Sei sulla pagina 1di 20

O Gabinete

de Alice
Instalação Imersiva
Lucas Bambozzi
Laura Campos
Ale Duarte

Entrada Franca
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos
Prefira o transporte público CAIXA Cultural São Paulo
Distribuição gratuita. Comercialização proibida CAIXA Cultural Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP
São Paulo
CAIXA Cultural
Cultural
CAIXA São São Paulo
Paulo
Paulo da Sé, 111 Terça
CAIXA Cultural SãoPraça a domingo,
– São Paulo – SP das 9h às 19h
PraçaPraça da111
da Sé, Sé, 111 – Paulo
– São São Paulo
– SP– SP
Praça da Sé, 111 – São Pauloa– domingo,
Terça SP das 9h às 19h Combater o mosquito
TerçaTerça a domingo,
a domingo, dasàs
das 9h 9h19h
às 19h Acesse www.caixacultural.gov.br
Terça a domingo, das 9h às 19h Combater
Combater
Combater
umaé Prefira o transporte público
o mosquito
o mosquito
coletiva! Acesse
o mosquito
uma tarefa Acesse
Combater o mosquito
www.caixacultural.gov.br
www.caixacultural.gov.br é uma tarefa coletiva!
Acesse www.caixacultural.gov.br
Prefira
Prefira o transporte
o transporte público
público Prefira o éFaça tarefa
transporte coletiva!
público é uma tarefa coletiva! Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Prefira o transporte público é umaaparte!
aFaça
sua tarefa
sua parte!
Acesse
coletiva! Baixe Baixe www.caixacultural.gov.br
o aplicativo
o aplicativo Caixa Caixa
Faça
Cultural
Cultural
Caixaa Cultural
sua parte!
Faça Caixa
Baixe o aplicativo a sua parte!
Cultural
ENTRADA
ENTRADA FRANCA
FRANCA Faça a suaENTRADA
#ZikaZero
#ZikaZero parte! FRANCA
Baixe o aplicativo
ENTRADA FRANCA ENTRADA FRANCA #ZikaZero
Curta Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
#ZikaZero
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo #ZikaZero
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
O Gabinete
de Alice
Instalação Imersiva
1
Lucas Bambozzi
Laura Campos
Ale Duarte
apresenta

DE 10 DE DEZEMBRO DE 2016
A 19 DE FEVEREIRO DE 2017
VISITAÇÃO: De terça a domingo
Sessões contínuas
Das 10h30 às 14h e das 15h às 19h
CAIXA CULTURAL SÃO PAULO
Praça da Sé, 111 - São Paulo/SP -CEP 01001-001
Terça a domingo, das 9h às 19h
Visitas monitoradas.
Agendamento e informações: (11) 3321-4400
A CAIXA é uma empresa pública brasileira que prima pelo respeito à diversi-
dade, mantendo comitês internos que promovem entre os seus empregados
ações, campanhas e programas voltados à disseminação de idéias, conheci-
mentos e atitudes de respeito e tolerância à diversidade de gênero, raça, orien-
tação sexual e todas as demais diferenças que caracterizam a sociedade.
A CAIXA também é uma das principais patrocinadoras da cultura brasileira.
Somente em 2015, investimos R$ 76 milhões em 539 projetos em todo
o Brasil, visitados por 931 mil brasileiros. Em 2016 serão mais R$ 75 milhões
para patrocínio a projetos culturais em espaços próprios e espaços de parcei-
ros, com ênfase para exposições de artes visuais, peças de teatro, espetáculos
de dança e shows musicais, além de festivais de teatro e dança em todo
o território nacional.
Os projetos patrocinados são selecionados via edital público, uma opção
da CAIXA para tornar mais democrática e acessível a participação de produto-
res e artistas de todas as unidades da federação, tornando mais transparente
para a sociedade o investimento dos recursos da empresa em patrocínio.
Desta maneira, a CAIXA contribui para promover e difundir a cultura nacional
e retribui à sociedade brasileira a confiança e o apoio recebidos ao longo
de seus 155 anos de atuação no país. Para a CAIXA, a vida pede mais que um
banco. Pede investimento e participação efetiva no presente, compromisso
com o futuro do país e criatividade para conquistar os melhores resultados para
o povo brasileiro.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


O Gabinete de Alice é um projeto de instalação imersiva que propõe
ao público vivenciar situações sensoriais através de meios audiovi-
suais associados a recursos de interação física e gestual como possi-
bilidades de condução da percepção. O projeto surgiu de uma confluên-
cia entre campos distintos, unindo experimentações em artes visuais,
mídias interativas e estudos sobre o movimento e fisiologia do corpo.

Ilustração de John Tenniel (1820-1914) para o poema


Jaguadarte (no original em inglês: “Jabberwocky”) que
aparece em Através dos Espelhos (1871) de Lewis Carroll1.
Illustration by John Tenniel (1820-1914) for the poem
“Jabberwocky,” which appears in Lewis Carroll’s Through
the Looking Glass (1871)1.

