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Aline Madrigal
Bianca O. Almeida
Claudia Fahyme
Fernanda Correa
Lucas Ricci
na Universidade de Taubaté.
Prof.
Taubaté,2016
SUMARIO
INTRODUÇÃO 4
OBJETIVO E METODOLOGIA 5
1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 6
2 CONTEXTO HISTÓRICO 7
PINDAMONHANGABA
4.1 Tremembé 14
4.2 Taubaté 15
4.3 Pindamonhangaba 17
5 A QUESTÃO DOS IMPOSTOS E DOS INCENTIVOS FISCAIS
NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL 18
6 A REFORMA AGRÁRIA 20
7 QUESTÕES DE ORDEM TERRITORIAL E DE ESPECTRO JURÍDICO 20
8 ASPECTOS AMBIENTAIS 22
9 MINERAÇÃO NA BACIA DO PARAÍBA DO SUL 25
9.1 ASPECTOS GERAIS LIGADOS A CAVA DE AREIA E À
PLANTAÇÕES DE ARROZ 27
10 POTENCIALIDADES DA REGIÃO 31
10.1 TURISMO 34
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11.2.1 ATIVIDADES NO RÍO PARAÍBA DO SUL 44
11.4 NÚCLEOS 47
a. Conforto térmico/acústico 49
b. Informação/segurança 53
c. Acessibilidade/mobilidade 55
d. Identidade 57
CONSIDERAÇÕES FINAIS 59
BIBLIOGRAFIA 60
LISTA DE FIGURAS 61
Taubaté,2016
INTRODUÇÃO
Taubaté,2016
OBJETIVO E METODOLOGIA
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1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna formam o rio Paraíba do Sul o qual
percorre 1180 quilômetros. Hoje, através de barragens é formada uma represa com
176 quilômetros quadrados no município de Paraibuna, e tem –se esse local como
o início do Rio Paraíba do Sul.
O Vale do Paraíba Paulista, com sua diversidade cultural, conhecido pela sua
cultura e costumes seculares, também apresenta diferenças marcantes na
economia dos municípios. Grande parte destes municípios é carente de políticas
sérias de crescimento e desenvolvimento regional, políticas estas que possam
alavancar o processo de desenvolvimento econômico da região. A região teve seu
desenvolvimento no período de industrialização, que compreende o período que
vai do final do século XIX até meados do século XX. Segundo Reschilian (2005),
historicamente o processo de urbanização da região do VPP esta associado ao
sistema de transporte na região, como: a ferrovia do século XIX, as rodovias
Presidente Dutra, Ayrton Senna, Dom Pedro I e Carvalho Pinto. O incentivo federal
e estadual na construção de estradas e rodovias possibilitaram a facilidade de
escoamento da produção e favoreceram investimentos indústrias na região.
A atividade industrial, embora a mais significativa nos municípios, não são as únicas
que contribuem para a economia local. Também aparece de maneira bastante
significativa no PIB e na geração de empregos o de serviços, atividade que
acompanha o setor industrial, o de comércio, o de construção civil, e o setor
agropecuário entre outros.
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2. CONTEXTO HISTÓRICO
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“O crescimento populacional e suas conseqüências devem ser analisados de
acordo com o crescimento vegetativo mais o saldo migratório. Tais fatores estão
diretamente ligados às variáveis sócio-econômicas, como por exemplo, a
industrialização, que atraiu mão-de-obra das cidades onde a economia se mostrava
menos dinâmica e criou forte hierarquia na evolução das cidades da região.
Os impactos causados pela industrialização foram os mais variados, pois as
cidades não possuíam infra-estrutura suficiente para acolher o enorme fluxo de
novos habitantes e que traziam variada procedência, hábitos, situação
socioeconômica e cultural. Esses impactos foram percebidos na estruturação
urbana, que hoje pode ser entendida como resultante de processos dinâmicos que
estruturaram o espaço (nem sempre da maneira mais adequada) e, portanto, torna-
se passível de transformações que decorrem dos conflitos gerados na dinâmica da
sociedade.” (CARVALHO, Edmundo C. Andrade, 2008, p.45)
A Bacia do rio Paraíba do Sul está entre as mais importantes do país, conforme
exposto no mapa a cima, por abranger a Região Sudeste, umas das regiões
brasileiras de maior desenvolvimento e densidade demográfica, estendendo-se por
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O Vale, hoje, atua com cerca de 7% do PIB nacional, ou seja, a influencia dessa
área não é apenas interestadual mas mundial, considerando a globalização
econômica, formando oque Edmundo Carvalho chama de “rede internacional de
reprodução do capitalismo.
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E Ainda, conta com potencias ambientais e energéticos como mil e quinhentos
megawatts (1.500 MW) de potência hidrelétrica instalada, estando prevista
expansão para dois mil e trezentos megawatts (2300 MW). Há cerca de sessenta
mil (60.000) propriedades rurais nesta Bacia, com o total de cento e vinte mil
(123.000) hectares irrigáveis pelos rios da Bacia do Paraíba do Sul.
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Nas pequenas cidades, foram poucos os efeitos positivos da industrialização. As
cidades vizinhas, além de perderem a parte mais importante da sua força de
trabalho, continuaram com uma economia de subsistência. Na realidade, a
industrialização estava presente em apenas algumas cidades da região,
classificadas como grandes centros industriais em consideração ao número de
operários, como Taubaté e São José dos Campos, as quais, juntas, representavam
49,1% da mão de obra industrial da região. Foram considerados, assim, Jacareí,
Cruzeiro e Guaratinguetá como centros industriais médios; e como pequenos
centros industriais, Caçapava, Lorena, Aparecida, Santa Isabel e
Pindamonhangaba. Já os demais, como Bananal, Tremembé e Areias, centros com
presença de indústrias, mas pouco expressivos. Taubaté é a cidade onde há, em
1959, o maior número de estabelecimentos industriais (20%), como também de
operários (29%), conforme tabela 2. Entretanto, observase grande pulverização da
atividade industrial entre os municípios. Com exceção de Cruzeiro, todas as demais
cidades com importância industrial estão localizadas às margens da rodovia
Presidente Dutra (Taubaté, São José dos Campos, Jacareí e Guaratinguetá são as
principais).
