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CAPÍTULO I
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO
Art. 1o Até o ano-calendário de 2015, inclusive, poderão ser
deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração
de Ajuste Anual pela pessoa física, ou em cada período de
apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada
com base no lucro real os valores despendidos a título de
patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e
paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte.
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em seguida, abater os valores gastos no momento do recolhimento/ajuste, ou, em
sendo o caso, obter sua restituição; servindo como mais uma estratégia (política
pública) para o desenvolvimento do esporte brasileiro.
Estando o Ministério do Esporte encarregado de operacionalizar e controlar o
acesso aos recursos, cuidou em editar Portarias dispondo sobre a tramitação e
avaliação dos projetos, bem como a captação, o acompanhamento e a prestação de
contas daqueles devidamente aprovados. Assim, em que pese a Lei nº 11.438 ter sido
promulgada em 29/12/06 e regulamentada pelo Dec. 6.180 em 03/08/07, somente
depois da publicação da Portaria nº 177, em 11/09/07, foi possível efetivamente
encaminhar projetos desportivos em busca do benefício. Desde então, foram
apresentados mais de 3.000 (três mil) projetos ao Ministério do Esporte. O número
expressivo de protocolos revela não apenas o anseio da comunidade esportiva pela
viabilização de recursos financeiros ao setor, mas, analisado em profundidade, traz
indicadores importantes sobre a funcionalidade do incentivo ao esporte.
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organizações de administração esportiva, bem como para ONGs sociais esportivas,
governos estaduais e municipais (Secretarias de Esporte). Neste sentido, para correta
solicitação dos recursos é fundamental que seus dirigentes conheçam em detalhes a
legislação de regência e sua regulamentação, de modo a elaborar projetos dentro dos
estritos termos de técnica e procedimento exigidos. E aqui, temos um indicativo de
dificuldade por parte dos proponentes, refletidos nos dados que seguem.
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exigido, visto que apenas 17,9% (536 projetos) alcançaram êxito de aprovação. Isso
aponta, em princípio, para a ampla necessidade de capacitação de gestores
desportivos, para que tenham condições de conceber projetos com o nível de
detalhamento esperado. E nesse ponto, chamamos atenção para um fato muito
importante, que era – até então – praticamente a inexistência de fontes de
financiamento público para o setor, e do direcionamento de verbas privadas para o
esporte de alto rendimento (sob controle de agências de marketing esportivo) e,
algumas poucas vezes, para alavancar ações de responsabilidade social da empresa.
Portanto, o cenário anterior à vigência da Lei nº 11.438/06, apontava para a
“desnecessidade de planejar” (elaborar projetos), principalmente ações de médio e
longo prazo, pois não havia expectativa de captação de recursos para torná-los
realidade, em especial os de caráter local e voltados para o desporto educacional e de
inclusão social. Assim sendo, conclui-se que as entidades desportivas se acostumaram
a planejar apenas no curto prazo, buscando soluções para questões presentes.
Já a realidade de planejamento da Lei de Incentivo ao Esporte é inversamente
contrária, pois demanda a propositura de ações dimensionadas em uma perspectiva
futura de médio a longo prazo quanto ao início de execução, ou seja, dependente da
superação de fases que vão da concepção detalhada do projeto e sua metodologia de
execução, inclusive relativa ao levantamento de orçamento pormenorizado, seguido
da organização dos documentos, protocolo, tramitação, eventuais diligências,
aprovação, período de captação, formalização do compromisso de execução para,
finalmente, ter acesso aos recursos.
Enfim, passados três anos da lei em vigor, resta claro que o “planejamento
estratégico” passa a ser uma ferramenta de trabalho indispensável para as
organizações desportivas, para que possam alcançar seus benefícios. E isso é um efeito
positivo provocado pelo mecanismo de incentivo ao esporte, pois induz a
profissionalização de gestão das entidades do segmento, aproximando executivos da
área de administração, direito, marketing, contabilidade, dentre outros. Por certo que
com o passar dos anos a tendência será, cada vez mais, o aumento no volume dos
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projetos aprovados, demonstrando o entendimento dessa nova realidade de
gerenciamento estratégico de médio-longo prazo.
Um segundo ponto que merece destaque relaciona-se à efetiva captação de
recursos para os projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. Neste sentido,
vejamos os números:
Ano Projetos Aprovados Projeto com Capacitação % Valor Autorizado Valor Captado
2007 21 17 80,9% 64.185.856,05 50.920.591,16
2008 192 102 53,1% 273.318.631,74 82.198.742,01
2009 323 216 66,8% 426.349.624,69 110.842.852,38
TOTAL 536 335 62,5% 763.854.112,48 243.962.185,55
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dificuldades de acesso aos contribuintes, com o tempo, soará mais como desculpa
para a falta de ânimo ou o despreparado em lidar com a nova realidade de
financiamento público do desporto brasileiro, bem mais amplo, democrático e
universal do que em qualquer outra época.
Pois que todos se estimulem em aprofundar seus estudos sobre a Lei de
Incentivo ao Esporte e busquem elaborar, propor e aprovar seus projetos,
articuladamente a um processo de aproximação e captação junto aos apoiadores
habilitados, de modo que as proposituras venham a se transformar em realidade, para
que o esporte brasileiro possa alcançar novos patamares, prestigiando agora não só a
competência de nossos atletas, mas também do nosso corpo de dirigentes
desportivos.
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RECIBO declarando os valores recebidos para fins de comprovação da
fruição do incentivo);
7. NÃO HÁ CUMULATIVIDADE em relação a outros incentivos (cultura,
audiovisual, fundo da criança e do adolescente, PAT, PDTI, PDTA);
8. Por opção da empresa sua imagem poderá ser preservada, ou seja, ficar
anônima, caso não tenha interesse em explorar publicamente o retorno
possível do incentivo (DOAÇÃO), ou seja, para ações de cunho filantrópico;
9. A responsabilidade pelo acompanhamento de gestão dos projetos
desportivos apoiados é de responsabilidade do Governo Federal;
10. O apoio a projetos desportivos abre diferentes possibilidades para nossa
comunidade, permitindo o desenvolvimento de ações que, de outro modo,
deixariam de ser realizadas.
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Atividades
Questões
1. Explique o que você entendeu sobre a Lei de Incentivo ao esporte.
2. Qual o órgão responsável por receber, analisar, aprovar e disponibilizar os
recursos para projetos?
3. Quais instituições podem encaminhar projetos para se utilizarem da Lei do
Incentivo ao Esporte?
4. De acordo com as tabelas apresentadas no texto acima, o que você entende que
ocorreu em um segundo momento, para que os projetos aprovados tivessem
continuidade?
5. Explique de maneira resumida as 10 vantagens de se utilizar da Lei de Incentivo ao
Esporte.
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