O quarto das maravilhas de Worm (Olaus Wormius)


retratado no livro Musei Wormiani Historia mostrando sua
grande coleção de curiosidades, que incluía desde artefatos
nativos do Novo Mundo a fósseis e animais dissecados2.
The cabinet of curiosities of Worm (Olaus Wormius), as
portrayed in the book Musei Wormiani Historia, showing
his huge collection of curiosities, which included everything
from artefacts from native peoples of the New World to
fossils and dissected animals2.

Uma das primeiras ilustrações de um gabinete de história


natural, o Dell’Historia Naturale de Ferrante Imperato,
boticário e naturalista de Nápoles (1525 – 1615)3.
One of the first illustrations of a cabinet of natural history,
the Dell’Historia Naturale of Ferrante Imperato, a botanist
and naturalist from Naples (1525-1615)3.

Imagens de domínio público: fonte: www.commons.wikimedia.org


O PROJETO
Rompe-se assim o equilíbrio desta nossa atual figura, tremem a de proporcionar ao público mais que efeitos visuais e so-
seus contornos. Podemos dizer que a cada vez que isto acontece, noros, mas também transformações físicas do próprio espaço,
é uma violência vivida por nosso corpo em sua forma atual, pois
nos desestabiliza e nos coloca a exigência de criarmos um novo com base em movimento de objetos cenográficos, bem como das
corpo (…) que venha encarnar este estado inédito que se fez em superfícies, paredes e teto. A cabine também seria dotada
nós. E a cada vez que respondemos à exigência imposta por um de gavetas, portas, objetos “sensitivos” e outras ideias
destes estados, nos tornamos outros (Suely Rolnik, 1993).
que logo se mostraram de difícil execução. No decorrer do
processo, a adoção de estruturas mais mecânicas foi sendo
O Gabinete de Alice faz referência aos Gabinetes de Curio-
substituída por técnicas ligadas a interações a partir da
sidades, ou Quartos das Maravilhas (Wunderkammer), populares
movimentação e entendimento do espaço, conjugadas com recur-
nos séculos XVI e XVII, que de certa forma antecederam os mu-
sos de projeção em superfícies irregulares, curvas, conside-
seus e exposições atuais. Os gabinetes daquele tempo reuniam
radas envolventes, intuitivas e de fácil interação.
instrumentos tecnicamente avançados e curiosidades advindas
Ao longo do desenvolvimento da proposta, viabilizada
de pesquisas e explorações associadas ao contexto das grandes
através do Fundo de Cultura, da Secretaria de Cultura do
navegações. O Gabinete

Estado da Bahia (conte mplado em 2014) buscamos uma sintonia


de Alice

Em O Gabinete de Alice buscamos fazer uma analogia entre 9


dessas premissas mais técnicas do projeto com as pesquisas
esse universo informativo e a percepção alterada de Ali-
ligadas ao sistema nervoso autônomo (SNA) pensando em modos
ce de Lewis Carrol, seja diante de situações simples como
de uso e entendimento por parte do público que pudessem
espelhos ou pela ‘poções’ que a fazem mudar seu entendimento
equivaler a modos de aprendizagem em relação ao corpo – em
dos acontecimentos, como a sensação de crescer e diminuir
busca de formas de autorregulação da fisiologia do corpo.
de tamanho.
A proposta se constituiu ao longo do tempo como um proje-
O projeto reúne desde recursos lúdicos a condições que
to verdadeiramente multidisciplinar cujo maior desafio foi
proporcionem uma reflexão sobre os estados da percepção
proporcionar uma reflexão acerca das possibilidades de uso
experimentados a partir de dispositivos tecnológicos em
das tecnologias atuais no sentido de conscientização de nos-
um espaço físico delimitado, que definimos como uma cabine
sas capacidades sensoriais, buscando entender como ambien-
interativa. Iniciado com o título de Cabine Sensorial, sua
tes supostamente “inteligentes” podem reduzir ou aumentar a
elaboração fora pensada inicialmente a partir de uma série
nossa potência sensorial perceptiva.
de possibilidades como projeções de vídeo, telas LCD, sen-
O eixo do processo de criação do projeto foi norteado por
sores de movimento e superfícies ‘hápticas’. A ideia seria
essa dedicação aos aspectos sensoriais, trazendo como ali-
cerce conceitual estudos sobre a percepção e os regimes dos gráfico sobre o ciclo fisiológico do corpo, cuja aplicação
sentidos e de como estes podem ser alterados, considerando restaura o estado de autoregulação
Quebra de Ação natural do organismo. De
que é a partir deles que uma realidade interna e/ou exter- acordo com o Simpático
Sistema Nervoso terapeuta
+ muitas das “desordens” da nossa vida
Temperatura corporal quente
na é ‘plasmada’ no indivíduo. A ideia era transpor para um contemporânea
Tônus muscular alto são desencadeadas pela discrepância entreEntrada
nos-
Energizando para
espaço físico delimitado (uma espécie de gabinete ou cabine sas
Ritmonecessidades
respiração alto fisiológicas
Entrada
para e as demandas
Loopingdo
de Açãomundo moderno.
e Interação
Integração
Pronto para agir Prontidão
“preparada” tecnologicamente) situações de jogos com a per- Para ele, a saída para a autoregulação está na nossa fisiolo-
cepção, os sentidos e a ‘propriocepção’. gia,
Linha mais do
de Ativação especificamente
SNA na Zona
reorganização
de Congelamento dos ciclos natu-
Zona de Exaustão
Novo Ciclo