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propiciaram a industrialização em todos os níveis. Ação decisiva do Estado, ver
Figura 2.4.
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4.1 INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE OCUPAÇÃO SOBRE A POPULAÇÃO
ECONOMICAMENTE ATIVA
“...as mudanças nas forças de produção como sendo a fonte principal de todas as
outras transformações da sociedade. Isso explica as leis correntes de movimento
de um capitalismo impelido por mudanças profundas na inovação tecnológica e no
progresso científico. Em compensação, uma Segunda abordagem encara as
mudanças como se ocorressem principalmente por causa da interface mutável
entre capital e trabalho, facilitada mas não causada por avanços tecnológicos.
Finalmente, alguns marxistas consideram a acumulação de capital o principal fator
determinante em suas leis de movimento”. (GOTTDIENER, 1997, p 207).
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4.1 Tremembé
Paraíba, pois este era utilizado como acesso principal a capital, passando por ali
cargas de produção agrícola.
Basílica
Senhor Bom Jesus
(ponto inicial de ocupação)
4.2 Taubaté
“A ocupação e utilização das várzeas do Rio Paraíba teve início na segunda metade
do século passado, com a implantação de colônias agrícolas pelo governo
provincial, a partir de 1850, em Lorena, Pindamonhangaba, Taubaté e
Paraibuna.
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Porém, por mais que a ocupação tenha se dado distante das margens do Rio, esta
não foge do contexto da época, onde está, iniciou seu núcleo urbano as margens
do Córrego do Convento Velho, o qual atualmente encontra-se canalizado sob a
Avenida Desembargador Paulo de Oliveira Costa.
4.3 Pindamonhangaba
Igreja Matriz
Nossa Srª Bom Sucesso
(ponto inicial de ocupação)
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“A maior e mais antiga parte da cidade, a velha Pindamonhangaba, localiza-se
sobre uma elevação situada a cavaleiro de uma curva mais acentuada do Rio
Paraíba. No ponto mais alto dessa elevação, encontram-se a igreja matriz e
algumas das construções mais antigas e maiores que foram as casas -verdadeiros
palacetes -dos fazendeiros de café. Uma dessas construções é hoje utilizada pela
Prefeitura Municipal, e outra abriga um museu municipal na esquina da Rua Mal.
Deodoro com a Ladeira Barão de Pindamonhangaba. A parte mais antiga da
cidade, situada entre a linha da ferrovia e o Rio Paraíba, tem como limites o ribeirão
do Cortume, a leste, e o Rio Tapanhon, a oeste.
Ao longo da margem direita do Rio Paraíba, estendem-se ricas várzeas com
aproveitamento rural. Próximo à divisa municipal com Roseira, cresce o distrito de
Moreira Cezar, em cuja região se instalou recentemente nova etapa de
desenvolvimento industrial dos municípios, no setor metalúrgico. Próximo a Moreira
Cesar, foram há pouco construídos grandes conjuntos de habitações para
trabalhadores.”
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Entretanto, um fator que precisa ser mensurado é o quanto essas medidas
beneficiaram os municípios, e se essas políticas não ficaram apenas nos papéis.
Com relação aos Impostos municipais, a Constituição Federal do Brasil (1988) deu
autonomia para que os municípios legislassem sobre impostos municipais. Se
aplicarmos os benefícios e as diferentes alíquotas de ISS sobre determinada
atividade, chegaremos a um valor significativo e que merece maior atenção por
parte dos empresários. A determinação de uma entre duas ou mais escolhas é o
planejamento tributário, artifício cada vez mais usado para diminuir a carga
tributária sobre a atividade econômica. As diferenças de impostos podem ser um
fator bastante relevante, se considerarmos a economia tributária que o empresário
terá por optar por uma ou outra cidade para instalar sua empresa considerando os
efeitos da diferença do imposto a pagar. Torna-se necessário um estudo sobre as
melhores alternativas tendo em vista a economia de impostos e o planejamento
tributário. Segundo Andrade Filho (2006, p.710): Planejamento Tributário ou “elisão
fiscal” envolve a escolha, entre alternativas igualmente válidas, de situações fáticas
ou jurídicas que visem reduzir ou eliminar ônus tributário, sempre que isso for
possível nos limites da ordem jurídica. Há um abismo de significação entre elisão
fiscal e evasão fiscal. A elisão fiscal, segundo a concepção que adotamos, é a
atividade lícita de busca e identificação de alternativas que, observados os marcos
da ordem jurídica, levem a uma menor carga tributária [...]. Dessa forma, o
planejamento tributário ou elisão fiscal é algo lícito e que pode ser usado como
ferramenta na elaboração de estudos e estratégias com a finalidade de encontrar
na lei, meios menos onerosos para recolhimento de impostos. Difere, portanto de
evasão fiscal, que é algo ilícito e constitui crime de sonegação fiscal. Por outro lado,
o uso do sistema tributário por parte dos municípios como ferramenta de
desenvolvimento regional é algo válido e que se bem usado pode contribuir para o
crescimento dos municípios. Os municípios, usando da autonomia tributária, criam
impostos e mudam a sistemática de arrecadação. Criam políticas que favorecem o
crescimento econômico e a atratividade de empresas de interesse do município.
As políticas são criadas a todo instante, e parte delas são consideradas válidas em
seu aspecto de desenvolvimento econômico. No entanto muito mais ainda precisa
ser feito se quisermos ter resultados visíveis de melhoria.
