Sei sulla pagina 1di 94

Capítulo 6

Trocadores de Calor
Leitura e Exercícios (Incropera & DeWitt)

6ª Edição

Seções: 11.1 a 11.7

Exercícios: Cap. 11 –1,3,5, 7,8, 14,16, 18,20, 23,24, 32,34,35,38, 39,43, 50, 79, 80

5ª Edição

Seções: 11.1 a 11.7

Exercícios: Cap. 11 – 1, 3, 5, 7, 9, 11, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 32, 34, 35, 38, 39,
43, 49, 50, 79, 80
Objetivo

Apresentar os fundamentos teóricos do projeto térmico de


trocadores de calor.
6.0. Apresentação e Classificação

O que são Trocadores de Calor?

Equipamentos de vários tipos e configurações onde ocorre


transferência de energia sob a forma de calor* entre
duas ou mais massas de fluido** que podem ou
não estar em contato direto.

* Normalmente, NÃO há interações com o ambiente sob a forma de calor e trabalho.


** Nos fluidos, pode haver sólidos em suspensão.
6.0. Apresentação e Classificação

EXEMPLOS

Gases saindo de Q Ar frio entrando em


uma chaminé uma fornalha

Exaustão de uma Q Sist. aquecimento


turbina a jato do ar da cabine

Vapor em um Q Sist. de água


condensador de resfriamento

Ar no gabinete Q HCFC ou HC
de um refrigerador evaporando
condicionamento de ar
resfr. armas resfr. aeronaves
radiador
refrigeradores
defesa doméstico
resfriamento
do óleo transportes
aquecimento de água
condicionamento
de ar termoelétrica
geotérmica leite e derivados pesca
óleo
e gás conversão indústria
componentes cogeração alimentícia
de energia
eletrônicos
nuclear conservação de
solar alimentos

metais

indústria meio indústria de


de base ambiente transformação
vidro
novas eliminação
de processos refino
tecnologias
de poluentes
refrigeração

APLICAÇÕES
6.0. Apresentação e Classificação
PROCESSOS/OPERAÇÕES
Aquecer, resfriar, condensar,
evaporar, ferver, esterilizar,
pasteurizar, congelar, fracionar,
destilar, concentrar, cristalizar,
fundir, secar...
As incontáveis aplicações e os inúmeros processos
e aplicações levam à necessidade de classificar os
trocadores de calor.
6.0. Apresentação e Classificação
I: Quanto ao processo de transferência

TROCADORES DE CALOR

RECUPERADORES REGENERADORES

Transferência direta Transferência indireta


(processamento contínuo) (processamento intermitente -
meio intermediário)

2
1
M M

1 Δt 2
6.0. Apresentação e Classificação
II: Quanto ao contato entre as correntes

TROCADORES DE CALOR

CONTATO INDIRETO CONTATO DIRETO

Maioria dos T.C.’s Fluidos Líquido/ Líquido/


(escopo do curso) Imiscíveis Gás Vapor

Transferência direta Transferência indireta Leito


(processamento contínuo) (intermitente) Fluidizado

Monofásico Multifásico
6.0. Apresentação e Classificação
gases

vapor

carvão
(particulado)

água

Leito Fluidizado

cinzas
ar

Uma caldeira a carvão


6.0. Apresentação e Classificação
III: Quanto ao número de correntes

TROCADORES DE CALOR

2 CORRENTES 3 CORRENTES N CORRENTES

IV: Quanto à razão área de troca/volume

TROCADORES DE CALOR

Micro Trocador Trocador Trocador


Trocador Laminar (Meso) Compacto Não-compacto

A m2 A m2 A m2 A m2
≥ 10000 3 ≥ 3000 3 ≥ 700 3 (g, l) < 700 3 (g, l)
V m V m V m V m
A m2 A m2
≥ 400 3 (l, l) < 400 3 (l, l) 11
V m V m
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação
V: Quanto à construção

TROCADORES DE CALOR

Tubular Placas Aletados Regenerativos

Tubo- Placa- Matriz Matriz


aleta aleta rotativa fixa

Placa-armação Soldado Espiral “Platecoil”

Duplo-tubo Casco-e- Casco- “Pipecoil”


tubos espiral

Escoamento Escoamento
normal aos tubos paralelo aos tubos
6.0. Apresentação e Classificação

Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação

Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação

Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação

Trocadores de Placas
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação

AR QUENTE

Trocadores de Placas

AR FRIO
6.0. Apresentação e Classificação

Trocadores de Placas
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores Aletados

22
6.0. Apresentação e Classificação

23
Trocadores Aletados
6.0. Apresentação e Classificação

C.T.C. é aproximadamente uma ordem de


magnitude menor do lado externo (ar):
colocação de aletas;

100%
% Total Thermal Resistance

80%

60% Inside

Wall
40% Outside

20%

0%
500 1000 1500 2000
Air Flow Velocity (SFPM)

Thermal resistance breakdown in a typical radiator


6.0. Apresentação e Classificação
BMW 3 Series Cooling Module

power steering
expansion bottle module support pusher fan
heat exchanger

module
support

inlet

assembly unit

thermostat

drain plug

} outlet
condenser
low temperature section
transmission shrout radiator
heat exchanger
6.0. Apresentação e Classificação
Regeneradores

Matriz Fixa
Matriz Rotativas
6.0. Apresentação e Classificação
VI: Quanto à disposição das correntes

TROCADORES DE CALOR

PASSES SIMPLES PASSES MÚLTIPLOS

Contra-corrente Paralelo Cruzado “Split” Dividido

Aletado Casco-e-tubos Placas

M passes (corrente 1)
N passes (corrente 2)

Cruzado/ Cruzado/ Misto Dividido(s) “Split” Paralelo ou C-corrente


C-corrente Paralelo M passes (corrente 1)
N passes (corrente 2)
6.0. Apresentação e Classificação
contra-corrente paralelas

correntes cruzadas
(M-M)

dividido
split

correntes cruzadas
(M-não M)
6.0. Apresentação e Classificação

1 passe no casco direção do


2 passes nos tubos escoamento

misto
6.0. Apresentação e Classificação

VII: Quanto ao mecanismo de transferência de calor

TROCADORES DE CALOR

Convecção Convecção Convecção Combinação de


monofásica bifásica em bifásica convecção e
em todas uma ou mais em todas radiação de
as correntes correntes as correntes calor

(Adaptação da classificação de R.K. Shah)


6.1. Termodinâmica
Duas correntes fluidas (vazões mássicas conhecidas) trocando calor
através de uma superfície

VC2

Q T 2 fria

1 quente

VC1

Aplicando a 1a Lei da Termodinâmica (Eq. da energia) a cada VC...


6.1. Termodinâmica
... com as seguintes hipóteses:

1.  sem trabalho realizado por ou sobre o sistema


2.  regime permanente
3.  variações de energia cinética e potencial desprezíveis
4.  propriedades uniformes
5.  perdas de calor desprezíveis entre as correntes e o ambiente (isoladas)

Temos a taxa total de calor trocado:

QT = M 1 (h1,in − h1,out ) = M 2 (h2,out − h2,in )

W kg/s J/kg

in, out entrada e saída dos fluidos no trocador


6.1. Termodinâmica
... se ainda

6. os fluidos não experimentam mudança de fase ao longo do trocador


6. seus calores específicos são aproximadamente constantes
Temos:

Δh = c p ΔT
QT = (M c p )1 (T1,in − T1,out ) = (M c p )2 (T2,out − T2,in )

C1 C 2
“taxas de capacidade térmica (ou calorífica)”

A Termodinâmica sozinha não fornece subsídios para o


dimensionamento do trocador de calor
6.2. Transferência de Calor
Equação fundamental - Lei de resfriamento de Newton

 *
δQ = U (T1 − T2 )dA*

δQ 2

dA*

onde...
6.2. Transferência de Calor

δQ taxa de calor trocado LOCAL (ou seja, no elemento de área) [W]

U* coeficiente GLOBAL de transferência de calor LOCAL [W/m2.K]

T1 ,T2 temperaturas LOCAIS das correntes 1 e 2 (quente e fria) [K]

dA* incremento infinitesimal de área de troca


(de referência consistente com U * ) [m2]

Integrando a equação diferencial acima com respeito a qualquer


uma das variáveis primárias (Q ou A), temos:
6.2. Transferência de Calor
Q T
δQ AT

A* = ∫ * QT = ∫ U * (T1 − T2 ) dA*


0
U (T1 − T2 ) 0

onde: Q T taxa de calor trocado TOTAL [W]

AT área TOTAL [m2]

Um método de cálculo ou de projeto deve propor, em última análise,


um procedimento através do qual a equação acima pode
ser integrada.