Com base em tais premissas, o projeto foi sendo pensado rais do sistema nervoso.
Hesitação e Colapso
Cansaço generalizado Integração / Homeostase

como uma forma de viabilizar um processo criativo e cola- A autoregulação inata do organismo
Ritmo respiração baixo
Energia vital baixo Queda para o mantém sempre atuali-
Congelamento
borativo envolvendo estudos da percepção e a fisiologia do zada a potência
Tônus muscular baixo
Temperatura corporal baixo inventiva da cognição, o que não acontece
corpo, artes visuais, novas mídias e artes cênicas. Assim, Sistema Nervoso Parassimpático
quando o ciclo -
fisiológico fica comprometido. A observação
o projeto reuniu os artistas e pesquisadores Lucas Bamboz-
zi (cinema, vídeo e novas mídias), Joãozito Pereira (artes
O Gabinete

plásticas), Laura Campos (dança, artes cênicas) que passaram de Alice 1 2 3-4 5
11
a se valer não apenas do repertório associado a seus campos
de atuação, mas do diálogo com o trabalho sobre a percep-
ção e a fisiologia do corpo desenvolvido pelo terapeuta
Ale Duarte. Em encontros bastante intensivos, pautados por
pesquisas e divagações abertas acerca das possibilidades de
formato, viabilidade técnica e conceitual, surgiu o formato
final de O Gabinete de Alice, apresentado no MAB – Museu de
Arte da Bahia, em Salvador, em outubro de 2014.

REFERÊNCIAS E ROTEIRO DAS SITUAÇÕES Assentamento / Settlement Prontidão / Readiness


Ação / Action
Interação / Interaction
Integração / Integration

O terapeuta Ale Duarte tem se notabilizado pela sua atua-


O gráfico elaborado por Ale Duarte (parte relativa aos ciclos de autoregulação da criança) no trabalho
ção em zonas de conflito ou marcadas por desastres naturais, com o Estresse Pós-traumático através do método da Experiência Somática criada pelo Dr. Peter
conferindo-lhe vasta experiência e conhecimento em situações Levine. Essas pesquisas orientaram a criação de situações e a definição dos percursos da instalação.
The chart developed by Ale Duarte (portion relevant to cycles of self-regulation in children), while
críticas. Em seu método terapêutico, Ale desenvolveu um working with Post-Traumatic Stress using the Somatic Experience method created by Dr. Peter Levine.
Such studies guided the creation of situations and the definition of the installation’s path.
de resultados significativos pela aplicação desse conheci- dição de encolhimento ou expansão). Os espaços que chamamos
mento, despertou a possibilidade da utilização do gráfico em de “preparados” fazem referência a John Cage, que inseria em
projetos de ambientes interativos de arte, para garantir não seu piano objetos não usuais, tornando-os dissonantes para os
só a construção de um ambiente que atualize nossa capacidade padrões musicais. O espaço tem como característica a condução
inventiva como também levante questões sobre as implicações do público em um percurso sugerido por acontecimentos visu-
implícitas na relação da nossa dimensão somática com um mundo ais, sonoros e físicos.
que se configura cada vez mais a partir de ambientes tecnoló- Dentre uma série de possibilidades, o formato escolhido,
gicos. e que se mostrou mais viável e aberto a significados dis-
tintos, remete ao de um penetrável, em referência às insta-
CABINES, GABINETES E ESPAÇOS “PREPARADOS” lações de Helio Oiticica (em especial Tropicália - PN2: A
A cabine é uma referência ao gabinete, como um espaço pureza é um mito e PN3: Imagético), voltadas para experiên-
delimitado e “preparado”, não sendo no sentido de enclausu- cias coletivas.
ramento mas de definição espacial, onde a privacidade tem A concepção de cabine que utilizamos é a de um espaço
O Gabinete

