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JANEIRO-FEVEREIRO/2018
TURISMO
Este Boletim de Tendência apresenta um novo produto e serviço hoteleiro, que une esses dois assuntos:
os hotéis residenciais para idosos.
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NÚMEROS DA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL
Uma em cada nove pessoas, no mundo, tem 60 anos ou mais, afirma a
Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2012, 11,5% da população
global era composta por idosos, mas esse número irá duplicar
em 2050, chegando a 22%. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística IBGE, por sua vez, garante que em 2060 o número
de idosos com 80 anos ou mais vai crescer nada menos do
que 27 vezes em relação a 1980, passando para 19 milhões de
cidadãos nessa faixa etária. Em 2016, segundo a mais recente
pesquisa da instituição sobre o assunto, éramos 3,5 milhões de
idosos com 80 anos ou mais.
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Tetra Pak.
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OS NÚMEROS DOS HOTÉIS
A Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH), realizada pelo IBGE em 2016, revela que o Brasil conta
com 31.299 estabelecimentos hoteleiros, entre hotéis, pousadas e motéis, totalizando 1.011.254 unidades
(suítes, quartos, chalés). A maior rede hoteleira do país está concentrada no Sudeste, com 41,8% dos
estabelecimentos e 43,8% das unidades.
Com uma ocupação histórica abaixo dos índices esperados, os hotéis passaram a investir em novos serviços,
como aluguel de salões para festas em geral e convenções corporativas. É difícil encontrar, hoje, um hotel
de porte médio que não conte com toda a infraestrutura para tais fins. Mas novos nichos precisam ser
descobertos, principalmente com o intuito de aumentar a taxa de ocupação anual dos estabelecimentos.
Mais comum na Europa e nos EUA, a ideia do hotel residencial para a terceira idade começa a se estabelecer
no Brasil, inicialmente em São Paulo. Os hotéis dedicados a essa demanda separam uma parte de suas
unidades habitacionais, promovem algumas adaptações direcionadas ao público-alvo, montam um
programa de saúde e lazer específicos e, assim, podem contar com moradores fixos ao longo de todo
o ano. Esses moradores, da terceira idade, fazem suas refeições e dividem toda a área de lazer com os
demais hóspedes turistas, promovendo uma integração e um diferencial em relação às residenciais para
a terceira idade propriamente ditas. O que se oferece ao idoso é a oportunidade de, literalmente, em um
hotel, mas com todos os cuidados específicos demandados pela idade.
Fontes: Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Fecomércio-RJ, IBGE e ABIH-RJ – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Rio de Janeiro).
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ESPECIALISTA DEFENDE NOVO MODELO
Autora do livro “A Reinvenção da Velhice”, a asilo, sabendo como são os asilos hoje, ela vai preferir
professora livre-docente da Unicamp, especialista ficar em casa. Mas, e se fosse oferecido o palácio de
em velhice, Guita Grin Debert diz que o nosso desafio Buckingham? Acho que ela iria para o palácio...”,
é criar instituições que façam da velhice avançada disse a pesquisadora, em entrevista ao jornal
uma fase digna da vivência. “Nos últimos anos houve Folha de São Paulo.
um prolongamento da longevidade. No entanto, é
preciso lembrar que a esperança de vida aumentou
para anos muito mais avançados, em que a questão da
dependência é central. Assim, o desafio é o de pensar
em novas instituições que tragam condições adequadas
para ter uma velhice dignificante nessas fases mais
avançadas. As pessoas que estudam e que trabalham
com a velhice no Brasil tendem a achar que os velhos
gostam de viver com os filhos ou que querem permanecer
na mesma casa em que viveram toda sua vida. E essa
ideia, na realidade, impede a criação de instituições
adequadas para o tratamento da velhice. É claro que,
se você perguntar a uma pessoa se ela quer ir para um
São dois os principais modelos de negócio utilizados fisioterapeutas e recreadores, entre outros. Vale
pelos hotéis que aderiram a essa tendência. Na lembrar que a nova legislação trabalhista brasileira
maior parte das vezes, o negócio é terceirizado para flexibilizou a contratação de trabalhadores, o que
uma empresa que faz toda a gestão do residencial, certamente reduz os custos com a mão de obra no
repassando os custos de hospedagem e alimentação caso de o hotel optar por assumir todo o projeto.
para o estabelecimento hoteleiro. Mas há, também, Mas o modelo mais comum, em todo o mundo, é o
aqueles hotéis que assumem toda a gestão do projeto, da terceirização desta gestão.
responsabilizando-se, inclusive, pela contratação de
profissionais específicos, como médicos, enfermeiros,
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EXEMPLOS DE HOTÉIS RESIDENCIAIS PARA A TERCEIRA IDADE
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HOTEL E RESIDENCIAL ARATE
O hotel menciona que o principal fator do seu modelo de negócio foi pensado levando em consideração as
pessoas, não só no aspecto “hóspede-equipe”, mas também na relação “hóspede-hóspede”, onde se procura
incentivar a socialização e a formação de uma grande família, como diferencial, e prezar pelo conforto, saúde
e bem-estar associados a uma infraestrutura de qualidade. Para outras informações acesse o site.
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RECOMENDADAS
O que diferencia um hotel residencial para a terceira idade de uma residência com esse
fim é justamente a integração dos hóspedes fixos sêniores com os demais hóspedes.
Evite separá-los por alas. O que esse público busca é justamente o conforto de morar
em um hotel, mas com todos os cuidados necessários à sua condição de idoso.
Acesse o site da Associação de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) para ficar por dentro dos
acontecimentos que interferem diretamente no setor hoteleiro.
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