Se (T1 − T2 ) e U *são conhecidos, o problema está resolvido...


6.3. Conceito de ΔT média
A equação fundamental pode ser resolvida diretamente se definirmos:

* * 1 * *
U (T1 − T2 ) ≡ * ∫ U (T1 − T2 )dA
A A*
Média espacial de um produto
de distribuições locais

Desta forma:
QT = A* U * (T1 − T2 )
*
Se U for UNIFORME em A*: Variável a
ser determinada
QT = A*U * (T1 − T2 ) sob integração
na área
6.3. Conceito de ΔT média
Definimos:

A diferença de temperatura “efetiva” ou “média” do trocador

1 *
ΔTM ≡ (T1 − T2 ) = * (T −
∫ 1 2 T ) dA
A A*

Assim:

 * *
QT = A U ΔTM
(Eq. fundamental para U* uniforme)
6.4. Condutância térmica global
Dois fluidos trocando calor através de uma parede sólida

1
* *
= ∑ RT
U A
Inverso da resistência térmica total à transferência de calor entre os fluidos

Q T
T1 T2

∑R T
6.4. Condutância térmica global
Em trocadores de calor as seguintes condições são comuns

1. Paredes feitas de um único material (não compostas)

2. Superfícies aletadas (em ambos os lados)

3. Formação de uma camada de incrustação (impurezas) cujas


espessura, natureza e resistência são funções do tempo
de operação, da velocidade e da temperatura do fluido

Rʹ′fʹ′ (fator de incrustação)


−1
[m2.K/W] Dimensão de h
6.4. Condutância térmica global
Nomenclatura

δo
t
δi L f ,i L f ,o

Ti To
hi ho

Tw,i Tw ,o

Ai = A f ,i + Ab ,i Ao = A f ,o + Ab ,o
6.4. Condutância térmica global
Forma geral

1 1 Rʹ′fʹ′,i Rʹ′fʹ′,o 1
* *
= + + Rw + +
U A η o ,i hi Ai Ai Ao η o ,o ho Ao

onde:

*
A * área de referência para U . Precisa ser definida com
clareza (principalmente em trocadores de geometria
complexa!). Pode ser Ai , Ao ou qualquer outro valor.

Ai ; Ao áreas de troca da parede em suas superfícies interna e


externa, respectivamente.
Ex. tubo de comprimento L Ai = π Di L
Ao = π Do L
6.4. Condutância térmica global
onde (cont.):

Rʹ′fʹ′,i ; Rʹ′fʹ′,o fatores de incrustação nas superfícies interna (i) e


externa (o) da parede.

hi ; ho coeficientes individuais de transferência de calor entre


as superfícies interna e externa da parede e o seio dos
escoamentos de cada lado da parede, respectivamente

Rw resistência térmica da parede. Exemplos:


(a) Parede plana tw
Rw =
k w A*
(b) Parede cilíndrica
ln(d o d i )
Rw =
2π LT k w
6.4. Condutância térmica global
onde (cont.):

η o ,i ;η o ,o Eficiências das superfícies aletadas

Como calcular as eficiências das superfícies aletadas?

Tomando o lado interno, por exemplo (e supondo ser este o lado quente):

QT = (η f ,i Af ,i h f ,i + Ab,i hb,i )(T1 − Tw,1 )


onde η f ,i é a eficiência de aleta (Incropera e DeWitt, Cap. 3)

Supondo que h f ,i = hb,i = hi e sabendo que Ai = A f ,i + Ab ,i

a equação acima se torna...