importância fundamental – para que possa se sentir a vontade. de Alice


versátil, de montagem relativamente fácil e com possibilida-
13
A cabine pensada para o projeto O Gabinete de Alice reproduz des de mobilidade e transporte. A opção deste formato deve-se
situações em sintonia com as pesquisas de cada um dos parti- sobretudo às possibilidades de controle dos sistemas de in-
cipantes. As narrativas provenientes desse percurso podem, teração e estímulos sensoriais a partir de uma construção mo-
em alguns aspectos, ser identificadas tanto com o típico mito dular, que pudesse ser versátil em termos de montagem e ade-
do herói (mitologia grega) ou com as peripécias de Alice no quação aos espaços expositivos existentes. Sendo um projeto
País das Maravilhas (a queda no túnel, o confronto com seres que pretende ter sequência em termos de pesquisas (distintas
estranhos, as distorções provocadas pelo espelhos e sua con- e complementares, tanto ligadas à percepção como associadas
às tecnologias interativas), o formato deveria ser um mode-
lo a partir do qual suas funcionalidades e recursos poderiam
ser transpostas para outras situações espaciais, em função da
experiência aferida como consequência de sua apresentação a
um público diverso.
Em termos mais metafóricos ou simbólicos, a cabine reme-
te ao gabinete, à sala das maravilhas, bem como sintetiza as

Cabines móveis, cabines para gravação de áudio e para espaços públicos (Imagens: divulgação).
Mobile booths, booths for audio recording, and for public spaces (Images: promotional material).
Foto: Lucas Bambozzi

dificuldades da Alice de Lewis cidade de reproduzir frequências extremamente baixas, fora do


Carroll em relação aos espaços espectro audível humano.
simples e ao mesmo tempo com- A versão apresentada na Galeria do Jardim do MAB, Museu de
plexos em que se mete em suas Arte da Bahia em Salvador, incluiu a criação de um ambien-
A entrada da instalação O Gabinete de Alice, vista por quem
já está se adentrando no espaço aventuras e estados alterados de te de visualização da cabine pelo seu lado externo, como uma
The entrance to the installation Alice’s Cabinet, as seen upon
entering the space.
percepção do mundo à sua volta. possibilidade dada ao público de ver outros participantes
interagindo com o espaço.
ELEMENTOS DO ESPAÇO-CABINE
A experiência dentro do espa- PERCURSOS
ço ocorre preferencialmente em Um dos estímulos na articulação da equipe e que fez con-
duplas (ou até quatro pessoas, fluir campos distintos de conhecimento e de criação entre os
no máximo). Portas foram substi- participantes vem sendo construído com base em uma pesquisa
tuídas por soluções penetráveis acadêmica iniciada por Laura Campos em 2003 e atualmente em
O Gabinete
Ambiente externo da instalação pensado como um processo
de integração (ou “descompressão”) após a experiência
e mais fluidas. de Alice
curso em seu doutorado em Artes Cênicas da UFBA.
15
dentro da cabine.
O roteiro envolve um percurso Os estudos ligados a formas de plasticidade na criação de
External environment of the installation, conceived as a
process of integration (or “decompression”) after the expe- lógico, associado à experiência padrões motores para a dança e para a performance levou a pes-
rience inside the booth.
temporal sugerida pelo gráfico quisa diretamente ao campo de experimentação com a percepção e
e à exploração dos elementos a fisiologia do corpo. É um campo nomeado Educação Somática,
visuais e espaciais presentes na que envolve um número consistente de abordagens corporais e
projeção nas telas da cabine. que tem como foco principal a investigação da experiência na
Em termos mais técnicos, o primeira pessoa. Atualmente, vemos ainda de forma incipiente,
sistema envolveu tecnologias mas cada vez mais importante, pesquisas que levantam questões
interativas diversas, como reco- sobre as implicações existentes na interação da nossa dimensão
nhecimento facial e de movimen- somática (corpo vivenciado) com ambientes engendrados a par-
tos com o sensor Kinect, con- tir das novas tecnologias que, pelo menos nas grandes cidades,
trolados por Processing. O som permeiam nosso cotidiano quase em tempo integral.
envolve o público a partir de um Foi nesse sentido que foi pensado esse projeto, tendo como
sistema quadrifônico com capa- intuito não só investigar questões que estejam imbricadas

Estudos para a construção da cabine.


