Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
C. Livramento e Gratidão
1.8-11
Embora Paulo tivesse escrito um resumo no versículo anterior (v.
7), ele tem mais a dizer sobre suas próprias horas de perigo das quais
Deus o tem salvado. Ele não menciona mais as aflições dos coríntios,
mas refere-se a experiências pessoais, de ameaça à vida, das quais ele
foi resgatado por intervenção divina. Portanto, ele expressa gratidão a
Deus por seu livramento e gratidão aos coríntios pelas muitas orações
feitas em seu favor.25
8. Pois não queremos que desconheçam, irmãos, o sofrimento
que suportamos na província da Ásia, porque fomos duramente
oprimidos, isso excedendo às nossas forças, de modo que desespe-
ramos da própria vida.
“Pois não queremos que desconheçam, irmãos”. A primeira pala-
vra, “pois”, liga o versículo 8 ao versículo e parágrafo anterior ao ex-
pressar causa na forma de um exemplo pessoal. Paulo emprega uma
fórmula que ocorre com freqüência em suas epístolas.26 A fórmula afir-
ma o negativo para dar ênfase ao positivo. Os coríntios tinham ouvido
falar dos perigos pelos quais Paulo passou, e em conseqüência ele não
tem de fornecer detalhes para os leitores primários, ainda que esses
pontos fossem úteis para os leitores subseqüentes de sua epístola. Ele
se dirige aos coríntios como irmãos, um termo que inclui todas as ir-
mãs da família de Deus (ver 8.1; 13.11).
não pôde evitar. Essa experiência fez com que Paulo se desesperasse
da vida e acreditasse que ele não podia mais confiar em seus próprios
sentidos. Pediu a Deus livramento mas, em vez disso, foi-lhe dada a
sentença de morte. A palavra sentença sugere que Paulo tinha rogado a
Deus, assim como Jesus no jardim de Getsêmani rogou ao seu Pai que
retirasse dele o cálice do sofrimento e morte.
Mesmo Paulo chegando à beira da morte, ele não morreu. Deus
quis que ele abandonasse sua confiança em si, e que em vez disso pu-
sesse toda a sua confiança em Deus. Estar às portas da morte significa
um completo abandono de todo sinal de confiança em si e uma depen-
dência plena em Deus somente. Inclui não nos julgarmos indispensá-
veis no serviço de Deus, mas reconhecermos que de corpo e alma per-
tencemos inteiramente a Jesus Cristo. É essa a confiança que Paulo
tem em mente.
Durante essa experiência, Paulo experimentou a morte emocional-
mente, e dali para a frente se entregou totalmente a Deus. Confiou que
Deus podia ressuscitá-lo dos mortos.29
O livramento que Deus providenciou para Paulo foi um tipo de
ressurreição que se assemelha à experiência de Abraão e Isaque. Abraão
demonstrou fé verdadeira quando, em obediência ao mandado de Deus,
esteve pronto a sacrificar Isaque. Deixando para trás seus servos, dis-
se-lhes que ele e o filho iriam adorar a Deus e voltar para onde estavam
(Gn 22.5). O escritor de Hebreus diz: “Abraão considerou que Deus
tinha poder até para ressuscitá-lo dentre os mortos e, falando figurada-
mente, ele realmente recobrou Isaque da morte” (11.19).30
10. Ele nos livrou do perigo mortal e nos livrará. Nele coloca-
mos nossa esperança. Ele nos livrará novamente,
Não nos é dito qual é esse perigo mortal, mas as referências de
29. Ver também Hafemann, “Comfort and Power”, p. 329; Calvin J. Roetzel, “As Dying,
and Behold We Live”, Interp 46 (1992):5-18.
Um incidente semelhante ocorreu quando os judeus apedrejaram Paulo em Listra e o
deram por morto, mas Deus o salvou, de maneira que retornou à cidade (At 14.19,20; 2Co
11.25; 2Tm 3.11).
30. Colin J. Hemer, “A Note on II Corinthians 1.9”, TynB23 (1972): 103-7. Ver também
Adolf Deissmann, Bible Studies, trad. por Alexander Grieve (1923; reedição, Winona Lake,
Ind.: Alpha, 1979), p. 257.
76 2 CORÍNTIOS 1.11