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6 A REFORMA AGRÁRIA
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vantagem de custos, quando comparadas aos núcleos orgânicos centrais, e
“vantagem” de receitas, quando comparadas às zonas periféricas. [...] Nesse último
contexto é que se enquadra a região do Vale do Paraíba, com cidades médias,
dotadas de infra-estrutura de comunicação e acesso às capitais de São Paulo e Rio
de Janeiro, sem congestionamentos ou grandes dificuldades no transporte coletivo,
sem legislações ambientais rigorosas e movimento sindical organizado e politizado,
além de possuir um contingente de desempregados qualificados e políticas de
incentivos fiscais nos principais municípios tornando-se um locus adequado à
acumulação capitalista.
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Nova Conquista (1994) seria propícia para expansão urbana, ainda que nenhuma
diretriz resultante do Plano tenha sido traçada ou discutida em termos concretos.
Porém, o assentamento constitui uma situação complexa para o município, pois,
em função da ausência de insumos e de uma política eficaz, de fato, de fixação de
famílias em área rural, além das condições geomorfológicas do local (área de
exploração de xisto pela Petrobrás, e de plantação de eucaliptos) a grande maioria
das 103 famílias residentes não trabalham na terra e são trabalhadores urbanos,
seja do setor de serviços, construção civil ou do mercado informal. Tal contexto faz
com que alguns setores sociais do município entendam que os moradores do
assentamento são privilegiados, pois além de terem recebido terra e não a tornarem
produtivas, ficam protegidos pela condição de assentados. Sem contar um
perceptível estigma que ainda reside sobre essa população, pois na maioria das
vezes que se referem a ela denominam-na de “os sem-terra”. É evidente que a área
do assentamento será objeto de interesse dos agentes imobiliários e nesse sentido
poderão emergir questões quanto à natureza das deliberações efetivadas por
diretrizes de planejamento participativas e que podem gerar controvérsias para a
permanência do assentamento na área onde está. Essa é uma questão que pode
demandar conflito de competências. Uma segunda questão diz respeito a
existência de unidades prisionais no município de Tremembé, que somadas às
unidade existentes em Taubaté e Pindamonhangaba, constituem um cenário de
preocupações para a população do município tendo em vista as ocorrências
derivadas da dimensão que atingiu o crime organizado em suas formas de ação e
manifestação. Isso se refletiu no diagnóstico realizado em virtude da elaboração do
Plano Diretor, apontado a segurança, um dos principais problemas do município
em razão da existência dos presídios. Há uma decisão ainda não operacionalizada
na esfera do governo do estado de São Paulo em implantar duas unidades de
recuperação de jovens infratores no município o que tem gerado demandas dos
setores mais organizados da população e de vereadores às instâncias do poder
público estadual. As informações da Secretaria de Assistência Jurídica revelam que
o critério para implantar unidades prisionais é a existência de propriedade do estado
num determinado lugar, inclusive visando evitar desapropriações e outros ônus aos
cofres públicos. Uma terceira questão se coloca para a existência de atividade
minerária cuja expressão do município no cenário regional é significativa,
contribuindo em 2005, com 36% do consumo de areia destinada à construção civil
na cidade de São Paulo. O Vale do Paraíba Paulista contribui com 25% da areia
para construção civil consumida no estado de São Paulo.
8 ASPECTOS AMBIENTAIS
Problemas ambientais de saneamento básico e saúde pública, que até então não
estavam na pauta da exploração capitalista, surgem por toda parte, em todas as
cidades, de um lado pela ganância do lucro, por outro lado a falta de consciência
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da sociedade. O convencimento da sociedade de que deveria aceitar a piora na
qualidade de vida, era argumentado pela máxima de que “indústria é progresso”.
A defesa da natureza pareceu algo novo, romântico, inocente. Mas de fato estava
mal conceituada. “Não via a floresta em apego à árvore”.
A sociedade brasileira não estava preparada para assimilar este novo paradigma,
até porque estava “de bem” com a ideia do desenvolvimento – no sentido de
crescimento econômico – a qualquer custo.
Na Conferência da ONU sobre meio ambiente realizada em Estocolmo em junho
de 1972, o chefe da delegação brasileira, então Ministro do Interior, General
José Costa Cavalcanti disse: “Se progresso significa poluição, que venha a poluição
para o Brasil”.
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como finitos. A ideia da sustentabilidade e da biodiversidade agregaram
conceituação e consistência à causa.
Os longos e frequentes períodos anuais de seca por que vem passando o Vale do
Paraíba, decorrentes do desflorestamento e das mudanças climáticas e os enormes
prejuízos causados aos recursos hídricos em geral (nascentes, córregos,
drenagens, lençol freático) e ao Rio Paraíba em particular (poluição industrial e
doméstica, o controle da vazão com suas consequências e as transformações
decorrentes da mineração de areia), podemos afirmar que são, do ponto de vista
tanto econômico como ambiental, incalculáveis e provavelmente irrecuperáveis.
Sabemos que 2/3 das águas do Rio Paraíba já estão comprometidas com o
abastecimento da metrópole do Rio de Janeiro. Acrescentando-se o abastecimento
das indústrias da região, das cidades, da irrigação e considerando a reserva
necessária ao resguardo mínimo da vida do rio, ao que se chama de vazão crítica,
pouco resta para ampliações futuras. Considerando que os mananciais continuam
sendo degradados, as perspectivas se retraem ainda mais.
A água é considerada como recurso natural renovável, mas acontece que a ação
humana predatória afetou de forma dramática o ciclo natural de renovação dos
recursos hídricos. A redução de água retida no ambiente vale Paraibano em
decorrência do desflorestamento, do controle de vazão e do rebaixamento do lençol
freático; a enorme quantidade de poluentes que afetam o meio hídrico em diversos
planos; e o comprometimento com o setor produtivo exportador, poderão nos
conduzir ao estresse de abastecimento.