Studies for cabinet's construction
nessa relação do somático com as novas tecnologias, como tam-
bém criar um ambiente com base nesse jogo com a percepção e
as novas tecnologias para que o público possa, nessa instala-
ção, vivenciar dimensões inexploradas em seu campo de sensi-
bilidades, além de construir suas questões segundo a própria
experiência proporcionada pelos dispositivos envolvidos pela
obra.
No universo da arte contemporânea vemos um conjunto de
práticas empregadas em instalações que unem conceito e per-
cepção do espaço, muitas vezes nos oferecendo a oportunidade
de experimentar novas possibilidades perceptivas através
de recursos sensoriais que produzem tensões interessantes
entre o espaço físico e a fisiologia do corpo. Esse contexto
O Gabinete
de Alice
nos motiva o desenvolvimento de uma instalação interativa
que tem na sua elaboração o conhecimento sobre nosso ciclo
fisiológico e seu processo de autoregulação, ao mesmo tempo
que atende a educação do sensível necessária a um projeto
artístico.
Os trabalhos de Ligia Clark e Helio Oiticica, por exemplo,
são emblemáticos no que diz respeito ao estudo da percepção
em espaços de arte participativa ou interativa. Num outro
contexto, destacam-se os trabalhos dos artistas James Turrel
Visualização 3D do modelo adotado para a cabine. / 3D visualization of the model adopted for the cabinet. ou Olafur Eliasson cujos processos de percepção e entendimen-
to do espaço físico estão no centro de uma pesquisa artística
voltada para os processos sensoriais. A obra de Olafur, por
exemplo, comumente incorpora leis da física, neurologia e
ótica, convidando o visitante a experimentar fenômenos natu-
rais como neblina, luz, cor e reflexos, sempre em situações
de imersão - e eventual desconexão com a conformação padroni-
ALGO MAIS SOBRE O PROCESSO
zada da realidade. No conjunto de sua obra, Olafur insere seu
O Gabinete de Alice cria uma situação de confluência efe-
trabalho e a experiência que ele oferece aos espectadores em
tiva entre conceitos de ordem muito diversa, em uma instala-
situações espaciais marcadas pela ambiguidade entre “dentro”
ção onde a imersão em um ambiente interativo atualiza nossa
e “fora”.
capacidade cognitiva inventiva, desenvolvendo a abertura da
De forma análoga, O Gabinete de Alice tem como ponto
dimensão do sensível na medida em que este ambiente propicia
central a relação do ambiente com a fisiologia do corpo, um
ao público perceber suas próprias sensações.
acontecimento constante e presente (em continua negociação)
O projeto é a viabilização de uma obra em caráter con-
que molda nossa subjetividade, mas que por conta dos hábitos
tinuamente experimental. Não há a pretensão de que a obra
perceptivos arraigados em nossa cultura moderna, muitas vezes
substitua processos terapêuticos e muito menos de que ela
nos passa despercebido.
funcione como recurso efetivo de cura de qualquer incidente
O processo de desenvolvimento de O Gabinete de Alice se
somático ou traumático - mesmo tendo em vista a proliferação
deu em busca dessa necessidade de corporalizar a sensação
O Gabinete de instalações cinestésicas deste ou de outros tipos. Há sim
de (auto)satisfação diante de um estímulo, de uma obra, algo de Alice

19 a premissa de utilização de processos alheios à arte em um


essencial para que a experiência ganhe significados que for-
campo de experimentação sensorial, que sintetize questões que
taleçam a corporeidade no seu processo de ontologia frágil e
se mostram não apenas relevantes como necessárias: a relação
não se agarrem a fixações de padrões de percepção ou de com-
dos estados somáticos com a tecnologia, o potencial lúdico e
portamentos que a impeçam de investir no campo intensivo do
perceptivo dos ambientes proporcionados por um entendimento
mover, do aprender, do existir, do estar e talvez do dançar.
expandido de novas mídias, pela situação de ‘pausa’ e des-
Sugere-se que a instalação seja experienciada a dois, com “um
compressão proporcionada pela instalação em contraposição às
outro”. Esta relação de “acoplamento” nos ambientes relacio-
urgências contemporâneas, pela absorção de uma forma de arte
nais (e também educativos, de experiência compartilhada) se
em contato direto com nossos sentidos.
dá principalmente nesse encontro com o outro no campo dos
afetos. Então, a instalação serve como um modelo para consti-
tuição de ambientes ou processos de aprendizagem que simulam
ciclos de autorregulação, pois entendemos que o estado de
autorregulação pode estar muito próximo do estado de maravi-
lhamento da experiência estética.
O Gabinete
de Alice

21

Desenhos de referência para transformação de pontos luminosos em figuras de interação.


Reference drawing for the transformation of luminous points into interactive figures.
O Gabinete
de Alice

23
CAIXA is a Brazilian public company which excels by its respect for diversity. It
maintains active internal committees working to promote among its employees
actions, campais and programs aimed to spread ideas, knowledge and attitudes
of respect and tolerance to the diversity of gender, race, sexual orientation and
every other differences that characterize society.

Alice’s Immersive
CAIXA is also a major sponsor of Brazilian culture. In 2015, we invested R$ 76
million in 539 projects throughout Brazil, visited by 931,000 Brazilians. 2016 will

Cabinet installation O Gabinete


de Alice
be an additional R$ 75 million to sponsor cultural projects in their own spaces
and partners spaces, with emphasis on visual arts exhibitions, theatre plays,
English Version dance performances, concerts, theatre and dance festivals throughout the
national territory.
The sponsored projects are selected via public notice, an option taken by
CAIXA in order to ensure a more democratic and accessible participation
of producers and artists of all the units in our federation, as well as a more
transparent way to keep our society informed of the company´s investment of
resources.
Therefore, CAIXA contributes to promote and disseminate our national culture
and returns to the Brazilian society the trust and support received throughout
its 155 years of practice in the country. To CAIXA, life asks for more than just a
bank. It asks for investment and effective participation in the present, commit-
ment to the country´s future and creativity to achieve the best results for the
Brazilian people.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


