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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO PROCEDIMENTO

DISCIPLINAR PENITENCIÁRIO (PDP)-Portaria se houver


(departamento].

ÇALVES, INFOPEN Nº e 3 respectivamente, já


devidamente qualificados nos presentes autos, em que a
supracitada Comissão, os acusam de terem supostamente
ofendido o dispositivo legal previsto no art. 59 da LEP, vêm
perante V.S.ª; apresentar DEFESA ESCRITA, fundamentando-
se na legislação pertinente em vigor.

DA SÍNTESE DA DEMANDA.

Através das Portarias n° , o Diretor da Casa Penal em


referência () determinou a instauração de PROCEDIMENTO
DISCIPLINAR PENITENCIÁRIO (PDP) para apurar a
responsabilidade relativa ao fato de os internos acima nominados
estarem, supostamente, praticando ofensas, ameaçando, agredindo,
arremessando paus, pedras e garrafas de vidro nos agentes
penitenciários e policiais militares, sendo ambos, enquadrados
nos ditames do art. 39, Incs. I, II e IV, e art. 50, incs. I, III, VI e
VII da Lei 7.210/84;
Inquirido as testemunhas, , foram unânimes em afirmar que:
“Tudo começou com a tentativa de retirar o apenado que
arremessou aparelhos celulares em direção ao solário do CR- II, fato
este que já vem acontecendo com frequência, tanto que é
disponibilizado um agente de plantão para coibir essa prática e foi
feito uma guarita para fins de evitar tal prática, sendo feito sempre
boletim de ocorrência”, etc..., motivo pelo qual, generalizou-se um
tumulto entre os detentos e muitos aproveitaram-se da situação
para fugir em direção a um igarapé e do hospital, sendo que os que
ficaram, passaram a desrespeitar os agentes e demais funcionários,
tornando a situação fora de controle, o que se fez necessário
solicitar o apoio da força policial, que conforme depoimento da
testemunha ÇALVES , comandante do BPOP, naquela ocasião se
fez presente no local com a tropa, e que os apenados assustados
com a presença dos policiais “tentaram empreender fuga escalando
a cerca de contenção, motivo pelo qual foi usado tiro de advertência
para o solo e que, logo após, os apenados atacaram a tropa com
pedras paus, garrafas e copos de vidro ao mesmo tempo que o fluxo
de fuga aumentou, ensejando a necessidade de uso de tiros de
elastômetro em direção aos presos juntamente com a utilização de
granadas de efeito moral”, etc...
Após os procedimentos de praxe, e caracterizada a falta
cometida pelo interno ÇALVES, que confessou espontaneamente
haver arremessado os aparelhos celulares para o CRII, inclusive
sendo flagrado pelo servidor VA, e que naquele momento,
empreendeu fuga para o anexo B e quando foi reconhecido pelos
funcionários, o mesmo se entregou sem oferecer resistência.
Enquanto, que o apenado DA, em nada contribuíram para o evento
delituoso, pois segundo seus depoimentos, o primeiro relatou que no
momento do ocorrido o mesmo “se encontrava dentro do bloco
carcerário, preparando sua comida, quando escutou os tiros vindos
dos policiais do lado de fora do bloco, largou o que estava fazendo,
para ver o que estava acontecendo e foi surpreendido pelo tiro de
bala de borracha que o atingiu no rosto acima do olho esquerdo,
sendo levado para ser atendido na UPA de Castanhal”;
Enquanto que, DA diz “ que estava dentro da vila carcerária,
quando os policiais entraram atirando balas de borracha, balas de
verdade e bombas de efeito moral, tudo isso porque, os agentes
queriam fazer chamadas para tentar identificar e retirar um
apenado que seria suspeito de tentar arremessar celulares para o
CRII”;
Os mesmos foram punidos com isolamento celular não se
sabe de quantos dias, eis que não há nos autos essa informação.
Não há que se discutir a materialidade e a existência real do
ilícito atribuído aos apenados haja vista que:
Se o apenado, portava quantidade de celulares, fica patente
que por algum meio o mesmo recebeu os celulares seja por via de
visitas ou por outros métodos antigos e já conhecidos (pessoas
trazem pelo mato), restando mais que provado que há falha da
segurança com relação as revistas que ao nosso ver não está sendo
aplicada corretamente;
O que se questiona neste particular é que o fato só pode
ocorrer pela evidente quebra de normas quanto ao procedimento de
revista naquele estabelecimento. Não se poderia exigir dos
apenados ainda que conhecessem e que fossem cientes de qualquer
proibição, que promovessem a sua auto revista, já que ninguém é
obrigado a produzir provas contra si próprio;
Restou evidenciado nos autos em face às condutas dos
internos que normas e regulamentos administrativos foram violados
por parte de servidores, que deixaram de revistar os indivíduos
encarcerados que lá estão.
Essa ilação é feita com base em que os objetos apreendidos
são seres inanimados e que só é possível o seu ingresso nas Casas
Penais em face que de que o sistema carcerário conta com pessoas
desleais para com a Instituição que o acolheu traindo a confiança
dos seus superiores.
Esse fato comprova como o meio carcerário pode corromper
aqueles que não têm verdadeiramente o caráter reto e não
resistem, por via de consequência, a tentação do ganho fácil e
criminoso;
Também é certo que outra forma de acesso de objetos
irregulares nas casas penais deve-se aos familiares dos apenados
que não compreendem a importância de se respeitar as regras
legais e institucionais vigentes. Talvez seja o momento de se
considerar a possibilidade de pedir o indiciamento criminal de
familiares que por omissão, facilitam a entrada de objetos ilícitos;
Por último, mas também não menos importante que a
Direção da Casa determine o reforço nas revistas de familiares a fim
de impedir a entrada ilegal de tais objetos;
Ressalte-se que a defesa não está tentando justificar a
atitude do apenado, pois sabe que um dos seus principais deveres é
o comportamento disciplinado e o cumprimento fiel da sentença;
Assim, considerando que a falta cometida pelo apenado,
ÇALVES, está caracterizada como de natureza média, a teor das
disposições estatuídas no Art. 31, combinado com o parágrafo 4º do
Art. 35 do Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais
no Estado , requer que o tempo de isolamento preventivo seja
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar a ser
aplicada aos mesmos, por ser medida de JUSTIÇA!

Nestes Termos.
P. Deferimento
Maranhão, 20 de março de 2000.

DR.

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