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Os efeitos do treinamento em jejum na composição corporal

Bruna Cristina da Silva FARIA1


Erika da Silva Bronzi MOURA2
Fabíola Rainato Gabriel de MELO 3
Resumo: Com o aumento da obesidade, a utilização de estratégias que visam ao controle do peso e da composição corporal
está cada vez mais frequente. O treinamento em jejum ainda é uma prática muito polêmica, mas que vem sendo utilizada por
muitos indivíduos na expectativa de obter resultados rápidos. Essa estratégia busca esgotar o aporte de glicogênio muscular
para que o organismo utilize gordura como fonte primária de energia. O objetivo deste trabalho foi descrever e identificar, por
meio de revisão da literatura, os efeitos do treinamento em jejum na composição corporal, destacando as principais alterações
metabólicas que esse tipo de estratégia causa no organismo humano. Foram revisados artigos científicos, livros e revistas
publicados nos últimos quinze anos. Vários estudos têm mostrado que a redução de peso e gordura corporal está mais rela-
cionada com duração e intensidade do exercício e alimentação adequada, e não com a prática de exercício em jejum, devido
às diversas alterações metabólicas causadas no organismo por essa prática. Ainda faltam muitos estudos para comprovar a
eficácia dessa estratégia na oxidação de gorduras.

Palavras-chave: Composição Corporal. Exercício Físico. Jejum. Obesidade. Orientação Nutricional.

1
Bruna Cristina da Silva Faria. Especialista em Nutrição Estética e Esportiva pelo Claretiano – Centro Universitário. Bacharel em Nutrição pela mesma
instituição. E-mail: <brunafarianutri@gmail.com>.
2
Erika da Silva Bronzi Moura. Doutora em Ciências Nutricionais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus Araraquara
(SP). Mestre em Saúde na Comunidade pela Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto (SP). Licenciada em Biologia pelo Claretiano – Centro
Universitário. Docente do curso de Nutrição do Claretiano – Centro Universitário. E-mail: <esbronzi@yahoo.com.br>.
3
Fabíola Rainato Gabriel de Melo. Doutora e Mestre em Investigação Biomédica pela Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto (SP).
Bacharel em Nutrição pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Coordenadora e docente do curso de Nutrição no Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <nutricao@claretiano.edu.br>.

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The effects of fast training in body composition

Bruna Cristina da Silva FARIA1


Erika da Silva Bronzi MOURA2
Fabíola Rainato Gabriel de MELO 3
Abstract: With increasing obesity, the use of strategies that vision weight control and body composition are increasingly
common. Training fasting is still a very controversial practice, more than has been used by many individuals hoping to get
quick results. You search strategy deplete muscle glycogen supply, so that the body use fat as a primary source of energy.
The aim of this study was to describe and identify through the literature review the effects of fasting on training on body
composition, highlighting the main metabolic changes that cause this type of strategy in the human body. They reviewed
scientific articles, books and magazines published in the last fifteen years. Several studies have shown that reducing weight
and body fat is more related to the duration, intensity of exercise and proper nutrition, and not the practice of fasting exercise
due to various metabolic changes in the body caused by it. There are still many studies to prove the efficacy of this strategy
in the oxidation of fats.

Keywords: Body Composition. Physical Exercise. Fasting. Obesity. Nutritional Guidance.