6.4. Condutância térmica global

QT = ηo,i hi Ai (T1 − Tw,1 )

onde: ⎡ A f ,i ⎤
η o ,i (
= ⎢1 − 1 − η f ,i) A
⎥
⎣ i ⎦

Repetindo a análise para o lado externo:

⎡ A f ,o ⎤
η o,o (
= ⎢1 − 1 − η f ,o )Ao ⎦
⎥
⎣
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
São duas as configurações fundamentais

ARRANJO DE CORRENTES EM PARALELO

T2,in Q T 2 T2 ,out

T1,in 1 T1,out

A*
ARRANJO EM CONTRA-CORRENTE

T2 ,out Q T 2 T2,in

T1,in 1 T1,out

A*
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT

T1,in T1,in
(T1 − T2 ) (T1 − T2 )
T1,out T2 ,out T1,out
T2 ,out
T2,in
T2,in
distância ou área de troca distância ou área de troca

PARALELO C-CORRENTE

ΔTa = T1,in − T2,in ΔTa = T1,in − T2,out


ΔTb = T1,out − T2,out ΔTb = T1,out − T2,in
47
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Analisando os VC’s infinitesimais

ARRANJO DE CORRENTES EM PARALELO

T2,in dT2 > 0 2 T2 ,out

T1,in dT1 < 0 1 T1,out

A*
ARRANJO EM CONTRA-CORRENTE

T2 ,out dT2 < 0 2 T2,in

T1,in dT1 < 0 1 T1,out

A*
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 1: Calcular d (T1 − T2 ) para cada configuração

δQ δQ
PARALELO dT1 = −  ; dT2 = 
C1 C2

 ⎛ 1 1 ⎞
d (T1 − T2 ) = −δQ⎜⎜  +  ⎟⎟ (1)

⎝ C1 C2 ⎠
δQ δQ
C-CORRENTE dT1 = −  ; dT2 = − 
C1 C2

 ⎛ 1 1 ⎞
d (T1 − T2 ) = −δQ⎜⎜  −  ⎟⎟ (2)
⎝ C1 C2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 2: Substituir a Eq. Fundamental em (1) e (2)

 *
δQ = U (T1 − T2 )dA*

d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
PARALELO = −U ⎜⎜  +  ⎟⎟dA
(T1 − T2 ) ⎝ C1 C2 ⎠

d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
C-CORRENTE = −U ⎜⎜  −  ⎟⎟dA
(T1 − T2 ) ⎝ C1 C2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 3: Integrar ao longo da área

ΔTb A*
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
PARALELO
∫ΔT (T1 − T2 ) = −U ⎜ + ⎟
⎜ C C ⎟ ∫ dA
a ⎝ 1 2 ⎠ 0

⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜ + ⎟⎟
 C
(3)
ΔT
⎝ a ⎠ C
⎝ 1 2 ⎠

ΔTb A*
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
C-CORRENTE
∫ΔT (T1 − T2 ) = −U ⎜ − ⎟
⎜ C C ⎟ ∫ dA
a ⎝ 1 2 ⎠ 0

⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜ − ⎟⎟
 C
(4)
ΔT
⎝ a ⎠ C
⎝ 1 2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Uma observação importante:

A diferença de temperatura varia exponencialmente com a área

⎡ * * ⎛ 1 1 ⎞⎤
PARALELO (T1 − T2 ) = ΔTa exp⎢− U A ⎜⎜  +  ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ C1 C2 ⎠⎦
ΔTa = T1,in − T2,in

⎡ * * ⎛ 1 1 ⎞⎤
C-CORRENTE (T1 − T2 ) = ΔTa exp⎢− U A ⎜⎜  −  ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ C1 C2 ⎠⎦
ΔTa = T1,in − T2,out
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 4: Substituir as taxas de capacidade calorífica em (3) e (4)

Q Q
C1 = T
C 2 = T
(T1,in − T1,out ) (T2,out − T2,in )
PARALELO ⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ T1,in − T1,out T2,out − T2,in ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜
 + 
⎟⎟
ΔT
⎝ a ⎠ ⎝ Q T Q T ⎠
onde: ΔTa = T1,in − T2,in ΔTb = T1,out − T2,out

Finalmente:
 * * ΔTa − ΔTb
QT = U A
ln(ΔTa ΔTb )
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 4 (cont.)

⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ T1,in − T1,out T2,out − T2,in ⎞


C-CORRENTE ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜
 − 
⎟⎟
ΔT
⎝ a ⎠ ⎝ Q T Q T ⎠
onde: ΔTa = T1,in − T2,out ΔTb = T1,out − T2,in

Finalmente:
 * * ΔTa − ΔTb
QT = U A
ln(ΔTa ΔTb )

ΔTa − ΔTb
Para as duas configurações
básicas, então:
ΔTM =
ln(ΔTa ΔTb )
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Média Logarítmica da Diferença de Temperaturas (MLDT)

ΔTa − ΔTb
= ΔTLM
ln(ΔTa ΔTb )

É a diferença de temperatura “efetiva” ou “média” dos trocadores


em correntes em paralelo ou contra-corrente
sob as restrições impostas pelas
hipóteses iniciais

Nesses casos, a Eq. fundamental de projeto é então:

 * *
QT = A U ΔTLM
6.6. Condições operacionais especiais
Observaremos 3 situações especiais

(a) Quando C1 >> C 2 C1 → ∞


( )
T1,in ≈ T1,out
T1
T1
Situação aproximada na
(T1 − T2 ) prática pela condensação de
T2 ,out substância pura a pressão
constante.
T2,in
distância ou área de troca
6.6. Condições operacionais especiais

(b) Quando C 2 >> C1 C 2 → ∞


( )
T2,in ≈ T2,out
T1,in
T1,out Situação aproximada na
(T1 − T2 ) prática pela ebulição de
substância pura a pressão
constante.
T2 T2

distância ou área de troca


6.6. Condições operacionais especiais
(c) Quando C1 = C 2 e a configuração é contra-corrente

(“balanceado”) ΔTa ≈ ΔTb


0
T1,in ΔTLM =
T1,out 0
(T1 − T2 )
Regra de L’Hôpital
T2,in T2 ,out

distância ou área de troca ΔTLM = ΔTa = ΔTb


6.7. Observações importantes (LMTD)
Comparação PARALELO vs. C-CORRENTE

1. Para valores de temperaturas de entrada e saída das correntes idênticos


e mesmo valor de U,

ΔTLM ,CC > ΔTLM ,CP


fazendo com que o arranjo contra-corrente seja mais eficiente que o paralelo,
necessitando de uma menor área para trocar calor a uma taxa fixa Q 
T

2. No arranjo contra-corrente, há possibilidade de,

T2,out > T1,out


isto é impossível no arranjo paralelo
6.7. Observações importantes (LMTD)
Corr. paralelas vs. contracorrente
O arranjo de correntes paralelas, apesar da menor efetividade é preferido quando:

1. Se deseja minimizar a condução axial pela parede (C.P. produz um perfil de
temperatura de parede longitudinal mais uniforme)

2.  Se deseja evitar que a corrente quente se condense ou solidifique (a mais


baixa temperatura de parede é MAIOR do que em qualquer outro arranjo)

3. Se deseja minimizar incrustação, corrosão ou decomposição do fluido (a mais


alta temperatura de parede é MENOR do que em qualquer outro arranjo)
6.7. Observações importantes (LMTD)
Limitações do uso da LMTD

O uso da LMTD como a diferença de temperatura efetiva é limitado


pelas hipóteses feitas inicialmente!

Limitação principal: Outra limitação:


*
U ≠ const. Teoria válida somente para trocadores
puramente em contra-corrente ou
puramente em paralelo (passe simples).

Fatores de correção...
Exemplo 1
Considere um trocador de calor casco-e-tubos nos quais os tubos possuem 0,0254 m de
diâmetro externo. Este trocador é utilizado para resfriar uma solução de 95% de álcool
etílico (calor específico igual a 3810 J/kg.K) de 66oC a 42oC, escoando a uma vazão de
6.93 kg/s. O fluido refrigerante é água (calor específico igual a 4187 J/kg.K) disponível a
10oC e 6.3 kg/s. O trocador possui 72 tubos e o coeficiente global de transferência de
calor baseado na área externa de um tubo é igual a 568 W/m2.K. Calcule a área de troca
e o comprimento do trocador para cada uma das seguintes configurações:

a. Trocador com correntes em paralelo


b. Trocador em contra-corrente

Solução:
Taxa de calor trocado QT = M 1c p1 (T1,in − T1,out ) QT = 633,7 ×103 W

Temperatura de saída da água: M 1c p1 (T1,in − T1,out ) = M 2c p 2 (T2,out − T2,in )


M 1c p1
T2,out = T2,in +

(T1,in − T1,out ) T2,out = 34o C
M c 2 p2
Exemplo 1
(a) Correntes paralelas
LMTD para c-paralelas:
ΔTLM ,CP =
(T − T ) − (T
1,in 2 ,in 1,out − T2,out )
ln[(T − T ) (T
1,in 2 ,in 1,out − T2,out )]