ALICE’S CABINET other ideas that right away proved to be difficult to execute. During the course

Alice’s Cabinet is an immersive installation project that proposes to provide of the process, the adoption of more mechanical structures was replaced by
techniques linked to interaction through movement and an understanding of
the audience with sensorial situations, through audiovisual media together
space, together with resources for projecting on irregular and curved surfaces,
with physical and gestural interaction resources, as possibilities for conducting
considered to be enveloping, intuitive, and easily interactive.
perception. The project arose out of a confluence of distinct fields, bringing During the project’s development, made possible thanks to the Culture Fund
together experiments in visual arts, interactive media, and studies about the of the Secretary of Culture of the state of Bahia (provided in 2014), we sought to
movement and physiology of the body. synthesize these technical premises of the project with studies linked to the auto-
The balance of our current figure is broken, its outline nomic nervous system (ANS), thinking about the modes of use and understand-

THE PROJECT
wavers. We can say that every time this happens, the cur- ing by the audience that could be equivalent to the ways of learning related to
rent format of our body undergoes a violent act, because it the body – in search of the ways the body autoregulates its physiology.
destabilizes us and demands that we create a new body (…) The proposal came together over the course of time as a truly multidis-
that comes to embody this new state that arose in us. And
ciplinary project whose main challenge was to provide reflections about the
every time we respond to the demand imposed by one of these
states, we become someone else (Suely Rolnik, 1993). possibilities of using current technologies to raise awareness about our sensory
abilities, seeking to understand how supposedly “intelligent” environments can
Alice’s Cabinet is a reference to the Cabinets of Curiosity, or Cabinets O Gabinete reduce or increase our power of sensory perception.
de Alice

of Wonder (Wunderkammern), popular in the 16th and 17th centuries, and The center of the process of creating the project was guided by this
27
which to a certain extent preceded the museums and exhibitions of today. The dedication to sensorial aspects, utilizing as the conceptual foundation studies
cabinets of the time brought together technically advanced instruments and about perception and the senses, and how these can be altered, considering
curiosities originating in studies and explorations linked to the context of the that it is through them that an internal and/or external reality is ‘shaped’ in the
great navigations. individual. The idea was to transpose, onto a limited physical space (a sort of
In Alice’s Cabinet, we seek to create an analogy between this informative uni- technologically “prepared” cabinet or booth), a type of play on the senses, with
verse and the altered perception of Lewis Carroll’s Alice, be it in light of simple perception and ‘proprioception.’
situations such as mirrors, or through ‘potions’ that change one’s understanding With these premises as a base, the project was conceived of as a way to
of what is happening, such as the sensation of growing or shrinking in size. make possible a creative and collaborative process that included studies of
The project brings together playful resources and conditions that produce perception and the body’s physiology, visual arts, new media, and theater arts. As
a reflection about the state of perception experienced through technological a result, the project brought together the artists and researchers Lucas Bambozzi
devices in a physically limited space, which we define as an interactive booth. Ini- (cinema, video, and new media), Joãzito Pereira (visual arts), and Laura Campos
tially entitled Sensorial Booth, its development was initially conceived as a series (dance, theater arts), who took advantage not only of the repertoires associated
of possibilities such as video projections, LCD screens, movement sensors, and with their fields of activity, but also the dialogue with the work about perception
‘haptic’ surfaces. The idea was to provide the audience with more than just visual and physiology developed by the therapist Alexandre Duarte. In very intensive
and sound effects, but also physical transformations of the space itself, through meetings, guided by studies and open-ended discussions about possible for-
the movement of scenery as well as the surfaces, the walls, and the ceiling. The mats and their technical and conceptual feasibility, the final format arose: Alice’s
booth also would be equipped with drawers, doors, “sensitive” objects, and Cabinet, presented at MAB (Bahia Museum of Art) in Salvador in October 2014.
REFERENCES AND SCRIPT OF SITUATIONS proved most viable and open to distinct meanings, bringing to mind the pene-
Therapist Ale Duarte has been recognized for his work in conflict zones trables created through the installations of Hélio Oiticica (especially Tropicália –
and in areas affected by natural disasters, providing him with vast experience PN2: Purity is a myth, and PN3: Imagetic), geared towards collective experiences.
and knowledge about critical situations. In his therapeutic method, Alexandre The conception of the booth that we used is that of a versatile space,
developed a chart of the body’s physiological cycle, whose application restores relatively easy to assemble, and able to be moved and transported. We opted
the organism’s natural state of autoregulation. According to the therapist, many for this format due above all to the possibility of controlling the systems of
of the “disorders” in contemporary life are unleashed by discrepancies between interaction and sensory stimulation through a modular construction that could
our physiological needs and the demands of the modern world. For him, the be versatile in terms of assembly and adaptation to existing exhibition spac-
way towards autoregulation lies in our physiology, more specifically in the reor- es. Because this is a project that seeks to follow up with studies (distinct and
ganization of the nervous system’s natural cycles. complementary, connected to perception as well as to interactive technologies),
The organism’s innate autoregulation regularly updates the inve ntive poten- the format should be that of a model where functionalities and resources can be
tial of cognition, something that does not happen when the physiological cycle is transposed to other spatial situations as a result of the experience registered as
compromised. Observing the significant results that came out of the application a consequence of its presentation to a diverse audience.
of this knowledge gave rise to the possibility of using the chart in projects with In more metaphoric or symbolic terms, the booth recalls the cabinet, the
an interactive art environment to ensure not only the construction of an envi- room of wonders, as well as synthesizing the difficulties faced by Lewis Carroll’s
ronment that updates our inventive capacity but also raises questions about the O Gabinete Alice in relation to simple and at the same time complex space that she enters
de Alice

