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72 2 CORÍNTIOS 1.

w-n – o pronome relativo está no caso genitivo por causa da atração ao


substantivo antecedente.
bebai,a – no grego clássico, esse adjetivo, que significa “seguro”, “tor-
na-se um termo predominantemente legal, usado para referir-se a uma
posição ou garantia que não está sujeita a nenhum risco de alteração”.24

C. Livramento e Gratidão
1.8-11
Embora Paulo tivesse escrito um resumo no versículo anterior (v.
7), ele tem mais a dizer sobre suas próprias horas de perigo das quais
Deus o tem salvado. Ele não menciona mais as aflições dos coríntios,
mas refere-se a experiências pessoais, de ameaça à vida, das quais ele
foi resgatado por intervenção divina. Portanto, ele expressa gratidão a
Deus por seu livramento e gratidão aos coríntios pelas muitas orações
feitas em seu favor.25
8. Pois não queremos que desconheçam, irmãos, o sofrimento
que suportamos na província da Ásia, porque fomos duramente
oprimidos, isso excedendo às nossas forças, de modo que desespe-
ramos da própria vida.
“Pois não queremos que desconheçam, irmãos”. A primeira pala-
vra, “pois”, liga o versículo 8 ao versículo e parágrafo anterior ao ex-
pressar causa na forma de um exemplo pessoal. Paulo emprega uma
fórmula que ocorre com freqüência em suas epístolas.26 A fórmula afir-
ma o negativo para dar ênfase ao positivo. Os coríntios tinham ouvido
falar dos perigos pelos quais Paulo passou, e em conseqüência ele não
tem de fornecer detalhes para os leitores primários, ainda que esses
pontos fossem úteis para os leitores subseqüentes de sua epístola. Ele
se dirige aos coríntios como irmãos, um termo que inclui todas as ir-
mãs da família de Deus (ver 8.1; 13.11).

24. Hans Schönweiss, NIDNTT, 1:658.


25. Linda I. Belleville afirma que o corpo da carta começa com o versículo 8. Ver o seu
estudo, “A Letter of Apologetic Self-Commendation: II Cor. 1:8–7.16”, NovT 31 (1989):
142-63; Reflections of Glory: Paul’s Polemical Use of the Moses-Doxa Tradition in II
Corinthians 3.1-18, JSNTSupS 52 Sheffield: JSOT, 1991), pp. 115-18.
26. Ver Romanos 1.13; 11.25; 1 Coríntios 10.1; 12.1; 2 Coríntios 1.8; 1 Tessalonicenses
4.13.
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b) “O sofrimento que suportamos na província da Ásia”. Essa par-


te específica do versículo omite fatos de que necessitamos para conse-
guir um bom entendimento dos riscos que Paulo correu. Por nos falta-
rem mais informações, só podemos sugerir possíveis situações. Várias
têm sido propostas, tais como incidentes que ocorreram em Éfeso, a
província da capital da Ásia:
1. O motim instigado por Demétrio (At 19.23-41). Mas Lucas es-
creve que Paulo foi mantido longe do teatro e estava relativa-
mente seguro naquela ocasião.
2. Luta contra feras selvagens (1Co 15.32). Por ser Paulo um cida-
dão romano, ele não teria sido jogado aos leões. Concluímos
que as palavras feras selvagens devam ser interpretadas não li-
teralmente, mas de modo figurado.
3. Aprisionamento por autoridades romanas (2Cor 11.23). Não te-
mos nenhuma certeza quanto a Paulo ter sido ou não encarcera-
do em Éfeso, mas ele escreve que esteve na prisão freqüente-
mente. Durante seu ministério de ensino de quase três anos na-
quela cidade (At 19.8, 10; 20.31), é provável que tenha passado
tempo na prisão.
4. Um mal físico (2Co 12.7-10). A natureza exata desse mal é des-
conhecida, e Paulo não indica que “o espinho na (sua) carne”
estivesse pondo em risco sua vida.
Todas essas sugestões são interessantes, mas não explicam o con-
texto imediato do versículo 8. Paulo escreve: “[Deus] nos livrou do
perigo mortal e nos livrará. Nele colocamos nossa esperança. Ele nos
livrará novamente” (v. 10). Na verdade, Paulo ainda enfrentava o mes-
mo perigo do qual ele tinha sido livrado (v. 10).
Não está fora de cogitação pensar que Paulo tenha sido arrastado
para várias sinagogas locais para ser julgado perante as cortes judai-
cas. Os castigos que recebia eram as 39 chicotadas prescritas. Ele reve-
la: “Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos
um” (11.24). Essas surras podiam ser perigosas quando administradas
com severidade, especialmente se eram repetidas em curto espaço de
tempo. Além disso, as autoridades romanas fustigaram Paulo três ve-
zes com varas (11.25). Lucas registra somente as chicotadas que Paulo
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e Silas receberam em Filipos (At 16.22) e deixa de registrar os outros