Por origem da legislação nacional sobre recursos hídricos, foi criado o Comitê de
Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (entidade tripartite entre poder público,
iniciativa privada e sociedade civil), constituído para definir, participativamente, a
cobrança pelo uso e poluição das águas e orientar a aplicação de parte dos
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recursos, a serem aplicados para a recuperação da qualidade da água, do controle,
do uso e da divulgação de estratégias de comunicação e educação sobre a
utilização dos recursos hídricos.
Tal Comitê é uma iniciativa importante que nasceu a partir da pressão da sociedade
civil e da real premência que representa a questão hídrica, e deve ser apoiada e
preservada.
“No entanto, prevalece no Brasil a idéia de que o campo, o rural ou o ‘natural’ seriam
apenas espaços residuais do arcaico, do não-desenvolvido. A construção
ideológica e hegemônica da nação brasileira, portanto, ainda é marcada pela
separação entre o ‘ambiente construído’ e o ‘ambiente natural’”.
(MACHADO, 2000, p. 90).
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inconsolidados devido ao reduzido gradiente do rio. Normalmente, os sedimentos
das várzeas apresentam cor cinza e granulometria variando de argila fina ao
cascalho. Inclui areias, argilas e cascalhos no topo e folhelhos papiráceos e piro
betuminosos com areias intercaladas, na parte basal. Estes folhelhos estão mais
presentes na área de Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba. O solo da Bacia
de Taubaté foi intensamente estudado pelo Instituto Agronômico de Campinas
(IAC), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, desde
o ano de 1936 (HACKETT, 1962). Dentre explorações minerais, destacam-se:
pedras, linhito, bentonita, xisto, turfa, areia e águas subterrâneas. A exploração dos
recursos subterrâneos tem importância no desenvolvimento econômico das
cidades do Vale do Paraíba, incluindo depósitos sedimentares contendo argilas
bentonita e areias utilizadas na construção civil (DIAS et al., 2004).
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Pindamonhangaba, os técnicos qualificaram a maioria das explorações. Porém,
não se avaliou questões de qualidade da água e dos sedimentos presentes nos
furos, para prevenir a eutrofização sem comprometer as possibilidades de uso
futuro.
Então com intuito de facilitar essa específica leitura foram desenvolvidos ou mesmo
selecionados as seguintes imagens de mapas cartográficos.
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Figura 12: Cavas de areia
Fonte: Imagem do Inpe adaptada pelos autores
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Quantidade de areia utilizada na construção de uma casa comum:
Normalmente são necessários de 1.000 a 2.000 m 3 ha-1 para essa fase. Outra fase
crítica de demanda de água nesse sistema ocorre por ocasião da reposição de
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água após a aplicação do herbicida pós-plantio do arroz. Nesta fase, a reposição
deverá ser feita em 1 ou 2 dias, sendo recomendável uma vazão mínima de 2 a 3
litros por segundo por hectare, o que sugere um escalonamento na aplicação do
herbicida, para evitar falta de água na reposição da lâmina. Para a manutenção da
lâmina, vazões em torno de 1 L s-1 ha-2 são suficientes, tendo em vista a baixa
percolação da água no solo, devido à formação da lama.
Safra de Arroz
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Tremembé (IBGE Cidades – 2014)
Safra de Arroz
Quantidade produzida: 4.100 Toneladas
Valor de produção: 2.870 MIL Reais
Área plantada: 1.500 Hectares
Área colhida: 1.500 Hectares
Rendimento médio: 2.733 Quilogramas por hectares
Safra de Arroz
Visto que a questão imobiliária no país que vem sendo cada vez mais crescente, o
trecho em questão, possuindo um solo rico em areia, vem sendo explorado
desenfreadamente há muitos anos em função da construção civil, sendo que é de
extrema importância ressaltar que o impacto desse segmento no ambiente fisico é
evidente. Leva-se anos para que a área se recupere, mesmo assim as cavas
acabam tomadas por água sem vida, inutilizada e poluída.
Nunca se construiu tanto imóveis como atualmente, entretanto, para que o sonho
de cada brasileiro seja realizado com alicerce, parede e laje muita areia precisa sair
das cavas, grandes buracos no solo que inutilizam o terreno para sempre e se
parecem com crateras imensas, sem vida.
10 POTENCIALIDADES DA REGIÃO
O setor da Indústria foi o responsável pelos melhores salários nesse período, sendo
que, para rendimentos de 2 salários mínimos ou mais, o valor percentual pago
nesse setor se encontrava em 72,09% do total. Já o que apresentou menor
remuneração foi o Comércio, com 58,54% dos totais pagos por esse setor se
encontrando nos valores até 2 salários mínimos, seguido do setor de Serviços, com
51,18% nessa mesma faixa salarial.
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As perspectivas para a região do Vale do Paraíba, em que se inclui a cidade em
estudo – Taubaté, mostram-se favoráveis. O fortalecimento da economia ao longo
dos anos e a expansão de setores importantes como os de metalurgia, de indústrias
automobilísticas, de empresas aeroespaciais e de construção civil fazem da região
forte candidata ao aumento de sua representatividade na economia do país. O
resultado dessa ampliação da abrangência econômica é o fortalecimento do
mercado de trabalho local, decorrendo maior renda e qualidade de vida aos
habitantes dessas cidades. Localidades vizinhas também podem se beneficiar ou
pela melhora no quadro de empregos, ou ao despertar o interesse de empresas de
ramos de atividades diferentes de se instalarem em seus territórios. Atentos a isso,
tem-se a expectativa de que as autoridades locais promovam políticas públicas que
favoreçam aos incentivos de qualificação, capacitação e treinamento da população
local no sentido de conjugar com o fortalecimento econômico da região em atrair
novos investimentos, abrindo novas oportunidades de emprego e de carreira aos
habitantes da região do Vale do Paraíba.