ΔTLM ,CP = 24,67 o C

Q T
Área de troca: Ao = A = 45,2 m2
U o ΔTLM ,CP

Comprimento do trocador:

Ao
L= L = 7,87 m
π don
Exemplo 1
(b) Contra-corrente
LMTD para c-corrente: ΔTLM ,CC =
(T − T ) − (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )
ln[(T − T ) (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )]
ΔTLM ,CC = 32o C

Q T
Área de troca: Ao = A = 34,9 m 2
U o ΔTLM ,CP

Comprimento do trocador:

Ao
L= L = 6,07 m
π don
6.8. Efetividade de um trocador
A efetividade de um trocador é um indicador do seu
desempenho térmico

Q T taxa real de calor trocado


ε≡ 
Qmax máxima taxa de calor POSSÍVEL

0 ≤ ε ≤1
Em princípio,

Q max
pode ser obtida em um trocador contra-corrente de
comprimento infinito...

...considerando dois casos...


6.8. Efetividade de um trocador
C1 < C 2 C 2 < C1
T1,in T1,in
T2 ,out
T2 ,out
T1,out
T1,out
T2,in T2,in
0 A* ∞ 0 A* ∞
Perfis convexos Perfis côncavos
Corrente 1 experimenta Corrente 2 experimenta
maior
ΔT maior
ΔT
ΔTmax = T1,in − T2,in
6.8. Efetividade de um trocador
É possível observar então que: Q max = C min ΔTmax
onde: ΔTmax = (T1,in − T2,in ) C min = min C1 , C 2 ( )

POR QUE NÃO Q = C max ΔTmax ?
max

Pela conserv. da energia: C1 (T1,in − T1,out ) = C 2 (T2,out − T2,in )


Se, por exemplo, C max = C 2 e se fosse possível que T1,in = T2 ,out
Então: (T − T ) =  C (T − T )
C
1,in 1,out 2 1 1,in 2,in

(T1,in − T1,out ) > (T1,in − T2,in )

Ou seja: T1,out < T2 ,in O QUE É IMPOSSÍVEL!


6.8. Efetividade de um trocador
Da definição da efetividade segue que

Q = εC min (T1,in − T2,in )

C1 (T1,in − T1,out ) C 2 (T2,out − T2,in )


ε=  ε= 
C (T − T )
min 1,in 2,in
Cmin (T1,in − T2,in )

Para qualquer trocador de calor, KAYS & LONDON mostraram que (Shah, Sec. 3.3)

⎛ * C min ⎞
ε = f ⎜ NTU , C =  , arranjo das correntes ⎟⎟
⎜
⎝ Cmax ⎠
6.9. NTU
NTU = Número de Unidades de Transferência
(Number of Transfer Units)

A*U *
NTU ≡ 
Cmin
NTU é a representação adimensional da condutância global do
trocador de calor.

É uma medida do “tamanho térmico” do trocador em


função da “quantidade” de material por
ele processado.
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
Retomando as Eqs. (3) e (4) para a variação das
diferenças de temperatura

⎛ T1,out − T2,out ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
PARALELO ln⎜
⎜ ⎟
⎟ = −U A ⎜⎜  +  ⎟⎟
⎝ T1,in − T2,in ⎠ ⎝ C1 C2 ⎠

⎛ T1,out − T2,in ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
C-CORRENTE ln⎜⎜ ⎟ = −U A ⎜ − ⎟
⎟ ⎜ C C ⎟
T − T
⎝ 1,in 2,out ⎠ ⎝ 1 2 ⎠

A*U *
Supondo C min = C1 e sendo NTU ≡ 
Cmin
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
Temos:

T1,out − T2,out
PARALELO
T1,in − T2,in
[ (
= exp − NTU 1 + C * )]
T1,out − T2,in
C-CORRENTE
T1,in − T2,out
[ (
= exp − NTU 1 − C * )]

T1,in − T1,out * C min T2,out − T2,in


Em função de ε= e C = =
T1,in − T2,in 
Cmax T1,in − T1,out

é possível escrever as razões entre diferenças de temperaturas acima


(o lado esquerdo das equações) na forma...
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
T1,out − T2,out
PARALELO
T1,in − T2,in
(
= 1− ε 1+ C* )

