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da santificação
Published by T. P. Simmons on 03/11/2015
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Salvação é um termo muito amplo. C. I. Scofield, no seu comentário sobre Rom. 1:16,
diz muito aptamente: “As palavras hebraicas e gregas para salvação implicam as
ideias de livramento, segurança, conservação, cura e santidade”. Salvação é a grande
palavra inclusiva do Evangelho, reunindo em si todos os atos e processos redentivos:
como justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão, santificação e
glorificação.
Salvação, portanto, no seu sentido lato, tem que ver tanto com a alma como com o
corpo, com a vida presente bem como com a futura. Ela faz referência não só à
remissão da penalidade do pecado e à remoção de sua culpa, mas também à
conquista do hábito do pecado e a remoção final da presença do pecado no corpo. É
só pelo reconhecimento disto que alguém pode agarrar o alcance completo da
doutrina bíblica de salvação. E é só por se poder classificar cada passagem que trata
da salvação na base dos fatos precedentes que alguém pode evitar a confusão na
mente do crente mediano. Podemos realizar este fim melhor notando que se fala da
salvação em três tempos e considerando cuidadosamente cada tempo. Todos os três
tempos estão rascunhadamente somados em 2 Cor. 1:10 “Que nos livrou (passado)
de uma tão grande morte e livra ainda (presente); em Quem confiamos que ainda
nos livrará (futuro)”.
“A tua fé te salvou” (Lc. 7:50). “Pela graça fostes salvos por meio da fé” (Ef. 2:8). “…
que nos salvou e chamou com uma santa vocação” (2 Tim. 1:9). “… salvou-nos
segundo Sua misericórdia” (Tito 3:5).
Todas estas passagens e muitas outras como elas falam da salvação como uma obra
terminada no passado. Este tempo de salvação coincide com a santificação passada
do crente, como considerada no capítulo anterior. Ela tem que ver com a alma; com
a remissão da penalidade do pecado, a remoção da culpa e mesmo a remoção da
presença do pecado da alma.
É sob este tempo de salvação que devemos classificar as passagens que falam do
crente como possuindo vida eterna agora. Vide João 5:24, 6:47, 17:2,3; 1 João 3:13,
5:11,13. Isto quer dizer, simplesmente, como expresso em João 5:24, que o crente
passou de sob todo perigo de condenação e do poder da segunda morte.
“A palavra da cruz é loucura para os que se perdem; mas, para nós que estamos
salvos (marg., estamos sendo salvos) é o poder de Deus” (1 Cor. 1:18).
É com referência ao tempo presente da salvação que Fil. 2:12 fala, quando diz:
“Operai a vossa própria salvação com temor e tremor.” O sentido desta passagem é
que os crentes filipenses tiveram de efetivar em suas vidas a nova vida que Deus
implantara nos seus corações.
Outras passagens hão nas quais a salvação não está mencionada, as quais, não
obstantes, referem o processo presente de salvação, tais como Rom. 6:14; Gal.
2:19,20; 2 Cor. 3:18.
Em Rom. 8:23 Paulo nos fala do que é, em geral esta salvação futura. É a redenção
de nossos corpos”, o que ele quer dizer a aplicação da redenção ao corpo de crente.
Isto terá logar na ressurreição dos que dormem em Cristo (1 Cor. 15:52-56; 1 Tess.
4:16) e no rapto dos que estiverem vivos na vinda de Cristo no ar (1 Tes. 4:17). É só
então que o espírito regenerado entrará em completa fruição da salvação. Assim
lemos que o espírito é para ser salvo “no dia do Senhor Jesus” (1 Cor. 5:5). Este
tempo de salvação tem que ver principalmente com o corpo e a presença do pecado
no corpo.
É sob esta epígrafe que devemos classificar todas as passagens que tratam da vida
eterna como de alguma coisa que o crente receberá no futuro. Vide Mat. 25:46; Mar.
10:30; Tito 1:2, 3:7.
Temos assim a bela harmonia que existe entre todas as passagens que tocam o
assunto da salvação. Não há conflito entre estas passagens, porque elas se referem
a diferentes fases da salvação. Absurdo é e herético qualquer homem tirar um grupo
das três, não importa que grupo ele tire, e procurar negar ou nulificar um ou outro,
ou ambos, dos dois grupos restantes. O modo da verdade é tomar todos eles
corretamente divididos.