Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
"
Relatório de andamento
19 de setembro de 2005
i. e x
!"
RESUMO
ferrita nas propriedades mecânicas e na resistência à corrosão por pite do aço dúplex
UNS S31803 (SAF 2205) solubilizado entre 1060 ºC e 1200 ºC. Para isso, o material
em estudo, recebido na condição solubilizada a 1060ºC por 1 hora, foi solubilizado por
ferrita e austenita das diferentes condições de solubilização; ii) análises dos ensaios de
corrosão por pite do aço em estudo; v) análise e discussão dos resultados; vi)
3. propriedades mecânicas;
6. UNS S31803.
1
!"
I. OBJETIVOS
inoxidável dúplex UNS S31803 (SAF 2205), solubilizado entre 1060 e 1200 ºC.
uma força uniaxial de tração que aumenta continuamente o comprimento da amostra até
sua fratura[1].
2
!"
F
S= (1)
A0
onde F é a força necessária para provocar uma mudança de forma (por exemplo, um
da força .
(2).
∆L
e= (2)
L0
Tensão e deformação como descritas nas equações (1) e (2) são chamadas de
tensão e deformação de engenharia, uma vez que para o seu cálculo convenciona-se o
numa seqüência de solicitações. Portanto, para corrigir o erro advindo das convenções
3
!"
F Li
σ= (3) ε = ln (4)
Ai L0
A0 A0
e= − 1 (5) ε = ln (6)
A A
fenômeno de deformação uniforme (ou seja, todo material sujeito à força F de tração
para execução em materiais metálicos é a ASTM E 8M-04) pode ser dividida em três
regiões onde eventos distintos de deformação ocorrem. Indicadas na Figura 1 são elas:
4
!"
toda sua extensão, pode-se afirmar que a deformação elástica é dada pela equação (9):
5
!"
pode suportar sem que ocorra a fratura, no entanto, o material sofrerá uma fratura se
essa tensão for aplicada e mantida [1,2]. Como mostra a Figura 2, a tensão chega a um
ponto máximo e depois decresce até a ocorrência da fratura[3]. Pode-se dizer então que
material ocorre.
deformação no trecho elástico deixa de ser linear, não obedecendo mais a equação (9).
Contudo, a determinação deste limite é difícil, adotando-se como limite das regiões
6
!"
módulo de elasticidade (E) que foi definido no item anterior. Quanto maior for esse
módulo mais rígido será o material ou menor será a deformação elástica que resultará
idênticos.
de um material metálico resistir à uma deformação plástica, e pode ser medida através
7
!"
Quanto mais resistente o material for, maior será o valor do limite de escoamento e de
tracionar o material desde uma carga nula até a sua tensão limite de escoamento[3]. A
resiliência pode ser calculada como a área da Figura 1 indicada por (1). Assumindo que
2
S
u R = LE (10)
2 .E
L f − L0
ATL0 = e f .100 = .100
L0 (11)
uniforme), é comum a utilização das equações (12) e (13) para o cálculo da ductilidade.
A0 − A f 100
RA = .100 (12) ε f = ln (13)
A0 100 − RA
8
!"
de volume até sua fratura e pode ser considerada como sendo a área total abaixo da
curvas não representam o comportamento real no trecho plástico, uma vez que as
[3]
curvas são baseadas nas áreas originais do corpo-de-prova . Portanto, utilizando a
e elásticas, que são depois então somadas para se obter a deformação real total, pode-se
1
σ σ n
ε = εe + ε p = + (14)
E H
onde ε é a deformação real total imposta, εe e εp são respectivamente as parcelas
de encruamento do material.
15.
Ff
Af
σf = (15)
4R D
1+ . ln 1 + mín
Dmín 4R
9
!"
σ~ B = Bσ~ (16)
sendo que a correção para ε < 0,15 não é necessária. Esta equação representa
A partir da curva, nota-se que uma correção de 10% (B=0,9) por exemplo,
π ⋅ d i2
4 di
ε = ln⋅ = 2. ln . (18)
π ⋅d2 d
4
0,4 como exemplo anteriormente citado, é obtida uma relação entre o diâmetro inicial e
o diâmetro de estricção, que vale 1,22 neste caso. Esta curva serve apenas para aços e
não deve ser aplicada para outros metais, a menos para que seja obtida uma
aproximação.