10.1 TURISMO
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e de esforços combinados dos 4 grupos de agentes é o principal requisito para o
desenvolvimento de produtos turísticos - Conjunto de bens e serviços relacionados
a toda e qualquer atividade de turismo. (LAGE, 2001).
Considerando o fluxo que o setor do turismo cria na economia local, desde que o
mesmo valorize as especificidades e cultura da sua população, ele deve ser
estimulado uma vez que proporciona grande impacto de desenvolvimento
econômico para o Circuito e toda a Região do Vale do Paraíba.
Pindamonhangaba
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Ademais, bosques, reservas ecológicas e caminhadas pela serra completam a
programação.
Taubaté
Além de museus, capelas e igrejas, Taubaté também possui extensa área verde,
bem como três parques municipais, mas sem um cronograma de atividade para
estas áreas elas tornam-se improdutivas e perdem seu potencial turístico.
O parque do Itaim é na maioria das vezes tranquilos, perfeito para famílias fazerem
piqueniques e passarem a tarde relaxando porém o parque não foge dos padrões
Taubateanos e se encontra um pouco abandonado, o famoso trem que fazia
passeios pelo parque não funciona mais.
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Tremembé
Inserido na dinâmica regional do cone leste paulista o município de Tremembé
caracteriza-se como município dormitório e de predominância de atividades
econômicas do setor se serviços. No entanto, a perspectiva de desenvolvimento
sustentável fundamentada no turismo, encontra alguns obstáculos a serem
superados, especialmente diante da possibilidade da configuração de um novo
cenário socioespacial que permita formas de inclusão mais eficazes e criação de
alternativas de geração de emprego e renda que permitam superar o atual estágio
de desenvolvimento em que se encontra o município.
Outra iniciativa é o Pesqueiro Tata Vargas, que ocupa duas cavas resultantes da
mineração (cada uma com cerca de 1,8 mil metros quadrados) e está em vias de
obter licenciamento. Renato Vargas, que extraiu areia por quatro anos da
propriedade, de 145,2 mil metros quadrados, às margens da Rodovia Pedro Celete,
no Bairro do Aterrado.
O projeto proposto para a região que serão detalhadas e explicados a seguir, inclui
os seguintes itens:
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Figura: 16: Projeto para a Região de Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba. Fonte:
Elaborado pelos autores no Qgiz com ajuda do google, novembro 2016.
De forma geral, estradas aqui são entendidas como elementos geográficos (de
forma linear) presentes nas paisagens rurais. As estradas permitem o acesso de
pessoas e mercadorias aos pontos mais remotos de uma nação. De utilidade
indiscutível para indivíduos, sociedades e economias de qualquer período da
história, o deslocamento por via terrestre transformou-se no principal meio de
transporte de curtas, médias e longas distâncias do mundo contemporâneo
(CUNHA, 2011).
As estradas não pavimentadas também são chamadas de estradas de terra,
ouestradas de chão(ODAet al. 2007),são muitas vezes a única forma de acesso
que a população tem aos serviços básicos disponibilizados nas áreas urbanas,
como saúde, educação, lazer, trabalho.Asifet al. (2012) destacam que o sistema de
transporte que fornece acesso seguro confiável para empregos, educação,
cuidados de saúde e de bens e serviços é tão importante para as comunidades
rurais, quanto é para áreas urbanas.
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As estradas vicinais possuem extrema importância econômica, além de social e
ambiental. Do ponto de vista econômico, são responsáveis pelo escoamento da
produção agrícola e o conseqüente abastecimento das zonas urbanas. Também,
são através delas que os insumos agrícolas necessários a produção chegam às
propriedades rurais. O estado de conservação das estradas influi diretamente no
custo do transporte e na qualidade do produto transportado. Trechos de estradas
ruins acabam por causar danos aos veículos, e às vezes até impossibilitam o
tráfego, ocasionando a utilização de rotas mais longas e maiores consumos de
combustível. O maior tempo gasto no transporte diminui o tempo de prateleira, e a
vibração ocasionada pelas irregularidades das pistas geram perdas na qualidade
dos produtos, impactando no seu preço final.
O acesso da população rural a serviços básicos como educação, saúde e lazer
muitas vezes se dá através das estradas vicinais. Jovens das zonas rurais
enfrentam quilômetros de estradas para ter acesso a uma educação de qualidade,
fato agravado pelas péssimas condições das estradas. A necessidade de bens de
consumo e produtos manufaturados também contribui para que essa população se
desloque para centros urbanos. O deslocamento dessas populações até os locais
onde se encontram estes serviços é dificultado pelas condições das vias. A
conservação do bom estado das estradas contribui para a fixação das famílias no
campo e a melhoria das condições de vida.
Foi feito seleção dos trechos e levantamento da malha rodoviária rural existente,
para a criação de uma estrada que ligue os três municípios, unindo os trechos já
existente de modo a facilitar o transporte.
A proposta é a de manter o caráter rural da região e por isso foi escolhida para a
pavimentação das estradas o bloquete. Os pisos com bloquete ou brinquete, sem
o rejuntamento de argamassa são considerados pavimentos ecologicamente
corretos, pois permitem que a água da chuva infiltre no solo o que beneficia a
recarga do lençol freático e diminui os riscos de enchentes. Estes tipo de
pavimentação absorve menos calor devido a característica da rocha e a espessura
Taubaté,2016
do calçamento em contato com o solo, faz dispersar o calor absorbido, deixando a
temperatura agradável e mais amena. Outra vantagem é que om o tempo aparecem
os fungos ou gramíneas inseridas entre as juntas, que geralmente são preenchidas
com areia e são muitas vezes imperceptíveis e desempenham papel importante
para o meio ambiente como absorção da àgua, nutrientes, borracha dos desgastes
dos pneus e resíduos de lona de freios dos veículos, que são altamente tóxicos.
