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CINE CASSINO
(Tiago Araripe)

Tuas pernas gordinhas


Balançam junto às minhas
Me alcançam mas ainda estás distante
Como um elefante

Será que influi o fato de eu ser leão?


Ou há uma razão secreta?

O cupido fez mais um escravo


Atirou suas flechas em meu coração
Você se agachou como quem se agacha
Para procurar o que nunca perdeu - e acha
Que esse encontro clandestino
Na sessão das quatro do Cine Cassino
Só vem atestar: não adianta o crime
Os criminosos sempre voltam ao local do crime

Aurélio e Seus Cometas - 27 de novembro de 2008 - denunciar abuso


MOVIMENTO DOS BARCOS
(Jards Macalé, Capinam)

Tô cansado e você também

Vou sair sem abrir a porta


E não voltar nunca mais

Desculpe a paz que lhe roubei


E o futuro esperado que nunca dei

É impossível levar um barco sem temporais


E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo

Não quero ficar dando adeus às coisas passando


Eu quero é passar com elas, eu quero
E não deixar nada mais do que as cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo

Não, não sou eu quem vai ficar no porto chorando


Lamentando o eterno movimento dos barcos
Movimento dos barcos
Movimento dos barcos

Aurélio e Seus Cometas - 5 de dezembro de 2008 - denunciar abuso


na mesma onda...
TROCANDO EM MIÚDOS
(Chico Buarque, Francis Hime)

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim, não me valeu


Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim, o resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar


As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar, pode esquecer


Aquela aliança, você pode empenhar ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar


O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás, aceite uma ajuda do seu futuro amor pro aluguel


Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde


Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde

Aurélio e Seus Cometas - 7 de dezembro de 2008 - denunciar abuso


It's All Over Now, Baby Blue
(Bob Dylan)

You must leave now, take what you need, you think will last.
But whatever you wish to keep, you better grab it fast.
Yonder stands your orphan with his gun,
Crying like a fire in the sun.
Look out the saints are comin' through
And it's all over now, Baby Blue.

The highway is for gamblers, better use your sense.


Take what you have gathered from coincidence.
The empty-handed painter from your streets
Is drawing crazy patterns on your sheets.
This sky, too, is folding under you
And it's all over now, Baby Blue.

All your seasick sailors, they are rowing home.


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Is drawing crazy patterns on your sheets.


This sky, too, is folding under you
And it's all over now, Baby Blue.

All your seasick sailors, they are rowing home.


All your reindeer armies, are all going home.
The lover who just walked out your door
Has taken all his blankets from the floor.
The carpet, too, is moving under you
And it's all over now, Baby Blue.

Leave your stepping stones behind, something calls for you.


Forget the dead you've left, they will not follow you.
The vagabond who's rapping at your door
Is standing in the clothes that you once wore.
Strike another match, go start anew
And it's all over now, Baby Blue.

Aurélio e Seus Cometas - 8 de dezembro de 2008 - denunciar abuso


Porrada de Luz
(Ciro Pessoa)

Diz que me ama


Mais uma vez
Uma vez mais
Amor me dá

Tudo que eu quero


É te envolver
Eu quero tudo
Quero você

Ouvi dizer que ainda me ama


Diz que me ama eternamente
Que a minha porra na sua mente
É a semente do nosso jardim

Então jorra, porrada de luz


Sobre nossos corpos nus

Aurélio e Seus Cometas - 14 de dezembro de 2008 - denunciar abuso

O Que Sobrou Do Céu


(Marcelo Yuka)

Faltou luz mas era dia, o sol invadiu a sala


Fez da TV um espelho refletindo o que a gente esquecia

Faltou luz, mas era dia.

O som das crianças brincando nas ruas como se fosse um quintal


A cerveja gelada na esquina como se espantasse o mal

Um chá pra curar esta azia, um bom chá pra curar esta azia
Todas as ciências de baixa tecnologia
Todas as cores escondidas nas nuvens da rotina

Pra gente ver por entre prédios e nós


Pra gente ver o que sobrou do céu

Aurélio e Seus Cometas - 20 de dezembro de 2008 - denunciar abuso


Desenhos no Jornal
(Sá, Rodrix & Guarabyra)

Eu vou te encontrar nos muros cobertos de folhas


Lugares adormecidos pelo tempo
Eu vou te encontrar em outras passagens dessa vida
Quando tiver mais coisas pra dizer
Eu vou te encontrar nas torres de cento e trinta andares
Por trás das malhas de vidro caindo no esquecimento
Num futuro que eu não sei se haverá
Vou te escutar nas finas antenas de metal
Vou ver seus desenhos no jornal
Um rosto distante se apagando
No meio da multidão

Aurélio e Seus Cometas - 23 de dezembro de 2008 - denunciar abuso

Flores de Algodão
(Tchelo Nogueira)

Este acorde é feito


Neste instrumento
Só para te dizer
Que no meu jardim
Nascem flores
De algodão
E o sol se põe
Em várias cores

Aurélio e Seus Cometas - 3 de fevereiro de 2009 - denunciar abuso


Silêncio de um minuto (Noel Rosa)
Não te vejo e não te escuto
O meu samba está de luto

Eu peço o silêncio de um minuto


Homenagem à história
De um amor cheio de glória
Que me pesa na memória

Nosso amor cheio de glória


De prazer e de emoção
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Que me pesa na memória

Nosso amor cheio de glória


De prazer e de emoção
Foi vencido e a vitória
Cabe à tua ingratidão

Tu cavaste a minha dor


Com a pá do fingimento
E cobriste o nosso amor
Com a cal do esquecimento

Teu silêncio absoluto


Obrigou-me a confessar
Que o meu samba está de luto
Meu violão vai soluçar

Luto preto é vaidade


Neste funeral de amor
O meu luto é saudade
E saudade não tem cor

Aurélio e Seus Cometas - 27 de fevereiro de 2009 - denunciar abuso


História de Lily Braum (Chico Buarque, Edu Lobo)
Como num romance o homem de meus sonhos me apareceu no dance, era mais um
Só que num relance os seus olhos me chuparam feito um zum

Ele me comia com aqueles olhos de comer fotografia, eu disse "cheese"


E de close em close fui perdendo a pose e até sorri feliz

E voltou, me ofereceu um drinque, me chamou de anjo azul


Minha visão foi desde então ficando "flow"

Como no cinema, me mandava às vezes uma rosa e um poema, foco de luz


Eu, feito uma gema me desmilinguindo toda ao som do blues

Abusou do scotch, disse que meu corpo era só dele aquela noite, eu disse "please"
Xale no decote disparei com as faces rubras e febris

E voltou no derradeiro show com dez poemas e um buquê


Eu disse adeus já vou com os meus numa turnê

"Como amar esposa", disse ele que agora, só me amava como esposa, não como "star"
Me amassou as rosas, me queimou as fotos, me beijou no altar

... nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drinque no dance, nunca mais "cheese"
Nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz

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