implications implicit in the relationship between our somatic dimension and a in her adventures, and the altered states of perception regarding the world
29
world that is increasingly configured through technological environments. around her.

BOOTHS, CABINETS, AND “PREPARED” SPACES ELEMENTS OF THE BOOTH-SPACE


The booth is a reference to the cabinet, as a space that is delimited and The experience inside the space should preferably happen in pairs (or up
“prepared,” although not necessarily a cloistering environment, but rather one to four people at most). Doors were replaced by penetrable and more fluid
of spatial definition, where privacy is of essential importance – so that one can solutions.
feel at ease. The booth conceived for the Alice’s Cabinet project recreates The itinerary involves a logical trajectory, associated with the temporal
situations that are in sync with the studies of each participant. The narratives experiences suggested by the chart and the exploration of visual and spatial
that arise out of this trajectory could, in some respects, be identified both as elements present in the projections on the booth screens.
the typical hero myth (Greek mythology) or as Alice’s wanderings in Wonder- In more technical terms, the system included various interactive technolo-
land (the fall down the tunnel, the meeting of strange creatures, the distortions gies, such as facial recognition and movement sensors such as Kinect, con-
provoked by mirrors, and her state of shrinking or growing). The spaces that we trolled via Processing. The sound envelops the audience through a quadriphon-
call “prepared” are a reference to John Cage, who inserted unusual objects into ic system with the capacity to produce extremely low frequencies beyond the
his piano, leading to the creation of sounds considered dissonant by musical range of human hearing.
standards. The space is characterized by the audience being guided down a The version presented at MAB in Salvador included the creation of a visual-
path suggested by visual, audio, and physical occurrences. ization screen on the outside of the booth as a way for the audience to see other
From among a series of possibilities the format chosen was the one that participants interacting with the space.
PATHS of Olafur, for example, commonly incorporates laws of physics, neurology, and
One of the drivers behind the organization of the team, and that led to the optics, inviting the visitor to experience natural phenomena such as fog, light,
confluence of the participants’ distinct fields of knowledge and creation, was
color, and reflections, always in the situation of immersion – and occasional
based on an academic study initiated by Laura Campos in 2003 and which is
disconnection from the standard form of reality. In all of his work, Olafur inserts
currently underway in her Doctoral studies in Theater Arts at UFBA.
The studies, linked to the forms of plasticity in creation of motor patterns for the experience that he offers to spectators in spatial situations marked by an

dance and performance, led the project directly to the field of experimenting ambiguity between “inside” and “outside.”
with perception and the physiology of the body. This is a field called Somatic Similarly, Alice’s Cabinet has as its central point the relationship between
Education, which involves a consistent number of corporeal approaches and the environment and the body’s physiology, a constant and present happening
which has as its main focus the investigation of first-person experiences. We (in continuous negotiation) that molds our subjectivity, but which due to the
currently see, in an incipient but increasingly important way, studies that raise
force of habits of perception rooted in our modern culture, oftentimes passes
questions about the implications that exist in the interaction between our
us by unnoticed.
somatic dimension (the lived body) and environments generated out of new
technologies that, at least in big cities, permeate our daily lives almost full-time. The process of developing Alice’s Cabinet sought out this need to corpo-

It was in this sense that this project was conceived, with the aim not only of realize the feeling of (self)satisfaction when faced with a stimulus, with a work
investigating questions that are interwoven with this relationship of the somatic O Gabinete of art - something essential to giving the experience meanings that strengthen
de Alice

to new technologies, but also creating an environment based on this play on corporeality in its process of fragile ontology, and that don’t attach themselves
31
perception and new technologies, so that the audience can, in this installation, to standards of perception or behavior that impede them from advancing in
experience unexplored dimensions in their field of sensibilities, as well as con-
the intensive field of moving, learning, existing, being, and possibly dancing.
struct questions according to the experiences they themselves felt thanks to the
We recommend that the installation be experienced in pairs, with “an other.”
devices involved in the work.
In the world of contemporary art, we see a set of practices utilized in instal- This relationship of “coupling” in relational (and also educational, of shared

