Sei sulla pagina 1di 3

As raízes do Anti-maçonismo

Marco Mendes

Introdução

A Maçonaria foi e é perseguida pelos governos totalitários e diversas ordens religiosas.


É acusada de subversão à ordem pública e culto ao demônio. O anti-maçonismo é
antigo, singular e fantasioso e há muito é público.

Na História surgiram poderosos detratores da Ordem Maçônica, imbuídos de


preconceitos dissimulados, aproveitando-se do nível de ignorância e crendices, como
meio de gerar adeptos às suas inverdades. O método antigo, mas que infelizmente
ainda existente.

O anti-maçonismo religioso.

Sustentam os anti-maçons religiosos, que a tolerância religiosa é incompatível com a


respectiva doutrina. Outros, sob alegação de combate ao "culto às imagens", acusam a
maçonaria de culto a símbolos demoníacos.

Mas, o pano de fundo do anti-maçonismo religioso surge com o anglicanismo.


Henrique VIII, rei da Inglaterra, desobedece ao papa e divorcia-se de sua primeira
mulher, casando-se com Ana Bolena, sendo excomungado. Posteriormente, em 1534,
numa disputa de poder com o Papa, o Parlamento inglês aprovou o Ato de
Supremacia, que, colocou a Igreja sob a autoridade real: nascia a igreja anglicana.

A Maçonaria especulativa sempre foi aceita pelo catolicismo. Tanto é que eram os
maçons operativos quem construíam as antigas Igrejas e Catedrais, adornadas com
inúmeros símbolos maçônicos.

Posteriormente, de iniciativa dos pastores protestantes ingleses James Anderson e J. T.


Desaguliers surge a Grande Loja da Inglaterra. No ano de 1723, Anderson elabora a
primeira Constituição maçônica. Criava-se um sistema de regularidade para a
Maçonaria e só quem fosse reconhecido pela Grande Loja da Inglaterra pudesse ser
considerado maçom regular. Para tanto era preciso ter como princípio, dentre outros, a
tolerância religiosa.

Por isso mesmo, o conflito entre anglicanos e católicos, num movimento de contra-
reforma da Igreja Católica, fez com que a intolerância religiosa transpirasse para a
Maçonaria. Em 24 de abril de 1738, o papa Clemente XII condenou abertamente a
maçonaria pela primeira vez (encíclica In Eminenti). A partir dessa palavra oficial da
Igreja, foi proibido aos católicos pertencer á maçonaria.

A questão se agravou com o movimento da Reunificação da Itália (período que foi de


1848-1870). O governo da Itália estava fragmentado e dividido entre bispos católicos,
que eram proprietários de grandes propriedades de terras. Esse governo se via
envolvido em escândalos e corrupção, e se sustentava explorando o misticismo
medieval e no fundamentalismo religioso.

O movimento iluminista que combatia o misticismo, aproveitando-se do segredo e


sigilo maçônico, reunindo-se em segredo nas Lojas Maçônicas, coordenou uma
verdadeira revolução que retomou as propriedades das mãos da Igreja, destacando-se
dentre eles Giuseppe Garibaldi, que dedicou sua vida à luta contra a tirania.

Esse episódio despertou o ódio do clero católico contra a maçonaria, a ponto do papa
Leão XIII (1846), redigir a encíclica HUMANUM GENUS, dizendo: "a Igreja católica e a
maçonaria são como dois reinos em guerra" e que "a finalidade da maçonaria é destruir
toda ordem religiosa e política do mundo inspirada pelos ensinamentos cristãos e
substituí-las por uma nova ordem de acordo com suas idéias", estimulando "o
sincretismo religioso, isto é, a mistura das mais diferentes crenças".

O anti-maçonismo político.

Conhecedores da história e da participação da Maçonaria no processo da Reunificação


da Itália, inúmeros os governantes, tanto de direta quanto de esquerda, se tornaram
anti-maçons.

O caráter discreto e sigiloso das reuniões maçônicas causou sempre o temor da


"conspiração" e "subversão política" e estimulou a fantasia popular acerca do "culto ao
demônio".

Essas sempre foram as acusações dissimuladas de seus perseguidores, aproveitando-se


da ignorância de muitos e da crendice popular. Todavia, os ideais maçônicos de
liberdade de expressão do pensamento e a liberdade de crença religiosa, sempre foram
os reais motivos pelos de sua perseguição e de seus membros.

