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LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006.

Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter


desportivo e dá outras providências.

CAPÍTULO I
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO
Art. 1o Até o ano-calendário de 2015, inclusive, poderão ser
deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração
de Ajuste Anual pela pessoa física, ou em cada período de
apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica tributada
com base no lucro real os valores despendidos a título de
patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e
paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte.

A Lei de Incentivo ao Esporte prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas


destinarem uma parcela do imposto de renda devido em benefício de projetos
desportivos elaborados por entidades do setor, após aprovados por uma Comissão
Técnica composta por representantes governamentais e membros do setor desportivo
e paradesportivo. Configura-se assim como uma forma alternativa de recolhimento do
imposto de renda (IR), ou seja, ao invés de recolher todo o montante devido pelas vias
tradicionais, os contribuintes poderão destinar um percentual deste valor (Empresa =
1% e Pessoa Física = 6%) “diretamente” em benefício de projetos desportivos
previamente aprovados, por uma das formas prevista em Lei (patrocínio ou doação), e,

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em seguida, abater os valores gastos no momento do recolhimento/ajuste, ou, em
sendo o caso, obter sua restituição; servindo como mais uma estratégia (política
pública) para o desenvolvimento do esporte brasileiro.
Estando o Ministério do Esporte encarregado de operacionalizar e controlar o
acesso aos recursos, cuidou em editar Portarias dispondo sobre a tramitação e
avaliação dos projetos, bem como a captação, o acompanhamento e a prestação de
contas daqueles devidamente aprovados. Assim, em que pese a Lei nº 11.438 ter sido
promulgada em 29/12/06 e regulamentada pelo Dec. 6.180 em 03/08/07, somente
depois da publicação da Portaria nº 177, em 11/09/07, foi possível efetivamente
encaminhar projetos desportivos em busca do benefício. Desde então, foram
apresentados mais de 3.000 (três mil) projetos ao Ministério do Esporte. O número
expressivo de protocolos revela não apenas o anseio da comunidade esportiva pela
viabilização de recursos financeiros ao setor, mas, analisado em profundidade, traz
indicadores importantes sobre a funcionalidade do incentivo ao esporte.

Como se vê na ilustração, cabe exclusivamente às entidades desportivas (sem


fins lucrativos, do setor público e privado), o encaminhamento de projetos ao Governo
Federal (Ministério do Esporte), ou seja, o benefício está limitado, basicamente, em
favor de clubes sociais esportivos, ligas, federações, confederações e demais

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organizações de administração esportiva, bem como para ONGs sociais esportivas,
governos estaduais e municipais (Secretarias de Esporte). Neste sentido, para correta
solicitação dos recursos é fundamental que seus dirigentes conheçam em detalhes a
legislação de regência e sua regulamentação, de modo a elaborar projetos dentro dos
estritos termos de técnica e procedimento exigidos. E aqui, temos um indicativo de
dificuldade por parte dos proponentes, refletidos nos dados que seguem.

Ano Projetos Apresentados Projetos Aprovados %


2007 635 21 3,3%
2008 666 192 28,8%
2009 1.692 323 19,1%
Total 2.993 536 17,9%
Projetos apresentados X aprovados no período de 2007 a 2009*
*Dados obtidos em material de divulgação do Ministério do Esporte e no site
www.esporte.gov.br, em 24/jun/2010.

Qualidade dos projetos desportivos


Evidencia-se por esses números a grande dificuldade que vem sendo enfrentada
pelos proponentes na correta formatação dos projetos desportivos. Em 2007, apenas
21 (3,3%) dos 635 projetos apresentados conseguiram êxito de aprovação, lembrando
que o protocolo foi iniciado apenas em 11 de setembro. Já durante todo o ano de
2008, foi mantido praticamente o mesmo número de projetos protocolados (666),
porém, com aumento de aprovação para o volume de 28,8% (192 projetos). Por sua
vez, em 2009, houve uma explosão de protocolos, quase triplicando o volume do ano
anterior, ao alcançar 1.692 projetos apresentados, porém, o índice de aprovação neste
ano ficou em 19,1% (323 projetos), em que pese, evidentemente, a possibilidade de
projetos serem aprovados em anos posteriores ao protocolo.
De todo o modo, no aspecto geral do período analisado (2007 a 2009), resta
claro que a viabilidade dos projetos apresentados (2.993) está muito aquém do