10
!"
(estricção); logo, não é mais válida a tensão uniaxial como fora assumida. Assim sendo,
II.7. Corrosão
requisitos:
• Processo catódico: redução das espécies oxidantes presentes no meio, nos locais
11
!"
por apresentarem superior resistência mecânica, como também pela grande resistência à
precipitação de fases ricas em cromo pode alterar a resistência à corrosão destes aços
física que impede o contato do metal com o meio agressivo. Há várias teorias sobre a
formação do filme passivo sobre o metal, porém as duas apresentadas neste trabalho
considerável envolvendo uma fase constituída por óxidos ou outro produto de corrosão,
formando uma rede cristalina tridimensional. Quanto mais perfeita a estrutura do óxido
com relação à proteção oferecida. Já a teoria da adsorção trata o filme passivo como
de oxigênio ou qualquer outra espécie passivante, como alguns inibidores, que tem o
papel de desalojarem
12
!"
produto de corrosão chamada película passiva, e pode ocorrer por reação espontânea
corrosivo, sendo que esta resistência à corrosão pode ser melhorada com adição de
destas reações pode ser feito através da relação entre o potencial aplicado e a corrente
13
!"
inoxidável em meio ácido, onde podem ser observadas regiões denominada catódica e
14
!"
A região ativa é o trecho onde o metal corrói, agindo como ânodo solúvel. Na
região anódica passiva, caracterizada nos aços inoxidáveis por baixa densidade de
passivação (Epp) indica o início da passivação, e neste potencial o metal passa do estado
quebra desta película, expondo o metal base à solução, haverá a formação de íons
tipo MOH+; este tipo de composto é “capturado” por moléculas de água e se liga ao
filme em forma de gel, havendo liberação de íons H+, e isto marca a regeneração da
película passiva[6].
15
!"
sem a corrosão do metal. Se a película não é tão boa condutora eletrônica, ou não é
transpassiva.
16
!"
II.7.1. Técnicas eletroquímicas para estudo da corrosão por pite e relação com
microestrutura.
Apesar das excelentes propriedades protetivas das películas passivas dos aços
corrosão localizada como a corrosão por pite. Uma das causas de quebra da película
de água nas regiões não recobertas pela película (as pontes H2O-M-OH2 mostradas na
complexos são solúveis, e são facilmente removidos da película, expondo mais uma vez
o metal base ao meio corrosivo, liberando os íons cloreto: tem início um processo
Figura 8. A quebra da película passiva, deste modo, pode ocorrer em fases precipitadas
e nas suas interfaces, zonas empobrecidas em cromo, inclusões não metálicas como as
17
!"
Etrans, e o potencial eletroquímico onde este ocorre é chamado potencial de pite (Epite).
Quanto mais elevado for este potencial, maior a resistência do material à formação de
pites de corrosão[8].
corrosão, elevando-se o potencial até que uma dada densidade de corrente é atingida; a
18
!"
reversão ∆irev (que, quanto maior, indica a maior penetração ou alargamento do pite, ou
a curva original tem-se o chamado potencial de proteção (Eprot1), que recebe este nome
pois, abaixo de Eprot1 não existe possibilidade de quebra da película passiva ou de sua
descrevem ainda como potencial de proteção o potencial abaixo de Eprot1 onde ocorre a
reversão de corrente para valores catódicos, chamado de Eprot2, onde por também não
19
!"
seu crescimento. Pode-se concluir, portanto que quanto maior o trabalho elétrico,
pequeno diâmetro, que se inicia pela quebra da película passiva em regiões onde esta
discretos sobre a superfície do metal e que é muito difícil de ser detectada visualmente
[7]
.
quebrar a película passiva de forma localizada. Existem três teorias, as quais serão
explicadas a seguir:
20
!"
autocatalítico como mostra a Figura 10, onde o metal está sendo corroído numa
solução aerada de NaCl. Dentro do pite (ânodo) há uma rápida dissolução do metal,
enquanto a redução do oxigênio ocorre nas superfícies adjacentes (óxido protetor) que
metal dentro do pite produz um excesso de cargas positivas nessa área, resultando na
migração dos íons cloreto para lá, a fim de manter a neutralidade de cargas. Assim,
dentro do pite, passa a existir uma elevada concentração de cloreto do metal, o que
cloretos , o que torna o mecanismo autocatalítico, pois ocorre ataque mais intenso ao
M + H+ M+ + H2 (22)
21
!"