lations that unite the concept and perception of space, often offering us the op- experiences) environments is a result primarily of this meeting with the other in
portunity to experience new perceptive possibilities through sensorial resources the field of affects. Therefore, the installation serves as a model for constituting
that produce interesting tensions between physical space and the physiology environments or processes of learning that simulate cycles of autoregulation, for
of the body. This context motivates us to develop an interactive installation that we understand that the state of autoregulation may be very close to the state of
includes in its development an understanding of our physiological cycle and
marvel when faced with an aesthetic experience.
its process of autoregulation, at the same time that it educates the sensibility
MORE ABOUT THE PROCESS
necessary in an artistic project.
The work of Lygia Clark and of Hélio Oiticica, for example, are emblematic Alice’s Cabinet creates an effective confluence between a variety of concepts

in regard to the study of perception in participatory or interactive art spaces. in an installation where the immersion in an interactive environment updates our
In another context, the work of artists James Turrell or Olafur Eliasson stand inventive cognitive capacity, developing the opening of a dimension of the sensi-
out, as their process of perceiving and understanding the physical space are ble insofar as this environment allows audiences to perceive their own sensations.
at the center of an artistic study geared towards sensorial processes. The work
The project is the fruition of a work that is continuously experimental. We
have no pretensions that the work substitute therapeutic processes, and less so
that it function as an effective resource to cure any somatic or traumatic incident
– even keeping in mind the proliferation of kinesthetic installation of this kind
or another. There is, however, a premise that processes beyond art be used in a
field of sensorial experience, that it synthesize questions which show them-
selves to be not only relevant but necessary: the relationship between somatic
states and technology, the playful and perceptive potential of environments
created by an expanded understanding of new media, by the state of “pause”
and decompression provided by the installation in contrast with the contempo-
rary sense of urgency, by the absorption of a form of art in direct contact with
our senses.

33
REFERÊNCIAS / REFERENCES
GABINETE DE CURIOSIDADES / CABINET OF CURIOSITIES
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabinete_de_curiosidades[1]
https://en.wikipedia.org/wiki/Cabinet_of_curiosities
O MUNDO DE LYGIA CLARK / THE WORLD OF LYGIA CLARK
http://www.lygiaclark.org.br/defaultpt.asp[2]
HÉLIO OITICICA (TROPICÁLIA, PENETRABLES)
http://www.heliooiticica.org.br/home/home.php[3]
VIDEOCABINES SÃO CAIXAS PRETAS / VIDEOBOOTHS ARE BLACK BOXES - SANDRA KOGUT
http://site.videobrasil.org.br/acervo/obras/obra/146843[4]
JAMES TURRELL
http://www.pbs.org/art21/artists/james-turrell
OLAFUR ELIASSON
http://www.olafureliasson.net/works.html
ZEE - KURT HENTSCHLÄGER
http://www.kurthentschlager.com/portfolio/zee/zee.html
MÁQUINAS CAPAZES DE CUIDAR DE CRIANÇAS / MACHINES CAPABLE OF CARING FOR CHILDREN
http://bit.ly/2gCSRDK
UM ROBÔ QUE INTERAGE COM O AUTISTA / A ROBOT THAT INTERACTS WITH PEOPLE WITH AUTISM
http://bit.ly/2fYf0eK
O Gabinete
de Alice

35
FICHA TÉCNICA | CREDITS

Idealização | Concept: ALE DUARTE, JOÃOZITO PEREIRA, LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI
Coordenação Geral | General Coordinators: LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI
Desenho de cenografia e montagem | Scenery design and assembly: JOÃOZITO PEREIRA
Direção de imagens, interatividade e conteúdo | Director of images, interactivity, and content: LUCAS BAMBOZZI
Consultor e pesquisador em fisiologia e educação do movimento | Consultant and researcher in physiology and
movement education: ALEXANDRE DUARTE
Design gráfico | Graphic design: JULIO DUI
Assessoria de imprensa | Media Relations: LILIAN MICHELAN (São Paulo)
Montagem e cenografia | Installation and scenography: BLADE (Salvador), ELÁSTICA/WILLIAM ZARELLA (São
Paulo)
Direção de montagem | Installation Director: LANUSSI PASQUALE (Salvador), WILLIAM ZARELLA (São Paulo)
Local da exposição inicial | Original exhibition location: MAB – MUSEU DE ARTE DA BAHIA
Textos | Text: LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI
Desenvolvimento tecnológico | Technological development: TONI OLIVEIRA, JAVIER CRUZ E GUIMA SAN
Trilha sonora | Soundtrack: PEDRO AUGUSTO DIAS
Produção executiva | Executive producers: TIAGO TAO E MARINA PINHEIRO

Bambozzi, Lucas.
O Gabinete de Alice / Lucas Bambozzi, Laura Campos e Ale Duarte
- São Paulo, 2016.
ISBN: 978-85-916927-2-9
Catálogo de exposição.
1.Arte. 2.Arte Contemporânea. 3.Instalação. 4.Interatividade.
5.Experiência Sensorial. 6. Ambientes imersivos.
I. Título.

Potrebbero piacerti anche