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exigido, visto que apenas 17,9% (536 projetos) alcançaram êxito de aprovação. Isso
aponta, em princípio, para a ampla necessidade de capacitação de gestores
desportivos, para que tenham condições de conceber projetos com o nível de
detalhamento esperado. E nesse ponto, chamamos atenção para um fato muito
importante, que era – até então – praticamente a inexistência de fontes de
financiamento público para o setor, e do direcionamento de verbas privadas para o
esporte de alto rendimento (sob controle de agências de marketing esportivo) e,
algumas poucas vezes, para alavancar ações de responsabilidade social da empresa.
Portanto, o cenário anterior à vigência da Lei nº 11.438/06, apontava para a
“desnecessidade de planejar” (elaborar projetos), principalmente ações de médio e
longo prazo, pois não havia expectativa de captação de recursos para torná-los
realidade, em especial os de caráter local e voltados para o desporto educacional e de
inclusão social. Assim sendo, conclui-se que as entidades desportivas se acostumaram
a planejar apenas no curto prazo, buscando soluções para questões presentes.
Já a realidade de planejamento da Lei de Incentivo ao Esporte é inversamente
contrária, pois demanda a propositura de ações dimensionadas em uma perspectiva
futura de médio a longo prazo quanto ao início de execução, ou seja, dependente da
superação de fases que vão da concepção detalhada do projeto e sua metodologia de
execução, inclusive relativa ao levantamento de orçamento pormenorizado, seguido
da organização dos documentos, protocolo, tramitação, eventuais diligências,
aprovação, período de captação, formalização do compromisso de execução para,
finalmente, ter acesso aos recursos.
Enfim, passados três anos da lei em vigor, resta claro que o “planejamento
estratégico” passa a ser uma ferramenta de trabalho indispensável para as
organizações desportivas, para que possam alcançar seus benefícios. E isso é um efeito
positivo provocado pelo mecanismo de incentivo ao esporte, pois induz a
profissionalização de gestão das entidades do segmento, aproximando executivos da
área de administração, direito, marketing, contabilidade, dentre outros. Por certo que
com o passar dos anos a tendência será, cada vez mais, o aumento no volume dos

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projetos aprovados, demonstrando o entendimento dessa nova realidade de
gerenciamento estratégico de médio-longo prazo.
Um segundo ponto que merece destaque relaciona-se à efetiva captação de
recursos para os projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. Neste sentido,
vejamos os números:
Ano Projetos Aprovados Projeto com Capacitação % Valor Autorizado Valor Captado
2007 21 17 80,9% 64.185.856,05 50.920.591,16
2008 192 102 53,1% 273.318.631,74 82.198.742,01
2009 323 216 66,8% 426.349.624,69 110.842.852,38
TOTAL 536 335 62,5% 763.854.112,48 243.962.185,55

*Dados obtidos em material de divulgação do Ministério do Esporte e no site


www.esporte.gov.br, em 24/jun/2010

Aqui se verifica um segundo aspecto importante nas relações necessárias para


tornar efetivo o incentivo ao esporte. Isto é, se em um primeiro momento é preciso
que a entidade proponente tenha a competência de formatar e instruir
adequadamente o projeto desportivo para obtenção da chancela autorizadora de
captação precisará, em seguida, convencer contribuintes (pessoas físicas e jurídicas) a
efetivamente realizarem fruições em seu favor. Neste sentido, os dados demonstram
que, superada a fase de aprovação, o sucesso na captação tem sido relativamente
positivo, já que, em 2007, 80,9% dos projetos conseguiram recursos, representando
mais de 50 milhões de reais para o setor, com avanço em 2008 para a casa dos 82
milhões, por meio de 102 projetos (53,1% dos aprovados naquele período) e
culminando no ano seguinte em quase 111 milhões, através de 66,8% dos projetos
autorizados para o exercício.
Esses números totalizam valores expressivos, afinal, são mais de 243 milhões de
reais destinados a 335 projetos, dentre 536 aprovados, no período de 2007 a 2009.
Não obstante, a cada mês e a cada ano, serão mais e mais os projetos aprovados e os
recursos carreados, pelo que, ficar fora desta ciranda financeira positiva em favor do
esporte brasileiro não parece medida acertada. Reclamar da burocracia e das