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1.  INTRODUÇÃO

Atualmente, a obesidade é responsável, em média, por cerca de 3,5 milhões de mortes no ano,
sendo percebida pela maioria dos médicos como uma doença e um dos fatores de maior risco para a
saúde. Sua incidência tem aumentado com o passar do tempo, o que tem deixado muitos profissionais
da área da saúde preocupados. Ela pode ser considerada como um grau acima do sobrepeso, o qual é
definido em relação ao índice de massa corporal e pode ser traduzido como um aumento de peso acima
do recomendado ou considerado normal (ANTONELLO et al., 2012; MORAES, 2016).
O ganho de peso está diretamente ligado com a ingestão de alimentos e o gasto calórico do indi-
víduo. Esse gasto calórico pode variar de acordo com a prática de exercício físico, no entanto, a maioria
da população apresenta problemas relacionados justamente à ausência dessa prática. As justificativas,
na maioria das vezes, são a falta de tempo ou a falta de condições para a prática da atividade física (AN-
TONELLO et al., 2012).
Além da avaliação pelo peso, o indivíduo também pode ser classificado de acordo com sua com-
posição corporal, que pode ser definida como a proporção entre diferentes componentes corporais, prin-
cipalmente massa magra e gordura. Por meio dos percentuais obtidos com o cálculo da composição cor-
poral, é possível identificar os riscos à saúde, que estão diretamente ligados aos altos níveis de gordura
corporal total (TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
Hoje, o conceito de saúde refere-se a uma condição humana que considera as dimensões física,
social e psicológica, caracterizada num contínuo, com polos positivo e negativo, que deve ser lembrado
como consequência de uma série de fatores que, associados, determinam o índice de magreza ou de
gordura corporal, a desnutrição ou a superalimentação (NAHAS, 2006).
Para obter resultados favoráveis e adquirir qualidade de vida, é necessário alterar alguns hábitos,
entre os quais podemos citar a alimentação e a prática de atividade física (OLIVEIRA, 2013). A ativi-
dade física pode ser compreendida como qualquer movimento corporal produzido pela contração do
músculo esquelético acompanhado de gasto calórico. Ela pode trazer benefícios ao estado nutricional
dos indivíduos, prevenindo e diminuindo a ocorrência da obesidade, uma vez que um estilo de vida
sedentário limita a quantidade de calorias a serem ingeridas diariamente e pode ocasionar ganho de
peso indesejado. Podem-se considerar praticantes de atividade física indivíduos que realizam exercícios
físicos com determinada regularidade, frequência e duração, tendo como objetivo promoção da saúde
ou atingimento de padrões estéticos pela modificação da composição corporal (VIEBIG; NACIF, 2010).
Para toda e qualquer idade, a American College of Sports Medicine (2011) recomenda uma ativi-
dade física semanal de pelo menos 150 minutos, com intensidade moderada, privilegiando-se o treino
cardiorrespiratório. A nutrição desempenha um papel fundamental no fornecimento de energia para o
trabalho biológico realizado durante o exercício. Os nutrientes adquiridos por meio da alimentação são
essenciais na formação, reparação e reconstituição de tecidos corporais, mantendo o bom funcionamen-
to do organismo e tornando possível a prática do exercício. Algumas condutas nutricionais inadequadas,
além de prejudicarem o treinamento, podem causar mudanças na composição corporal e levarem ao
aparecimento de enfermidades (VIEBIG; NACIF, 2010).
Carboidratos e lipídeos são utilizados como substratos durante o repouso e o exercício físico, sen-
do o carboidrato o principal substrato utilizado pelo organismo para realizar ligações químicas buscando
a produção de adenosina trifosfato, ou ATP, que é o composto responsável pelo fornecimento de energia.
A contribuição relativa de cada substrato durante o exercício é determinada por intensidade e duração do
esforço, treinamento, dieta, ação hormonal e estado nutricional. O organismo possui reservas celulares
de ATP em quantidades reduzidas. Na maioria das vezes, essas reservas são utilizadas no início do exer-
cício; caso ele seja prolongado, é necessária uma ressíntese das moléculas de ATP para continuar geran-
do energia (MARQUEZI; COSTA, 2008; TELLES; MARTA; GOMES, 2009; VIEBIG; NACIF, 2010).
A utilização de estratégias para emagrecimento se faz muito importante para a melhoria da saúde,
assim como o controle dos níveis de gordura corporal no organismo e o ganho ou a melhora do desem-