T1,out − T2,in
C-CORRENTE
T1,in − T2,out
{ [ (
= 1 − ε 1 − exp − NTU 1 − C * )]}

Igualando às expressões do slide anterior


(eliminando as temperaturas)...
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
PARALELO
1 − exp[− NTU (1 + C )] *
ε=
1+ C*

C-CORRENTE ε=
[ (
1 − exp − NTU 1 − C * )]
*
[
1 − C exp − NTU 1 − C *
( )]
ou reorganizadas em função de NTU

PARALELO NTU = −
[ (
ln 1 − ε 1 + C * )]
1+ C*
1 ⎡ ε − 1 ⎤
C-CORRENTE NTU = * ln⎢ * ⎥
C − 1 ⎣ εC − 1⎦
note que o mesmo resultado é obtido se fizermos C min = C 2
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
2 situações limite

(a) Quando C min C max = 1


1
PARALELO ε = [1 − exp(− 2 NTU )]
2

C-CORRENTE ε = NTU (1 + NTU ) (L’Hôpital)

(b) Quando C min C max = 0 ; C max → ∞

AMBAS
FORNECEM
ε = 1 − exp(− NTU )
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
ε = 1 − exp(− NTU )

1
ε = NTU (1 + NTU ) ε= [1 − exp(− 2 NTU )]
2
(Shah & Sekulic, seção 3.4.1, pg. 126-127)
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
Pontos importantes

Quando C* = 0, não há diferença entre C-C e C-P

Para um dado NTU, a configuração C-C fornece a maior efetividade

A efetividade sempre aumenta com NTU, mas o comportamento é assintótico

Quando o custo do trocador de calor é um quesito importante, é conveniente


projetar o trocador para que NTU < 2 (região linear da curva) e tirar proveito
da área de troca

Quando o trocador é parte de um sistema, cuja eficiência depende do desem-


penho do trocador, é conveniente ter uma alta efetividade e garantir o retorno
financeiro da instalação
6.10. ε-NTU: Observações
Comparação PARALELO vs. C-CORRENTE

1. Para valores idênticos de NTU e de C min C max

ε CC > ε CP
fazendo com que um melhor desempenho seja fornecido pelo
arranjo contra-corrente

Assim como no LMTD, o método é limitado pelas hipóteses


feitas inicialmente!

*
U = const. passes simples
6.10. ε-NTU: Observações
Uma vantagem do ε-NTU sobre o LMTD
Considere o problema:

LMTD Tentativa e erro

ε-NTU Diretamente

APLICAÇÕES:

ε-NTU

QT = ?
LMTD
COMPACTOS
PROCESSOS
Exemplo 2
Considere o trocador de calor em correntes paralelas no qual o fluido frio de taxa de capaci-
dade calorífica igual a 20 x 103 W/K entra a 40oC e o fluido quente de taxa de capacidade
calorífica igual a 10 x 103 W/K entra a 150oC. Determine a taxa de calor trocado e as tem-
peraturas de saída das correntes, se a área de troca é 30 m2 e o coeficiente global de
transferência de calor é igual a 500 W/m2.K.

Solução:

Como as temperaturas de saída não são conhecidas, o método ε-NTU é mais indicado.

C mínimo: C min = C1 C * = C min C max = 0,5

UA
NTU: NTU = NTU = 1,5
C min

Utilizando a fórmula apropriadas:


Exemplo 2
1 − exp[− NTU (1 + C )] *
ε = 0,596
ε= *
1+ C

Taxa de calor trocado: QT = εC min (T1,in − T2,in ) QT = 655,6 kW

Temperatura de saída dos fluidos:

Q T
T1,out = T1,in + T1,out = 84,44o C
C1
Q T T2,out = 72,78o C
T2,out = T2,in + 
C2
6.11. Outras Configs.: F-LMTD

Para um trocador qualquer no qual U* é aproximadamente constante


podemos escrever

* Q T Q T
A = * = * ΔTM
U ΔTM U FΔTLM ,CC onde: F≡
ΔTLM ,CC
sendo:

ΔTLM ,CC LMTD para um trocador contra-corrente ideal

F Fator de correção: = 1 para CC ideal (REFERÊNCIA)


< 1 para todas as outras configurações
6.11. Outras Configs.: F-LMTD
F pode ser derivado analiticamente levando em consideração a
configuração do trocador em questão (passes múltiplos, correntes
cruzadas...)