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dificuldades de acesso aos contribuintes, com o tempo, soará mais como desculpa
para a falta de ânimo ou o despreparado em lidar com a nova realidade de
financiamento público do desporto brasileiro, bem mais amplo, democrático e
universal do que em qualquer outra época.
Pois que todos se estimulem em aprofundar seus estudos sobre a Lei de
Incentivo ao Esporte e busquem elaborar, propor e aprovar seus projetos,
articuladamente a um processo de aproximação e captação junto aos apoiadores
habilitados, de modo que as proposituras venham a se transformar em realidade, para
que o esporte brasileiro possa alcançar novos patamares, prestigiando agora não só a
competência de nossos atletas, mas também do nosso corpo de dirigentes
desportivos.

10 vantagens em utilizar a Lei de Incentivo ao Esporte

1. Se desejar, a marca da sua empresa será exposta em todos os bens e


serviços viabilizados através da Lei de Incentivo ao Esporte, juntamente
com as marcas oficiais do Governo Federal (PATROCÍNIO);
2. É possível viabilizar ações de MARKETING ESPORTIVO através da fruição do
incentivo (patrocínio a projetos de alto rendimento);
3. O apoio direto a projetos desportivos reforça o posicionamento da
RESPONSABILIDADE SOCIAL da empresa;
4. A não fruição do incentivo obriga ao recolhimento integral dos valores
diretamente à Receita Federal;
5. A CONTRAPARTIDA é ZERO, ou seja, a totalidade dos valores destinados é
dedutível do imposto de renda (no limite de 1% do IR devido, excluído o
adicional);
6. O procedimento é absolutamente simples e sem burocracia (recolhe-se 99%
do IR e 1% destina-se por meio de depósito em conta bancária de
titularidade da entidade proponente do projeto desportivo, que emitirá

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RECIBO declarando os valores recebidos para fins de comprovação da
fruição do incentivo);
7. NÃO HÁ CUMULATIVIDADE em relação a outros incentivos (cultura,
audiovisual, fundo da criança e do adolescente, PAT, PDTI, PDTA);
8. Por opção da empresa sua imagem poderá ser preservada, ou seja, ficar
anônima, caso não tenha interesse em explorar publicamente o retorno
possível do incentivo (DOAÇÃO), ou seja, para ações de cunho filantrópico;
9. A responsabilidade pelo acompanhamento de gestão dos projetos
desportivos apoiados é de responsabilidade do Governo Federal;
10. O apoio a projetos desportivos abre diferentes possibilidades para nossa
comunidade, permitindo o desenvolvimento de ações que, de outro modo,
deixariam de ser realizadas.

De acordo com o parágrafo 2º do art. 1° da portaria nº 68 de 22 de abril de


2010, que altera a portaria nº 120 de 03 de julho de 2009, o prazo para protocolização
da documentação referente aos projetos desportivos ou paradesportivos se encerra
dia 15 de setembro de 2012, considerando-se a data do protocolo ou da remessa
constante do Aviso de Recebimento.

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Atividades

Agora, para verificar se você compreendeu as noções teóricas, vamos para a


parte prática dessa unidade.
Ao trabalho!

Questões
1. Explique o que você entendeu sobre a Lei de Incentivo ao esporte.
2. Qual o órgão responsável por receber, analisar, aprovar e disponibilizar os
recursos para projetos?
3. Quais instituições podem encaminhar projetos para se utilizarem da Lei do
Incentivo ao Esporte?
4. De acordo com as tabelas apresentadas no texto acima, o que você entende que
ocorreu em um segundo momento, para que os projetos aprovados tivessem
continuidade?
5. Explique de maneira resumida as 10 vantagens de se utilizar da Lei de Incentivo ao
Esporte.

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