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penho físico e metabólico. Uma das estratégias mais polêmicas é o chamado aeróbico em jejum, também
conhecido pelo termo “aerobiose” (MCARDLE, 2011; MORAES, 2016).
Segundo Natalício et al. (2015), o jejum pode ser caracterizado pela supressão da ingestão de
alimentos por um período prolongado. Antigamente, ele era vivenciado de forma natural na vida dos ho-
minídeos e seus predecessores, sendo o processo responsável pelo desenvolvimento dos genes da obesi-
dade, pois permitiu o armazenamento de energia para os períodos de redução ou ausência de alimentos.
Historicamente, o jejum encontra-se ligado a momentos de purificação corporal e espiritual, sendo uma
prática comum de várias religiões. Do ponto de vista dietético, pode ser utilizado na tentativa de cura ou
melhora de algumas patologias (OLIVEIRA, 2013).
A busca pela boa forma tem feito com que indivíduos utilizem técnicas que visam à perda de
gordura corporal de forma rápida. Nesse processo, observam-se desde práticas simples até as mais sa-
crificantes (GENTIL, 2010). O treino em jejum é uma prática ainda muito polêmica, pois o carboidrato
é o principal substrato energético: é após a ingestão de carboidrato que o organismo acumula glicogênio
muscular para ser utilizado durante o exercício (VIEBIG; NACIF, 2010). Esse tipo de estratégia objetiva
economizar glicose para que o organismo utilize a gordura como sua principal fonte de energia durante e
após o término do exercício. A relevância dessa opção de tratamento consiste em se tratar de um método
não farmacológico e em estar relacionado ao metabolismo energético (MORAES, 2016).
A partir dessas observações, o objetivo deste trabalho é compreender todos os processos realiza-
dos pelo organismo durante o exercício para identificar os efeitos do treinamento em jejum na compo-
sição corporal.

2.  METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica. O assunto foi analisado em periódicos nacionais


e internacionais dos últimos quinze anos.
Para a seleção dos artigos, foram acessados os bancos de dados da Scielo, do Grupo de Estudos
Avançados em Saúde e Exercício, da American College of Sports Medicine e da Sociedade Brasileira de
Medicina e do Esporte. De um total de 19 artigos encontrados, 14 foram analisados, destacando-se os
principais conceitos sobre o tema em estudo. Utilizaram-se também os livros Atividade física, saúde e
qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo, Emagrecimento: quebrando mitos
e mudando paradigmas, Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano e Tratado de
alimentação, nutrição e dietoterapia.
Na consulta on-line a esses bancos de dados, foram utilizados os seguintes descritores de assunto:
alimentação, composição corporal, energia, exercício físico, gasto calórico, jejum, obesidade, orienta-
ção nutricional, treinamento; durante a consulta, também foi realizado um refinamento das datas.

3.  DESENVOLVIMENTO

Obesidade e exercício físico

A obesidade é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública, sendo um fator de ris-
co para várias doenças, como hipertensão arterial, arteriosclerose, carcinomas, diabetes tipo 2, síndrome
de insuficiência respiratória do obeso, insuficiência cardíaca, infertilidade, propensão a quedas, entre
muitas outras. A cada dia, sua prevalência aumenta; no Brasil, estima-se que 80 mil pessoas morram ao
ano devido a alguma doença desencadeada pela obesidade. Isso tem feito com que a população procure
adotar medidas de prevenção que visam à perda ou à manutenção de peso e de gordura corporal. Essas
medidas estão ligadas ao aumento do gasto calórico, prática de exercício físico e diminuição da ingestão
calórica (HAUSER; BENETTI; REBELO, 2004).