As soluções analíticas são dadas em função dos seguintes


parâmetros:

F = F (P, R, configuração)

ΔT2 T2,out − T2,in C 2 T1,in − T1,out


P≡ = R≡ =
ΔTmax T1,in − T2,in C1 T2,out − T2,in

efetividade do lado frio: razão entre as taxas de


(razão entre o calor efetivamente transferido capacidades térmicas
e o máximo possível, se C2 = Cmin)

(Para quem gosta de matemática: derivação de F para 1-2 TEMA E)


6.11. Outras Configs.: F-LMTD
Exemplo: 1 passe no casco e 2N passes nos tubos
6.11. Outras Configs.: F-LMTD

Exemplo: 2 passes no casco e 4N passes nos tubos


6.11. Outras Configs.: F-LMTD
Exemplo: Escoamento cruzado com passe único e dois fluidos não-misturados
6.11. Outras Configs.: F-LMTD

Exemplo: Escoamento cruzado com passe único e um dos fluidos não-misturado


6.11. Outras Configs.: F-LMTD
Uma observação sobre o método do fator de correção:

Se uma das correntes se mantiver a uma temperatura constante,


então P ou R serão igual a zero. Neste caso,

ΔTM = ΔTLM ,CC


e o fator de correção será igual a 1.

Outra observação sobre o método do fator de correção:

A boa prática sugere que trocadores sejam projetados e/ou operados


acima de um valor mínimo para F. Desta forma, evitamos
‘cair’ numa região onde grandes variações em F ocorrem
para pequenas variações em P.
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
Neste método

⎛ C min ⎞
ε = f ⎜⎜ NTU ,  , configuração ⎟⎟
⎝ Cmax ⎠
ou alternativamente

⎛ C min ⎞
NTU = f ⎜⎜ ε ,  , configuração ⎟⎟
⎝ Cmax ⎠
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
Trocadores correntes cruzadas
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
Exemplo 3
Um trocador de calor casco-e-tubos de um passe no casco e dois passes nos tubos é
utilizado para refrigerar um determinado óleo. O refrigerante é água com uma vazão
mássica de 4,082 kg/s e que adentra o trocador pelos tubos a uma temperatura de
20oC. O óleo entra do lado do casco com uma vazão mássica de 10 kg/s e as tempe-
raturas de entrada e saída são de 90oC e 60oC. Determine a área do trocador através
dos métodos F-LMTD e E-NTU, sendo o coeficiente global de transferência de calor
igual a 262 W/m2.K. Os calores específicos da água e do óleo são 4179 e 2118
J/kg.K, respectivamente.

Solução:

Temperatura de saída da água M 1c p1 (T1,in − T1,out ) = M 2c p 2 (T2,out − T2,in )


M 1c p1
T2,out = T2,in +

(T1,in − T1,out ) T2,out = 57,25o C
M c 2 p2

Taxa de calor trocado QT = M 1c p1 (T1,in − T1,out ) QT = 635400W


Exemplo 3
(a) F-LMTD:
LMTD para c-corrente puro: ΔTLM ,CC =
(T − T ) − (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )
ln[(T − T ) (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )]

ΔTLM ,CC = 36,4o C

T2,out − T2,in T1,in − T1,out


Fator de correção F: P= P = 0,532 R= R = 0,805
T1,in − T2,in T2,out − T2,in

Da figura (Exemplo 1): F ≈ 0,85

Q T
Área de troca: A= A = 78,6 m 2
UFΔTLM ,CC
Exemplo 3
(b) ε-NTU:
C mínimo: C1 = M 1c p1 = 21180 W/K C 2 = M 2c p 2 = 17058,7 W/K
C = 17058.7 W/K
min
C C = 0.805
min max

QT C 2 (T2,out − T2,in )


Efetividade: ε=  =  ε = 0,532
Qmax Cmin (T1,in − T2,in )
Utilizando a fórmula ou a figura apropriadas

⎛ C min ⎞
NTU = f ⎜⎜ ε ,  , configuração ⎟⎟ NTU = 1,226
⎝ Cmax ⎠

Área de troca: C min


A= NTU A = 79,8 m 2
U

Potrebbero piacerti anche