A resistência à corrosão por pite nos aços dúplex solubilizados é, sem dúvida,
modificação do potencial de início destes para valores mais nobres) cresce com o
de pites[6].
formação por pite será maior nesta fase; em aços sem nitrogênio, a ferrita tem maior
molibdênio[6].
Trabalho com aço Zeron 100 (25 %Cr – 6,5 %Ni – 3,7 %Mo – 0,25 %N – 0,7
22
!"
ataque a contornos de grão nas duas fases e contornos de interfase, para então se iniciar
a formação de pites na ferrita[6].Tais resultados são reforçados pelo trabalho com aço
26%Cr – 5,9 %Ni – 3,2 %Mo – 0,2 %N solubilizado entre 1020ºC e 1140ºC e testado
preferencialmente na ferrita[6].
dúplex (UNS S31500 e UNS S32404, ambos sem adição de nitrogênio), foi constatado
pite envolve tanto a ação de íons cloreto quanto a presença de bolhas de oxigênio, que
pite entre 1000 mVECS e 1200 mVECS. Por vezes, os pites formados nestes aços
Estudos com o aço soldado SAF 2205 mostram que a resistência à corrosão por
presentes (para frações de ferrita entre 25% e 70%); no entanto, a resistência à corrosão
por pite é reduzida pelo reaquecimento da junta soldada durante operações multipasse,
aumentos no teor de níquel do metal de adição não são tão significativos no aumento da
23
!"
molibdênio[11].
II.8. Aços
• aços com baixo teor de carbono são aqueles que contêm menos que
sua microestrutura é composta por ferrita e perlita, portanto, essas ligas são
excepcionais[2,8];
• aços com médio teor de carbono são aqueles que possuem concentrações
de carbono entre 0,25 e 0,60% m. Essas ligas podem ser tratadas termicamente
são mais resistentes que as ligas de baixo teor de carbono, porém são menos
dúcteis e tenazes;
• aços com alto teor de carbono são aqueles que possuem concentrações
24
!"
Aços inoxidáveis são aços que contêm cromo como elemento de liga
predominante, sendo que a concentração mínima de cromo para que o aço seja
corrosão, pois o cromo quando oxidado forma na superfície do metal uma película
passiva, que é auto regenerativa, a qual protege o metal do meio corrosivo, sendo que
esta resistência à corrosão pode ser melhorada com adição de níquel, molibdênio e
nitrogênio.
estrutura metalúrgica[8]:
magnéticos .
aços relativamente baratos, pois não há níquel presente na liga[8] . Esses aços
são compostos pela fase ferrita, de estrutura cúbica de corpo centrado (CCC). A
6% a 22% m de níquel[8], são os aços mais usados devido aos elevados teores
elementos[6]. Esses aços são produzidos através do sistema AOD (descarburação por
carbono.[8]
austenita, obtidas após solubilização entre 1000ºC e1200ºC e resfriamento brusco [6] .
também irão melhorar a resistência à corrosão por pites nos aços inoxidáveis dúplex. O
níquel é outro elemento de liga presente nesses aços, porém sua função é de estabilizar
a austenita. Uma vez que cromo e molibdênio promovem a formação de uma fase
26
!"
muito frágil chamada sigma, o cromo e o molibdênio devem estar presentes numa faixa
Portanto, pode-se considerar que esses aços são compostos basicamente por
ferro, cromo e níquel, e assim o estudo da metalurgia física destes aços pode ser feito
No sistema ternário Fe-Cr-Ni, quatro fases sólidas são encontradas. Três fases
são soluções sólidas: austenita (γ), de estrutura cúbica de faces centradas; ferrita (α), de
estrutura cúbica de corpo centrado e α’, de estrutura cúbica de corpo centrado e rica em
cuja formação independe de difusão. Assim evita-se a confusão causada por diferentes
interpretação[6] .