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Um indivíduo é considerado obeso quando a quantidade de tecido adiposo presente em seu corpo
aumenta numa proporção capaz de afetar a saúde e diminuir a expectativa de vida. Estudos relatam que
o aumento da obesidade está ligado às modificações dos hábitos alimentares, com a maior ingestão de
lipídios e carboidratos simples, e a diminuição da prática de exercício físico. Portanto, grande consumo
de energia combinado com inatividade física são os primeiros fatores que contribuem para o aumento
do peso (GENTIL, 2010; HAUSER et al., 2004).
O exercício físico pode ser definido como qualquer movimento muscular que tenha certa frequên-
cia e cujos objetivos sejam manter ou aumentar a aptidão física, melhorar a saúde e, em algumas vezes,
proporcionar recreação e lazer. Existem alguns mecanismos que sugerem que a prática do exercício
pode auxiliar tanto na manutenção do peso quanto no emagrecimento. Entre eles, podem ser citados: au-
mento do gasto diário de energia, redução do apetite, aumento da taxa metabólica de repouso, aumento
da massa muscular, aumento do efeito térmico do alimento, elevação do consumo de oxigênio, otimiza-
ção dos índices de mobilização e utilização de gordura, bem como uma sensação de autossuficiência e
bem-estar (MCARDLE, 2011; VIEBIG; NACIF, 2010).
O emagrecimento é definido como a redução da massa corporal total, principalmente gordura cor-
poral, e é determinado por um balanço energético negativo diário. A alimentação adequada combinada
com o exercício físico têm um efeito benéfico sobre o emagrecimento. Com a adoção de uma dieta hipo-
calórica, é possível produzir um equilíbrio energético negativo no organismo, causando efetiva redução
do peso corporal; já o exercício físico promove um deficit calórico sinérgico, potencializando a redução
do peso. Porém, é necessário lembrar que o gasto calórico dependerá da intensidade do exercício; se
houver aumento compensatório no consumo de alimentos e diminuição na intensidade do exercício, a
perda de peso pode ser facilmente revertida. A maior dificuldade da população é a de manter os hábitos
saudáveis adquiridos no processo de emagrecimento ao longo da vida (HAUSER et al., 2004; NATALÍ-
CIO et al., 2015; VIEBIG; NACIF, 2010).
O controle na escolha dos alimentos ingeridos é importante na modulação do tecido adiposo e na
obtenção de um balanço energético negativo. Além disso, alguns estudos mostram que o consumo de
uma grande quantidade de alimentos em um curto período de tempo favorece um acúmulo agudo de
energia na forma de adipócitos, portanto o recomendado seria uma frequência alimentar maior, a fim de
evitar a fome e controlar o apetite (MORAES, 2016).
Em geral, a população busca resultados de forma rápida e eficaz, e coloca em prática várias técni-
cas, entre elas o exercício físico praticado em jejum, que tem por objetivo esgotar o aporte de glicogênio
no músculo, tentando fazer com que o organismo utilize gordura como fonte primária de energia. No
entanto, existem muitas discussões no meio especializado sobre qual forma é a mais eficiente para perda
do excesso de peso e gordura corporal (TELLES; MARTA; GOMES, 2009).

Exercício em jejum e metabolismo energético

O jejum pode ser considerado o estado em que o indivíduo, por tempo indeterminado, não ingere
nenhum tipo de alimento. É uma estratégia que é usada desde a antiguidade, com fins religiosos ou de
purificação, porém, na atualidade, tem sido combinada ao exercício físico e usada como método para
proporcionar emagrecimento e perda de gordura corporal de forma rápida (MORAES, 2016).
Segundo Gentil (2010), um organismo saudável em repouso pode se adaptar ao jejum com certa
facilidade, porém, diante de uma demanda metabólica mais elevada, como no exercício físico, a situação
pode ser diferente. Alguns indivíduos não se adaptam de forma eficiente, e o organismo procura se pro-
teger induzindo, por exemplo, desmaios. Além disso, o jejum pode causar danos neurais permanentes,
ou seja, se a adaptação não for rápida, o cérebro pode ser gravemente lesado.
O cérebro é um órgão extremamente ativo, sendo responsável por quase 15% de nosso gasto
energético de repouso. Essa demanda metabólica é principalmente devida à condução de impulsos ner-
vosos. Em condições normais, ela é suprida pela glicose sanguínea, porém, em jejum, supõe-se que o
metabolismo cerebral seja afetado de forma negativa (GENTIL, 2010). Além de ser responsável pelo