dois incidentes. A pergunta precisa ser feita: “Quanto castigo um corpo
humano é capaz de suportar?”.
Se Paulo foi exposto a esse perigo mortal recorrente, é possível
que a ameaça tenha se originado por causa de ter instruído cristãos
judeus e gentios a prepararem uma coleta para os santos em Jerusalém.
O período para ajuntar o dinheiro foi prolongado por mais de um ano
(8.10) e foi causa de atrito para os antagonistas de Paulo. Líderes ju-
deus na Ásia Menor, Macedônia e Grécia podem ter entendido mal a
motivação de Paulo. Julgaram que ele estivesse interferindo na coleta
do imposto do templo que todos os judeus em toda parte tinham de
pagar anualmente.27 Esses líderes judeus resistiam à divulgação do
Cristianismo com seu desafio ao judaísmo. Portanto, muitas vezes ata-
cavam Paulo como um dos principais proponentes do Cristianismo. A
oposição feroz que Paulo teve de suportar dos adversários judeus con-
tinuou a ser uma ameaça persistente à sua vida (comparar com At 20.3,
19; 21.27-32).
c. “Porque fomos duramente oprimidos, isso excedendo às nossas
forças, de modo que desesperamos da própria vida”. O risco que Paulo
correu foi tão grande que ele o descreve como um fardo extremamente
pesado que ele não era capaz de suportar fisicamente.28 Mais do que
isso, espiritualmente lhe faltava a força necessária e ele entrou num
estado de desespero (contrastar com 4.8). Ele já esperava o fim de sua
vida terrena a não ser que o próprio Deus interviesse e, por assim dizer,
o trouxesse de volta dos mortos.
9. No entanto, temos em nós mesmos a sentença de morte, de
modo a não confiar em nós mesmos, e sim em Deus, que ressuscita
os mortos.
No texto grego, muito mais do que na tradução, encontramos uma
ênfase decisiva no pronome pessoal nós. Paulo escreve de um ponto de
vista estritamente pessoal sobre uma experiência que teve, a qual ele
27. Roy Yates, “Paul’s Affliction in Asia: II Corinthians 1.8”, EvQ 53 (1981): 241-45;
consultar também John E. Wood, “Death at Work in Paul”. EvQ 54 (1982): 151-55.
28. Paulo emprega a expressão grega kaq’ {yperbolhn (sobremaneira ou extremamente)
sete vezes em suas epístolas: Romanos 7.13; 1 Coríntios 12.31; 2 Coríntios 1.8; 4.7, 17;
12.7; Gálatas 1.13.
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não pôde evitar. Essa experiência fez com que Paulo se desesperasse
da vida e acreditasse que ele não podia mais confiar em seus próprios
sentidos. Pediu a Deus livramento mas, em vez disso, foi-lhe dada a
sentença de morte. A palavra sentença sugere que Paulo tinha rogado a
Deus, assim como Jesus no jardim de Getsêmani rogou ao seu Pai que
retirasse dele o cálice do sofrimento e morte.
Mesmo Paulo chegando à beira da morte, ele não morreu. Deus
quis que ele abandonasse sua confiança em si, e que em vez disso pu-
sesse toda a sua confiança em Deus. Estar às portas da morte significa
um completo abandono de todo sinal de confiança em si e uma depen-
dência plena em Deus somente. Inclui não nos julgarmos indispensá-
veis no serviço de Deus, mas reconhecermos que de corpo e alma per-
tencemos inteiramente a Jesus Cristo. É essa a confiança que Paulo
tem em mente.
Durante essa experiência, Paulo experimentou a morte emocional-
mente, e dali para a frente se entregou totalmente a Deus. Confiou que
Deus podia ressuscitá-lo dos mortos.29
O livramento que Deus providenciou para Paulo foi um tipo de
ressurreição que se assemelha à experiência de Abraão e Isaque. Abraão
demonstrou fé verdadeira quando, em obediência ao mandado de Deus,
esteve pronto a sacrificar Isaque. Deixando para trás seus servos, dis-
se-lhes que ele e o filho iriam adorar a Deus e voltar para onde estavam
(Gn 22.5). O escritor de Hebreus diz: “Abraão considerou que Deus
tinha poder até para ressuscitá-lo dentre os mortos e, falando figurada-
mente, ele realmente recobrou Isaque da morte” (11.19).30
10. Ele nos livrou do perigo mortal e nos livrará. Nele coloca-
mos nossa esperança. Ele nos livrará novamente,
Não nos é dito qual é esse perigo mortal, mas as referências de

