietal no hemisfério direito, o lado do encéfalo humano especializado pela consciência
espacial, produz sinais neurológicos bizarros que incluem a negligência de uma parte do corpo
no lado oposto da lesão. Por exemplo, um paciente pode não vestir uma parte do corpo ou
pentear apenas metade do cabelo. O lóbulo parietal inferior participa na integração de diversas
informações sensoriais para percepção e linguagem, raciocínio matemático e cognição
visuoespacial. O lobo occipital é separado do lobo parietal na face medial do encéfalo pelo sulco
parietoccipital (Figura 1-11B). Nas faces lateral e inferior, não há limites distintos, apenas uma
linha imaginária conectando a incisura pré-occipital (Figura 1-11A) ao sulco parietoccipital. A
função mais notável é a do lobo occipital que atua na visão. O córtex visual primário está
localizado nas paredes e partes mais profundas da fissura calcarina na face medial do encéfalo
(Figura 1-11B). Enquanto o córtex visual primário é importante nos estágios iniciais do
processamento visual, as áreas visuais adjacentes de ordem superior exercem uma função na
elaboração da mensagem sensorial, permitindo que sejam vistos a forma e a cor dos objetos.
Por exemplo, na face ventral do encéfalo encontra-se uma parte do giro occipitotemporal no
lobo occipital (também chamado de “giro fusiforme”), importante para o reconhecimento facial
(Figura 1-12A). Pacientes com uma lesão nessa área confundem faces com objetos inanimados,
uma condição denominada prosopagnosia.

jjjjjjjjjjjO lobo temporal, separado dos lobos frontal e parietal pela fissura lateral (ou fissura
de Sílvio) (Figura 1-11A), medeia uma variedade de funções sensoriais e participa na memória e
nas emoções. O córtex auditivo primário, localizado no giro temporal superior, atua nas áreas
circunvizinhas no giro temporal superior e dentro da fissura lateral, e o sulco temporal superior
na percepção e localização de sons (Figura 1-11A). O giro temporal superior no lado esquerdo é
especializado na fala. Lesão daparte posterior desse giro, que está localizada na área de
Wernicke, compromete a compreensão da fala. O giro temporal médio, especialmente a parte
próxima do lobo occipital, é essencial para a percepção do movimento visual. O giro temporal
inferior medeia a percepção da forma visual e das cores (Figuras 1-11A e 1-12A). O córtex
localizado no polo temporal (Figura 1-12A), juntamente com as partes adjacentes do lobo
temporal medial e as partes medial e inferior do lobo frontal, é importante para as emoções.
Profundamente na fissura lateral encontram-se partes dos lobos frontal, parietal e temporal.
Esse território é denominado lobo insular (ínsula) (Figura 1-11, detalhe). Posteriormente,
durante o desenvolvimento pré-natal, ele torna-se encoberto (ver Figura 1-14). Partes do lobo
insular são importantes no paladar, nas percepções corporais internas, na dor e no equilíbrio. O
corpo caloso contém axônios que interconectam o córtex nos dois lados do encéfalo (Figura 1-
11B). Os tratos contendo axônios que interconectam os dois lados do encéfalo são denominados
comissuras, e o corpo caloso é a maior das comissuras do encéfalo. Para integrar as funções das
duas metades do córtex cerebral, axônios do corpo caloso seguem por meio de cada uma de
suas quatro partes principais: rostro, joelho, corpo e esplênio (Figura 1-11B). As informações
entre os lobos occipital percorrem o esplênio do corpo caloso, ao passo que as informações
provenientes de outros lobos percorrem rostro, joelho e corpo.

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