Ciclovia
Ao longo da estrada que margeia o río Paraíba do Sul será implantada uma ciclovia
para incentivar a pratica do cicloturismo. A ciclovia terá 2,50m de largura e seguirá
a regularização já descrita para as estradas rurais. Esta área servirá não só para a
pratica do cicloturismo mas também para realização de caminhadas.
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Na Europa o cicloturismo é uma realidade em diversos países, em virtude de
algumas características locais que contribuem para um maior desenvolvimento
dessa atividade. Uma delas é a cultura do ciclismo, que é visualizado como um dos
principais esportes de países como França, Inglaterra e Holanda. Outro fator que
contribui são políticas públicas de utilização da bicicleta como meio de transporte.
Cidades como Amsterdã possuem um sistema gratuito de disponibilização de
bicicletas em diversos pontos da cidade possibilitando o deslocamento de seus
cidadãos de casa para o trabalho, escola etc. Tal medida, além de uma solução
para o trânsito caótico de muitas cidades européias, se transforma em uma
alternativa saudável, barata e não poluente de transporte público. Soma-se a isso
também as ótimas condições das estradas e rígidas leis de trânsito que incluem o
respeito aos ciclistas, além do fator segurança, primordial na escolha da bicicleta
como meio de transporte para uma viagem.
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11.1.1 ROTA TURÍSTICA
Os rios são fontes de um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos:
a água. Além disso, têm grande importância cultural, social, econômica, histórica…
A vazão do rio, em termos de representatividade na renovação dos recursos
hídricos, “é o componente mais importante do ciclo hidrológico. Exerce um efeito
pronunciado sobre a ecologia da superfície da terra e sobre o desenvolvimento
econômico humano. É a vazão do rio que é mais amplamente distribuída sobre a
superfície da terra e fornece o maior volume de água para consumo no
mundo.” (SHIKLOMANOV, 1998, p. 6. Trazem referências culturais muito
importantes sobre a sociedade humana, expressando modos de vida e implicações
no cuidado e/ou falta de cuidado com o meio ambiente do qual fazem parte, os
recursos tecnológicos e tipos de usos de suas águas, significados, dentre outras.
Eles fazem parte da biografia de muitas pessoas, compondo memórias e
perspectivas do presente e futuro, que se alinhavam na tessitura de sua cultura e
identidade. Compõem paisagens rurais e urbanas, com seus leitos de larguras,
extensões, volumes, movimentos e águas de cores diversas, refletindo e refratando
a luz, que varia ao longo dos dias e das noites, e conforme as condições climáticas
e outros fatores como tipos de solo, vegetação, dentre outras, as quais influenciam
também o movimento de suas águas, sendo umas mais ligeiras e turbulentas,
enquanto que outras mais lentas, calmas.
Taubaté,2016
As configurações e movimentos dos rios, fauna e flora que compõem o
ecossistema, auxiliam a suavizar a composição geométrica e predominantemente
estática das construções humanas, principalmente de contextos urbanos.
Os rios foram e têm sido bastante utilizados para a o transporte hidroviário, tanto
de mercadoria quanto de pessoas.
Em termos de custo e de capacidade de carga, o transporte hidroviário é cerca de
oito vezes mais barato que o rodoviário e três vezes menor que o ferroviário.
(GODOY; VIEIRA, 1999).
O rio Paraíba do Sul tem um papel relevante, não só pelo fato de sua bacia ocupar
metade da extensão do Estado do Rio de Janeiro e localizar-se a jusante de Minas
Gerais e São Paulo, o que o torna herdeiro de suas cargas, mas,
fundamentalmente, por ser utilizado para o abastecimento de água e de energia
para cerca de 80% da população fluminense, ou seja, aproximadamente 10 milhões
de habitantes. Suas águas também são utilizadas para abastecimento industrial,
preservação da flora e fauna e disposição final de esgotos.
Entre os problemas ambientais que afetam a qualidade de suas águas, destacam-
se, predominantemente, os problemas relativos à poluição industrial, ao
esgotamento sanitário e à erosão. Em função de tudo isto, garantir a qualidade das
águas do rio Paraíba do Sul é prioridade dos órgãos de controle ambiental, cuja
atuação na bacia se faz por meio de programas de monitoramento, licenciamento
de atividades poluidoras, fiscalização e outras medidas de controle corretivas e
preventivas.
Taubaté,2016
Figura 20: turismo fluvial. Fonte: http://www.turismofluvial.com/
Taubaté,2016
Competição de Remo: - um esporte olímpico – no Rio Paraíba do Sul. A disputa
tem como objetivo difundir esse tipo de atividade olímpica e a viabilidade da
implantação do esporte no município, assim como despertar na população a
importância da preservação do rio Paraíba.
A região do Vale do Paraíba é muito propícia à exploração de areia, o que fez com
que o número de cavas se tornasse muito grande na região, atingindo diversos
núcleos urbanos e muitas vezes causando problemas à sociedade. Por isso se
fazem necessárias medidas que usem o espaço para alguma utilização em função
da sociedade, transformando o ônus para o meio ambiente em bônus para a
população. Estes locais podem ganhar funcionalidade social, econômica, cultural,
dentre outras, de acordo com a visão da sociedade por estas atingida. Portanto o
Planejamento Urbano destas áreas é determinante na produção de seus sentidos
positivos.
Taubaté,2016
Alternativas de exploração
Do jacaré – que pode ser abatido por volta de dois anos de vida – aproveita-se
pouco no Brasil: apenas a carne, geralmente destinada a casas especializadas em
pratos exóticos da capital paulista, e a pele, enviada a fabricantes de calçados e
acessórios de couro do Rio Grande do Sul, segundo o produtor. "Nos Estados
Unidos e na Austrália nada se perde, da cabeça aos dentes", diz ele.
