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Trocadores de Calor
Leitura e Exercícios (Incropera & DeWitt)
6ª Edição
Exercícios: Cap. 11 –1,3,5, 7,8, 14,16, 18,20, 23,24, 32,34,35,38, 39,43, 50, 79, 80
5ª Edição
Exercícios: Cap. 11 – 1, 3, 5, 7, 9, 11, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 32, 34, 35, 38, 39,
43, 49, 50, 79, 80
Objetivo
EXEMPLOS
Ar no gabinete Q HCFC ou HC
de um refrigerador evaporando
condicionamento de ar
resfr. armas resfr. aeronaves
radiador
refrigeradores
defesa doméstico
resfriamento
do óleo transportes
aquecimento de água
condicionamento
de ar termoelétrica
geotérmica leite e derivados pesca
óleo
e gás conversão indústria
componentes cogeração alimentícia
de energia
eletrônicos
nuclear conservação de
solar alimentos
metais
APLICAÇÕES
6.0. Apresentação e Classificação
PROCESSOS/OPERAÇÕES
Aquecer, resfriar, condensar,
evaporar, ferver, esterilizar,
pasteurizar, congelar, fracionar,
destilar, concentrar, cristalizar,
fundir, secar...
As incontáveis aplicações e os inúmeros processos
e aplicações levam à necessidade de classificar os
trocadores de calor.
6.0. Apresentação e Classificação
I: Quanto ao processo de transferência
TROCADORES DE CALOR
RECUPERADORES REGENERADORES
2
1
M M
1 Δt 2
6.0. Apresentação e Classificação
II: Quanto ao contato entre as correntes
TROCADORES DE CALOR
Monofásico Multifásico
6.0. Apresentação e Classificação
gases
vapor
carvão
(particulado)
água
Leito Fluidizado
cinzas
ar
TROCADORES DE CALOR
TROCADORES DE CALOR
A m2 A m2 A m2 A m2
≥ 10000 3 ≥ 3000 3 ≥ 700 3 (g, l) < 700 3 (g, l)
V m V m V m V m
A m2 A m2
≥ 400 3 (l, l) < 400 3 (l, l) 11
V m V m
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação
V: Quanto à construção
TROCADORES DE CALOR
Escoamento Escoamento
normal aos tubos paralelo aos tubos
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores Tubulares
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores de Placas
6.0. Apresentação e Classificação
6.0. Apresentação e Classificação
AR QUENTE
Trocadores de Placas
AR FRIO
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores de Placas
6.0. Apresentação e Classificação
Trocadores Aletados
22
6.0. Apresentação e Classificação
23
Trocadores Aletados
6.0. Apresentação e Classificação
100%
% Total Thermal Resistance
80%
60% Inside
Wall
40% Outside
20%
0%
500 1000 1500 2000
Air Flow Velocity (SFPM)
power steering
expansion bottle module support pusher fan
heat exchanger
module
support
inlet
assembly unit
thermostat
drain plug
} outlet
condenser
low temperature section
transmission shrout radiator
heat exchanger
6.0. Apresentação e Classificação
Regeneradores
Matriz Fixa
Matriz Rotativas
6.0. Apresentação e Classificação
VI: Quanto à disposição das correntes
TROCADORES DE CALOR
M passes (corrente 1)
N passes (corrente 2)
correntes cruzadas
(M-M)
dividido
split
correntes cruzadas
(M-não M)
6.0. Apresentação e Classificação
misto
6.0. Apresentação e Classificação
TROCADORES DE CALOR
VC2
Q T 2 fria
1 quente
VC1
W kg/s J/kg
Δh = c p ΔT
QT = (M c p )1 (T1,in − T1,out ) = (M c p )2 (T2,out − T2,in )
C1 C 2
“taxas de capacidade térmica (ou calorífica)”
*
δQ = U (T1 − T2 )dA*
δQ 2
dA*
onde...