27
!"
notando-se que o campo de equilíbrio entre as duas fases aumenta com a redução de
temperatura[6] .
28
!"
29
!"
resultados:
Nieq= 11,5 % ;
Creq= 26,2 %;
figura 15, onde se nota que o tratamento térmico deste aço a aproximadamente 1100 ºC,
30
!"
Nas ligas Fe-Cr-Ni, pode haver precipitação de fase sigma, porém esta não é a
única fase adicional que pode formar, podendo haver também formação de vários
A austenita secundária também é uma fase adicional que pode formar nessas
entre 600ºC e 800ºC , pela formação de fases ricas em cromo ou pela decomposição
31
!"
em 50 mm superior a 27%. Além disso, sua resistência à corrosão supera a dos aços
que além dos aços inoxidáveis ferríticos apresentarem um limite de escoamento maior
que os aços inoxidáveis austeníticos, seu limite de escoamento também apresenta maior
em “heat A”. O limite de escoamento está entre o da austenita e da ferrita, porém mais
32
!"
estrutura dúplex comparado com os grosseiros grãos das fases separadas, ferrita e
austenita[7]..
ferrita pura.
porém, que o inverso é válido para o limite de resistência, que diminui com o aumento
Figura 16. Curva tensão x deformação verdadeira de uma liga dúplex (50%-60% em
peso de ferrita)comparada as curvas de material ferrítico e austenítico[13].
33
!"
34
!"
35
!"
mecânicas de uma estrutura dúplex resultante, mas também permite com que esses aços
favorecida pelos pequenos tamanho de grão (1-10 µm), os quais são obtidos devido às
de tubos para transporte de CO2 seco e úmido, na indústria de papel e celulose como
36
!"
III.1. Materiais
III.2. Métodos
do aço.
a camada de óxidos e em seguida foram marcados de 2,5 em 2,5 mm para poder então
37
!"
foram lixadas até granulometria de 600 mesh para permitir a perfeita aderência entre o
baquelite e a amostra.
ferritoscópio FISCHER modelo MP30, calibrado com o auxílio de padrões, tendo como
38
!"
limite de detecção 0,1% de ferrita. Cinquenta medições foram realizadas em cada uma
das amostras.
39
!"
Os dados obtidos dos ensaios de tração estão apresentados nos gráficos 1 e 2 e na tabela 3 .
900
800
700
Propriedades mecânicas
600
500
400
300
200
Limite de escoamento (MPa)
Limite de resistência (MPa)
100
E (GPa)
0
1050 1100 1150 1200 1250
Temperatura (ºC)
40
!"
90
80
Propriedades mecânicas
70
60
50
40 A.Total em 25 mm (%)
Redução de área (%)
30
1050 1100 1150 1200 1250
Temperatura (ºC)
1060 532,4 ± 7,4 765,2 ± 8,4 54,6 ± 3,1 189,2 ± 11,0 83,2 ±1,4
1100 463,2 ± 19,7 769,6 ± 4,8 55,4 ± 4,2 185,5 ± 10,5 83,5 ± 0,4
1150 503,5 ± 17,3 774,3 ± 8,3 49,7 ± 0,9 180,3 ± 8,8 82,3 ± 0,7
1200 523,5 ± 22,5 794,2 ± 14,8 46,1 ± 2,4 182,6 ± 8,7 74,9 ± 0,9
41
!"
IV.2.1 Microestrutura
solubilização.
42
!"
43
!"
44
!"
45
!"
descrito no item III.2. dos Métodos e cujos resultados são apresentados nos gráficos 3 e
4 e nas tabelas 4 e 5.
46
!"
65
60
Fra çã o volum é trica de fe rrita (%)
55
50
45
40
35
1050 1100 1150 1200 1250
47
!"
64
62
Fração volumétrica de ferrita (%)
60
58
56
54
52
50
48
1050 1100 1150 1200 1250
48
!"
49
!"
V. PRÓXIMAS ETAPAS
de solubilização.
e f.
aço em estudo.
50
!"
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
51
!"
52