Também fica em Tremembé o Pesqueiro Tata Vargas, que ocupa duas cavas
resultantes da mineração (cada uma com cerca de 1,8 mil metros quadrados) e
está em vias de obter licenciamento. Renato Vargas, que extraiu areia por quatro
anos da propriedade, de 145,2 mil metros quadrados, às margens da Rodovia
Pedro Celete, no Bairro do Aterrado, inicialmente povoou os lagos com tilápias.
A criação de peixes também está dando vida a cavas deixadas por areeiros na
Fazenda do Poço, em São José dos Campos (SP), o maior município paulista do
vale do Paraíba, com cerca de 610 mil habitantes. A propriedade, da Universidade
do Vale do Paraíba (Univap), fica dentro de uma região conhecida como Banhado.
Taubaté,2016
Implantação de caminhos
Para que a proposta de utilização das cavas de areias inativas possa ser
implementada foi criado um caminho que percorrer as mesmas, servindo como
ligação entre elas e também como local de caminhadas e passeios de
contemplação. Estes caminhos seguem a regularização já descrita antes para as
estradas da área rural.
Figura 23: Caminhos entre as cavas de areias. Fonte: Elaborado pelos autores no Qgiz
com ajuda do google, novembro 2016.
11.4 NÚCLEOS
Contexto geral
Taubaté,2016
exercidas naquele pequeno pedaço do território, ou seja, onde encontrou-se 3 ou
mais pontos marcados delimitou-se um núcleo e o classificou como sendo uma área
de influência desses marcos. Portanto, obteve-se diversos núcleos com
diversificada classificação cuja área receberá alguma intervenção para aumento do
conforto térmico/acústico, da informação/ segurança, da acessibilidade/mobilidade
e da identidade do espaço urbano, com consequente aumento na qualidade de vida
da população.
Para que essas políticas e programas consigam ser implantadas será necessário
boa vontade política por parte dos gestores municipais a fim de implantar efetiva
fiscalização de obras e de participação popular além do comprometimento com a
execução das propostas elaboradas em projeto. Porque nessas reuniões para
debater e analisar o espaço do núcleo, a população também pode utilizar esse
documento para fiscalizar ou mesmo se inteirar das politicas e obras a serem
executadas pelas prefeituras. Assim incentivando a gestão municipal a permanecer
com olhar a coletividade, ajudando mas não colocando em destaque iniciativas
privadas com intuitos particulares.
Para que a leitura do mapa de projeto fosse a mais facilitada possível, a equipe
desenvolveu legenda para as diferentes formatações e classificação dos núcleos.
Enquanto para melhor compreensão do que seria a melhoria dos núcleos por
intervenção através dos itens citados a cima, nesse relatório foi inclusa uma lista
Taubaté,2016
de possíveis intervenções com exemplos ilustrativos, para ter ideia mais concreta
do que foi pensado em projeto. Abaixo, evidencia-se os ícones escolhidos para
caracterização dos núcleos.
a. Conforto térmico/acústico
Portanto, como proposta de solução para esse item, o projeto propôs as seguintes
intervenções: implantação de hortas urbanas com programas de intervenção
cidadã; incentivo por lei fiscal e conscientização popular à adaptação das fachadas
e laterais dos prédios para uso de jardim vertical; implantação de canteiros,
mobiliário urbano com vegetação e parkelet nos espaços urbanos que contenham
área vazia propícia a isso; uso dos pilares e fachada frontal/ lateral de viadutos para
implantação de jardim vertical e uso de paisagismo para intervenções artísticas.
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Figura 23: Exemplo de aplicação de jardim vertical em muro.
Fonte: site acessado em novembro de 2016,
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3941
Figura 23: Exemplo de tipologia de canteiro. Fonte: site acessado em novembro de 2016,
http://www.biovert.com.br/adote-um-jardim-uma-arvore/
Taubaté,2016
Figura 24: Exemplo de tipologia de canteiro. Fonte: site acessado em novembro de 2016,
http://worldingreen.blogspot.com.br/2013/03/good-and-creative-flower-beds.html
Figura 25: Exemplo de tipologia de horta urbana. Fonte: site acessado em novembro de
2016, https://www.tuacasa.com.br/horta-em-casa/
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Figura 26: Exemplo de tipologia de horta urbana. Fonte: site acessado em novembro de
2016, http://polis.org.br/wp-content/uploads/Hortas-Urbanas-FINAL-bx-site.pdf
Figura 27: Exemplo de jardim vertical em viaduto/ túnel . Fonte: site acessado em novembro
de 2016, http://www.home-designing.com/2013/04/vertical-gardens
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Figura 28: Exemplo de parkelet em calçada. Fonte: site acessado em novembro de 2016,
http://superfluonecessario.com.br/parklet-e-moda-conviver/
b. Informação/segurança
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repelem a aproximação ou mesmo recuo/ proteção das pessoas as quais circulam
pelo ambiente urbano.
Figura 29: Exemplo de totem informativo em ponto de ônibus. Fonte: site acessado em
novembro de 2016, http://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/secretaria-de-
turismo/sectur/tres-regioes-turisticas-de-blumenau-tem-totens-informativos-
revitalizados68
Figura 30: Exemplo de totem informativo em calçada. Fonte: site acessado em novembro
de 2016, http://urban.amop.eu/idx/boxlargeprodutos,607,1,0
Taubaté,2016
Figura 31: Exemplo de fachada ativa. Fonte: site acessado em novembro de 2016,
http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/novo-pde-fachada-ativa/
a. Acessibilidade/ mobilidade
Figura 32: Exemplo de sinal sonoro em semáforo. Fonte: site acessado em novembro de
2016, http://pessoascomdeficiencia.com.br/site/2014/01/31/semaforos-sonoros-para-
deficientes-visuais-sao-implantados-em-franca/
Taubaté,2016
Portanto, as propostas para solucionar parte dos problemas de acessibilidade/
mobilidade são as seguintes: revitalização das calçadas e vias a fim de uso de
pavimentação mais permeável; guia para cegos; rampas com inclinação adequada
para acesso nas calçadas; troca de parte da frota de ônibus a qual não contem
plataforma elevatória; implantação de ciclovias interligadas entre os municípios;
implantação de sinais sonoros nos semáforos e em alguns pontos informativos.
