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Resumo
Este documento contém, ao mesmo tempo, uma apostila de um
curso presencial, um guia de referência (não muito bom) e um ma-
terial para estudo posterior na linguagem de editoração LATEX. São
explicadas as caracterı́sticas básicas para a produção de uma grande
gama de documentos de foco principalmente acadêmico com uma edi-
toração quasi -profissional
Conteúdo
1 Introdução 2
2 A Macumba 2
2.1 Dissecando a Galinha Preta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
4 Modo Matemático 6
4.1 Exercı́cio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
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c
Copyright °2007 Luı́s Guilherme Fernandes Pereira. Alguns direitos reservados.
Este trabalho está regido sob uma licença Creative Commons: Atribuição 2.5 Brasil
(http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/). Em resumo, você pode copiar,
distribuir, exibir, vender e criar trabalhos derivados (e fazer o que quiser com eles) , desde
que dê crédito ao trabalho original, citando o meu nome como autor do trabalho ou da
base do seu trabalho derivado.
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5 Coisas “avançadas” 8
5.1 Negrito, Itálico, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2 Capı́tulos, Seções, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.3 Exercı́cio A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.4 Listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.5 Gerando PS e PDF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5.6 Exercı́cio B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6 Tabelas e figuras 10
7 Bibliografia 11
8 Apresentações “beamer” 12
1 Introdução
LATEX é uma linguagem de editoração, para geração de documentos (artigos,
relatórios, livros, etc.) de qualidade profissional. Você escreve um arquivo de
extensão “.tex” com o texto e algumas diretivas, e chama o comando latex
(nos sistemas *nix. Em outros sistemas o procedimento pode ser diferente)
para interpretá-lo e produzir um arquivo de extensão “.dvi”. Este arquivo
pode ser transformado em um arquivo de impressora PostScript, ou em um
arquivo PDF com facilidade.
O objetivo deste mini-curso é capacitá-lo para produzir documentos sim-
ples e intermediários em LATEX, para diversos fins: relatórios técnicos, arti-
gos cientı́ficos, apresentações, trabalhos de disciplinas, cartas formais, entre
outros. O curso não abordará todos esses tipos de documentos, mas darei
apontadores para que você busque mais coisas posteriormente.
Este curso é bem hands-on, mão na massa. Então separe a farinha, o
sal a água e o fermento1 (e quiçá umas velas e uma galinha preta) e vamos
começar!
2 A Macumba
No começo de todo arquivo LATEX, há uma série de comandos que eu chamo
de “macumba”. Eles têm uma razão de ser, mas é normal no começo apenas
1
Você sabia que, com apenas esses quatro ingredientes, você faz um pão macio (e light:
sem gordura nem açúcar)?
2
decorá-los. Em 90% dos casos – pelo menos para mim – é assim:
\documentclass{article}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[latin1]{inputenc}
\usepackage{graphicx}
\title{Tı́tulo}
\author{Eu}
\date{\today}
\begin{document}
\maketitle
\end{document}
• \usepackage{}: Pacotes.
Há inúmeros pacotes para o LATEX. Por exemplo, o LATEX não tem
suporte nativo a caracteres especiais (ç, ã, ü, ı́, etc.), e você precisa-
ria digitar comandos (falaremos deles em breve) para acentuar uma
2
Muitas Universidades e congressos têm estilos próprios para uso na produção de seus
artigos. Dê uma pesquisada, por exemplo, pelos estilos do IEEE e da ACM
3
letra. Já viu o trabalho que isso daria em Português, não? Imagina
em Sueco!3 Existe um pacote chamado inputenc, que transforma os
caracteres especiais, de maneira transparente, em comandos de forma
que o LATEX os aceite. Existem pacotes para desenhar, para inserir
figuras (graphics e graphicx), para separar sı́labas corretamente de
acordo com a lı́ngua (babel), para inserir links internéticos nos arqui-
vos PDF gerados (url), e muitos outros.
Pois bem, eu sempre uso o inputenc, o babel e o graphicx, e uso
outros conforme a conveniência.
Você já sabe 80% do que é necessário saber para escrever um documento
simples, texto puro (um artigo literário, por exemplo). Na próxima seção,
veremos os 20% restantes!
4
um {} (por exemplo \^{}) e o \, que é escrito assim: $\backslash$. Esses
caracteres especiais são usados em outras atividades no LATEX, por isso não
podem ser escritos normalmente. Já vimos em uso os seguintes: \, { e }.
O ˆ serve para sobrescrever um texto, por exemplo, uma potência (28 ). O
serve para subscrever um texto, por exemplo, um ı́ndice (vi ). O % serve
para escrever comentários (texto que não será impresso no documento, por
exemplo, esquemas de recordação, explicação de comandos difı́ceis que você
usou, etc.).
Para forçar o LATEX a quebrar a linha em um determinado ponto, use
\\. Para cercar de aspas um texto, use ‘‘ antes e ’’ depois. Para forçar a
quebra de página, use \pagebreak.
3.1 Exercı́cio
Escreva um artigo cientı́fico em LATEX! O exemplo segue abaixo.
\documentclass{article}
\usepackage[brazil]{babel}
\usepackage[latin1]{inputenc}
\title{Todos os cavalos s~
ao da mesma cor}
\author{Prof. Dr. Arnold Schwarzenegger}
\date{\today}
\begin{document}
5
3.1.1 E agora, José?
– Ei, tio! Já terminei, o que eu faço agora?
Se der erro quando executar o latex, ele vai indicar a linha. Vá lá e
procure o erro. Em geral é uma chave que você esqueceu de fechar, um typo
de algum comando, ou (ainda não, mas pode acontecer depois) um comando
de modo matemático que não pode ser usado em modo normal.