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bom funcionamento cerebral, a glicose é fundamental para o bom funcionamento do corpo em geral.
Quando se passa muito tempo sem alimentar-se, a glicose sanguínea reduz, instaurando um quadro co-
nhecido por hipoglicemia. Se o jejum persistir, inicia-se um processo chamado de gliconeogênese, que
é quando ocorre mobilização das reservas de carboidratos no fígado. Em seguida, ocorre o catabolismo
das proteínas, que são diretamente utilizadas pelos tecidos ou convertidas em glicose. E, logo após, prio-
riza-se a mobilização da gordura, com a formação de corpos cetônicos, que podem atravessar a barreira
sangue–cérebro e serem utilizados como energia. Caso o jejum prossiga por muito tempo, intensifica-se
o catabolismo proteico, porém de forma mais acentuada e danosa (GENTIL, 2010; MCARDLE, 2011;
NATALÍCIO et al., 2015; TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
Se o exercício em jejum for realizado no final da tarde, dificilmente são registrados casos de
hipoglicemia. Isso se deve ao fato de que, nesse horário, o indivíduo provavelmente já realizou cerca
de quatro refeições. Nessas refeições, os níveis de glicogênio muscular e hepático são restabelecidos
ou preservados, ajudando a manutenção da glicemia. No entanto, quando o exercício é realizado pela
manhã, antecedendo um período de sono e jejum de aproximadamente de 8 a 10 horas, ocorre a redução
dos estoques de glicogênio muscular e hepático, causando, assim, uma possível hipoglicemia e fadiga
muscular durante o treino (TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
O exercício físico aumenta a demanda energética do organismo. Assim, do ponto de vista dieté-
tico, o consumo adequado de alimentos influencia o desempenho físico e a quantidade de energia dis-
ponível no organismo. Após a ingestão de carboidratos, proteínas e lipídios, ou seja, macronutrientes, o
organismo dá origem aos principais substratos energéticos que são utilizados no trabalho biológico. São
eles: glicose, que será armazenada em forma de glicogênio muscular e hepático; triacilgliceroides, pre-
sentes no tecido muscular; ácidos graxos livres; e aminoácidos desaminados (VIEBIG; NACIF, 2010).
Os carboidratos estão diretamente ligados ao desempenho esportivo competitivo ou amador. Eles
fornecem energia por meio do catabolismo da glicose sanguínea, do glicogênio muscular e hepático, e
de estoques corporais de glicose. A composição da alimentação diária pode influenciar a quantidade de
reservas de glicogênio, porém o organismo possui capacidade limitada de estocagem desse polissaca-
rídeo (VIEBIG; NACIF, 2010). Segundo Lima et al. (2003), apesar da carga de carboidrato permitir o
aumento do tempo de exercícios de alta intensidade, ela não vai influenciar o rendimento na primeira
hora de um evento. Porém, se o exercício exigir resistência, a ingestão de carboidrato pode melhorar o
desempenho físico, retardando a fadiga muscular por 30 a 60 minutos.
A utilização dos lipídeos como fonte de energia é influenciada pelo aumento do fluxo sanguíneo
consequente pela prática de exercício físico. Dessa forma, ocorre depleção das reservas corporais de
carboidratos, e o tecido adiposo libera ácidos graxos para serem utilizados pelo organismo (VIEBIG;
NACIF, 2010).
Além disso, a intensidade do exercício também influenciará a participação dos lipídios. Os ácidos
graxos poderão suprir 80% das necessidades energéticas caso o exercício seja prolongado, de intensida-
de leve a moderada e em metabolismo aeróbico. O treino e o condicionamento físico regular aprimoram
a utilização dos ácidos graxos, aumentando a capacidade de o organismo oxidar gorduras, em exercícios
brandos e moderados. Portanto, indivíduos treinados apresentam uma capacidade maior em poupar gli-
cogênio muscular e retardar a fadiga e a queda de desempenho (SEELAENDER; BELMONTE, 2007).
Nos minutos iniciais de exercício, o glicogênio muscular e hepático fornece cerca de 40 a 50%
da demanda energética; o restante é realizado pela queima de gordura, e a menor parte, pela proteína.
Conforme o tempo do exercício se prolonga, ocorre queda nos níveis de glicogênio, e a glicose san-
guínea começa a ser a principal fonte de energia, na forma de carboidrato. À medida que o exercício
continua, ocorre depleção de carboidrato, fazendo com que os níveis de glicose sanguínea caiam. Com
isso, supõe-se que ocorra um aumento da gordura circulante em comparação com os níveis observados
quando há excesso de glicogênio. É a oxidação dos ácidos graxos durante o exercício que permite que
a atividade física seja mantida por períodos mais prolongados, retardando a depleção do glicogênio e a
hipoglicemia. Durante o exercício, hormônios como epinefrina e glucagon ligam-se a receptores beta-a-
drenérgicos, promovendo a ativação da enzima lipase e, consequentemente, lipólise no tecido adiposo.
Dessa forma, o organismo passaria a realizar a oxidação de lipídios. Porém, os números de utilização de