6.2. Transferência de Calor
δQ taxa de calor trocado LOCAL (ou seja, no elemento de área) [W]
* * 1 * *
U (T1 − T2 ) ≡ * ∫ U (T1 − T2 )dA
A A*
Média espacial de um produto
de distribuições locais
Desta forma:
QT = A* U * (T1 − T2 )
*
Se U for UNIFORME em A*: Variável a
ser determinada
QT = A*U * (T1 − T2 ) sob integração
na área
6.3. Conceito de ΔT média
Definimos:
1 *
ΔTM ≡ (T1 − T2 ) = * (T −
∫ 1 2 T ) dA
A A*
Assim:
* *
QT = A U ΔTM
(Eq. fundamental para U* uniforme)
6.4. Condutância térmica global
Dois fluidos trocando calor através de uma parede sólida
1
* *
= ∑ RT
U A
Inverso da resistência térmica total à transferência de calor entre os fluidos
Q T
T1 T2
∑R T
6.4. Condutância térmica global
Em trocadores de calor as seguintes condições são comuns
δo
t
δi L f ,i L f ,o
Ti To
hi ho
Tw,i Tw ,o
Ai = A f ,i + Ab ,i Ao = A f ,o + Ab ,o
6.4. Condutância térmica global
Forma geral
1 1 Rʹ′fʹ′,i Rʹ′fʹ′,o 1
* *
= + + Rw + +
U A η o ,i hi Ai Ai Ao η o ,o ho Ao
onde:
*
A * área de referência para U . Precisa ser definida com
clareza (principalmente em trocadores de geometria
complexa!). Pode ser Ai , Ao ou qualquer outro valor.
Tomando o lado interno, por exemplo (e supondo ser este o lado quente):
onde: ⎡ A f ,i ⎤
η o ,i (
= ⎢1 − 1 − η f ,i) A
⎥
⎣ i ⎦
⎡ A f ,o ⎤
η o,o (
= ⎢1 − 1 − η f ,o )Ao ⎦
⎥
⎣
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
São duas as configurações fundamentais
T2,in Q T 2 T2 ,out
T1,in 1 T1,out
A*
ARRANJO EM CONTRA-CORRENTE
T2 ,out Q T 2 T2,in
T1,in 1 T1,out
A*
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
T1,in T1,in
(T1 − T2 ) (T1 − T2 )
T1,out T2 ,out T1,out
T2 ,out
T2,in
T2,in
distância ou área de troca distância ou área de troca
PARALELO C-CORRENTE
A*
ARRANJO EM CONTRA-CORRENTE
A*
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 1: Calcular d (T1 − T2 ) para cada configuração
δQ δQ
PARALELO dT1 = − ; dT2 =
C1 C2
⎛ 1 1 ⎞
d (T1 − T2 ) = −δQ⎜⎜ + ⎟⎟ (1)
⎝ C1 C2 ⎠
δQ δQ
C-CORRENTE dT1 = − ; dT2 = −
C1 C2
⎛ 1 1 ⎞
d (T1 − T2 ) = −δQ⎜⎜ − ⎟⎟ (2)
⎝ C1 C2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 2: Substituir a Eq. Fundamental em (1) e (2)
*
δQ = U (T1 − T2 )dA*
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
PARALELO = −U ⎜⎜ + ⎟⎟dA
(T1 − T2 ) ⎝ C1 C2 ⎠
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
C-CORRENTE = −U ⎜⎜ − ⎟⎟dA
(T1 − T2 ) ⎝ C1 C2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 3: Integrar ao longo da área
ΔTb A*
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
PARALELO
∫ΔT (T1 − T2 ) = −U ⎜ + ⎟
⎜ C C ⎟ ∫ dA
a ⎝ 1 2 ⎠ 0
⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜ + ⎟⎟
C
(3)
ΔT
⎝ a ⎠ C
⎝ 1 2 ⎠
ΔTb A*
d (T1 − T2 ) * ⎛ 1 1 ⎞ *
C-CORRENTE
∫ΔT (T1 − T2 ) = −U ⎜ − ⎟
⎜ C C ⎟ ∫ dA
a ⎝ 1 2 ⎠ 0
⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜ − ⎟⎟
C
(4)
ΔT
⎝ a ⎠ C
⎝ 1 2 ⎠
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Uma observação importante:
⎡ * * ⎛ 1 1 ⎞⎤
PARALELO (T1 − T2 ) = ΔTa exp⎢− U A ⎜⎜ + ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ C1 C2 ⎠⎦
ΔTa = T1,in − T2,in
⎡ * * ⎛ 1 1 ⎞⎤
C-CORRENTE (T1 − T2 ) = ΔTa exp⎢− U A ⎜⎜ − ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ C1 C2 ⎠⎦
ΔTa = T1,in − T2,out
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 4: Substituir as taxas de capacidade calorífica em (3) e (4)
Q Q
C1 = T
C 2 = T
(T1,in − T1,out ) (T2,out − T2,in )
PARALELO ⎛ ΔTb ⎞ * * ⎛ T1,in − T1,out T2,out − T2,in ⎞
ln⎜⎜ ⎟⎟ = −U A ⎜⎜
+
⎟⎟
ΔT
⎝ a ⎠ ⎝ Q T Q T ⎠
onde: ΔTa = T1,in − T2,in ΔTb = T1,out − T2,out
Finalmente:
* * ΔTa − ΔTb
QT = U A
ln(ΔTa ΔTb )
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Passo 4 (cont.)
