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UNIVERSIDADE METODISTA

PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA RELIGIÃO

Módulo: Hermenêutica e filosofia da religião

Título: Retorno da religião e secularização em Gianni Vattimo

Fórum: Secularização.

Aluno: Paulo Cesar Corrêa – Matrícula N. 7020350

Polo: Itanhaém (SP)

Enunciado: Qual a relação que Vattimo estabelece entre o Ocidente e o fenômeno da


secularização.
Uma pesquisa mais atenta nos mostra que antes de Nietzsche o apóstolo Paulo já havia
decretado a “morte da metafísica” greco-romana, inaugurando a era da “metamística” judaico-
cristã, que perdura até os nossos dias.
Melhor explicando, pode-se verificar que está registrado na epístola aos romanos, o
momento que Paulo destrói os deuses gregos em Atenas e com eles toda a secular metafísica
greco-romana e introduz o único Deus verdadeiro, até então desconhecido, que implantou o
modelo do devir no Ocidente e no Oriente, de cultura monoteísta abraâmica.
Em outras palavras, pode-se dizer que toda teodiceia greco-romana se transformou em
mitologia e que o novo suprassensível tomou o lugar do metafísico, inaugurando a era do
metamístico.
Modernamente Nietzsche, apoiado por Heidegger, decretou a morte de Deus e mais uma
vez a humanidade enfrenta a crise do suprassensível, o que nos leva a crer que deuses gregos ou
hebraicos são mitos construídos pela mente humana e tantos quantos aparecerem enfrentarão as
crises criadas pela precária condição humana.
Em que pese o reducionismo acima – o fenômeno espiritual é incomensurável – a
sistemática transformação evolutiva do ser humano, para o bem ou para o mal, direcionará a
civilização para uma secularização moderna e evolutiva nos termos do pensador Gianbattista
Vico, que trata da passagem da era dos deuses para a era dos heróis e, finalmente, para a era dos
homens como protagonistas de suas vidas e seu destino.
Nesse sentido, pressupõe-se controversa a posição de Vattimo, tanto no que respeita aos
fenômenos da secularização, quanto do retorno da religião. Com efeito, não se pode afirmar que
ambos os fenômenos por ele detectados possam de alguma forma contribuir para evitar ou elidir o
fenômeno da decadência, seja teológica ou filosófica.
Ignorar o espírito do declínio é não perceber a transformação da civilização, o que não
contribui no sentido de re-significar os problemas mais comuns da humanidade.
Queiramos ou não o pensamento está passando por transformações. Há avanços e
retrocessos. Ambos podem se direcionar para o bem ou para o mal e isso faz parte da condição
humana.
Em se tratando de contribuição para a repaginação dos problemas existenciais do mundo
tardomoderno, tanto a teologia como a filosofia deveriam considerar a ausência do universalismo
metafísico e buscar no pluralismo das próprias condições humanas a “condição humana
inteligente” e trabalhar na busca do protagonismo de suas ações.
Modernamente quando se fala em declínio considera-se, grosso modo, que são
avassaladores os danos perpetrados pelas crenças religiosas que insistem em adotar o
universalismo metafísico, que, sob certo ponto de vista acelera esse declínio, que, segundo
Vattimo possui intrinsicamente uma vocação histórica.
São muitos os males que assombram a opulência sem precedentes do pensamento
teológico-filosófico vinculados ao suprassensível, que por sua vez adestram e canalizam o
comportamento humano para uma promíscua convivência com a pobreza extrema, com a fome
coletiva, com a marginalização social, a privação de direitos básicos e liberdade, a carência de
oportunidades a opressão e a insegurança só para dizer uns poucos.
Afastando-se o viés hierárquico que há entre ciência, filosofia e religião, já é hora de
analisar o fenômeno espiritual e religioso sob o ponto de vista cognitivo pluridisciplinar,
inteligente e pragmático, que teria como objetivo a busca de conteúdos que transformariam a
dimensão ética, política e espiritual dos problemas humanos cruciais e cotidianos.
A profícua contribuição de Vattimo que dá conta de uma secularização que consuma, mas
não destrói, não elide a necessidade de um aprofundamento transformador através daquilo que a
Ciência da Religião chama de Ciência Cognitiva da Religião.
Se, conforme Vattimo a secularização é o único caminho que o Ocidente consegue
conceber ou viver, que seja esse fenômeno trabalhado no sentido da cognição evolutiva
inteligente, deixando de lado os percalços de um eventual retrocesso que pode, em tese, estar
presente no retorno da religião.
Pcc/Itanhaém (SP)/USA. 27/10/17

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