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gordura corporal são inexpressivos quando expostos em termos absolutos (ANTONELLO et al., 2012;
FAYH; STEYER; RIBEIRO, 2012; MARQUEZI; COSTA, 2008; TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
As modificações no padrão dietético e metabólico causadas pelo jejum afetam principalmente o
fígado, causando nele um estresse oxidativo exacerbado por ser um dos principais órgãos do metabolis-
mo energético (MORAES, 2016).
O glucagon e a insulina são hormônios produzidos e liberados pelo pâncreas, mas que têm funções
distintas. Com a ingestão regular de alimentos, ocorre maior produção de insulina, pois ela realiza o pa-
pel de diminuir a quantidade de glicose, aminoácidos e ácidos graxos no sangue para estocá-los. Quando
há uma quantidade reduzida de substratos, como no caso do jejum, a quantidade de insulina circulante
reduz, aumentando a concentração de glucagon, que, na tentativa de fornecer glicose ao cérebro e teci-
dos, aumenta os níveis de ácidos graxos para produção de corpos cetônicos (MORAES, 2016; VIEBIG;
NACIF, 2010).
A prática de exercícios em jejum causa diversas alterações nos parâmetros metabólicos, que in-
fluenciam e são influenciados pelo exercício, e, em alguns casos, geram desequilíbrios no organismo.
Esses desequilíbrios podem se refletir no estado de saúde dos praticantes, sem realmente potencializar
a perda de gordura. É preciso lembrar que diante da escassez de alimentos, em alguns casos, o corpo
entra em um estado de “racionamento de energia”, diminuindo, assim, o gasto energético; esse relato foi
feito por pesquisadores coreanos durante um estudo. A quantidade de energia gasta após a atividade não
necessariamente estará relacionada à queima de gordura, mas sim à intensidade do exercício (ANTO-
NELLO et al., 2012; NATALÍCIO et al., 2015). Outras alterações metabólicas também são observadas,
entre elas o aumento das concentrações sanguíneas de corpos cetônicos e hormônios catabólicos, o que
gera um possível emagrecimento. A maior parte devido à redução de massa corpórea e não gordura
corporal. Isto acontece em virtude do catabolismo muscular, processo pelo qual o músculo sofre um
desgaste associado ao nível intenso do exercício e a falta de substratos energéticos para serem utilizados
(MARQUEZI; COSTA, 2008).

Exercício em jejum e composição corporal

A composição corporal define a quantidade existente dos diferentes componentes corporais em


relação à massa total do indivíduo. Os resultados são obtidos por meio da antropometria e estão relacio-
nados com aptidão física, desempenho esportivo e saúde (TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
A determinação da composição corporal é essencial na prática clínica e na avaliação das popu-
lações, pois ela define o percentual de gordura corporal, que está ligado ao aparecimento de diversas
síndromes metabólicas e enfermidades. Alguns estudos mostram que uma quantidade elevada de tecido
adiposo está ligada à elevação dos valores da pressão arterial, dislipidemias com níveis altos de triglicé-
rides e baixo de colesterol HDL, resistência insulínica e intolerância à glicose, entre outras consequên-
cias (OLIVEIRA, 2013; TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
A fim de modificar a composição corporal e melhorar a qualidade de vida, a prática do exercício
em jejum vem sendo utilizada por alguns indivíduos. Atualmente, existem poucos estudos com o obje-
tivo de comparar a oxidação de lipídios em jejum ou após a ingestão de alimentos. Porém, sabe-se que
a oxidação desse substrato não depende apenas do jejum, e sim de vários fatores, como intensidade do
exercício, sexo do indivíduo, nível de treinamento, concentração de ácidos graxos livres plasmáticos,
quantidade de carboidrato disponível e fatores hormonais. Portanto, nem todo exercício utilizará os lipí-
dios como fonte primária de energia (FAYH; STEYER; RIBEIRO, 2012).
Além de ser regulada pela intensidade e duração do exercício, a oxidação dos lipídios também é
alterada pelo intervalo decorrido entre a ingestão de carboidratos e o início da atividade. Isso acontece
porque a elevação da insulina, causada pela ingestão de carboidratos, inibe a lipólise do tecido adiposo,
e, consequentemente, diminui a concentração de ácidos graxos no sangue. No entanto, a oxidação de
gorduras torna-se reversível caso a duração do exercício físico seja aumentada; observa-se que após 100