29. Ver também Hafemann, “Comfort and Power”, p. 329; Calvin J. Roetzel, “As Dying,
and Behold We Live”, Interp 46 (1992):5-18.
Um incidente semelhante ocorreu quando os judeus apedrejaram Paulo em Listra e o
deram por morto, mas Deus o salvou, de maneira que retornou à cidade (At 14.19,20; 2Co
11.25; 2Tm 3.11).
30. Colin J. Hemer, “A Note on II Corinthians 1.9”, TynB23 (1972): 103-7. Ver também
Adolf Deissmann, Bible Studies, trad. por Alexander Grieve (1923; reedição, Winona Lake,
Ind.: Alpha, 1979), p. 257.
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Paulo a ser oprimido, a desesperar de sua vida, e à sentença de morte


nos versículos 8 e 9 fornecem indícios. O apóstolo tinha em mente
aprisionamento, sofrimento físico e punição injuriosa que bem poderi-
am resultar em morte. Paulo não está interessado em fornecer detalhes,
porque os detalhes os coríntios já conhecem. Ele apresenta o fato de
ter sido livrado de perigo mortal. Se seus caluniadores em Corinto du-
vidam do zelo de Paulo pelo evangelho e de seu amor pela Igreja, de-
vem considerar seu sofrimento pela causa de Cristo. Paulo arriscou a
vida, não por ganho ou glória pessoal, mas para servir a seu Senhor no
progresso da causa do reino.
Paulo pôs sua confiança em Deus, que o salvou de “tão grande
perigo de morte”.31 Ele achou que sua vida terrena havia terminado,
mas Deus o restaurou, livrando-o de uma crise que ele identifica como
“tão grande”. A confiança que Paulo demonstra é evidente pelo tempo
futuro do verbo livrar. Sua confiança em Deus é tão grande que ele
sabe que Deus o livrará novamente de apuros aparentemente fatais.
Sabe que ataques da parte dos judeus certamente tornarão a acontecer
no futuro. Por essa razão Paulo se repete dizendo que “em [Deus] colo-
camos nossa esperança. Ele nos livrará novamente”.
Essa é a segunda vez que Paulo emprega a palavra esperança. A
primeira vez (v. 7) ele usou a palavra como substantivo, mas agora é
um verbo que no grego está no tempo perfeito: “temos esperado e con-
tinuamos a esperar”. De modo semelhante, no versículo 9 ele usa uma
construção verbal com a palavra confiar (“não temos confiado em nós
mesmos”). Esperança não é menos do que confiança, mas se relaciona
com ela, e é sustentadora da esperança. E, finalmente, a esperança de
Paulo é tão firme que ele crê que Deus ainda o livrará outras vezes.
11. Vocês também nos ajudam com suas orações por nós. Então
da parte de muitas pessoas serão expressas graças a nosso favor
pela bênção concedida a nós por meio das orações de muitos.
Esse texto apresenta várias dificuldades que são aparentes pela or-
dem complexa das palavras. Primeiro, será que a primeira cláusula do
versículo 11 deve servir como conclusão para o versículo 10? O con-
texto parece favorecer essa ligação. Depois, o versículo repete a ex-

31. Bauer, p. 814.


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pressão de muitas pessoas / de muitos. Alguns tradutores mudam a


segunda ocorrência para “em resposta a muitas orações” (RSV), “por
causa de suas muitas orações (NCV) ou “por meio de muitos” (NKJV).
Terceiro, será que Paulo está se acomodando ao costume judaico de
evitar o uso do nome divino? Sua fraseologia sugere que Deus conce-
deu uma bênção àqueles que estão orando (NCV, NJB, REB, SEB).
a. “Vocês também nos ajudam com suas orações por nós.” Paulo
louva os leitores por serem batalhadores de oração a seu favor (compa-
rar com Rm 15.30; Fp 1.19). Ele faz referência ao elo de comunhão
que têm por estarem orando uns pelos outros. O ato de ajudar é contí-
nuo e indica duas partes cooperando numa certa causa, que nesse caso
é orar. Os coríntios estão rogando a Deus para que livre Paulo de peri-
go mortal e para que faça isso continuamente. O grego coloca a palavra
oração no singular, mas nossa língua pede o plural.
b. “Então da parte de muitas pessoas serão expressas graças a nos-
so favor”. Aquelas pessoas que oraram pelo livramento de Paulo po-
diam agora, com Paulo, agradecer a Deus (4.15; 9.11, 12). O grego tem
uma palavra que literalmente significa “faces”, mas que é traduzida
“pessoas”. Não erramos, contudo, ao ver que o termo grego retrata
faces erguidas a Deus em oração.
c. “Pela bênção concedida a nós por meio das orações de muitos”.
A bênção que Deus concedeu se refere ao livramento de Paulo de peri-
go mortal. O grego usa o termo charisma, que na correspondência co-
ríntia geralmente significa um dom espiritual. Mas aqui Paulo tem em
mente a bênção, a dádiva de sua vida ter sido livrada das garras da
morte. Finalmente, o texto grego é notadamente breve quando diz “de
muitos”. Essa expressão pode ter o sentido de “muitas pessoas” ou
“muitas orações”. Das duas traduções, a primeira é a preferida porque
Paulo quer enfatizar o envolvimento de seus leitores.

Considerações Práticas em 1.8-11


Da primeira infância até a terceira idade nós buscamos, resguardamos
e prezamos nossa independência. Nós até realçamos a independência li-
gando-a à dignidade pessoal, especialmente com respeito aos idosos em
nossa sociedade. Consideramos como dignas de louvor as pessoas que
são capazes de cuidar de si.

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