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Introdução
Muitas vezes, o primeiro contato que um jovem tem com o Estado, não é com esse estendendo sua mão em auxílio,
mas quando o jovem entra em conflito com a lei e é inserido no Sistema Socioeducativo. Ainda assim, nesta que seria uma
excelente oportunidade social, cultural e pedagógica há a limitação dada pelo breve contato do jovem com a equipe
multidisciplinar que trabalhará com ele, sendo essa uma das grandes características do Sistema Socioeducativo.
Apesar do período relativamente curto de trabalho, o Sistema propõe-se a muito mais do que metas de curto prazo.
Existem metas de médio e longo prazos que só se concretizarão quando aquele jovem for egresso do sistema e estiver
novamente inserido em seu cotidiano. Isso faz do Sistema Socioeducativo um sistema complexo, multidimensional e que por sua
própria natureza possui diversas ferramentas para atingir seus objetivos nas figuras de seus diversos cargos, das equipes
multidisciplinares, dos planos pedagógicos e das medidas socioeducativas e em alguns casos das protetivas.
Um Sistema complexo sim, porém com o foco primordial em um único público alvo, uma meta única de fazer todo o
possível por ele, e a esperança da criação de impactos benéficos de curto, médio, e longo prazos.
Impactos
Impactos a curto prazo
Mesmo não sendo o único importante, um dos impactos mais notáveis é na criminalidade. De forma direta, o próprio
adolescente não cometendo mais atos infracionais diminui essa estatística, e de forma indireta, o mesmo não contribui como
instrumento da criminalidade adulta que mais e mais se vale dos jovens no crime organizado.
De extrema importância é a transformação possível na vida pessoal daquele jovem, em seus valores, aumento de suas
perspectivas e o possibilitar de novos olhares diante da vida, além da facilitação para o mercado de trabalho, a
profissionalização e a educação. Tudo isso o jovem também carregará consigo para o seio de sua família, na qual poderá
também causar impacto em todos seus membros, ou seja, é um programa de atendimento individual, mas com impacto no
núcleo familiar.
Também se inclui aqui a quebra de rótulos que impede tantos adolescentes de sonhar, de ter esperança em construir
um futuro para si, de que isso é possível, de que ele e ela são capazes de perseguirem sua vocação, seus sonhos, de que podem
ser produtivos e causar grande diferença na vida dos outros. No Sistema Socioeducativo existe a possibilidade de empoderar o
indivíduo para que ele saiba que não é gênero, cor, orientação sexual, classe social ou credo que irá limitar suas escolhas e
sonhos na vida.
No melhor dos mundos o Sistema Socioeducativo poderia alcançar seu potencial máximo com algumas intervenções:
projetos de prevenção aproveitando ao máximo estruturas e recursos já existentes, acompanhamento de egressos e suporte em
seu crescimento para que os objetivos de médio e longo prazos se concretizem, aumento do quantitativo de pessoal para que as
metas sejam cumpridas e os esforços tenham impactos concretos e aumento da articulação com outros programas sociais para
que as frentes de trabalho de ambos os lados sejam complementares.
Muitas vezes o primeiro contato que um jovem tem com o Estado é o Sistema Socioeducativo. Por vezes a escola, a Vila
Olímpica, o posto de saúde, o Espaço de Cultura e Lazer não o alcançam e não legitimam sua história e com isso o Sistema é a
ação mais efetiva na trajetória deste jovem.