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minutos de exercício contínuo, a oxidação de gordura e carboidrato é similar, mesmo quando o último é
ingerido antes do exercício (MARCKEZI; COSTA, 2008).
Em um estudo feito para comparar a oxidação de gorduras em indivíduos alimentados com uma
refeição leve antes da prática do exercício e em jejum total de 12 horas, foi possível observar que o exer-
cício aeróbio moderado realizado em jejum não aumentou a oxidação de gorduras. Já quando o exercício
apresenta alta intensidade, a oxidação de gorduras foi maior nos indivíduos alimentados, ou seja, o jejum
não influenciou a oxidação de gorduras, mas a intensidade do exercício sim. É necessário lembrar que se
a ingestão dietética for feita de forma incorreta, mesmo um exercício de alta intensidade pode não gerar
os resultados esperados, relacionados a emagrecimento, composição corporal e utilização de substratos
energéticos (GEASE, 2014).
Existem dois horários em que a prática de exercício em jejum pode ser realizada. O primeiro seria
logo de manhã, com o estômago vazio, apenas com uma pequena ingestão hídrica, de 300 a 500 mL,
evitando a desidratação. Nesse caso, observou-se uma perda de peso maior em comparação com a práti-
ca de exercício em jejum à tarde, quando o indivíduo já realizou várias refeições (ANTONELLO et al.,
2012). Marquezi e Costa (2008) relatam que a alteração da composição corporal obtida pelo treinamento
em jejum é devida a essa redução de massa magra, e que as diferenças de peso descritas se referem, prin-
cipalmente, à perda de água. Em alguns casos, também ocorre aumento da sensação de fome ou ausência
do efeito supressor do apetite, devido à prática de exercício, o que influencia diretamente a ingestão de
alimentos e, consequentemente, a obtenção de energia (NATALÍCIO et al., 2015).
Não houve diferença também na taxa de oxidação de lipídios em indivíduos do sexo masculino
que praticaram aeróbico em jejum. A única diferença observada foi que no estado em jejum houve
uma quebra menor de glicogênio, porém não é possível identificar se essa alteração é benéfica quanto
ao desempenho físico (DE BOCK et al., 2008). A maioria dos estudos demonstra que a diminuição do
percentual de gordura está relacionada com intensidade e duração do exercício e com a dieta; assim, o
exercício em jejum não influencia esse aspecto (TELLES; MARTA; GOMES, 2009).
Alguns autores acreditam que ocorre aumento da oxidação de gordura e diminuição da oxidação
de carboidratos, relacionados a diferentes períodos de jejum; outros verificam que, diminuindo-se a
disponibilidade de carboidrato, ocorre limitação da oxidação de ácidos graxos, além de alteração da
composição corporal, estando ambas as situações relacionadas à diminuição de massa magra, a varia-
ções no peso, que na maioria das vezes são causadas pela perda de água, e à diminuição do desempenho
físico (TELLES; MARTA; GOMES, 2009). Podemos observar por meio de alguns estudos que existem
pessoas que se adaptam bem a essa situação e optam por não se alimentar antes dos treinos. É necessário
ressaltar que essa é uma questão individual; é muito importante avaliar o quadro clínico geral do indiví-
duo antes de se iniciar a prática de exercício em jejum com objetivos estéticos (MARQUEZI; COSTA,
2008).

4.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de levar a algumas alterações metabólicas importantes que estão relacionadas ao metabo-
lismo energético e ao emagrecimento, a prática de exercício em jejum parece ser uma alternativa que
causa muitos danos à saúde por gerar um grande desequilíbrio no organismo. A diminuição na intensida-
de do exercício determinada pelo estado de jejum também diminui a aptidão física. Além de prejudicar
o treinamento, pode causar mudanças na composição corporal e levar ao aparecimento de enfermidades.
O treinamento regular pode aprimorar a utilização dos ácidos graxos, aumentando a capacidade do
organismo em oxidar gorduras. Porém, é importante lembrar que o exercício deve ser acompanhado por
uma alimentação equilibrada para que tenha resultados satisfatórios no emagrecimento.
De acordo com os resultados encontrados, praticar atividade aeróbica em jejum pode gerar maior
desconforto e desmotivação, levando à diminuição da intensidade do exercício. O emagrecimento e a
perda de gordura corporal dependerão da prática regular de exercício físico e de uma dieta hipocalórica.

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Ainda há ausência de estudos específicos sobre o tema, o que indica a necessidade de novos estudos para
direcionar a prática segura e eficaz de exercícios aeróbios em jejum com fins de emagrecimento.

REFERÊNCIAS

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE – ACSM. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining
cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise.
Official Journal of the American College of Sports Medicine, 2011, p. 1334-1359. Disponível em: <http://www.pgedf.ufpr.
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