Finalmente:
* * ΔTa − ΔTb
QT = U A
ln(ΔTa ΔTb )
ΔTa − ΔTb
Para as duas configurações
básicas, então:
ΔTM =
ln(ΔTa ΔTb )
6.5. Arranjos fundamentais e MLDT
Média Logarítmica da Diferença de Temperaturas (MLDT)
ΔTa − ΔTb
= ΔTLM
ln(ΔTa ΔTb )
* *
QT = A U ΔTLM
6.6. Condições operacionais especiais
Observaremos 3 situações especiais
1. Se deseja minimizar a condução axial pela parede (C.P. produz um perfil de
temperatura de parede longitudinal mais uniforme)
Fatores de correção...
Exemplo 1
Considere um trocador de calor casco-e-tubos nos quais os tubos possuem 0,0254 m de
diâmetro externo. Este trocador é utilizado para resfriar uma solução de 95% de álcool
etílico (calor específico igual a 3810 J/kg.K) de 66oC a 42oC, escoando a uma vazão de
6.93 kg/s. O fluido refrigerante é água (calor específico igual a 4187 J/kg.K) disponível a
10oC e 6.3 kg/s. O trocador possui 72 tubos e o coeficiente global de transferência de
calor baseado na área externa de um tubo é igual a 568 W/m2.K. Calcule a área de troca
e o comprimento do trocador para cada uma das seguintes configurações:
Solução:
Taxa de calor trocado QT = M 1c p1 (T1,in − T1,out ) QT = 633,7 ×103 W
Q T
Área de troca: Ao = A = 45,2 m2
U o ΔTLM ,CP
Comprimento do trocador:
Ao
L= L = 7,87 m
π don
Exemplo 1
(b) Contra-corrente
LMTD para c-corrente: ΔTLM ,CC =
(T − T ) − (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )
ln[(T − T ) (T
1,in 2 ,out 1,out − T2,in )]
ΔTLM ,CC = 32o C
Q T
Área de troca: Ao = A = 34,9 m 2
U o ΔTLM ,CP
Comprimento do trocador:
Ao
L= L = 6,07 m
π don
6.8. Efetividade de um trocador
A efetividade de um trocador é um indicador do seu
desempenho térmico
0 ≤ ε ≤1
Em princípio,
Q max
pode ser obtida em um trocador contra-corrente de
comprimento infinito...
Para qualquer trocador de calor, KAYS & LONDON mostraram que (Shah, Sec. 3.3)
⎛ * C min ⎞
ε = f ⎜ NTU , C = , arranjo das correntes ⎟⎟
⎜
⎝ Cmax ⎠
6.9. NTU
NTU = Número de Unidades de Transferência
(Number of Transfer Units)
A*U *
NTU ≡
Cmin
NTU é a representação adimensional da condutância global do
trocador de calor.