Uma pequena pausa! Com o que você sabe até agora, você já consegue
fazer uma parcela grande dos documentos possı́veis (por exemplo, um tra-
balho de Sociologia que não tenha números nem tabelas) e, com o que você
aprenderá na próxima seção, você poderá explorar um mundo novo.
4 Modo Matemático
No modo matemático, um leque de possibilidades se abre. Pegue aquele
artigo cientı́fico que você já escreveu, e coloque uma conta no meio dele, em
uma linha vazia e delimitada por “barra-colchetes”, por exemplo,
\[ 1 + 1 = 10 \]4
1 + 1 = 10
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Estava eu estudando probabilidade, e queria descobrir como
calcular uma probabilidade acumulada até certo ponto de uma
curva normal. Ah! Basta integrar! (Pelo que me contaram,
este curso é voltado para estudantes de Engenharia Elétrica.
“Basta integrar!” deve ser uma frase muito comum por aqui,
e ao contrário do que pessoas de outras áreas possam pensar,
“basta integrar” não é uma coisa simples). Pois bem, depois de
rabiscar em um papel por uns 50 minutos, cheguei a uma fórmula
interessante (mas errada), que vou usar de exemplo.
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O comando é este:
\frac{2}{\left(\frac{1+x}{\left(\frac{y^2}{n}\right)}\right)}
4.1 Exercı́cio
Pegue o seu livro de cálculo, de circuitos elétricos, ou mesmo o Kreyszig,
que tem tudo isso e mais um pouco, escolha umas contas que você nunca
resolveu, e tente digitá-las em LATEX.
5 Coisas “avançadas”
5.1 Negrito, Itálico, etc.
• Itálico (Ênfase): Para deixar um texto enfatizado (geralmente itálico),
use \emph{texto};
• Nota de Rodapé: Para criar uma nota de rodapé (como essa do “so-
brelinhado”), use \footnote{nota de rodapé}
5
isso existe?
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5.2 Capı́tulos, Seções, etc.
Artigos são separados em seções, subseções e subsubseções. Você marca
seu inı́cio com \((sub)sub)section{Nome da seç~ ao}. Relatórios, além
disso, podem ter capı́tulos. Use \chapter{Nome do capı́tulo}. Há
também as partes, \part{Parte}, que não alteram a numeração. Final-
mente, você pode usar a marca \appendix para iniciar o apêndice. Isso faz
com que o LATEXtermine a contagem de capı́tulos e passe a usar letras para
identificá-los.
Você pode criar um resumo entre \begin{abstract} e \end{abstract}
e, se você colocar \tableofcontents o LATEX cria um sumário para você,
já com as páginas certas!
5.3 Exercı́cio A
Enriqueça seu arquivo LATEX com (sub)seções e formatações!
5.4 Listas
Há três tipos de listas no LATEX: itens, números e descrições. Um exemplo
explica melhor do que eu:
1. Isto é o um;
2. Isto é o dois.
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5.5 Gerando PS e PDF
Existem três maneiras de gerar PDF, mas antes vamos gerar o arquivo PS.
Para gerar o arquivo PS, basta usar o comando dvips, conforme abaixo
• Longo e tortuoso:
Por que três jeitos? Porque a geração de PDF não dá sempre resultados
perfeitos, então teste para ver a que funciona melhor com o tipo de arquivo
que você está usando.
5.6 Exercı́cio B
Coloque listas no seu arquivo e divirta-se (tente sublistas, por exemplo).
Depois gere o arquivo .PS e o arquivo .PDF a partir do seu código.
A partir de agora, o conteúdo é opcional. Talvez não dê tempo de ver
tudo e o conteúdo da apostila é bastante reduzido. O ideal nesses temas é
pesquisar mais, principalmente as seguintes referências:
[Lamport 1994, The not so short introduction to LATEX2e].
6 Tabelas e figuras
Tabelas e figuras são colocadas em um ambiente (environment). Em seguida,
são descritas. Exemplo:
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\begin{figure}[htb]
\includegraphics[scale=0.5]{figura.eps}
\end{figure}
\begin{table}[htb]
\begin{tabular}{|l|r|}
\hline
\textbf{Aluno} & \textbf{Nota} \\ \hline
Jo~
ao & 5 \\ \hline
Maria & 8 \\ \hline
Zeferino & 10 \\ \hline
\end{tabular}
\end{table}[htb]
7 Bibliografia
Você pode descrever a bibliografia utilizada dentro de um arquivo BibTEX
(.bib). O formato do arquivo .bib é simples e, embora eu não vá explicá-lo,
dou um exemplo de como ele funciona:
@Book{lamport,
author = {Leslie Lamport},
title = {LaTeX: A Document Preparation System},
publisher = {Addison-Wesley Professional},
year = {1994},
edition = {2nd},
month = {June}
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}
8 Apresentações “beamer”
O LATEX também gera apresentações. Basicamente, você declara um slide
com \begin{frame} e \end{frame}, o tı́tulo com \frametitle{Tı́tulo} e
usa beamer como documentclass. De resto, escreve normalmente, podendo
usar fórmulas matemáticas, figuras, tabelas, etc.
···
Só isso?!?!?!
Basicamente só. Talvez você encontre alguns problemas, e o Google e as
referências que eu dou aqui podem ajudar. Mas, se você não tentar nada
de muito diferente, isso dará certo e você gerará apresentações sem ter que
ficar arrastando o mouse até tudo ficar no lugar certo.
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Referências
[ABNTeX]ABNTEX. Disponı́vel em: <http://abntex.codigolivre.org.br/>.
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