Figura 33: Exemplo de construção de calçado com acessibilidade. Fonte: site acessado em
novembro de 2016, http://www.fernandazago.com.br/2012/04/capitais-brasileiras-nao-tem-
calcadas.html
Figura 34: Exemplo de rampa de acesso e guia para deficiente visual em calçada.
Fonte: site acessado em novembro de 2016, http://hoteliernews.com.br/noticias/secretaria-
promete-mobilidade-nos-setores-hoteleiros-do-df-59869
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b. Identidade
Um outro problema a ser tratado nas cidades do Médio Vale do Paraíba Paulista é
a falta de identidade a qual muitos espaços vem crescendo e consolidando-se como
ambiente construído. Esses espaços se estabelecem sem identificação com o local
o qual estão inseridos e também sem nenhuma referencia a arquitetura ou cultura
local/ regional. Portanto, essas áreas causam sensações desagradáveis aos
transeuntes como monotonia, insegurança e exclusão.
Assim, o projeto fez questão de abranger essa particularidade, pois trata de uma
sensação que não atinge somente o residente da região de influencia do núcleo
mas também as pessoas que transitam, trabalham ou usam em pequenos períodos
de tempo a região. Pois, se cada região for sendo tratada com finalidade de
aprofundar a caracterização do território, após um certo período de aplicação do
projeto, toda a cidade estará tanto com coesão do traçado urbano quanto com uma
caracterização propícia ao desenvolvimento humano, turístico e ambiental.
Figura 35: Exemplo de totem informativo com ênfase a história local. Fonte: site acessado
em novembro de 2016, https://www.behance.net/gallery/18983053/Centro-Historico-del-
Distrito-Central
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Figura 35: Exemplo de intervenção artística vegetal. Fonte: site acessado em novembro de
2016, http://imagens-e-gifs.ucoz.com/index/jardins/0-27
Figura 36: Exemplo de canteiro feito pela população, intervenção cidadã. Fonte: site
acessado em novembro de 2016, http://flores.culturamix.com/jardim/jardim-feito-com-
produtos-reciclados
Essas intervenções propostas para o espaço urbano contido nos núcleos os quais
foram destacados em projeto, propiciam qualidade de vida a população que hoje
carece de ambientes mais adequados a sociabilização e identidade do ambiente
construído. Portanto, mesmo as pequenas intervenções causam grande impacto
na rotina urbana das pessoas que hoje ocorre mais em transito do que dentro das
residências, melhorando parte da hostilidade hoje encontrada nesse território
microrregional.
Taubaté,2016
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Vale do Paraíba Paulista é uma das regiões mais ricas do país. Esse processo
de crescimento deu-se por diversas razões, entre os quais favorecimentos e
incentivos públicos aos municípios, em especial a instalação de centros técnicos e
institutos de pesquisa pelo governo federal. Outro fator de extrema importância foi
a criação de rodovias que possibilitaram o escoamento da produção e a facilitação
da logística da região. Isso combinado com políticas de incentivos e subsídios
públicos para a instalação de empresas de interesse aos municípios possibilitou a
criação de um “centro industrial” na região. O crescimento não significa
desenvolvimento econômico. Crescimento é o aumento do PIB em relação a
população e desenvolvimento econômico significa crescimento acompanhado de
melhoria efetiva na vida das pessoas. Aspectos como saúde pública, moradia,
segurança e melhor distribuição de renda são fatores que ainda tem muito a
melhorar na região.
Essas intervenções propostas para o espaço urbano contido nos núcleos os quais
foram destacados em projeto, propiciam qualidade de vida a população que hoje
carece de ambientes mais adequados a sociabilização e identidade do ambiente
construído. Portanto, mesmo as pequenas intervenções causam grande impacto
na rotina urbana das pessoas que hoje ocorre mais em transito do que dentro das
residências, melhorando parte da hostilidade hoje encontrada nesse território
microrregional.
O crescimento econômico de uma região pode ser fomentado com incentivos fiscais
oferecidos pelos municípios para que empresas se instalem naquela região. É a
vantagem competitiva que leva o agente econômico a tomar essa decisão. No
entanto o crescimento, se não for planejado terá como conseqüência um aumento
populacional sem que haja infra-estrutura e condições dignas de moradia. Outro
fator a ser mensurado no crescimento econômico de uma região é a questão
ambiental. O município precisa fiscalizar as atividades produtivas, em especial
aquelas ligadas a indústria, pois o crescimento é algo desejável por todo município,
mas o preço da degradação não é aceitável em qualquer hipótese.
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BIBLIOGRAFIA
http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/download
s_publicacoes/Turismo_Nxutico_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
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LISTA DE FIGURAS
Taubaté,2016
Figura 28: Exemplo de parkelet em calçada. 53
Figura 29: Exemplo de totem informativo em ponto de ônibus. 54
Figura 30: Exemplo de totem informativo em calçada. 54
Figura 31: Exemplo de fachada ativa. 55
Figura 32: Exemplo de sinal sonoro em semáforo. 55
Figura 33: Exemplo de construção de calçado com acessibilidade. 56
Figura 34: Exemplo de rampa de acesso e guia para deficiente visual em
calçada. 56
Figura 35: Exemplo de totem informativo com ênfase a história local. 57
Figura 35: Exemplo de intervenção artística vegetal. 58
Figura 36: Exemplo de canteiro feito pela população, intervenção cidadã. 58
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