⎛ T1,out − T2,out ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
PARALELO ln⎜
⎜ ⎟
⎟ = −U A ⎜⎜ + ⎟⎟
⎝ T1,in − T2,in ⎠ ⎝ C1 C2 ⎠
⎛ T1,out − T2,in ⎞ * * ⎛ 1 1 ⎞
C-CORRENTE ln⎜⎜ ⎟ = −U A ⎜ − ⎟
⎟ ⎜ C C ⎟
T − T
⎝ 1,in 2,out ⎠ ⎝ 1 2 ⎠
A*U *
Supondo C min = C1 e sendo NTU ≡
Cmin
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
Temos:
T1,out − T2,out
PARALELO
T1,in − T2,in
[ (
= exp − NTU 1 + C * )]
T1,out − T2,in
C-CORRENTE
T1,in − T2,out
[ (
= exp − NTU 1 − C * )]
T1,out − T2,in
C-CORRENTE
T1,in − T2,out
{ [ (
= 1 − ε 1 − exp − NTU 1 − C * )]}
C-CORRENTE ε=
[ (
1 − exp − NTU 1 − C * )]
*
[
1 − C exp − NTU 1 − C *
( )]
ou reorganizadas em função de NTU
PARALELO NTU = −
[ (
ln 1 − ε 1 + C * )]
1+ C*
1 ⎡ ε − 1 ⎤
C-CORRENTE NTU = * ln⎢ * ⎥
C − 1 ⎣ εC − 1⎦
note que o mesmo resultado é obtido se fizermos C min = C 2
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
2 situações limite
AMBAS
FORNECEM
ε = 1 − exp(− NTU )
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
ε = 1 − exp(− NTU )
1
ε = NTU (1 + NTU ) ε= [1 − exp(− 2 NTU )]
2
(Shah & Sekulic, seção 3.4.1, pg. 126-127)
6.10. Relações ε-NTU: Conf. básicas
Pontos importantes
ε CC > ε CP
fazendo com que um melhor desempenho seja fornecido pelo
arranjo contra-corrente
*
U = const. passes simples
6.10. ε-NTU: Observações
Uma vantagem do ε-NTU sobre o LMTD
Considere o problema:
ε-NTU Diretamente
APLICAÇÕES:
ε-NTU
QT = ?
LMTD
COMPACTOS
PROCESSOS
Exemplo 2
Considere o trocador de calor em correntes paralelas no qual o fluido frio de taxa de capaci-
dade calorífica igual a 20 x 103 W/K entra a 40oC e o fluido quente de taxa de capacidade
calorífica igual a 10 x 103 W/K entra a 150oC. Determine a taxa de calor trocado e as tem-
peraturas de saída das correntes, se a área de troca é 30 m2 e o coeficiente global de
transferência de calor é igual a 500 W/m2.K.
Solução:
Como as temperaturas de saída não são conhecidas, o método ε-NTU é mais indicado.
UA
NTU: NTU = NTU = 1,5
C min
Taxa de calor trocado: QT = εC min (T1,in − T2,in ) QT = 655,6 kW
Q T
T1,out = T1,in + T1,out = 84,44o C
C1
Q T T2,out = 72,78o C
T2,out = T2,in +
C2
6.11. Outras Configs.: F-LMTD
* Q T Q T
A = * = * ΔTM
U ΔTM U FΔTLM ,CC onde: F≡
ΔTLM ,CC
sendo:
F = F (P, R, configuração)
⎛ C min ⎞
ε = f ⎜⎜ NTU , , configuração ⎟⎟
⎝ Cmax ⎠
ou alternativamente
⎛ C min ⎞
NTU = f ⎜⎜ ε , , configuração ⎟⎟
⎝ Cmax ⎠
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
Trocadores correntes cruzadas
6.11. Outras Configs.: ε-NTU
Exemplo 3
Um trocador de calor casco-e-tubos de um passe no casco e dois passes nos tubos é
utilizado para refrigerar um determinado óleo. O refrigerante é água com uma vazão
mássica de 4,082 kg/s e que adentra o trocador pelos tubos a uma temperatura de
20oC. O óleo entra do lado do casco com uma vazão mássica de 10 kg/s e as tempe-
raturas de entrada e saída são de 90oC e 60oC. Determine a área do trocador através
dos métodos F-LMTD e E-NTU, sendo o coeficiente global de transferência de calor
igual a 262 W/m2.K. Os calores específicos da água e do óleo são 4179 e 2118
J/kg.K, respectivamente.
Solução:
Q T
Área de troca: A= A = 78,6 m 2
UFΔTLM ,CC
Exemplo 3
(b) ε-NTU:
C mínimo: C1 = M 1c p1 = 21180 W/K C 2 = M 2c p 2 = 17058,7 W/K
C = 17058.7 W/K
min
C C = 0.805
min max
⎛ C min ⎞
NTU = f ⎜⎜ ε , , configuração ⎟⎟ NTU = 1,226
⎝ Cmax ⎠