Com a expansão do comunismo no início do século XIX, a maçonaria foi proibida na


Rússia (1917) e na Hungria (1919). A reação ao comunismo fez surgir o nazismo e
facismo, que também proibiram a Maçonaria (Mussolini na Itália-1925, Hitler na
Alemanha-1933, Salazar em Portugal - 1935, Getúlio Vargas-Brasil, 1937, Franco na
Espanha-1940).

General Francisco Franco, ditador espanhol, decretou em 1940, todos Maçons de seu
país estavam condenados a 10 anos de prisão.

Joseph Goebbels, ministro da propaganda regime nazista, inaugurou em 1937 uma


"Campanha Anti-Maçônica", sob alegação de as Lojas Maçônicas estavam impregnadas
de judaísmo. Outro apóstolo nazista, Alfred Rosenberg, exaltando a superioridade da
raça alemã, acusou a Maçonaria de disseminadora da idéia de igualdade.

Os maçons sempre ignoraram seus detratores achando que o silêncio era a melhor
arma. Lamentavelmente esse silencio muitas vezes foi usado contra a Fraternidade.
Durante Segunda Guerra Mundial, as tropas nazistas que ocuparam a Bélgica, pilhariam
as Loja Maçônicas e destruíram o que eles não puderam roubar.

2
Entre os reféns tomados nos povoados, na média 15%, eram Maçons, que era uma
proporção enorme consideram isso há só um Maçom a cada mil habitantes em Bélgica!
(Revista de Philalethes, 1947 de maio)

Conclusão.

Dois fatos determinaram a ruptura entre a Igreja e a Maçonaria, dando origem ao anti-
maçonismo. O primeiro foi a disputa política entre o papa e o rei da Inglaterra (século
XVIII), o segundo a disputa de terras entre bispos católicos e italianos (Século XIX).
Maçons envolvidos nesses dois episódios determinaram a ruptura entre a Maçonaria e
a Igreja Católica.

Nem o anti-maçonismo religioso, nem o político foram capazes de acabar com a


Maçonaria. Mesmo perseguida, a influência da maçonaria na história tem sido grande.
Hoje são cerca de 6 milhões de maçons, em mais de 164 países, sendo cerca de 150 mil
no Brasil. Há grande quantidade de parlamentares, altos funcionários do governo,
líderes religiosos, muitos empresários e membros de outras elites.

Vivemos atualmente um regime democrático, e por isso, a Maçonaria sobrevive


abertamente. Por exemplo, na inauguração do novo Palácio Maçônico de Brasília do
Grande Oriente do Brasil, compareceram 120 parlamentares, além do então Ministro da
justiça, Maurício Correia.

Mas o anti-maçonismo não desiste. Além do anti-maçonismo religioso e político, uma


nova ordem de anti-maçons surge no sistema democrático: o anti-maçom degenerado.
Esse grupo é composto pelos descontentes com resultados políticos ou jurisdicionais e
quando vencidos em suas pretensões, como último recurso, acusam as autoridades de
favorecimento maçônico. Polemizam o ingresso de juízes, delegados, políticos e outras
autoridades na maçonaria, argumentando que a fraternidade se incompatibiliza com
tais cargos, que requerem imparcialidade, mas a maçonaria pressupõe o favorecimento,
a parcialidade.

É verdade que o maçom tem o dever de socorrer todos os necessitados, especialmente


membros da fraternidade. Isso não pode ser confundido com favoritismo, pois esse
dever significa dever de caridade para com o próximo. Antes de tudo, o Maçom faz
juramento solene de obedecer as leis, agir sempre com ética e com os bons costumes,
amar a família e defender a pátria com a própria vida.

A corrupção permeia todas as instituições sejam religiosas, políticas ou associativas e


necessita ser combatida. Isso porque a corrupção é vício humano, tão combatido pela
maçonaria. Apesar disso, a maçonaria não está imune a ela. Todavia, possui
mecanismos de se livrar dos corruptos e desonestos. Consta das normas internas, que
aquele que estiver envolvido em corrupção ou desonestidade, será processado
internamente, previsto como pena, a exclusão da ordem, com sua inscrição no "Livro
Negro", impedindo definitivamente seu retorno.

Exerço o cargo de Juiz e tenho orgulho em pertencer a tão nobre e digna ordem,
composta em sua essência, de homens livres, puros e de bons costumes

Potrebbero piacerti anche